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Poder Lesgislativo

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PODER LEGISLATIVO
1. Estrutura do Poder Legislativo
1.1 Poder Legislativo FEDERAL:
- Bicameralismo federativo - no âmbito federal, vigora no Brasil. Ou seja, o Poder Legislativo no Brasil, em âmbito federal, é bicameral, isto é, composto por duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, a primeira constituída por representantes do povo e a segunda, por representantes dos Estados-Membros e do Distrito Federal, adjetivando, assim, o nosso bicameralismo, que é do tipo federativo, como visto.
	- art. 44, CF/88 - Slide.
OBS: Em âmbito estadual, municipal, DF e Territórios, a estrutura do Legislativo é unicameral (uma única casa).
1.1.1 Estrutura do Poder Legislativo Estadual:
	a) Unicameralismo: exercido pela Assembleia Legislativa, composta pelos Deputados Estaduais, representantes do povo do Estado.
	b) Número de Deputados Estaduais: art. 27, caput, CF/88 (Slide) – Triplo dos representantes na Câmara dos Deputados e tendo atingido o total de 36, será acrescido quantos forem os Deputados Federais acima de 12. OBS: para os Estados que possuem mais de 12 Deputados Federais, basta colocar a fórmula y=x+24, em que x é o número de deputados federais e y o número de deputados estaduais.
	c) Mandato: Será de 04 anos;
	d) Remuneração: 75% dos Deputados Federais – art. 27, § 2º;
1.1.2 Estrutura do Poder Legislativo Municipal:
	a) Unicameralismo: exercido pela Câmara de Vereadores, representantes do povo do Município;
	b) Número de Vereadores: Proporcional à população do Município, até o limite estabelecido no art. 29, IV, CF/88;
	c) Mandato: 04 anos;
	d) Remuneração: depende da população do Município, conforme art. 29, VI e VII, e art. 29-A, CF/88;
1.1.3 Estrutura do Poder Legislativo Distrital:
	a) Unicameralismo: exercido pela Câmara Legislativa (art. 32, caput), composta pelos Deputados Distritais;
	OBS: Aplicam-se aos Deputados Distritais e Câmara Legislativa as mesmas regras estabelecidas para os Estados.
1.2 Atribuições do Congresso Nacional:
- Art. 48, CF/88 - cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre [...].
- Art. 49, CF/88 - trata das matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo dispensada a manifestação do Presidente da República, através de sanção ou veto (art. 48, caput). Assim, as atribuições referidas no art. 49 são materializadas por decreto legislativo.
1.3 Câmara dos Deputados:
a) Composição: a Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, ou seja, por Deputados Federais eleitos que manifestam a vontade popular.
b) Eleição: os Deputados Federais são eleitos pelo povo segundo o princípio proporcional (vide art. 45, caput) - Slide.
	OBS: A Lei Complementar n. 78/93 fixa o número de Deputados Federais em 513.
c) Número de Deputados Federais: A Lei Complementar n. 78/93 fixa o número de Deputados Federais em 513. Não pode menos de 8 e mais de 70 por Estado (art. 45, § 1º e LC 78/93) - Slide.
OBS: A Constituição foi explícita ao determinar que a lei complementar deverá estabelecer não apenas o número total de deputados federais (no caso, como citado,
fixado em 513), como, também, a representação por Estado e pelo DF. Ocorre que
a LC n. 78/93, ao disciplinar o assunto, em seu art. 1º, parágrafo único, delegou a
segunda obrigação (fixação da representação por Estado e pelo DF) ao TSE.
O STF entendeu essa delegação como inconstitucional. Trata-se de critério envolvendo juízo de valor a ser determinado necessariamente pelo Parlamento, não
se admitindo a transferência dessa atribuição para o TSE ou para qualquer outro órgão. Na mesma assentada, por conseguinte, os Ministros declararam a inconstitucionalidade da Res. n. 23.389/2013 do TSE que disciplinava o tamanho das bancadas para cada Estado e para o DF[footnoteRef:1]. [1: ADIS 4.947, 4.963, 4.965, 5.020, 5.028 e 5.130, Rei. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 01.07.2014, Plenário, DJE de 30.10.2014.] 
d) Mandato: o mandato de cada Deputado é de 04 anos, período esse correspondente à legislatura (art. 44, parágrafo único).
e) Renovação dos Deputados: a cada 04 anos serão renovados os Deputados, permitida a reeleição.
f) Remuneração: art. 49, VII.
	OBS: Decreto Legislativo 276/2014 fixou o valor de R$ 33.763,00 para os membros do Congresso Nacional.
g) Requisitos para a candidatura dos Deputados Federais: 
- art. 14, § 3º, CF/88 - Slide.
	OBS: a exigência de ser brasileiro nato é apenas para ocupar a presidência daquela Casa, consoante estabelece o art. 12, § 3º, II;
h) Competência privativa da Câmara dos Deputados: 
OBS: Muito embora o texto da Constituição fale em competência privativa, tecnicamente, melhor seria se tivesse dito competência exclusiva, em razão de sua indelegabilidade.
- art. 51, CF/88.
- Não depende de sanção presidencial, nos termos do art. 48, caput.
- Tais atribuições são materializadas por meio de resoluções.
1.4 Senado Federal:
a) Composição: o Senado Federal é composto por representantes dos Estados e
do Distrito Federal.
OBS: Quando criados, os Territórios Federais não terão representação no Senado Federal, na medida em que não terão autonomia federativa.
b) Eleição: os Senadores são eleitos pelo povo segundo o Princípio Majoritário,
ou seja, não mais se trata de estabelecer um número proporcional à população,
mas, sim, de eleger ao Senado aquele candidato que obtiver nas urnas o maior
número de votos – Art. 46, caput - Slide.
c) Número de Senadores: cada Estado e o Distrito Federal elegerão o número
fixo de 3 Senadores, sendo que cada Senador será eleito com 2 suplentes.
d) Mandato: 08 anos, ou seja, duas legislaturas.
e) Renovação dos Senadores: Cada Estado e o Distrito Federal elegem um número fixo de 3 Senadores, com 2 suplentes cada um. A renovação, porém, dos Senadores eleitos dar-se-á de quatro em quatro anos, na proporção de 1/3 e 2/3.
f) Remuneração: art. 49, VII.
	OBS: Decreto Legislativo 276/2014 fixou o valor de R$ 33.763,00 para os membros do Congresso Nacional.
g) Requisitos para candidatura dos Senadores:
- art. 14, § 3º, CF/88 - Slide.
	OBS: a exigência de ser brasileiro nato é apenas para ocupar a presidência daquela Casa, consoante estabelece o art. 12, § 3º, III;
h) Competência privativa do Senado Federal: 
OBS: Muito embora o texto da Constituição fale em competência privativa, tecnicamente, melhor seria se tivesse dito competência exclusiva, em razão de sua indelegabilidade.
- art. 52, CF/88.
- Não depende de sanção presidencial, nos termos do art. 48, caput.
- Tais atribuições são materializadas por meio de resoluções.
2. Das Reuniões (sessões legislativas)
2.1 Sessão Legislativa Ordinária:
- art. 57, caput - Slide;
- Cada legislatura é composta de 04 sessões legislativas ordinárias;
- Fora desse período tem-se o recesso parlamentar;
2.2 Sessão Legislativa Extraordinária:
- art. 57, § 6º - slide;
- características – art. 57, § § 7º e 8º slide;
	OBS: A vedação contida no art. 57, § 7º , deve ser entendida como de reprodução obrigatória para os parlamentares dos Estados-Membros (art. 27, § 2º , da CF/88) e do DF (art. 32, § 3º , da CF/88) e, em nosso entender, também de observância compulsória para os parlamentares municipais, tendo em vista o princípio da moralidade da legislação e, acima de tudo, da simetria.
2.3 Reunião em Sessão Conjunta:
- art. 57, § 3º - slide;
- Tanto na sessão conjunta quanto na sessão unicameral, a reunião dos deputados e senadores ocorre em um mesmo instante. A diferença é que na sessão conjunta a votação é simultaneamente feita por casa e os votos são computados separadamente (maioria absoluta da Câmara = 257 deputados, e maioria absoluta do Senado = 41 senadores - Ex: art. 66, 4º, CF), e na sessão unicameral a votação é conjunta, ou seja, os votos de senadores e deputados são contados de forma igual, a atuação é como uma só casa (513 deputados + 81 senadores = 594 parlamentares, sendo a maioria absoluta 298 congressistas - Ex: art. 3º, ADCT).
2.4 Sessão Preparatória e Mesas Diretoras:
- art. 57, § 4º - Slide;
- Apesar de a sessãolegislativa ordinária só começar em 2 de fevereiro, cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
	OBS: Devemos deixar consignado que essa proibição não se verifica nas hipóteses de legislaturas distintas (lembrando ser a legislatura o período de 4 anos). Nesse sentido, o art. 5º, § 1º, RICD, é expresso ao estabelecer não ser considerada recondução a eleição para o mesmo cargo em legislaturas diferentes, ainda que sucessivas. Para se ter um exemplo, recordamos a recondução do Senador Renan Calheiros, reeleito presidente do Senado Federal para o biênio 2015-2016, após já ter sido Presidente da Casa e, portanto, da Mesa, no biênio anterior.
- As Mesas Diretoras de cada Casa exercem funções administrativas (de polícia, execução e administração), devendo, no tocante à sua constituição, ser assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa (art. 58, § 1º). Temos, então, a Mesa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e a Mesa do Congresso Nacional, sendo a esta última, de acordo com o art. 57, § 5º (slide), algumas competências.
3. Das Comissões Parlamentares
- Podem ser permanentes ou temporárias (art. 58);
- Na constituição das Mesas e de cada Comissão é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa (art. 58, § 1º).
3.1 Comissão temática ou em razão da matéria (permanentes):
- As comissões temáticas estabelecem-se em razão da matéria e são permanentes.
- Competência – art. 58, § 2º, CF (slide);
- Espécies de Comissões Permanentes (art. 72 do RISF e 32 do RICD) (Slide).
3.2 Comissão especial ou temporária:
- São reguladas pelos regimentos internos do Senado e da Câmara.
- As comissões especiais são criadas para apreciar uma matéria específica, extinguindo-se com o término da legislatura ou cumprida a finalidade para a qual foram criadas.
- O art. 74 do Regimento Interno do Senado Federal, só para dar um exemplo, estabelece que as comissões temporárias serão: a) internas - as previstas no Regimento para finalidade específica; b) externas - destinadas a representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos públicos; c) parlamentares de inquérito - criadas nos termos da Constituição, art. 58, § 3º.
3.3 Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
a) Regras gerais:
- As regras sobre as CPIs estão disciplinadas no art. 58, § J.D, da CF/88, na Lei n. 1.579, de 18.03.1952, na Lei n. 10.001, de 04.09.2000, na LC n. 105, de 10.01.2001, e nos Regimentos Internos das Casas.
- De acordo com as definições regimentais, pode-se afirmar que as CPIs são comissões temporárias, destinadas a investigar fato certo e determinado.
- Consagra a perspectiva dos freios e contrapesos.
b) Criação:
- art. 58, § 3º, CF – Slide;
- De acordo com o art. 58, § 3º, da CF/88, as CPIs serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 de seus membros.
c) Direito público subjetivo das minorias:
- CPI do Apagão Aéreo;
- Após ter sido efetivamente instalada, o Plenário da Câmara dos Deputados desconstituiu o ato de criação da CPI. Contra esse ato da Mesa e do presidente da Câmara dos Deputados, foi impetrado o MS 26.441. O STF, seguindo o voto do Min. Celso de Mello, determinou a instauração da CPI, sob pena de violação do direito público subjetivo das minorias, mesmo contra a vontade da maioria da Casa. Verdadeiro direito de oposição, reconhecido, inclusive, às minorias.
d) Objeto:
- Apuração de fato determinado – art. 35, § 1º, RICD (slide): “Considera-se fato determinado, o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de constituição da Comissão”. Não podendo, portanto, a CPI ser instaurada para apurar fato exclusivamente privado ou de caráter pessoal.
	OBS: Nesse sentido, diante de um mesmo fato, pode ser criada CPI na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, em conjunto, a CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito), ou, ainda, a investigação poderá ser conduzida pelo Judiciário, por outros órgãos ou, até, por CPIs nos outros entes federativos, se houver interesse comum, devendo cada qual atuar nos limites de sua competência.
	OBS2: Observa-se, também, a possibilidade de instauração de CPIs simultâneas dentro de uma mesma Casa, sendo que o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, no seu art. 35, § 4º, determinou o limite de 5, restrição essa declarada constitucional pelo STF por estar em consonância com os incs. III e IV do art. 51 da CF/88, que conferem à Câmara "a prerrogativa de elaborar o seu regimento interno e dispor sobre sua organização. Tais competências são um poder-dever que permite regular o exercício de suas atividades constitucionais" (ADI 1.635, Rei. Min. Maurício Corrêa, j. 19.10.2000).
e) Prazo:
- A CPI, por ser uma comissão temporária, deve ser criada por prazo certo.
- A teor do art. 35, § 3º, do RICD, a CPI na Câmara (SLIDE), que poderá atuar também durante o recesso parlamentar, terá o prazo de 120 dias, prorrogável por até metade do prazo, mediante deliberação do Plenário, para conclusão de seus trabalhos.
- Estabelecendo requisito temporal, o art. 76 do RISF (SLIDE), por sua vez, prescreve que as comissões temporárias, e, no caso, a CPI é uma comissão temporária, se extinguem: a) pela conclusão da sua tarefa; ou b) ao término do respectivo prazo; e c) ao término da sessão legislativa ordinária.
	OBS: Pode-se prorrogar, sendo que, no caso da CPI, essa prorrogação não poderá ultrapassar o período da legislatura em que for criada.
f) Poderes:
- Poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos internos das casas – Lei 1.579/52 (Slide);
	OBS: Materializa-se por meio do Inquérito Parlamentar
- Consoante já decidiu o STF, a CPI pode, por autoridade própria, ou seja, sem a necessidade de qualquer intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada, observadas todas as formalidades legais, determinar:
- quebra do sigilo fiscal;
- quebra do sigilo bancário;
- quebra do sigilo de dados - neste último caso, destaque-se o sigilo dos dados telefônicos.
	OBS: a CPI não tem é a competência para quebra do sigilo da comunicação telefônica (interceptação telefônica). No entanto, pode a CPI requerer a quebra de registros telefônicos pretéritos, ou seja, de conversas já ocorridas em determinado período.
- Poder-dever: dever de a CPI permitir a presença de advogados, exercendo a defesa técnica, com todas as prerrogativas asseguradas pelo Estatuto da Advocacia.
g) O princípio da separação de "poderes" e a impossibilidade de a CPI investigar atos de conteúdo jurisdicional:
- Deve-se consignar que o princípio da separação de poderes serve de baliza e limitação material para a atuação parlamentar, e, desse modo, a CPI não tem poderes para investigar atos de conteúdo jurisdicional, não podendo, portanto, rever os fundamentos de uma sentença judicial.
- Mas, pode investigar atos do Poder Judiciário de conteúdo não jurisdicional.
h) Postulado de reserva constitucional de jurisdição:
- Isso significa que a CPI não poderá praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder Judiciário, vale dizer, atos propriamente jurisdicionais.
Exemplos: a) diligência de busca domiciliar; b) quebra do sigilo das comunicações telefônicas (interceptação telefônica); c) ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito, por exemplo, por crime de falso testemunho (Slide).
i) Postulado da Colegialidade:
- De acordo com a doutrina e a jurisprudência do STF, a eficácia das deliberações dos parlamentares integrantes da CPI deve observar o postulado da colegialidade,devendo as decisões ser tomadas pela maioria dos votos e não isoladamente, sob pena de nulidade da deliberação.
j) Motivação:
- Toda deliberação da CPI deverá ser motivada, sob pena de padecer do vício de ineficácia (art. 93, IX, da CF).
k) Conclusões:
- As CPIs não podem nunca impor penalidades ou condenações.
- Os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional encaminharão o relatório da CPI respectiva e a resolução que o aprovar aos chefes do Ministério Público da União ou dos Estados ou, ainda, às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência e, assim, existindo elementos, para que promovam a responsabilização civil, administrativa ou criminal dos infratores. Além da AGU e Procuradorias, nas hipóteses que justifiquem a representação de entidades públicas.
l) Remédios contra atos da CPI:
- É da competência originária do STF processar e julgar MS e HC impetrados contra CPIs constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou de quaisquer de suas Casas.
	OBS: Regra da Prejudicialidade - A jurisprudência do STF, por regra, determina a prejudicialidade das ações de mandado de segurança e de habeas corpus, sempre que - impetrados tais writs constitucionais contra Comissões Parlamentares de Inquérito - vierem estas a extinguir-se, em virtude da conclusão de seus trabalhos investigatórios, independentemente da aprovação, ou não, de seu relatório final.
m) CPI Estadual:
- Como se sabe, não há expressa previsão constitucional para a criação de CPIs não federais.
- A possibilidade de criação de CPIs em âmbito estadual, distrital e municipal, e, assim, o exercício da função fiscalizadora, decorre da ideia de equilíbrio do pacto federativo e do princípio da separação de poderes, bem como do Princípio da Simetria, parecendo razoável que cada CPI cuide de problemas afetos à sua amplitude, vale dizer, a CPI federal fiscalizaria a Administração federal, a CPI estadual, a do respectivo Estado e assim por diante.
	OBS: Quebra de Sigilo Bancário – possível sem necessidade de autorização judicial.
n) CPI Distrital:
- Parece, sim, razoável, que o mesmo entendimento que se dê aos Estados seja estendido para o DF, até porque, muito embora a sua posição particular na Federação, o DF se aproxima muito mais dos Estados que dos Municípios.
o) CPI Municipal:
- Como se sabe, não há expressa previsão constitucional para a criação de CPIs não federais.
- A possibilidade de criação de CPIs em âmbito estadual, distrital e municipal, e, assim, o exercício da função fiscalizadora, decorre da ideia de equilíbrio do pacto federativo e do princípio da separação de poderes, bem como do Princípio da Simetria, parecendo razoável que cada CPI cuide de problemas afetos à sua amplitude, vale dizer, a CPI federal fiscalizaria a Administração federal, a CPI estadual, a do respectivo Estado e assim por diante.
	OBS: Quebra de Sigilo Bancário – só é possível com necessidade de autorização judicial. Uma primeira razão seria o fato de que a CPI, ao declarar a quebra de sigilo bancário, atua com poderes jurisdicionais, porém o Município não é dotado de Poder Judiciário. Ademais, temos um federalismo assimétrico, em que o município ocupa posição sui generis, bastando verificar que não tem representantes no Senado Federal.
3.4 Comissão mista:
- São formadas por Deputados e Senadores para apreciar, dentre outros e em especial, os assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional.
- Devemos lembrar importante comissão mista permanente que é a comissão mista do orçamento, cujas finalidades estão expressas no art. 166, § 1º, da CF/88.
3.5 Comissão Representativa:
- A comissão representativa apresenta a peculiaridade de constituir-se somente durante o recesso parlamentar (período fora da sessão legislativa, prevista no art. 57, caput).
- A representatividade será do Congresso Nacional, sendo a comissão eleita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal na última sessão legislativa ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição deverá refletir, na medida do possível, a proporcionalidade da representação partidária (art. 58, § 4º).

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