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Relato de Afeto Coloco o título desse relato como relato de afeto pois foi algo que senti muito durante o processo de montagem de mulher judia. Euforia, medo, acolhimento e confiança me envolveram durante o tempo que eu passava na sala 12. Euforia. Primeira coisa que eu senti foi a euforia de estar em um trabalho de uma pessoa que eu admiro e atuando junto com pessoas que tenho muito apreço. Acho que facilitou minha inserção na montagem. Medo. Depois da euforia veio o medo. Tenho o péssimo hábito de me por para baixo e achava que não estaria no nível das outras meninas assim estragando tudo. Acolhimento. Foi a próxima coisa que eu senti. Talvez aa meninão não tenham reparado minhas inseguranças, mas a forma que a Ananda ia conduzindo com as leituras, conversas sobre o texto foi me deixando cada vez mais confortável e inserida dentro daquele contexto. Confiança. Assim de começar a entender que sim, eu podia, veio a confiança, confiança nas falas, confianças em meus movimentos, confiança em sentir o meu corpo e o corpo das outras meninas, confiança em poder olhar no olho das minhas amigas de palco. Assim chego no título desse relato. AFETO. Acho que por ter tido tanto carinho e comunhão durante a montagem de Mulher Judia me ajudou a fluir melhor nesse processo, consegui me relacionar melhor com a história que estávamos contando, fez com que me sentisse afetada por cada palavra que eu estava lendo para que assim quando passassem pela minha boca saíssem com mais verdade.
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