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Gestão Territorial

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1
Gestão Territorial 
Alzir Felippe Buffara Antunes 
1º Semestre 2015
Programa 
1- O Conceito do Gestão Territorial 
2- Questões Urbanas : O problema urbano nacional ; Elementos 
constitutivos da base urbana; 
3- História Urbana: Evolução das cidades; Planejamento das 
Cidades; Morfologia Urbana 
4- Ferramentas Institucionais que regulam a política urbana 
- Constituição 88- Estatuto das Cidades - Plano Diretor- Lei Orgânica
5- Componentes do Planejamento
6- A questão ambiental e o planejamento urbano
7- Administração Pública Municipal.
Exercício Prático 
Bibliografia
• CORBUSIER, Le. Planejamento Urbano
• DAVIS, M. Planeta Favela
• FERRARI, C. Planejamento Urbano Integrado
• LACAZE, J. Os metodos do Urbanismo 
• ROLIK, R. O que é Cidade
• VILLAÇA, F. As Ilusões do Plano Diretor. 
• GILDA, C & SIMONE, C. Planejamento Urbano e Meio 
Ambiente
Acesso a textos: INSTITUTO POLIS 
www.polis.org.br
1- Gestão e Planejamento
Conceito de Gestão (ATO DE GERIR)
Gestão é atividade empreendedora de alguém que está engajado num 
empreendimento, reconhece viável uma idéia para um produto ou serviço, 
um objetivo, e o leva adiante. O comprometimento com o 
empreendedorismo leva à inovação, que se nutre na mudança para criar 
valor. 
Vive-se em uma sociedade de caráter empreendedor, em uma economia 
empreendedora – o que conduz a uma gestão empreendedora, pois o 
empreendedor não é apenas um dinamizador: é também um gestor 
eficiente. 
Gestão municipal ideal aquela que induz, mudando o paradigma de uma 
estrutura administrativa que trabalha rotineiramente , adotando uma 
filosofia permanente que permeia e envolve toda a administração pública, 
tendo como técnicas de gestão o compartilhamento da informação, do 
conhecimento, a disseminação das melhores práticas, em prol do bem 
comum. 
Conceitos
2
A gestão territorial refere-se aos 
processos de tomada de decisão dos 
atores sociais, econômicos e 
institucionais de um determinado 
âmbito espacial, sobre a apropriação e 
uso dos territórios(Dallabrida,2007) . 
• a gestão territorial precisa ser entendida 
como um processo de gestão de 
diferenciadas visões de mundo e 
interesses conflituosos que têm origem 
em diferentes escalas, com vistas ao 
desenvolvimento territorial. Portanto, as 
questões inerentes à gestão e 
desenvolvimento territorial, precisam ser 
problematizadas.
Gestão no contexto do Planejamento
ˆEm um sentido amplo, planejamento é um método de aplicação, contínuo e 
permanente,destinado a resolver, racionalmente, osproblemas que afetam 
uma sociedade situada em determinado espaço, em determinada época,
através de uma previsão ordenada capaz de antecipar suas ulteriores 
consequências˜
Conceitos
A Refletir
Qual relação entre GESTÃO E PLANEJAMENTO?
Como pode-se definir GESTÃO TERRITORIAL?
A gestao territorial é um conjunto de atividades emprendedoras e 
inovadoras cujo o objetivo é o desenvolvimento regional.
Conceitos
3
Planejadores urbanos, os profissionais que lidam com este processo, 
aconselham municípios, sugerindo possíveis medidas que podem ser 
tomadas com o objetivo de melhorar uma dada comunidade urbana, ou 
trabalham para o governo ou empresas privadas que estão interessadas 
no planejamento e construção de uma nova cidade ou comunidade, fora 
de uma área urbana já existente.
Conceitos
Exercicio I
Segundo Juca Villaschi “O Planejamento territorial urbano tem sido 
desenvolvido e aplicado de forma a ordenar o crescimento das 
cidades e minimizar os problemas decorrentes dos processos de 
urbanização. E tem sido curiosa a experiência brasileira em 
planejamento urbano, já que,geralmente, ele é demandado e 
elaborado após a desorganização espacial ter−se tornado uma 
realidade”
Reflita o porque que isto acontece?
Conceitos
A compreensão do território como um espaço com limites estabelecidos 
por fronteiras coloca, por conseguinte, a questão da exclusividade de 
apropriação e de uso, distinguindo “nós” (os incluídos, aqueles que 
integram o território) e os “outros” (aqueles que não fazem parte do 
território
O Território possui limites estabelecidos de apropriação, uso, gestão e 
controle de fração do espaço, como um domínio político-estatal, cujo 
acesso exige a permissão de uma autoridade, de um poder instituído 
concentrado na figura do Estado. 
Noção de Território
Desde a origem, o território nasce com uma dupla 
conotação, material e simbólica, pois etimologicamente 
aparece tão próximo de terra-territorium quanto de terreo-
territor (terror, aterrorizar), ou seja, tem a ver com 
dominação (jurídico-política) da terra e com a inspiração do 
terror, do medo – especialmente para aqueles que, com 
esta dominação, ficam alijados da terra, ou no “territorium” 
são impedidos de entrar. 
Ao mesmo tempo, por extensão, podemos dizer que, para 
aqueles que têm o privilégio de usufruí-lo, o território inspira 
a identificação (positiva) e a efetiva “apropriação”. 
(HAESBAERT, 2001, p 6774)
4
É essencial compreender bem que o espaço é anterior ao 
território. O território se forma a partir do espaço, é o resultado 
de uma ação conduzida por um ator sintagmático (ator que 
realiza um programa) em qualquer nível. Ao se apropriar de um 
espaço, concreta ou abstratamente (por exemplo, pela 
representação), o ator “territorializa” o espaço.
O território, nessa perspectiva, é um espaço onde se projetou 
um trabalho, seja energia e informação, e que, por 
conseqüência, revela relações marcadas pelo poder. 
(RAFFESTIN, 1980, p. 143).
2- Território Urbano
Origem das Cidades
Modo de Produção
Aspectos da Urbanização Brasileira 
Paisagem Urbana 
2.1- Antecedentes: Origem das cidades
O surgimento dos conglomerados urbanos é um fato 
histórico, geográfico e, acima de tudo, social.
Tem-se, como seu aparecimento, o fim da pré-história, 
já que no início a sociedade primitiva não desenvolveu 
a cidade, mas apenas aldeias rurais (as chamadas 
“proto-cidades”), que não eram fixas e mudavam de 
lugar com a exaustão do solo, época que compreendeu 
especialmente os períodos paleolítico, mesolítico
A separação entre a agricultura e o pastoreio e, conseqüentemente, a 
primeira divisão social do trabalho, entre o agricultor e o pastor.
Notemos que sociedade de classes precedeu, assim, a origem da cidade.
O pastor precisava dos produtos agrícolas do agricultor e este, por 
outro lado, precisava os produtos animais daquele. Começa então a 
aparecer postos de troca, onde pastores e agricultores permutavam seus 
produtos
5
A cidade de Ombos no Egito, é 
tida como a mais antiga cidade 
do mundo, construída em, 
aproximadamente, 4.000 a.C. 
Outras cidades antigas 
conhecidas são: Tebas, Mênfis e 
Hieracompolis no Vale do Nilo; 
Harapá, Moenjo-Daro e Laore na 
Bacia do Indus 
(contemporâneas das grandes 
pirâmides egípcias); Jericó, Tiro 
e Jerusalém ; e Pequim na China
Tiro, Líbano
Modelo de ocupação do Espaço Modelo de ocupação do Espaço 
1) Dificuldades de sobrevivência levaram os seres 1) Dificuldades de sobrevivência levaram os seres 
humanos a fazerem esforços conjuntos que humanos a fazerem esforços conjuntos que 
resultaram na civilização.resultaram na civilização.
2)2) A criação de excedentes e da agricultura conduziu A criação de excedentes e da agricultura conduziu 
a especialização do trabalho e ao desenvolvimento de a especialização do trabalho e ao desenvolvimento de 
comunidades dotadas de uma organização burocrática.comunidades dotadas de uma organização burocrática.
3) 3) SugimentoSugimento do do comerciocomercio: : centrocentro de de trocastrocas
4) 4) OrganizaçãoOrganização das das atividadesatividades
Como afirma o historiador Tales Pinto 
“a constituição das cidades na Antiguidade tinha por 
objetivo ser centro de comércio e ou também como 
fortificações de guerra contra inimigos. (…) De maior 
complexidade de atividades, foi necessário criar Estados 
para a defesa militar e a construção de grandes obras (de 
irrigação, templos, canais etc.), em um processo de 
formaçãodas civilizações – termo relacionado aos povos 
que vivem em cidades.”
PINTO, Tales. Evolução das cidades. In:
http://www.brasilescola.com/historia/evolucao-das-cidades.htm. 
Acesso de 20/03/2013.
6
Efesus, Turquia
Tyro, Libano
A urbanização tem origem:
- o processo de sedentarização teve início do Neolítico;
- o surgimento das cidades foi uma consequência do processo 
de sedentarização;
- o conceito de cidade está intimamente ligado ao conceito de 
civilização;
- desenvolvimento urbano, existência de grandes rios, 
presença do Estado e surgimento da escrita são os principais 
fatores que marcam uma civilização;
- as primeiras cidades surgiram na região do Crescente Fértil, 
ou Oriente Próximo;
-o desenvolvimento de diversas obras hidráulicas pelos povos 
desta região favoreceu o bom uso da água para uso 
doméstico, do rebanho e da agricultura;
- A necessidade de trocas dá origem a navegaçao
2.2- Urbanismo: A ciência das cidades
Os termos “urbanização” e “urbanismo”, com o sentido de 
planejamento urbano, foram usados pela primeira vez na 
segunda metade do século XIX por Ildefonso Cerdá, em sua 
obra Teoria Geral da Urbanização.
Leopoldo Mazzaroli, citado por Mukai, definiu o urbanismo como
“a ciência que se preocupa com a sistematização e 
desenvolvimento da cidade, buscando determinar a 
melhor posição das ruas, dos edifícios e obras públicas, 
de habitação privada, de modo que a população possa 
gozar de uma situação sã, cômoda e estimada”
7
2.3- Evolução das Cidades
A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade.
Sempre esteve presente nas obras dos grandes filósofos da Antiguidade.
Para o Geografo Ratzel,, ela representa uma forma de aglomeração durável. 
« é todo aglomerado permanente cujas atividades não se caracterizam como 
agrícolas. A grande concentração das atividades terciárias públicas e privadas do 
aglomerado e a forma contínua dos espaços edificados onde se dá a proximidade 
das habitações da população que vive dessas atividades são atributos que 
permitem caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica, pode-se dizer 
que, nestas condições, a aglomeração é importante por ser organizada para o 
trabalho coletivo em atividades não-agrícolas ».
Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a 
cidade cria tipos de serviço que somente as formas de organização política são 
capazes de administrar. 
Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade. 
Sua história confunde-se com a do Estado.
2.4 - Cidade e Modo de Produção 
A urbanização é a relação entre sociedade e espaço, “é função da 
organização especifica dos modos de produção, que coexistem 
historicamente numa formação social concreta” (CASTELLS,
2000,). 
Assim, sociedade e espaço não podem ser vistos 
desvinculadamente, pois a cada estágio do desenvolvimento da 
sociedade, corresponderá um estágio do desenvolvimento da 
produção espacial (CARLOS, 1992).
Modo de produção em economia, é a forma de organização 
socioeconômica associada a uma determinada etapa de desenvolvimento 
das forças produtivas e das relações de produção. 
Reúne as características do trabalho preconizado, seja ele artesanal, 
manufaturado ou industrial. 
São constituídos pelo objeto sobre o qual se trabalha e por todos os meios 
de trabalho necessários à produção (instrumentos ou ferramentas, 
máquinas, oficinas, fábricas, etc.) 
Existem 6 modos de produção: 
1.Primitivo, 2.Asiático, 
3.Escravista, 4.Feudal, 
5. Capitalista, 6.Comunista.
8
Modo de produção comunal primitivo
É considerado o primeiro modo de produção da história. Se iniciou a 
partir da época em que o homem deixou de ser nômade e passou a 
plantar e caçar. Tal modo se baseia no uso coletivo dos meios de 
produção, nas relações familiares e no cooperativismo, 
semelhantemente ao que ocorre em muitas aldeias indígenas. Assim, 
no modo de produção comunal primitivo, não havia propriedade 
privada, uma vez que todos os bens e modos de produção eram 
coletivos.
Modo de produção escravista
.Os senhores, a minoria, eram proprietários dos escravos. As relações 
aqui não são de cooperação, como no modo comunal primário, mas 
sim, de domínio e sujeição, uma vez que os escravos eram vistos 
como instrumentos, como objetos, animais, etc.
Outro importante fato referente a esse sistema é que foi a partir dele –
e do surgimento da propriedade privada – que surgiu a necessidade de 
se criar um órgão para garantir o bem-estar, a justiça, a ordem e a 
manutenção dos direitos dos proprietários de terras: o Estado.
.
Rio, Debret, 1834
Modo asiático de produção
Presente principalmente nas civilizações da antiguidade, como 
Egito e Mesopotâmia. Foi marcado pela existência de um Estado 
forte que apresentava mecanismos burocráticos e eficientes com o 
fim de submeter toda a sociedade ao seu poder. Todos os bens e 
meios de produção eram pertencentes ao Estado, sendo este 
encarnado pelo rei, imperador, etc.
Modo de produção feudal
Predominante na Europa ocidental entre os séculos V e XVI, foi 
marcado pelas relações entre senhores e servos. Os senhores 
eram os donos da terra e do trabalho agrícola do servo, contudo, 
os servos não eram vistos apenas como objetos, como no modo 
escravista. O servo tinha o direito de cultivar um pedaço de terra 
cedido pelo senhor e viver ali com sua família. Em troca, ele 
pagava impostos, rendas, além de trabalhar para o senhor. Os 
senhores feudais tinham certa independência em relação ao 
sistema político presente, visto que possuíam seus próprios 
exércitos
9
Byblos, 3.000ac
Primitivo: Função TROCAS Nessa época de inicio da Idade Media, o comércio era realizado por 
mercadores "sirios", designação que incluía todos aqueles provenientes da 
parte oriental do antigo Império Romano que ia da Grécia ao Egito, incluindo 
os judeus. Esses mercadores comercializavam produtos exóticos de luxo, 
como especiarias, perfumes, tecidos finos, couros trabalhados, papiros 
azeite, tâmaras e figos 
Ephesus, Turquia Balbek, Fenícia
Até o século XI, as cidades medievais estavam reduzidas às funções 
religiosas ou administrativas, abrigando apenas a residência de um 
bispo ou de um rei. 
A intensificação da vida agrícola e comercial no Ocidente estimulou o 
seu crescimento e trouxe o aparecimento de novos centros urbanos, 
localizados ao longo das principais rotas comerciais da Itália, da 
Alemanha, dos Países-Baixos e da França. Burgos e Comunas 
Italia, Amalfi
O espaço urbano, deste modo, é estruturado, não é organizado 
ao acaso, responde então à projeção da sociedade que nele 
vive. 
Assim, as formas espaciais serão produzidas pela ação humana 
e expressarão os interesses da classe dominante ou de seus 
governantes, de determinado modo de produção, dentro de um 
modelo de desenvolvimento específico, e da maior ou menor 
participação da população nas decisões. 
10
Modo de Produção Capitalista
O capitalismo é um modo de produção fundado na divisão da 
sociedade em duas classes essenciais: a dos proprietários dos 
meios de produção (terra, matérias-primas, máquinas e 
instrumentos de trabalho) - sejam eles indivíduos ou sociedades 
- que compram a força de trabalho para fazer funcionar as suas 
empresas; a dos proletários, que são obrigados a vender a sua 
força de trabalho, porque eles não têm acesso direto aos meios 
de produção ou de subsistência, nem o capital que lhes permita 
trabalhar por sua própria conta.
O capitalismo não existe em lugar nenhum em estado puro. Ao 
lado dessas duas classes fundamentais vivem outras classes 
sociais. Nos países capitalistas industrializados, encontra-se a 
classe dos proprietários individuais de meios de produção e 
troca, que não exploram ou quase, mão-de-obra: pequenos 
artesãos, pequenos camponeses, pequenos comerciantes.
Socialismo- Modo de Produção
O Socialismo é um sistema sócio-político caracterizado pela 
apropriação dos meios de produção pela coletividade. 
Abolida a propriedade privada destes meios, todos se tornariamtrabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades 
sociais tenderiam a ser drasticamente reduzidas, uma vez que a 
produção poderia ser equitativamente distribuída.
O modo de produção rege a ocupação do Espaço
Modos de Produção e Paisagem Urbana 
11
Exercicio 3
Analise como os diferentes modos de produção alteram a 
paisagem urbana. 
Feudal
Capitalista(modelo europeu, modelo L.A)
Comunista ( China, Cuba) 
2.5- Problemática Urbana
Problemas Urbanos 
Ao invés de um crescimento organizado, o crescimento das cidades no 
sec XXI conta com grande assentamentos baseados na ocupação 
de áreas não propicias, que além da degradação ambiental, produz 
miséria e poluição. 
Listagem : Resíduos e Esgoto; Trafego; Poluição (sonora, ar, visual’); 
Carencia de Areas verdes; Arborização Urbana Inadequada; Ilha de 
Calor; Manutenção de Monumentos; Descaso ao Patrimônio; 
Degradação da Bacia hidrografica. ....
12
A casa; a rua, a cidade, são pontos de aplicação do trabalho 
humano; devem estar em ordem, senão se opõem aos princípios 
fundamentais que temos como eixo; e, desordem, nos fazem 
frente, nos travam, como nos trava a natureza, ambiente que 
combatemos todos os dias (Corbusier,2004)
A distribuição dos equipamentos urbanos e das políticas públicas na 
gestão das cidades é uma assunto complexo, mas a existência de 
espaços privilegiados e outros desprovidos nas cidades aprofunda 
ainda mais a complexidade dos temas discutidos. É a dinâmica 
espacial que envolve o sistema econômico capitalista, a propriedade 
privada, as políticas públicas e os movimentos sociais.
A organização das cidades é influenciada por diferentes forças que 
estruturam e reestruturam constantemente a sua configuração . 
Quais são estas forças? Dê exemplo!
As contradições existentes na organização do espaço das cidades 
reflete as contradições da própria sociedade, sendo necessário 
estabelecer uma relação direta entre os processos espaciais e os 
processos sociais. 
Segundo Lipietz (2002), “o espaço humano não é nada além de uma 
das dimensões materiais (a outra é o tempo) da totalidade social.(...) 
A “estruturação do espaço” é uma das dimensões materiais da 
estabilização das relações estruturadoras das práticas sociais”.
Exercicio 3
Pesquise na web fotos antigas e/ou mapas dos grandes centros urbanos e da 
própria cidade em que você vive, apontando a dinâmica temporal da cidade e as 
demandas que propiciaram as novas construções e/ou demolições.
Tenha em mente: a)- Avanço da economia; b)- Aspectos socioculturais. 
Dois alunos 1 semana
13
Paranaguá
Copacabana,1910
Copacabana, 1950
Rua Riachuelo , Revitalização –
Curitiba 2.6- Aspectos da Urbanização Brasileira
• A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, originou 
profundas alterações na forma de ocupação do espaço 
e na função da cidade. 
• A ocupação do espaço ocorre de modo caótico, nos 
poucos espaços que sobravam entre as fábricas e 
rodovias.
• O nascimento da indústria originou cidades insalubres, 
marcadas pela aglomeração dos pobres áreas 
periféricas, em geral oriundas do campo, sem qualquer 
infra-estrutura urbana. 
14
Sociedade Brasileira do período séc XIX
-Sr. do Engenho.
- Igreja.
- Comerciantes.
- Trabalhadores livres.
- Escravos.
Os espaços urbanos eram ocupados por posse pelos 
comerciantes.
O processo de desenvolvimento urbano do Brasil foi uma 
transformação social, pós Segunda Grande Guerra Mundial, 
promovendo uma desarmonia entre os sistemas humano e 
natural.
Urbanização : Migração pela busca do emprego 
Explosão Demográfica : década de 70
População Urbana
1960 44%
1970 56%
1980 67%
1990 75%
2000 81%
Milagre econômico 
De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, entre os censos de 
1991 e 2000 o número de favelas no Brasil aumentou em 25%, 
mais de 1.269 municípios declararam em 2001 terem favelas ou 
outro tipo de habitações precárias. 
As favelas são formadas por populações excluídas do mercado 
imobiliário legal e busca meios alternativos de habitação. 
Em geral, o sitio de uma favela é uma área de invasão clandestina 
na periferia das grandes cidades e em regiões metropolitanas
Segundo o IBGE, Segundo o IBGE, 
“aglomerado subnormal (favelas e “aglomerado subnormal (favelas e 
similares) é um conjunto constituído similares) é um conjunto constituído 
de, no mínimo, 51 unidades de, no mínimo, 51 unidades 
habitacionais, ocupando ou tendo habitacionais, ocupando ou tendo 
ocupado até perído recente, terreno ocupado até perído recente, terreno 
de propriedade alheia (pública ou de propriedade alheia (pública ou 
não), dispostas de forma não), dispostas de forma 
desordenada e densa, carentes, em desordenada e densa, carentes, em 
sua maioria, de serviços públicos sua maioria, de serviços públicos 
essenciais”.essenciais”.
Favela
Paranaguá, Pr
15
Segundo o IBGE, 37% dos municípios brasileiros possuem 
loteamentos irregulares e seus habitantes “proprietários” não 
cadastrados. As prefeituras brasileiras não possuem nem 
estrutura jurídica nem legal para impedir as invasões e os 
loteamentos ilegais.
O com o inchaço e o crescimento desordenado das cidades 
desarticulado de um planejamento urbano fez com que soluções 
fossem pensadas, assim é discutido o Estatuto da Cidades, 2001 **
Entre 1950 e 1990, formaram-se 13 cidades com mais de 1.000.000 de 
habitantes, e em todas elas, a expansão urbana teve características 
semelhantes, ou seja, não cresceram a partir de projetos articulados, 
visando a extensão da cidade. 
Ao contrário, prevaleceu a difusão do padrão periférico, que conduziu a 
urbanização do território metropolitano, perpetuando o loteamento ilegal, 
a casa auto-construída e os distantes conjuntos habitacionais populares, 
como seus principais propulsores
A cidade formal vs a informal é a expressão da concentração da pobreza 
nas metrópoles brasileiras
Modelo Centro-Periferia- Anos 60 
CENTRO 
Periferia
Cidade Informal apartada dos serviços-
Relações de trabalho . 
Na sociologia, o termo “favela”, além de ser uma forma de aglomerado 
habitacional, também é uma configuração ecológica particular, definida 
segundo um padrão específico de relacionamento com a cidade. 
Um aglomerado habitacional se transforma em favela à medida que ele 
desenvolve um microssistema sociocultural próprio, organizado a partir de 
uma identidade territorial. Relações Sociais .
Com o tempo, o termo “favela” ganhou várias conotações negativas, que 
são antônimos de cidade (FORMAL) e de tudo o que a ela se atribui: 
urbanidade, higiene, ética no trabalho, progresso, civilidade, segurança.
Surge também o termo “favelado”, que é o homem construído pela 
socialização em um espaço marcado pela ausência dos referenciais da 
cidade .
Processo de “favelização” generalizada: ocorreu na maioria das grandes 
cidades, principalmente nas últimas décadas. 
Isso aconteceu com o grande crescimento dos aglomerados populacionais 
INFORMAIS, nas áreas centrais e periféricas
Favelas e Informalidade
16
Seculo XIX, Cortiços
Precursor das Favelas 
O Cortiço 1890, obra de Aluzio de Azevedo, apresenta as 
relações sociais dos moradores de um cortiço em Botafogo, Rio. 
2.5- A PAISAGEM URBANA
Pode ser entendida como a composição de elementos da natureza no 
espaço, dentre os quais a fauna e a flora, o homem e as edificações 
que constrói com a sua ação no espaço geográfico.
É materialização resultante da interação do homem e os elementos 
da natureza. 
Segundo Milton Santos a paisagem é o conjunto de formas que, num 
dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas 
reações localizadas entre homem e natureza
SANTOS, M. (2002). A natureza do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp. 384 p. 
"[...] a paisagem que vemos hoje não será a que veremos amanhã e nem 
tão pouco é a que foi vista ontem, pois a paisagem é produzida e 
reproduzida no decorrer do tempo, através da ação do homem e da 
sociedade sobre o território, levando em conta que cada ator social temseu tempo próprio no espaço. 
Assim, a paisagem é por conseguinte objeto, concreto, material, físico e 
efetivo e é percebida através dos seus elementos, pelos nossos cinco 
sentidos, é sentida pelos homens afetivamente e culturalmente". 
(BERINGUIER, 1991, p. 7) 
BERINGUIER, C. e BERINGUIER, P. (1991). Manieres paysageres une methode d’etude, des pratiques. In: 
GEODOC.Toulouse: Univesité de Toulouse. p. 5-25. 
Relação Cultura e Paisagem
Para Nassauer (1995), a cultura e a paisagem interagem em uma constante 
realimentação, na qual a cultura estrutura as paisagens e as paisagens 
incorporam a cultura. 
Há, por conseguinte, um feedback, em que a percepção do meio, através 
dos filtros da cultura, determina valores paisagísticos que são atribuídos a 
uma paisagem, que, por sua vez, podem ser modificados se houver uma 
mudança na paisagem. 
Essa dinâmica a ajuda explicar a estrutura da paisagem de duas maneiras: 
primeiro como um efeito da cultura, segundo como um produto das 
mudanças culturais. 
NASSAUER, J. I. (1995). Culture and changing landscape estructure. In: Landscape Ecology v. 
10 n. 4 p. 229-237, Amsterdam: SPB Academic Publishing bv. 
Mas o que é cultura?
17
Segundo o antropologo Edward B. Tylor cultura é “aquele todo 
complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, 
os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo 
homem como membro da sociedade” 
Os elementos culturais são: 
artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, 
esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, 
preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, 
pensar e agir).
Temas de discussão: 
1- Modos de Produção e Cultura;
2- Produção Cultural urbana e rural ?
3- Politica e Cultura, que relação?
….e voltando a paisagem urbana…..
Existem padrões morfológicos são identificados na maioria dos conjuntos 
urbanos de médio porte, sendo que a espacialização destes padrões 
obedece a uma lógica similar que se baseia em antecedentes comuns de 
formação das cidades.
Gramado Londrina 
Aspectos 
Morfologicos 
18
Estrutura:
malha urbana, tecido urbano e referenciais urbanos. 
Na malha urbana se inclui a estrutura viária propriamente dita e 
suas articulações. 
Sobre esta malha formam-se diferentes tipos de tecido urbano, 
constituído por volumetrias construídas e plantas similares, 
destinadas a uso específico, e espaços livres de diferentes funções.
O tecido urbano é subdividido em :
tecido convencional no qual está incluída a área central, o centro expandido, 
a área habitacional central e o casario convencional, em uma espacialização 
concêntrica,
tecido jardim", constituído dos" bairros-jardins" e dos condomínios fechados, 
na periferia urbana, 
e tecido habitacional popular que diz respeito aos conjuntos habitacionais, 
tanto os unifamiliares como os verticais e os não-institucionais, e ainda o 
casario popular. 
Situados na periferia da mancha urbana, muitas vezes além das barreiras 
construídas, principalmente rodovias, e geralmente desarticulados do 
tecido urbano original, justamente pela localização, que impede esta 
articulação. 
E ainda a área verticalizada, o campus universitário, o distrito 
industrial, e os cemitérios, fragmentos de tecido urbano, que também 
funcionam como marco referencial.
Os referenciais urbanos podem ser construções significativas e de 
algum destaque, seja pela dimensão, pelo uso ou por ambos, ou 
estruturas urbanas e/ou trechos do tecido urbano que funcionam como 
marco dentro da paisagem.
Quais os referencias urbanos de CURITIBA? 
Brasilia?
Rio?
Paris? 
construções significativas são instalações ferroviárias, os colégios 
tradicionais, o centro cultural e/ou teatro, os clubes, os ginásios esportivos, o 
terminal rodoviário, o aeroporto, os shopping centers e/ou entrepostos 
comerciais. As construções significativas não apresentam uma tipologia 
arquitetônica semelhante; entretanto, obedecem a uma localização similar.
As estruturas urbanas, neste caso entendidas por aquelas que funcionam 
como referenciais e/ou marco na paisagem: a rua principal de comércio, a 
praça principal, os parques urbanos e/ou grandes massas de vegetação, as 
avenidas de acesso, os centros de bairro, a avenida com atrações noturnas, 
as rodovias e/ou anel viário e os cursos e/ou corpos d'água.
19
Elementos Morfológicos
1- vias,
2- limites,
3- bairros, 
4- cruzamentos 
5- ícones ou monumentos
6- Aspectos Funcionais
7- Patrimônio Imobiliário 
A disposição das VIAS reflete o crescimento gradual das CIDADES e suas 
funções 
http://www.superbrasilia.com/aquarela/pic_maquete_a.htm
RADIOMETRICA
Artérias circulares 
GEOMETRICO
Ortogonalidade e 
perpendicularidade 
IRREGULAR Traçado Anarquico, ruas 
estreitas e tortuosas 
Traçado 
20
ANDRADE, R. 2012
LEITURA:
A cidade de São Paulo, um dos grandes referenciais, e geradora de padrões 
urbanísticos brasileiros, é a síntese de um processo socioeconômico geral do país, 
que se representa formalmente em escalas diversas nos grandes centros e nas 
cidades de porte médio. No caso das cidades do interior do estado de São Paulo, 
este processo de influência da paisagem urbana se estrutura a partir da paisagem 
que se configura na cidade de São Paulo, e de cidades do porte de Campinas e/ou 
Ribeirão Preto, as quais por sua vez se referenciam, 
por exemplo: os novos padrões de uso do solo, como os condomínios fechados e a 
verticalização, o tratamento das áreas públicas de edificação, como o padrão de 
arborização e jardinagem urbana, as tipologias arquitetônicas, o desenho de pisos 
e calçamentos, e ainda pela arquitetura símbolo de edifícios, tais como redes de 
lojas e instituições financeiras, entre outras (LANDIM 2002). 
LANDIM, Paula, 2002. Desenho de paisagem urbana: as cidades médias do interior central paulista .
Estes padrões morfológicos fornecem um modelo de paisagem, ao qual 
está ligado um modelo de qualidade de vida, em que a sociedade passa a 
valorizar a presença dos elementos globais que estão em sintonia com os 
centros de poder. 
A paisagem da cidade média do interior central paulista é então 
homogênea, como conseqüência desta forma de ocupação homogênea, a 
qual é decorrente de códigos de obras e planos diretores padronizados, 
bem como ciclos de desenvolvimento semelhantes, o que resulta em 
padrões de urbanização uniformes, associados a tipologias arquitetônicas 
e material de acabamento similares. 
Isto acontece no PARANÁ? 
Diferentes Cidades Paises Baixos
Enschede Gronigen 
Utrecht Gouda 
21
Exercício 4
O estudo da morfologia de uma cidade é uma maneira de se obter uma 
leitura sobre ela. A morfologia pode ser entendida como o arranjo de 
suas formas, bem como seus conseqüentes usos e apropriações.
Explique a relaçao entre a morfologia urbana e a mobilidade. Dê 
exemplos. (Brasilia, Rio,SP, Goiania, BH, etc...)
Financiamento para gestao do Territorio
Patrimonial: Neste caso os impostos irão incindir sobre 
determinado patrimônio, como é o caso do IPTU (imóveis), IPVA 
(automóveis) e ITR (propriedades rurais).
Renda: Neste caso o imposto é calculado considerando a renda 
de uma pessoa, física ou jurídica durante determinado período. 
Um bom exemplo é o Imposto de Renda.
Consumo: Aqui os impostos podem ser cobrados de forma 
indireta, ou seja, quando uma pessoa adquire determinado 
produto ou serviço, ela já está pagando o imposto que esta 
imbutido no valor da compra. Isto ocorre por exemplo com o 
ICMS, IPI e ISS.
MUNICIPIO
IPTU – Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana.
ISS – Imposto Sobre Serviços. 
Cobrado das empresas.
ITBI – Imposto sobre Transmissão de 
Bens Inter Vivos. Incide sobre a 
mudança de propriedade de imóveis ESTADO
ICMS – Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias. 
Incide também sobre o 
transporte interestadual e 
intermunicipal e telefonia.IPVA – Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos 
Automotores.
ITCMD – Imposto sobre a 
Transmissão Causa Mortis e 
Doação. Incide sobre herança
UNIÃO
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre empréstimos, 
financiamentos e outras operações financeiras, e também sobre ações.
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão.
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro das 
empresas.
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre 
petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível.
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado 
das empresas.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual do salário de 
cada trabalhador com carteira assinada depositado pela empresa.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada 
empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. 
O valor da contribuição varia segundo o ramo de atuação.
22
Instrumentos de Gestão Urbana
• Constituição 1988
• Estatuto das Cidades
• Plano Diretor(Leis Municipais)
CF88- Constituição 1988: Modernidade e humanidade
Prevê direitos decorrentes daqueles ideais, a exemplo do Direito à
Vida, à Liberdade, à Igualdade, e outros.
Dignidade da Pessoa Humana, no art. 6º, da Carta Política, incluindo 
ali a moradia. Os artigos são principiológicos, norteadoras das 
demais,fazendo-se necessário que a própria Constituição delineasse 
mais especificamente certos tópicos relativos às questões de maior 
relevância como a Política Urbana.
….das Políticas Urbanas, observa-se assegurado como Direito 
Fundamental o Direito à Propriedade, conforme mandamento do art. 5º, 
caput, “aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. 
E reafirma, no inciso XXII, que “é garantido o direito de propriedade”. 
Tais dispositivos transmitem a idéia de que o Direito de Propriedade
seria absoluto.
Todavia, no seio dos Direitos Fundamentais, encontram-se dispostos, no 
mesmo artigo em debate, especificamente nos incisos XXIII e XXIV, que 
derrubam a preocupante conclusão, relativizando o Direito de 
Propriedade, quando afirmam que
“a propriedade atenderá a sua função social” e que “a lei 
estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade 
ou utilidade pública, ou por interesse social”.
Abrindo as brechas para a realização de políticas públicas de forma 
efetiva,mesmo que tais políticas tenham que adentrar no direito de 
propriedade de terceiros, já havendo a disposição de que aquela deverá 
atender sua função social. 
Política Urbana, prevista em seus artigos 182 e 183, os quais consagram a
preocupação com o indivíduo, trazendo expressamente as idéias de bem-
estar e de função social da propriedade, agora sim urbana, conforme 
transcrição:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público 
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de 
seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades 
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa 
indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para 
áreaincluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do 
solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu 
adequadoaproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
23
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre propriedade predial e territorial urbano progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
O princípio da função social da propriedade constitui peça-chave do direito
urbanístico. 
Na constituição, seu cumprimento está associado as atendimento das “exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor” [...].
No primeiro, vinculou-se o exercício da propriedade urbana diretamente ao plano
diretor e estabeleceram-se sanções para os proprietários que não atendam ao
aproveitamento previsto (art. 182, §§ 2º e 4º). [...]
No caso da política urbana, há referência explícita ao plano diretor. [...]
Em ambos os casos, admite-se a utilização de instrumentos tributários e da
desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública da propriedade que 
não atendo o plano (2005, Victor Carvalho Pinto)
A organização político Administrativa da Republica Federativa do Brasil 
compreende a UNIAO, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios , 
TODOS AUTONOMOS.
Autonomia dos Município na CF88 leva a definição de rumos , reforçando o 
papel social de políticas URBANAS. 
Estatuto das Cidades
Regulamentação dos capítulos 182 e 183 da CF88 através da LEI 10.257 de 
10/07/2011.
Principais Instrumentos:
A- Indução do Desenvolvimento: parcelamento do solo
B- Financiamento da Política Urbana: Impostos
C- Democratização da Gestão : audiências publicas
D- Regularização Fundiária: usucapião 
Estatuto das Cidades : Características SOCIAIS de GESTÃO 
24
Regularização Fundiária
“o processo de intervenção pública, sob os aspectos jurídico físico e social, 
que objetiva legalizar a permanência de populações moradoras de areas 
ocupadas em desconformidade com a lei para fins de habitação, implicando 
melhorias no ambiente urbano do assentamento, no resgate da cidadania e 
da qualidade de vida da população beneficiada”.
O usucapião individual e coletivo, CDRU (Concessão do direito real de uso), 
Concessão de uso especial para fins de moradia e ZEIS (Zona especial de 
interesse social). 
critérios Individual:
a) a posse de área urbana com metragem máxima de duzentos e cinqüenta 
metros quadrados; 
b) a posse da área urbana ser no mínimo de 5 (cinco) anos;
c) a posse ser ininterrupta e sem oposição, com ânimo de dono; 
d) a posse da área urbana ser utilizada para sua moradia ou de sua família; 
e) não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
usucapião coletivo Critérios: 
a) O possuidor pode, para o fim de contar o prazo de cinco anos, 
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam 
contínuas.
b) A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, 
mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de 
registro de imóveis.
c) Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada 
possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, 
salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo 
frações ideais diferenciadas.
d) O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de 
extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços 
dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à 
constituição do condomínio. 
e) As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão 
tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando 
também os demais,discordantes ou ausentes. 
ZEIS
As ZEIS ou AEIS (áreas de especial interesse social) não possui o objetivo 
de remoção dos assentamentos irregulares, mas sim de legalização e 
melhoria das suas condições urbanísticas. Para isso é criado um plano 
urbanístico próprio, adequado às características do local, para a área que 
será regularizada, incluindo-o dessa forma na malha urbana.
Objetivos das ZEIS: 
a) Incluir a população de baixa renda, que não teve condições de 
adquirir solo urbano, na cidade
b) melhorar as condições de vida dessa população com a inclusão de 
infra-estrutura e outros serviços
c) regularizar as diferenças da qualidade do imóvel para dessa forma 
impedir a diferenças no preço do terreno
d) incentivar a participação dos moradores nas decisões de melhoria 
urbanística
e) aumentar a arrecadação de impostos, para facilitar a manutenção da 
infra-estrutura
f) aumentar a oferta de terra para a população de baixa renda
25
CDRU (Concessão do direito real de uso) 
Uma vez que não é permitida a concessão de posse de terras públicas 
através do instrumento usucapião, a Concessão de uso especial para 
fins de moradia permite realizar a regularização fundiária em terras 
públicas ocupadas informalmente por populações de baixa renda.
De acordo com o artigo 1°da MP nº 2220, o direito a concessão de uso 
especial para fins de moradia é reconhecido para as pessoas que 
atenderem os seguintes requisitos: 
a) Até 30 de junho de 2001 possuírem como seu por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição imóvel público de até duzentos e 
cinqüenta metros quadrados situado em área urbana;
b) Estiverem utilizando o imóvel público para sua moradia ou de sua 
família; 
c) Não serem proprietários ou concessionários, a qualquer título de 
outro imóvel urbano ou rural.
Plano Diretor
[Plano diretor é o] Instrumento básico de um processo de planejamento 
municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, 
norteando a ação dos agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)
Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade 
física, social, econômica, política e administrativa da cidade, do 
município e de sua região, apresentaria um conjunto de propostas 
para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização 
espacial dos usos do solo urbano, das redes de infra-estrutura e de 
elementos fundamentais da estrutura urbana, para a cidade e para o 
município, propostas estas definidas para curto, médio e longo 
prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238)
As diretrizes do Estatuto da Cidade devem ser utilizadas pelo município de 
acordo com as características locais.
Isto é feito através do plano diretor, que “é o instrumento básico da 
política de desenvolvimento e expansão urbana” do município (Estatuto 
da Cidade, artigo 40).
Base : conter, no mínimo, as seguintes orientações:
I – as ações e medidas para assegurar o cumprimento das funções 
sociais da cidade e da propriedade
urbana;
II – os objetivos, temas prioritários e estratégias para o 
desenvolvimento da cidade e para a reorganização
territorial do município;
III – os instrumentos da política urbana previstos pelo Estatuto da 
Cidade que serão utilizados para concretizar os objetivos e 
estratégias estabelecidas pelo plano diretor, e;
IV – o sistema de acompanhamento e controle visando a execução e 
implementação do plano diretor.
Segundo o Estatuto da Cidade, estão obrigados a elaborar o plano diretor até 
outubro de 2006, aqueles municípios que:
-possuem, de acordo com o Censo 2000, mais de 20 mil habitantes;
- estão inseridos em regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas.
Também estão obrigados a elaborar o plano diretor, embora não haja prazo 
estabelecido na lei, os municípios:
-integrantes de áreas de especial interesse turístico;
-inseridos em área de influência de empreendimentos ou atividades com 
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional, e;
- onde o poder público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos 
no § 4º do art. 182 da Constituição Federal (parcelamento ou edificação 
compulsórios, IPTU progressivo no tempo, desapropriação com pagamento 
mediante títulos da dívida pública).
26
Metodologia: Linhas Gerais
A etapa chamada “Metodologia” é aquela em que será definido o processo de 
elaboração do plano diretor, mediante o estabelecimento dos prazos, custos, 
cronograma de atividades, estratégia de mobilização da população, formas de 
divulgação do processo e a formação do Núcleo Gestor Local.
A etapa de “leitura da realidade municipal” refere-se ao levantamento de 
informações sobre o município. É o momento onde serão diagnosticados 
os problemas e potencialidades existentes.
Esta etapa contempla dois momentos distintos e complementares: a 
leitura técnica e a leitura comunitária.
Exercício 5: 
Escolha uma Cidade com mais 20.000 hab e avalie em linhas gerais a o 
Plano Diretor implementado em forma de Lei Municipal. Verifique se o 
plano está sendo respeitado. Apresentar em classe em 10 min. 
LEI ORGANICA DO MUNICÍPIO 
Lei Orgânica é uma espécie de Constituição Municipal.
A Lei Orgânica não pode contrariar as constituições Federal e Estadual 
e nem as leis federais e municipais. 
Antes CF 88, havia uma só constituição para todos os municípios, mas, 
atualmente, cada município, de acordo com suas necessidade e 
peculiaridades, tem autonomia para criar a sua própria Lei Orgânica. O 
Poder Publico Municipal é quem se encarrega de fazer cumprir a Lei 
Orgânica, sempre observada e fiscalizada pela Câmara de Vereadores 
e sociedade civil organizada. 
Conteúdo Exemplo: 
O Município XXXX integra-se aos princípios nacionais e estaduais com o 
objetivo da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, 
preservando os fundamentos que norteiam o Estado Democrático de 
direito e o respeito:
I - à soberania nacional;
II - à autonomia estadual e municipal;
III - à cidadania;
IV - à dignidade da pessoa humana;
V - aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
VI - ao pluralismo político.
27
DOS DISPOSITIVOS GERAIS
Art. 6º - O Município XXXX como pessoa jurídica de direito público interno, com 
autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica, 
e no que concerne às Constituições da República Federativa do Brasil e do 
Estado de Santa Catarina.
Art. 7º - O Território do Município compreende o espaço físico-geográfico que 
atualmente se encontra sob seu domínio e jurisdição.
§ 1º - A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade.
§ 2º - O Município será organizado em Distritos e estes em subdistritos por lei 
municipal, observado o disposto na lei estadual.
§ 3º - A alteração do nome do Município, bem como a mudança de sua sede, 
depende de Lei, votada pela Câmara Municipal após consulta plebiscitária.
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL
Art. 9º - Compete ao Município prover o que é de interesse local e do bem-estar de sua população 
como, dentre outras, as seguintes atribuições:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - elaborar e executar o orçamento plurianual e o orçamento anual;
III - elaborar plano diretor ;
IV - instituir e arrecadar tributos, tarifas e preços públicos de sua competência;
V - aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade da prestação de contas;
VI - publicar balancetes e balanços nos prazos fixados em Lei;
VII - criar, organizar, fundir e extinguir Distritos, segundo as diretrizes da legislação estadual;
VIII - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo que tem caráter essencial;
IX - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação, 
prioritariamente pré-escolar e de ensino fundamental;
DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 17 - A Administração Pública Municipal é formada dos órgãos 
integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades 
dotadas de personalidadejurídica própria, compreendendo:
I - os órgãos da Administração Direta;
II - as entidades da Administração Indireta dotadas de 
personalidade jurídica própria:
a) autarquias;
b) empresas públicas;
c) sociedades de economia mista e suas subsidiárias;
d) fundações.
Etc…………
Planejamento Urbano 
28
Carta dos Andes « Seminário de Técnicos e
Funcionários em Planejamento Urbano »
« Em um sentido amplo, planejamento é um
método de aplicação, contínuo e permanente, 
destinado a resolver, racionalmente, os problemas 
que afetam uma sociedade situada em 
determinado espaço, em determinada época, 
através de uma previsão ordenada capaz de
antecipar suas ulteriores consequências »
Juca Villaschi « Urbanização Brasileira
ˆO Planejamento territorial urbano tem sido
desenvolvido e aplicado de forma a ordenar o
crescimento das cidades e minimizar os
problemas decorrentes dos processos de
urbanização. 
E tem sido curiosa a experiência
brasileira em planejamento urbano, já que,
geralmente, ele é demandado e elaborado
após a desorganização espacial ter se
tornado uma realidade. »
O planejamento deve ser integral, abrangente, isto é, deve 
envolver os aspectos econômicos, sociais e físico-
territoriais da realidade a ser planejada. 
Tais aspectos são apenas nomes diferentes de uma só e 
mesma realidade, ou seja, são aspectos diferentes de um 
só e mesmo sistema e não diversos sistemas.
Objetivos
“De maneira geral, os fins que os planos nacionais de 
urbanismo têm em vista são:
• - Desenvolvimento das estruturas urbanas, 
assegurando-lhes simultaneamente condições de vida e 
de trabalho sã;
• - Melhoria das condições econômicas, sociais e 
culturais equilibradas, e planejamento mais intenso nas 
zonas residenciais e de trabalho;
• - Melhoria das condições residenciais, dos serviços de 
tráfego e de abastecimento; 
• - Robustecimento das zonas periféricas.
29
� Preservação da exploração florestal e agrária como 
importantes bases de produção da economia; 
� Melhoria das condições de vida e trabalho nas 
zonas de grande densidade;
� Extirpação de condições de vida e trabalho 
insalubres em zonas de grande densidade com
estruturas econômicas e sociais desequilibradas
Planejamento, meio ambiente e sustentabilidade
Relação homem-natureza e a questionar a predominante 
visão antropocêntrica, característica da cultura ocidental, 
que coloca o homem como o centro do mundo, em que tudo 
existe a partir do interesse humano.
O meio ambiente, define-se como o conjunto de 
componentes físico-químicos e biológicos associados a 
fatores socioculturais suscetíveis de afetar, direta ou 
indiretamente, de curto ou longo prazo, os seres vivos e as 
atividades humanas no ambiente globalizante da ecosfera
O Planejamento Ambiental como fator de redução da pobreza urbana será 
possível mediante o planejamento e a administração do uso do solo 
sustentável de acordo com a Agenda 21.
É, necessário que os países elaborem um levantamento de seus recursos 
de solo e os classifiquem de acordo com o uso mais adequado, sendo 
ainda necessário que áreas frágeis ou sujeitas a catástrofes recebam 
medidas especiais de proteção.
A Agenda 21 reconhece ainda que, o Planejamento Ambiental deve 
fornecer sistemas de infra-estrutura ambientalmente saudáveis, em favor 
da sustentabilidade do desenvolvimento urbano, através do acesso à água, 
à qualidade do ar, à drenagem, à serviços sanitários e rejeito do lixo sólido 
e perigoso, promovendo ainda tecnologias para a obtenção de fontes de 
energia alternativas e renováveis mais eficientes, tais como a solar, hídrica 
e eólica e sistemas sustentáveis de transporte
Conforme o Estatuto da Cidade (2001), o equilíbrio 
ambiental ocorre mediante ações de proteção, 
preservação e recuperação do meio ambiente natural e 
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, 
paisagístico e arqueológico e da ordenação e controle do 
uso do solo de forma a evitar a poluição e a degradação 
ambiental. 
Estabelece normas que regulam o uso da propriedade 
urbana em prol do bem coletivo, da segurança, do bem 
estar da população e do equilíbrio ambiental.
30
Tendências
1) Pesquisa;
2) Anamnese ou Análise;
3) Diagnose (estudo minucioso);
4) Prognose (que traça o provável 
desenvolvimento futuro ou o resultado de um 
processo);
5) Plano Básico e Programação.
Etapas do Planejamento 
Etapas do plano
31
O trabalho inicia pela equipe interna municipal, compilando e 
organizando legislações, mapas, estudos existentes, dados 
disponíveis, relação de interlocutores potenciais.
Paralelamente deve sensibilizar e mobilizar a sociedade civil 
– entidades, instituições, movimentos sociais e cidadãos em 
geral, para participação ativa no processo.
Num segundo momento, procede-se a elaboração do 
diagnóstico através da leitura da cidade e do território, que 
compreende a leitura técnica e a leitura comunitária, que 
constitui um processo de identificação e discussão dos 
principais problemas, conflitos e potencialidades, do ponto 
de vista de diversos segmentos
A metodologia participativa representa um avanço 
legalizado às práticas do planejamento urbano, 
solidificado nas bases populares através da participação 
irrestrita da população, no entanto representando ainda 
um grande desafio no gerenciamento executivo do 
projeto em busca de resultados e de sua efetiva gestão
A leitura da cidade tem como objetivo conhecer 
bem a realidade da cidade, seus problemas e suas 
potencialidades. 
Ela deve trazer informações sobre como e onde as 
pessoas vivem e trabalham, os conflitos a serem 
resolvidos e as potencialidades da cidade.
As atividades e reuniões para a leitura comunitária 
devem mostrar que esse é um momento em que 
não se discute apenas o seu bairro, mas o 
município como um todo.
.
32
Deve-se elaborar uma metodologia participativa 
para a realização da leitura comunitária. Pode-se 
fazer uso de fotos, mapas, desenhos, entrevistas, 
depoimentos ou simplesmente registrar as 
impressões e vivências cotidianas da população.
Como regra básica é importante trabalhar a 
leitura da cidade a partir do conhecimento dos 
participantes.
Outras leituras, como a técnica e a jurídica, serão 
realizadas pelos técnicos e devem se articular 
com a leitura comunitária
ETAPAS
1- Formação da Equipe
2- Estudos prévios: anamnese
3- Participação Popular
4- Mapas de Zoneamento
5- O pré-projeto Urbano
6- Projeto para Produção 
7- Análise da Proposta
8- Implementação 
EQUIPE:
• Arquitetos Urbanista
• Engenheiros: Civil, Eletricista, Hidráulico,
• Florestal, Sanitário, Agrimensor 
• Geógrafos
• Sociólogos Urbanos
• Antropólogos
• Historiadores
• Turismólogos
• Geólogos
• Biólogos Ambientalistas
• Médicos Sanitaristas
• Economistas
• Advogados
• Políticos
• Líderes Comunitários (População)
33
ESTUDO PRÉVIO- Anamnese
� Mapeamento Físico e Biológico do Território
� Topografia do terreno- Cartografia Urbana 
� Análise geológica do solo
� Existência de mananciais, cursos (rios,
� córregos) e percursos (fluviais)
� Ecossistema: fauna, flora
� Dados meteorológicos: ventos, clima, etc.
� Dados socio-econômicos
� História e Antropologia
Elementos da Leitura Comunitária 
1- Sistema Viário e Infraestrutura
2- Saúde 
3-Segurança
4- Transporte Público
5- Educação
6- Uso e Ocupação do Solo
7-Meio Ambiente
8- Gestão Publica 
O objetivo dessa fase é visualizar e compreender “a cidade que temos”, a partir de 
questões presentes na escala do bairro até a escala regional. A comunidade deve
conhecer e reconhecer as potencialidades e o que contam para transformar a 
realidade.
PARTICIPAÇÃO POPULAR
PRIORIDADES- Leitura Comunitária e Técnica
Temas
1- Infraestrutura e Sistema Viário: Saneamento, transito, arruamento, 
ciclovias, áreas de lazer, asfaltamento etc...
2- Segurança: contingente policial, postos de policia, acessibilidade , 
logística 
3-Uso e Ocupação do Solo: zoneamento, ocupações e loteamentos 
irregulares, vazios urbanos, 
4- Educação: Escolas, creches, concelho tutelar
5- Saúde: postos,saúde preventiva, campanhas de vacinacao, medico 
da família
6- Meio Ambiente: qualidade do ar e agua, limpeza terrenos, lixões , 
áreas verdes, rios e saneamento
7- Transporte Público: Rede de ônibus, metro, VLB, ciclovias 
8- Politica Administrativa: melhora de politicas publicas, participação 
das decisões, lei de responsabilidade fiscal.
O que considerar?
Restrições e Deficiências (visão do cidadão) 
Resultado do Processo de Planejamento 
: 
1) Lei do Plano Diretor; 
2) Lei de Zoneamento; 
3) Lei do Parcelamento do Solo; 
4) Código de Obras 
5) Proposições a nível municipal, estadual e federal das obras 
e ações prioritárias 
A Lei do Plano Diretor é composta pelas disposições administrativas, 
objetivos e diretrizes do Plano Diretor, bem como pela sua definição 
conceitual. 
A Lei de Zoneamento trata especialmente da delimitação e definição 
das diferentes áreas do limite urbano do município, estabelecendo para elas 
limitações de ordem urbanística, tais como permissões de usos, índices de 
aproveitamento, taxa de ocupação, gabaritos, etc. Trata também da 
hierarquia do sistema viário e dos perfis a serem observados pelas vias 
urbanas.
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Ordem de Prioridades Entrevista
Ex: Batel
A- SEGURANÇA -65% 
B- TRANSPORTE PÚBLICO- 15%
C- SAÚDE- 13%
D- EDUCACAO- 7%
Ex: Santa Candida 
A- SAUDE- 35%
B- INFRAESTRUTURA- 22%
C-SEGURANÇA- 20%
D- TRANSPORTE PÚBLICO- 13%
E- EDUCACAO- 12%
E- MEIO AMBIENTE- 5%
*A Lei do Parcelamento do Solo trata dos requisitos necessários 
para a realização de loteamentos, desmembramentos e 
remembramentos, dos seus aspectos urbanísticos (sistema viário, 
áreas livres, dimensões mínimas dos lotes) e dos procedimentos 
necessários para sua aprovação junto à Prefeitura. 
O Código de Obras vincula-se a Lei de Zoneamento e o Código 
de Posturas do Município.
• Lei Federal 6.766, 1979 e Alterações 9.785/99 
Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das águas;
Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam 
previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas 
exigências específicas das autoridades competentes;
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias 
suportáveis, até a sua correção
Lei de Parcelamento parametros
Faixa non aedificandi ou faixa de domínio
Lote Mínimo
Alinhamento predial
Testada do lote
Fundo de lote
Divisas
Recuo
Arruamento
Talvegue
Serviços Públicos
Mobiliário Urbano
Área total e Liquida 
Adaptada Lei Federal 6.766, 1979 e Alterações 
9.785/99 pelo município . 
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Leitura Técnica: Mapas de Zoneamento e Estatisticas
Zoneamento
Áreas non aedificandi
� Terrenos alagadiços ou inundáveis
� Aterramentos nocivos à saúde
� Declividade superior a 30%, salvo exceções
� Condições geológicas precárias
� Áreas de preservação ecológica, mananciais, etc.
Levantamento do entorno edificado
� Vias principais de acesso (estradas,avenidas, etc), características 
sócio-econômicas, população e densidade, etc.
� Continuidade das vias de acesso, perfil da área a ser ocupada, 
avaliação do crescimento urbano, etc.
Produtos sujeitos a discussão técnica e comunitária 
Zoneamento
� ZPAM Zona de Preservação Ambiental
� ZP Zona de Proteção
� ZAR Zona de Adensamento Restrito
� ZAP Zona de Adensamento Preferencial
� ZC Zona Central
� ZA Zona Adensada
� ZE Zona de Grandes Equipamentos
� ZEIS Zona de Especial Interesse Social
TRABALHO FINAL : Planejar é decidir o que fazer, e em que ordem de 
prioridade ,tomando-se em consideração as necessidades e os recursos 
disponíveis. 
planejamento visa estabelecer a organização das tarefas da Prefeitura, a 
partir de metas preestabelecidas. Para a elaboração do Plano de 
Governo e para o planejamento das tarefas atinentes ao Poder Público 
Municipal, é fundamental a disponibilidade de um sistema de informações 
que permita a tomada de decisões. 
Faça uma LEITURA TÉCNICA de um 
Bairro de sua escolha. Bem como 
uma leitura comunitária. Propor 
soluções.
Fase do Planejamento Diagnóstico 
A autonomia do Município Brasileiro esta assegurada na Constituição 
da República para todos os assuntos de seu interesse local e expressa 
sob o tríplice aspecto político (composição eletiva do governo e edição 
das normas locais), administrativo (organização e execução dos 
serviços públicos locais) e financeiro (decretação, arrecadação e 
aplicação dos tributos municipais).
A administração municipal, através da Prefeitura, como órgão 
executivo, e da Câmara de Vereadores, como órgão legislativo. 
Essa composição é uniforme para todos os Municípios, variando 
apenas o número de vereadores.
Os mesmos defeitos apontados na administração federal e na estadual 
são encontrados no âmbito municipal: ausência de racionalização dos 
serviços, agravada pela falta de planejamento e de pessoal técnico 
para a execução dos empreendimentos públicos reclamados pela 
comunidade. 
Tópico Especial
Lei de Responsabilidade Fiscal e a Gestão Pública 
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Urge uma reformulação de profundidade na administração municipal 
brasileira para a modernização dos métodos, sistemas e 
técnicas vigentes nas Prefeituras, uma vez que as reformas até agora 
empreendidas são de superfície e dirigidas quase sempre à 
estruturação do quadro de servidores, como melhoria de vencimento, 
sem atingir e aperfeiçoar a prestação de serviços 
(MEIRELLES, 2003). “A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação 
planejada e transparente, em que se previnem riscos e 
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas 
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados 
entre receitas e despesas e a obediência a limites e 
condições no que tange a renúncia de receita, geração de 
despesas com pessoal, da seguridade social e outras, 
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito,
inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia 
e inscrição em Restos a Pagar.”
A Lei de Responsabilidade Fiscal, prevê o seguinte:
“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada 
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, 
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o 
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o 
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à 
participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos 
de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos”.
Lei complementar 101, 2000.
Princípios Básicos 
• Não gastar mais do que arrecadação . 
• Para fechar contas do dia a dia, nunca venda bens e evite, ao
máximo, tomar empréstimo de antecipação (ARO) - se o fizer,
por pouquíssimo tempo, ARO não pode mais “virar” o ano.
• Não crie uma obrigação permanente de gasto sem fonte
igualmente permanente de receita. 
• Não deixe as despesas com pessoal ultrapassar limites prudenciais, e 
jamais os máximos.
• Se for inevitável assumir dívida bancária, que seja apenas para
financiar investimentos fixos, cumpra os limites máximos e a
prestação futura da dívida caiba dentro de sobra projetada.
Se for vender um bem, aplique o resultado na diminuição de dívida
ou compra de outro patrimônio.
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Metas fiscais são os resultados a serem perseguidos em
termos de receita, despesa e resultado, bem como dívida
Serão fixadas anualmente na lei de diretrizes
orçamentárias - LDO para o próximo ano e os dois
seguintes; todo ano podem ser revistas
Definidas em cada jurisdição (sem qualquer interferência
federal ou estadual), passarão a condicionar todo
processo de orçamento e contabilidade:
se ao longo de um ano,a receita realizada se frustrar em relação a
estimada, serão cortados automaticamente os gastos para
assegurar a meta de resultado da LDO
IMPOSTOS:
A responsabilidade fiscal começa no exercício pleno das competências tributárias de
cada governo .
Muitos Estados e a grande maioria das Prefeituras, em especial das regiões menos
desenvolvidas, nunca terãocapacidade de auto-financiamento, mas isso não os
dispensa de explorar seus tributos:
- mais que instrumento financeiro, é elemento
essencial para o controle social;
- fonte de poupança para cobrir investimentos
Renunciar receita, caso das isenções ou reduções de
impostos, é o mesmo que realizar um gasto: passará a ficar sujeito as mesmas
condições e limites
LIMITES
Cada governo tem que caber dentro de seu território :
nenhum governo não mais financiará outro governo, nem para
renegociar dívidas, nem rolar o que já foi rolado não receberá transferências 
voluntárias, nem contrairá novos empréstimos, quem não provar cumprir a LRF -
não cobrou seus próprios impostos, atendeu limites de pessoal e dívida
Cada governante tem que caber dentro de seu mandato:
não deixe para sucessor restos a pagar sem a suficiente disponibilidade de caixa, 
sob pena de crime no último ano de mandato, adote regime de caixa: só assuma
gasto após a efetiva entrada das receitas
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Sanções
São aplicadas aos casos de distorções gritantes e,especialmente, pela não 
correção dos desvios. Sem sanções, seriam punidos as administrações 
eficientes.
Punições às administrações:
restrições para captação de recursos de terceiros, via convênios e 
financiamentos não se aplicam nos casos de calamidade pública e
repasses essenciais da saúde, ensino e assistência 
Crimes dos administradores:
novos crimes em leis que já previam perda de mandato,inabilitação e 
detenção - só distorções mais graves inova ao prever crime da denúncia 
infundada

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