Buscar

Apostila_10_-_Diabesidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Curso de Fitoterapia Aplicada 
Capítulo 10. Síndrome metabólica 
Índice 
Introdução ........................................................................................................ 1	
Curcuma longa ................................................................................................. 3	
Cymbopogon citratus ....................................................................................... 5	
Capsicum anuum ............................................................................................. 7	
Citrus × aurantium ............................................................................................ 9	
Plectranthus barbatus .................................................................................... 11	
Ilex paraguariensis ......................................................................................... 13	
Baccharis trimera ........................................................................................... 15	
Cynara scolimus ............................................................................................. 16	
Camellia sinensis ........................................................................................... 17	
Bauhinia forficata ........................................................................................... 19	
Syzygium cumini ............................................................................................ 21	
Caesalpinia ferrea .......................................................................................... 23	
Eugenia punicifolia ......................................................................................... 24	
Anacardium occidentale ................................................................................. 26	
Outras plantas potencialmente úteis no tratamento da síndrome metabólica 28	
Garcinia gummi-gutta ..................................................................................... 28	
Gymnema sylvestre ....................................................................................... 29	
Lycium barbarum ........................................................................................... 31	
Referências .................................................................................................... 32	
 
Introdução 
Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven, observou que doenças 
frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estavam, muitas 
vezes, associadas à obesidade. E mais que isso, essas condições estavam unidas 
por um elo de ligação comum, chamado resistência insulínica. A valorização da 
presença da síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença 
cardiovascular. Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma 
mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade 
cardiovascular três vezes maior (“Síndrome Metabólica - - Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia,” n.d.). 
Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a 
resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as 
manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério 
aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da 
Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education 
Program (NCEP) - americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso 
Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas 
entidades médicas. 
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão 
presentes três dos cinco critérios abaixo: 
• Obesidade central: circunferência da cintura > 88 cm na mulher, e > 
102 cm no homem; 
Farmácia da Natureza 
 2 
• Hipertensão Arterial: pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão 
arterial diastólica ≥ 85 mmHg; 
• Glicemia alterada: glicemia ≥110 mg/dL ou diagnóstico de diabetes; 
• Triglicerídeos: ≥ 150 mg/dL; 
• HDL colesterol: < 40 mg/dL em homens, e < 50 mg/dL em mulheres 
Em 2008, segundo a OMS, havia mais de 1,4 bilhão de adultos com 
sobrepeso e mais de 500 milhões com obesidade no mundo. Essas pessoas estão 
sob risco aumentado de AVC, osteoartrites, apneia do sono, câncer, doenças 
inflamatórias crônicas, e doenças relacionadas à síndrome metabólica. 
A etiologia da síndrome metabólica é provavelmente multifatorial, incluindo 
desequilíbrio entre consumo e gasto energético, dietas não saudáveis, 
sedentarismo, tabagismo e predisposição genética. 
O tratamento da síndrome metabólica e da obesidade é um desafio para os 
profissionais de saúde. Atualmente, o tratamento pode ser resumido como abaixo: 
• Redução da ingestão energética 
• Regimes 
• Farmacoterapia 
• Cirurgia 
• Aumento do gasto energético 
• Atividade física 
• Farmacoterapia 
• Termogênese 
• Inibição da lipogênese 
• Modificação de comportamento 
• Ansiolíticos e antidepressivos 
Entretanto, o número de sucessos é limitado e a adesão ao tratamento é 
baixa. Isto tem levado a uma busca por soluções “milagrosas” gerando comércio, 
legal e ilegal, de produtos para o tratamento da obesidade. Muitos desses produtos 
contém plantas medicinais ou derivados vegetais em sua composição. 
Recentemente, foi demonstrado que produtos para perda de peso que podem ser 
comprados sem prescrição médica, e que são vendidos como contendo somente 
plantas, podem conter substências como sibutramina ou temazepam em doses altas, 
além de estarem contaminados por metais pesados (Ozdemir et al., 2013). 
Em teoria, compostos presentes nas plantas podem ter as seguintes 
atividades que podem auxiliar na perda de peso: 
• Regulação do metabolismo lipídico 
• Supressão da ingestão alimentar 
• Aumento do gasto energético 
De fato, muitas substâncias presentes em chás, como os compostos 
polifenólicos (epicatequina, epicatechina galato, etc), que podem ser úteis no 
tratamento da obesidade (Hursel & Westerterp-Plantenga, 2013). 
Em uma revisão recente da literatura, Nigella sativa, Camellia sinensis, Chá 
verde e Chá preto chinês parecem ter atividade anti-obesidade satisfatória. 
Entretanto, o efeito parece ser discreto (Hasani-Ranjbar, Jouyandeh, & Abdollahi, 
2013). 
O controle da ansiedade é fundamental no tratamento da obesidade. 
Recentemente, um estudo demonstrou que fatores estressores cotidianos levam a 
menor gasto energético de repouso (GER) pós-prandial, menor oxidação de gordura 
e maior liberação de insulina. Mulheres com depressão maior tiveram maior 
concentração de cortisol e maior oxidação de gordura. Esses resultados comprovam 
Farmácia da Natureza 
 3 
a relação entre estresse, depressão e respostas metabólicas anormais a refeições 
ricas em gordura, que levam à obesidade (Kiecolt-Glaser et al., 2014). 
O tratamento do diabetes mellitus é também um desafio para os 
profissionais de saúde, de maneira semelhante ao tratamento da obesidade. Alguns 
fitoterápicos podem ser hipoglicemiantes, sendo que seus resultados dependem de 
alguns fatores: 
• Cada planta possui centenas de componentes, sendo que apenas 
alguns podem ser terapeuticamente eficazes; 
• Cada parte da planta tem diferentes constituintes. Diferentes processos 
de extração podem resultar em diferentes princípios ativos; 
• Fórmulas fitoterápicas contendo múltiplas plantas podem ter efeitos 
sinérgicos. 
Entre os mecanismos de ação dos fitoterápicos no tratamento do diabetes, 
podemos enumerar (Hui, Tang, & Go, 2009): 
• Redução da produção de glicose no fígado (Coptis chinensis, 
Trigonella foenum-graecum); 
• Redução da absorção de glicose no intestino (Myrcia uniflora, Morus 
alba); 
• Aumento da secreção de insulina pelo pâncreas (Panax ginseng, 
Momordica charantia, Aloe vera, Biophytum sensitivum); 
• Aumento da utilização periférica da glicose (Panax ginseng, Momordica 
charantia, Cinnamomum verum). 
Muitas das informações contidas neste capítulo são extraídas do Manual 
prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais (Pereira etal., 2010) e do 
Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza (Pereira et al., 2014). 
Curcuma longa 
				 
ESPÉCIE: Curcuma longa L. 
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema respiratório. 
Farmácia da Natureza 
 4 
COMENTÁRIOS: 
A Curcuma longa é uma das plantas com maior potencial terapêutico que 
existem. Como um poderoso anti-inflamatório, pode ser usada com muita segurança 
em todas as doenças inflamatórias, agudas ou crônicas. 
Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, a ingestão de um extrato de 
curcuminoides, comparado com placebo, levou a redução significativa da leptina, da 
resistência arterial, dos triglicerídeos, da gordura visceral, da gordura corporal total e 
da circunferência abdominal, e ao mesmo tempo levou a aumento significativo da 
adiponectina (Chuengsamarn, Rattanamongkolgul, Phonrat, Tungtrongchitr, & 
Jirawatnotai, 2014). 
A angiogênese é necessária para o crescimento do tecido adiposo. Em 
experimentos in vitro e in vivo, a curcumina (500 mg/kg por 12 semanas) suprimiu a 
angiogênese e a adipogênese. Em camundongos, não alterou a ingestão de comida, 
mas reduziu o ganho de peso corporal, a adiposidade e a densidade vascular no 
tecido adiposo. A curcumina também levou a aumento na oxidação de gorduras, 
reduziu o colesterol sérico. Os resultados sugeriram que a curcumina na dieta pode 
ser potencialmente benéfica na prevenção da obesidade (Ejaz, Wu, Kwan, & 
Meydani, 2009). 
MODO DE USAR: 
• Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula de 350–400 mg ou 1 colher de café do 
pó, 1–2 x/dia (Pereira et al., 2014) ou 1,5–3,0 g por dia (Micromedex 
[Internet], 2017b). 
o Uso pediátrico: 1 colher de café do pó, na comida, em 1–3 x/dia. 
• Decocção – Uso oral: 1,5 g em 150 mL, 2 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em 
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
• Tintura – Uso oral: 0,1–1,5 mL (como antidispéptico) ou 1–3 mL (como anti-
inflamatório), 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia 
(Pereira et al., 2014). 
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 1–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Pomada, creme ou gel – Uso tópico: aplicar na área afetada, 2–3 x/dia 
(Pereira et al., 2014). 
• Extrato fluido – Uso oral: 10–30 gotas, 3 x/dia (Micromedex [Internet], 
2017b). 
o Uso pediátrico: 0,1–0,3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia. 
• Extrato seco – Uso oral: 80–160 mg/dia (extrato etanólico 13-25:1 com etanol 
a 96%), em 2–4 x/dia, ou 100–120 mg/dia (extrato etanólico 5,5-6,5:1 com 
etanol a 50%), em 2 x/dia (BRASIL, 2018). 
• Extrato seco etílico (75 a 85% de curcuminoides) – Uso oral: 1 cápsula de 
670 mg, 3 x/dia após as refeições (BRASIL, 2018). 
Farmácia da Natureza 
 5 
Cymbopogon citratus 
 
ESPÉCIE: Cymbopogon citratus (DC.) Stapf 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Andropogon cerifer Hack., Andropogon ceriferus Hack., 
Andropogon citratus DC., Andropogon fragrans C.Cordem., Andropogon 
nardus subsp. ceriferus (Hack.) Hack., Andropogon nardus var. ceriferus 
(Hack.) Hack., Andropogon roxburghii Nees ex Steud. 
FAMÍLIA: Poaceae. 
NOMES REGIONAIS: Capim-limão, campim-cidreira. 
HISTÓRICO: 
Nativa das regiões tropicais da Ásia, especialmente da Índia. Cresce numa 
moita, propagando-se por estolhos (por isso chamada de estolonífera). 
É uma planta muito usada em medicina popular, sendo, para esse efeito, 
utilizadas as folhas que, em infusão, têm propriedades febrífugas, sudoríficas, 
analgésicas, calmantes, anti-depressivas, diuréticas e expectorantes, além de ser 
bactericida, hepatoprotectora, antiespasmódica, estimulante da circulação periférica 
e estimulante estomacal e da lactação. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Óleo essencial 
o citral – 75% a 95% 
o citronelal, geraniol, nerol, metilheptenol, farnesol, mirceno, 
isovalealdeído e deciladeído, limoneno, dipenteno, combopogonal) 
• Flavonoides 
Farmácia da Natureza 
 6 
• Ácidos orgânicos (acético, p-cumárico, cafeico, citronélico, gerânico e 
caproico) 
• Alcaloides 
• Saponinas 
• Álcoois (cimeropogonol e cimpogonol) 
• Beta-sitosterol, 
• Triterpenoides 
TROPISMO: Sistema nervoso. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Ansiedade leve, cefaleias e cólicas 
intestinais. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: analgésica e ansiolítica suave. 
• Sistema digestório: antiespasmódica. 
• Sistema nervoso: ansiolítica suave. 
COMENTÁRIOS: 
A inibição da lipase pancreática é um dos mecanismos mais amplamente 
estudados para determinar a eficácia de produtos naturais como agentes 
antiobesidade. Em um estudo in vitro, foram estudados 19 extratos aquosos e 
metanolicos sobre a inibição da lipase pancreática. O extrato de Cymbopogon 
citratus apresentou a maior inibição, seguido de Costus spicatus e Baccharis trimera. 
Os extratos apresentam um potencial como adjuvante no tratamento da obesidade 
(S. P. Souza, Pereira, Souza, & Santos, 2012). 
Além da inibição da lipase pancreática, esta planta também pode ser útil no 
tratamento da obesidade porque possui atividade ansiolítica, devido à presença de 
óleos essenciais, o que pode reduzir a alimentação compulsiva. 
MODO DE USAR: 
• Infusão – Uso oral: 1–3 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011), ou 1,0 g em 
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 7 
Capsicum anuum 
 
ESPÉCIE: Capsicum anuum L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Capsicum abyssinicum A.Rich., Capsicum angulosum Mill., 
Capsicum axi Vell., Capsicum bauhinii Dunal, Capsicum caerulescens Besser, 
Capsicum cerasiforme Mill., Capsicum ceratocarpum Fingerh., Capsicum cereolum 
Bertol., Capsicum comarim Vell., Capsicum conicum G.Mey., Capsicum conicum 
Lam., Capsicum conoide Mill., Capsicum conoides Roem. & Schult., Capsicum 
conoideum Mill., Capsicum cordiforme Mill., Capsicum crispum Dunal, Capsicum 
cydoniforme Roem. & Schult., Capsicum dulce Dunal, Capsicum fasciculatum 
Sturtev., Capsicum fastigiatum Blume, Capsicum frutescens L., Capsicum globiferum 
G.Mey., Capsicum globosum Besser, Capsicum grossum L., Capsicum indicum 
auct., Capsicum longum DC., Capsicum milleri Roem. & Schult., Capsicum minimum 
Mill., Capsicum odoratum Steud., Capsicum odoriferum Vell., Capsicum oliviforme 
Mill., Capsicum ovatum DC., Capsicum petenense Standl., Capsicum pomiferum 
Mart. ex Steud., Capsicum purpureum Vahl ex Hornem., Capsicum pyramidale Mill., 
Capsicum quitense Willd. ex Roem. & Schult., Capsicum silvestre Vell., Capsicum 
sphaerium Willd., Capsicum tetragonum Mill., Capsicum tomatiforme Fingerh. ex 
Steud., Capsicum torulosum Hornem., Capsicum tournefortii Besser, Capsicum 
ustulatum Paxton. 
FAMÍLIA: Solanaceae. 
NOMES REGIONAIS: Pimenta. 
HISTÓRICO: 
A espécie C. anuum L., também conhecida como pimenta ou pimentão, é 
originária das Américas, assim como todas as espécies do gênero Capsicum, e 
atualmente são cultivadas em todos os países tropicais. Os frutos desta espécie são 
um dos mais fortes condimentos picantes existentes, são vermelhos e medem até 3 
cm de comprimento por até 0,5 cm de diâmetro. As sensações experimentadas por 
quem ingere os frutos da C. anuum incluem: sensação de queimadura na boca, 
taquicardia, salivação, rinorreia, além de calor e sudorese moderados a intensos na 
face e no pescoço. 
Além de seu uso como condimento alimentar, a C. anuum pode ser utilizada 
como medicamento fitoterápico (Blumenthal, 1998; Lorenzi & Matos, 2008; Newall, 
Anderson, & Phillipson, 1996; Willoughby & Mills, 1996). As principais descrições de 
Farmácia da Natureza 
 8 
uso são como rubefaciente, protetora da mucosa gástrica, analgésica para dores 
musculares e reumáticas, antiespasmódica, carminativa, diaforética, e antisséptica. 
PARTE UTILIZADA: Frutos. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS:• Capsaicina (principal): Ação analgésica (aumenta a produção de endorfinas), 
termogênica, diminui a resistência insulínica. Provavelmente a capsaicina 
atua ativando o sistema nervoso simpático. 
• Vitamina C 
• Betacaroteno 
• Flavonoides 
TROPISMO: Sistema nervoso. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Processos inflamatórios em geral. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: analgésica, anti-inflamatória. 
COMENTÁRIOS: 
As propriedades da pimenta podem ser atribuídas à presença da capsaicina, 
principalmente. Esta substância provoca, por contato, um forte estímulo à circulação 
local, resultando numa sensação de calor, analgesia e conforto, em intensidades 
variáveis de acordo com o tempo de contato com a pele (Lorenzi & Matos, 2008; 
Newall et al., 1996). Possui ações no sistema nervoso, cardiovascular, respiratório, 
termorregulatório e gastrointestinal, e a maioria dessas ações deva-se às suas 
propriedades vasodilatadoras (Newall et al., 1996). 
Estudos farmacocinéticos em ratos mostraram que a capsaicina é 
prontamente transportada através do trato gastrointestinal e absorvida pelo sistema 
porta, por meio de um transporte não-ativo. É parcialmente hidrolisada durante a 
absorção e a maior parte é excretada pela urina num período de 48 horas, 
predominantemente na forma de conjugados glicoronídeos (Newall et al., 1996). 
Em humanos, a ingestão do fruto maduro (10 g) por portadores de úlceras 
duodenais e controles saudáveis não aumentou a secreção ácida ou de pepsina no 
estômago, ou alterou as concentrações de sódio, potássio e cloro no aspirado 
gástrico e também não promoveu alteração no muco nem erosões na mucosa 
gástrica (Newall et al., 1996). 
A adição de capsaicina à dieta tem sido relacionada ao aumento da 
saciedade e da termogênese. Em um estudo clínico, foram estudados os efeitos da 
uma refeição contendo capsaicina sobre os hormônios intestinais GLP-1, grelina e 
PYY, sobre o gasto energético, oxidação de substratos e saciedade. A saciedade e 
o gasto energético não foram diferentes nos indivíduos que ingeriram capsaicina na 
refeição. Após 15 minutos da refeição, a GLP-1 aumentou nos que ingeriram 
capsaicina, e a grelina tendeu a reduzir. Os autores concluíram que a ingestão de 
capsaicina não tem efeito sobre a saciedade, o gasto energético e o PYY, mas 
aumentou o GLP-1 e a grelina tendeu a diminuir (Smeets & Westerterp-Plantenga, 
2009). 
MODO DE USAR: 
• Droga vegetal – Uso oral: 3 a 4,5 mg, 2 x/dia, nas refeições. 
• Creme ou gel – Uso tópico: passar nas lesões 3–4 x/dia. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Farmácia da Natureza 
 9 
 Pode interferir com inibidores da MAO e com drogas anti-hipertensivas (pelo 
aumento da secreção catecolaminérgica). Pode aumentar o metabolismo de 
determinadas drogas (fígado). Pode aumentar a atividade das enzimas G6PD e 
lipoproteína lipase. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Os frutos de C. anuum são considerados seguros para uso, por via oral, em 
humanos, estando descritos na Farmacopéia Britânica (Newall et al., 1996; 
Willoughby & Mills, 1996) e na Comissão E Alemã (agência controladora dos 
fitoterápicos na rede sanitária da Alemanha) (Blumenthal, 1998). Como alimento, os 
frutos são relacionados na Europa como aromatizante natural (categoria N2), 
indicando que pode ser adicionada aos alimentos em pequenas quantidades, e nos 
Estados Unidos é em geral considerada segura (GRAS, generally regarded as safe) 
(Newall et al., 1996). Há relatos de agravamento ou desenvolvimento de 
hemorróidas com o uso alimentar crônico dos frutos da C. anuum (Lorenzi & Matos, 
2008). 
Pode ser irritante de mucosas, inclusive as respiratórias, a administração 
crônica de capsaicina em hamsters, provocou anormalidades visuais atribuídas à 
depleção da substância P nos neurônios aferentes primários e morte. Além disso, 
são descritas bradicardia, insuficiência respiratória e hipotensão. As DL50 da 
capsaicina, em camundongos, são de 0,56 mg/kg (endovenosa), 7,56 mg/kg 
(intraperitoneal), 9,0 mg/kg (subcutânea) e 190 mg/kg (via oral). Essas quantidades 
são muito maiores do que as normalmente ingeridas na alimentação. Doses 
extremamente elevadas podem induzir lesões hepáticas ou renais. 
Citrus × aurantium 
 
ESPÉCIE: Citrus × aurantium L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Aurantium × acre Mill., Aurantium × bigarella Poit. & Turpin, 
Aurantium × corniculatum Poit. & Turpin, Aurantium × corniculatum Mill., 
Aurantium × coronatum Poit. & Turpin, Aurantium × distortum Mill., Aurantium 
× humile Mill., Aurantium × myrtifolium Descourt., Aurantium × orientale Mill., 
Farmácia da Natureza 
 10 
Aurantium × silvestre Pritz., Aurantium × sinense (L.) Mill., Aurantium × 
variegatum Barb.Rodr., Aurantium × vulgare (Risso) M. Gómez, Citrus × 
amara Link, Citrus × aurata Risso, Citrus × benikoji Yu.Tanaka, Citrus × 
bigaradia Loisel., Citrus × calot Lag., Citrus × canaliculata Yu.Tanaka, Citrus × 
changshan-huyou Y.B.Chang, Citrus × communis Poit. & Turpin, Citrus 
decumana var. paradisi (Macfad.) H.H.A.Nicholls, Citrus × dulcimedulla Pritz., 
Citrus × dulcis Pers., Citrus × florida Salisb., Citrus × funadoko Yu.Tanaka, 
Citrus × fusca Lour., Citrus × glaberrima Yu.Tanaka, Citrus grandis f. 
benikawa Yu.Tanaka, Citrus humilis (Mill.) Poir., Citrus × intermedia 
Yu.Tanaka, Citrus × iwaikan Yu.Tanaka, Citrus × karna Raf., Citrus × kotokan 
Hayata, Citrus × leiocarpa var. tumida Yu.Tanaka, Citrus maxima var. 
uvacarpa Merr., Citrus medica f. tamurana (Tanaka) M.Hiroe, Citrus × 
medioglobosa Yu.Tanaka, Citrus × mitsuharu Yu.Tanaka, Citrus × myrtifolia 
(Ker Gawl.) Raf., Citrus × natsudaidai (Yu.Tanaka) Hayata, Citrus × nobilis 
var. genshokan Hayata, Citrus × omikanto Yu.Tanaka, Citrus × pseudogulgul 
Shirai, Citrus × reshni (Engl.) Yu.Tanaka, Citrus × rokugatsu Yu.Tanaka, 
Citrus × rumphii Risso, Citrus sabon f. banyu Hayata, Citrus sinensis var. 
brassiliensis Tanaka, Citrus × subcompressa (Tanaka) Yu.Tanaka, Citrus × 
taiwanica Yu.Tanaka & Shimada, Citrus × tangelo J.W.Ingram & H.E.Moore, 
Citrus tankan f. koshotankan Hayata, Citrus × tosa-asahi Yu.Tanaka, Citrus × 
truncata Yu.Tanaka, Citrus × vulgaris Risso, Citrus × yatsushiro Yu.Tanaka, 
Citrus × yuge-hyokan Yu.Tanaka. 
FAMÍLIA: Rotaceae. 
NOMES REGIONAIS: Laranja amarga. 
HISTÓRICO: 
Trata-se de um híbrido obtido do cruzamento de Citrus maxima (pomelo) e 
Citrus reticulata (mandarina). Muitas variedades desta planta são usadas devido a 
seu óleo essencial, e são encontradas em perfumes e aromatizantes. 
PARTE UTILIZADA: Pericarpo. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Sinefrina: agonista adrenérgico 
• Vitamina C 
• Minerais 
• Fibras 
TROPISMO: Sistema digestivo. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Má-digestão e obesidade. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: sudorífica e antitérmica. 
• Boca: antisséptica nas faringites e amigdalites (bochechos). 
• Sistema digestório: estomáquica, eupéptica e antiespasmódica. 
• Sistema endócrino: hipoglicemiante leve. 
• Sistema nervoso: sedativa leve e hipnótica suave. 
• Sistema osteoarticular: analgésica. 
• Sistema respiratório: expectorante, antitussígena e anti-histamínica. 
COMENTÁRIOS: 
A laranja amarga é muito usada na medicina popular como estimulante e 
supressora do apetite, devido à presença de uma molécula chamada sinefrina, um 
potente agonista adrenérgico comparável à noradrenalina. Suplementos contendo 
esta planta têm sido associados a inúmeros efeitos colaterais e mortes, e alguns 
grupos têm defendido que não deve ser usada como medicamento. 
Farmácia da Natureza 
 11 
Em geral, os extratos padronizados contém 10% de sinefrina, que seria 
responsável por aumento da lipólise e aumento do metabolismo basal 
(termogênese). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Infusão – Uso oral: 1–2 g em 150–300 mL, no início da noite (BRASIL, 2011). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver algumareação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. Não usar em pacientes hipertensos. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode provocar fotossensibilidade (furanocumarinas). Não deve ser usado por 
hipertensos e pessoas em uso de inibidores da MAO (monoaminooxidase). 
Plectranthus barbatus 
 
ESPÉCIE: Plectranthus barbatus Andrews 
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema digestório. 
COMENTÁRIOS: 
Esta planta é usada tradicionalmente pela medicina Hindu e Ayurvédica, bem 
como no Brasil, África e China. Os maiores usos etnobotânicos incluem doenças 
intestinais, hepáticas, respiratórias, cardíacas e do sistema nervoso. 
Esta planta é uma das mais estudadas no mundo todo devido ao enorme 
potencial terapêutico de seus constituintes, sobretudo a forskolina. 
Os constituintes da planta apresentam diversas propriedades. O óleo 
essencial possui atividade antimocrobiana e antiespasmódica. Alguns diterpenos 
como barbatusin e coleon C apresentam atividade antitumoral, o barbtusol possui 
efeito hipotensor, a plectrinon A possui efeito inibitório sobre a bomba de prótons no 
Farmácia da Natureza 
 12 
estômago, entre outros. A forskolina e as outras dezenas de moléculas 
estruturalmente similares presentes na planta (diterpenoides labdanos) ativam 
diretamente a adenilato-ciclase (Alasbahi & Melzig, 2010b), aumentando a produção 
de AMPc em diversos tecidos, independente da ativação de receptores β-
adrenérgicos. Isto explica a atividade da planta em diversos órgãos e sistemas 
(Alasbahi & Melzig, 2010a). A forskolina é pouco solúvel em água, o que limitou até 
hoje a produção de medicamentos contendo esta molécula. Um derivado mais 
solúvel foi desenvolvido, chamado 6-(3-dimethylaminopropionyl) forskolin 
hydrochloride (NKH477). Este derivado é mais específico para a adenilato-ciclase V 
do miocárdio, sendo comercializado no Japão com o nome de Adehl® para o 
tratamento de doenças cardíacas (inotrópico e vasodilatador). 
O efeito antiobesidade do P. barbatus foi investigado em ratas 
ovariectomizadas. A administração da planta junto com a dieta resultou em redução 
do peso corporal, da ingestão de ração, e do acúmulo de gordura nos animais. Os 
resultados sugeriram que a planta pode ser útil no tratamento da obesidade (Han, 
Morimoto, Yu, & Okuda, 2005). 
Em ratos alimentados com uma dieta “de cafeteria”, num modelo de 
obesidade, a administração de extrato de P. barbatus (50-100 mg/kg/dia), com ou 
sem orlistat, resultou em redução na ingestão de alimento e no ganho de peso dos 
animais, além de impedir o desenvolvimento de dislipidemia. Os autores concluíram 
que a o extrato de P. barbatus pode controlar o apetite e mitigar o desenvolvimento 
de dislipidemia (Gopalakrishna et al., 2014). 
Em humanos voluntários saudáveis, uma bebida contendo suco de P. 
barbatus a 12% levou a redução significativa dos níveis de leptina, enquanto a 
concentração de 24% levou a aumento da leptina, e essas alterações foram 
acompanhadas por alterações no apetite dos voluntários (Wadikar & Premavalli, 
2014). 
O P. barbatus possui atividade farmacológica digestiva e hepática mais 
intensa que o Peumus boldus (boldo-do-Chile). Entretanto, ela possui muita água, o 
que dificulta a produção de um medicamento industrializado. 
No caso da obesidade, a produção de AMPc estimula o metabolismo lipídico 
no tecido adiposo, aumentando a lipólise, a taxa metabólica basal e a termogênese, 
levando a perda de gordura sem perda de massa magra. 
MODO DE USAR: 
• Infusão – Uso oral: 1–3 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011) ou 0,5 g em 
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
• Tintura – Uso oral: 50 gotas, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 
2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
Farmácia da Natureza 
 13 
Ilex paraguariensis 
 
ESPÉCIE: Ilex paraguariensis A.St.-Hil. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Ilex curitibensis Miers, Ilex domestica Reissek, Ilex mate 
A.St.-Hil., Ilex sorbilis Reissek, Ilex theaezans Bonpl. ex Miers. 
FAMÍLIA: Aquifoliaceae. 
NOMES REGIONAIS: Erva-mate. 
HISTÓRICO: 
Originária da região subtropical da América do Sul. É consumida como chá 
(quente ou gelado), chimarrão ou tereré no Brasil, no Paraguai, na Argentina, no 
Uruguai, na Bolívia e no Chile. "Mate" deriva do termo quéchua mati, que designa o 
recipiente onde é bebido o chimarrão. "Congonha" deriva do tupi kõ'gõi, que significa 
"o que mantém o ser". 
Os guaranis da região nordeste da Argentina parecem ter sido os 
descobridores do uso da erva-mate. No século 16, os guaranis passaram este 
conhecimento aos colonizadores espanhois, que o disseminaram por todo o Vice-
Reino do Rio da Prata. A erva chegou a ser proibida no sul do Brasil durante o 
século XVI, sendo considerada "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções 
do Guayrá. A partir do século XVII, no entanto, os jesuítas passaram a incentivar o 
seu uso pelos índios com o objetivo de afastá-los das bebidas alcoólicas. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Alcaloides (maior interesse terapêutico): cafeína, metilxantina, teofilina e 
teobromina. 
• Polifenois e flavonoides (30% dos constituintes) 
• Taninos: Ácidos fólico e cafeico 
• Vitaminas: A, B1, B2, C e E 
• Sais minerais 
• Aminoácidos 
TROPISMO: Sistema nervoso e endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Obesidade e fadiga. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: tônica do SNC, termogênica, lipolítica. 
COMENTÁRIOS: 
Farmácia da Natureza 
 14 
A erva-mate é rica em alcaloides (cafeína e teofilina), que têm ação 
termogênica, aumentando o gasto energético e promovendo a lipólise. O consumo 
da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a 
atividade física e mental, combatendo a fadiga, e proporcionando a sensação de 
saciedade. 
O consumo da erva-mate afeta a produção de IL-1α, IL-6, e TNF-α pelas 
células da medula óssea, promove perda de peso, reduz o número de leucócitos e 
melhora significativamente os níveis de colesterol em ratos alimentados com dieta 
hiperlipídica (Carmo et al., 2013). Em outros estudos, o uso da erva-mate em 
animais reduziu, além do peso, marcadores de risco para doença metabólica e 
cardiovascular (Borges et al., 2013; Lima et al., 2014). 
Em um estudo clínico, voluntários saudáveis foram submetidos a exercícios 
físicos 60 minutos após ingestão de 1000 mg de erva-mate ou placebo. O uso da 
erva-mate aumentou significativamente a oxidação de ácidos graxos e o gasto 
energético derivado da oxidação de ácidos graxos em 24% em todos os exercícios 
de intensidade submáxima. Os autores concluíram que a ingestão de erva-mate 
aumenta a oxidação de ácidos graxos e o gasto energético derivado da oxidação de 
ácidos graxos dependente de atividade física, sem afetar o desempenho físico, 
sugerindo um potencial para melhorar a eficácia da atividade física na perda de peso 
(Alkhatib, 2014). 
Em uma revisão da literatura, o impacto da erva-mate na obesidade e na 
inflamação relacionada à obesidade foi avaliado. Estudos celulares demonstram que 
a erva-mate suprime a diferenciação de adipócitos e o acúmulo de triglicerídeos, 
além de reduzir a inflamação. Estudos em animais mostram que a erva-mate modula 
as vias de sinalização que regulam respostas de adipogênese, antioxidação, 
inflamação e insulina. Em resumo, os dados sugerem que o uso da erva-mate pode 
ser útil no combate à obesidade, melhorando parâmetros lipídicos em humanos e 
animais. Além disso, a erva-mate modula a expressão de genes que são 
modificados no estado de obesidade e restaura-os para níveis normais de 
expressão. Ao fazer isto, atinge vários fatores associados à origem da obesidade. 
Também são observados efeitos sobre a resistência insulínica. Como conclusão 
geral, os autores consideram que a erva-mate, na forma de bebidas e suplementos, 
pode ser útil na batalha contra a obesidade (Gambero & Ribeiro, 2015). 
MODO DE USAR: 
• Infusão – Uso oral: não há uma dose recomendadana literatura. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. Deve ser usada com muita cautela em pacientes 
hipertensos, cardiopatas, com insônia ou ansiedade. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 15 
Baccharis trimera 
 
ESPÉCIE: Baccharis trimera (Less.) DC. 
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema digestório. 
COMENTÁRIOS: 
A B. trimera é muito utilizada na medicina tradicional para o tratamento de 
diversos problemas hepáticos e digestivos. Em estudo in vitro, o extrato metanólico 
de B. trimera apresentou atividade inibitória sobre a lipase pancreática (S. Souza & 
Pereira, 2011). Em modelo de obesidade em ratos, a administração do mesmo 
extrato suprimiu o aumento de peso e os níveis de colesterol (S. de Souza, Pereira, 
& Souza, 2012). 
Sua atividade hipoglicemiante está bem documentada na literatura. Apresenta 
melhor atividade se usada na forma de chá, após as refeições, mas o sabor 
extremamente amargo compromete a adesão do paciente ao tratamento. 
Em um estudo em modelo de diabetes em camundongos, a administração de 
extrato aquoso de Baccharis trimera resultou em redução da glicemia, sugerindo que 
esta planta possui atividade antidiabética potencial (Oliveira, Endringer, Amorim, das 
Graças L Brandão, & Coelho, 2005). 
MODO DE USAR: 
• Decocção – Uso oral: 2,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,25 g 
em 150 mL, 3–4 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
• Tintura – Uso oral: 3–9 mL, 2 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 
2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula de 250 mg, 1–3 x/dia (Pereira et al., 
2014). 
Farmácia da Natureza 
 16 
Cynara scolimus 
 
ESPÉCIE: Cynara scolimus L. 
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema digestório. 
COMENTÁRIOS: 
A cinarina presente na C. scolimus é capaz de aumentar em até 100% a 
secreção biliar, além de aumentar a secreção gástrica. Na síndrome metabólica, a 
redução do colesterol é feita por estimulação metabólico-enzimática pela cinarina, 
enquanto a ação hipoglicemiante é dada pela ação das oxidases. 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 2–5 mL, 1–3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, 
em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Droga vegetal em cápsulas ou comprimidos – Uso oral: 2 cápsulas, 2–4 
x/dia (BRASIL, 2016); ou 60–1000 mg/dia, em 2–3 x/dia (Micromedex 
[Internet], 2017c). 
• Extrato seco padronizado – Uso oral: 1200 mg (extrato da folha fresca) ou 
600 mg (extrato da folha seca), 1–2 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–2 g/dia 
(BRASIL, 2016); ou 300–400 mg, 3 x/dia (Micromedex [Internet], 2017c). 
• Infusão – Uso oral: 0,5–1,0 g em 150 mL, antes das refeições (BRASIL, 
2011; Pereira et al., 2017a). 
Farmácia da Natureza 
 17 
Camellia sinensis 
 
ESPÉCIE: Camellia sinensis (L.) Kuntze 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Camellia arborescens Hung T. Chang & F.L. Yu, Camellia 
bohea (L.) Sweet, Camellia chinensis (Sims) Kuntze, Camellia theifera var. 
macrophylla (Siebold ex Miq.) Matsum., Camellia viridis Sweet, Thea bohea 
L., Thea cantoniensis Lour., Thea chinensis Sims, Thea cochinchinensis 
Lour., Thea grandifolia Salisb., Thea olearia Lour. ex Gomes, Thea oleosa 
Lour., Thea parvifolia Salisb., Thea sinensis L., Thea viridis L., Theaphylla 
cantonensis (Lour.) Raf. 
FAMÍLIA: Theaceae. 
NOMES REGIONAIS: Chá-verde. 
HISTÓRICO: 
Camellia sinensis é uma espécie da família Theaceae, popularmente 
conhecida como chá e chá-da-índia. Foi, originalmente, descrita por Lineu como 
Thea sinensis, mas este nome caiu em desuso quando se notou que os gêneros 
Thea e Camellia não apresentavam diferenças significativas entre si. É uma árvore 
de até 15 metros de altura, nativa das florestas do nordeste da Índia e sul da China. 
Existem variedades, como a C. sinensis var. assamica, comum na Índia, que 
produz as árvores mais altas e com as maiores folhas, além de um chá preto com 
enorme concentração de cafeína. A variedade sinensis é a mais comumente 
cultivada. 
No Brasil, há poucas plantações, mas já foram observados exemplares 
crescendo na mata sem a interferência humana, o que mostra que o clima deste 
país é muito favorável à plantação de chá em larga escala. Frequentemente, o 
cultivo da Camellia sinensis no Brasil está associado a colônias japonesas: por 
Farmácia da Natureza 
 18 
exemplo, como ocorre no município de Registro, localizado na região sul-atlântica, 
no interior do estado de São Paulo. 
Esta espécie dá origem a milhares de chás diferentes, de acordo com as 
condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento das folhas. No entanto, 
todos esses produtos podem ser divididos em quatro categorias distintas: 
• Chá branco: não fermentado, produzido das mais tenras folhas, mais raro e 
caro; 
• Chá verde: levemente fermentado; 
• Chá oolong: com fermentação mediana, basicamente ficando entre o chá 
verde e o preto, mas com características gustativas geralmente mais a cerca 
do chá verde; 
• Chá preto: bem fermentado e forte. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Compostos fenólicos: 
o Catequinas (evitam a oxidação do LDL colesterol, reduzem a taxa de 
lipídeos totais sem alterar as taxas de HDL), epigalocatequina, 
epicatequina, 
• L-Theanina, 
• Cafeína, 
• Flavonóides: quercetina, miricetina, 
• Glicosídeos 
TROPISMO: Sistema nervoso e endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Obesidade e fadiga. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: tônica do SNC, antioxidante, hipocolesterolêmica, antimicrobiana, 
imunoestimulante. 
COMENTÁRIOS: 
Preparações contendo chá verde são muito usados para auxiliar na perda de 
peso. Catequinas e cafeína, presentes no chá, parecem desempenhar um papel no 
aumento do metabolismo, levando a perda de peso. Para avaliar a eficácia do chá 
verde na perda de peso, uma revisão sistemática e meta-análise da literatura foi 
realizada. Foram encontrados dois grandes grupos de estudos: os realizados no 
Japão e os realizados em outros países. Nos estudos realizados fora do Japão, a 
perda média de peso foi de 0,04 kg (532 participantes), e a redução média do IMC 
foi de 0,2 kg/m2 (não significativas). Já nos estudos realizados no Japão, houve 
muita heterogeneidade, e a perda média de peso variou de 0,2 a 3,5 kg (1030 
participantes), e a redução média no IMC variou de zero a 1,3 kg/m2. Como 
conclusão, a ingestão de chá verde parece levar a uma perda de peso não 
significativa em adultos obesos ou com sobrepeso. O chá verde foi ineficaz na 
manutenção do peso após emagrecimento (Jurgens et al., 2012). 
MODO DE USAR: 
• Infusão – Uso oral: 1 colher de chá em 150 mL, 2–3 x/dia (informações em 
embalagens de produtos comerciais). 
• Droga vegetal em cápsulas – Uso oral: 300–400 mg/dia (Micromedex 
[Internet], 2017a). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
Farmácia da Natureza 
 19 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode causar náuseas, taquicardia, aumento da pressão arterial, constipação, 
e desconforto abdominal. Se ingerido à noite, pode causar insônia. Em doses 
elevadas, pode levar a insuficiência hepática aguda. 
Bauhinia forficata 
 
ESPÉCIE: Bauhinia forficata Link 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Bauhinia breviloba Benth. 
FAMÍLIA: Leguminosae. 
NOMES REGIONAIS: Pata-de-vaca. 
HISTÓRICO: 
É originária do Brasil e o nome popular se deve ao formato de suas folhas, 
que são parecidas com a pata de bovinos. Os índios sul-americanos a utilizavam na 
forma de infusão para cicatrizar ferimentos. Em Guarani é denominada de vaka 
pytcha e também de ysipo atã. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Cumarinas; 
• Taninos: flobatênicos e perogálico; 
• Flavonoides: quercetina, rutina, kaempferol e astragolina; 
• Glicosídeos derivados do kaempferol(kaempferitrina) e da quercetina; 
• Fitosterois: beta-sitosterol; 
• Alcaloides; 
Farmácia da Natureza 
 20 
• Saponinas; 
• Trigonellina: N-metilbetaína do ácido nicotínico; 
• Outros: terpenoides, insulina-like (peptídeo); antocianidina, substâncias 
fenólicas, colina, ácidos orgânicos e minerais. 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diabetes mellitus. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: hipoglicemiante, hipolipemiante, anticoagulante, antioxidante. 
COMENTÁRIOS: 
Esta planta é especialmente útil em pacientes com resistência insulínica. O 
mecanismo de ação hipoglicemiante é múltiplo. A B. forficata altera a atividade 
intrínseca dos transportadores de glicose, estimula a secreção de insulina, e diminui 
a absorção intestinal de glicose (Frankish, De Sousa Menezes, Mills, & Sheridan, 
2010; Jorge, Horst, Sousa, Pizzolatti, & Silva, 2004). 
O extrato seco das folhas de B. forficata foi estudado em modelo animal de 
diabetes induzida por estreptozocina. O extrato foi administrado na dose de 200 
mg/kg por via oral durante 7 dias. Após o tratamento, a glicemia de jejum dos 
animais foi reduzida pelos extratos de maneira semelhante à glibenclamida (da 
Cunha et al., 2010). 
Em outro estudo, o extrato etanólico bruto de B. forficata levou a aumento da 
liberação de insulina in vitro por células Beta pancreáticas, de maneira dose-
dependente (Frankish et al., 2010). 
MODO DE USAR: 
• Infusão – Uso oral: 1 xícara (150 mL), 3–4 x/dia (Pereira et al., 2014). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. Pode potencializar os efeitos dos hipoglicemiantes 
orais. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 21 
Syzygium cumini 
 
ESPÉCIE: Syzygium cumini (L.) Skeels 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Calyptranthes caryophyllifolia Willd., Calyptranthes cumini 
(L.) Pers., Calyptranthes cuminodora Stokes, Calyptranthes jambolana (Lam.) 
Willd., Calyptranthes jambolifera Stokes, Calyptranthes oneillii Lundell, 
Caryophyllus corticosus Stokes, Caryophyllus jambos Stokes, Eugenia 
calyptrata Roxb. ex Wight & Arn., Eugenia caryophyllifolia Lam., Eugenia 
cumini (L.) Druce, Eugenia djouat Perrier, Eugenia jambolana Lam., Eugenia 
jambolifera Roxb. ex Wight & Arn., Eugenia obovata Poir., Eugenia obtusifolia 
Roxb., Eugenia tsoi Merr. & Chun, Jambolifera chinensis Spreng., Jambolifera 
coromandelica Houtt., Jambolifera pedunculata Houtt., Myrtus corticosa 
Spreng., Myrtus cumini L., Myrtus obovata (Poir.) Spreng., Syzygium 
caryophyllifolium (Lam.) DC., Syzygium jambolanum (Lam.) DC., Syzygium 
obovatum (Poir.) DC., Syzygium obtusifolium (Roxb.) Kostel. 
FAMÍLIA: Myrtaceae. 
NOMES REGIONAIS: Jambolão, jamelão. 
HISTÓRICO: 
O jamelão ou jambolão é o fruto da planta de mesmo nome da família 
Myrtaceae. A espécie é nativa da Índia. São árvores que podem chegar até dez 
metros de altura. Possuem frutos pequenos e arroxeados quando maduros. A 
coloração dos frutos provoca manchas nas mãos, tecidos, calçados e pinturas de 
veículos, tornando a planta pouco indicada para o preenchimento de espaços 
públicos. 
O fruto possui uma semente única e grande, quando comparada com o 
tamanho do fruto, envolta por uma polpa carnosa. Apesar de sabor um pouco 
adstringente, é agradável ao paladar. Na Índia, além de ser consumido in natura, é 
Farmácia da Natureza 
 22 
usado na confecção de doces e tortas. Os jamelões costumam deixar as calçadas 
manchadas de roxo devido à queda dos frutos maduros. 
PARTE UTILIZADA: Entrecasca dos galhos, ou folhas, ou polpa do fruto (neste 
caso, somente alcoolatura). 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Glicosídeos (jamboline) 
• Taninos 
• Ácido elágico e gálico 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diabetes mellitus. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: antimicrobiana, hipoglicemiante, hipolipemiante e antioxidante. 
COMENTÁRIOS: 
Esta planta é muito utilizada pela população para o tratamento do diabetes. 
Sua ação hipoglicemiante se dá por vários mecanismos: secretagogo, restauração 
da arquitetura das células β, inibição de PPARγ, aumento de GLUT4, inibição da 
insulinase extra-hepática, aumento do depósito glicogênio muscular e hepático, 
aumento da glicólise e diminuição da glicogenólise. 
Em um estudo in vivo em camundongos com diabetes induzido por injeção de 
aloxano, foram observadas elevações de todos os biomarcadores de estresse 
oxidativo, geração de espécies reativas de oxigênio (radicais livres), ativação do NF-
kB (inflamação) e redução da liberação de insulina. A administração oral de extrato 
etanólico de S. jambolanum (20 mg/kg por 8 semanas) reverteu todas as alterações 
observadas, incluindo restauração histológica no pâncreas, fígado e rins. Os autores 
concluíram que o extrato etanólico de S. jambolanum possui atividade antioxidante e 
anti-hiperglicêmica em camundongos diabéticos, sendo potencialmente útil no 
tratamento da hiperglicemia (Samadder et al., 2011). 
Em outro estudo, o extrato etanólico das sementes de S. jambolanum foi 
estudado in vitro e in vivo em modelo de hiperglicemia induzida por arsênico. Tanto o 
extrato quanto sua forma nano-encapsulada apresentaram enorme potencial para o 
desenvolvimento de medicamento para a hiperglicemia induzida por arsênico 
(Samadder, Das, Das, Paul, & Khuda-Bukhsh, 2012). 
Ainda em modelos em camundongos, a administração da tintura mãe (extrato 
hidroetanólico) de S. jambolanum resultou em redução da glicemia de jejum, 
melhora da atividade de enzimas hepáticas ligadas ao metabolismo de carboidratos, 
e redução de triglicerídeos e de todas as frações do colesterol. Os autores 
concluíram que o extrato pode reverter as alterações no metabolismo de 
carboidratos e lipídeos em animais com diabetes (Maiti et al., 2013). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Infusão – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 3–6 x/dia (Pereira et al., 2017a). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode causar distúrbios gastrointestinais. 
Farmácia da Natureza 
 23 
Caesalpinia ferrea 
 
ESPÉCIE: Caesalpinia ferrea Mart. 
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema tegumentar. 
COMENTÁRIOS: 
Esta planta possui atividade hipoglicemiante pela presença do ácido elágico, 
que inibe a enzima aldose-redutase e reduz o sorbitol intracelular (Ueda, Kawanishi, 
& Moriyasu, 2004). É particularmente útil em diabéticos magros, estressados e 
consumidos. 
O extrato aquoso da entrecasta da C. ferrea foi estudado em modelo animal 
de diabetes. A administração do extrato reduziu a glicemia e melhorou o status 
metabólico dos animais. Os autores concluíram que o extrato possui atividade 
hipoglicemiante e possivelmente age regulando a captação de glicose pelo fígado e 
pelos músculos (Vasconcelos et al., 2011). 
MODO DE USAR: 
• Gel com extrato glicólico do fruto a 5% – Uso externo: aplicar no local 
afetado, até 3 x/dia (BRASIL, 2011). 
• Decocção – Uso externo: 0,5 g em 150 mL, fazer bochechos, gargarejos ou 
banhos, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017b). 
• Pomada ou creme com tintura das cascas e frutos a 10% – Uso externo: 
aplicar na área afetada, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode causar hipotensão e taquicardia. 
Farmácia da Natureza 
 24 
Eugenia punicifolia 
 
ESPÉCIE: Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Emurtia punicifolia (Kunth) Raf., Eugenia ambigua O.Berg, 
Eugeniaarbutifolia O.Berg, Eugenia arctostaphyloides O.Berg, Eugenia 
benthamii O.Berg, Eugenia boliviensis O.Berg, Eugenia calycolpoides Griseb., 
Eugenia ciarensis O.Berg, Eugenia clinocarpa DC., Eugenia coarensis DC., 
Eugenia dasyantha O.Berg, Eugenia decorticans O.Berg, Eugenia diantha 
O.Berg, Eugenia dipoda DC., Eugenia diversiflora O.Berg, Eugenia flava 
O.Berg, Eugenia fruticulosa DC., Eugenia glareosa O.Berg, Eugenia insipida 
Cambess., Eugenia kochiana DC., Eugenia kunthiana DC., Eugenia 
linearifolia O.Berg, Eugenia macroclada O.Berg, Eugenia maximiliana O.Berg, 
Eugenia mugiensis O.Berg, Eugenia myrtillifolia DC., Eugenia nhanica 
Cambess., Eugenia obtusifolia Cambess., Eugenia oleifolia (Kunth) DC., 
Eugenia ovalifolia Cambess, Eugenia platyclada O.Berg, Eugenia polyphylla 
O.Berg, Eugenia prominens O.Berg, Eugenia psammophila Diels, Eugenia 
psychotrioides Mart. ex O.Berg, Eugenia pyramidalis O.Berg, Eugenia 
pyrroclada O.Berg, Eugenia rhombocarpa O.Berg, Eugenia romana O.Berg, 
Eugenia rubrescens Mattos & D.Legrand, Eugenia rufoflavescens Mattos, 
Eugenia sabulosa Cambess., Eugenia sancta DC., Eugenia spathophylla 
O.Berg, Eugenia spathulata O.Berg, Eugenia subalterna Benth., Eugenia 
subcorymbosa O.Berg, Eugenia suffruticosa O.Berg, Eugenia surinamensis 
Miq., Eugenia triphylla O.Berg, Eugenia vaga O.Berg, Myrtus arbutifolia 
(O.Berg) Kuntze, Myrtus oleifolia Kunth., Myrtus psychotrioides Colla, Myrtus 
punicifolia Kunth., Pseudomyrcianthes kochiana (DC.) Kausel, Psidium 
sylvestre Loefl, Eugenia chlorophyta Barb. Rodr., Eugenia discolor Barb. Rodr. 
ex Chodat & Hassl., Eugenia erythrocaula Barb. Rodr. ex Chodat & Hassl, 
Eugenia pichoana Glaz., Eugenia stenophylla Barb. Rodr, Eugenia 
surinamensis Miq. ex O. Berg, Eugenia valenzuelensis Barb. Rodr. ex Chodat 
& Hassl. 
FAMÍLIA: Myrtaceae. 
NOMES REGIONAIS: Pedra-ume-caá, cereja-do-cerrado. 
HISTÓRICO: 
Esta planta é nativa do cerrado brasileiro, assim como a maioria das plantas 
do gênero Eugenia. Existe uma outra espécie com o mesmo nome popular, “pedra-
ume-caá”, que é a Myrcia uniflora. São espécies muito parecidas 
Farmácia da Natureza 
 25 
morfologicamente, e a população faz uso de ambas indistintamente para as mesmas 
indicações. A M. uniflora é rica em taninos (ácido tânico) e flavonoides (mearsintrina 
e myrcitrina), que apresentam atividade hipoglicemiante por diminuição da absorção 
intestinal de glicose e inibição das enzimas aldose-redutase e alfa-glicosidase. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Flavonoites: myricetin-3-O-rhamnoside (myricetin-3-O-R), quercetin-3-O-
galactoside (quercetin-3-O-Ga), quercetin-3-O-xyloside (quercetin-3-O-X), 
quercetin-3-O-rhamnoside (quercetin-3-O-R) e kaempferol-3-O-rhamnoside 
(kaempferol-3-O-R); 
• Ácido gálico; 
• Fitol; 
• Óleo essencial: (-) trans-caryophyllene. 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diabetes mellitus. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: hipoglicemiante. 
COMENTÁRIOS: 
Existem cerca de 500 espécies de Eugenia e, destas, 400 estão distribuídas 
no Brasil. Suas folhas são tradicionalmente usadas no tratamento do diabetes 
(Brunetti, Vendramini, Januário, França, & Pepato, 2006), e possuem atividade anti-
inflamatória e antagonista nicotínica (Grangeiro et al., 2006; Leite et al., 2010). 
Os extratos aquoso, butanólico e metanólico de E. punicifolia foram estudados 
em modelo animal de diabetes. Os autores demonstraram que os animais diabéticos 
tratados com o extrato aquoso tiveram redução da ingestão de alimentos e água, do 
volume urinário, e do peso corporal. Já os animais diabéticos tratados com o extrato 
metanólico tiveram, além dos efeitos acima, redução da glicosúria e da ureia na 
urina. O tratamento crônico não levou a nenhum tipo de toxicidade. Os resultados 
sugerem que esta planta tem efeito benéfico no diabetes, melhorando o 
metabolismo de carboidratos e proteínas, sem provocar efeitos tóxicos (Brunetti et 
al., 2006). 
Em outro estudo, agora in vitro, extratos de E. punicifolia foram estudados 
quanto a suas propriedades biológicas na inibição de enzimas relacionadas à 
síndrome metabólica e atividade antioxidante. Os extratos mostraram atividade 
antioxidante dose-dependente, e inibiram as enzimas alfa-amilase, alfa-glucosidase, 
e xantina-oxidase. Esses achados suportam o uso da planta como adjuvante no 
tratamento da síndrome metabólica (Galeno et al., 2013). 
Em humanos, um estudo piloto investigou o uso oral da droga vegetal de E. 
punicifolia, em cápsulas, em 15 pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Os pacientes 
receberam o tratamento por 3 meses, em adição ao tratamento que já faziam. Após 
o tratamento, foram observadas reduções significativas na hemoglobina glicosilada, 
na insulina basal, no TSH, na proteína C reativa (PCR) e na pressão arterial sistólica 
e diastólica. Não houve mudança na glicemia de jejum ou pós-prandial. Os autores 
concluíram que a droga vegetal de E. punicifolia é um adjuvante promissor no 
tratamento do diabetes mellitus (Sales et al., 2014). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 2 x/dia (Pereira et al., 2014). 
• Droga vegetal em cápsulas – Uso oral: 1–3 cápsulas (de 300 mg)/dia 
(Pereira et al., 2017b). 
ADVERTÊNCIAS: 
Farmácia da Natureza 
 26 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Anacardium occidentale 
 
ESPÉCIE: Anacardium occidentale L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Acajuba occidentalis (L.) Gaertn, Anacardium microcarpum 
Ducke, Cassuvium pomiferum Lam. 
FAMÍLIA: Anacardiaceae. 
NOMES REGIONAIS: Cajueiro. 
HISTÓRICO: 
O nome Anacardium deriva do greco kardia = "coração", devido à forma da 
fruta. Seu principal valor é nutricional, devido a seus frutos e sementes (castanhas 
de caju). 
PARTE UTILIZADA: Entrecasca dos galhos. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Acajucina (goma-resina) 
• Taninos 
• Flavonoides (folhas e entrecasca) 
• Etil galato, ácido gálico, quercetina 
• Ácido anacárdico (cardanol) 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Diabetes mellitus tipo 2, infecções 
bacterianas em geral, estomatites da mucosa oral. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Farmácia da Natureza 
 27 
• Geral: antisséptica, anti-inflamatória, analgésica e cicatrizante. 
• Boca: antisséptica, analgésica e cicatrizante. 
• Pele e anexos: cicatrizante de úlceras cutâneas 
• Sistema circulatório: hipotensora leve. 
• Sistema digestório: antidiarreica. 
• Sistema endócrino: hipoglicemiante. 
• Sistema urinário: diurética. 
COMENTÁRIOS: 
O mecanismo de ação antidiabética desta planta é o aumento da produção de 
insulina. Ela é particularmente útil em pacientes do sexo masculino. 
A administração endovenosa do extrato hexânico das cascas do A. 
occidentale em animais saudáveis produziu redução significativa da glicemia em 
teste de tolerância a glicose. O efeito foi atribuído à presença de dois compostos: 
stigmast-4-en-3-ol e stigmast-4-en-3-one (Alexander-Lindo, Morrison, & Nair, 2004). 
Em outro estudo, em modelo in vivo de diabetes, a administração oral do 
extrato aquoso de A. occidentale antes da indução do diabestes resultou em 
aumento menos intenso da glicemia, inibição da glicosúria e da perda de peso. Os 
autores concluíram que esta planta possui efeito protetor contra o desenvolvimento 
do diabetes (Kamtchouing et al., 1998). 
Em outro estudo, animais diabéticos tratados com extrato aquoso de A. 
occidentale apresentaram redução da TGO, estabilização da insulina sérica, e 
redução do colesterol. Os autores concluíram que o uso desta planta pode levar a 
estabilização bioquímica de pacientes diabéticos (Urzêda et al., 2013). 
MODO DE USAR: 
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2 x/dia (Pereira et al., 2014). 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕESMEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 28 
Outras plantas potencialmente úteis no tratamento da síndrome 
metabólica 
Garcinia gummi-gutta 
 
ESPÉCIE: Garcinia gummi-gutta (L.) Roxb. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Cambogia binucao Blanco, Cambogia gemmi-gutta L., 
Cambogia solitaria Stokes, Garcinia affinis Wight & Arn., Garcinia cambogia 
(Gaertn.) Desr., Garcinia sulcata Stokes. 
FAMÍLIA: Clusiaceae. 
NOMES REGIONAIS: Garcínia. 
HISTÓRICO: 
Trata-se de uma espécie tropical nativa da Indonésia. Seus frutos são muito 
usados na culinária, inclusive na preparação de tipos de curry. O extrato é obtido do 
pericarpo dos frutos. 
PARTE UTILIZADA: Pericarpo dos frutos. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Ácido hidroxicítrico (hidroxiacetato de cálcio, mais estável); 
• Outros componentes: lactona hidroxicítrica, cambogina, camboginol, 
antocianinas. 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Obesidade. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: antiadipogênica, lipolítica, hiporexígena. 
COMENTÁRIOS: 
O ácido hidroxicítrico é um inibidor da síntese de ácidos graxos. Tem efeito 
também na redução do apetite. Ele também aumenta o metabolismo das gorduras 
pela redução dos níveis de malonil coenzima A, que ativa a enzima carnitina acetil 
transferase. A L-carnitina também facilita a ativação desta enzima, razão pela qual 
alguns autores sugerem a associação de L-carnitina com o extrato de garcínia, para 
maior oxidação dos ácidos graxos. 
Em um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, 135 
voluntários com sobrepeso receberam por 12 semanas 1500 mg de ácido 
hidroxicítrico por dia, ou placebo, e ambos os grupos receberam dietas ricas em 
fibras e hipocalóricas. Os pacientes em ambos os grupos perderam peso durante o 
Farmácia da Natureza 
 29 
tratamento, porém a diferença entre os grupos não foi significativa. Também não 
houve diferença na porcentagem de gordura corporal entre os grupos. Desta forma, 
a garcínia falhou em produzir perda de peso e massa gorda além do que observado 
com placebo (Heymsfield et al., 1998). 
Em outro estudo, diversos suplementos alimentares foram estudados por 
revisão sistemática e meta-análise. Foram encontrados estudos com os seguintes 
suplementos: quitosan, picolinato de crômio, Ephedra sinica, Garcinia cambogia, 
glucomanana, goma-guar, hidroximetilbutirato, Plantago psyllium, piruvato, erva 
mate, e yohimbe. Em conclusão, nenhuma das evidencias encontradas foi 
convincente. Nenhum dos suplementos pode ser recomendado para perda de peso 
(Pittler & Ernst, 2004). 
MODO DE USAR: 
• Preparações comerciais – Uso oral: verificar recomendações do fabricante. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Gymnema sylvestre 
 
ESPÉCIE: Gymnema sylvestre (Retz.) R.Br. ex Sm. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Asclepias geminata Roxb., Cynanchum lanceolatum Poir., 
Cynanchum subvolubile Schumach. & Thonn., Gymnema affine Decne., Gymnema 
alterniflorum (Lour.) Merr., Gymnema formosanum Schltr., Gymnema geminatum 
R.Br., Gymnema humile Decne., Gymnema melicida Edgew., Gymnema mkenii 
Harv., Gymnema parvifolium Wall., Gymnema subvolubile Decne., Marsdenia 
Farmácia da Natureza 
 30 
geminata (R. Br.) P.I. Forst., Marsdenia sylvestris (Retz.) P.I.Forst., Periploca 
sylvestris Retz., Strophanthus alterniflorus (Lour.) Spreng. 
FAMÍLIA: Apocynaceae. 
NOMES REGIONAIS: Gymnema. 
HISTÓRICO: 
A Gymnema sylvestre é uma planta natural das florestas tropicais das áreas 
central e sul da Índia e também na África. Seu uso já fora descrito, como diurético 
adstringente, tônica, estimulante cardíaca, circulatório e urinário, entre outras. 
PARTE UTILIZADA: Folhas. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• Ácido gimnêmico 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Obesidade e diabetes tipo II. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: hipoglicemiante, adaptógena, termogênica. 
COMENTÁRIOS: 
O ácido gimnêmico, farmacologicamente ativo, é o principal responsável pelas 
propriedades hipoglicemiantes, antidiabéticas e adaptogênicas da planta. Ela é 
capaz de reduzir a concentração de glicose, mediada por estímulo direto ou indireto 
à liberação de insulina. Como resultado da atividade insulinotrópica ocorre um 
aumento da atividade de enzimas insulino-dependentes, favorecendo a 
predominância do processo de glicólise sobre a gliconeogênese. Assim, é muito 
utilizada no tratamento da obesidade, particularmente quando há diabetes tipo II. Ela 
também tem atividade na redução do apetite e na termogênese. Entretanto, não há 
estudos clínicos de boa qualidade que comprovem os efeitos benéficos em 
humanos. 
MODO DE USAR: 
• Preparações comerciais – Uso oral: verificar recomendações do fabricante. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Não há dados na literatura. 
Farmácia da Natureza 
 31 
Lycium barbarum 
 
ESPÉCIES: Lycium barbarum L. 
SINONÍMIA BOTÂNICA: Boberella halimifolia (Mill.) E.H.L.Krause, Jasminoides 
flaccidum Moench, Lycium halimifolium Mill., Lycium lanceolatum Veill., Lycium 
turbinatum Veill., Lycium vulgare Dunal, Teremis elliptica Raf. 
FAMÍLIA: Solanaceae. 
NOMES REGIONAIS: Goji, goji berry (frutos). 
HISTÓRICO: 
Goji (ou goji berry) é o nome dos frutos da planta Lycium barbarum. Ao goji 
são atribuídas muitas propriedades pois é uma fruta rica em aminoácidos. A planta é 
originária das montanhas do Tibete. 
PARTE UTILIZADA: Frutos. 
CONSTITUINTES QUÍMICOS: 
• 19 aminoácidos; 
• 21 oligoelementos; 
• Carotenóides, incluindo beta-caroteno (maior concentração que a cenoura) e 
zeaxantina (protetor dos olhos). O goji é a maior fonte de carotenóides 
conhecida. 
• Vitamina C – 2500 mg por 100 gramas da fruta. 
• Beta-sisterol; 
• Ácidos graxos essenciais; 
• Cyperone; 
• Fisalina; 
• Betaína; 
TROPISMO: Sistema endócrino. 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Obesidade. 
AÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Geral: anorexígena, aumenta a massa magra, hipoglicemiante, antioxidante. 
COMENTÁRIOS: 
Desde o início deste século, frutos e suco de goji são vendidos como produtos 
para a saúde, promovidos como benéficos para o bem estar e como anti-
envelhecimento. A popularidade dos produtos contendo goji cresceu rapidamente. 
Em uma revisão sistemática sobre esta espécie, as investigações sobre os frutos 
têm focado em proteoglicanas, que têm propriedades antioxidantes, e podem reduzir 
o risco de desenvolvimento de aterosclerose e diabetes. Já a casca da raiz possui 
atividade hepatoprotetora, e inibe o sistema renina-angiotensina, o que suporta seu 
Farmácia da Natureza 
 32 
uso popular para hipertensão arterial. Apesar de não haver sinais de toxicidade, há 
relato de dois casos de possível interação com warfarina. Entretanto, até o 
momento, as evidências clínicas não são suficientes para que qualquer 
recomendação terapêutica possa ser feita (Potterat, 2010). 
MODO DE USAR: 
• Preparações comerciais – Uso oral: verificar recomendações do fabricante. 
ADVERTÊNCIAS: 
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado 
para gestantes e lactantes. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Não há dados na literatura. 
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE: 
Pode provocar a formação de cálculos renais, além de distúrbios 
gastrointestinais e desconforto urinário. 
Referências 
Alasbahi, R. H., & Melzig, M. F. (2010a). Plectranthus barbatus: a review of 
phytochemistry, ethnobotanical uses and pharmacology - Part 1. Planta 
Medica, 76(7), 653–661. https://doi.org/10.1055/s-0029-1240898 
Alasbahi, R. H., & Melzig, M. F. (2010b). Plectranthus barbatus: a review of 
phytochemistry, ethnobotanicaluses and pharmacology - part 2. Planta 
Medica, 76(8), 753–765. https://doi.org/10.1055/s-0029-1240919 
Alexander-Lindo, R. L., Morrison, E. Y. S. A., & Nair, M. G. (2004). Hypoglycaemic 
effect of stigmast-4-en-3-one and its corresponding alcohol from the bark of 
Anacardium occidentale (cashew). Phytotherapy Research : PTR, 18(5), 403–
407. https://doi.org/10.1002/ptr.1459 
Alkhatib, A. (2014). Yerba Maté (Illex Paraguariensis) ingestion augments fat 
oxidation and energy expenditure during exercise at various submaximal 
intensities. Nutrition & Metabolism, 11, 42. https://doi.org/10.1186/1743-7075-
11-42 
Blumenthal, M. (1998). The Complete German Commission E Monographs: 
Therapeutic Guide to Herbal Medicines (1st ed.). Massachusetts: American 
Botanical Council. 
Borges, M. C., Vinolo, M. A. R., Nakajima, K., de Castro, I. A., Bastos, D. H. M., 
Borelli, P., … Rogero, M. M. (2013). The effect of mate tea ( Ilex 
paraguariensis ) on metabolic and inflammatory parameters in high-fat diet-fed 
Wistar rats. International Journal of Food Sciences and Nutrition, 64(5), 561–
569. https://doi.org/10.3109/09637486.2012.759188 
BRASIL. (2011). Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (1a ed.). 
Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
BRASIL. (2016). Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (1a ed.). Brasília: 
Age ̂ncia Nacional de Vigila ̂ncia Sanita ́ria (ANVISA). 
BRASIL. (2018). Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (Primeiro 
Suplemento). Brasília: Agen̂cia Nacional de Vigila ̂ncia Sanita ́ria (ANVISA). 
Brunetti, I. L., Vendramini, R. C., Januário, A. H., França, S. C., & Pepato, M. T. 
(2006). Effects and Toxicity of Eugenia punicifolia . Extracts in Streptozotocin-
Diabetic Rats. Pharmaceutical Biology, 44(1), 35–43. 
https://doi.org/10.1080/13880200500530575 
Farmácia da Natureza 
 33 
Carmo, L. S., Rogero, M. M., Cortez, M., Yamada, M., Jacob, P. S., Bastos, D. H. M., 
… Ambrósio Fock, R. (2013). The Effects of Yerba Maté (Ilex Paraguariensis) 
consumption on IL-1, IL-6, TNF-α and IL-10 production by bone marrow cells 
in wistar rats fed a high-fat diet. International Journal for Vitamin and Nutrition 
Research. Internationale Zeitschrift Für Vitamin- Und Ernährungsforschung. 
Journal International de Vitaminologie et de Nutrition, 83(1), 26–35. 
https://doi.org/10.1024/0300-9831/a000142 
Chuengsamarn, S., Rattanamongkolgul, S., Phonrat, B., Tungtrongchitr, R., & 
Jirawatnotai, S. (2014). Reduction of atherogenic risk in patients with type 2 
diabetes by curcuminoid extract: a randomized controlled trial. The Journal of 
Nutritional Biochemistry, 25(2), 144–150. 
https://doi.org/10.1016/j.jnutbio.2013.09.013 
da Cunha, A. M., Menon, S., Menon, R., Couto, A. G., Bürger, C., & Biavatti, M. W. 
(2010). Hypoglycemic activity of dried extracts of Bauhinia forficata Link. 
Phytomedicine, 17(1), 37–41. https://doi.org/10.1016/j.phymed.2009.06.007 
Ejaz, A., Wu, D., Kwan, P., & Meydani, M. (2009). Curcumin inhibits adipogenesis in 
3T3-L1 adipocytes and angiogenesis and obesity in C57/BL mice. The Journal 
of Nutrition, 919–925. https://doi.org/10.3945/jn.108.100966.919 
Frankish, N., De Sousa Menezes, F., Mills, C., & Sheridan, H. (2010). Enhancement 
of insulin release from the β-cell line INS-1 by an ethanolic extract of Bauhinia 
variegata and its major constituent roseoside. Planta Medica, 76(10), 995–
997. https://doi.org/10.1055/s-0029-1240868 
Galeno, D. M., Carvalho, R. P., de Araujo Boleti, A. P., Lima, A. S., de Almeida, P. 
D., Pacheco, C. C., … Lima, E. S. (2013). Extract from Eugenia punicifolia is 
an Antioxidant and Inhibits Enzymes Related to Metabolic Syndrome. Appl 
Biochem Biotechnol. https://doi.org/10.1007/s12010-013-0520-8 
Gambero, A., & Ribeiro, M. L. (2015). The positive effects of yerba maté (Ilex 
paraguariensis) in obesity. Nutrients, 7(2), 730–750. 
https://doi.org/10.3390/nu7020730 
Gopalakrishna, S., Mariyanna, B., Thekkoot, M., Reddy, R., Tippeswamy, B., & 
Shivaprasad, H. (2014). Effect of Coleus forskohliiextract on cafeteria diet-
induced obesity in rats. Pharmacognosy Research, 6(1), 42. 
https://doi.org/10.4103/0974-8490.122916 
Grangeiro, M. S., Calheiros-Lima, A. P., Martins, M. F., Arruda, L. F., Garcez-do-
Carmo, L., & Santos, W. C. (2006). Pharmacological effects of Eugenia 
punicifolia (Myrtaceae) in cholinergic nicotinic neurotransmission. J 
Ethnopharmacol, 108(1), 26–30. https://doi.org/10.1016/j.jep.2006.04.021 
Han, L.-K., Morimoto, C., Yu, R.-H., & Okuda, H. (2005). Effects of Coleus forskohlii 
on fat storage in ovariectomized rats. Yakugaku Zasshi : Journal of the 
Pharmaceutical Society of Japan, 125(5), 449–453. 
https://doi.org/10.1248/yakushi.125.449 
Hasani-Ranjbar, S., Jouyandeh, Z., & Abdollahi, M. (2013). A systematic review of 
anti-obesity medicinal plants - an update. Journal of Diabetes and Metabolic 
Disorders, 12(1), 28. https://doi.org/10.1186/2251-6581-12-28 
Heymsfield, S. B., Allison, D. B., Vasselli, J. R., Pietrobelli, A., Greenfield, D., & 
Nunez, C. (1998). Garcinia cambogia (hydroxycitric acid) as a potential 
antiobesity agent: a randomized controlled trial. JAMA : the journal of the 
American Medical Association (Vol. 280). 
Farmácia da Natureza 
 34 
https://doi.org/10.1001/jama.280.18.1596 
Hui, H., Tang, G., & Go, V. L. W. (2009). Hypoglycemic herbs and their action 
mechanisms. Chinese Medicine, 4(1), 11. https://doi.org/10.1186/1749-8546-
4-11 
Hursel, R., & Westerterp-Plantenga, M. (2013). Catechin-and caffeine-rich teas for 
control of body weight in humans. The American Journal of …, 98(7), 1682–
1693. https://doi.org/10.3945/ajcn.113.058396.INTRODUCTION 
Jorge, A. P., Horst, H., Sousa, E. De, Pizzolatti, M. G., & Silva, F. R. M. B. (2004). 
Insulinomimetic effects of kaempferitrin on glycaemia and on 14C-glucose 
uptake in rat soleus muscle. Chemico-Biological Interactions, 149(2–3), 89–
96. https://doi.org/10.1016/j.cbi.2004.07.001 
Jurgens, T. M., Whelan, A. M., Killian, L., Doucette, S., Kirk, S., & Foy, E. (2012). 
Green tea for weight loss and weight maintenance in overweight or obese 
adults. Cochrane Database of Systematic Reviews (Online), 12(January), 
CD008650. https://doi.org/10.1002/14651858.CD008650.pub2.Green 
Kamtchouing, P., Sokeng, S. D., Moundipa, P. F., Watcho, P., Jatsa, H. B., & Lontsi, 
D. (1998). Protective role of Anacardium occidentale extract against 
streptozotocin-induced diabetes in rats. Journal of Ethnopharmacology, 62(2), 
95–99. https://doi.org/10.1016/S0378-8741(97)00159-1 
Kiecolt-Glaser, J. K., Habash, D. L., Fagundes, C. P., Andridge, R., Peng, J., 
Malarkey, W. B., & Belury, M. a. (2014). Daily Stressors, Past Depression, and 
Metabolic Responses to High-Fat Meals: A Novel Path to Obesity. Biological 
Psychiatry, 1–7. https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2014.05.018 
Leite, P. E., de Almeida, K. B., Lagrota-Candido, J., Trindade, P., da Silva, R. F., 
Ribeiro, M. G., … Quirico-Santos, T. (2010). Anti-inflammatory activity of 
Eugenia punicifolia extract on muscular lesion of mdx dystrophic mice. J Cell 
Biochem, 111(6), 1652–1660. https://doi.org/10.1002/jcb.22906 
Lima, N. da S., de Oliveira, E., da Silva, A. P. S., Maia, L. de A., de Moura, E. G., & 
Lisboa, P. C. (2014). Effects of Ilex paraguariensis (yerba mate) treatment on 
leptin resistance and inflammatory parameters in obese rats primed by early 
weaning. Life Sciences, 115(1–2), 29–35. 
https://doi.org/10.1016/j.lfs.2014.09.003 
Lorenzi, H., & Matos, F. J. A. (2008). Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e 
Exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum. 
Maiti, S., Ali, K. M., Jana, K., Chatterjee, K., De, D., & Ghosh, D. (2013). Ameliorating 
effect of mother tincture of Syzygium jambolanum on carbohydrate and lipid 
metabolic disorders in streptozotocin-induced diabetic rat: Homeopathic 
remedy. Journal of Natural Science, Biology, and Medicine, 4(1), 68–73. 
https://doi.org/10.4103/0976-9668.107263 
Micromedex [Internet].(2017a). Tea. Retrieved April 30, 2017, from 
http://psbe.ufrn.br/ 
Micromedex [Internet]. (2017b). Turmeric. Retrieved April 30, 2017, from 
http://psbe.ufrn.br/ 
Micromedex [Internet]. (2017c). Witch Hazel. Retrieved April 30, 2017, from 
http://psbe.ufrn.br/ 
Newall, C. A., Anderson, L. A., & Phillipson, J. D. (1996). Herbal Medicines: A Guide 
for Health-Care Professionals. London: The Pharmaceutical Press. 
Oliveira, A. C. P., Endringer, D. C., Amorim, L. A. S., das Graças L Brandão, M., & 
Farmácia da Natureza 
 35 
Coelho, M. M. (2005). Effect of the extracts and fractions of Baccharis trimera 
and Syzygium cumini on glycaemia of diabetic and non-diabetic mice. Journal 
of Ethnopharmacology, 102(3), 465–469. 
https://doi.org/10.1016/j.jep.2005.06.025 
Ozdemir, B., Sahin, I., Kapucu, H., Celbis, O., Karakoc, Y., Erdogan, S., & Onal, Y. 
(2013). How safe is the use of herbal weight-loss products sold over the 
internet? Human & Experimental Toxicology, 32(1), 101–106. 
https://doi.org/10.1177/0960327112436407 
Pereira, A. M. S., Bertoni, B. W., Jorge, C. R., Ferro, D., Carmona, F., Morel, L. J. de 
F., & Oliveira, M. de. (2010). Manual prático de multiplicação e colheita de 
plantas medicinais. São Paulo: Bertolucci. 
Pereira, A. M. S., Bertoni, B. W., Silva, C. C. M., Ferro, D., Carmona, F., Cestari, I. 
M., & Barbosa, M. da G. H. (2014). Formulário Fitoterápico da Farmácia da 
Natureza (1a ed.). São Paulo: Bertolucci. 
Pereira, A. M. S., Bertoni, B. W., Silva, C. C. M., Ferro, D., Carmona, F., Dandaro, I. 
M. C., … Doneida, V. (2017a). Formulário de Preparação Extemporânea (1a 
ed.). São Paulo: Bertolucci. 
Pereira, A. M. S., Bertoni, B. W., Silva, C. C. M., Ferro, D., Carmona, F., Dandaro, I. 
M. C., … Doneida, V. (2017b). Formulário de Preparação Extemporânea da 
Farmácia da Natureza (1a ed.). São Paulo: Bertolucci. 
Pittler, M. H., & Ernst, E. (2004). Dietary supplements for body-weight reduction: A 
systematic review. American Journal of Clinical Nutrition. 
Potterat, O. (2010). Goji (Lycium barbarum and L. chinense): Phytochemistry, 
pharmacology and safety in the perspective of traditional uses and recent 
popularity. Planta Medica. https://doi.org/10.1055/s-0029-1186218 
Sales, D. S., Carmona, F., de Azevedo, B. C., Taleb-Contini, S. H., Bartolomeu, A. C. 
D., Honorato, F. B., … Pereira, A. M. S. (2014). Eugenia punicifolia (Kunth) 
DC. as an Adjuvant Treatment for Type-2 Diabetes Mellitus: A non-Controlled, 
Pilot Study. Phytother Res, 28(12), 1816–1821. 
https://doi.org/10.1002/ptr.5206 
Samadder, A., Chakraborty, D., De, A., Bhattacharyya, S. S., Bhadra, K., & Khuda-
Bukhsh, A. R. (2011). Possible signaling cascades involved in attenuation of 
alloxan-induced oxidative stress and hyperglycemia in mice by ethanolic 
extract of Syzygium jambolanum: Drug-DNA interaction with calf thymus DNA 
as target. European Journal of Pharmaceutical Sciences, 44(3), 207–217. 
https://doi.org/10.1016/j.ejps.2011.07.012 
Samadder, A., Das, S., Das, J., Paul, A., & Khuda-Bukhsh, A. R. (2012). Ameliorative 
Effects of Syzygium jambolanum Extract and its Poly (lactic-co-glycolic) Acid 
Nano-encapsulated Form on Arsenic-induced Hyperglycemic Stress: A Multi-
parametric Evaluation. JAMS Journal of Acupuncture and Meridian Studies, 
5(6), 310–318. https://doi.org/10.1016/j.jams.2012.09.001 
Síndrome Metabólica - - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 
(n.d.). Retrieved September 7, 2015, from 
http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ 
Smeets, A. J., & Westerterp-Plantenga, M. S. (2009). The acute effects of a lunch 
containing capsaicin on energy and substrate utilisation, hormones, and 
satiety. European Journal of Nutrition, 48(4), 229–234. 
https://doi.org/10.1007/s00394-009-0006-1 
Farmácia da Natureza 
 36 
Souza, S. de, Pereira, L., & Souza, A. (2012). Estudo da atividade antiobesidade do 
extrato metanólico de Baccharis trimera (Less.) DC. Rev. Bras. …, 93(1), 27–
32. Retrieved from http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2012-93-1-5.pdf 
Souza, S. P., Pereira, L. L. S., Souza, A. A., & Santos, C. D. (2012). Seleção de 
extratos brutos de plantas com atividade antiobesidade. Rev Bras Pl Med, 
14(4), 643–648. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v14n4/11.pdf 
Souza, S., & Pereira, L. (2011). Inhibition of pancreatic lipase by extracts of 
Baccharis trimera (Less.) DC., Asteraceae: evaluation of antinutrients and 
effect on glycosidases. Revista Brasileira de …, 21(3), 450–455. 
https://doi.org/10.1590/S0102-695X2011005000049 
Ueda, H., Kawanishi, K., & Moriyasu, M. (2004). Effects of ellagic acid and 2-(2,3,6-
trihydroxy-4-carboxyphenyl)ellagic acid on sorbitol accumulation in vitro and in 
vivo. Biological & Pharmaceutical Bulletin, 27(10), 1584–1587. 
https://doi.org/10.1248/bpb.27.1584 
Urzêda, M. A., Marcussi, S., Silva Pereira, L. L., França, S. C., Pereira, A. M. S., 
Pereira, P. S., … Couto, L. B. (2013). Evaluation of the Hypoglycemic 
Properties of Anacardium humile Aqueous Extract. Evidence-Based 
Complementary and Alternative Medicine : ECAM, 2013, 191080. 
https://doi.org/10.1155/2013/191080 
Vasconcelos, C. F. B., Maranhão, H. M. L., Batista, T. M., Carneiro, E. M., Ferreira, 
F., Costa, J., … Wanderley, A. G. (2011). Hypoglycaemic activity and 
molecular mechanisms of Caesalpinia ferrea Martius bark extract on 
streptozotocin-induced diabetes in Wistar rats. Journal of Ethnopharmacology, 
137(3), 1533–1541. https://doi.org/10.1016/j.jep.2011.08.059 
Wadikar, D. D., & Premavalli, K. S. (2014). Beverage from Coleus aromaticus 
reduces leptin levels and improves appetite rating in human volunteers. 
Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif.), 30(6), 702–705. 
https://doi.org/10.1016/j.nut.2013.11.025 
Willoughby, M. J., & Mills, S. Y. (1996). British Herbal Pharmacopoeia. London: 
British Herbal Medicine Association.

Continue navegando