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Prévia do material em texto

APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 
 
RJU - REGIME JURÍDICO ÚNICO 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO 
COMENTADO 
 
 
Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em 
www.acheiconcursos.com.br 
 
 
 
Conteúdo: 
1. Lei Nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais, com comentários didáticos; 
2. Questões de concursos anteriores; 
3. Questões comentadas. 
 
 
 
 Legislação Interpretada e Comentada; 
 559 questões extraídas de concursos anteriores; 
 281 questões comentadas didaticamente. 
ATENÇÃO: 
Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 160 páginas. 
A apostila completa contém 418 páginas e está disponível para download aos 
usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS.
 Acesse os detalhes em 
 http://www.acheiconcursos.com.br
http://www.acheiconcursos.com.br/baixar-apostila/30/
RJU - REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO 
Comentado e atualizado até Agosto/2012 
 
LEI Nº 8.112, de 11/12/1990 
 
Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das 
Fundações Públicas Federais. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Título I 
Capítulo Único 
Das Disposições Preliminares 
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
Comentários: 
A Constituição Federal de 1988 aderiu ao regime jurídico único para os servidores públicos, 
significando dizer que não seria mais possível a diversidade de contratações no âmbito da 
Administração Pública. Consequentemente, a unidade pretendida pelo Constituinte era a de que todos 
os servidores da Administração Direta do Estado, das autarquias e das fundações públicas estivessem 
sujeitos a critérios semelhantes, no tocante ao recrutamento, à seleção, ao provimento, à progressão 
funcional, aos direitos, aos deveres. Todavia, a redação do seu art. 39 foi alterada pela Emenda 
Constitucional 19/98 (a da "reforma administrativa") e facultou o estabelecimento de um duplo regime 
jurídico-institucional e celetista, à exceção das carreiras que desenvolvam atividades exclusivas de 
Estado, como é o caso da magistratura, ministério público, polícias militar, federal e civil, procuradorias 
de estado, defensoria pública, diplomacia. Em outras palavras, os servidores públicos investidos em 
cargos ou empregos públicos em determinada pessoa política (a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios) deveriam estar, na sua totalidade, vinculados ao regime estatutário ou ao celetista, 
restando-lhes a vedação de combinação desses regimes ainda que desempenhassem a mesma 
função na mesma pessoa política. Mas, na prática, a União, os Estados e a maioria dos Municípios 
estipularam um regime único e de natureza pública. A título exemplificativo, faz-se menção à Lei 
10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias 
especiais denominadas Agências Reguladoras, e à Lei 9.962/2000, que disciplina o regime de emprego 
público do pessoal da administração federal direta, autárquica e fundacional. 
Ocorre que a alteração promovida no caput do artigo 39, que extinguiu o regime jurídico único 
(RJU) para o serviço público, foi promulgada sem que a Câmara tivesse aprovado o texto no formato 
atual. Assim em 27 de Janeiro de 2000, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Democrático 
Trabalhista (PDT), o Par-tido Comunista do Brasil (PC do B) e o Partido Socialista do Brasil (PSB) 
ajuizaram no Supremo Tribunal Federal ação direta de inconstitucionalidade (ADI nº 2135) contra a 
Emenda Constitucional 19/1998, questionando a eficácia do caput do artigo 39 da CF/88, com a 
redação dada pela EC nº 19/98. Em agosto de 2007. o STF concedeu medida cautelar para suspender 
o caput do artigo 39 da Constituição Federal, voltando a vigorar a redação anterior à EC 19/98. 
Ao ser proferido o resultado do julgamento, a ministra Ellen Gracie esclareceu que a decisão 
tem efeito ex nunc. Com isso, toda a legislação editada durante a vigência do artigo 39, caput, com a 
redação da EC 19/98, continua válida. ficando resguardadas as situações consolidadas, até o 
julgamento do mérito. Assim, volta a vigorar a redação anterior do caput do art. 39: "A União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico 
único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas". 
Concedida a cautelar todo servidor público que adentrar para a Administração Pública terá que, 
obrigatoriamente, passar por concurso público de provas e de títulos e, a forma de contratação será por 
via do RJU, com direito ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS). 
Os processos de terceirização no serviço público estão suspensos até julgamento do mérito da 
ADI nº 2135 e os contratos por prazo determinado somente serão permitidos em caráter excepcional 
de interesse público, desde que comprovado e aprovado pelo Poder Legislativo e pelo TCU. 
Caso seja provida, anulará os efeitos da Lei nº. 9.962, de 22.02.2000, que dispõe sobre o 
regime de emprego público, para órgãos e entidades de direito público, que não se aplica às fundações 
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1
estatais de direito privado, tanto quanto às empresas estatais e sociedades de economia mista, todas 
sob regime de direito privado. 
Os antigos contratos permanecem como estão, conforme decisão do STF, até o julgamento de 
mérito. 
Como último comentário, há de se considerar que a Administração Direta é inerente a cada 
pessoa federativa, logo tem-se que na esfera federal, no caso da União, o Poder Executivo é composto 
pela Presidência da República e pelos Ministérios; na esfera estadual/distrital, é integrado pela 
Governadoria, pelos órgãos de assessoria do chefe do Executivo local e pelas Secretarias de Estado; 
na esfera municipal, é composto pela Prefeitura, pelos órgãos de assessoria do Prefeito e pelas 
Secretarias Municipais. Já os Poderes Legislativo e Judiciário, seja nas esferas federal ou 
estadual/distrital, possuem estrutura orgânica estabelecida em atos próprios de organização 
administrativa, o que não ocorre na esfera municipal, pois não há Judiciário próprio, mas tem 
Legislativo (Câmara Municipal). Quanto à Administração Indireta, as pessoas federativas podem criar 
uma das categorias de entidades previstas no art. 42, inc. II, do Decreto-Lei 200/67 (as autarquias, as 
fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista), basta a previsão de 
competência para o exercício da atividade e que haja interesse administrativo para tanto. 
 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. 
Comentários: 
A Lei 8.112/90 define servidor como a pessoa legalmente investida em cargo público, criado 
por lei, com denominação própria e retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos. Por conseguinte, 
não são considerados servidores públicos os empregados das empresas públicas, das sociedades de 
economia mista e das fundações, pois são regidos pelo regime trabalhista e integram a categoria 
profissional a que estiver vinculada a entidade. 
Salienta-se que as empresas públicas e as sociedades de economia mista estão sujeitas às 
regras de direito privado em relação às obrigações trabalhistas, por força do art. 173, § 12, da CF/88. 
Enquanto nas empresas públicas o capital pertence totalmente ao Estado, nas sociedades de 
economia mista o Estado ou seu órgão detém 50% (cinquenta por cento) mais uma ação ordinária com 
direito a voto, o que corresponde a deter a maioria do poder votante. 
Quanto às fundações, como uma das pessoas jurídicas vinculadas ao Estado (a Administração 
Indireta),faz-se menção ao fato de que o Decreto-Lei 200/67 configurou as fundações públicas na 
administração pública indireta como pessoa jurídica regida pelo direito privado, mas o Decreto-Lei 
900/69 retirou as fundações públicas de direito privado da estrutura da administração pública indireta, 
sujeitando-as apenas as regras do Código Civil. Apesar disso, o Decreto-Lei 2.299/86 e a Lei 7.596/87 
revogaram parcialmente o Decreto-Lei 900/69, reintegrando as fundações públicas de direito privado 
na administração pública indireta. Já a Carta de 1988 consagrou a figura da fundação de direito público 
e estabeleceu as mesmas restrições administrativas, orçamentárias e financeiras impostas às 
autarquias, contudo o texto do seu art. 37, inc. XIX foi alterado pela Emenda Constitucional nº 19/98, 
retirando a qualificação "pública" da redação original da Carta de 1988 e autorizou o Poder Executivo a 
instituir fundações públicas de direito privado. Dessa forma, possibilitou ao Estado criar e manter 
fundações públicas de direito público, com regime jurídico-administrativo, ou fundações públicas de 
direito privado, com regime celetista. Mesmo assim, a EC 19/98 previu que lei complementar deverá 
definir a área de atuação dessas fundações, apesar de não ter sido editada. Enquanto isso, as 
fundações desempenham atividade estatal atípica, de cunho social, ao passo que as autarquias 
desempenham atividade típica de Estado de natureza administrativa. 
 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com 
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou 
em comissão. 
Comentários: 
Cargo público é uma célula, um lugar pertencente à estrutura organizacional da Administração 
Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem um conjunto 
de atribuições específicas e remuneração fixadas em lei ou a ela equivalente. A nosso ver, percebe-se 
a inadequação conceitual do art. 39 da Lei 8.112/90, tendo em vista que cargo público não é um 
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2
conjunto de atribuições, aliado ao fato de que as atribuições são cometidas ao ocupante do cargo, que 
é o seu titular. 
Em relação ao assunto, torna-se conveniente fazer menção a alguns aspectos: 
a) a existência de lei é pressuposto para a criação de cargos públicos, nos termos do art. 48, inc. X, da 
CF/88. A Emenda Constitucional 32/2001 modificou esse artigo, ao admitir a extinção por decreto no 
caso de vacância, ainda que a lei tenha criado o cargo; 
b) como regra geral, é garantido a todos os brasileiros, natos e naturalizados, o acesso aos cargos 
públicos, desde que atendidos os requisitos legais. A exceção está preconizada no art. 12, § 3º, da 
CF/88, que elencou determinados cargos privativos de brasileiros natos. Quanto ao ingresso de 
estrangeiro no serviço público, observa-se a sua possibilidade a partir da Lei 8.745/93, que trazia em 
seu texto a contratação temporária de professor e pesquisador visitante estrangeiro como sendo de 
excepcional interesse público, o que foi confirmado pela Emenda Constitucional 11/96, especialmente o 
seu § 1º inserido no art. 207, da CF/88. Posteriormente, a Emenda Constitucional 19/98 voltou a 
discutir a questão, uma vez que foi alterado o art. 37, inc. I (É facultado às universidades admitir profes-
sores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei). Em sequência, tem-se a edição da Lei 
9.515/97, que se adequou à EC 11/96 ao estabelecer que as universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais pudessem prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros; 
c) a denominação e as atribuições próprias do titular do cargo revelam a necessidade de sua criação 
por lei, em número certo e com a exata descrição dos deveres, das responsabilidades, na forma que 
dispuser o respectivo plano de carreira; 
d) os recursos necessários ao pagamento do vencimento pago pelos cofres públicos serão alocados no 
orçamento do órgão ou entidade em que o servidor estiver em efetivo exercício. A criação de cargos 
públicos depende de inclusão de sua previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de que trata o art. 
165, § 2º, da CF/88. Naturalmente, além do vencimento, outras vantagens pecuniárias poderão ser 
deferidas ao ocupante do cargo e, nesse caso, os recursos deverão ser alocados nos respectivos 
elementos de despesa, como, por exemplo: diárias - pessoal civil e outras despesas variáveis - pessoal 
civil; 
e) o provimento em caráter efetivo ocorre quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou 
de carreira, mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, enquanto o 
provimento em comissão, inclusive na condição de interino, para os cargos de confiança vagos. A 
principal característica do cargo público em comissão, cujo ocupante não seja, simultaneamente, 
ocupante de cargo ou emprego efetivo na Administração Direta, autárquica ou fundacional, é a de não 
ter direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social do Servidor, excetuada a assistência à saúde, 
conforme estabelecido no art. 183, § 1º. 
 
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. 
Comentários: 
A percepção de vencimentos pelo exercício do cargo é a regra da Administração Brasileira, que 
desconhece cargo sem retribuição pecuniária. Pode haver função gratuita, como são as honoríficas e 
as de suplência, mas cargo gratuito é inadmissível na nossa organização administrativa. Diante deste 
princípio, resulta que todo aquele que for investido num cargo e o exercer como titular ou substituto tem 
direito ao vencimento respectivo, salvo, obviamente, quando a função do cargo for a de substituição. 
O objetivo é evitar o locupletamento ilícito, também denominado enriquecimento sem causa ou 
enriquecimento ilícito. 
 
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3
(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS 
PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ 
OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .
http://www.acheiconcursos.com.br/baixar-apostila/30/
Título II 
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição 
Capítulo I 
Do Provimento 
Comentários: 
É o ato praticado pela autoridade competente de cada Poder com vistas a promover o 
ingresso, dar posse e exercício, e a movimentação do servidor público ocupante do cargo público. 
Para Hely Lopes Meirelles, o provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do 
cargo público, com a designação de seu titular. 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público 
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no 
concurso. 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus 
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os 
procedimentos desta Lei. 
Comentários: 
Como a lei não pode estabelecer distinção entre os brasileiros natos e naturalizados, resta 
evidente que o requisito de nacionalidade brasileira assim deveser compreendido, na forma do art. 12 
da CF/88. Não obstante, a Constituição Federal estabeleceu que determinados cargos (Presidente e 
Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, 
Ministro do Supremo Tribunal Federal, de carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e de 
Ministro de Estado da Defesa) serão ocupados apenas por brasileiros natos, nos moldes do art. 12, § 
3º. 
Quanto ao limite de idade, entende-se que pelo fato da aposentação compulsória do servidor 
ocorrer aos setenta anos, a idade máxima deverá ser inferior a esta. Com a reforma da previdência 
passou-se a exigir o efetivo exercício de cinco anos no cargo que se deseja aposentar, e dez no 
serviço público. 
Nesse comenos, o art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005, estabeleceu que, 
ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da Constituição 
Federal ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o 
servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações, que tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1988, poderá aposentar-se 
com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no 
cargo em que ser der a aposentadoria; 
III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", 
da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição 
prevista no inciso I do caput deste artigo. 
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4
Quanto às pessoas portadoras de deficiência física, o grau de deficiência capacitante ou 
incapacitante para a execução das atividades do cargo deverá ser avaliado por junta médica. A 
constatação de que o candidato é portador de uma das doenças graves, contagiosas ou incuráveis, 
definidas nos termos do art. 186, § 1º desta Lei, o impossibilitará de tomar posse, mesmo que 
habilitado em concurso público. 
 
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada 
Poder. 
Comentários: 
São, pois, competentes, para prover os cargos públicos no: 
a) Poder Executivo - o Presidente da República, que pode descentralizar aos Ministros de Estado, ao 
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União (art. 84, parágrafo único, da CF/88), e 
aos dirigentes de autarquias e de fundações públicas; 
b) Poder Legislativo - os Presidentes da Câmara, do Senado e do Tribunal de Contas da União; 
c) Poder Judiciário - os Presidentes dos Tribunais Federais; 
d) Ministério Público - o Procurador-Geral da República. 
 
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
Comentários: 
A posse é ato administrativo complexo que marca o início dos direitos e deveres 
funcionais, como, também gera as restrições, impedimentos e incompatibilidades. A assinatura do 
termo de posse não configura um contrato entre a Administração e o servidor. Na realidade, com a 
posse completa-se a relação estatutária entre ambos. 
Entretanto, é com o exercício que o servidor tem direito à retribuição pecuniária em 
contraprestação ao efetivo desempenho das funções afetas ao cargo. O prazo para investidura em 
cargo público é de trinta dias, contados da publicação do ato de provimento, vez que o processo de 
investidura encerra-se com a posse. Caso a posse não ocorra no prazo previsto, será considerado sem 
efeito o ato de provimento, conforme o estatuído no art. 13, § 6º, da Lei 8.112/90. 
 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - REVOGADO; 
IV - REVOGADO; 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
Comentários: 
A nomeação, que se dará em caráter efetivo ou em comissão, é a única forma que está 
relacionada ao provimento originário (independe da situação anterior do servidor). As demais formas 
referem-se ao provimento derivado (depende da situação anterior do servidor, ou seja, exige-se que já 
seja servidor). 
A promoção é a única forma de provimento derivado vertical. À medida que é promovido, o 
servidor desocupa o cargo (ocorrendo a vacância) e ocupa outro de hierarquia superior (provimento). A 
promoção não se confunde com a progressão, porque esta é horizontal. 
A ascensão e a transferência foram abolidas pela Lei 9.527/97 por serem modalidades 
inconstitucionais de provimento de cargos, já que não respeitavam a obrigatoriedade do concurso 
público (art. 37, inc. II, da CF/88). 
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5
(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
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Título III 
Dos Direitos e Vantagens 
Capítulo I 
Do Vencimento e da Remuneração 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
Parágrafo único. REVOGADO. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei. 
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma 
prevista no art. 62. 
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação 
receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. 
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. 
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do 
mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e 
as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
Comentários: 
O § 5º foi acrescentado pela MP 431, de 14 de maio de 2008, para estabelecer que nenhum 
servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. Esta disposição já existia em relação ao 
vencimento e estava estabelecido no parágrafo único do artigo 40, revogado por essa medida 
provisória. Há distinção entre vencimento e remuneração. Vencimento-base é o valor fixado em lei para 
retribuição de cargo público (é o padrão de vencimento); remuneracão compreende a soma do 
vencimento com os adicionais de caráter individual, demais vantagens relativas ao local de trabalho. Já 
os vencimentos correspondem à soma do vencimento acrescido de vantagens pecuniárias, definidas 
em lei como permanentes (uma vez concedida, não poderá ser retirada). A alteração introduzida pela 
MP 431/2008 permite inferir que poderá haver vencimento inferior ao salário mínimo. A remuneração é 
que não poderá, agora, ser inferior ao salário mínimo. 
Entre as vantagens pecuniárias permanentes existem as de caráter individual (por exemplo, o 
tempo de serviço), que integram a remuneração para todos os efeitos; e as de caráter pessoal, que são 
excluídas da composição da remuneração para fins da apuração do teto máximo mensal, limitado à 
retribuição do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal (EC nº 19/98). 
REMUNERAÇÃO (art. 41) = VENCIMENTO (art. 40) + VANTAGENS (art. 49 - indenizações, 
gratificações e adicionais) + BENEFÍCIO DA SEGURIDADE SOCIAL (art. 186). As indenizações não se 
incorporam ao vencimento ou ao provento (art. 49, §-I-9), ao contrário das gratificações e dos 
adicionais, conforme os casos e as condições indicadas em lei (art. 49, § 2º). Constituem indenizações 
ao servidor: ajuda de custo; diárias, transporte e auxílio moradia. Este último foi acrescido pelaMP 301, 
de 29/06/2006, que foi convertida na Lei 11.355, de 19/10/2006. Os valores das indenizações, assim 
como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. 
Quanto à irredutibilidade, o art. 41, § 3º levou em consideração o vencimento e não os 
vencimentos, conforme a leitura que deve ser feita da regra constitucional estipulada no art. 37, inc. 
XV, da CF/88. 
No tocante à isonomia remuneratória, o legislador ordinário repetiu o dispositivo constitucional 
previsto no art. 39, § 1º, na forma do art. 41, § 4º desta Lei. Mas a EC 19/98 retirou aquele dispositivo 
do texto constitucional, cujo teor assegurava a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhados do mesmo poder ou entre servidores do Poder Executivo. Em seu lugar foram 
fixados os padrões de vencimento e as demais parcelas integrantes da remuneração, observadas a 
natureza, o grau de responsabilidade e complexidade dos cargos componentes de cada carreira, como 
também os requisitos para a investidura e as particularidades dos cargos e das funções. 
 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância 
superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito 
dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros 
do Supremo Tribunal Federal. 
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20
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 
61. 
Comentários: 
A regra do teto remuneratório é a constante no art. 37, XI, da CF, com a redação dada pela EC 
41/2003. Como teto geral para todos os Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a 
Constituição estabeleceu o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Nos Municípios o limite é o subsídio do Prefeito, enquanto nos Estados e no Distrito Federal é 
o do Governador no âmbito do Poder Executivo, o dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do STF, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável tal limite aos mem-
bros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. 
Um aspecto interessante do art. 37, inc. XI refere-se ao fato de que qualquer tipo de 
remuneração dos servidores, além de proventos e pensões, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, se sujeita ao teto remuneratório. 
Todavia, não serão contadas no aludido teto as parcelas de caráter indenizatório estipuladas em lei, 
segundo o art. 37, § 11, da CF/88, com a redação da EC 47/2005. 
Vale consignar que o art. 4º, da EC 47/2005 dispõe que, enquanto não for editada a lei a que 
se refere o art. 37, § 11, da CF, será excluída do teto qualquer parcela considerada de caráter 
indenizatório pela legislação em vigor na data da publicação da EC 41/2003. 
 
Art. 43. REVOGADO. 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as 
concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de 
horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. 
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser 
compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. 
Comentários: 
A redação dos incisos e do parágrafo único está de acordo com a Lei 9.527, de 10.12.97. O 
servidor perderá a remuneração dos dias em que faltar ao serviço injustificadamente. As ausências 
justificadas são as decorrentes de: 
a) licença por motivo de doença da família ou do próprio servidor; 
b) falta de 1 (um) dia para doação de sangue; 
c) falta por dois dias para se alistar como eleitor; 
d) por oito dias consecutivos em razão de casamento ou falecimento de cônjuge, companheiro, pais, 
madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda ou tutela e irmão. 
 
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a 
remuneração ou provento. 
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento 
a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em 
regulamento. 
Comentários: 
A regra é de que nenhum desconto incidirá sobre a remuneração dos servidores em atividade e 
sobre os proventos do servidor na inatividade. Exceção é feita a descontos por imposição legal; 
também, mediante autorização do servidor, poderá haver a consignação em folha de pagamento. 
A Constituição vigente no seu art. 37, inc. XV ao estabelecer a irredutibilidade dos 
vencimentos, ressalva a incidência do imposto de renda. Sujeitará, ainda, o servidor, ao desconto da 
seguridade social, na forma do art. 231, § 1º desta Lei. 
O Decreto 6.386, de 29/02/2008, que regulamentou o art. 45, da Lei 8.112/90, dispõe sobre o 
processamento das consignações em folha de pagamento no âmbito do Sistema Integrado de 
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Administração de Recursos Humanos - SIAPE. O seu art. 1º estabelece que o processamento dos 
descontos obrigatórios e facultativos de que trata o mencionado artigo, em relação aos servidores do 
Poder Executivo e às consignações em folha de pagamento no âmbito do SIAPE, deve observar as 
normas estabelecidas nesse Decreto. 
 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão 
previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo 
máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da 
remuneração, provento ou pensão. 
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a 
reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. 
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela 
antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data 
da reposição. 
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria 
ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. 
Comentários dos arts. 46 e 47: 
A obrigação de restituir o pagamento excessivo configura-se à luz do art. 876, do Novo Código 
Civil Brasileiro, in verbis: "Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido, fica obrigado a restituir; 
obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condirão". 
Vale comentar a distinção entre indenizações e reposições. Indenizam-se por danos causados, 
cuja reparação é de responsabilidade do servidor e repõem-se o que ele recebeu a maior. O mesmo 
critério de reposição em parcela única do art. 46, § 2º aplica-se ao seu § 3º. 
Outra questão interessante trata de pagamento feito ao servidor a título de vencimentos ou 
remuneração e, por extensão, proventos, pois este decorre daquele, em virtude de revisão na 
interpretação da lei ou critérios da administração, quando recebido de boa-fé, tem caráter alimentar e 
não estará sujeito à repetição do indébito. Produzirão efeitos após a revisão do ato concessório. 
 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
Comentários: 
A defesa da integralidade do vencimento, da remuneração e do provento é imposta pelo 
princípio da ordemnatural à sobrevivência, que transcende a pessoa do servidor. E por essas razoes a 
norma salvaguarda a hipótese de inadimplemento de prestação de alimentos que resultem de decisão 
judicial. A garantia da percepção de pensão alimentícia constitui fator de preferência na concessão de 
pensão vitalícia. 
 
Capítulo II 
Das Vantagens 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições 
indicados em lei. 
Comentários: 
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(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
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Título IV 
Do Regime Disciplinar 
Capítulo I 
Dos Deveres 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da 
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de 
outra autoridade competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao 
representando ampla defesa. 
Comentários: 
Dever no sentido genérico "significa obrigação de fazer ou deixar de fazer alguma coisa". Sob o 
aspecto estritamente didático, classificam-se os doze incisos em: 
a) discriminação de normas de comportamento profissional (ligadas ao desenvolvimento profissional); e 
b) discriminação de normas de comportamento funcional (em razão do cargo que ocupa). 
As normas de comportamento profissional são: 
1. exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
2. zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
3. ser assíduo e pontual no serviço; 
4. tratar com urbanidade as pessoas. 
A não observância dessas sujeitará o servidor à penalidade de advertência (art. 129, parte 
final), além de ser considerado como fator de desempenho negativo. 
 
Capítulo II 
Das Proibições 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
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V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a 
partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, 
exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho; 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes 
casos: 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União 
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa 
constituída para prestar serviços a seus membros; e 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a 
legislação sobre conflito de interesses. 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes 
casos: 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União 
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa 
constituída para prestar serviços a seus membros; e 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a 
legislação sobre conflito de interesses. 
Comentários: 
Esse artigo trata das proibições a que estão sujeitos os servidores públicos, bem como o 
pessoal contratado por tempo determinado por excepcional interesse público, por força do art. 11 da 
Lei 8.745/93. Em razão da infração cometida, a pena poderá ser de ADVERTÊNCIA (incs. I a VIII e 
XIX), SUSPENSÃO (além da aplicação na reincidência de uma das infrações capituladas nos incs. I a 
VIII e XIX, aplica-se às dos incisos XVII e XVIII) e DEMISSÃO (incs. IX a XVI e situações capituladas 
no art. 132). 
É de se destacar que incompatibilizam o ex-servidor para nova investidura em cargo público 
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos: a demissão, ou a destituição de cargo em comissão por 
infringência dos incs. IX, "valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento 
da dignidade da função pública", e XI, "atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro". 
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 A MP 431, de 2008, alterou a redação do inciso X, deslocando a possibilidade existente de o 
servidor participar nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União 
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade de cooperativa 
constituída para prestar serviços a seus membros, para o inciso I do parágrafo único criado. Essa MP 
também acrescentou o inciso II para não aplicar a proibição de comerciar a quem esteja no gozode 
licença para o trato de interesses particulares na forma do art. 91, desde que não haja conflito de 
interesse entre a Administração e a atividade do servidor licenciado. 
 
Capítulo III 
Da Acumulação 
 Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos. 
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de 
horários. 
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público 
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações 
forem acumuláveis na atividade. 
Comentários: 
O servidor licenciado na forma do art. 10 da MP 2.174/2001 (PDV), não poderá, no âmbito da 
Administração Pública Direta ou fundacional dos Poderes da União, exercer cargo ou função de 
confiança, nem ser contratado temporariamente, a qualquer título. 
 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no 
parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. 
Comentários: 
O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para 
ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que 
atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da 
interinidade. 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em 
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação 
específica. 
Comentários: 
Quando investido em cargo em comissão, o servidor, que acumula legalmente dois cargos 
efetivos, ficará afastado de ambos os cargos, salvo na hipótese que houver compatibilidade de horário 
e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades. 
 
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, 
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, 
salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, 
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
Comentários: 
No direito brasileiro, a acumulação remunerada de CARGOS (compreende cargos públicos 
criados por lei, com denominação própria, número determinado e retribuição pelo Poder Público 
Federal, da Administração direta, autárquica ou fundacional), EMPREGOS e FUNÇÕES PÚBLICAS é 
proibida por preceito de ordem constitucional (art. 37, incs. XVI e XVII). Vale ressaltar que, no caso de 
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(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
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Título V 
Do Processo Administrativo Disciplinar 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a 
sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
§ 1º REVOGADO. 
§ 2º REVOGADO. 
§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade a que se refere, poderá ser 
promovida por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a 
irregularidade, mediante competência específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente 
ou temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos 
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou 
entidade, preservadas as competências para o julgamento que se seguir à apuração. 
Comentários: 
"A Administração Pública, para registro de seus atos, controle da conduta de seus agentes e 
solução de controvérsias dos administrados, utiliza-se de diversificados procedimentos, que recebem 
denominação comum de processo administrativo". 
Diante do comportamento reprovável do servidor e seus reflexos negativos para o serviço 
público, a autoridade que tiver ciência da irregularidade é obrigada a promover a sua apuração 
imediata. Trata-se de poder-dever do administrador. Significa dizer que o detentor do poder tem a 
obrigação de exercitá-lo. O poder do administrador público, revestindo ao mesmo tempo o caráter de 
dever para a comunidade, é insuscetível de renúncia pelo seu titular. Tal atitude importaria fazer 
liberalidades com o direito alheio, e o Poder Público não é, nem pode ser, instrumento de cortesias 
administrativas. 
Os §§ 1º e 2º foram revogados pela MP 259/2005, convertida na Lei 11.204/2005. Não cabe 
mais ao SIPEC fiscalizar e supervisionar o disposto nesse artigo e nem designar a comissão de que 
trata o art. 149. 
 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a 
identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. 
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a 
denúncia será arquivada, por falta de objeto. 
Comentários: 
A redação desse artigo objetiva evitar denúncias descabidas e o anonimato. Inexistindo a 
infração disciplinar ou o ilícito penal, estará evidenciada a ausência de justa causa para o processo 
administrativo, ou mesmo o encaminhamento dos fatos para o Ministério Público, o que ocorrerá se a 
infração disciplinar também configurar crime em tese. 
 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
I - arquivamento do processo; 
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; 
III - instauração de processo disciplinar. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser 
prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. 
Comentários: 
A sindicância é o meio sumário de que se utiliza a Administração Pública para, sigilosa ou 
publicamente, com indiciados ou não, proceder à apuração de ocorrências anômalas no serviço 
público, as quais, confirmadas, fornecerão elementos concretos para a imediata abertura de processo 
administrativo contra o funcionário público responsável. 
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É usada para a aplicação de penalidades de advertência ou suspensão de até 30 dias, 
segundo nos informam os arts. 143 e 145, II, assegurada a ampla defesa e o contraditório (art. 5º, inc. 
LV, da CF/88). 
Poderá ter os seguintes destinos: a) arquivada, caso não configure infração disciplinar ou 
penal; b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias; c) instauração de 
processo administrativo disciplinar, se a infração demandar punição de suspensão acima de 30 dias. 
O prazo para a conclusão será de 30 dias prorrogáveis por igual período, a critério da 
autoridade instauradora. 
 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão 
por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição 
de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. 
Comentários: 
Conforme enfatizado nos comentários do artigo anterior, se a infração demandar penalidade de 
advertência ou suspensão de até 30dias, deverá ser instaurado sindicância. Por exemplo, se na 
sindicância se constatar que a falta praticada pelo servidor enseja a imposição de penalidade de 
suspensão por mais de 30 dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, então o PAD, necessariamente, deverá ser instaurado. Nesses 
casos, os autos da sindicância integrarão o do processo administrativo disciplinar, como peça 
informativa da instrução, conforme estatui o art. 154. 
 
Capítulo II 
Do Afastamento Preventivo 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da 
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento 
do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. 
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus 
efeitos, ainda que não concluído o processo. 
Comentários: 
A medida de afastar cautelarmente o servidor envolvido na apuração tem a finalidade de evitar 
que ele possa prejudicar ou influir na apuração da irregularidade. Esse afastamento, que será de 60 
dias, poderá ser prorrogado por igual prazo e será sem prejuízo da remuneração. Esse tempo é 
contado para todos os fins, desde que não tenha resultado na aplicação de sanção de qualquer 
natureza. Observa-se que o tempo em que o servidor pode ficar afastado preventivamente coincide 
com o prazo do processo administrativo disciplinar, conforme o art. 152. 
 
Capítulo III 
Do Processo Disciplinar 
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo 
em que se encontre investido. 
Comentários: 
O Processo Administrativo Disciplinar é meio de apuração e punição de faltas graves dos 
servidores públicos. É sempre necessário para imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 
dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão. 
 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis 
designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre 
eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter 
nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação 
recair em um de seus membros. 
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§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou 
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
Comentários: 
A Comissão - especial ou permanente - há que ser constituída por servidores ocupantes de 
cargos efetivos, de categoria igual ou superior à do acusado, para que não se quebre o princípio 
hierárquico, que é o sustentáculo dessa espécie de processo administrativo. 
Não poderá participar da comissão de sindicância ou do inquérito, cônjuge, companheiro ou 
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. Trata-se de 
impedimento que, se não observado, poderá causar a nulidade de todo o processo. 
 
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o 
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. 
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado. 
Comentários: 
Na instrução do processo, a comissão processante tem plena liberdade na colheita das provas, 
podendo socorrer-se de assessores técnicos e peritos especializados, bem assim examinar quaisquer 
documentos relacionados com o objeto da investigação, ouvir testemunhas e fazer inspeções in loco. 
O sigilo, a independência e a imparcialidade são princípios que devem nortear os trabalhos da 
Comissão, que adotará reservas em suas reuniões e nas audiências. 
 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; 
III - julgamento. 
Comentários: 
As fases do processo disciplinar constituem estágios importantes, vez que separam as etapas 
em que se desdobra o processo, permitindo melhor compreensão e estudo. 
O processo disciplinar deve ser instaurado por portaria da autoridade competente na qual se 
descrevem os atos ou fatos a apurar e se indiquem as infrações a serem punidas, designando-se 
desde logo a comissão processante, a ser presidida pelo integrante mais categorizado.'' 
O inquérito administrativo, diferentemente do inquérito do processo penal, que é inquisitório, 
compreende a instrução, defesa e relatório. Ou seja, será observado o princípio constitucional do 
contraditório e da ampla defesa, previsto no art. 5º, inc. LV, da CF/88. 
A fase do julgamento é a última do processo administrativo. Nela a autoridade ou órgão 
competente profere uma decisão sobre o objeto do processo. Para essa ação não há qualquer 
faculdade para a Administração Pública, pois se trata de dever-poder de proferir a decisão (essa 
obrigação está prevista no art. 48 da Lei 9.784/99), que comumente está baseada na conclusão do 
relatório. 
 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados 
da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, 
quando as circunstâncias o exigirem. 
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus 
membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. 
§ 2o As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações 
adotadas. 
Comentários: 
O prazo máximo para as conclusões do trabalho será de 120 dias, que é a soma do prazo legal 
com sua possível prorrogação. Conforme comentado alhures, esse prazo coincide com o do 
afastamento preventivo do art. 146. 
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(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
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Título VI 
Da Seguridade Social do Servidor 
Capítulo I 
Disposições Gerais 
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família. 
Parágrafo único. REVOGADO. 
§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou 
emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos 
benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. 
§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para 
servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, 
ainda que contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o 
regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, 
não lhes assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência. 
§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da 
vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento 
mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, 
incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, 
computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. 
§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útilapós a data do 
pagamento das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e 
execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento. 
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor 
e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades: 
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, 
inatividade, falecimento e reclusão; 
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; 
III - assistência à saúde. 
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em regulamento, 
observadas as disposições desta Lei. 
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem: 
I - quanto ao servidor: 
a) aposentadoria; 
b) auxílio-natalidade; 
c) salário-família; 
d) licença para tratamento de saúde; 
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; 
f) licença por acidente em serviço; 
g) assistência à saúde; 
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias; 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão vitalícia e temporária; 
b) auxílio-funeral; 
c) auxílio-reclusão; 
d) assistência à saúde. 
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais 
se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224. 
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao 
erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Comentários dos arts. 183 a 185: 
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Segundo o art. 194 da CF/88, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social. Assim, seguridade social = saúde + previdência + assistência social. 
A seguridade será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das contribuições sociais (do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na 
forma da lei; do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição 
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 
201; sobre a receita de concursos de prognósticos; e do importador de bens ou serviços do exterior, ou 
de quem a lei a ele equiparar), consoante o previsto no art. 195 da CF. Não custa observar que as 
receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão 
dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
Após essas considerações, vale a pena destacar que o Plano de Seguridade Social visa a dar 
cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de 
benefícios e ações que permitam garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, 
velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; proteção à maternidade, à adoção e à 
paternidade; assistência à saúde. 
Os benefícios do Plano de Seguridade Social garantem o servidor e seu dependente. Quanto 
ao servidor: aposentadoria; auxílio-natalidade; salário-família; licença para tratamento de saúde; 
licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; licença por acidente em serviço; assistência à 
saúde; garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias. 
Quanto ao dependente: pensão vitalícia e temporária; auxílio-funeral; auxílio-reclusão; 
assistência à saúde. 
Por derradeiro, é de se dar atenção aos acréscimos dados pela Lei 10.667/2003 a esse 
capítulo. O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de 
cargo ou emprego efetivo na Administração Pública Direta, autárquica e fundacional não terá direito 
aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. 
Essa lei também inovou, ao estabelecer que o servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo 
não terá direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil 
seja membro efetivo ou com o qual coopere. E mesmo que o servidor contribua para regime de 
previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade 
Social do Servidor Público, enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, nesse 
período, os benefícios do mencionado regime de previdência. 
Além do mais, ao servidor licenciado ou afastado, sem remuneração, será assegurada a 
manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o 
recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em 
atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, 
computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. 
 
Capítulo II 
Dos Benefícios 
Seção I 
Da Aposentadoria 
Art. 186. O servidor será aposentado: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, 
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais 
nos demais casos; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; 
III - voluntariamente: 
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos 
integrais; 
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) 
se professora, com proventos integrais; 
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(...) 
 
ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA 
E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. 
O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS 
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Título VII 
Capítulo Único 
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público 
Art. 232. REVOGADO. 
Art. 233. REVOGADO. 
Art. 234. REVOGADO. 
Art. 235. REVOGADO. 
Título VIII 
Capítulo Único 
Das Disposições Gerais 
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro. 
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os 
seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira: 
I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de 
produtividade e a redução dos custos operacionais; 
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e elogio. 
Comentários: 
Os incentivos funcionais são formas de se premiar os servidores que se destacam em seu 
mister. É a aplicação do princípio da eficiência. 
 
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo 
e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido 
em dia em que não haja expediente. 
Comentários: 
A contagem dos prazos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis Federais segue a regra 
processual, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o 
primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente. 
 
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá 
ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se 
do cumprimento de seus deveres. 
Comentários: 
Os direitosfundamentais dos servidores são devidamente respeitados, porém esses não 
podem, a pretexto de exercê-los, eximir-se do cumprimento de seus deveres. 
 
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre 
associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes: 
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual; 
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se a pedido; 
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades 
e contribuições definidas em assembleia geral da categoria. 
d) REVOGADO. 
e) REVOGADO. 
Comentários: 
Novamente o Estatuto reafirma os direitos constitucionais do servidor, tais como: o direito à 
livre associação sindical; o de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual; o 
de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se a pedido; e o 
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de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e 
contribuições definidas em assembleia geral da categoria, entre outros. 
 
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que 
vivam às suas expensas e constem do seu assentamento individual. 
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, que comprove união estável 
como entidade familiar. 
Comentários: 
O Estatuto reafirma o anteriormente previsto no art. 217. Equipara ao cônjuge a companheira 
ou companheiro, que comprove união estável como entidade familiar. 
 
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a repartição estiver instalada e 
onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente. 
Comentários: 
A definição da sede é importante para diversos direitos e deveres, aos e dos servidores, 
incluindo sua família tais como: a remoção, que é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no 
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede; a ajuda de custo, que se destina a 
compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício 
em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de 
indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também condição 
de servidor, vier a ter exercício na mesma sede, art. 53; a ajuda de custo e transporte para a localidade 
de origem, dentro do prazo de 1 ano, contado do óbito, à família do servidor que falecer na nova sede 
(art. 53, § 2º); a obrigação de restituição da ajuda de custo quando, injustificadamente, não se 
apresentar na nova sede no prazo de 30 dias (art. 57); a passagens e diárias destinadas a indenizar as 
parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme 
dispuser o regulamento quando, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para 
outro ponto do território nacional ou para o exterior (art. 58); a matrícula em instituição de ensino 
congênere, em qualquer época, independentemente de vaga, ao servidor estudante que mudar de 
sede no interesse da administração na localidade da nova residência ou na mais próxima (art. 99); o 
transporte e as diárias ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, 
na condição de testemunha, denunciado ou indiciado (art. 173). 
 
Título IX 
Capítulo Único 
Das Disposições Transitórias e Finais 
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores 
públicos, os servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em 
regime especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 -
 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, 
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, exceto os contratados por prazo 
determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de 
prorrogação. 
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por esta Lei ficam 
transformados em cargos, na data de sua publicação. 
§ 2o As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de tabela permanente do órgão 
ou entidade onde têm exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas enquanto 
não for implantado o plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei. 
§ 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por servidor integrante de quadro ou 
tabela de pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei. 
§ 4o REVOGADO. 
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça, remunerados com recursos 
da União, no que couber. 
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade no serviço público, enquanto não 
adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou 
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entidade, sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados 
os empregos. 
§ 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da Administração e conforme critérios 
estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante indenização de um mês de remuneração por 
ano de efetivo exercício no serviço público federal. 
§ 8o Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos, serão 
considerados como indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de indenização prevista no 
parágrafo anterior. 
§ 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto no § 7o poderão ser extintos pelo 
Poder Executivo quando considerados desnecessários. 
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, 
ficam transformados em anuênio. 
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma 
legal, fica transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90. 
Art. 246. REVOGADO. 
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de contas com a Previdência 
Social, correspondente ao período de contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos pelo 
art. 243. 
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta Lei, passam a ser mantidas pelo 
órgão ou entidade de origem do servidor. 
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os servidores abrangidos por esta Lei 
contribuirão na forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União 
conforme regulamento próprio. 
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições 
necessárias para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis da União, Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a 
vantagem prevista naquele dispositivo. 
Art. 251. REVOGADO. 
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro 
dia do mês subsequente. 
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e respectiva legislação 
complementar, bem como as demais disposições em contrário. 
Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o da Independência e 102o da República. 
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REGIME JURÍDICO ÚNICO - QUESTÕES DE CONCURSOS DO CESPE 
 
01. (TSE, Cespe - Analista Judiciário - 2007 ) Um servidor público estável ocupante de cargo no TSE 
tem direito a 
a) licença remunerada para tratar de interesses particulares. 
b) licença remunerada por motivo de remoção, de ofício,do cônjuge para o exterior. 
c) afastamento remunerado para exercício de mandato classista. 
d) ausentar-se por oito dias consecutivos, em razão do falecimento de um irmão. 
 
(TRE-PA, Cespe - Analista Judiciário - 2007) 
02. Em relação à acumulação de cargos e aos vencimentos e proventos de aposentadoria dos 
servidores públicos, assinale a opção que está de acordo com o entendimento do STF. 
a) É possível a acumulação de mais de uma aposentadoria, se elas forem relativas a cargos que, na 
atividade, seriam cumuláveis. 
b) As aposentadorias são inacumuláveis em razão do princípio da moralidade administrativa. 
c) Permite-se a cumulação de aposentadorias sem restrições se ficar caracterizado direito adquirido 
pelo servidor. 
d) Não há vedação constitucional à acumulação de cargos públicos, desde que haja compatibilidade de 
horários e o acesso tenha se dado por concurso público. 
e) A Constituição veda a cumulação de cargos públicos por uma mesma pessoa. 
 
03. A remoção de servidor público ocupante de cargo efetivo para localidade muito distante, com o 
intuito de puni-lo, caracteriza 
a) exercício regular de direito. 
b) exercício do poder hierárquico. 
c) abuso de forma. 
d) impropriedade de procedimento. 
e) desvio de poder. 
 
04. Um servidor público praticou crime contra a administração pública e, por esse mesmo fato, foram 
instaurados procedimento administrativo disciplinar e processo criminal. Ante tais fatos, o advogado do 
servidor requereu a suspensão do procedimento administrativo até que transitasse em julgado a 
sentença penal. A propósito da situação acima descrita e considerando a jurisprudência do STF e do 
Superior Tribunal de Justiça aplicável ao caso, assinale a opção correta. 
a) Será considerada correta eventual decisão no sentido de suspender o procedimento administrativo 
até o término definitivo do processo penal, já que este último conduz a consequências jurídicas mais 
graves, que interferem na restrição ao direito de liberdade do indivíduo. 
b) A absolvição criminal somente terá repercussão no procedimento administrativo se ficar provado, no 
âmbito judicial, a inexistência do fato ou que o servidor não foi o autor do crime. 
c) A falta de provas no processo criminal impede a administração de aplicar penalidade ao servidor. 
d) A prescrição administrativa implica, de igual modo, impossibilidade de aplicação de pena no âmbito 
do processo judicial. 
e) O correto seria o Ministério Público, como fiscal da aplicação da lei, requerer a suspensão do 
processo judicial até que a administração concluísse o procedimento administrativo. 
 
(TSE, Cespe - Analista Judiciário - 2007) 
05. Adriana ocupa cargo de provimento efetivo no TSE, onde trabalha durante o dia, e é professora em 
uma universidade privada, onde trabalha duas noites por semana. Nesse caso, a situação de Adriana 
a) é regular, pois a atividade de professora é compatível com a de servidora pública. 
b) é legal, pois a lei permite a acumulação de um cargo técnico com um cargo de professor. 
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c) é inconstitucional, pois não a lei não permite da acumulação de cargo público com emprego em 
empresa privada. 
d) inviabiliza que ela tome posse em outro cargo público. 
 
06. Na hipótese de redistribuição, não é o servidor que é deslocado de um cargo para outro, mas é o 
próprio cargo que é deslocado para outro órgão ou entidade, dentro do mesmo poder. Essa afirmação 
é 
a) correta. 
b) errada, pois, na redistribuição, o servidor é deslocado do seu cargo original para outro cargo vago. 
c) errada, pois o deslocamento do cargo somente ocorre na hipótese de readaptação. 
d) errada, pois a redistribuição implica passagem do cargo dos quadros de um poder para outro. 
 
07. A condenação de um servidor público pela prática de ato de improbidade administrativa 
a) somente é lícita quando o servidor ocupa cargo comissionado. 
b) deve ocorrer mediante processo administrativo disciplinar. 
c) exige a comprovação de enriquecimento ilícito. 
d) pode acarretar suspensão de seus direitos políticos. 
 
08. Adalberto foi condenado administrativamente a pena de demissão, pela prática de corrupção. Um 
ano depois, ele foi absolvido, por falta de provas, no processo penal em que era acusado da prática do 
ato de corrupção que originou seu desligamento do serviço público. Nessa situação, 
a) Adalberto deve ser reinvestido no seu cargo original, mediante reintegração. 
b) Adalberto deve ser reinvestido no seu cargo original, mediante recondução. 
c) a demissão deve ser anulada, de ofício, pela autoridade competente. 
d) a absolvição penal de Adalberto, por falta de provas, não invalida sua demissão. 
 
09. Considere a seguinte assertiva: a nomeação é uma forma de provimento inaplicável a cargos 
públicos comissionados, pois a investidura nesses cargos independe da aprovação em concurso 
público. Esta assertiva é 
a) correta. 
b) errada, pois nomeação não é uma forma de provimento, mas um tipo específico de investidura. 
c) errada, pois o provimento de cargos comissionados é tipicamente feito mediante nomeação. 
d) errada, pois a investidura em qualquer cargo público depende de prévia aprovação em concurso. 
 
10. Arnaldo tomou posse, mediante ato de um procurador constituído especificamente para essa 
finalidade, em cargo de analista judiciário do TSE. Porém, passado um mês da nomeação, ele não se 
apresentou para entrar em exercício, por ter desistido de ingressar no serviço público. Diante dessa 
situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Arnaldo deve ser demitido por abandono de cargo. 
b) Arnaldo deve ser exonerado de ofício. 
c) A nomeação de Arnaldo deve ser anulada, por decurso de prazo. 
d) A posse de Arnaldo é inválida, pois a lei veda expressamente a posse mediante procuração. 
 
11. Considere a seguinte afirmação: diversamente da aposentadoria, o falecimento de servidor 
ocupante de cargo comissionado acarreta vacância do cargo público que ele ocupava. Essa afirmação 
é 
a) correta. 
b) incorreta, porque a aposentadoria acarreta vacância do cargo. 
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c) incorreta, porque o falecimento do servidor não gera vacância do cargo. 
d) incorreta, porque não ocorre vacância de cargo público comissionado. 
 
12. (TSE, Cespe - Técnico Judiciário - 2007) Na semana passada, Fábio, que ocupava cargo em 
comissão no TRERJ, tomou posse em cargo comissionado no TSE, motivo pelo qual ele se mudou 
para Brasília, onde aluga um apartamento juntamente com sua companheira e um amigo que é 
servidor federal. Nessa situação, não obstaria o direito de Fábio a obter auxílio-moradia o fato de: 
a) o amigo que reside com ele receber auxílio-moradia. 
b) a companheira de Fábio ser proprietária de imóvel residencial em Brasília. 
c) ele ter recebido auxílio-moradia durante os dois anos em que ocupou cargo em comissão no TRE-
RJ. 
d) ele recusar-se a residir em imóvel funcional posto à sua disposição, por considerar preferível 
habitar um apartamento mais próximo ao local de trabalho. 
 
(TRE-TO, Cespe - Técnico Judiciário - 2007) 
13. Constitui forma de provimento de cargos públicos, tanto efetivos quanto comissionados, a 
a) remoção. 
b) nomeação. 
c) substituição. 
d) redistribuição. 
e) vacância. 
 
14. Enseja a penalidade de demissão o fato de um servidor 
a) ausentar-se do serviço, durante o expediente, sem autorização. 
b) manter a esposa sob sua chefia imediata, em cargo comissionado. 
c) retirar documento da repartição, sem autorização da autoridade competente. 
d) beijar a namorada, dentro da repartição, durante o expediente. 
e) ser gerente de uma sociedade comercial privada. 
 
15. Lucas foi investido em julho de 2006 em cargo de provimento efetivo no TRE/TO, tendo sido esse o 
primeiro cargo público que ele ocupou. 
Nessa situação hipotética, é correto afirmar que Lucas, ainda em 2007, poderia gozar 
licitamente 
a) licença para capacitação. 
b) licença-prêmio. 
c) licença para tratar de interesses particulares. 
d) licença sabática. 
e) licença por motivo de afastamento

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