Buscar

trabalho pacca em processo (1)

Prévia do material em texto

2
Ana Paula da silva
Elizabete Machaca Marin
Patrícia Cristina Salvador Pavenelo
Gustavo Veloso
Reuso da água da chuva
São Paulo
2020
Ana Paula da silva
Elizabete Machaca Marin
Patrícia Cristina Salvador Pavenelo
Gustavo Veloso
Reuso da água da chuva 
Tese apresentada a disciplina, introdução 
 a hidráulica para obter conhecimento de 
 como realizar pesquisa cientifica. 
 Orientadora: Regina Helena Pacca
 Guimaraes Costa.
 .
São Paulo 
2020
Ana Paula da silva
Elizabete Machaca Marin
Patrícia Cristina Salvador Pavenelo
Gustavo Veloso
Reuso da água da chuva 
 Relatório final, apresentado a faculdade de
 Tecnologia de São Paulo, como parte das
 exigências para a obtenção de nota.
 
 Local, São Paulo, 03 de maio de 2020.
Banca examinadora 
 Prof. Regina Helena Pacca Guimaraes Costa
Dedicamos este trabalho a nossos familiares e amigos que tanto nos apoiaram nesta difícil decisão de continuar com as aulas e EAD
Primeiro agradecemos a deus, segundo a nossos professores, que sempre se dedicam ao máximo a nos agregar todo conhecimento que eles adquiriram nesta jornada chamada vida.
“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” Sócrates 
Resumo
Diante desse assunto, o reuso da água da chuva, vem ganhando cada vez mais importância, principalmente porque passamos por momentos de escassez e racionamento de água, o que acaba tornando necessária a busca por resultados eficaz para combater os desperdícios. Nota-se que cada vez mais pessoas vêm se preocupando com a falta de água no mundo em que vivemos por isso estudos e orientações mostra o quanto é possível à reutilização da água da chuva, e através desse estudo apresentamos tópicos escolhidos através da base de dados reconhecidos, que aborda a utilização associada com o uso sustentável educando, incentivando a utilização racional da água potável.
Abstract
In view of this issue, the reuse of rainwater is gaining more and more importance, mainly because we are experiencing moments of scarcity and water rationing, which ends up making it necessary to search for effective results to combat waste. It is noted that more and more people are concerned about the lack of water in the world in which we live, so studies and guidelines show how much it is possible to reuse rainwater, and through this study we present topics chosen through the database. recognized, which addresses the use associated with sustainable use by educating, encouraging the rational use of drinking water.
Sumário
Introdução	8
1.Índice Pluviométrico	10
1.1.	Águas Pluviais	10
1.2.	Qualidade da água do Pluvial	10
1.4.	Reutilização das Águas Pluviais	12
2.	Características da água	13
3.Disponibilidade de Água	13
3.1.	Demanda da Água	14
3.3.	Qualidade da Água	15
4.Registros históricos sobre clima	16
5.Evapotranspiração	19
6.Reuso da Água	23
6.1. Viabilidade de Reuso	23
7. PROJETO	24
8.TRATAMENTO	24
9.CONTROLE E MANUTENÇÃO	25
10. A NECESSIDADE DO REUSO DA ÁGUA	26
11.Aplicação de reuso de Água	27
12.Conclusão	32
13.Fontes consultadas	34
Introdução
Pode - se afirmar água é vida, água é saúde e por esse motivo a população deve se conscientizar do uso inadequado, o reuso da água da chuva é uma das opções mais viáveis para o bem do planeta terra e dos seres vivos que nele habita.
Se a água da chuva acabar, o que acontece? Sabendo que a água é uma substância essencial para todos os seres vivos, acabar não seria uma hipótese porem para isto não acontecer é essencial a inovação consciente.
Pensando nisso pesquisadores cientistas entre outros pensam em estratégias para poupar cada gota desse bem precioso, o governo vem investindo em obras pluviais entre outras, as próximas páginas desta pesquisa irão mostrar a metodologia e o planejamento para a excussão desse método.
1.Índice Pluviométrico
O índice pluviométrico calcula a quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local e período. O índice é calculado em milímetros. Se dissermos que o índice pluviométrico de um dia, em um certo local, foi de 2mm, significa que, se tivéssemos nesse local uma caixa aberta, com 1 metro quadrado de base, o nível da água dentro dela teria atingido 2 mm de altura naquele dia. Para chegar a esse índice, as centenas de estações meteorológicas espalhadas pelo país utilizam um aparelho, o pluviômetro.
Por fim, os diagnósticos que permitem afirmar se choveu muito ou pouco ao que era esperado, para a semana ou mês estão relacionados a gráficos elaborados com base na média de chuva em cada período.
1.1. Águas Pluviais
São águas provindas das chuvas, que é coletada pelos sistemas urbanos de saneamento básico, nas chamadas galerias de águas pluviais ou esgotos pluviais e que podem possuir tubulações próprias. 
A rede coletora de esgoto e a de águas pluviais (águas de chuva) não são iguais, têm dimensões e caminhos diferentes. O material coletado na rede de esgoto é levado à Estação de Tratamento de Esgoto. Já a água que é coletada nas galerias de águas pluviais está destinada aos córregos da cidade. Por isso, a interligação entre as duas redes é proibida.
Se a rede de águas pluviais for ligada à rede de esgoto, pode ocorrer uma sobrecarga no volume do material que foi coletado, o que pode levar à obstrução da tubulação e extravasamento de esgoto. Caso a rede de esgoto for ligada à rede de águas pluviais, será levado aos córregos da cidade sem ter sido feito o devido tratamento da rede de esgoto.
1.2. Qualidade da água do Pluvial 
1.3. 
 A quantidade de material suspenso na drenagem pluvial apresenta uma carga muito alta devido às vazões envolvidas. Esse volume é mais significativo no início das enchentes. Os primeiros 25 mm de escoamento superficial geralmente transportam grande parte da carga poluente de origem pluvial (Schueller, 1987).
 Uma das formas de avaliar a qualidade da água urbana é através de parâmetros que caracterizam a poluição orgânica e a quantidade de metais. Schueller (1987) cita que a concentração média dos eventos não se altera em função do volume do evento, sendo característico de cada área drenada. Os esgotos podem ser combinados (cloacal e pluvial num mesmo conduto) ou separados (rede pluvial e sanitária separada). A legislação estabelece o sistema separador, mas na prática isto não ocorre devido às ligações clandestinas e à falta de rede cloacal. Devido à falta de capacidade financeira para implantação da rede de cloacal, algumas prefeituras têm permitido o uso da rede pluvial para transporte do esgoto sanitário, o que pode ser uma solução inadequada à medida que esse esgoto não é tratado. Quando o sistema sanitário é implementado, a grande dificuldade envolve a retirada das ligações existentes da rede pluvial, o que na prática resultam em dois sistemas misturados com diferentes níveis de carga. O principalmente problema está relacionado com a gestão das ligações dos usuários a rede. As empresas ao implementar o sistema devem fazer a ligação, da mesma forma que para cada novo usuário a ligação deve ser obrigatoriamente realizado pela Companhia concessionária para evitar estes problemas.
A tendência no Brasil e América do Sul é de utilizar o sistema separador, que apresenta maior custo quanto a rede de coleta por utilizar dois sistemas. O sistema unitário apesar da vantagem de utilizar apenas uma rede apresenta problemas como: o odor durante as inundações, proliferação de vetores de doenças em climas quentes e quando ocorre extravasamento,existe maior potencial de proliferação de doenças. Este cenário é mais grave quando os extravasamentos forem frequentes.
 Por outro lado, as cidades que priorizaram a rede de esgotamento sanitário e não consideraram os pluviais sofrem frequentes inundações com o aumento da urbanização, como tem acontecido em Barranquilla na Colômbia e algumas áreas de Santiago. Não existem soluções únicas e milagrosas, mas soluções adequadas e racionais para cada realidade. O ideal é buscar conciliar a coleta e tratamento do esgotamento sanitário somado à retenção e tratamento do escoamento pluvial, dentro de uma visão integrada, de tal forma que tanto os aspectos higiênicos como ambientais sejam atendidos. A qualidade da água da rede pluvial depende de vários fatores: da limpeza urbana e sua frequência; da intensidade da precipitação e sua distribuição temporal e espacial; da época do ano e do tipo de uso da área urbana.
1.4. Reutilização das Águas Pluviais
1.5. 
Conforme o tempo passa, a água se torna mais ainda o centro de nossas atenções, pois, além de ela ser a maior constituinte do corpo humano, em algum dia próximo, acabará a vida não só humana, como a da maior parte dos seres vivos. Nossos pensamentos em relação a todas as áreas devem estar atentos não só em um consumo de forma consciente, mas também em novas formas de aproveitamento. 
Uma prática que cada vez mais tem se tornado frequente nas construções é o aproveitamento de águas pluviais para usos não potáveis, como lavagem de jardins e calçadas e descarga de vasos sanitários. Apesar de ser uma boa ideia, aquele que fizer uso de desse sistema deve estar ciente de que a água não tratada, quando entra em contato com a pele humana, pode causar alergias e infecções, e por isso, recomenda-se que a água que for sendo armazenada seja tratada.
Os componentes para o recolhimento e armazenamento da água vão depender das características das edificações, mas são compostos, basicamente, de uma bacia coletora, que irá recolher a água; de calhas e tubulações, que irão levar o material recolhido; peças, como peneiras, para preservar materiais sólidos; cisterna; filtros de areia, para preservar certas impurezas; bombas centrífugas para alimentar os filtros de areia; reservatório de retrolavagem; uma unidade de desinfecção; além de um sistema de pressurização, que irá encaminhar a água, já tratada, para os locais em que ela será utilizada. Recomenda-se o não aproveitamento da água logo das primeiras chuvas, tendo em vista a concentração maior de poluentes tóxicos na atmosfera dos grandes centros. O tamanho do reservatório deve ser escolhido de acordo com a disponibilidade hídrica e a demanda. Quando não for aproveitada, a água pode ser liberada no solo, pois, dessa forma, reabastecerá o lençol freático.
O aproveitamento de águas pluviais é uma alternativa socioambiental responsável, e possível economicamente, mas, em Minas Gerais, a adoção deste sistema não é obrigatória. No entanto, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná, a retenção de águas da chuva já é obrigatória. Nesses lugares, leis foram criadas com o intuito de reduzir os impactos das constantes enchentes.
2. Características da água
3. 
Segundo Dirceu, Telles no livro ciclo ambiental da água, a própria nas condições normais de pressão e temperatura, em estado puro, é um líquido sem cor nem gosto ou odor, formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, em cada molécula. Quimicamente, é um óxido de hidrogênio, com a fórmula ‎H2O. 
Nem toda água disponível no planeta terra pode ser aproveitada nas condições encontradas. De acordo com Braga et al. (2002), estima-se que apenas 2,6% da água do planeta é água doce explorável do ponto de vista tecnológico e econômico. Deve-se ainda descontar as águas doces que se encontram poluídas e em locais de difícil acesso, restando assim apenas 0,003% do volume total de água do planeta. Por outro lado, essa água doce está distribuída de maneira bastante heterogênea no espaço e no tempo no globo terrestre. 
Conforme Braga et al. (2002), a Organização Mundial as Saúde (OMS) estima que 25 milhões de pessoas no mundo morram, por ano, em decorrência de doenças transmitidas por água de má qualidade, como cólera e diarreia.
A qualidade da água está diretamente ligada à quantidade de água existente para abastecer, dissolver, diluir e transportar as substâncias benéficas e maléficas para os seres que compõem as cadeias alimentares. O termo qualidade está vinculado ao uso a que se destina, seu uso preponderante. 
 
3.Disponibilidade de Água
Em termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país.
Segundo Dirceu Telles, os valores relativos muito altos, em relação às disponibilidades mundiais, levaram os brasileiros à cultura da abundância e do desperdício da água. Assim, a água tem sido considerada um bem livre de uso comum e inesgotável.
Tabela 1-Disponibilidades de água nas regiões hidrográficas brasileiras.
Fonte: O atlas da água,2005.
3.1. Demanda da Água
3.2. 
A cada segundo são utilizados, em média, 2 milhões e 83 mil litros de água no Brasil (ou 2.083 metros cúbicos por segundo). Em 1931, eram utilizados apenas 131 mil litros por segundo – 6,3% do uso atual. O uso da água deverá crescer 24% até 2030, superando a marca de 2,5 milhões de litros por segundo. Estas informações constam do Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil, elaborado pela ANA, e que traça um panorama das demandas pelos recursos hídricos em todos os municípios brasileiros, entre 1931 e 2030. (ASCOM/ANA, 2019).
Este estudo explica as metodologias aplicadas nas estimativas, fruto de uma profunda revisão dos métodos e das bases de dados disponíveis. Um uso é considerado consuntivo quando a água é consumida, total ou parcialmente, no processo a que se destina, não retornando diretamente aos corpos hídricos de onde foi retirada.
Os usos da água são estimados por setor usuário e município. A agricultura irrigada, o abastecimento urbano e a indústria de transformação são responsáveis por 85% das retiradas de água em corpos hídricos: 2,083 milhões de litros por segundo. Todos os usos continuarão se expandindo nos próximos anos, com exceção do abastecimento humano rural, que deverá cair com a redução da população no meio rural.
Tabela 2- Estimativas de demandas e consumos e porcentagens de participação, por uso consuntivo no Brasil-2006
Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil,2010.
3.3. Qualidade da Água
3.4. 
A qualidade de água no Brasil varia muito, isso ocorre por conta da maioria dos esgotos se encontrarem em estados fora do que se é permitido. Ainda é possível encontrar diversas regiões em que não se encontra o básico do saneamento hidráulico, fazendo com que a população tenha que encontrar outros modos para conseguir água, mesmo que não esteja nas devidas condições.
A falta de tratamento de esgoto e a poluição oriunda da indústria e agricultura são as principais ameaças à qualidade da água no Brasil. Segundo levantamento da ONG SOS Mata Atlântica, a água é ruim ou péssima em 40% dos 96 rios, córregos e lagos avaliados em sete estados brasileiros. 
Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), 76% dos corpos d'água apresentam qualidade boa; 6% foram classificados como ruim e apenas 1% como péssimo. Em áreas urbanas, a parcela considerada boa cai para 24%. As águas de qualidade ruim e péssima sobem para 32% e 12%, respectivamente.
Apenas 37,5% do esgoto gerado no Brasil é tratado, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. A coleta é realizada para 48,1% da população. Para Maurrem Vieira, especialista em recursos hídricos daANA, é preciso investir mais no tratamento de esgoto: “Expandimos o serviço e, paralelamente, a população cresce. É como se fosse uma corrida, que por enquanto estamos ganhando.”
Um dos principais problemas ambientais causados pelo esgoto não tratado é a falta de oxigênio nos rios. Os dejetos contêm matéria orgânica, que serve de alimento para bactérias. No processo, elas consomem oxigênio, baixando o nível do gás na água. Em regiões urbanas, é comum encontrar rios praticamente sem oxigênio, onde o odor é forte e a fauna aquática não consegue sobreviver20.
4.Registros históricos sobre clima
Desde que a humanidade iniciou o registro dos seus feitos, ressalta Bartolo et al. (1996), estava pressuposta uma preocupação com a recuperação destes, motivada pelas diferentes necessidades, seja uma simples curiosidade até a prova dos fatos. A criação, o registro e a disseminação do conhecimento têm sido apontados pela literatura como formas de libertação do Homem, no sentido de posicioná-lo como ser histórico no tempo e no espaço em que vive, com a possibilidade de usufruir dos conhecimentos acumulados. Mas, lembra Le Goff (2003), a história tradicional se dedicava a memorizar os monumentos e vestígios do passado por meio dos documentos, enquanto que atualmente, a história é que transforma os documentos em monumentos, onde se decifram traços deixados pelos homens, tornando-os úteis por meio da manipulação e de interesses.
Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, entre eles os geógrafos, olham frequentemente o passado em busca de explanações das circunstâncias atuais e as fontes históricas têm sido pouco exploradas para interpretar características do ambiente físico. Esta pesquisa é uma contribuição para o uso de registros aparentemente vagos e fragmentados, contidos em fontes históricas para formação de uma base segura, permitindo obter informação útil para caracterização temporal e espacial do passado, auxiliando a responder aos questionamentos atuais e futuros.
 Até recentemente, a maior parte desses documentos era ignorada, sendo os escritos considerados cheios de falhas e imprecisos, quando não simplesmente ilegíveis. Mas cada vez mais os historiadores e outros cientistas reconhecem e consultam esses arquivos para procurar registros de desastres e fenômenos climáticos atípicos, e para obter informações quanto aos elementos do clima, como precipitação e temperatura nos meses e anos. Seguindo este raciocínio, Herrera et al. (2003) lembram da importância do aspecto da confiabilidade das fontes 2 dos registros históricos consultados, que podem ser primárias (baseados em documentos originais) ou secundárias (consistem em informações indiretas, como relatos de pessoas que não foram testemunhas oculares do fato ou evento registrado). 
A climatologia é uma das áreas das ciências atmosféricas em que as flutuações do passado são de grande relevância para aumentar o conhecimento das condições atuais e futuras. Informações detalhadas sobre características climáticas de épocas particulares podem ser definidas por registros obtidos de diferentes fontes de dados e de situações e processos que são afetados pelo clima. O estudo da climatologia histórica para reconstrução do passado por meio de consulta dos registros diretos, contendo detalhes sobre o clima antes do início da sistematização dos métodos de medição e registros de elementos climatológicos, é de suma relevância para os cientistas que estudam os fenômenos climáticos. O surto de interesse das mudanças climáticas nos últimos anos reforça a importância desse tipo de pesquisa. 
Os registros indiretos até um século atrás, consistiam a base do conhecimento das alterações climáticas dos últimos quinze milênios, embora possam ter uma confiança limitada nas observações contemporâneas dos monges, dos párocos de província e até dos antigos escribas assírios (FAGAN, 2004). Atualmente, esses registros esparsos formam imbricada tapeçaria de acontecimentos climáticos em diferentes escalas temporais, devido a uma grande variedade de fontes, possibilitando melhor avaliação dessas alterações climáticas ao longo da história humana. Algumas dessas fontes se constituem de documentos que, segundo Varela (2003), se classificam em eclesiásticas, municipais e privadas. As mais utilizadas são livros de atas, livros de memórias, agendas e anais. Dentro dessa classificação, Bradley (1999) e Pfizer (1992) complementam outras fontes potenciais de registros históricos como: inscrições antigas, crônicas, diários, correspondências, escritos científicos ou protocolo não instrumentais, como jornais e boletins meteorológicos.
 Para Pfizer et al. (1999) e Varela (2003), os estudos de climas passados se baseiam nos métodos, fontes ou registros diretos e indiretos. O primeiro autor apresenta de forma clara como se classificam as diferentes fontes de registros históricos, enquanto o segundo ressalta que, ao realizarmos este tipo de estudo, é frequente deparar com período longo de ausência de registros diretos. 
Durante consulta de documentos históricos, um fator importante é contextualizar os registros que se coletam, inclusive o significado das palavras e das expressões empregadas,
1 Camadas de sedimentos que mostram diferenças sazonais. 2 Depósitos de sedimentos em cavernas. 3 Perfuração para sondagem. 4 Cerimônias ou preces religiosas.
Trabalhar com número adequado de casos que garantam margem aceitável de segurança para fazer afirmações, especialmente de caráter quantitativo e generalizante, além de cruzar fontes, justapor documentos, relacionar texto e contexto, estabelecer constantes, identificar mudanças e permanências. Problemas de interpretação dos dados históricos para o estudo do clima passado, as impressões particulares ou o subjetivismo, podem afetar a confiabilidade nos registros contidos em diários e crônicas, alerta Martin (1992). Os erros provêm de levantamentos de dados imprecisos e falsos pela aceitação de descrições distorcidas e inclusão de eventos sem evidências confiáveis. Sobre os registros fenológicos, a maior dificuldade é estabelecer a relação causa efeito entre eles e o clima. Variações de safra podem ser resultados de alterações climáticas, mas também de fatores socioeconômicos, como mudanças de técnicas agrícolas, flutuação de preço no mercado, doenças e guerras que afetaram o contingente populacional. Baseado nos resgates históricos, o clima tem sido reconstituído, em alguns lugares do mundo, por estudos realizados por alguns cientistas. Um deles é realizado pelo pesquisador Christian Pfizer, historiador do clima na Universidade de Berna, Suíça. As pesquisas se concentram em dados, métodos e definições de períodos de aquecimento durante época medieval, eras do gelo, interpretações sinóticas do clima passado, excepcionalidades, desastres naturais e vulnerabilidade socioeconômica. Um exemplo de seu esforço aparece em uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo (19 de agosto de 2007), que veiculou resultado de pesquisa de Pfizer (2005) com registros medievais baseados em diários de monges nos Alpes suíços, atualmente usados para rastrear o efeito estufa e compreender melhor as mudanças climáticas recentes, a partir de paralelos com acontecimentos pretéritos. A preocupação com o clima tinha explicação econômica e não eclesiástica, pois a renda da população que vivia na região, assim como os impostos pagos à Igreja, vinha quase todos da produção agrícola. Diários dos anos 1683 e 1684, escritos pelo monge Joseph Dietrich, registram detalhes não apenas do volume de chuva ou tempo de incidência do sol, mas tamanhos de nuvens, comportamento das árvores, frutas, cultivos e ainda as reações das pessoas aos diferentes climas.
5.Evapotranspiração
4. 
O conhecimento da perda d’água de uma superfície natural é de suma importância
nos diferentes campos do conhecimento científico, especialmente nas aplicações da meteorologia e da hidrologia às diversas atividades humanas. Na hidrologia, o conhecimento da perda de água em correntes, canais, reservatórios, e da transpiraçãodos vegetais, tem muita importância no balanço hídrico de uma bacia hidrográfica.
A forma usual de se quantificar a água a ser aplicada ao longo do ciclo de uma
cultura agrícola é considerar os processos de evaporação do solo e de transpiração da planta conjuntamente, ao que se denomina evapotranspiração (SILVA & RAO, 2006). Segundo Pereira et al. (1997), evapotranspiração (ET) é o termo utilizado para expressar a ocorrência simultânea dos processos de evaporação e transpiração, que são controlados pela disponibilidade de energia, pela demanda atmosférica e pelo suprimento de água do solo às plantas. 
A evapotranspiração é um dos principais componentes do ciclo hidrológico, e a
precisão na sua estimativa é de importância para diversos estudos, como balanço hidrológico, projetos e manejo de sistemas de irrigação, simulação de produtividade de culturas e planejamento e gerenciamento de Recursos Hídricos. A determinação da quantidade de água necessária para atender às necessidades hídricas das culturas irrigadas, aliada a um correto dimensionamento do sistema de irrigação, é um dos principais parâmetros para o uso sustentável dos recursos hídricos na agricultura (ESTEVES et al., 2010).
Os métodos de se quantificar o volume de água a ser aplicada nas culturas levam
em consideração os processos de evaporação do solo e de transpiração da planta (BORGES & MEDIONDO, 2007). A evapotranspiração é um processo natural de perda de água do solo e da planta para a atmosfera, constituindo-se em um parâmetro de grande relevância para o manejo agrícola (SANTOS et al., 2008). Como os processos (evaporação e transpiração) ocorrem separadamente, mas existe uma dificuldade de distingui-los (ALLEN et al., 1998), eles geralmente são analisados em conjunto, por meio da evapotranspiração.
A evapotranspiração pode ser determinada (ou estimada) de diferentes maneiras.
De acordo com Miranda et al. (2001), ela pode ser mensurada utilizando métodos diretos, ou estimada por meio de informações climáticas.
No primeiro grupo, estão incluídos os diferentes tipos de lisímetros e o balanço de
água no solo. No segundo, estão enquadrados os métodos teóricos e empíricos, como os de Penman (1948), Thornthwaite (1948), Blaney-Criddle (1950), Jensen-Haise (1963), PriestleyTaylor (1972), Hargreaves (1977), e os evaporímetros como o tanque “Classe A” (Sentelhas, 2003), e as equações de Monteith (1965), Doorenbos-Pruitt, (1977), Hagreaves-Samani (1985) e Penman-Monteith FAO56 (ALLEN et al., 1998). Contudo, o método de Penman-Montheith FAO56 é considerado como padrão para estimativa da ETo, por englobar os parâmetros físicos que governam as trocas de energia.
Evapotranspiração de Referência (ETo), segundo Cardoso (2009), a taxa de evapotranspiração de uma cultura de referência, sem falta de água, é chamada de “evapotranspiração de uma cultura de referência” ou “evapotranspiração de referência” (ETo), tendo como superfície de referência uma cultura totalmente coberta com uma grama hipotética de tamanho uniforme, com altura de 12 cm,
resistência de superfície com valor fixo de 70 s.m-1 e albedo 0,23.
Os métodos para a estimativa da ETo são geralmente dependentes de diversas
variáveis atmosféricas, a exemplo do método de Penman-Monteith, parametrizado no boletim 56 da FAO (ALLEN et al., 1998). Segundo Souza et al. (2010), a ETo é uma variável relevante para o planejamento de irrigação. Em geral, os métodos de estimativa da ETo são baseados em variáveis climáticas, como temperatura, radiação ou uma combinação destes. 
Muitas estações meteorológicas disponibilizam somente séries históricas de pluviometria e termometria. No entanto, existe a necessidade do emprego de métodos que utilizem apenas a temperatura do ar como variável de entrada para o cálculo da ETo, dentre os quais podem ser citados: Thornthwaite, Camargo, Linacre e Hargreaves-Samani (STONE & SILVEIRA, 1995; PEREIRA et al., 1997; SAMANI, 2000).
A determinação da evapotranspiração de potencial utilizando métodos combinados tende a superestimar a ETo, um pouco em regiões áridas e muito em regiões úmidas (ALLEN et al., 1989).
Nas pesquisas que envolvem recursos hídricos, existe uma exigência para a
estimativa da ETo em períodos maiores, ou seja, de duração anual ou, no máximo, mensal. Já em projetos de manejo de irrigação, é exigido um período mais curto, de 3 a 10 dias, sendo necessária a adoção de um método preciso para aquela condição (MACHADO & MATOS, 2000).
No entanto, é de grande importância o conhecimento dos métodos mais simples de estimativa da evapotranspiração potencial, que requerem dados de fácil obtenção e baixo custo (BONOMO, 1999). Mesmo com a complexidade de aquisição de dados meteorológicos para a estimativa da evapotranspiração potencial, alguns métodos possuem resultados mais precisos, como o método PM_FAO56. Produtores rurais em manejo de projetos de irrigação nem sempre dispõem desses dados meteorológicos para a utilização de métodos mais complexos de estimativa da ETo, tornando necessária a utilização de métodos mais simples (CONCEIÇÃO, 2010). Existe, também, a necessidade de calibração destes métodos para locais específicos, de modo que os mesmos possam fornecerem resultados mais confiáveis (MOHAWESH, 2010).
Pela facilidade na obtenção de dados, os métodos baseados na temperatura do ar têm sido frequentemente usados e recomendados, devido à simplicidade dos cálculos e por exigirem poucos dados de entrada (KHOOB, 2008), destacando-se Hargreaves e BlaneyCriddle (TRAJKOVIC & KOLAKOVIC, 2009).
Vale ressaltar que esses métodos mais simplificados podem apresentar correções
locais de caráter diário, semanal, mensal ou sazonal, o que pode afetar a precisão de sua estimativa.
Mendonça et al. (2003) observaram que o método de Hargreaves superestima a ETo e o método de Blaney-Criddle subestima a ETo em locais de clima úmido. No entanto, a confiabilidade na estimativa da evapotranspiração potencial pelos métodos simplificados pode ser definida pelo grau de aproximação com o valor estimado pelo método padrão PM_FAO56.
Chow (1964 apud MOURA, 2009) alerta que os métodos para determinação da evapotranspiração não devem ser utilizados indiscriminadamente para todas as condições, pois a maioria das equações foi elaborada e calibrada para locais de clima específico. Assim, nenhum método que utilize dados meteorológicos é universalmente adequado para as todas as condições climáticas, a não ser que haja ajuste local ou regional destes dados (TURCO et al., 2008).
Por outro lado, a seleção da melhor técnica para uma situação em particular é, em grande parte, função da disponibilidade de dados.
O SMAP é um modelo de simulação hidrológica do tipo transformação chuva em
vazão, conceitual e concentrado, desenvolvido por Lopes et al. (1981), e tradicionalmente empregado na Engenharia de Recursos Hídricos brasileira. Apresenta uma estrutura simples, para séries contínuas.
6.Reuso da Água
5. 
Numa população global de sete bilhões de pessoas, 2,5 bilhões vivem em regiões com insuficiência de água. Este número deve saltar para 3,5 bilhões até 2025. 
O aumento da população, desenvolvimento desordenado das cidades, incremento das atividades industriais e rurais, entre outros, são fatores que contribuem para agravamento deste cenário. 
Neste contexto, o uso consciente dos recursos hídricos do planeta, incluindo o reuso da água, é um dos temas mais relevantes nas políticas ambientais, bem como em pesquisas de desenvolvimento de novas tecnologias.
O reuso da água pode ser definido como uso de água residuária, ou água de qualidade inferior, tratada ou não, podendo ser:
· Indireto planejado: quando os efluentes, depois de tratados, são descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas à jusante de forma controlada.
· Indireto não planejado: quando a água utilizada em alguma atividade humana é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada à jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.
· Direto planejado: quando aágua de reuso é direcionada diretamente no local de utilização, sem diluição ou lançamento prévio em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos.
6.1. Viabilidade de Reuso
A viabilidade de implantação de um sistema de reúso de águas residuais ocorre principalmente em empreendimentos novos. Ainda no projeto pode-se prever as tubulações e os espaços necessários para colocação de tanques de tratamento e de armazenamento. 
Em função das modificações exigidas nas instalações hidráulicas e da necessidade de local específico para a central de tratamento, a implantação em edificações prontas exige avaliação criteriosa.
“O custo do sistema é determinado por variáveis como o local da edificação, a vazão da água e a tecnologia escolhida para tratamento dos efluentes”, cita o engenheiro José Carlos Mierzwa, diretor técnico do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (Cirra) e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
 O retorno do investimento é obtido com a economia no consumo de água da concessionária e com a redução na utilização da rede de esgoto. Outro ganho destaca Mierzwa, é a possibilidade de contar com fonte contínua de abastecimento.
"Esse tipo de proposta geralmente é viável para empreendimentos de maior porte: shopping centers, condomínios de apartamentos ou de casas. Na escala residencial, a reutilização individual é muito arriscada, pois o proprietário pode desconhecer a necessidade de tratamento e controle da qualidade da água, e acabar contribuindo para a proliferação de doenças de veiculação hídrica", pondera o especialista do Cirra.
7. PROJETO
“O balanço hídrico do empreendimento é ponto de partida do projeto do sistema de reaproveitamento de águas residuais”, informa Sibylle, da AcquaBrasilis. 
No estudo são determinados os volumes necessários de água potável e não-potável do condomínio. "A partir daí projetam-se tubulações separadas de coleta para as águas cinzas ou para os efluentes que serão tratados para a reutilização. 
“Essas tubulações levam as águas já usadas para uma central de tratamento”, detalha a profissional. Finalizado o processo de tratamento, as águas são conduzidas por prumadas separadas da rede de água potável para os pontos de consumo.
Ponto importante nas definições de projeto é sobre os efluentes que serão reaproveitados. O mais usual, segundo Mierzwa, é captar somente as águas cinzas, que são aquelas provenientes do chuveiros, lavatórios e máquinas de lavar.
 As águas negras – compostas pelo esgoto da bacia sanitária e da pia da cozinha – também são passíveis de reúso, desde que sejam especificados sistemas de tratamento compatíveis com a alta carga de contaminantes – biológicos e orgânicos – que elas apresentam.
8.TRATAMENTO
Sistemas físico-químico e biológico estão entre os mais comuns encontrados no mercado para o tratamento das águas de reúso, informa o diretor técnico do Cirra. "Atualmente existe também a tecnologia MBR (Biorreatores com Membranas Submersas). É o que produz água de melhor qualidade, tanto do ponto de vista microbiológico quando da matéria orgânica. As membranas são uma barreira efetiva para bactérias, vírus e protozoários.”
Mais simplificados, os processos físico-químicos são indicados apenas para o tratamento das águas cinzas. "O problema é que os contaminantes que não estão na forma particulada – a ureia, por exemplo – não são eliminados", explica Mierzwa. Parte da carga orgânica ainda permanece no reservatório, contribuído para a formação de limo e mau cheiro. Por isso, diz o especialista, a água tratada no processo deve ser consumida em até um dia. Sistemas biológicos associados a processos físico-químicos são apropriados para o tratamento do esgoto bruto.
9.CONTROLE E MANUTENÇÃO
Embora tenham destinações não potáveis, os volumes residuais devem ter sua qualidade monitorada. Ainda não existe no Brasil normalização sobre o assunto. Mesmo assim, afirma Marcio Oliveira, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-SP), é preciso “garantir parâmetros razoáveis para se ter contato manual com essa água".
De acordo com Sibylle Muller, análises periódicas podem ser feitas a fim de controlar a qualidade dos efluentes tratados. "A frequência dessas análises é variável, desde mensal até semestral, dependendo do tamanho do sistema e do tipo de aplicação da água de reúso.” Diante da falta de diretrizes nacionais, a AcquaBrasilis, por exemplo, opta em seus projetos pelos parâmetros da norma de aproveitamento de água de chuvas, a NBR 15527:2007. "Como a norma só aborda os aspectos microbiológicos e de sólidos sedimentáveis, acrescentamos parâmetros sobre a carga orgânica como recomendação ao responsável pelo sistema".
A operação envolve ainda o monitoramento do sistema de tratamento e a disposição de resíduos oriundos desses processos. "O tratamento físico-químico depende da dosagem de uma série de produtos. É preciso monitorar as quantidades e a formação de lodo no reservatório. O lodo deve ainda ser separado e encaminhado para disposição em aterro sanitário", exemplifica Mierzwa.
10. A NECESSIDADE DO REUSO DA ÁGUA 
Considera-se que as reservas hídricas de boa qualidade só podem ser encontradas em rios, lagos, lençóis freáticos e em outras localidades que, se comparadas com os oceanos e mares, são ligeiramente menores. 
Assim, é possível observar, nos dias de hoje, que muitas ações do ser humano poluem essas reservas de maneira notória e, quando aliadas ao uso irracional que prejudica o desperdício, podem contribuir ainda mais para a degradação do meio ambiente e para a escassez da água. 
Além disso...
Tão ou mais importante que a questão envolvendo a quantidade de água disponível, apresenta-se também a questão da qualidade da água disponível. A qualidade da água ao redor de nosso planeta tem se deteriorado de forma crescente, especialmente nos últimos 50 anos. Problemas relacionados com a poluição da água se intensificaram principalmente após a Segunda Guerra 12 Mundial, quando foram observados aumentos significativos nos processos de urbanização e industrialização (GRASSI, 2001, p. 34).
Por meio do reuso da água pode-se aumentar significativamente o uso desse insumo de maneira direta, além de permitir aumentar a disponibilidade da mesma para outros fins e diferentes usuários e, ao mesmo tempo, atender o crescimento populacional e industrial de um país. 
Por isso, as iniciativas de racionalização e reuso da água são importantes para a população e para a natureza. Dessa maneira, “[...] a grande vantagem da utilização da água de reuso é a de preservar água potável para atendimento de necessidades que exigem a sua potabilidade, como para a ingestão direta ou preparo de alimentos” (MOTA, MANZANARES e SILVA, 2006, p. 25).
É importante afirmar também que a conservação da água oferece inúmeros benefícios, dentre eles: - redução da quantidade de água extraída das reservas de água doce; 13 - redução do consumo de água por toda a população; - combate ao desperdício da água; - aumento da eficiência do uso da água; - aumento das atividades de reuso da água; - combate a poluição da água. De acordo com Costa e Barros Junior (2005), a conservação da água e seu reuso podem ser influenciados por resíduos poluidores das reservas hídricas formados por substâncias que podem ser de origem química, orgânica e inorgânica, provenientes do segmento industrial, doméstico, hospitalar ou agrícola. Assim, é fundamental que as atividades de reuso visem o descarte correto da água contaminada e reutilização apenas do devido insumo.
A orientação das ações de reuso deve ser realizada, se preciso, por profissionais competentes que estarão aptos a planejarem medidas que poderão concretizar um tratamento realmente eficaz.
O intenso uso e exploração dos recursos hídricos, já limitados, nas atividades de produção e consumo estão degradando-os, sem um consciente reflexo dessa perda coletiva no sistema de preços. Diante disso, revela-se premente a necessidade de reduzir a poluição hídrica, buscar alternativasviáveis de aumento da oferta de água e definir melhor alocação de recursos, relacionando o preço do bem e do serviço produzido com a qualidade e quantidade do recurso natural (BERNARDI, 2003, p. 03).
É preciso, porém, ressaltar que o reuso da água não é um conceito atual para o planeta Terra, visto que o meio ambiente, desde o início de sua existência, já realizava a renovação desse recurso natural ao longo de seu ciclo hidrológico com bastante eficiência. Em algumas partes do mundo, muitas cidades, plantações e indústrias são abastecidas por meio desse ciclo hidrológico comentado no capítulo anterior. 
Essa forma indireta de reutilização da água funcionou durante muitos anos, mas, com o aumento da população, uso incorreto da água e condições climáticas deficientes, esse sistema se demonstrou insuficiente, contribuindo para a exploração dos recursos naturais irresponsavelmente.
11.Aplicação de reuso de Água
Os efluentes tratados podem ser utilizados para fins potáveis e não potáveis. Para fins potáveis, os riscos são maiores, associados à possibilidade da presença de organismos patogênicos e de compostos orgânicos sintéticos.
 Assim, o uso para fins potáveis pode ser inviável, em função do alto custo do tratamento e do risco à saúde pública. Em função disso, o uso para não potáveis deve ser a primeira opção. De acordo com a Resolução nº 54, artigo 3º, de 28 de novembro de 2005 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH – água de reuso pode ser aplicada para fins:
· Urbanos: irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio dentro da área urbana;
Figura 1 – Lavagem de logradouro
Fonte – Site (Senado em Discussão)
· Agrícolas e florestais: produção agrícola e cultivo de florestas plantadas;
Figura 2 – Irrigação agrícola 
Fonte – Site ( USP )
· Ambientais: implantação de projetos de recuperação do meio ambiente;
Figura 3 – Projeto de Capitação de água 
Fonte – Pinterest (Arquitetura Ecológica)
· Industriais: processos, atividades e operações industriais;
Figura 4 – Projeto industrial de capitação de água 
Fonte - Site (Soluções Industriais) 
· Aquicultura: criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos.
Figura 5 - Aquaponia
 Fonte – Site ( Blog Aquário Marinho do Rio ) 
O mesmo artigo determina que as diretrizes, critérios e parâmetros específicos para cada modalidade de reuso serão definidas pelos órgãos competentes. Para ser considerada água potável para consumo humano, os parâmetros são definidos na Portaria 518 do Ministério da Saúde, de 25 de março de 2004, e devem obedecer a critérios mínimos quanto aos padrões:
· Microbiológico de potabilidade da água para consumo humano (ausência de Escherichia coli e coliformes).
· Turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção, ou seja, medição da resistência da água à passagem da luz por conta de material fino em suspensão na água.
· De potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde, sendo eles inorgânicos (Fluoreto 1,5 mg/L, Cobre 2,0 mg/L, Arsênio 0,01 mg/L e Chumbo 0,01 mg/L), orgânicos (Acrilamida 0,5 ug/L, Benzeno 5 ug/L, Cloreto de vinila 5 ug/L e Tetracloreto de carbonato 2 ug/L) ou desinfetantes (Cloro livre: 5 mg/L).
A ausência de sistemas adequados de reuso de água acarretam riscos de contaminação ao meio ambiente, riscos à saúde pública, esgotamento dos recursos hídricos e prejuízos às atividades econômicas.
12.Conclusão
Neste trabalho concluímos que, os conhecimentos sobre as águas pluviais podem ir além do que pensamos saber como os cuidados necessários para seu tratamento, o reuso, a qualidade, como os dados deixados nós fazem compreender o passado, e seu destino.
Em certos locais do Brasil, é possível encontrar uma rede de coleta própria para as águas de chuva, que é destinada aos córregos das cidades. Embora seja essencial a separação das redes de esgoto e águas pluviais, pois sua união pode gerar uma enorme sobrecarga, em muitos locais não é possível encontrarmos o básico do saneamento hidráulico, e em seu lugar é provável nos deparar com ligações clandestinas. No sistema unitário apesar da vantagem de utilizar apenas uma rede, apresenta problemas como, as frequentes inundações e os fortes odores, a proliferação de doenças, entre outros.
É por meio do pluviômetro e os gráficos elaborados que conseguimos afirmar a quantidade de chuva que ocorre em cada local, mas antes disso a humanidade tratava de fazer registros de desastres e fenômenos climáticos, com isso podemos obter informações como a temperatura nos meses e anos anteriores. Os registros de como o clima foi mudando, ajuda a ciência a compreender como o mundo em que vivemos foi alterado e até em como ele pode acabar. Muitos podem ter a certeza de que o futuro é garantido por termos vastas chuvas e sermos o país que mais possuem água doce no mundo. De fato, é algo relevante, mas levando em conta que no mundo existe apenas 2,6% de água doce, o que é muito pouco comparado a porcentagem de água salgada. No Brasil, se tem o costume de utilizar a água sem pensar nas consequências, é preciso ter a consciência que não usufruímos de um elemento infinito, muito pelo contrário, a falta de água se tornou uma preocupação mundial.
A população mundial está crescendo e estimasse que em 2025, 3,5 bilhões de pessoas sofram com a insuficiência de água, ou seja, muito provavelmente ocorreram diversas mortes, principalmente em países mais pobres. Isso fará tanto o uso como a falta de água crescer muito até 2030, isso levou muitos a repensarem no consumo consciente, o reuso das águas de chuva é uma alternativa socioambiental responsável, e seu reuso também pode aumentar a sua disponibilidade, seu uso é comum para lavar calçadas, carros e até industrial, dessa maneira pode-se preservar a água potável. Após ser devidamente tratada a água de chuva pode ser consumida, mas esse processo pode ser mais difícil quando se vive em grandes cidades, onde a poluição atmosférica tende a ser maior.
A falta de tratamento de esgoto é outro problema encontrado, ainda mais pelas indústrias e a agricultura, que acabam sendo as principais ameaças a qualidade de água no Brasil. Dependendo de qual área estiver sendo analisada, a qualidade da água pode subir ou cair consideravelmente, segundo dados apenas 37,5% do esgoto gerado no Brasil é tratado. Precisamos investir em tratamento de esgoto conforme a população vai crescendo, além disso quando não tratada, pode causar problemas ambientais. Estão sendo elaborados projetos em diversos lugares do mundo para a reutilização da água em maior escala, um deles pretende levar as águas residenciais já usadas para uma central de tratamento, logo após os processos, ela se tornará potável para todos.
13.Fontes consultadas
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-28082013-122143/publico/2013_MarcioGreyckGuimaraesCorrea_VCorr.pdf
https://www.google.com/search?q=ficuras+de+smap&oq=ficuras+de+smap&aqs=chrome..69i57j33l3.13077j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/22568/1/2017_tese_ccraimundo.pdf
https://www.aecweb.com.br/revista/materias/agua-de-reuso-e-alternativa-para-usos-nao-potaveis/10794
http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a154.pdf
https://www.infoescola.com/meio-ambiente/reuso-da-agua/
 https://novaescola.org.br/conteudo/2262/o-que-e-e-como-se-calcula-o-indice-pluviometrico
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/12298/1/LD_COEAM_2019_1_09.pdf 
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/35138393/GestaoAguasPluviaisUrbanas.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DGestao_Aguas_Pluviais_Urbanas.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=ASIATUSBJ6BAGP3KFWSA%2F20200526%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200526T222621Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Security-Token=IQoJb3JpZ2luX2VjEFYaCXVzLWVhc3QtMSJIMEYCIQD%2BTWUmtYSmZJ%2FGG49W1UgNw0YVJpX1NWKTbx9WfhxW2wIhAIxRqJeNPdCL0CHunONVSOLZJSSdvm0C5oVWQFjLIbs7Kr0DCK%2F%2F%2F%2F%2F%2F%2F%2F%2F%2F%2FwEQABoMMjUwMzE4ODExMjAwIgxu5NO6TOlFOcZJDswqkQNfLixMWV%2FIeeMW89PQ9QF6DnRYHF0gsyLeHL4A12nCFYg9Te4HbDP5jNUPHk24Xcn%2FjGdp7d%2B2THt9lYX%2BQGQejIhOYj5fZYIBxXMjBu65MVM3rYSnG7KBdyKnpQOCKEkYsAEdpA9keQuW%2BXB63TCVRwQximKf7eXWMWszSldMVxXjvs1n%2ByvP4Zl6Fii9HsBbbNtDnjYe5wyfN%2Fsv9I4azOq%2BiE2v5O3EO12%2BjPF2MZAmYzFux0QJDJUPxJBHi%2F5DbLSdFtQ94JQKmun5XpwF5NiV4i3btkmi1%2F0%2BRfRImJBIG53YEoguPT3WJeOpOzaPYGMqE2zF6gOJ2cNzqIycM5sjj6jdDNg%2Ba8nyNw8o93u9F1UnuKT74uK5d%2BYo9ItwUnmizChi5pQirVSf6yZ9BkxtQk0nvV03n2l4x9sblQjH%2BZYUeUwJ0NzYH6Yn1lDUrnw5UX7jB18b6U%2BC1o%2F%2BpAg6K5dCvalH132YZkeQKHt2mDvz0Q%2BmsFikmvalnJBHwMKqtrmArVHabGWgyoukMzCKl7b2BTrqAf2M%2BEYCPFR96tkGAiiEl0wMlvnb8j9GFzpt9fdbrkyhp2vlMXm58ga9BEzBGfgbOkLM8xNrwPAEhxKyasqi6yzTX35hgxjxIu0KgaKjwiYSfcjKUm5kCpGBBkQ7oe4G%2FiS30%2B8pkea%2Fmf0Twp0PwQWYW2XN9Wo3MwoATHI7E5h8%2Fgin%2FPHv%2FXQ0ahgYhzrLguXU6gL%2Ffhq2YWDux4IXDKAzWBcYHBM5SD6od7tfGmYieN12BTyoEh%2F%2BPfXlgZnYRcx8gXVeG2DeADigT9PlG%2BMtUb9bccdaeKPEMMqyr4uRHhlMBs%2BD1Rp6jQ%3D%3D&X-Amz-Signature=4ac2b730d0b6a4135edee76122b5ff9c243645b6d143bb796aeb761fc330b5a9 
https://books.google.com.br/books?id=4JKuDwAAQBAJ&pg=PA335&lpg=PA335&dq=Reuso+da+%C3%A0gua+dirceu+D%27alkmin+telles+pdf&source=bl&ots=A_zTBAa_2R&sig=ACfU3U2kpCup26u2f8D_WdbL2q6MsKkyEg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiWt7iK4srpAhVHGLkGHWqNAIgQ6AEwBXoECAwQAQ#v=onepage&q&f=false 
http://conjuntura.ana.gov.br/quantiquali
http://conjuntura.ana.gov.br/cicloagua
https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/panorama-das-aguas/quantidade-da-agua
https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/as-principais-ameacas-a-qualidade-da-agua-no-brasil,178025e12f4e4410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
https://www.ana.gov.br/noticias/estudo-da-ana-aponta-perspectiva-de-aumento-do-uso-de-agua-no-brasil-ate-2030
http://site.sabesp.com.br/uploads/file/Folhetos/2014/aguas_pluviais.pdf
https://www.ana.gov.br/panorama-das-aguas/balanco-hidrico
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Mapas-e-Publicacoes/Atlas-Pluviometrico-do-Brasil-1351.html

Continue navegando