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Aula-00-Cont -Avcd -ICMS-PR-Critérios-de-avaliação

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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 1 de 91 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 
Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Professor: Luciano Moura 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 2 de 91 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá querido aluno, 
Bem-vindo ao curso on-line preparatório para o cargo de Auditor Fiscal 
do Paraná. 
Caso você ainda não me conheça, vou tratar de me apresentar. Meu nome 
é Luciano Moura, sou servidor federal na Secretaria do Tesouro Nacional 
(STN), onde trabalho na Coordenação-Geral de Contabilidade e Custos da União. 
Faço parte da equipe de professores do Exponencial Concursos, ministrando as 
disciplinas Contabilidade de Custos e Contabilidade Geral. 
Fui aprovado em 4º lugar no último concurso para o cargo de Analista 
de Finanças e Controle da STN, na área Contábil, além de ter a experiência 
de mais de dois anos de árduo estudo, experiência esta que estarei dividindo 
com você ao longo de nossas aulas. 
Antes de ocupar o cargo atual, fui Oficial do Exército Brasileiro, formado 
na Academia Militar das Agulhas Negras, em 2006, e sou Bacharel em Ciências 
Contábeis pela Universidade Católica Dom Bosco (2013). 
Elaborei este curso com foco especial para o ICMS-PR, baseado no último 
edital deste certame, ocorrido em 2012. No entanto, ele também é uma 
excelente ferramenta se você busca aprender, aprofundar ou revisar o estudo 
na matéria de Contabilidade Avançada. 
O certame em questão foi organizado pela banca Coordenadoria de 
Processos Seletivos da Universidade Estadual de Londrina (Cops/UEL), 
tendo oferecido 100 vagas para o cargo de Auditor Fiscal “A”. Naquela ocasião, 
nossa matéria foi cobrada na prova P2, no bloco de disciplinas de Contabilidade 
(Geral, Avançada e Custos), juntamente com a disciplina Auditoria, em um total 
de 50 questões, com peso 1,4, sendo exigido o mínimo de 15 acertos, além 
da pontuação de 50% das duas provas objetivas (P1 e P2). O próximo concurso 
está previsto e espera-se que o edital seja publicado ainda neste ano. E a 
remuneração atual do cargo é de, aproximadamente, R$ 15.600,00. 
Nosso curso está sistematizado em 6 aulas, contando com esse nosso 
encontro introdutório, abrangendo todo o conteúdo de Contabilidade Avançada 
cobrado pela banca examinadora. Além disso, nosso material é todo 
esquematizado de acordo com a metodologia diferenciada do Exponencial 
Concursos e conta com mais de 150 questões comentadas, o que o ajudará a 
massificar o conhecimento e ir bem na prova. 
Como a Cops/UEL não é uma banca tradicional nos concursos nacionais e 
o conteúdo da nossa disciplina no edital do último certame é idêntico ao 
conteúdo dos últimos certames da FCC, iremos estruturar nosso curso nesta 
banca, mais ampla e completa, de maneira a subsidiar seu aprendizado. Ao final 
do curso, resolveremos uma bateria de questões da banca paranaense, para 
Apresentação 
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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 3 de 91 
www.exponencialconcursos.com.br 
que você verifique as possíveis diferenças pontuais na maneira de elaborar as 
questões entre as duas bancas. 
Por fim, como nossa disciplina se baseia em aprofundar os assuntos já 
vistos na Contabilidade Geral. Portanto, ter os conhecimentos básicos daquela 
disciplina é fundamental para o sucesso em nossas aulas. Se for de seu 
interesse, verifique nosso curso de Contabilidade Geral para o ICMS/PR, 
disponível no site do Exponencial. 
 Feitos esses esclarecimentos, antes de começarmos efetivamente a nossa 
primeira aula, vamos fazer uma breve análise da nossa disciplina nas últimas 
provas da FCC para que possamos conhecer um pouco mais da banca que 
enfrentaremos. 
 
 
A disciplina de Contabilidade Avançada não costuma ser muito frequente 
em provas de concurso, pelo menos não segregada da Contabilidade Geral, 
como fez a FCC no último certame para o ICMS/SP. Por isso, traçar o perfil da 
banca examinadora nessa disciplina não é tarefa fácil, pois não temos muitos 
certames para comparar. No entanto, há três concursos que podemos tomar de 
base para tal análise: ICMS/PI (2015), TCM/GO (2015) e ICMS/SP (2013). 
Analisando tais certames, conseguimos notar que os assuntos mais 
visados são Arrendamento Mercantil, Método da Equivalência 
Patrimonial (MEP) e Custos de transação e prêmios na emissão de títulos 
e valores mobiliários. 
Outro assunto que não fica sem aparecer nas provas é o que trata das 
Redução ao Valor Recuperável e Alienação de Ativos, os quais requerem 
bastante atenção na resolução das questões. 
Mas é claro que não estou apontando os “queridinhos” das bancas para 
limitar seus estudos. Convém que todo o conteúdo do edital seja batido, e é 
isso que faremos em nosso curso. No entanto, é evidente que esses assuntos 
mais cobrados têm de ser enfatizados, enquanto os menos visados terão o 
tratamento adequado. 
Além disso, você deve saber o quanto é importante a resolução de muitos 
exercícios durante a preparação para uma prova de concurso, de preferência, 
da mesma banca examinadora que aplicará a prova para a qual você está se 
preparando. Por isso, todas as questões resolvidas neste curso serão da FCC, 
para que você se acostume com o modo de cobrança da banca. 
Abaixo, apresentamos o detalhamento dos assuntos mais cobrados nos 
últimos concursos na área fiscal. 
Histórico e análise das provas 
Contabilidade Avançada 
 
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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 4 de 91 
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Provas SEFAZ-PI (2015), TCM-GO (2015) e SEFAZ-SP (2013) 
Prova Assunto 
Quantidade 
de questões 
SEFAZ-PI 
2015 
Ajuste a Valor Presente 1 
Método da Equivalência Patrimonial 3 
Ativo Intangível 1 
Emissão de títulos e valores mobiliários 2 
Redução ao Valor Recuperável 1 
Arrendamento Mercantil 1 
Subvenção e Assistência governamental 1 
TCM-GO 
2015 
Método da Equivalência Patrimonial 1 
Emissão de títulos e valores mobiliários 1 
Redução ao Valor Recuperável 1 
Arrendamento Mercantil 1 
Critérios de Avaliação de Ativos 3 
SEFAZ-SP 
2013 
Compra e Venda de mercadorias 1 
Ativo Intangível 1 
Emissão de títulos e valores mobiliários 1 
Redução ao Valor Recuperável 1 
Arrendamento Mercantil 2 
Receitas 1 
Demonstrações Consolidadas 1 
Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 5 de 91 
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Aula Tópico 
00 
Contabilização de vendas, compras, devoluções, abatimentos, 
despesas e receitas operacionais e outras receitas e despesas. Critérios 
de avaliação e baixas das contas do Ativo – Investimentos, Imobilizado 
e Intangível. Ajuste a valor presente: Objetivo, alcance, definições, 
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 
1.151/09 do CFC. 
01 
Operações de arrendamento mercantil: Objetivo, alcance, definições, 
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 
1.304/2010 do CFC. 
02 
Redução ao valor recuperável de ativos: Objetivo, alcance, definições, 
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 
1.292/2010 do CFC. Recuperação do valor contábil – perda por redução 
ao valor recuperável de ativos. Baixa e alienação. 
03 
Ativo intangível: Objetivo, alcance, definições, procedimentos, 
divulgação e demaisaspectos objeto da Resolução nº 1.303/2010 do 
CFC. Conceitos e procedimentos: Reconhecimento e mensuração. 
Reconhecimento de despesa. Mensuração após reconhecimento. Vida 
útil. Ativo intangível com vida útil definida e indefinida. 
04 
Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores 
mobiliários: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e 
demais aspectos objeto da Resolução nº 1.313/2010 do CFC. Conceitos 
e procedimentos: Contabilização das captações de recursos para o 
capital próprio, da aquisição de ações de emissão própria (ações em 
tesouraria), captação de recursos de terceiros e contabilização 
temporária dos custos de transação. Subvenção e assistência 
governamentais: objetivo, alcance, definições, procedimentos, 
divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.305/2010 do 
CFC. 
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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
Prof. Luciano Moura 6 de 91 
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Aula Tópico 
05 
Reorganização e reestruturação de empresas: processos de 
incorporação, fusão, cisão e extinção de empresas. Aspectos contábeis, 
fiscais e legais da reestruturação social. Conceitos e procedimentos: 
filiais, agências, sucursais ou dependências no exterior. Conversão das 
demonstrações de uma entidade no exterior. Consolidação das 
demonstrações contábeis: conceitos e objetivos da consolidação, 
critérios contábeis aplicados, obrigatoriedade e divulgação. Efeitos das 
mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações 
contábeis: objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e 
demais aspectos objeto da Resolução nº 1.295/2010 do CFC. 
 
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, 
na página deste curso. 
 
 
Assunto Página 
1. Compra e Venda de Mercadorias 8 
2. Critérios de Avaliação de Ativos 16 
3. Método da Equivalência Patrimonial 22 
4. Critérios de Avaliação de Passivos 27 
5. Ajuste a Valor Presente 29 
6. Questões Comentadas 33 
7. Risco Exponencial 68 
8. Lista de Questões 73 
9. Gabarito 91 
 
 E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta 
aula: 
 
Aula 00 – Contabilização de vendas, compras, devoluções, 
abatimentos, despesas e receitas operacionais e outras receitas e 
despesas. Critérios de avaliação e baixas das contas do Ativo – 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. Ajuste a valor presente: 
Objetivo, alcance, definições, procedimentos, divulgação e demais 
aspectos objeto da Resolução nº 1.151/09 do CFC. 
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Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
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Esquema 1 – Cálculo das Compras Líquidas........................................................................ 9 
Esquema 2 – Deduções incidentes sobre as compras .......................................................... 10 
Esquema 3 – Cálculo da Receita Líquida de Vendas ............................................................ 13 
Esquema 4 – Deduções incidentes sobre as vendas ............................................................ 13 
Esquema 5 – Cálculo do Lucro Bruto ................................................................................ 14 
Esquema 6 – Critérios de Avaliação de Ativos .................................................................... 20 
Esquema 7 – Determinação do Valor Justo de ativos .......................................................... 21 
Esquema 8 – Determinação do Goodwill e da Mais-valia de ativos ........................................ 23 
Esquema 9 – Critérios de Avaliação de Passivos ................................................................. 28 
 
 Nesse primeiro encontro, abordaremos a forma de contabilização dos 
principais aspectos atinentes a compra e venda de mercadorias. Também 
falaremos sobre os critérios de avaliação de ativos e passivos, dando ênfase 
especial ao Método da Equivalência Patrimonial, bastante cobrado nas provas 
da FCC. 
Então, ajeite-se na cadeira, esqueça seu celular e concentre-se, para que 
seu rendimento seja o mais favorável possível. Ah, e lembre-se, você já está 
na frente, pois já está se preparando! 
 
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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 00 
 
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1. Compra e Venda de Mercadorias 
 Iniciando nosso curso, vamos verificar os principais aspectos que 
envolvem a contabilização de compras, vendas, devoluções e abatimentos de 
mercadorias. 
 
1.1 – Compra de Mercadorias 
Compra é a ação por meio da qual uma empresa adquire o domínio de 
certa mercadoria, em troca de pagamento em dinheiro ou outros ativos. 
Até a aula passada, tínhamos visto que nas compras de mercadorias a 
empresa registrava o aumento de um ativo (Estoque de Mercadorias) contra 
o aumento de um passivo (Fornecedores), para compras a prazo. Assim, 
tínhamos: 
D Estoque de Mercadorias (AC) 
C Fornecedores (PC) 
Se as compras fossem à vista, a diminuição do ativo Caixa seria 
registrada no lugar do aumento passivo Fornecedores. 
 Continuando, se a empresa compradora for comercial (contribuinte do 
ICMS) e a aquisição destinar-se a revenda, essa empresa poderá recuperar o 
valor do ICMS pago a seu fornecedor, devendo registrar o direito a recuperar 
no ativo: 
D Estoque de Mercadorias (AC) 
D ICMS a Recuperar (AC) 
C Fornecedores (PC) 
 
Caso haja outros impostos e contribuições recuperáveis, tais como IPI, PIS e 
Cofins, estes seriam lançados também no ativo, sob rubricas específicas. 
 No entanto, como a maioria das empresas comerciais não são 
contribuintes do IPI, esse imposto pago na compra de mercadorias é somado 
ao valor das compras, compondo o custo das mercadorias adquiridas, valor 
este que ingressará na conta Estoque de Mercadorias. 
 Além dos impostos e contribuições, outros valores também influenciarão 
no valor final das compras, tais como gastos com fretes, seguros, carga e 
descarga, armazenagem, desembaraços aduaneiros, entre outros. Esses 
gastos, quando pagos pelo comprador, são adicionados ao custo das 
mercadorias adquiridas, ingressando na conta Estoque de Mercadorias. 
Por fim, o DIO, que é lançado na Nota Fiscal e diminui o valor desta, deve 
ser diminuído do custo das mercadorias. 
 
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Teoria e Questões comentadas 
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Resumindo todas essas informações, podemos escrever a seguinte 
equação para cálculo do valor líquido das compras: 
1. Valor das compras 
2. (–) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais) 
3. (–) Impostos recuperáveis 
4. (+) Fretes pagos pelo comprador 
5. (+) Seguros 
6. (+) Carga, descarga e armazenagem 
7. (+) Desembaraços aduaneiros 
8. (=) Compras Líquidas 
Esquema 1 – Cálculo das Compras Líquidas 
 
1.2 – Deduções das Compras 
 As Deduções das Compras são eventos que ocorrem durante as 
operações com mercadorias e que reduzem o valor líquido a pagar das compras 
efetuadas. Elas são, portanto, contas retificadoras das compras brutas e 
possuem tratamento contábil semelhante às receitas (aumentam pelo 
crédito). Os principais exemplos cobrados em prova são: 
 Desconto Incondicional Obtido (DIO): o desconto incondicional (ou 
comercial), como o próprio nome já diz, é aquele que não está vinculado 
a nenhuma condição de pagamento específica. Ele é obtido com base em 
negociações entre as partes, tais como aquisição de grande quantidade, 
fidelidade do cliente ao estabelecimento, liquidação de estoque, entreoutros. O DIO é lançado na Nota Fiscal, diminuindo seu valor total e, 
consequentemente, a base de cálculo do ICMS. No entanto, o IPI incidirá 
sobre o valor original da operação, normalmente. 
 
 Devolução de Compras: trata-se da ação na qual as mercadorias são 
devolvidas pelo cliente ao vendedor, por motivo de não estarem de 
acordo com o pedido. Na devolução, o cliente deve emitir uma Nota 
Fiscal de devolução e, como há o retorno das mercadorias ao 
fornecedor, haverá incidência de ICMS sobre essa operação, salvo se o 
comprador não for contribuinte desse imposto. Ademais, havendo o 
pagamento de frete na compra (valor que é somado ao custo das 
compras e ingressa no ativo como estoque), esse frete deverá ser 
reconhecido como despesa operacional proporcionalmente à 
quantidade devolvida, sendo o valor diminuído da conta de estoque e 
registrado como Perdas com Fretes (D). 
 
 Abatimentos sobre Compras: semelhante à devolução, o abatimento 
também ocorre quando o cliente fica insatisfeito com os produtos 
recebidos, geralmente por atraso na entrega, danos durante o transporte, 
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divergências nas características do produto, entre outros. No entanto, no 
abatimento não há retorno da mercadoria ao fornecedor, mas sim 
uma negociação entre as partes, no sentido de ser concedido um 
abatimento no pagamento a ser efetuado pelo cliente. Como não há 
circulação de mercadoria, no abatimento não há incidência de ICMS. 
 
 
 Esquematizando para melhor entendimento: 
 
Esquema 2 – Deduções incidentes sobre as compras 
 
1.3 – Venda de Mercadorias 
Venda é a ação na qual a empresa revende a mercadoria adquirida de 
seus fornecedores, recebendo, em troca, dinheiro ou outros ativos. Chamamos 
de Vendas Brutas o valor original da operação de vendas, ou seja, o valor 
livre da incidência de impostos, devoluções, cancelamentos e descontos. 
Na contabilização das Vendas Brutas, temos o aumento de um ativo 
(Caixa, Clientes ou Duplicatas a Receber) contra o registro de uma receita 
(Receita Bruta). Veja: 
D Clientes (AC) 
C Receita Bruta (R) 
 
No mesmo momento, atendendo ao Princípio da Competência, deve ser 
registrada a despesa correlata a essa receita, que é a despesa com Custo 
das Mercadorias Vendidas, diminuindo o ativo Estoque de Mercadorias 
no valor dos bens que foram vendidos: 
• Não vinculado a nenhuma condição;
• Diminui valor da Nota Fiscal;
• Diminui base de cálculo do ICMS;
• IPI calculado sobre o valor original.
Descontos
Incondicionais
Obtidos
• Nota Fiscal de devolução;
• Incidência de ICMS;
• Fretes pagos reconhecidos como 
despesas operacionais. 
Devoluções de 
Compras
• Não há retorno da mercadoria;
• Abatimento no valor a pagar;
• Não há incidência de ICMS.
Abatimentos
sobre Compras
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D CMV (D) 
C Estoque de Mercadorias (AC) 
 
Sobre as Vendas Brutas, serão registradas as Deduções sobre as Vendas, 
que serão vistas a seguir. 
 
1.4 – Deduções sobre as Vendas 
 As Deduções das Vendas são eventos que ocorrem durante as 
operações com mercadorias e que reduzem o valor das Vendas Brutas. Elas 
são, portanto, contas retificadoras da Receita Bruta e possuem tratamento 
contábil semelhante às despesas (aumentam pelo débito). Os principais 
exemplos cobrados em prova são: 
 Desconto Incondicional Concedido (DIC): relembrando, o desconto 
incondicional é um desconto comercial, que não está vinculado a 
nenhuma condição de pagamento específica, sendo obtido com base em 
negociações entre vendedor e comprador. Como o DIC é lançado na 
Nota Fiscal, ele diminui o valor total desta e, consequentemente, a 
base de cálculo de todos os impostos e contribuições incidentes sobre a 
operação de venda. 
 
 Impostos e Contribuições sobre Vendas: nas operações de venda de 
mercadorias, há alguns impostos e contribuições que incidem sobre a 
operação, tais como ICMS, PIS, Cofins, entre outros. No lançamento 
contábil, a empresa deverá registra o valor dos Impostos e Contribuições 
a Recolher no passivo, tendo como contrapartida as respectivas contas 
retificadoras da receita. Veja: 
D ICMS sobre Vendas (D) 
C ICMS a Recolher (PC) 
D PIS sobre Faturamento (D) 
C PIS a Recolher (PC) 
D Cofins sobre Faturamento (D) 
C Cofins a Recolher (PC) 
 
Nota: como o IPI é um imposto “por fora”, ele não é uma Dedução sobre 
as Vendas, pois ele não está incluído no valor da Receita Bruta de Vendas 
registrada pela empresa. 
 
 
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 Devoluções de Vendas: semelhante às Devoluções de Compras, trata-
se da ação na qual as mercadorias são devolvidas pelo cliente à empresa, 
por motivo de não estarem de acordo com o pedido. Na devolução, 
haverá o estorno, proporcional à quantidade devolvida, de todos os 
lançamentos efetuados no momento do registro da venda, quais sejam: 
 
D Receita Bruta (R) 
C Clientes (AC) 
D Estoque de Mercadorias (AC) 
C CMV (D) 
D ICMS a Recolher (PC) 
C ICMS sobre Vendas (D) 
D PIS a Recolher (PC) 
C PIS sobre Faturamento (D) 
D Cofins a Recolher (PC) 
C Cofins sobre Faturamento (D) 
 
 Vendas Canceladas: o tratamento contábil das vendas canceladas será 
o mesmo dado às Devoluções de Vendas, ou seja, o estorno proporcional 
à quantidade cancelada. A única diferença entre as duas é que na 
devolução o cliente recebe a mercadoria e a devolve ao fornecedor, 
enquanto nas vendas canceladas as mercadorias não chegaram a ser 
entregues ao cliente. 
 
 Abatimentos sobre Vendas: tal como nas compras, os Abatimentos 
sobre Vendas também ocorrem quando o cliente fica insatisfeito com os 
produtos recebidos, e a empresa vendedora, para manter o cliente, 
negocia com ele a concessão de um abatimento no pagamento a ser 
efetuado por ele, não havendo retorno da mercadoria à empresa 
vendedora. No abatimento, a empresa apenas registra a diminuição do 
valor a receber de seu cliente, mediante o registro a seguir, não 
havendo alterações nos valores de tributos a recolher já lançados no 
passivo: 
D Abatimentos sobre Vendas (D) 
C Clientes (AC) 
 
Resumindo todas essas informações, temos a seguinte equação para 
cálculo do valor líquido das vendas: 
 
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1. Receita Bruta de Vendas 
2. (–) Descontos Incondicionais Concedidos (Descontos Comerciais) 
3. (–) Impostos e Contribuições sobre Vendas 
4. (–) Devoluções de Vendas 
5. (–) Vendas Canceladas 
6. (–) Abatimentos sobre Vendas 
7. (=) Receita Líquida de Vendas 
Esquema 3 – Cálculo da Receita Líquida de Vendas 
 
 Por fim, esquematizando as Deduções sobre as Vendas para 
melhor entendimento, podemos escrever: 
 
Esquema 4 – Deduções incidentes sobre as vendas 
 
 
 
• Não vinculado a nenhuma condição;
• Diminui valor da Nota Fiscal;
• Diminui base de cálculo de todos os 
tributos incidentes na operação.
Descontos 
Incondicionais
Concedidos
• ICMS, PIS e Cofins;
• Registra Impostos a Recolher contra 
Impostos sobre 
Vendas/Faturamento. 
Impostos e 
Contribuições
sobre Vendas
• O cliente recebe a mercadoria e a 
devolve;
• Estorno proporcional de todas as 
operações registradas na venda.
Devoluções de 
Vendas
• Não há a entrega das mercadoriasao 
cliente;
• Tratamento contábil semelhante ao 
dado nas Devoluções de Vendas.
Vendas 
Canceladas
• Não há retorno da mercadoria;
• Abatimento no valor a receber;
• Não altera valores de tributos a 
recolher.
Abatimentos
sobre Vendas
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1.5 – Apuração de Tributos ao final do Período 
 Ao final do período, a empresa deverá efetuar a apuração dos impostos e 
contribuições a recolher (lançados no passivo) contra os respectivos montantes 
a compensar (registrados no ativo), procedendo da seguinte maneira: 
 Caso o montante de vendas do período seja superior ao total de 
compras, a empresa terá o valor a recolher maior que o valor a 
compensar. Nessa situação, será efetuado um lançamento a crédito na 
conta a compensar e a débito na conta a recolher (em laranja) com base 
no valor do ICMS a Compensar (menor valor entre os dois) apurando-
se o valor da diferença na conta de passivo. Esse valor deverá ser pago 
pela empresa ao Fisco. Vejamos um exemplo numérico: 
350,00 350,00 350,00 500,00
350,00 350,00 350,00 500,00
0,00 0,00 -150,00 150,00
ICMS a Compensar ICMS a Recolher
 
 
 De maneira inversa, se o valor total de compras for maior que o 
montante de vendas, a empresa terá o valor a compensar superior ao 
valor a recolher. Nessa situação, também será efetuado um lançamento 
a crédito na conta a compensar e a débito na conta a recolher (em 
laranja), mas desta vez a base será o valor do ICMS a Recolher (pois 
agora ele que é o menor valor entre os dois) apurando-se a diferença na 
conta de ativo. Esse valor deverá ser permanecer no ativo, até ser 
compensado em períodos subsequentes. Vejamos um exemplo numérico: 
500,00 350,00 350,00 350,00
500,00 350,00 350,00 350,00
150,00 -150,00 0,00 0,00
ICMS a Compensar ICMS a Recolher
 
 
1.6 – Resultado com Mercadorias 
 Após a apuração da Receita Líquida das Vendas, caso diminuamos o Custo 
das Mercadorias Vendidas, teremos o que chamamos de Resultado com 
Mercadorias (RCM), ou simplesmente Lucro Bruto. Vejamos: 
1. Receita Líquida de Vendas 
2. (–) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
3. (=) Lucro Bruto1 
Esquema 5 – Cálculo do Lucro Bruto 
 
1 Lucro Bruto se Receita Líquida > CMV e Prejuízo Bruto se Receita Líquida < CMV. 
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Sobre o valor do Lucro Bruto apurado, a empresa irá lançar todas as 
despesas do período, bem como as receitas e despesas financeiras, de forma a 
obter o Lucro Líquido do exercício. Veremos mais detalhadamente essa 
apuração na nossa aula de Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
 Vamos, agora, resolver uma questão que abrange todos os tópicos 
dessa primeira parte da aula. 
1- (FCC / SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita 
Estadual / 2014) A Cia. Comerciante adquiriu, em 01/07/2013, mercadorias 
para serem revendidas. As mercadorias foram adquiridas, à vista, por R$ 
150.000,00, sendo que neste valor estavam inclusos os tributos recuperáveis 
de R$ 22.000,00 e os tributos não recuperáveis de R$ 15.000,00. 
Adicionalmente, a Cia. Comerciante contratou e pagou frete e seguro, para 
transporte das mercadorias adquiridas até a empresa, no valor de R$ 5.000,00, 
sendo que neste valor estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 600,00. Em 
31/07/2013, a empresa Comerciante revendeu todas estas mercadorias por R$ 
300.000,00, à vista. Sobre o valor da venda houve incidência de ICMS - Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços no valor de R$ 
45.000,00 e pagamento de comissão para os vendedores no valor de R$ 
9.000,00. Com base nestas informações, o valor do lucro bruto apurado pela 
Cia. Comerciante no mês de julho de 2013 foi 
a) R$ 113.600,00. 
b) R$ 150.000,00. 
c) R$ 127.000,00. 
d) R$ 100.000,00. 
e) R$ 122.600,00. 
Resolução: 
 Primeiramente, a fim de apurarmos o lucro bruto de empresa no mês de 
julho, temos de calcular o CMV do período. Para isso, devemos antes apurar o 
valor líquido das compras efetuadas em 01/07/2013. Nessa operação de 
compra, temos: 
1. Valor das compras R$ 150.000,00 
2. (–) DIO (Descontos Comerciais) 
3. (+) Fretes e seguros pagos R$ 5.000,00 
4. (–) Tributos recuperáveis (inclusive s/ fretes) (R$ 22.600,00) 
5. (+) Carga, descarga e armazenagem 
6. (+) Desembaraços aduaneiros _ _ 
7. (=) Compras Líquidas R$ 132.400,00 
 
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Lembrando que os tributos não recuperáveis não interferem na apuração 
do valor líquido das compras. Continuando, temos na operação de venda, 
ocorrida em 31/07/2013: 
1. Receita Bruta de Vendas R$ 300.000,00 
2. (–) DIC (Descontos Comerciais) 
3. (–) Impostos e Contribuições sobre Vendas (ICMS) (R$ 45.000,00) 
4. (–) Devoluções de Vendas 
5. (–) Vendas Canceladas 
6. (–) Abatimentos sobre Vendas _ _ 
7. (=) Receita Líquida de Vendas R$ 255.000,00 
 
Lembrando que as comissões pagas a vendedores não são deduções da 
receita bruta, mas sim despesas operacionais da empresa, não impactando o 
valor da Receita Líquida de Vendas. 
Como a questão afirma expressamente que, na operação de venda 
ocorrida no último dia do mês, empresa revendeu todas as mercadorias 
adquiridas em 01/07/2013, podemos afirmar que o Custo das Mercadorias 
Vendidas (CMV) nessa operação é igual ao Valor Líquido das Compras. 
Assim, para acharmos o Lucro Bruto da empresa no período, também 
chamado de Resultado com Mercadorias, basta que apliquemos a seguinte 
equação: 
Receita Líquida de Vendas R$ 255.000,00 
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (R$ 132.400,00) 
(=) Lucro Bruto R$ 122.600,00 
Gabarito: E 
 
2. Critérios de Avaliação de Ativos 
Agora que já detalhamos mais cada subgrupo de contas do Ativo, do 
Passivo e do Patrimônio Líquido, vamos falar sobre alguns critérios específicos 
de avaliação desses elementos patrimoniais, começando pelos Ativos. 
Primeiramente, apresentarei os principais aspectos elencados na Lei 6.404/76, 
para que você se acostume com o texto legal (muitas vezes é cobrada a cópia 
do texto da lei). Após isso, como de costume, apresentarei um esquema que 
facilitará bastante sua memorização. Vamos começar? 
 As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, 
e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no 
realizável a longo prazo serão avaliados: 
o Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas 
à negociação ou disponíveis para venda; e 
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o Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado 
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor 
provável de realização, quando este for inferior, no caso das 
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. 
 
 Vejamos como esse assunto foi cobrado na prova do ICMS-PE, 
última realizada pela FCC, cujo edital era idêntico ao nosso: 
2- (FCC / SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro 
Estadual / 2014) Uma empresa aplicou R$ 120.000,00 em ativos financeiros, 
sendo R$ 50.000,00 em títulos classificados como mantidos até o vencimento, 
e R$ 70.000,00 em títulos classificados comodisponíveis para venda futura. As 
aplicações foram efetuadas no dia 31/12/2012 e todos os títulos remuneram a 
taxa de juros compostos de 10% ao ano. Em 31/12/2013, os valores justos de 
negociação dos dois títulos no mercado eram os seguintes: 
Classificação dos títulos Valor Justo em 31/12/2013 (R$) 
Mantido até o vencimento 52.000 
Disponível para venda futura 80.000 
Os valores em reais que deveriam ser apresentados no Balanço Patrimonial, em 
31/12/2013, para os títulos que a empresa manterá até o vencimento e para os 
títulos disponíveis para venda, eram, respectivamente, 
a) 52.000,00 e 77.000,00. 
b) 52.000,00 e 80.000,00. 
c) 55.000,00 e 80.000,00. 
d) 55.000,00 e 77.000,00. 
e) 55.000,00 e 70.000,00. 
Resolução: A questão apresenta duas aplicações em títulos, uma classificada 
como “mantidos até o vencimento” e outra como “disponíveis para venda 
futura”. Para sabermos o valor que cada título deverá ser registrado no BP, 
devemos verificar sob qual critério cada título deve ser avaliado, o que nos trará 
condições de fazer os devidos ajustes, quando necessários. Vejamos: 
 As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, 
e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no 
realizável a longo prazo serão avaliados: 
o Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas 
à negociação ou disponíveis para venda; e 
o Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado 
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor 
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provável de realização, quando este for inferior, no caso das 
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. 
Voltando à questão, temos: 
 Títulos: Disponíveis para venda futura (valor de R$ 70.000,00 em 
31/12/2012) => avaliados pelo valor justo 
o Valor Justo em 31/12/13: R$ 80.000,00 
 Títulos: Mantidos até o vencimento (valor de R$ 50.000,00 em 
31/12/2012) => avaliados pelo custo de aquisição 
o Taxa de Juros: 10% a.m. 
o Atualização conforme disposições legais e contratuais: 
R$ 50.000,00 * 10% = R$ 5.000,00 
o Valor atualizado: R$ 55.000,00 (R$ 50.000,00 + R$ 5.000,00) 
Portanto, os títulos mantidos até o vencimento deverão ser 
apresentados no BP com o valor de R$ 55.000,00 e os títulos disponíveis 
para venda futura deverão ser apresentados no valor de R$ 80.000,00. 
Gabarito: C 
 
Continuando a apresentação dos principais aspectos da Lei 6.404/76: 
 Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do 
comércio da companhia (Adiantamentos a Clientes, por exemplo), assim como 
os estoques (matérias-primas, produtos em fabricação e bens em 
almoxarifado), pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão 
para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; 
 Os investimentos em participação no capital social de outras 
sociedades, ressalvados os investimentos em coligadas ou controladas, 
pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na 
realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como 
permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo 
para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
 Os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras 
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle 
comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial; 
 Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de 
provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou 
para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for 
inferior; 
 Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, 
deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou 
exaustão; 
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 Os direitos classificados no intangível, pelo custo de aquisição 
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; 
 Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo 
serão ajustados a valor presente, sendo os demais (elementos decorrentes 
de operações de curto prazo) ajustados quando houver efeito relevante 
(quando sua omissão influenciar a tomada de decisões dos usuários da 
informação contábil); 
 Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda 
poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume 
mercantil aceito pela técnica contábil. 
 Para fins de avaliação de ativos, considera-se valor justo: 
 Das matérias-primas e dos bens em almoxarifado => o preço 
de reposição mediante compra no mercado; 
 Dos bens ou direitos destinados à venda => o preço líquido de 
realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais 
despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro; 
 Dos investimentos => o valor líquido de alienação a terceiros; 
 Dos instrumentos financeiros => o valor de realização em um 
mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre 
partes independentes. 
o Na ausência de um mercado ativo para um determinado 
instrumento financeiro, considera-se o valor: 
 Que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de 
outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco 
similares; 
 Presente líquido dos fluxos de caixa futuros para 
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; 
ou 
 Obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de 
precificação de instrumentos financeiros. 
 
 Como prometido, vamos à nossa esquematização: 
 
 
 
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Conta Critério Observação 
Aplicações em 
 instrumentos financeiros 
 destinados à negociação 
ou disponíveis para venda 
Valor Justo 
 
 
Demais aplicações 
 
Custo de 
Aquisição 
 
Atualizado; e 
Ajustado ao valor provável 
de realização, se inferior 
Estoques e direitos 
objetos de mercadorias e 
produtos 
Custo de 
Aquisição ou 
Produção 
Ajustado ao valor de 
mercado, se inferior 
Investimentos em outras 
sociedades (exceto em 
Coligadas ou Controladas) 
Custo de 
Aquisição 
 
Ajustado a perdas 
prováveis permanentes na 
realização 
Investimentos em 
Coligadas ou Controladas 
Método de 
Equivalência 
Patrimonial 
 
Demais investimentos 
 
Custo de 
Aquisição 
 
Deduzidos de perdas 
prováveis na realização ou 
redução ao valor de 
mercado, se inferior 
Imobilizado 
 
Custo de 
Aquisição 
 
Deduzido da respectiva 
depreciação, amortização 
ou exaustão 
Intangível 
 
Custo de 
Aquisição 
Deduzido da respectiva 
amortização 
Elementos decorrentes de 
operações de longo prazo 
Valor 
Presente 
Elementos de curto prazo 
serão ajustados quando 
houver efeito relevante 
Estoques de mercadorias 
fungíveis destinadas à 
venda 
Valor de 
Mercado 
Quando for o costume 
mercantil aceito pela 
técnica contábil 
Esquema 6 – Critérios de Avaliação de Ativos 
 
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Esquema 7 – Determinação do Valor Justo de ativos 
 
 Vejamos como esse último conceito já apareceu em provas: 
3- (FCC / TRE-PR - Analista Judiciário - Contabilidade 
/ 2012) Para efeitos de avaliação dos bens destinados à venda, considera-se 
valor justo o 
a) preço pelo qual possam serrepostos, mediante compra no mercado. 
b) valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
c) preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os 
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro. 
d) valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não 
compulsória realizada entre partes independentes. 
e) valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro 
ativo de natureza e risco similares. 
Resolução: 
 Recordando o que vimos em nossa aula: 
 Para fins de avaliação de ativos, considera-se valor justo: 
 Dos bens ou direitos destinados à venda => o preço líquido de 
realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais 
despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro. 
Em nosso esquema, temos: 
Valor 
Justo
Matérias-primas e 
bens em 
almoxarifado
Preço de 
reposição no 
mercado
Bens e direitos
destinados à venda
Preço Líquido de 
Realização
(-) impostos
(-) despesas de 
venda
(-) margem de 
lucro
Investimentos
Valor Líquido de 
Alienação
Instrumentos 
Financeiros
Valor de 
realização em um 
mercado ativo
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Gabarito: C 
 
3. Método da Equivalência Patrimonial 
Vimos há pouco que os investimentos em coligadas ou em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo 
ou estejam sob controle comum devem ser avaliados pelo Método da 
Equivalência Patrimonial (MEP). Mas o que vem a ser o MEP? 
Por “Equivalência Patrimonial” entendemos a forma de contabilização na 
qual o aumento ou redução do patrimônio líquido da companhia investida causa 
o aumento ou redução equivalente (proporcional) do investimento registrado na 
companhia investidora, ou seja, os resultados das variações patrimoniais 
(lucros ou prejuízos) ocorridos em uma coligada ou controlada devem ser 
contabilizados na investidora proporcionalmente, com base no percentual de 
participação da investidora no capital social da investida. 
No entanto, para calcularmos esse percentual corretamente, devemos, 
inicialmente, determinar o Valor Justo dos Ativos Líquidos da investida, ou 
seja, o valor dos ativos a valor justo menos o valor dos passivos a valor justo. 
Isso porque tal valor pode ser maior ou menor que o Valor Contábil registrado 
no patrimônio da companhia. Se o valor justo for maior, dizemos que essa 
diferença é chamada de mais-valia de ativos, ou seja, que o patrimônio da 
investida é negociado no mercado a valores maiores que os registrados na 
contabilidade. Tal contabilização é feita, na companhia investidora, da seguinte 
maneira: 
Aquisição de Investimentos com Mais-valia de Ativos 
D Participações Permanentes (ANC – Invest.) 
D Mais-valia (ANC – Invest.) 
C BCM (AC) 
Valor 
Justo
Matérias-primas e 
bens em 
almoxarifado
Preço de 
reposição no 
mercado
Bens e direitos
destinados à venda
Preço Líquido de 
Realização
(-) impostos
(-) despesas de 
venda
(-) margem de 
lucro
Investimentos
Valor Líquido de 
Alienação
Instrumentos 
Financeiros
Valor de 
realização em um 
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Além disso, quando da aquisição das ações, o Valor Pago pela 
companhia investidora pode ser maior ou menor que o Valor Justo dos Ativos 
Líquidos da investida. Se o valor pago for maior, a diferença será o Ágio 
Derivado da Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill), o que 
significa que a investida possui ativos intangíveis agregados ao seu nome, tais 
como clientela, ponto comercial etc., os quais fazem aumentar o valor que 
investidores se dispõem a pagar por suas ações. A contabilização do goodwill, 
por sua vez, é registrada da seguinte maneira na companhia investidora: 
Aquisição de Investimentos com Goodwill 
D Participações Permanentes (ANC – Invest.) 
D Goodwill (ANC – Invest.) 
C BCM (AC) 
Nota: O Ágio Derivado da Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill) em 
questão não é classificado como ativo intangível porque a capacidade de 
geração de rentabilidade futura é da investida. No balanço patrimonial desta, 
ele será registrado no intangível. Para a investidora, no entanto, ele compõe 
o custo do investimento aplicado nas ações da investida, sendo classificado 
como investimento. 
 
 Esquematizando o que foi explicado acima, temos: 
 
Esquema 8 – Determinação do Goodwill e da Mais-valia de ativos 
 
Após o registro inicial do ativo imobilizado, a empresa investidora deverá 
contabilizar os resultados das variações patrimoniais (lucros ou prejuízos) 
ocorridos na investida de forma proporcional, com base no percentual de sua 
participação no capital social da investida. Tais lançamentos na investidora 
serão efetuados da seguinte maneira: 
Receita de Equivalência Patrimonial 
D Participações Permanentes (ANC) 
C Ganho de Equivalência Patrimonial (R) 
Despesa de Equivalência Patrimonial 
D Perda de Equivalência Patrimonial (D) 
C Participações Permanentes (ANC) 
Mais-valia Goodwill
Valor Contábil Valor Pago Valor Justo dos Ativos Líquidos 
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 Caso a perda seja maior que o valor total do investimento, a diferença 
será registrada no passivo, sob a rubrica de provisão para perdas em 
investimentos permanentes. Veja: 
Despesa de Equivalência Patrimonial (maior que o investimento) 
D Perda de Equivalência Patrimonial (D) 
C Participações Permanentes (ANC) 
C Provisão para Perdas em Investimentos Permanentes (PC ou PNC) 
 
 Veja como esse assunto foi cobrado na última prova do ICMS-RJ: 
4- (FCC / SEFAZ-RJ – Auditor Fiscal da Receita 
Estadual / 2014) A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da 
Cia. Copa por R$ 4.500.000,00, à vista, o que lhe conferiu influência significativa 
na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Copa era 
R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta 
Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um terreno que a 
Cia. Copa havia adquirido em 2010. 
No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as seguintes 
mutações em seu Patrimônio Líquido: 
 Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00 
 Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor) 
Com base nestas informações, os valores evidenciados no Balanço Patrimonial 
da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012 e 30/06/2013, 
foram, respectivamente, 
a) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.700.000,00. 
b) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.800.000,00. 
c) R$ 2.400.000,00 e R$ 2.600.000,00. 
d) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.660.000,00. 
e) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.760.000,00. 
Resolução: 
 Vejamos os dados apresentados no enunciado da questão: 
 Valor Pago pela Cia. Carioca: R$ 4.500.000,00 
 Valor Justo dos Ativos Líquidos da Cia. Copa: R$ 9.000.000,00 
 Valor Contábil do PL da Cia. Copa: R$ 6.000.000,00 
Como a questão diz que a aquisição das ações conferiu à Cia. Carioca 
influência significativa na administração da Cia. Copa, concluímos que as 
empresas são coligadas e o investimento em questão deve ser avaliado pelo 
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Método da Equivalência Patrimonial. Ademais, o enunciado diz que foram 
adquiridos 40% dasações da Cia. Copa. 
Calculando-se o Valor Contábil proporcional da Cia. Copa, temos: 
V.Cont.Prop. = V.Cont. * 40% 
 V.Cont.Prop. = 6.000.000 * 0,4 
V.Cont.Prop. = R$ 2.400.000,00 
Aplicando-se a mesma sistemática para o Valor Justo proporcional da Cia. 
Copa, temos: 
V.JustoProp. = V.Justo * 40% 
 V.JustoProp. = 9.000.000 * 0,4 
V.JustoProp. = R$ 3.600.000,00 
Recordando o esquema visto em nossa aula: 
 
 
 
Assim, podemos contabilizar o registro inicial da aquisição dessas ações 
da seguinte maneira: 
Aquisição de Investimentos com Mais-valia de Ativos 
D Participações Permanentes (ANC – Invest.) R$ 2.400.000,00 
D Mais-valia (ANC – Invest.) R$ 1.200.000,00 
D Goodwill (ANC – Invest.) R$ 900.000,00 
C BCM (AC) R$ 4.500.000,00 
 
Feito o registro inicial do investimento, passamos a calcular e contabilizar 
a variação desse investimento durante o período de 01/01/2013 a 30/06/2013, 
que foram de R$ 500.000,00 (R$ 400.000,00 + R$ 100.000,00): 
 Variação do investimento na investidora = 500.000 * 40% 
 Variação do investimento na investidora = R$ 200.000,00 
Receita de Equivalência Patrimonial 
D Participações Permanentes (ANC – Invest.) 
C Ganho de Equivalência Patrimonial (R) R$ 200.000,00 
Mais-valia
(R$ 1.200.000,00)
Goodwill
(R$ 900.000,00)
Valor Contábil 
R$ 2.400.000,00 
Valor Pago 
R$ 4.500.000,00 
Valor Justo dos Ativos Líquidos 
R$ 3.600.000,00 
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 Assim o valor evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em 
Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012 foi de R$ 4.500.000,00 e 
30/06/2013 foi de R$ 4.700.000,00 (R$ 4.500.000,00 + R$ 200.000,00). 
Gabarito: A 
 
3.1. Distribuição de Dividendos pelo MEP 
 Nos investimentos avaliados pelo MEP (controladas e coligadas), a 
distribuição de dividendos é contabilizada de maneira diferente da que ocorre 
nos investimentos por ação comuns. Para entendermos melhor, vamos resolver 
uma questão de prova: 
5- (FCC / TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário – 
Contabilidade / 2014) A empresa Grande Investidora S.A. apresentava em 
seu Balanço Patrimonial de 31/12/2010 uma participação societária registrada 
como Investimentos no Ativo Não Circulante pelo valor de R$ 5.000.000,00. O 
valor registrado corresponde a uma participação de 90% na Subordinada S.A.. 
Em março de 2011 a empresa Subordinada S.A. distribuiu e pagou dividendos 
a todos os acionistas no valor total de R$ 1.000.000,00. Na data do recebimento 
dos dividendos pela empresa Grande Investidora S.A., a contrapartida do 
registro do recebimento do dinheiro na conta disponível será, 
a) resultado de Participação Societária no valor de R$ 900.000,00. 
b) dividendos a Receber no valor de R$ 1.000.000,00. 
c) investimentos no valor de R$ 900.000,00. 
d) dividendos a Receber no valor de R$ 900.000,00. 
e) investimentos no valor de R$ 1.000.000,00 
Resolução: 
 Segundo os dados do enunciado da questão, temos duas companhias, 
uma investidora e uma investida. A investidora possui, em seu BP, um 
investimento registrado no ANC no valor de R$ 5.000.000,00, que corresponde 
a 90% do capital social da investida, ou seja, trata-se de uma empresa 
controlada. Sendo controlada, esse investimento deve ser avaliado pelo MEP. 
Em março de 2011, a empresa investida apurou um lucro de R$ 
1.000.000,00 e distribuiu esse valor como dividendos. Vejamos a contabilização 
desse fato nas duas entidades: 
Apuração de lucro na Investida 
D Apuração do Resultado do Exercício 
C Lucros Acumulados (PL) R$ 1.000.000,00 
Vimos que, pelo MEP, todo o aumento ou redução do patrimônio líquido 
da companhia investida causa o aumento ou redução equivalente 
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(proporcional) do investimento registrado na companhia investidora, ou seja, 
os resultados das variações patrimoniais (lucros ou prejuízos) ocorridos em 
uma coligada ou controlada devem ser contabilizados na investidora 
proporcionalmente, com base no percentual de participação da investidora no 
capital social da investida. Assim, a apuração de lucro na investida provocará 
o seguinte registro na investidora: 
Receita de Equivalência Patrimonial na Investidora 
D Participações Permanentes (ANC – Invest.) 
C Ganho de Equivalência Patrimonial (R) R$ 900.000,00 
 
 Após a apuração do lucro, a empresa investida distribuiu dividendos no 
mesmo valor, ocorrendo a seguinte contabilização: 
Distribuição do lucro como dividendos na Investida 
D Lucros Acumulados (PL) 
C Dividendos a Pagar (PC) R$ 1.000.000,00 
Novamente houve alteração no PL da investida, o que causa impacto no 
investimento registrado na investidora. Assim, a distribuição de dividendos 
pela investida deve ser contabilizada na investidora da seguinte maneira: 
Recebimento de dividendos na Investidora 
D Dividendos a Receber (AC) 
C Participações Permanentes (ANC – Invest.) R$ 900.000,00 
 Assim, a contrapartida do lançamento de dividendos a receber na 
investidora será um crédito na conta do ANC – Investimentos, no valor de R$ 
900.000,00. 
Gabarito: C 
 
4. Critérios de Avaliação de Passivos 
Quanto aos critérios de avaliação de Passivos, podemos elencar as 
seguintes regras: 
 As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, 
inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, 
serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço; 
 As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade 
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor 
na data do balanço; 
 As obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não 
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais (passivo 
circulante) ajustados quando houver efeito relevante. 
 
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 Esquematizando, podemos escrever: 
 
 
 
* Elementos do Passivo Circulante serão ajustados quando houver 
efeito relevante 
Esquema 9 – Critérios de Avaliação de Passivos 
 
 Veja como esse assunto já foi cobrado pela FCC: 
6- (FCC / BAHIAGÁS - Analista de Processos 
Organizacionais – Contabilidade / 2010) Segundo o artigo 184 da Lei nº 
6.404/76, recentemente alterada pela Lei nº 11.638/07, "as obrigações, 
encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda 
a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor 
atualizado até a data do balanço ..." as obrigações, encargos e riscos 
classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor 
a) nominal. 
b) futuro. 
Obrigações, 
encargos e riscos
Valor atualizado, à 
data do balanço
Obrigações em
moeda estrangeira
Convertidas em moeda 
nacional, à taxa de câmbio 
na data do balanço
Obrigações, encargos 
e riscos do Passivo 
Não Circulante
Valor Presente
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c) presente. 
d) descontado à taxa SELIC. 
e) convertido pela taxa de câmbio de fechamento. 
Resolução: 
 Como vimos em nossos esquemas, as obrigações, encargos e riscos 
classificados no passivo exigível a longo prazo (Passivo Não Circulante) serão 
ajustados ao seu valor presente. 
Gabarito: C 
 
5. Ajuste a Valor Presente 
Deacordo com as normas de contabilidade, em especial a Resolução CFC 
nº 750/93, que dispõe sobre os Princípios Contábeis, o Valor Presente é uma 
das variações que pode sofrer o Custo Histórico, e é definido como o valor 
descontado dos fluxos futuros de entrada/saída de caixa que se espera 
seja gerado pelo ativo ou necessário para liquidação do passivo no curso 
normal das operações da entidade. 
Desta feita, o Ajuste a Valor Presente nada mais é que a aplicação de 
uma taxa de desconto aos valores pelos quais os ativos serão realizados e os 
passivos serão exigidos, com o objetivo de evidenciar tais itens patrimoniais 
nas demonstrações contábeis pelos seus valores presentes. 
A seguir, vamos verificar os principais aspectos da Resolução CFC nº 
1.151/09 (CPC 12), que trata do assunto. 
 
5.1. Alcance 
 O CPC 12 é claro ao afirmar, no item 5, que a mensuração contábil a 
valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos, 
ou seja, o primeiro lançamento que registrar os itens patrimoniais na 
contabilidade já deve conter o ajuste a valor presente. 
 Outro aspecto destacado pelo pronunciamento é que os conceitos de 
Valor Presente e Valor Justo não são sinônimos, vez que o ajuste a valor 
presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. 
Recordando, valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou 
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em 
uma transação sem favorecimentos. 
 Por exemplo, a compra financiada de um veículo é normalmente feita a 
uma taxa de 1,9%. No entanto, um cliente especial obtém, por causa dessa 
situação, taxa de 1,5%. Neste caso, a aplicação do conceito de valor presente 
com a taxa obtida pelo cliente especial provoca, no comprador, o registro do 
ativo a um valor presente inferior ao seu valor justo. Em contrapartida, o 
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vendedor reconhece o ajuste a valor presente do seu passivo como redução da 
receita, evidenciando que, nesse caso, terá obtido um valor de venda inferior 
ao praticado no mercado. 
 
5.2. Mensuração 
 Ainda de acordo com o CPC 12, ativos, passivos e situações que 
apresentarem uma ou mais das características abaixo devem estar sujeitos ao 
Ajuste a Valor Presente: 
a. Transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita 
ou a uma despesa ou outra mutação do patrimônio líquido cuja 
contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira 
(recebimento ou pagamento) em data diferente da data do 
reconhecimento desses elementos. Em outras palavras, o 
reconhecimento de bens, direitos e obrigações cujo recebimento 
ou pagamento dar-se-á em data futura. 
b. Reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou 
substância de ativos ou passivos similares emprega método de 
alocação de descontos; 
c. Conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente 
associado a um ativo ou a um passivo. 
 Ao se aplicar o conceito de valor presente deve-se levar em consideração 
o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. Assim, ativos e 
passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos (encargos 
financeiros) devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu 
reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia 
de valor justo (fair value). 
Por fim, o pronunciamento determina que os elementos integrantes do 
ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo devem ser 
ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as 
melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os 
riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. Os itens de 
curto prazo, por sua vez, devem se ajustados quando houver efeito 
relevante. 
É importante destacar que a Lei nº 6.404/76 disciplina essa matéria de 
maneira semelhante, determinando que os elementos do ativo decorrentes de 
operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os 
demais ajustados quando houver efeito relevante (art. 183, VIII) e que as 
obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando 
houver efeito relevante (art. 184, III). 
 
 Vejamos como a FCC já cobrou esse assunto em provas: 
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7- (FCC / TCE-GO - Analista de Controle Externo - 
Contabilidade / 2014) Considerando as normas pertinentes ao ajuste a valor 
presente, as características abaixo estão sujeitas à mensuração prevista na 
norma: 
I. A transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita 
ou a uma despesa ou outra mutação do patrimônio líquido, cuja 
contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira 
(recebimento ou pagamento) em data diferente da data do 
reconhecimento desses elementos. 
II. O reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou 
substância de ativos ou passivos similares emprega método de 
alocação de descontos. 
III. O conjunto particular de fluxos de caixa estimados, claramente 
associado a um ativo ou a um passivo. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) II, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
Resolução: 
 Repare que a questão trouxe o texto exato da norma, conforme 
apresentamos em nossa aula, enumerando as características que, se 
apresentadas por ativos e passivos, sujeita-os aos procedimentos de 
mensuração previstos na norma de Ajuste a Valor Presente. Desta feita, os três 
itens estão corretos. 
Gabarito: A 
 
5.3. Divulgação 
 A entidade deve divulgar em notas explicativas as informações mínimas 
que permitam que os usuários das demonstrações contábeis obtenham 
entendimento inequívoco das mensurações a valor presente levadas a efeito 
para ativos e passivos, compreendendo o seguinte rol não exaustivo: 
a. Descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor 
presente, natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, 
se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado; 
b. Premissas utilizadas pela administração, taxas de juros 
decompostas por prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-
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free, risco de crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa 
estimados ou séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, 
horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas em termos 
de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades 
associadas); 
c. Modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos; 
d. Breve descrição do método de alocação dos descontos e do 
procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da 
administração; 
e. Propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento 
inicial ou nova medição e motivação da administração para levar a 
efeito tal procedimento; e 
f. Outras informações consideradas relevantes. 
 
Bom, chegamos ao final da nossa aula demonstrativa. Nesta aula, 
procurei demonstrar um pouco da metodologia diferenciada do Exponencial 
Concursos, que pretende fazer com que você aprenda a Contabilidade Avançada 
sem ter de ler milhares de páginas de textos, sem qualquer esquematização. 
Portanto, se você ainda não adquiriu o curso completo, faça-o agora mesmo e 
aproveite esta ferramenta que pode fazer a diferença nasua aprovação. 
Caso tenha ficado com alguma dúvida sobre nossa aula, envie sua 
pergunta pelo fórum do nosso curso no site do Exponencial. Aproveite esse 
canal, também, para escrever comentários e um feedback ao professor, para 
que possamos melhorar cada vez mais o nosso curso. 
Agora, vamos continuar o nosso aprendizado por meio de exercícios de 
concursos anteriores da FCC. Se você já estudou alguma vez nossa disciplina e 
quer tentar resolvê-los sozinho, aproveitando para testar o seu nível de 
conhecimento e aprendizado, eles começam na página 73. Mas se você está 
começando a estudar a Contabilidade Avançada com o nosso curso, recomendo 
que siga na aula acompanhando a resolução dos exercícios comentados a 
seguir, pois será mais esclarecedor e a consolidação de seu aprendizado será 
melhor. 
Bons estudos!  
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6. Questões Comentadas 
8- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária / 
2013) Determinada empresa adquiriu mercadorias para revenda, cujo valor 
total da nota fiscal foi R$ 123.000,00, estando incluso neste valor: 
ICMS: R$ 20.000,00 
IPI: R$ 12.000,00 
Frete: R$ 8.000,00 
Seguro: R$ 3.000,00 
Sabendo que a empresa é contribuinte do ICMS, mas não contribuinte do IPI, o 
valor das mercadorias adquiridas reconhecido nos estoques foi, em reais, 
a) 123.000. 
b) 92.000. 
c) 103.000. 
d) 112.000. 
e) 80.000. 
Resolução: 
O enunciado da nossa questão afirma que a empresa adquiriu 
mercadorias e que o valor da nota fiscal foi R$ 123.000,00, estando inclusos 
o ICMS, o IPI, o frete e o seguro. Dessa forma, o único cálculo que teremos de 
fazer para apurar o valor líquido das compras é a subtração dos impostos 
recuperáveis e do DIO. Neste caso, temos somente ICMS a recuperar. Vejamos 
então: 
Valor da Nota Fiscal de compras R$ 123.000,00 
(–) DIO (Descontos Comerciais) 
(–) Tributos recuperáveis (ICMS) (R$ 20.000,00) 
(=) Compras Líquidas R$ 103.000,00 
Gabarito: C 
 
9- (FCC / INFRAERO - Técnico em Contabilidade / 2011) Em 15/10/X0, 
uma empresa industrial, contribuinte do ICMS e do IPI, possuía em seus livros 
de apuração dos respectivos impostos, após confrontar os valores a recuperar 
e a recolher, a seguinte situação: valores a recuperar de ICMS de $ 20.000,00 
e IPI a recolher de $ 7.000,00. 
Durante a segunda quinzena de outubro de X0, a empresa realizou as seguintes 
operações: compra de matéria-prima no valor de $ 50.000,00 (incluso ICMS de 
$ 9.000,00), compra de peças no valor de $ 22.000,00 (inclusos IPI de $ 
2.000,00 e ICMS de $ 3.600,00) e faturamento bruto de $ 110.000,00 (inclusos 
$ 10.000,00 de IPI e $ 18.0000,00 de ICMS). Com base nessas informações, 
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em 31/10/X0, a empresa industrial apresentava a seguinte situação em relação 
à apuração dos impostos, 
a) IPI a recolher no valor de $ 19.000,00. 
b) ICMS a recolher no valor de $ 10.600,00. 
c) IPI a recuperar no valor de $ 2.000,00. 
d) ICMS a recolher no valor de $ 6.400,00. 
e) ICMS a recuperar no valor de $ 14.600,00. 
Resolução: 
 Essa questão aparenta ser complicada, mas apenas um pouco de atenção. 
Nela, o enunciado indica que os valores iniciais da apuração de ICMS e IPI são 
os seguintes: 
 ICMS a Recuperar (AC) R$ 20.000,00 
 IPI a Recolher (PC) R$ 7.000,00 
 Além disso, houve na empresa três operações, que causaram os 
seguintes impactos nas contas desses impostos, lembrando que a empresa é 
contribuinte dos dois impostos, podendo recuperar o valor pago nas compras: 
 Compra de matéria-prima 
 ICMS a Recuperar (AC): R$ 9.000,00 
Compra de peças 
 IPI a Recuperar (AC): R$ 2.000,00 
ICMS a Recuperar (AC): R$ 3.600,00 
Faturamento Bruto (vendas) 
 IPI a Recolher (PC): R$ 10.000,00 
ICMS a Recolher (PC): R$ 18.000,00 
 Sendo assim, para sabermos qual a situação que a empresa apresentava 
em relação a esses impostos após essas operações, basta fazermos a apuração 
das respectivas contas do AC e PC de cada um deles. Vamos elaborar os 
razonetes, para facilitar a visualização: 
20.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00
9.000,00
3.600,00
32.600,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00
14.600,00 ###### 0,00 0,00
ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
 
 
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2.000,00 2.000,00 2.000,00 7.000,00
10.000,00
2.000,00 2.000,00 2.000,00 17.000,00
0,00 0,00 ###### 15.000,00
IPI a Recuperar IPI a Recolher
 
Gabarito: E 
 
10- (FCC / INFRAERO - Técnico em Contabilidade / 2011) Uma empresa 
ao adquirir produtos para revenda incorreu nos seguintes gastos: produtos: $ 
45.000,00 (inclusos ICMS de $ 7.200,00 e IPI de $ 4.500,00); seguro dos 
produtos: $ 2.200,00; fretes para transporte dos produtos: $ 3.300,00 (líquido 
de ICMS). Sabendo-se que a empresa é contribuinte do ICMS e não contribuinte 
do IPI, o valor registrado no estoque referente aos produtos adquiridos foi, em 
$, 
a) 50.500,00. 
b) 46.000,00. 
c) 43.300,00. 
d) 38.800,00. 
e) 33.300,00. 
Resolução: 
 Sendo a empresa contribuinte do ICMS e não contribuinte do IPI, 
sabemos que ela poderá recuperar apenas o ICMS. Após essa rápida análise, 
basta que calculemos o valor da operação: 
Valor das compras R$ 45.000,00 
(–) Tributos recuperáveis (ICMS) (R$ 7.200,00) 
(+) Seguros pagos R$ 2.200,00 
(+) Fretes pagos R$ 3.300,00 
(=) Compras Líquidas R$ 43.300,00 
Gabarito: C 
 
11- (FCC / SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais / 2010) A 
empresa Beira Mar, comercial de trajes de praia, adquiriu um lote de 100 sungas 
no valor faturado de R$ 800,00. Pagou, também, frete no valor de R$ 50,00 e 
seguros no valor de R$ 34,00. Quando do recebimento do produto, percebeu 
que as cores das sungas não estavam de acordo com o pedido de compra e o 
vendedor concedeu-lhe um abatimento de R$ 50,00. O ICMS (Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) foi R$ 144,00 sobre a 
compra de sungas e R$ 6,00 sobre o frete. Sabendo que a empresa vendeu 70 
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sungas ao preço líquido de vendas unitário de R$ 15,00, o lucro bruto apurado 
com a venda desta mercadoria foi, em reais, 
a) 466,20 
b) 536,20 
c) 567,00 
d) 571,20 
e) 630,00 
Resolução: 
 Primeiramente, vamos apurar o valor líquido da compra das 100 sungas: 
Valor das compras R$ 800,00 
(–) Tributos recuperáveis (ICMS – inclusive sobre o frete) (R$ 150,00) 
(–) Abatimentos sobre as compras (R$ 50,00) 
(+) Fretes pagos R$ 50,00 
(+) Seguros pagos R$ 34,00 
(=) Compras Líquidas R$ 684,00 
 Após isso, temos de calcular agora o valor do lucro bruto apurado com a 
venda. Mas, antes disso, temos que prestar atenção que, diferentemente das 
questões anteriores, em que tínhamos a venda de todas as mercadorias 
compradas, nessa questão a empresa vendeu apenas 70 sungas das 100 que 
comprou. Sendo assim, na apuração do lucro bruto, temos de considerar o valor 
do CMV proporcional à quantidade vendida. Assim, dividindo o valor líquido 
das compras pela quantidade comprada (R$ 684,00 / 100 sungas), temos que 
o valor unitário das compras líquidas é R$ 6,84. Agora sim podemos calcular 
o lucro bruto obtido com a venda de70 sungas: 
Receita de Vendas (70 * 15,00) R$ 1.050,00 
(–) CMV (70 * 6,84) (R$ 478,80) 
(=) Lucro Bruto R$ 571,20 
Gabarito: D 
 
12- (FCC / BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais – 
Contabilidade / 2010) Em um determinado período certa empresa 
apresentava os seguintes dados: 
Receita Operacional Bruta $ 8.400. 
Descontos incondicionais $ 560. 
Receitas Financeiras $ 700. 
Devoluções de Vendas $ 1.540. 
Sobre a base de cálculo resultante incidirá PIS e COFINS cumulativo que são, 
em $, respectivamente de 
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a) 40,2 e 150. 
b) 44,5 e 180. 
c) 45,5 e 210. 
d) 91,5 e 418. 
e) 115,5 e 532. 
Resolução: 
No regime de incidência cumulativa, a base de cálculo para as 
contribuições do PIS e da Cofins é o total das receitas da pessoa jurídica, 
sejam elas operacionais ou financeiras, deduzidas de devoluções, 
abatimentos, descontos incondicionais etc. Além disso, nesse regime, as 
alíquotas da Contribuição para o PIS e da Cofins são, respectivamente, de 
0,65% e de 3%. 
Assim, de acordo com os dados da questão, teremos na composição da 
base de cálculo dessas contribuições os seguintes valores: 
Receita Operacional Bruta R$ 8.400,00 
(–) Descontos Incondicionais (R$ 560,00) 
(–) Devoluções sobre vendas (R$ 1.540,00) 
(+) Receitas Financeiras _ R$ 700,00 
(=) Total das receitas líquidas R$ 7.000,00 
Após o cálculo do total das receitas líquidas auferidas pela empresa, que 
é a base de cálculo do PIS e da Cofins, podemos calcular o valor dessas 
contribuições: 
PIS: R$ 7.000,00 * 0,65% = R$ 45,50 
Cofins: R$ 7.000,00 * 3% = R$ 210,00 
Gabarito: C 
 
13- (FCC / BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais – 
Contabilidade / 2010) A empresa Iracemapolis, contribuinte do IPI e ICMS, 
bem como do ISS, teve as seguintes operações: 
 De compra: Valor bruto R$ 5.000,00, Descontos Incondicionais de R$ 
1.000,00 com IPI de 10% e valor do ICMS destacado de setecentos e vinte 
reais. 
 De venda: Valor bruto de R$ 12.000,00, Descontos Incondicionais de R$ 
2.000,00, com IPI de 10% e valor do ICMS destacado de mil e oitocentos reais. 
Destes dados pode-se afirmar que o valor do ICMS a recuperar é, em R$, de 
a) 690,00. 
b) 720,00. 
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c) 740,00. 
d) 806,00. 
e) 816,00. 
Resolução: 
Como vimos em nossa aula, o desconto incondicional (ou comercial) é 
aquele que não está vinculado a nenhuma condição de pagamento específica, 
sendo obtido com base em negociações entre as partes, tais como aquisição de 
grande quantidade, fidelidade do cliente ao estabelecimento, liquidação de 
estoque, entre outros. Ele é lançado na Nota Fiscal, diminuindo seu valor 
total e, consequentemente, a base de cálculo do ICMS. 
Porém, quando esse imposto é calculado e lançado na nota fiscal, o valor 
do desconto incondicional já está considerado. Assim, o valor do ICMS a 
recuperar nessa operação são os próprios R$ 720,00 de ICMS destacados na 
nota fiscal de compra. 
Gabarito: B 
 
14- (FCC / DNOCS - Contador / 2010) A seguinte nota fiscal de entrada foi 
registrada na contabilidade da Cia. Alfa, que produz bens sujeitos à incidência 
do ICMS e do IPI e que está sujeita à incidência do PIS e da COFINS na 
sistemática cumulativa: 
100 quilos de matéria-prima...................... R$ 30.000,00 
IPI (12%)............................................... R$ 3.600,00 
Valor Total da Nota.................................. R$ 33.600,00 
ICMS destacado (18%) = R$ 5.400,00 
A companhia pagou frete para transporte da matéria-prima até seu 
estabelecimento no valor de R$ 2.000,00, no qual estava incluso ICMS de R$ 
360,00 (desconsidere a substituição tributária). 
Na ficha de estoque, referente à essa matéria-prima, o custo unitário do quilo 
dessa aquisição deve ser registrado, em R$, no valor de 
a) 262,40. 
b) 246,00. 
c) 266,00. 
d) 300,00. 
e) 278,40. 
Resolução: 
 De acordo com o enunciado da questão, temos uma empresa industrial, 
portanto, contribuinte do IPI e do ICMS. Assim, a apuração do valor das compras 
líquidas efetuadas por ela ficará assim: 
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Valor das compras (Nota Fiscal) R$ 33.600,00 
(–) IPI recuperável (R$ 3.600,00) 
(–) ICMS recuperável (R$ 5.400,00) 
(+) Fretes pagos R$ 2.000,00 
(–) ICMS recuperável sobre o frete (R$ 360,00) 
(=) Compras Líquidas R$ 26.240,00 
 Como a questão pediu o custo unitário do quilo dessa aquisição, basta 
que façamos a divisão do valor por 100 quilos, chegando ao valor de R$ 262,40 
o quilo. 
Gabarito: A 
 
15- (FCC / TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade / 
2008) Uma empresa comercial varejista, ao registrar na sua escrituração 
contábil a compra, a prazo, de 200 unidades de determinada mercadoria, ao 
preço unitário de R$ 50,00, sofrendo incidência de IPI a 8% e ICMS a 18%, 
sujeita à tributação cumulativa do PIS (0,65%) e da COFINS (3%), deverá 
lançar a débito da conta estoques de mercadorias, o valor, em R$, de 
a) 10.000,00 
b) 9.000,00 
c) 8.785,00 
d) 8.665,00 
e) 8.200,00 
Resolução: 
Trata-se de uma empresa contribuinte somente do ICMS e que adquiriu 
200 unidades a R$ 50,00 cada. Assim, o valor das mercadorias foi de R$ 
10.000,00. No entanto, como o IPI é um imposto “por fora”, seu valor não está 
embutido no valor da operação, devendo ser adicionado por nós. Assim, de 
acordo com o enunciado da questão, temos o seguinte: 
Valor das mercadorias R$ 10.000,00 
(+) IPI (8%) R$ 800,00 
(=) Valor da Nota Fiscal R$ 10.800,00 
Como a base de cálculo do ICMS corresponde ao valor comercializado 
das mercadorias sem o IPI, ou seja, R$ 10.000,00, o ICMS incidente na 
operação será de R$ 10.000,00 * 18% = R$ 1.800,00. 
(=) Valor da Nota Fiscal R$ 10.800,00 
(–) ICMS recuperável (18%) (R$ 1.800,00) 
(=) Valor líquido da compra R$ 9.000,00 
Gabarito: B 
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16- (FCC / TJ-PI - Analista Judiciário - Contabilidade / 2009) A Cia. 
Comercial Venta Bem, companhia sediada no Estado de São Paulo, que é 
contribuinte do ICMS, mas não do IPI, comprou um lote de 200 unidades de 
ventiladores, pagando o preço unitário de R$ 100,00. Sobre a transação, 
incidiram o ICMS, à alíquota de 18%, e o IPI, à alíquota de 10%. 
Posteriormente, revendeu 60% do lote ao preço unitário de R$ 200,00, com 
incidência de ICMS à alíquota de 12%, por se tratar de venda interestadual, do 
COFINS a 3% e do PIS a 0,65%. O lucro bruto auferido pela empresa, 
considerando-se apenas essas transações, correspondeu, em R$, a 
a) 10.660,00. 
b) 10.404,00. 
c) 9.860,00. 
d) 9.360,00. 
e) 9.204,00. 
Resolução: 
Novamente, temos uma empresa contribuinte somente do ICMS e que 
adquiriu 200 unidades a R$ 100,00 cada. Assim, o valor das mercadorias foi de 
R$ 20.000,00. No entanto, como o IPI é um imposto “por fora”, seu valor não 
está embutido no valor da operação, devendo ser adicionado por nós. Assim, de 
acordo com o enunciado da questão, temos o seguinte: 
Valor das mercadorias R$ 20.000,00 
(+) IPI (10%) R$ 2.000,00 
(=) Valor da Nota Fiscal R$ 22.000,00 
Lembrando que a base de cálculo do ICMS, que corresponde

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