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Fases Desenvolvimento Psicossexuais Melaine & Freud

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Teoria de Melaine Klein Fases Psicossexuais e FREUD
Todas as informações aqui passadas têm base nos estudos de grandes médicos, psicanalistas especialistas em desenvolvimento infantil como Melanie Klein, claro, Sigmund Freud, o pai da psicanálise.
Conhecendo a importância dos cuidados e afetos que nós adultos, pais, avós, precisamos ter com nossas crianças, estaremos colaborando para o seu desenvolvimento sadio sob todos os aspectos, sendo suficientemente bons e estando suficientemente preparados para essa tarefa.
O nosso desenvolvimento cerebral inicia-se na segunda semana da gestação e termina por volta dos 25 anos, quando se completa a formação do córtex pré-frontal.
As experiências que vivemos moldam de forma funcional os nossos neurônios e nossos circuitos cerebrais, adaptando-se às necessidades exigidas pelo meio. Chamamos esta capacidade de Plasticidade Neuronal, que é extremamente maleável na infância.
Nas fases da infância a criança está muito sensível às influências do ambiente e isso interfere de forma significativa no seu desenvolvimento, por isso proteger a infância é essencial! Até os 7 anos a criança é uma esponja e absorve tudo o que lhe é passado por suas fontes tidas como seguras, como pais, avós, escola, familiares e amigos próximos em quem ela confia, já que não tem condições de julgamento e avaliação.
Então, muito cuidado para não dizer coisas negativas para suas crianças, pois o que você disser será uma verdade para ela, e quando negativo pode virar uma crença limitante que a acompanhará, boicotando sua vida de forma inconsciente pelo resto dos anos, até que algum dia ela atente-se às más experiências que se repetem e vá buscar ajuda. 
Chamamos de pulsão o transporte de energia pelo nosso sistema neurológico.
As fases pré-genitais tratam-se da evolução da libido, energia de vida que todos temos, onde as pulsões são parciais, ou seja, o prazer é de órgão, e nesta época o desenvolvimento não se restringe à sexualidade da criança, mas também à sua personalidade.
As fases pré-genitais são divididas por idades, aproximadamente, desta forma:
Fase Oral, dos 0 a 2 anos de idade.
Fase Anal, dos 2 aos 4 anos de idade.
Fase Fálica, dos 4 aos 6 anos de idade.
Período de Latência, dos 6 aos 11 anos de idade.
Fase Genital, dos 11 aos 25 anos, aproximadamente.
Fases não são estanques, elas se sobrepõem, e uma personalidade sadia é constituída a partir de uma boa estruturação dessas fases. Uma após a outra… Tanto a falta, excesso ou algum trauma ocorrido podem deixar lacunas e incorrer em uma fase mal feita.
Chamaremos de fase mal feita ou fase ruim aquela em que os objetivos do desenvolvimento não foram atingidos e, portanto, a criança poderá passar para a próxima fase de forma comprometida, assim como ser promovido para o segundo ano sem ter aprendido o que precisava no primeiro.
Pode faltar base para todo o resto que virá e, assim, consecutivamente, fase após fase. A inadequação em alguma das fases pode causar o que chamamos de fixação nela, e isso sempre será patológico, ou seja, adoentado….
Fixação é quando a pessoa fica presa emocionalmente a alguma época da vida por algum motivo que a tenha marcado e regride emocionalmente frente a determinadas situações na vida adulta, como se não conseguisse passar de fase em um jogo e segue buscando o que não teve ou não conseguiu.
É importantíssimo também saber que temos um sistema límbico, que é a unidade do nosso sistema nervoso responsável por nossos sentimentos e comportamento social e fica localizado na parte mediana do nosso cérebro. É onde elaboramos nossas emoções durante toda a vida. Isso tudo esclarecido, começarei a primeira fase no próximo texto, lembrando que estarei tratando de desenvolvimento psicosexual e da personalidade, posto que a importância das necessidades básicas estruturais para que uma criança seja bem tratada envolvendo cuidados com segurança, alimentação e saúde é óbvia e está em primeiro lugar na escala das necessidades do ser humano.
Uma personalidade sadia é constituída a partir de uma boa estruturação das fases de desenvolvimento, e que a inadequação em alguma delas pode produzir desarmonias tanto no desenvolvimento sexual como no relacionamento psicossocial, podendo ocasionar desajustes comportamentais e orgânicos.
A Fase Oral é aquela que vai do nascimento do bebê até aproximadamente os 2 anos de idade e foi chamada de Fase Sádico Oral por Melanie Klein.
O cérebro do bebe, nesta fase, entende todo prazer pela boca.
Esses termos Sádico, Canibalesca vêm de estudos mais profundos sobre a criança sentir prazer e ter o desejo de sucção x desejo de morder o seio da mãe na fase da dentição, e também quanto ao desejo de esvaziar o seio, “destruir o objeto”. A Fase Oral é a primeira fase da evolução da libido, que é a nossa energia de vida, e neste período está sob o primado da boca, daí o nome Fase Oral.
Além da boca, vale considerar  aqui também, a pele e o trato intestinal.
Todo seu prazer se dá pela boca, então ela chora, mama, chupa o dedo, leva todos os objetos à boca..
A boca é seu contato com o mundo!
Essa é a fase da formação da segurança física, psicológica e dos seus modelos e isso acontece por meio do seu contato com a mãe.
É a época da estruturação emocional, em que o toque, os cuidados, o contato físico com a mãe ou cuidador e a proteção recebida são fundamentais para seu desenvolvimento. Apesar de nessa fase a criança ser puro instinto e totalmente dependente, aqui já começa a formação da sua personalidade.
O bebê passa a desejar o seio da mamãe pra mamar.
Nessa época, por meio da amamentação, inicia o aprendizado de carinho, de proteção, do toque, que lhe trarão segurança física e psíquica, e assim estabelecera a relação com os objetos como Agradável ou Desagradável, conforme for sua experiência na amamentação, seja ela no peito ou na mamadeira.
O prazer oral do bebê está relacionado à incorporação, quando suga e digere o leite.
É muito importante e seria o ideal que o bebê, nessa fase, fosse cuidado sempre pelo mesmo adulto, de preferência a mãe, porque ele está no que chamamos de Fase do Espelho, e pelas células espelho a criança aprende a fazer o reconhecimento de sua identidade e a criar vínculos com outras pessoas.
Infelizmente, nos dias modernos, nem sempre isso é possível, porque as mães precisam ou querem trabalhar e esta exigência nos fez condicionar nossos filhos a outras pessoas. O menos pior seria que a troca do cuidador fosse a menor possível.
Uma fase oral bem feita ou mal feita influenciará significativamente em sua personalidade.
É muito importante e seria o ideal que o bebê, nessa fase, fosse cuidado sempre pelo mesmo adulto, de preferência a mãe, porque ele está no que chamamos de Fase do Espelho, e pelas células espelho a criança aprende a fazer o reconhecimento de sua identidade e a criar vínculos com outras pessoas.
Infelizmente, nos dias modernos, nem sempre isso é possível, porque as mães precisam ou querem trabalhar e esta exigência nos fez condicionar nossos filhos a outras pessoas. O menos pior seria que a troca do cuidador fosse a menor possível.
Uma fase oral bem feita ou mal feita influenciará significativamente em sua personalidade.
Boa fase:
O bebê recebe bons cuidados dos pais, recebe contato físico e sempre é pego no colo, recebe beijo, abraço, carinho e é atendido quando chora, enfim, recebe a segurança física de que necessita e sua necessidade de sugar e incorporar também é atendida nas mamadas.
Como consequência esta pessoa tenderá a repetir esta boa relação no futuro, lidando inclusive melhor com as perdas, angústias, ansiedade e, provavelmente, não terá problemas de dependência emocional.
Má fase:
Aqui o bebê não recebeu todas estas provisões de que necessita conforme citadas acima, ou as recebeu em excesso e, neste caso, provavelmente, ficará fixado nesta fase, lhe trazendo prejuízos como tornar-se uma pessoa abandonica, numa busca patológica constante por elogios, beijos, abraços, carinho e por ser amado.
Eo que chamamos de “Magro de Provisão”. A criança pode ficar fixada nesta fase devido à falta do que não teve e poderá perceber em sua vida adulta pessoas e objetos como seus “provedores de alimento.”
Esse indivíduo pode ter as características de comer muito, falar muito e de forma ansiosa, apresentar dependência emocional, já que sentirá constante sensação de abandono. Poderá ser  considerada adicta, sempre em busca de provisões externas e exigirá sempre muito das pessoas e das situações para sentir-se segura.
No outro extremo poderão apresentar dificuldade de contato físico como beijar e abraçar. Poderão  ter também angústia acentuada, tendência à asma e bronquite e até ao Transtorno Bipolar e Esquizofrenia, caso tenha o componente genético.
Se por alguma situação a criança achou-se mal cuidada, mesmo que não tenha sido, as consequências serão as mesmas.
Resumindo…em condições normais de saúde e desenvolvimento o ideal seria  sempre atender ao bebê.
E vale lembrar  que bebe chora mesmo, dá trabalho, sim, requer bastante cuidado, dedicação e paciência. Não existe essa coisa de torcer para ter um bebê bonzinho. Se ele for normal, vai chorar, vai acordar várias vezes durante a noite para mamar mesmo…
A Fase Anal inicia-se por volta dos 18 meses a 2 anos e dura até os 4 anos de idade aproximadamente, e é quando se estruturam a base da Segurança Psíquica e da Formação de Valores da criança.
Nessa fase tão importante entram em cena as características defensivas e sádicas naturais e necessárias a nossa sobrevivência, como a agressividade, posse, egoísmo e dominação.
Sim! Tudo isso é muito importante para seu desenvolvimento saudável.
Essa é a segunda fase da evolução da libido e aqui está sob o primado do anus, mais o trato intestinal e o trato urinário.
Essa é a segunda fase da evolução da libido e aqui está sob o primado do anus, mais o trato intestinal e o trato urinário.
Nesta idade a criança já compreende que existe o Outro,  começa a perceber que ela não é o centro do universo e que tem alguém que manda nela,  a quem ela terá que obedecer se quiser participar da onipotência dos adultos. Aqui começa a formar-se o que chamamos na psicanálise de Ego Ideal, que são os valores que nos são passados por nossos pais, cuidadores, sociedade, religião, etc.
É uma época de grande relevância no desenvolvimento da criança, porque ela já compreende o que lhe é dito e é muito importante que os pais e cuidadores saibam que a criança é totalmente LITERAL nesta idade, ou seja…
…ela não entende o abstrato, ironias, sarcasmos, frases de duplo sentido e muito do que lhe é dito sem cuidado pode ser mal compreendido, gerando angústia.
É preciso dedicação, tempo e paciência para explicar as coisas para uma criança nesta idade… se quando ela for mal educada você disser que “ninguém gosta de você!”, ela vai acreditar; e se quando ela fizer birra você disser “eu vou te deixar aí!”, ela vai sentir-se abandonada; e se quando ela chorar você disser “engole esse choro porque isso não é nada”, ela não vai sentir que seus sentimentos são valorizados e isso tudo terá consequências futuras, então vale ter bastante atenção e cuidado com estas pequenas criaturas que nos são confiadas, pois é através dos nossos olhos que eles serão apresentados ao mundo.
Percebemos que uma criança entrou na Fase Anal quando ela começa a importar-se com o xixi e com o cocô.
A criança entende que as fezes são sua primeira produção e funcionarão como objeto simbólico, e através dele buscará sua segurança psíquica pela posse e dominação, quando conseguir reter ou expelir as fezes sob seu controle. E isso é UAU, muito importante!
É seu momento de manifestar vontade própria inclusive pela agressividade como forma de defesa primitiva, porque ela ainda não conhece outra, então morde mesmo o amiguinho, com convicção e sem culpa, para defender o que é seu.
É uma forma de aprender a se defender, sim, e é natural.
Nesta idade a criança já adquire certa autonomia e começa a gostar do objeto, então é necessário ensinar os cuidados de higiene no banheiro, mas sem passar impressão de que se trata de algo sujo, nojento e, portanto, que requer cuidados exagerados ou desproporcionais.
Falar que o cocô da criança é fedido, nojento e fazer caretas não é uma boa prática, já que isso é uma criação dela e, portanto, deve ser valorizado como tal. É aquela hora de dar tchauzinho para ele no vaso sanitário para ele ir com a mãe dele, por exemplo! Rsrs. Tudo bem tranquilo e bem prazeroso…
O ato de defecar, expulsar as fezes, representa o sadismo normal, ou seja, livrar-se do que não é necessário, desprender-se… é importantíssimo para que, quando adulta, consiga livrar-se de relacionamentos ou situações que não sejam boas para ela. Ao “colocar para fora” suas fezes de forma tranquila, ela aprende também sobre desprendimento e, por tabela, atividade e iniciativa.
Parece algo simples, mas para muita gente não é por toda a vida!
O ato de reter as fezes, controlar os esfíncteres, representa o controle, a dominação normal, e na vida adulta significa o guardar, o poupar, saber cuidar das suas coisas.
Boa Fase
A criança recebe o cuidado adequado dos pais ou cuidadores e aprende sobre segurança psíquica. Os pais ensinam com brandura, inclusive os cuidados higiênicos adequados nas idas ao banheiro, mas sem excessos, e ela aprende que pode ter controle.
Recebe incentivo ao ato de defecar, no ato de expelir, sem inibições, sem ouvir que é feio ou fedido seu cocô, desenvolvendo nela o sadismo normal saudável, para que ela compreenda que pode “colocar para fora” e desprender-se durante a vida daquilo que não lhe serve ou não lhe faz bem.
Quando a criança aprende a reter, a segurar as fezes por vontade própria, até que possa evacuar com higiene ou em local apropriado, ela desenvolve a capacidade normal de dominação e aprenderá a poupar, pensar no amanhã, de forma saudável.
Má Fase
Pelo ato de reter e controlar mal feito, ela pode desenvolver o egoísmo, a mesquinhez, ciúme e controle de ter somente para si, além de irritabilidade e mau humor ao querer expelir o que lhe foi impedido.
O masoquismo, pela dor que sentiu ao ter que reter as fezes quando não lhe foi permitido evacuar naturalmente por excesso de escrúpulos ou nojo, também é desenvolvido nesta fase.
O prazer pela dor… e ela pode achar natural sofrer pela vida afora…
A criança, e depois adulto, pode desenvolver excesso ou a falta de escrúpulos e preconceitos com aquilo que “considerar sujo”, devido a introjeção do nojo passado pelo adulto cuidador.
Vamos lembrar que toda falta, excesso ou trauma sofrido durante a fase leva a uma possível fixação patológica nela. Então cuidados na medida do bom senso é o recomendado.
Acho que deu para perceber de forma clara o quanto o rigor na higiene relativos a este assunto pode gerar de negativo no desenvolvimento da criança. Podem ser consequências bem severas que dificultarão seu convívio social e a sua evolução moral e ética.
Sim, vamos cuidar das crianças com higiene, ensinar a limpar bem o bumbum, lavar as mãos sempre que for ao banheiro, mas também permitir que ela use um banheiro quando disser que está apertada, mesmo que este banheiro não esteja dentro dos padrões de higiene da mamãe, salvaguardado os cuidados básicos, obviamente. Ter na bolsa lencinhos e protetores de assento ajudam para que as saídas sejam mais tranquilas.
Dar tchauzinho para o cocô no vaso sanitário, não desdenhar dessa produção das crianças, não dizer de forma pejorativa que o cocô dela é feio ou fedido e ter muita paciência na retirada das fraldas e transição para o peniquinho, são formas de ajudar seu pequeno a passar por esta fase de forma saudável,  e trará grandes resultados positivos para todos na família.
Agora entrando no comportamento, precisamos lembrar que os limites são necessários nesta fase e a criança precisa sentir que os pais cuidam dela, e dizer NÃO é importante para que ela faça a distinção entre o que é ela e o que é o outro.
Nesta fase começa a funcionarna criança o Sistema Límbico, que é um mecanismo de proteção que envolve as amígdalas cerebrais, no hipocampo, e o córtex.
Confira aqui: Sistema Límbico, inteligência emocional e autoestima.
O Sistema Límbico entra em ação num ato de defesa quando perdemos o prazer e nesta fase e está em seu mais alto grau de desenvolvimento. Terminada esta fase ele cede para voltar novamente com força total na adolescência!
Então, quando a criança é obrigada a fazer algo que a tira do seu prazer, seu sistema límbico é acionado e ela reage com raiva, e a pequena criatura que teve sua fase oral bem feita e criou uma identidade começa a dizer NÃO.
Época de desespero para muitos pais, que  afinal, também têm sistema límbico e precisam ser suficientemente lúcidos para controlá-lo e não discutir de igual para igual com uma criança de 3 anos.
Nesta idade  está acontecendo o reconhecimento do OUTRO e de SI MESMO, e começa a fase do “NÃO’, do “POR QUE” e do” “É MEU!”.
“NÃO! É MEU” é uma frase comum para uma criança anal, e este egocentrismo faz parte da formação de identidade dela. Quando o adulto interfere nesse egocentrismo da criança anal, mandando que ela divida seu brinquedo, seu lanche ou que empreste algo para o amiguinho, ele interfere também no seu pleno desenvolvimento.
Quando dizemos a uma criança que não queremos que ela faça alguma coisa que ela queira fazer, acionamos o seu sistema límbico e ela fica com raiva. Suportar a raiva que essa criança sente por consequência da perda do seu prazer é tarefa árdua, mas importante.
Quando é permitido à criança que o seu sistema límbico inicie e termine seu funcionamento fazendo seu ciclo completo de começo, meio e fim, para que, finalmente, ela submeta-se a autoridade da mãe ou do cuidador, ela aprenderá algo muito importante, que é a AUTOESTIMA. O autoamor. O gostar de si mesma. Algo de importância máxima, que a livrará de tornar-se um dependente emocional de terceiros.
O desejo dos pais deve ser o limite para a criança, sem maiores explicações. Apenas: não pode porque a mamãe não quer! Ponto. Ela precisa saber que tem alguém que cuida dela, e nessa idade não precisa de grandes explicações sobre ordens.
Vale lembrar que autoridade é diferente de autoritarismo.
Com autoridade os pais determinam o que pode ou não pode, mas permitem que a criança sinta raiva e passe pelo processo límbico, enquanto no autoritarismo os pais mandam engolir o choro, não permitindo que o ciclo aconteça.
O sentimento gerado nela ao perceber que alguém foi capaz de suportar seu lado mal e que, inclusive, ela mesma foi capaz de suportá-lo sem que nada de grave tenha acontecido, e que os pais continuam a amá-la e tratá-la normalmente é o que dará a criança a possibilidade de gostar dela própria.
É uma tarefa muito importante criarmos adultos sadios e que se aceitem como são
Para que não sejam dependentes de padrões da sociedade e da atenção e reconhecimento do que é externo. Uma criança com segurança emocional e psíquica tem muito mais chances de ser resiliente e suportar as adversidades da vida sem sucumbir a elas, então coragem e muita paciência, que todo esforço será recompensado ao perceber que sua criança se valoriza pela ética e não pela estética.
A Fase Fálica 
é a base da Formação do Reconhecimento, da busca por Provisões, por ser Amado, Valorizado e Aceito. É a terceira fase da evolução libidinal e está sob o primado do Falo. É quando a criança começa a prestar atenção nos órgãos sexuais dela e dos pais. É o início da Sexualização e da Afetividade.
Aqui o prazer já está nos genitais, no pênis no menino, e na menina no clitóris. Nessa fase, a criança está com seu desenvolvimento biológico quase concluído, mas lhe falta ainda a maturidade psíquica.
Agora suas pulsões, antes parciais, ou seja, em outros órgãos, como boca e ânus, já estão sob influência dos órgãos genitais. Biologicamente o sistema límbico diminui sua ação e o sistema psíquico inaugura o Medo da Perda, que é a fase mais importante da nossa afetividade, do desenvolvimento do bom apego.
Nesse momento, é hora dela perceber que faz parte do triângulo familiar, pai, mãe e filho,  mas que não é quem manda nele.
É uma fase onde há ênfase na personalidade narcísica na criança, a menina percebe que é mulher igual a mãe e o menino percebe que é homem  igual ao pai. Nessa fase a criança busca e precisa de Reconhecimento, ela quer sentir seu pertencimento na família, porque a afetividade precisa dessa resposta. A criança nessa idade é mais obediente e será uma fase encantadora se a criança passou bem pelas anteriores.
Agora é época de contar a verdade de onde ela veio, sejam filhos naturais ou do coração, sempre falando a verdade, para que ela possa acreditar na vida. Essa é aquela fase em que a criança faz desenhos, dança, canta e quer plateia em casa e fora de casa. Ela é o show!
Deem a plateia aos seus filhos, reconheçam seus talentos e habilidades, incentive-os mesmo que eles não correspondam aos seus padrões.
Vamos considerar uma Boa Fase quando a criança recebeu os cuidados adequados:
A criança é amada, reconhecida e aceita;
É educada com brandura;
Recebe toda a atenção, orientação e limites adequados.
Toda esta atenção dos pais e cuidadores a incentivará a ter uma boa vaidade. Aquela saudável, que sente prazer em cuidar de si, além da boa prepotência, ou seja, o bom orgulho, aquele de saber reconhecer seus erros e acertos de forma tranquila.
A Má Fase
 é aquela em que a criança teve falta ou excesso:
A criança poderá tornar-se um adulto inseguro, um “Magro de Provisão”, eterno propiciatório,que vive para agradar aos outros, para receber a atenção e o reconhecimento que não teve dos pais ou cuidadores;
Pode tornar-se tímido ou introvertido;
Constantes sentimentos de inferioridade e enorme necessidade de reconhecimento podem acompanhá-la vida afora causando sérios problemas de autoestima.
Ainda quando teve excessos, será um “Gordo de Provisão”, narciso crítico, exigindo sempre muita atenção e somente para si.
Período de Latência, que acontece dos 6 aos 11 anos aproximadamente, e é uma época de Amadurecimento Psíquico, e já não é considerada uma fase, e sim um Período, pois aqui há uma parada significativa no desenvolvimento da sexualidade.
Nessa fase a criança inicia o amor homossexual, que é seu primeiro amor, quando brinca com seus pares, do mesmo sexo, se pegam, se tocam nas brincadeiras e fazem cara de nojo ao falar do sexo oposto.
Época do Clube do Bolinha e da Luluzinha, em que eles se reconhecem para depois poderem escolher o sexo oposto na descoberta do segundo amor.
Se a criança não tiver este espelho nesta fase, ou seja, a correta figura para que possa fazer esta identificação, ela começará pela segunda fase, terá seu interesse invertido e, provavelmente, viverá esse primeiro amor homossexual pelo resto da sua vida.
Se tudo transcorreu bem com essa criança até essa fase, o sistema límbico para de funcionar, as amígdalas cerebrais aceleram seu trabalho, o medo cresce, e isso faz com que também cresça seu entrelaçamento com os pais.
É uma época de manias, tiques e comportamentos obsessivos compulsivos normais que passarão naturalmente até os 11 anos, e é um critério neurológico que a criança precisa passar nessa fase para não passar depois, na vida adulta, de forma tardia.
Se seu filho está com mania de colocar a mão no nariz ou fazer algo nojentinho, não se preocupe, vai passar! Rs
Brincando ela desenvolve a expressão da Alegria, que lhe servirá de suporte para situações mais difíceis na vida adulta. Será brincando que ela desenvolverá a Empatia e a Socialização ajustadas. É um período em que os valores que recebeu dos pais e cuidadores e que formaram seu caráter se intensificam, é hora de pensar no Outro! Viva a Empatia!
Seus órgãos sexuais estão praticamente prontos para a procriação, mas ainda lhe falta maturidade emocional. Aqui o primado é do Superego, que é nosso censor interno do Pudor e da Repressão Sexual.
Como nas demais fases anteriores, existem as consequências da Boa Fase e daMá Fase que podem se dar pela falta ou pelo excesso e vamos a elas:
Boa Fase
A criança pode brincar tranquilamente.
Recebe orientação e atenção dos pais e cuidadores.
Dessa forma, desenvolve e aprimora a Empatia e a Criatividade que lhe serão úteis futuramente na solução de problemas.
Má Fase
A criança não recebeu o necessário e pode tornar-se infantilizada, brincando e se comportando como uma criança crescida, podendo apresentar dificuldades em estabelecer ideais, em sentir prazer no estudo e no trabalho, além da possibilidade de permanecer cronicamente egocêntrica.
No Período de Latência a criança precisa ser respeitada e ter o direito de brincar, evitando a sexualização precoce, pois é uma época de socializar que será de grande importância para aprender a ser solidária e compreender o outro, ser amiga e participar da comunidade, saindo do centro de sua existência.
A Fase Genital é a época da constante Insegurança, quando se inicia a Puberdade, época em que o menino terá sua primeira ejaculação e a menina sua primeira menstruação.
Na Puberdade há o desenvolvimento Físico-Biológico, e na Adolescência o desenvolvimento Psicossocial.
A Adolescência é conceito novo, surgido após a 2ª Guerra Mundial, e que se inicia cada vez mais cedo roubando parte do Período de Latência, que é tão importante para o desenvolvimento sadio da personalidade.
Na Adolescência o sistema límbico volta a funcionar com força total, o juízo crítico diminui, e volta em ação a criança birrenta de 3 anos, só que num corpo bem crescido e com hormônios a mil! rs.
Os hormônios entram em ação. O humor começa a mudar rápido e eles mesmos não compreendem seus sentimentos.
Entra no circuito também a dopamina que em contato com a progesterona e a testosterona, os tornam mais ativos ou depressivos.
Nas meninas o Aparelho Reprodutor está pronto para a procriação, já há consolidação biológica e psicológica e as pulsões sexuais estão completas no órgão genital.
A testosterona deixa os meninos confusos e podem ter rendimento escolar diminuído devido a perda da capacidade de se organizar.
É uma fase de grandes e fortes transformações biológicas, hormonais, psíquicas e sociais.
O indivíduo está se preparando para fazer sua escolha de Objeto Total, seja na área Afetiva como na área Profissional, e como seu Ego está se ajustando para lidar com sua sexulidade e com seu censor interno, alterna atitudes, ora infantis, ora adultas, gerando grande insegurança.
Época importante onde o indivíduo passa a rever alguns valores que lhes foram passados por seus pais e cuidadores e que formavam sua Personalidade, acrescentando outros que lhe fazem mais sentido, determinando assim seu Caráter.
Finalizando, acho que foi possível compreender a grandiosidade da responsabilidade nos cuidados na criação de nossas crianças, e como nosso comportamento gera consequências neles, que depois nós mesmos criticamos e desgostamos.
A parceria é algo que faz toda a diferença para os jovens. Ser parceiro do seu filho significa estar ao lado dele e deixar que ele perceba isso, mesmo que seja para ampará-lo em um Não necessário.
Saber que alguém vai suportar suas reações e suas angústias, e ainda continuar a amá-los é imprescindível para que sintam-se seguros.
Precisamos ser parceiros de nossos filhos, deixar algumas atividades individualistas para nos dedicar a estes seres que dependem de nossa ação para sua formação.
Espero que estas informações tenham sido de utilidade e reflexão para a criação de pessoas mais livres, felizes e conectadas com o Todo.
Muito Obrigada 
Adriane Prestes
Desenvolvimento Humano I
Professora Débora

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