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Mineralização Dentária

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35Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de 
Nicodemo, Moraes e Médici Filho na estimativa 
da idade de paraibanos*
The use of the Nicodemo, Moraes e Médici Filho Table of dental 
mineralization chronology to estimate the Paraibanos’ age
Marina Barrêto Pereira Moreno¹; Tércio José Pereira Pontes¹; 
Patrícia Moreira Rabello²
Moreno MBP; Pontes TJP; Rabello PM. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes 
e Médici Filho na estimativa da idade de paraibanos. Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1);35-44.
RESUMO: Objetivo: Verificar o índice de acerto da idade cronológica de jovens quando utilizada a tabela de Nicodemo, 
Moraes e Médici Filho na estimativa da idade por meio de radiografia panorâmica de paraibanos. Metodologia: A 
amostra foi composta por 94 imagens de radiografias panorâmicas de indivíduos entre 10 e 25 anos. Utilizou-se a tabela 
de mineralização descrita no estudo de NOLLA de acordo com a cronologia de mineralização dos dentes permanentes 
no Brasil criada por Nicodemo, Moraes e Médici Filho. O tipo de estudo foi o transversal e cego. Para análise dos dados, 
foram obtidas distribuições absolutas e percentuais e foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. O nível de significância 
utilizado nas decisões dos testes estatísticos foi de 5%. Resultados: O percentual de acerto nesta faixa etária foi maior 
quando se analisaram apenas 4 dentes por radiografia panorâmica (81,9%) em relação à análise de 16 (4,3%). A análise 
baseada na imagem dos 3os molares apresentou o maior percentual de acerto (66%) em relação à avaliação dos demais 
dentes. Não houve diferença estatística entre o percentual de acerto quando comparados os resultados para homens e 
mulheres do grupo total (p=0,479). O percentual de acerto foi maior quando utilizou-se a imagem da amostra entre 10 e 15 
anos (94,4%) em relação aos com mais de 15 anos (65%), apresentando diferença estatisticamente significante (p>0,001). 
Conclusão: Os métodos de estimativa da idade utilizando a tabela de Nicodemo, Moraes e Médici Filho propostos por 
este estudo demonstraram percentuais de acerto baixos quando da avaliação de 16 dentes. Os resultados foram mais 
satisfatórios com a utilização de apenas 4 dentes na avaliação, principalmente na faixa etária dos 10 aos 15 anos. Em 
termos da prática odontolegal, os resultados apresentavam intervalos etários muito amplos, o que inviabilizaria o uso deste 
método isoladamente na amostra estudada. Na busca de um método de estimativa de idade para responder à solicitação da 
Justiça, os Odontolegistas devem associar mais de uma técnica e, com isto, oferecer conclusões mais precisas. 
DESCRITORES: Odontologia Legal; Determinação da Idade pelos Dentes; Radiologia.
* O texto é inédito. Aprovado por pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba CEP-CCS, no dia 
09/07/2008, protocolo nº 0283.
1. Graduados em Odontologia pela Universidade Federal da Paraíba.
2. Professora Doutora Adjunta do Departamento de Clínica e Odontologia Social da UFPB.
Endereço para correspondência: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências da Saúde - Campus I, Departamento 
de Odontologia Clínica e Social. Cidade Universitária - Campus I. CEP: 58059-900 - Joao Pessoa, PB – Brasil. E-mail: 
marinabpmoreno@hotmail.com
36 Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
INTRODUÇÃO
A perícia é um procedimento especial de constatação, prova ou demonstração científica ou técnica, relacionado com 
a veracidade de uma situação ou análise1. As perícias 
odontolegais podem ser conceituadas como operações 
destinadas a ministrar esclarecimentos técnicos à Justiça, 
por meio da elaboração de documentos odontolegais – 
autos, laudos e pareceres – os quais funcionarão como 
provas técnicas a serem analisadas pelo juiz no processo2. 
Dentre os processos de identificação do indivíduo, 
a estimativa da idade é um dos mais utilizados pelos 
peritos. Ela pode ser feita tanto em vivos quanto em mortos 
(corpos ou ossadas). O diagnóstico de idade de pessoas 
vivas geralmente avalia a probabilidade de a pessoa ter 
atingido uma idade juridicamente relevante. No caso 
de cadáveres e esqueletos, é utilizada para auxiliar na 
identificação do indivíduo, quando o reconhecimento não 
é possível por outros métodos, usualmente em situações 
de mutilação, ausência de ossos, estágio avançado de 
decomposição ou mesmo, carbonização3. 
São várias as metodologias para a estimativa 
de idade e a escolha dependerá das circunstâncias e de 
quão preciso o diagnóstico da idade deve ser no caso 
em apreço4. Existem técnicas que utilizam dados gerais 
como estatura, peso e presença de rugas, e outras avaliam 
caracteres sexuais secundários (presença e coloração de 
pelos pubianos e axilares), desenvolvimento de genitália 
externa; presença de mamas; desenvolvimento ósseo e 
desenvolvimento dentário5. 
Os dentes, mesmo estando sujeitos a fatores 
intrínsecos e extrínsecos que alteram seu desenvolvimento, 
são relativamente estáveis quando comparados a outras 
estruturas do corpo humano, já que reagem de maneira 
peculiar aos estímulos externos5. 
Desde a vida intrauterina até a erupção dos 3os 
molares, uma sucessão de estágios, que se encontram 
perfeitamente identificados e caracterizados na literatura, 
ocorre na dentadura dos seres humanos. Pela pouca 
variação do desenvolvimento dentário entre as diversas 
etnias, sua avaliação permite o cálculo da idade do 
indivíduo com satisfatória precisão. Nesse caso, é valiosa 
sua contribuição na perícia para estimativa de idade 
em crianças e adolescentes, pois quanto mais jovem o 
indivíduo, maior o número de informações que se pode 
obter da análise da dentição, em razão do maior número 
de dentes em formação1. 
De fato, a avaliação da cronologia da 
mineralização dos dentes é um dos métodos mais comuns 
para se estabelecer a idade em seres humanos, sejam estes 
vivos, mortos ou em fase de esqueletização6. Para melhor 
compreensão, pode-se classificar a evolução dentária em 
períodos de desenvolvimentos e etapas: lâmina dentária, 
calcificação ou mineralização dos dentes, cronologia da 
erupção e modificações tardias3. 
O estudo das etapas da evolução dentária pode 
ser realizado tanto pelo método direto, que consiste 
na análise clínica, em que se verificam o número de 
elementos dentários, a sequência eruptiva e o estado 
geral dos dentes; quanto pelo método indireto realizado 
por meio do estudo de exames radiográficos. Schimidt3 
afirma que estes métodos fornecem elementos suficientes 
para a aferição do estágio de desenvolvimento do 
indivíduo, desde o embrião de 6 semanas até a idade de 
18 e 21 anos. 
O método radiográfico é considerado mais fiel 
do que o clínico porque se baseia na mineralização dos 
elementos dentários, independentemente da sua erupção, 
esta, sujeita a fatores ambientais e locais. Baseia-se 
na análise de imagens radiográficas em comparação 
com valores estabelecidos em tabelas com dados 
padronizados7.
Estudos em diferentes populações foram 
realizados a fim de estimar a idade de indivíduos com 
base no desenvolvimento dentário. A tabela de Nicodemo, 
Moraes e Médici Filho, foi desenvolvida no estado de São 
Paulo com este fim. Os autores perceberam que as tabelas 
estrangeiras descritas na literatura não eram compatíveis 
com a amostra brasileira e perceberam a necessidade da 
avaliação da idade dentária a partir de uma tabela com 
padrões nacionais8.
Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo 
correlacionar a idade cronológica de indivíduos 
paraibanos de 10 a 25 anos com as idades sugeridas na 
tabela de Nicodemo, Moraes e Médici Filho, tendo por 
base os estágios de mineralização dental.
METODOLOGIA
Trata-se deestudo do tipo transversal e cego. A 
amostra total foi composta por 94 imagens de radiografias 
panorâmicas, sendo 46 radiografias de indivíduos do 
sexo masculino e 48 radiografias de indivíduos de sexo 
feminino. As radiografias foram avaliadas por um único 
pesquisador. Todas as radiografias foram realizadas no 
mesmo equipamento, no ano de 2010, digitalizadas e 
cedidas por uma clínica de radiologia da cidade de João 
Pessoa, Paraíba. Foram incluídas as radiografias de 
indivíduos com idade entre 10 e 25 anos, nascidos em 
diferentes cidades do estado da Paraíba e descartadas as 
radiografias que possuíam ausência de vários elementos 
dentários, quando o mesmo elemento dentário estivesse 
ausente em ambos os lados de um mesmo arco, 
principalmente segundos e terceiros molares, bem como 
aquelas com qualidade ruim, ou seja, falta de nitidez, 
contraste e pouca visibilidade. Este estudo foi aprovado 
pelo Comitê de Ética do Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal da Paraíba.
A calibração consistiu na análise de 6 radiografias 
37Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
panorâmicas, previamente selecionadas, e sua posterior 
comparação com a tabela dos estágios de mineralização dos 
elementos dentários de Nolla, modifi cada por Nicodemo, 
Moraes e Médici Filho. Após 8 dias, as radiografi as 
foram reavaliadas para se obter a concordância intra-
examinador. O valor de kappa foi 0,94, com intervalo de 
confi ança 0,86 a 1,00.
Os dados foram coletados através de um estudo 
cego, no qual se estimou a idade de homens e mulheres, 
exclusivamente por meio da avaliação imaginológica. 
Cada amostra foi analisada em 2 avaliações distintas, em 
duas fases diferentes. 
Na primeira avaliação, em cada radiografi a, foram 
analisados os estágios de mineralização dental de 16 
dentes, com o critério de melhor visualização, sendo 8 
superiores e 8 inferiores. O estágio de mineralização em 
que cada dente se encontrava foi determinado por meio da 
tabela de Nicodemo, Moraes e Médici Filho, utilizando 
a descrição na faixa de meses, com limites mínimo e 
máximo, para todos os dentes analisados. Após essa etapa, 
somaram-se todas as idades mínimas e dividiu-se pelo 
número de dentes analisados. O mesmo procedimento foi 
realizado usando-se a idade máxima. Essa metodologia 
foi repetida em todas as 94 radiografi as panorâmicas.
Na segunda, foram avaliados apenas 4 dentes 
em cada radiografi a, 1 segundo e 1 terceiro molar por 
arcada, sem levar em consideração o hemiarco em que 
cada dente se encontrava. Determinados os estágios de 
mineralização de cada dente pela tabela cronológica de 
Nicodemo, Moraes e Médici Filho, defi niu-se a faixa 
etária do indivíduo observando a menor idade mínima e a 
maior idade máxima de todos os dentes examinados.
Após comparação dos resultados com a idade 
cronológica, realizou-se a análise estatística descritiva 
dos estágios de calcifi cação (média, desvio padrão, 
gráfi cos e porcentuais dos estágios), utilizando-se o SPSS 
(Statistical Package for the Social Sciences) for Windows 
(versão 17), e avaliou-se a variabilidade dos segundos e 
terceiros molares, verifi cando o grau de aplicabilidade e 
veracidade das informações etárias obtidas na pesquisa 
em relação às idades reais. 
Para a análise dos dados, foram obtidas 
distribuições absolutas e percentuais e foi utilizado o 
teste Qui-quadrado de Pearson. O nível de signifi cância 
utilizado nas decisões dos testes estatísticos foi de 5%.
RESULTADOS
No primeiro estudo, dos 94 pacientes, em apenas 
4 (4,3%) houve acerto na faixa etária quando analisados 
os 16 dentes. Ao contrário, na segunda fase do trabalho, 
quando apenas 4 dentes foram pesquisados, obteve-se 77 
(81,9%) de acerto do total da amostra, independentemen-
te do dente avaliado, quando se comparou a idade estima-
da com a idade cronológica do indivíduo.
Na Tabela 1 estão os resultados do acerto por 
grupo de dente ou por dente no arco superior. A Tabela 
2 apresenta os resultados no arco inferior e na, Tabela 
3, os resultados independentemente do arco. Na Tabela 
1 é possível verifi car que o maior percentual de acerto 
foi registrado para o 3os molares superiores (63,8%); não 
houve acerto na avaliação dos incisivos centrais superio-
res (ICS), incisivos laterais superiores (ILS) e 1os molares 
superiores (MS). Nos demais dentes, os percentuais varia-
ram de 16,0% (2os pré-molares superiores, PMS) a 26,6% 
(2os molares superiores, MS). 
TABELA 1 - Distribuição numérica e percentual dos acertos e erros entre a idade estimada e a real observados por mineralização 
de 8 elementos dentários superiores, de indivíduos entre 10 e 25 anos, em João Pessoa-PB, 2012 (n=94)
Dente Acerto Erro Não avaliado* 
N % N % n %
• ICS - - 93 98,9 1 1,1 
• ILS - - 92 97,9 2 2,1 
• CS 23 24,5 71 75,5 - - 
• 1º PMS 22 23,4 69 73,3 3 3,2 
• 2º PMS 15 16,0 78 83,0 1 1,1 
• 1º MS - - 94 100,0 - - 
• 2º MS 25 26,6 69 73,4 - - 
• 3º MS 60 63,8 34 36,2 - - 
*Elemento dentário que não foi possível observar com clareza nas radiografi as
Resultados similares podem ser observados 
na Tabela 2, para o arco inferior. O maior percentual 
de acerto foi registrado para os 3os molares inferiores 
(68,1%), sendo que não houve acerto na análise dos 
incisivos centrais inferiores (ICI), incisivos laterais 
inferiores (ILI) e 1os molares inferiores (MI). Nos 
demais dentes, a variação de acerto situou-se entre 
25,5% e 31,9%. 
38 Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
TABELA 2 - Distribuição numérica e percentual dos acertos e erros entre a idade estimada e a real observados por mineralização 
de 8 elementos dentários inferiores de indivíduos entre 10 e 25 anos, em João Pessoa-PB, 2012 (n=94)
Dente Acerto Erro Não avaliado*
N % N % N %
• ICS - - 92 97,9 2 2,1 
• ILS - - 94 100,0 - - 
• CS 25 26,6 69 73,4 - - 
• 1º PMS 24 25,5 69 734 1 1,1 
• 2º PMS 24 25,5 70 74,5 - - 
• 1º MS - - 94 100,0 - - 
• 2º MS 30 31,9 64 68,1 - - 
• 3º MS 64 68,1 30 31,9 - -
*Avaliação do elemento prejudicada pela nitidez nas radiografi as
As Tabelas 3 a 7 apresentam os resultados do 
acerto por dente no grupo total e estratifi cados por sexo 
e por faixa etária da segunda fase do estudo, ou seja, da 
análise de apenas 4 elementos por radiografi a. Na Tabela 
3 é possível verifi car que os maiores percentuais de 
acertos foram observados para os 3os molares (61,7%) e 
variaram de 27,7% a 30,9% para os 2°s MS e 2°s MI, 
respectivamente.
TABELA 3 - Distribuição numérica e percentual dos acertos e erros entre a idade estimada e a real quando da análise da 
mineralização de 4 elementos dentários de um mesmo indivíduo: segundos e terceiros molares, inferiores e superiores, João Pessoa-
PB, 2012 (n=94)
Dente Acerto Erro 
N % N %
• 2º MS 26 27,7 68 72,3 
• 3º MS 58 61,7 36 38,3 
• 2º MI 29 30,9 65 69,1 
• 3º MI 58 61,7 36 38,3 
Os resultados da Tabela 4 indicam o percentual 
de acerto da faixa etária para o total (4 dentes) das 
46 radiografi as de indivíduos do sexo masculino e 
48 radiografi as de indivíduos de sexo feminino. Não 
houve diferença estatisticamente signifi cativa entre os 
grupos, muito embora numericamente tenha havido um 
percentual mais elevado de acerto quando da análise de 
radiografi as das mulheres (84,8%) (p > 0,05). 
TABELA 4 - Distribuição numérica e percentual, por sexo, dos acertos e erros entre a idade estimada e a real quando da análise 
da mineralização de 4 elementos dentários do mesmo indivíduo, João Pessoa-PB, 2012 (n=48 para o sexo masculino e n=46 para 
o sexo feminino)
Gênero
Grupo total Masculino Feminino Valor de p
N % N %
Acerto 38 79,2 39 84,8 p(1) = 0,479 
Erro 10 20,8 7 15,2 
(*): Diferença signifi cativa ao nível de 5,0%. 
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
39Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
Na Tabela 5 é possível verifi car que a maior 
diferença percentual de acertos ocorreu nos 3os MIs, que 
tiveram valores mais elevados na análise das radiografi as 
de indivíduos do sexo feminino (73,9%). A estimativa 
da idade proporcionada por estes dentes demonstrou 
diferença signifi cativa entre gêneros (p < 0,05). Os dados 
observados na tabela 6 mostram que o percentual de 
acertos foi bem mais elevado entre os pesquisados que 
tinham 10 a 15 anos (94,4%) do que entre os com mais 
de 15 anos (65,0%) e se comprova diferença signifi cativa 
entre as faixas etárias em relação ao percentual de acertos 
(p < 0,001). 
TABELA 5 - Distribuição numérica e percentual por sexo dos acertos e erros entra a idade estimada e a real observados por 
mineralização dos segundos e terceiros molares, inferior e superior, João Pessoa-PB, 2012
Sexo
Dente Masculino Feminino Valor de p
N % n % 
• 2º MS 
Acerto 12 25,0 14 30,4 p(1) = 0,556 
Erro 36 75,0 32 69,6
• 3º MS 
Acerto 31 64,6 27 58,7 p(1) = 0,557 
Erro 17 35,4 19 41,3
• 2º MI 
Acerto 14 29,2 15 32,6 p(1) = 0,718 
Erro 34 70,8 31 67,4
• 3º MI 
Acerto 24 50,0 34 73,9 p(1) = 0,017* 
Erro 24 50,0 12 26,1
(*): Diferença signifi cativa ao nível de 5,0%. 
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
TABELA 6 - Distribuição numérica e percentual por faixa etária dos acertos e erros entre a idade estimada e a real quando da 
análise da mineralização de 4 elementos dentários do mesmo indivíduo, João Pessoa-PB, 2012
Faixa etária (anos)
Grupo total 10 a 15 Mais de 15 ou mais Valor de p 
N % N %
Acerto 51 94,4 26 65,0 p(1) > 0,001* 
Erro 3 5,6 14 35,0
• TOTAL 54 100,0 40 100,0
(*): Diferença signifi cativa ao nível de 5,0%. 
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
A Tabela 7 mostra que o percentual de acertos foi 
bem mais elevado entre os indivíduos que tinham de 10 a 
15 anos do que entre os que tinham mais de 15 anos, uma 
vez que não houve acerto quando avaliados os segundos 
molares neste grupo. Foram registradas diferenças 
signifi cativas entre as duas faixas etárias para cada um 
dos dentes (p < 0,05).
40 Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
TABELA 7 - Distribuição numérica e percentual por faixa etária dos acertos e erros entre a idade estimada e a real observados por 
mineralização dos segundos e terceiros molares, inferior e superior, João Pessoa-PB, 2012
Faixa etária (anos)
Dentes 10 a 15 Mais de15 anos Valor de p 
N % N %
• 2º MS 
Acerto 26 48,1 - - p(1) > 0,001* 
Erro 28 51,9 40 100,0
• 3º MS 
Acerto 38 70,4 20 50,0 p(1) = 0,045* 
Erro 16 29,6 20 50,0
• 2º MI 
Acerto 29 53,7 - - p(1) > 0,001* 
Erro 25 46,3 40 100,0
• 3º MI 
Acerto 38 70,4 20 50,0 p(1) = 0,045* 
Erro 16 29,6 20 50,0
(*): Diferença signifi cativa ao nível de 5,0%. 
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
DISCUSSÃO
Diversos métodos radiográfi cos para estimativa 
de idade na odontologia foram desenvolvidos, 
considerando características específi cas das populações 
sendo estudadas. Assim, a aplicação indistinta de um 
método desenvolvido para uma população em outra, 
com características genéticas e comportamentais 
distintas, pode não ser adequada. Muitos autores, 
dentre eles Saliba9, acreditam que o método de Nolla10 
seja efi ciente e aplicável neste sentido, porém, por 
não apresentar uma representação gráfi ca de fácil 
interpretação para a determinação da idade real, tem 
sua aplicação difi cultada, assim como o método de 
Dermirjian, Goldstein e Tanner11-14. Outro método 
conhecido, porém muito criticado, é o de Gustafson e 
Koch15, pois sua utilização para a determinação de idade 
para fi ns de imputabilidade é prejudicada, uma vez que 
exclui os terceiros molares na sua avaliação.
Para solucionar essa problemática, Nicodemo, 
Moraes e Médici Filho16, baseados nos estágios de 
mineralização de Nolla, transformaram os 10 estágios 
em apenas 8 e desenvolveram uma tabela em meses que 
associa grafi camente os valores referidos por Nolla à 
idade máxima e mínima em meses para a caracterização 
do estágio para cada grupo de elementos dentários. Esta 
tabela foi aplicada em população leucoderma no estado 
de São Paulo. 
De acordo com o IBGE17, verifi cam-se no estado 
de São Paulo 3 grupos de cor ou raça predominantes: 
64,4% da população se autodeclarou branca, 5,8% 
preta e 28,3% parda. Já na Paraíba observa-se uma 
distribuição de 36,4% que se autodeclarava branca, 4,9% 
preta e 58,4% parda. É importante destacar que se trata 
de uma declaração fornecida pelo próprio entrevistado 
e que esta percepção pode variar entre os indivíduos. 
Apesar de São Paulo e Paraíba se situarem em regiões 
diferentes do país com hábitos culturais, condições de 
saúde e hábitos alimentares distintos, essas diferenças 
ainda são menores quando comparadas a outros países 
na questão da etnia e hábitos culturais.
Fatores que afetam a formação, desenvolvimento 
e erupção dos dentes são difíceis de serem detectados18, 
mas acredita-se que variáveis ambientais, nutricionais e 
étnicas podem interferir no desenvolvimento dentário19. 
Existem dúvidas sobre como a origem étnica infl uencia 
a mineralização, entretanto sabe-se que essa diferença 
existe20 e apesar do Brasil ser um país com extenso 
território, apresentar uma população miscigenada 
e diferentes hábitos culturais e alimentares entre as 
regiões, que poderiam infl uenciar no desenvolvimento 
da população, essas diferenças parecem ser menores 
do que quando comparadas com populações de outros 
países. Por isso optou-se, no presente estudo, pela 
utilização de uma tabela desenvolvida para uma 
população brasileira.
41Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
A idade cronológica de um indivíduo não 
necessariamente coincide com sua idade de maturação. 
O desenvolvimento esquelético pode estar atrasado 
ou avançado em vários graus de divergência com sua 
idade cronológica real. Já a idade biológica envolve o 
desenvolvimento do corpo em relação à maturidade, 
engloba alterações anatômicas, dentais e maturação 
esquelética, desenvolvimento de características sexuais 
secundárias, função hormonal e atividade enzimática, 
uma vez que esses mecanismos podem ser influenciados 
pela genética, por fatores socioeconômicos, ambientais, 
nutricionais e por condições relacionas ao gênero do 
indivíduo. No presente estudo não foram levantados 
dados quanto a alterações de gestação, nutrição e nível 
socioeconômico da amostra estudada, o que pode 
explicar a variação dos resultados obtidos21.
O presente estudo se fundamentou no trabalho 
de Nicodemo, Moraes e Médici Filho16 para observar a 
aplicabilidade deste método na cidade de João Pessoa, 
PB. Foram analisadas radiografias panorâmicas de 
jovens na faixa etária de 10 a 25 anos e constatou-se 
que os incisivos e os primeiros molares completaram 
sua mineralização muito precocemente: no máximo 
com 116 meses todos esses dentes já estavam com seus 
ápices fechados. Por esse motivo a aplicação do método 
de Nolla10 foi ineficaz nessa faixa etária, obtendo apenas 
4,3% de acerto da idade real quando estudados os 16 
elementos dentais.
Para estimar a idade de uma pessoa através dos 
elementos dentais, quanto mais jovem o indivíduo, 
haverá um maior número de dentes em estágios distintos, 
de modo que a estimativa será mais fácil e seu resultado 
mais próximo da idade cronológica. A pesquisa mostrou 
que o percentual de acertos foi bem mais elevado entre 
os pesquisados que tinham de 10 a 15 anos do que 
entre os com mais de 15 anos, o que demonstra a maior 
dificuldade em estimar a idade de indivíduos entre 15 
a 18 anos, que é a faixa etária que mais necessita de 
estimativa dentro dos institutos médico-legais devidoà necessidade de se distinguir entre menores infratores 
e adultos que, em flagrante delito, não portando 
documentos, simulem idade inferior para não sofrer 
punições. No entanto, a mineralização do terceiro 
molar, apesar de ser muito controversa, ocorre nesta 
época, o que favorece a estimativa da idade das faixas 
etárias com implicações civis e criminais 6,22.
Frente à imprecisão dos resultados iniciais na 
estimativa de indivíduos com mais de 15 anos, uma 
segunda avaliação foi feita analisando apenas segundos 
e terceiros molares, superiores e inferiores, objetivando 
a sensibilidade do teste para esta faixa etária. De fato, 
a nova metodologia trouxe uma frequência maior de 
acerto da idade real do indivíduo, só que às custas de 
um intervalo maior de estimativa, chegando a colocar a 
idade real do indivíduo num intervalo de 9 anos.
A análise da frequência de acerto de dentes 
isolados indicou que os terceiros molares apresentaram 
o maior índice de acerto quando comparado aos demais 
elementos dentários. Ennis & Berry23, Ferreira24, Miles25, 
Weise & Bruntsch26 e Cornélio Neto27 desenvolveram 
estudos com os 3os molares e concluíram que esse 
elemento é essencial e determinante para estimar a 
idade entre 14 e 22 anos. Porém, Samico28, em seu 
trabalho “O dente em sua evolução e a determinação 
da idade”, chegou à conclusão de que não se deve 
ter confiança absoluta no 3o molar, pois este possui 
inúmeras variações evolutivas. Entretanto, devido ao 
maior percentual de acerto desse elemento, quando 
comparado aos demais, entre a idade estimada e a real, 
concluímos que os terceiros molares são os elementos 
mais indicados para se estimar a idade na faixa etária 
estudada, aliado a outros métodos de avaliação de idade. 
Um método comumente utilizado para a 
estimativa da idade nos Institutos de Medicina Legal 
é o método visual. Este consiste na observação direta 
da presença ou ausência do terceiro molar na cavidade 
bucal, considerando o indivíduo maior de 18 anos com 
a presença desse elemento ou menor de 18 na ausência 
do mesmo. Porém este método é bastante falho, já que 
esse dente apresenta um padrão de erupção irregular e, 
muitas vezes nem tem espaço para irromper na cavidade 
oral, graças à evolução humana que veio acompanhada 
da diminuição do tamanho dos arcos dentários. O dente 
pode estar ausente também por ter sido extraído, por 
razões clínicas ou ortodônticas. Um método mais seguro 
seria o método radiográfico, pois com uma radiografia 
panorâmica é possível observar a mineralização de 
todos os dentes e através de um treinamento adequado 
e comparação com tabelas poderia se estimar com mais 
precisão a idade do indivíduo27,29.
Tendo em vista que, devido ao alto custo dos 
aparelhos de radiografias panorâmicas, provavelmente 
muitos dos Institutos Médico Legais do Brasil não 
possuem esse tipo de equipamento, as estimativas de 
idade ficam comprometidas. Uma alternativa viável seria 
a utilização de aparelhos de radiografias periapicais, 
tanto para exames em vivos como em mortos. Esse 
equipamento é vantajoso por ser de menor custo e 
possuir certa mobilidade, o que permitiria apenas um 
aparelho nas salas de necropsia. Além desses fatores, 
as tomadas radiográficas periapicais dos 3os molares 
já seriam importantes para ajudar o Odontolegista a 
estimar a idade do indivíduo.
De maneira geral, a literatura demonstra que 
o amadurecimento esquelético ocorre mais cedo em 
mulheres do que homens21. Samico28, Nolla10, Arbenz30, 
42 Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
Nicodemo et al.16, Silva31, Kurita et al.19 e Kasper 
et al.32 concluíram que, sob o aspecto da cronologia 
da mineralização, os dentes dos indivíduos do sexo 
feminino apresentam precocidade, mais evidente na fase 
do término apical. Entretanto, Cornélio Neto27 trouxe o 
entendimento de que em homens, a mineralização dos 
seus 3os molares, é mais precoce do que em mulheres, na 
faixa etária dos 104 aos 254 meses.
No presente estudo não foram encontradas 
diferenças significativas entre a cronologia de 
mineralização de ambos os sexos, estando de acordo 
com os resultados encontrados por Dantas33, Cruz 
et al.34, Oliveira20, Lisbôa8. Os 3os molares inferiores 
foram os únicos dentes com diferença significativa 
de mineralização quando comparados os grupos por 
gênero. Neste dente foi encontrada a maior diferença 
percentual de acertos, principalmente nas mulheres. 
Com relação à utilização da tabela de Nicodemo, 
Moraes e Médici Filho16 em diferentes regiões 
brasileiras, um estudo realizado na cidade de Jequié-
BA34 demonstrou que o método utilizado para estimativa 
de idade forneceu valores compatíveis com a idade real 
dos indivíduos estudados. Em Belém-PA8 as médias 
de idade dos estágios iniciais de mineralização foram 
acima da média proposta na tabela, mas se igualaram a 
partir do estágio 7 de mineralização. Já Carneiro et al.35 
ao estudar a população de Alagoas e Kurita et al.19 em 
Fortaleza, encontraram diferenças significativas entre 
as idades cronológicas e estimadas, sugerindo que o 
desenvolvimento de tabelas regionais de cronologia de 
mineralização dentária pode diminuir essa discrepância. 
No Brasil, menores de 18 anos, após cometerem 
algum delito, não podem ter reclusões em sistemas 
carcerários comuns, pois são considerados imaturos 
segundo a teoria da formação mental incompleta. 
Atualmente, o tempo máximo de internação para 
adolescentes infratores em instituições correcionais 
é de 3 anos36. Deste modo, em busca de sanções mais 
brandas, muitos indivíduos maiores de 18 anos alegam 
ser menores quando da responsabilização por conduta 
delituosa, o que aumenta a responsabilidade dos peritos 
ao estimarem a idade dessas pessoas. Neste contexto, 
esta pesquisa vem contribuir para que os odontolegistas 
tenham meios para realizar uma estimativa de idade 
mais fidedigna com a cronológica.
A determinação do estágio de mineralização dos 
dentes tem implicações importantes em estudos forenses 
relacionados à determinação de idade em pessoas 
vivas, principalmente no que tange a maioridade penal. 
No entanto, sua utilização metodológica como única 
técnica de estimativa de idade demonstra-se limitada, já 
que pode ter, como resultado, intervalos etários muito 
amplos. Todavia, quando associada a outros métodos 
como exame físico geral, raios-x do crânio, ossos 
longos e ombros, pode propiciar avaliação mais precisa 
da idade cronológica, precisão maior do que a oferecida 
por qualquer um dos métodos usados de forma isolada37. 
CONCLUSÕES 
Diante dos resultados obtidos e, seguindo o propósito 
do estudo, pode-se concluir que: 
- Os terceiros molares apresentaram percentual 
maior de acerto na estimativa da idade quando 
comparados isoladamente com os demais dentes 
(61,7%). 
- No estudo não houve diferença significativa 
entre o período de mineralização dos elementos 
dentais quando comparados homens e mulheres. 
Quando da avaliação de 4 dentes de cada indiví-
duo (2o e 3o molares), a análise das radiografias 
das mulheres apresentou percentual mais eleva-
do de acerto da idade cronológica do que a dos 
homens, sem contudo apresentar diferença esta-
tisticamente significante. Na análise dos perío-
dos etários, a faixa entre 10 e 15 anos apresentou 
94,4% de acerto, todavia, a faixa acima de 15 
anos exibiu valores estatisticamente diferentes 
da idade cronológica, muito embora este resul-
tado deveu-se ao grande intervalo entre a idade 
máxima e mínima obtida pela amostra, sugerin-
do a fragilidade da utilização desta metodologia 
nesta população. 
- A análise percentual da avaliação isolada dos 
2o e 3o molares por sexo demonstrou percentu-
ais discretamente maiores para mulheres, no en-
tanto, apresentou diferença estatística apenas na 
avaliação dos 3os molares inferiores. 
- Os métodos de estimativa da idade utilizando-
-se a tabela de Nicodemo, Moraes eMédici Fi-
lho, propostos por este estudo, demonstraram 
percentuais baixos de acerto com relação à idade 
cronológica dos indivíduos, quando a avaliação 
foi realizada com 16 dentes. Já avaliação de 4 
dentes apresentou resultados que demonstraram 
ser a metodologia mais satisfatória, principal-
mente para análise da faixa entre 10 e 15 anos. 
- Ao se buscar a estimativa de idade como téc-
nica para responder à solicitação da Justiça, os 
Odontolegistas devem associar seus resultados 
ao de outras técnicas para o mesmo fim, am-
pliando, assim, sua acuidade.
43Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1):35-44.
Moreno MBP et al. Utilização da Tabela de cronologia de mineralização dental de Nicodemo, Moraes e Médici Filho.
Moreno MBP; Pontes TJP; Rabello PM. The use of the Nicodemo, Moraes e Médici Filho Table of dental mineralization 
chronology to estimate the Paraibanos’ age. Saúde, Ética & Justiça. 2014;19(1);35-44.
ABSTRACT: Objective: To verify the chronological age hit rate of young people using the Nicodemo, Moraes and Medici 
Filho table. Methods: The sample consisted of 94 panoramic radiographs images of individuals aged 10 to 25 years. 
The mineralization table described in NOLLA’s study was used according to the chronological table of permanent teeth 
mineralization in Brazil which was created by Nicodemo, Moraes and Medici Filho. The research method was transversal 
and blind. For the statistical analysis absolute and percentage distributions (Descriptive statistical techniques) were obtained 
and the chi-square test (inferential statistical techniques) was used. The significance level used in the statistical tests was 
5%. Results: The hit percentage in the age group described was higher when only four teeth were analyzed by panoramic 
radiography (81.9%) compared to the method of Nolla (4.3%). The third molars had the highest percentage of correct 
answers (66%) and the hit percentage was higher among individuals aged 10-15 years (94.4%) than those who were older 
than 15 years (65%). Conclusion: The Nolla’s method modified by Nicodemo, Moraes and Medici Filho was not effective 
for the age group studied, and in these cases the observation of the 3rd molar mineralization, in isolation, would be of great 
value and could help the forensic dentist in the estimated age of the individual.
KEYWORDS: Forensic Dentistry; Age Determination by Teeth; Radiology.
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Recebido em: 05/09/2013
Aprovado em: 28/06/2014

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