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EMT065T – Processos de Fabricação II Aluna: Débora Cristina Fagundes Conti Neves Matrícula: 2016005155 Aluno: João Paulo Martins Mansano Rosa Matrícula: 2016001488 Aluno: Leonardo Del Busso Zampieri Matrícula: 2016002850 Professor: Dr. Gilbert Silva Conteúdo: Lista de exercícios Questão 1: Soldagem por explosão a) O material soldado por explosão apresenta como resultante final uma elevada resistência mecânica, uma vez que, com o impacto gerado pela explosão, o qual é responsável pela soldagem dos dois materiais, as interfaces são endurecidas pelo encruamento causado pela deformação promovida. Logo, uma peça soldada por explosão apresenta uma resistência mecânica superior à dos materiais percursores, devido ao encruamento causado pelo impacto na interface soldada. b) No processo de soldagem por explosão, a soldagem em si não ocorre por fusão das interfaces, nem pela fusão de metais de adição, mas sim pela deformação proveniente do impacto da explosão. Portanto, por não haver aquecimento das interfaces, apenas deformação e encruamento, não há zonas termicamente afetadas (ZTA) em materiais soldados por explosão. c) Não, pois aços com elevada resistência mecânica são frágeis, apresentando baixa ductilidade e, portanto, baixa tenacidade ao impacto. Logo, se tais materiais, sem uma ductilidade mínima, forem submetidos a esse tipo de soldagem, poderá ocorrer a fratura. Para realizar a soldagem por explosão de aços de elevada resistência mecânica, por sua vez, deve-se realizá-la com o aquecimento prévio do material, para aumentar sua ductilidade (transição ferrita → austenita ou mesmo o revenimento da estrutura martensítica metaestável). Questão 2: Soldagem por ultrassom a) Na soldagem por ultrassom não há a necessidade de se utilizar uma atmosfera de gás inerte protetor. Para materiais poliméricos, devido a sua inércia química, as chances de oxidação são ínfimas. Para metais, nessa soldagem, não ocorre fusão e a formação da poça. A aplicação da energia ultrassônica possibilita a soldagem por meio da difusão (reação no estado sólido) e coalescência do material, havendo, para essa categoria de materiais, chances de oxidação extremamente baixas. b) A soldagem por ultrassom é comumente utilizada para chapas, filmes ou fios de pequenas espessuras (entre 0,003 e 2 mm). Logo, a espessura (e) torna-se um fator delimitador desse tipo de soldagem, pois quanto maior for tal dimensão, maior a energia necessária, devido a absorção do material, para realizar a soldagem ultrassônica. Portanto, essa técnica de soldagem é inviável para placas/folhas e feios com grandes espessuras (e>2mm). c) Polímeros semicristalinos apresentam cristalitos e esferulitos, regiões de maior alinhamento e empacotamento das cadeias carbônicas por longas distâncias atômicas (cristalinidade), joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar sendo, portanto, mais densas que as regiões amorfas. Por esse fato, polímeros semicristalinos necessitam de maior energia para fundir, enquanto polímeros amorfos, por sua vez, sofrem deformações por fluxo viscoso, utilizando-se de menores energias. Ademais, polímeros amorfos transmitem energia vibracional de forma mais eficiente que polímeros semicristalinos. Assim, quanto maior o grau de cristalinidade de um polímero, maior a energia necessária para soldá-lo via ultrassom. Questão 3: Soldagem TIG a) Não há oxidação neste tipo de soldagem devido a utilização de um gás inerte como proteção da poça de solda e do eletrodo utilizado. O gás inerte, devido a sua ionização, é um bom condutor para a corrente gerada/emitida pelo eletrodo de tungstênio, além de proteger o eletrodo e impedir a oxidação da poça de fusão, uma vez que desloca o ar ambiental, rico em oxigênio, para longe da poça por tempo suficiente para sua solidificação. b) Como não há contato do eletrodo de tungstênio com o metal base para gerar a poça de fusão, logo, não há difusão do mesmo para a poça e não ocorre a sua inserção na composição da liga soldada. Mesmo com o desgaste, o tungstênio vaporizado não adentra na poça de fusão devido a ação de arraste do gás inerte utilizado nesse tipo de soldagem. c) Na soldagem de ligas de alumínio pela soldagem TIG (Tungsten Inert Gas), utiliza-se o processo com corrente alternada pois a incessante mudança de polaridade na corrente do arco elétrico, responsável pela soldagem, promove a extração dos óxidos formados pela ação do aquecimento promovido pelo processo, mantendo o metal base, mesmo após soldado, livre de impurezas óxidas, ou seja, inclusões cerâmicas. Questão 4: Soldagem por fricção (Friction Stir Welding) a) Ocorre, no processo de soldagem por fricção, uma grande deformação plástica e o aquecimento, devido ao atrito, da região soldada. A energia interna armazenada proveniente da deformação plástica, aliada a elevada temperatura, culminam na recristalização da região soldada. Se um controle do resfriamento for realizado, pode-se, ademais, controlar o crescimento de grãos na região recristalizada. Por esse motivo, a microestrutura é refinada em tal região do produto soldado. b) Sim, há a necessidade de realizar tratamentos térmicos após essa soldagem, pois, com o aquecimento devido ao atrito e possíveis resfriamentos a taxas elevadas, ocorre a formação de martensita em aços e, em ligas de alumínio e magnésio, por exemplo, a solubilização de segundas fases endurecedoras, aumentando a resistência dos primeiros e diminuindo a das segundas. Para aços, um tratamento de revenimento pode se fazer necessário; para ligas de alumínio e magnésio, por sua vez, a precipitação por envelhecimento. c) No processo, devido aos movimentos complexos e a movimentação de massa causada pela elevada deformação plástica em direções específicas (sentido do cordão de solda), a uma orientação do material em uma direção preferencial, alinhando planos cristalográficos na direção da movimentação da massa para a formação do cordão de solda. Muitos fatores joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar podem ser listados para a geração dessa evolução microestrutural: a velocidade de rotação, a velocidade de soldagem e a temperatura do fluxo são os principais. Questão 5: Soldagem à laser a) Em velocidades de soldagem lentas, a massa de metal líquido tende a colapsar o keyhole (furo controlado), o qual é um espaço vazio preenchido com gases, e dentro do qual a presença do laser ocasiona elevação no estado de agitação da massa e sua fusão. O colapso do keyhole faz com que gás seja aprisionado no interior do material após a solidificação. Isso se traduz em aumento da porosidade. Nessa lógica, o aumento da velocidade faz com que haja um equilíbrio entre a velocidade de colapso da massa fundida e a taxa de movimentação do laser, diminuindo a porosidade do material. b) Como existe um determinado espaçamento entre a ponta do laser e a superfície do material a ser soldado (distância focal), é inevitável que haja interação entre o feixe de laser e os gases no ambiente. Nesse sentido, quanto maior for o potencial de ionização do gás de proteção, ou seja, quanto menos ele interagir com o laser, menor será a dispersão do feixe. Nesse contexto, a imagem compara o efeito dessa interação na profundidade de penetração da solda. Como o He possui o maior potencial de ionização, e o menorraio atômico, a dispersão é menor e profundidade de solda é maior. No caso do Ar, há maior dispersão, fazendo com que a profundidade da solda seja menor. Em casos em que há mistura, há uma proporção ótima de modo que a quantidade de He utilizado diminua sem que haja decréscimo na profundidade da solda e alterações na geometria do cordão. c) Devido a elevada temperatura, pode haver a vaporização de elementos componentes da liga metálica na região do keyhole. Se o processo de soldagem a laser for empregado em aços ligados, há um risco de que os elementos de liga se percam no momento de sua vaporização, o que diminui a resistência mecânica na região soldada, fazendo com que a peça final seja prejudicada. joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar Questão 6: Soldagem por feixe de elétrons a) A soldagem por feixe de elétrons é realizada em vácuo pois, com a diminuição da pressão e a limpeza da coluna, há uma menor probabilidade de divergência do feixe de elétrons por possíveis colisões com moléculas de gases e partículas suspensas e, por consequência, a conservação da potência do feixe para a soldagem e, assim, garantindo maior profundidade de solda. b) A intensidade do vácuo (alto, médio e baixo) possui uma relação de inversa proporcionalidade com a tensão aplicada no cátodo/filamento gerador do feixe de elétrons. Esse fato é justificável pois, com a utilização de baixo vácuo, há um maior número de moléculas e partículas suspensas para interagir com o feixe, gerando a sua divergência e causando a diminuição de sua potência. Logo, por efeitos compensatórios, para manter a potência do feixe aproximadamente constante, com a diminuição do vácuo, há uma necessidade do aumento da tensão aplicada no cátodo/filamento. ALTO VÁCUO c) A zona termicamente afetada (ZTA) do da soldagem por feixe de elétrons possui dimensões menores que a ZTA gerada pela soldagem por eletrodo revestido. Esse fato é justificável pelo fato de, na soldagem por feixe de elétrons, a região de concentração de energia/calor e fusão ser menor que na soldagem por eletrodo revestido, logo, mesmo com a condutividade térmica do material ser constante, a propagação de calor no material soldado pelo primeiro método ocorre em menores distâncias. joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar Questão 7: Soldagem por fricção rotativa a) O processo de soldagem por fricção rotativa ocorre na temperatura de forjamento, a qual é pouco maior que a temperatura de recristalização do material, pois, nessa temperatura, há uma maior conformabilidade e ductilidade do material, devido a mudanças microestruturais, como a transição da ferrita α para a austenita no aço, ou a solubilização de segundas fases endurecedoras em ligas alumínio, cobre ou bronze. b) Esse processo de soldagem é recomendado para diversos metais, quando os mesmos possuem uma ductilidade e conformabilidade relativamente elevadas. No caso dos ferros fundidos, não se utiliza tal técnica de soldagem, devido à grande quantidade de cementita e grafita, fases frágeis e não-conformáveis, que podem resultar na fratura catastrófica do material a ser soldado. c) Nesse processo, o coeficiente de difusão dita a velocidade rotação e fricção, uma vez que a difusão é um processo termicamente ativado, como apresentado na equação de Arrhenius a seguir: 𝐷 = 𝐷0𝑒 − 𝐸𝑎 𝑅𝑇 Pela correlação, para um maior coeficiente de difusão, uma maior temperatura deve ser atingida. Logo, como a temperatura é dependente da fricção e esta da velocidade de rotação, o coeficiente de difusão necessário para a eficiência do processo de soldagem dita a velocidade de rotação, isto é, se uma maior taxa de difusão é requisitada, maior deve ser a velocidade de rotação, para propiciar a temperatura necessária para o processo difusional da solda. joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar joaop Destacar
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