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LIVRO_REDACAO_PROF_ELAINE

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---·----...... 
É com muita alegria que disponibilizamos esta obra aos 
candidatos que possuam interesse em prestar concursos da 
área policial que exigem prova discursiva de redação. 
As redações foram selecionadas e organizadas cri-
teriosamente com objetivo de oferecer aos concurseiros 
o melhor panorama de exigência imposto pelas bancas 
examinadoras. 
Com este livro, o candidato terá condições de se pre-
parar de maneira direcionada para a prova discursiva, 
analisando os temas mais cobrados em redações de con-
cursos públicos anteriores. 
Muitos candidatos ficam extre~amente preocupados 
com as questões objetivas e acabam deixando as discur-
sivas em segundo plano, o que é um erro muito grave. 
Afinal, é desagradável a pessoa acertar várias questões 
objetivas e, no momento de escrever, obter uma nota não 
muito favorável. 
Devemos lembrar que a diferença entre um aprovado 
e um não aprovado está na dedicação, persistência e na 
realização constante de provas anteriores. 
Esperamos que este material sirva aos seus propósitos 
de aprovação em um certame público muito disputado, de 
forma que possamos ter em mente que contribuímos para 
a concretização do seu sonho. 
Bons estudos! 
Agência Brasileira do ISBN 
ISBN 978-85-92627·13·3 
1 1 
9 788592 627 133 
RODRIGO DUARTE 
/ 
TEMAS DE REDAÇÃO 
I' 
PARA AREI POLICIAL 
ações extraídas exclusivamente de concursos públicos anteriores 
m sugestão de resposta para Polícia Militar, Polícia Civil , Polícia 
ral, Polícia Rodoviária Federal, Agente Penitenciário e Bombeiro 
Editora Q11sties Discursivas 
www.111es1nsdl1curs1Vas.com.br 
l'Bdlção 
OUTROS LIVROS DA EDITORA 
QUESTÕES DISCURSIVAS: 
TRIBUNAIS E MP 
BINCACESPE 
11= 
ESTUDO DE CASO 
BANCIFCC 
REDAÇIO-
BANCAFCC 
TRIBUNAL REGIONAL 
DO TRABALHO 
IRE • TRIBUNAL 
REGIONAL ELEITORAL 
VISITE WWW.QUESTOESDISCURSIVAS.COM.BR 
PROVAS DISCURSIVAS 
Site: www.questoesdiscursivas.com.br 
E-mail: questoesdiscursivas@gmail.com 
Facebook: facebook.com/QuestoesDiscursivas 
lnstagram: @questoesdiscursivas 
Editora Questões Discursivas 
CNPJ: 24.334.662/0001-66 
Distribuído e vendido pela Editora Jurídica do Rio de Janeiro 
0812 Rodrigo Duarte. 
Temas de redação para área policial - provas discursivas comentadas/ Rodrigo Duarte. - Rio de 
Janeiro : Editora Questões Discursivas, 2017 
150 p. 
Bibliografia. 
ISBN 978-85-92627 -13-3 
1. Direito. 
SUMÁR IO 
SUMÁRIO 
~ AUTOR •...•.••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•••..••.••••••••••••.•.•..•••••••••••.•••...•••.•••••••••• 6 
~ APRESENTAÇÃO ••.•.•.•.•••••••••••••.•.••••••••••••••••••••••..•••••••••••.. ...•.•••••••••••••••••••• 7 
~ CAPÍTULO 1 - DICAS PARA A PROVA DISCURSIVA •••••••...•.••••••••••••••••••••.•.••• 9 
~ CAPÍTULO 2 · COMO TREINAR PARA A REDAÇÃO •••••.••••••••••••••...•••.•••••.••• 26 
~ CAPÍTULO 3 • REDAÇÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS ANTERIORES 
COM SUGESTÃO DE RESPOSTAS ••.. .... ..••.••.•••••••....•...•••••••••••••••••....•...•••••• 29 
CRISE PENITENCIÁRIA. ....... ... ..... . . . .. . 30 
AGENTE PENITENCIÁRIO/ GO - 2015 - FUNIVERSA ............................................................. 30 
ANALISTA JUDICIÁRIO - TJCE - 2008 ...................•.... ........ ..................................... ............ 32 
ANATEL - 2009 - CESPE ..............................•..... ... .................................... 33 
ANALISTA LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS - 2014 - CESPE ..................... ........ 34 
PENA DE MORTE ....... ..... .. ..... ......... .... . ·· ·········· ··· ··· ···· ····· ····· ···· ···· .... .... .... 36 
TÉCN ICO JUDICIÁRIO DA DEFENSORIA PÚBLICA DE RONDÔNIA- 2015 - FGV ................. 36 
PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ITABIRITO/MG - 2015 - FUNDEP .... ..................... ....... 38 
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL. .... ... . 
ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ - 2004 - CESPE ..••......... 
AGENTE PEN ITENCIÁRIO - DEPEN - 2015 - CESPE . 
ESTAGIÁRIO DO TCE/CE - 2015 - MAKIYAMA ............ ..... ...... . 
PMSP - 2013 - VUNESP ....... . 
DIREITOS HUMANOS ............ .. . 
. .... .. 40 
········· 40 
. ................. .42 
.. 44 
····•················ ................. 45 
... 48 
ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA- 2008 - FESM IP ... ...... .. .....................•..... 48 
ANALISTA JUDICIÁRIO - CNMP - 2015 - FCC .............................................. . . ........ 49 
RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO .. .... ........• ., ... .., ......... .... ........ .. .. 51 
ESCRIVÃO DE POLÍCIA/GO - 2013 - UEG ...•. . .............. Sl 
ANALISTA LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS - 2014 - CESPE .........................•.... .53 
ANALISTA DO M P/BA - 2010 • FESMIP.... . ...... .. .................................. 54 
JUSTIÇA .. ... ... . .56 
ANALISTA JUDICIÁRIO -TJGO • 2014 - FGV ................ ............. . . .............. 56 
ANALISTA JUDICIÁRIO· TRT9 • 2010 • FCC .. . ....... 57 
TÉCNICO JUDICIÁRIO - TJPA - 2006 - CESPE , ..........................•.......... .58 
POLÍCIA CIVIL· PCRS - 2009 .. . ········ ···················· ........... 59 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ...... .... ....... . . . .... 61 
TÉCNICO LEGISLATIVO· CÂMARA DE SALVADOR · 2011 - AOCP ........ . , ................ 61 
li 
li 
PROVAS DISCU RSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
POLÍCIA CIVIL/DF - 2009 - CESPE ................................ ............ ............ . ........................... 63 
ANALISTA JUDICIÁRIO - TRTl - 2014 - FCC ........ . .. .............................................. 64 
PAlMADAS EM FILHOS .... ... ......... .... .. ...... .. .. 66 
PROCURADOR DE ARAUCÁRIA/PR 2012 - UFPR ............ .. .. ........ 66 
ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS - PREF. DE BELO HORIZONTE/MG- 2015 ................... 67 
PROTEÇÃO DO MENOR ...... .. .... ..... ............... ............. ... ... ......... .... .... ...... 70 
ANALISTA DO MP/MA 2013 ........................................................................ ....... ................ 70 
SECRIANÇA 2015 ........ ...................... ............................................................ .... .............. 71 
TÉCNICO - CREF/MA- 2014 - IDECAN ...................................... ............ .............................. 72 
PMSP - 2010 - VUNESP .............. . ............................................................. 73 
VIOLÊNCIA URBANA ....................... .......... .......... . .. .. ...... 76 
TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT4 - 2006 - FCC ......... ." .. ...................................... ....................... 76 
POLICIA MILITAR/ES - 2007 - CESPE ................ ; ................................................................ 77 
PMES - 2013 - FUNCAB.. ................................................................................. .. ..... 78 
POLÍCIA FEDERAL - 2002 - CESPE ...... ...... ......... ................ .......... ........................ 79 
TÉCNICO JUDICIÁRIO DO TJ PR ( 2014 - UFPR .............. .............................................. ....... 80 
ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL - 2004 - CESPE........................ .................. .. ..... 81 
POLÍCIA CIVIL - PCPB -2008- CESPE ................................................................................. 83 
PAPILOSCOPISTA- PCPB - 2008 - CESPE .......................... .......................... ................. ...... 84 
DELEGADO DE POLÍCIA/TO - 2007 - CESPE .............................................. .. .... 85 
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2004 - CESPE .... ............ ............................................... 86 
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2004 - CESPE ........................ .. .. ..... 88 
PCTO - 2013 - CONSULPLAN ........................................ ...... .. 
DROGAS 
PMAL - 2012 - CESPE .................................. .. 
TÉCNICO DO TCE/PA-2016 - CESPE ........ . 
..................... ...... 89 
.. 91 
........ ...... 91 
....................... .... 92 
FUB - 2015 - CESPE ..................................... ....................... 93FUB - 2015 - CESPE ........................... ...................... ..................... ...................... .............. 95 
ANALISTA JUDICIÁRIO DO TRT DA l' REGIÃO (2008) ............................ .......... ................ 97 
FUB - 2013 - CESPE .................. ...... .................................. .. ........ ................ ..................... 98 
SEGURANÇA PÚBLICA .... .. ....... ....... .. .... .... .... . 101 
POLÍCIA CIVIL - PCRO - 2014 - FUNCAB .... .... ......... 101 
AGENTE PENITENCIÁRIO - DEPEN - 2015 - CESPE ........ ................................ . .... 103 
POLÍCIA CIVIL- PCES - 2010 - CESPE ............................................................................. 104 
POLÍCIA CIVIL - PCAL - 2012 - CESPE ........ ..................................... ...................... ........ .. 106 
CRIMES .. .... .. ................... .. .... .. 107 
POLICIA CIVIL - PCGO - 2004 - UEG ...... ................................................. ..... 107 
USO DE ALGEMAS ........ ....... .. . ..... 109 
POLÍCIA CIVIL- PCGO - 2008 - UEG ........... ...................... . .. ............... 109 
SU M ÁRIO 
LEI SECA ......... .... .................. ......................... .... ............ ......... ........................... .. . .1 11 
.... 111 POLÍCIA CIVIL - PCRO - 2009 - FUNCAB ...................................... ........................ . 
ACIDENTES DE TRÂNSITO .. .... .................. . .. .... .................. .. .... . 113 
CONSELHO FEDERAL DE PISCOLOGIA (2014) .................... .. .... .... ................. 113 
AGENTE DE TRÂNSITO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA (2010) ................... 114 
AG ENTE DE TRÂNSITO - JABOTÃO DOS GUARARAPES (2010) ............... .. .............. 11S 
PMGO - 2013 - SEJUS .............. .. . .. .. ..... .............. ..... .......... ........... .. ... , . ............ ... .... . 117 
APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NA SEGURANÇA PÚBLICA .. ........ ...... .. ......... .... .... .... ... 120 
PAPILOSCOPISTA- PCGO - 2015 - FUNIVERSA .................... .............................................. 120 
POLÍCIA CIVIL - PCAL - 2012 - CESPE........................................ ....... .. .................... .... 122 
ANALISTA DO MP - MPE/CE - FCC (2013) .................................................................. .... 122 
TRABALHO DO POLICIAL .. ........................... .................. .. .... .. ................. 124 
ESCRIVÃO - PCMA - 2012 - FGV ............................. ........................... ................ ............ .. 124 
POLÍCIA CIENTÍFICA- PCGO - 2014 - FU NIVERSA .......................................... ..... .. .......... 125 
PMDF - 2013 - FUNIVERSA...................... ...................................................... . ......... 126 
PMSP - 2012 - VUNESP ....... . .................. ..................................... ................. ..... 128 
JUVENTUDE E VIOLÊNCIA ....... .. ... ..... ................. .. 130 
PMSP - 2015 -VUNESP ...... ............. .. ................. ........ ............................... .. 130 
ANATEL - 2012 - CESPE ........ ..................... . ........ ................. .. ............. 131 
PMPR - 2012 - FAFIPA ....... ......................... .............................. . ... 133 
PMSP - 2014 - VUNESP .............. .... ................................................... .. .13S 
PROIBIÇÃO DE ARMAS DE BRINQUEDOS .... ........ ................................ ..... .. .. .. ... 138 
PMSP - 2015 - VUNESP. .. ...... 138 
POLÍCIA CIVIL - PCDF - 2009 - CESPE ... .. .... .. 139 
MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS ..... .............. ... .. ..... 141 
BOMBEIRO/DF - 2017 - IDECAN...... ............................. ..................... .. .. 141 
OFICIAL DE JUSTIÇA - TRT2 - 2014 - FCC .......... . ................................... ................... 142 
PMSP - 2015 - VUNESP ............................. .... ............ ........................... .................... ...... 143 
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO DO TCE-RS (2013) ................................. .. ........ 145 
TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT2 - 2014 - FCC.............. .. . ..................... ...... ..... ............... 146 
SEGURANÇA EM GRANDES EVENTOS ...... ....... .......... . .. .... .......... .. 147 
PMSP - 2013 - VUNESP 
SOCORRO ÀS VÍTIMAS .. 
BOMBEIRO/PR - 2013 - FAFIPA .... 
PMSP - 2013 - VUNESP ....... 
...... 147 
149 
........ .. ............ . .. ..... ................... ..... ..... . .... 149 
. ... .......... ............................ ............ ..... 150 
li 
li 
PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL APRESENTAÇÃO 
AUTOR APRESENTAÇÃO 
RODRIGO DUARTE 
Advogado da União. Ex-Oficial de Justiça e Avaliador Federal no TRF da 2ª Região; Ex-T~~nico 
Administrativo do Ministério Público da União (MPU) e Ex-Técnico de Atividade Jud1c1ana no 
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro {TJRJ); Aprovado e nomeado no concurso de Analista 
Processual do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPE/RJ) . 
É com muita alegria que disponibilizamos esta obra aos candidatos que possuam 
interesse em prestar concursos da área policial que exigem prova discursiva de redação. 
As redações foram selecionadas e organizadas criteriosamente com objetivo de ofere-
cer aos concurseiros o melhor panorama de exigência imposto pelas bancas examinadoras. 
Com este livro, o candidato terá condições de se preparar de maneira direcionada 
pa ra a prova discursiva, ana lisando os temas mais cobrados em redações de concursos 
públ icos anterio res. 
Muitos candidat os ficam extremamente preocu pados com as questões objetivas e 
acabam deixando as discursivas em segundo plano, o que é um er ro muito grave. Afi nal, é 
desagradável a pessoa acertar várias questões objetivas e, no momento de escrever, obter 
uma nota não muito favorável. 
Devemos lembrar que a diferença ent re um aprovado e um não aprovado está ría 
dedicação, persistência e na rea lização constante de provas anteriores . 
Esperamos que este material sirva aos seus propósitos de aprovação em um cer-
tame público muito disputado, de forma que possamos ter em mente que contribuímos 
para a concretização do seu sonho. 
Bons estudos! 
li 
CAPÍTULO 
DICAS PARA A 
PROVA DISCURSIVA 
li 
PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
DICAS ESSENCIAIS PARA A PROVA DISCURSIVA 
TREINE A SUA CALIGRAFIA! 
Em nosso dia a dia, não costumamos escrever longos textos com a mão. Então, é co-
mum na prova discursiva ela cansar logo na primeira questão. Além disso, com o cansaço, 
a letra vai ficando cada vez mais feia, correndo o risco de ficar ilegível e perder pontos por 
isso. Não passe por essa situação: escreva com a mão, semanalmente, cópias de textos 
para entrar fisicamente em forma. 
CANETA AZUL OU PRETA? 
Veja no edital qual é a cor permitida, pois há provas que pedem caneta azu l. Outras 
pedem caneta preta e algumas dão opção para as duas cores. Esse item merece atenção, 
pois o uso da cor não permitida tem como consequência a reprovação. Lembre-se tam-
bém de que a caneta deve estar fabricada em material transparente. 
POSSO USAR LÁPIS PARA ELABORAR O RASCUNHO? 
Depende se o edital permite ou não. É permitido se não fizer menção sobre a proi-
bição, mas em caso de dúvidas, entre em contato com a banca organizadora ou pergunte 
ao fiscal de prova. 
SEJA OBJETIVO! 
Algumas pessoas priorizam respostas longas, acreditando que, com isso, consegui-
rão explicar melhor. Porém, incorrem em mais um erro grave, que é escrever aquilo que 
não foi perguntado. Acrescente apenas informações fundamentais para o entendimento 
da resposta. Como 20 (vinte) a 30 (trinta) linhas proporcionam um espaço muito pequeno 
para você discorrer sobre qualquer assunto, procure ser objetivo, abordando somente os 
fatos principais e limite-se ao que foi perguntado, evitando entrar em detalhes que não 
interessam muito. Você deve expressar o máximode conteúdo com o menor número de 
palavras possíveis. 
Não repita ideias e nem use palavras demais que só aumentem as linhas desne-
cessariamente. Concentre-se no que é realmente indispensável para o texto . A pesquisa 
prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar. 
ERROS E RASURAS 
Quando o candidato errar, deve proceder desta maneira: passar um traço simples 
sobre a palavra. Não rabiscar, pois pode ser interpretado como identificação. 
Procure sempre evitar as rasuras, reservando um t empo para a revisão do seu ras-
cunho antes de passá-lo a limpo. 
DICAS ESSENCIA IS PARA A PROVA DISCURSIVA 
LETRA CURSIVA OU DE FORMA? 
Tanto faz. Caso o candidato uti lize letra de forma, deve lembrar sempre de diferen-
ciar as maiúsculas de minúsculas. 
USE SEMPRE A DIVISÃO SILÁBICA! 
Se a pa lavra não couber na linha da folha de resposta, não a "esprema" no cantinho 
para caber. Isso é considerado rasura! Use a divisão silábica, colocando um traço e conti-
nue o resto da palavra na linha seguinte. 
CUIDADO COM OS TEXTOS DE REFERÊNCIA! 
Muitas vezes, a banca coloca um pequeno texto de refe rência e depois diz: "disserte 
sobre o tema tal". E o candidato, ao invés de focar no tema "tal", proposto pela banca, fica 
preso ao texto de referência, esquecendo-se de falar objetivamente sobre o tema pedido. 
Este é o principal, ou seja, é a única pergunta da questão.Esse tipo de questão é muito 
comum em provas discursivas da banca CESPE. 
PROVA DISCURSIVA JUNTO COM A PROVA OBJETIVA 
Se a prova discursiva for junto com a prova objetiva, uma das melhores estratégias 
é ler primeiro a questão da prova discursiva antes de resolver a prova obj etiva. Reserve 
pelo menos uma hora para o desenvolvimento da questão discursiva e 45 minutos para 
marcar o cartão-resposta . 
A partir de qual momento eu faço a prova discursiva? Faça cálculos: se há 10 mi-
nutos pa ra responder cada pergunta da prova objetiva, a recomendação é ler â questão 
discursiva, responder primeiro as perguntas da prova objetiva e, depois, fazer o rascunho 
da prova discursiva e passar a limpo. Se fizer primei ro a prova discursiva, o candidato pode 
se empolgar e acabar sem tempo para as questões objetivas. 
A NOVA ORTOGRAFIA É OBRIGATÓRIA? 
Até o fim de 2015 valiam as normas anteriores ao novo acordo, como as posteriores. 
A partir de 2016, é obrigatório o uso da nova o rtografia . 
SUBLINHE E GRIFE A QUESTÃO DISCURSIVA! 
Antes de resolver a questão discursiva, sublinhe e grife as palavras de maior impor-
tância para ativar o conhecimento do que você se lembra sobre o tema. 
FAÇA O BRAINSTORMING DA QUESTÃO DISCURSIVA! 
Jogue no rascunho tudo o que você sabe sobre o tema, para depois reunir as pa-
lavras e formar o texto fi nal. Procure hierarquizar as informações principais, dando mais 
destaque e espaço ao que é mais relevante e, eventua lmente, suprimindo o que é des-
necessário e supérfluo. Portanto, entendido o enunciado, você deve analisar pormeno-
Ili 
11 
li 
PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS OE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
rizadamente os aspectos que circundam o tema, a fim de poder, adiante, estruturar seu 
raciocínio adequadamente por meio do roteiro do texto. 
USO DE MAIÚSCULA NAS PALAVRAS MINISTÉRIO, PODER, 
ESTADO, ETC .. 
Segundo o Manual de Redação da Folha de São Paulo, você deve util izar Ministério 
com maiúscula quando designar um órgão específico ("Ministério da Saúde"). Usa letra 
minúscula em segunda menção ou para se referir ao conjunto de ministros ("funcionários 
daquele ministério"; "ministério do presidente Fulano"). 
Exemplos: "O Ministro da Fazenda discorda da Lei do IR." - "Nunca tivemos um go-
verno com tantos ministros e tanto desrespeito às leis". 
Mesma regra aplica-se nas palavras Estado, Federação, União, República, Poder Exe-
cutivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário. 
O QUE REVISAR NO FIN~L DA PROVA DISCURSIVA? 
• O texto possui início, meio e fim? 
• O primeiro parágrafo aborda o tema central? 
• O desenvolvimento tem encadeamento lógico? 
• A conclusão reflete a argumentação apresentada? 
• Foram atendidos todos os itens requeridos pelo enunciado? 
O que pode ser excluído ou acrescentado? 
• Há uso correto de vírgulas? 
• A ortografia está correta? 
• Há concordância verbal? 
• Há concordância nominal? 
• Atenção às vírgulas e às erases! 
• Na revisão de conteúdo, procuie ler o texto "com os olhos do examinador". Ve-
rifique se a pergunta foi respondida; se a resposta é adequada; se a exposição é 
coerente e bem-estruturada; e se o que foi dito corresponde ao conhecimento 
técnico aplicável à questão. 
• Os pontos do enunciado foram abordados de forma direta e objetiva? 
• Os pontos do enunciado foram adequadamente explicados? 
• A argumentação apresentada é precisa e sem divagações? 
• O raciocínio exposto tem encadeamento lógico? 
• Existem contradições no que foi apresentado? 
DICAS ESSENCIAIS PARA A PROVA DISCU RSIVA 
• Os raciocínios foram completamente desenvolvidos ou algo ficou explicado pela 
metade? 
• Há algum ponto na redação que demonstra ao examinador que você desconhece 
o tema? 
• Houve fuga total ou parcial ao tema? 
• Tudo o que foi escrito é referente ao que se pede no enunciado? 
• Todos os pontos do enunciado foram abordados? 
• Houve omissão total ou parcial de algum tópico? 
• O texto ficou confuso a ponto de não se conseguir identificar os tópicos abordados? 
• Será que vão entender minhas ideias? Fui claro em minhas exposições? As ora-
ções estão bem coordenadas entre si? Será que os períodos estão muito longos e 
cansativos para quem irá lê-los? Escrevi muito e não disse nada? 
ATENÇÃO ÀS VIRGULAS! 
A pontuação com vírgulas facilita a leítura e a compreensão do texto. Na revisão 
do texto, não se esqueça de verificar a necessidade de vírgulas nas orações. Vocês não 
precisam economizá-las no concurso; podem usá-las despreocupadamente. Só não asco-
loquem separando o sujeito do verbo e use o bom senso! Há regras para uso da vírgula : a 
melhor é a da respiração, que permite verifica r a pausa "natural". 
COMO INICIAR PARÁGRAFOS? 
Seguem abaixo exemplos de expressões ideais para iniciar parágrafos: 
• À guisa de exemplo, pode-se citar ... 
• Assinale-se, ainda, que ... 
• Cumpre observar, preliminarmente, que ... 
• Como se depreende ... 
• De igual modo ... 
• Embora ... 
• De outro lado ... 
• Ademais ... 
• Em consonância com ta is argumentos .. . 
• Em vi rtude dessas considerações ... 
• lmpende registrar que .. . 
• M ister se faz ressa ltar .. . 
• Neste sentido, sublinhe-se que ... 
li 
11 
li 
PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS OE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
• Pondere-se, contudo, que ... 
• Tenha-se presente que ... 
• Vale mencionar ... 
• Verifica-se, também ... 
RESPONDA APENAS AO QUE FOI PERGUNTADO! 
O examinador, ao corrigir a prova, irá verificar se você entend~u e cumpriu o que 
foi solicitado, isto é, se a resposta apresentada abordou os tópicos requeridos e não fugiu 
do tema proposto. 
Um ponto de fundamental importância na resolução de provas discursivas pode ser 
resumido na seguinte orientação: responda apenas ao que foi perguntado. Isso pode pa-
recer óbvio, mas é incrível o número de candidatos que se desviam do tema ao longo da 
questão discursiva e, quando percebem (se é que isso ocorre), acabam sem espaço para 
responder aos questionamentos da banca. 
O roteiro do texto ajuda a evitar essa falha comum de muitos candidatos. Adequação 
ao tema significa simplesmente não fugir dele. A fuga total ou parcial do tema é punida, pois 
mesrrio que o candidato aborde corretamente outro assunto, considera-se "embromação". 
USE UM PARÁGRAFO POR TÓPICO! 
Na elaboração de sua resposta, é ideal que você separe cada tópico do enunciado em 
um parágrafo próprio, de modo a dar estrutura e harmonia ao texto. Em regra, cada assunto 
deve ser objeto de um parágrafo específico. Porém, em redações muito curtas, a separação 
ideal em parágrafos pode não ser possível, devendoo candidato ordenar seu texto da me-
lhor maneira que puder. Nesse caso, é melhor priorizar a efetiva resposta aos quesitos do 
enunciado, ainda que o texto, ao final, não apresente uma estrutura de parágrafos adequada. 
Já nas redações mais extensas, caso algum dos tópicos seja mais complexo, pode-se 
. fazer o desdobramento da resposta em mais de um parágrafo. O que se deve evitar é 
tratar de mais de um assunto no mesmo parágrafo, isso quando o espaço permitir. A cada 
alegação ou argumento, ou seja, a cada parágrafo ou sequência de parágrafos, formula-se 
uma ideia central própria . Em cada parágrafo, procure apresentar a ideia central logo no 
início, enfatizando o assunto abordado. 
SEJA CONCISO! 
Concisão é a capacidade de expor ideias completas em poucas e exatas palavras. Seja 
objetivo para que o examinador não ache o texto longo e cansativo. Não use trechos des-
critivos longos ou que não acrescentem informação útil à fundamentação dos argumentos. 
A compreensão de frases muito longas normalmente é prejudicada e nelas os erros 
de pontuação são mais frequentes. Procure construir períodos curtos, pois eles dão maior 
clareza ao seu texto. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, 
além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revi-
DICAS E~SENCIAIS PARA A PROVA DISCURSIVA 
saro texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes são percebidas eventuais 
redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias. 
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de economia lin-
guística, isto é, usar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma 
alguma entendê-la como economia de pensamento. As passagens substanciais do texto 
não devem ser eliminadas no afã de reduzir o tamanho. 
Trata-se, exclusivamente, de cortar palavras inúteis, redundâncias e passagens que 
nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que 
existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. 
Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas exis-
tem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem 
possuem maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, se r dispensadas. 
PLANEJE O SEU TREINAMENTO PARA PROVA DISCURSIVA! 
A partir de treinamentos de escrita, além de deixar sua mão fisicamente em forma, você 
conseguirá avaliar quanto tempo levará para responder às questões no dia da prova. Se per-
ceber que sua velocidade de resposta não está adequada, terá que t reinar velocidade de re-
dação. Se o problema for encaixar o texto no espaço disponível, terá que aprender a ser mais 
sucinto (se você excedeu o número de linhas) ou a escrever mais (se seu texto ficou pequeno). 
Em qualquer caso, os exercícios da escrita permitirão que você adapte seu planeja-
mento e aprenda a ter discipl ina na gerência do tempo e do espaço no dia da prova. 
ATENÇÃO AO NÚMERO DE LINHAS! 
O espaço disponível determina as palavras que serão utilizadas pelo candidato. Se 
você perceber que há muito a dizer, deverá evitar construções longas, de forma a econo-
mizar espaço. Nas redações maiores, você pode ficar em situação desagradável caso não 
saiba escrever muita coisa sobre•o assunto. Nesse caso, o emprego de construções mais 
longas pode dar a impressão de que o texto possui maior conteúdo do que realmente 
tem, sem que haja fuga ao tema.' 
De qualquer modo, você não deve se preocupar demasiadamente se não preencher to-
das as linhas ofertadas pela banca, pois o que importa é ficar dentro dos limites mínimo e má-
ximo definidos no edital, desde que o texto aborde todos os aspectos exigidos no enunciado. 
Por outro lado, você deve ter o cuidado de não ficar "enrolando" a banca ou "enchen-
do linguiça" ao elaborar seu texto. Escreva o que for possível lembrar sobre o tema propos-
to. É melhor deixar espaço em branco do que se desviar do tema, correndo o risco de perder 
pontos preciosos na correção (desde que, é claro, o número mínimo de linhas seja atingido). 
Se a questão pedir que sejam abordados necessariamente certos pontos, isso não exclui 
falar de outros aspectos que se façam pertinentes, caso haja espaço e o assunto seja relacio-
nado ao enunciado. Você só deve trata r de outros aspectos após abordar os pontos que o 
examinador expressamente cobrou. Se os pontos adicionais forem conexos com os expressa-
mente cobrados no enunciado, não haverá fuga ao tema, mas enriquecimento da sua redação. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
Caso o espaço seja insuficiente para responder a todos os questionamentos da banca, 
uma opção é condensar os assuntos em poucos parágrafos, de modo a economizar espaço 
de resposta. Ao fazer isso, porém, deve-se ter atenção para não juntar ideias muito dife-
rentes no mesmo parágrafo, o que configuraria falha de coesão e de paragrafação do texto. 
COMO USAR SIGLAS? 
O uso de siglas é útil, pois economiza espaço e evita a repetição de expressões ex-
tensas, como "imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos 
ou valores mobil iários", o que é cansativo (para quem escreve e para quem lê). Mas a sigla 
(neste caso, IOF) deve ser decodificada, para não gerar confusão ou erro de interpretação. 
Assim, recomenda-se que, ao mencionar a expressão pela primeira vez, ela seja 
escrita por extenso, seguida da sigla que será utilizada no restante do texto. Nas vezes 
seguintes em que a expressão for necessária, basta utilizar a sigla. 
QUAIS SÃO AS FASES DA ELABORAÇÃO DE RESPOSTA DE 
PROVA DISCURSIVA? 
.Pensar, planejar e redigir. 
1. Primeira fase: leitura e interpretação do enunciado; 
2. Segunda fase: sublinhar e grifar as palavras chaves do enunciado; 
3. Terceira fase: elaboração do plano ou roteiro do texto (brainstorming); 
4. Quarta fase: construção do texto; e 
5. Quinta fase: revisão da resposta . 
ESCREVA AS RESPOSTAS NA TERCEIRA PESSOA! 
Dissertar é emitir opiniões, debater, argumentar. No entanto, nós, concurseiros, de-
vemos fingir que não somos os verdadeiros autores do texto! Devemos escrever como se 
o texto fosse de outra pessoa, com a utilização de linguagem impessoal, com pronomes e 
verbos sempre na terceira pessoa. 
Exemplo errado: Eu acho; Eu penso ... 
Exemplo correto: Entende-se que ... ; Acredita-se que .... 
ESCREVA COM LETRA LEGÍVEL! 
Não importa se sua letra é feia, não se perde pontos por isso, mas ela deve ser com-
preensível (legível) e passar clareza e exatidão ao examinador. 
COMO EVITAR O BRANCO NA PROVA? 
O branco, ou bloqueio, é a incapacidade temporária de recuperarmos uma informa-
DICAS ESSENCIAIS PARA A PROVA DISCURSIVA 
ção aprendida. Nós temos consciência de que sabemos, mas não conseguimos recordar- e o 
dado parece estar tão próximo de ser lembrado, que dizemos que "está na ponta da língua". 
A boa notícia é que dá para evitar isso. E, mesmo se rolar na hora da prova, não 
há motivo para desespero. É importante que o estudante esteja ciente de que ele não 
esqueceu : o conteúdo está em seu cérebro, mas temporariamente inacessível. Portanto, 
sem pânico! Na maioria dos casos, o bloque io passa pouco tempo depois, com a pessoa 
lembrando a informação em um ou dois minutos. Mas, algumas ra ras vezes, a informação 
pode permanecer bloqueada por dias. 
Para evitar isso, o melhor é adotar estratégias que evitem um episód io agudo de 
estresse durante a prova. Nesse sentido, é fundamenta l que o estudante tenha uma boa 
noite de sono nos dias que antecederem a prova, especialmente na véspera . O sono, além 
de ter um efeito relaxante sobre o indivíduo no dia seguinte, é indispensável para que o 
conteúdo estudado se t ransforme uma memória estável e duradoura. 
Exercício físico também pode aliviar o estresse. Como dito, na maioria das vezes, 
o branco desaparece e a informação, antes bloqueada, fica acessível à recordaçãoapós 
poucos minutos. Sendo assim, ele pode partir para outra questão e depois, quando prova-
velmente estiver mais relaxado, retornar à questão in icia l. 
Se na ocasião a pessoa conseguir lembrar algo, por mais gera l ou pouco que seja, 
será útil pensar ou escrever a respeito. A nossa memória funciona como uma rede de 
informações conectadas entre si. Então, quando o candidato elabora uma parte do conte-
údo, ele está ativando uma parte dessa rede em seu cérebro, o que, por sua vez, facilita a 
ativação de toda ela e a reco rdação do conteúdo completo. 
MANTENHA-SE POSITIVO! 
É fundamental que você mantenha uma ati'tude positiva e confiante durante seu prepa-
ro para a prova discursiva. Mesmo que o materia l seja longo e complicado, não desista. Atitu-
des como "eu nunca vou entender essa matéria", "nunca fui bom nessa matéria mesmo", "não 
sou bom de estudo" e "vou bom bar de qualquer jeito" são as fórmulas certas para o fracasso. 
Se você esperar o pior e entrar no dia da prova com uma atitude derrotista, seu de-
sempenho difici lmente será bom. Por outro lado, caso se sinta confiante e tenha a paciência 
de estudar a matéria pouco a pouco, descobrirá que é mais capaz do que julga ser. O fato 
de um candidato demorar mais que seus colegas para compreender algum assunto não sig-
nifica falta de inteligência. Geralmente, significa que não tem famil iaridade com a matéria. 
Muitas vezes, há apenas uma diferença entre um bom e um mau aluno: este desiste, 
enquanto que aquele persiste . Portanto, quem confia em si mesmo, independentemente 
da situação, consegue lidar com as dificuldades de cabeça ergu ida. 
AMBIENTE-SE NO LOCAL DA PROVA DISCURSIVA! 
O candidato deve entrar em sua sala com preferência de, pelo menos, uma hora 
com antecedência para se fami lia rizar com o ambiente. Procure evitar quaisquer impre-
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
vistos escolhendo O melhor local: verifique a ventilação, veja se a carteira é firme e con-
fortável, se há carteiras para canhotos .. . 
Atenção: Lembre-se de levar também um casaco se o tempo estiver instável, pois 
frio ou calor podem tirar a concentração do candidato. 
NÃO FAÇA A PROVA COM FOME! 
Não faça prova de estômago vazio, pois a fome causa ansiedade.e pode prejud icar o 
desempenho do candidato . Leve alimentos práticos e leves, como b1sco1tos, chocolates e 
barras de cereal. Evite produtos com embalagens que façam barulho ou que desconcen-
trem os outros candidatos. 
Água pode ajudar a hidratar e relaxar, mas não exagere na quantidade: pode dar 
t de de ir ao toalete mais de uma vez e prejudicar o controle do te_mpo. Lembrando 
~~: :lguns editais pedem que O líquido esteja acondicionado em material transparente . 
Nos dias anteriores à prova, evite ingerir alimentos ou comidas "pesadas", como 
feijoadas, lasanhas ... 
. COMO TER SUCESSO NA PROVA DISCURSIVA? 
Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não e_:<iste_m 
fórmulas mágicas: 0 exercício contínuo, aliado à leitura de bons autore~ e a reflexao, sao 
indispensáveis para a criação de bons textos. Saber escrever pressupoe, antes de mais 
nada, saber ler e pensar. 
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0 pensamento é expresso por palavras, que são re~istradas na escrita que, por su~ 
vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estao intimamente relacionadas, po 
de~os concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem 
não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal). Ler, portanto, é fundamental para escrever. 
Mas não basta ler é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do sim-, · · b · ompreender o 
pies significado das palavras que aparecem no texto. E preciso, tam em, c _ 
sentido das frases para que se alcance uma das finali?ades da leitura: a compreens~o de 
'd · em um segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboraçao do 
~e:~:~ ~~mbre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem 
quer escrever bem. 
O QUE É UMA DISSERTAÇÃO? 
Dissertar significa "falar sobre". É o texto em que se expõem ideias e argumentos 
que as comprovem. Na dissertação você deve revelar o que sabe a respeito do assunto. 
EM QUE CASOS A PROVA DISCURSIVA PODE SER ANULADA 
OU RECEBER NOTA ZERO? 
1 - Estiver com letra ilegível; 
2 - Fugir do assunto ou do tema proposto; 
DICAS ESSENCIAIS PARA A PROVA DISCURSIVA 
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3 - For escrita a lápis; 
4 - For escrita com caneta de cor não autorizada; 
5 - Não obedecer ao número mínimo ou máximo de linhas; 
6 - Não seguir as instruções relativas à rea lização da prova; 
7 - Contiver identificação por meio de rabiscos, símbolos, assinatura, etc; 
8 - Não apresentar documento de identidade; 
9 - Não estiver assinada no local apropriado; e 
10 - Contiver folha de resposta em branco; 
O QUE É A INTRODUÇÃO DO TEXTO? 
É o início da resposta e deve conter um resumo, em poucas pa lavras, daquilo que 
abordaremos no restante do texto. A introdução precisa ser rápida. Evidentemente, nunca 
terá tamanho igual ao do desenvolvimento. Em um texto de 20 linhas, por exemplo, não 
deve exceder a 4 ou 5. 
A introdução apresenta a ideia que será discutida no desenvolvimento. É nessa par-
te que se dá ao leitor uma informação sobre o assunto que será tratado. Deve ser peque-
na, pois se a alongarmos demais, correremos o risco de esgotar o assunto no primeiro pa-
rágrafo. Portanto, coloque a resposta logo na introdução e fundamente-a nos parágrafos 
de desenvolvimento. 
COMO FICA A QUESTÃO DAS OPINIÕES PESSOAIS? 
Não coloque sua opinião pessoal no texto da resposta. Analise o assunto propos-
to emitindo opiniões gerais da população.' Pode até se posicionar sobre determinados 
temas, mas use o bom senso: disserte-as de uma maneira mais imparcial, ou seja, sem 
exageros ou manifestações emociona is. 
Lembre-se de que as provas costumam dar muita relevância para o respeito aos 
direitos humanos. Assim, d ificilmente uma solução ao estilo "todos devem morrer" será 
vista como aceitável, o que acarretará na perda de pontos. 
QUANDO USAR AS ASPAS? 
Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repúbl ica, as aspas possuem os 
seguintes empregos: 
a) antes e depois de uma citação textual - A Constituição da República Federativa do 
Brasi l, de 1988, no parágrafo único de seu artigo 1º afirma: "Todo o poder emana do povo, 
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente"; 
b) dão destaque a nomes de publicações, obras de arte, apel idos, etc. - O artigo so-
bre o processo de desregu lamentação foi publicado no "Jorna l do Brasil". A Secretaria da 
Cu ltura está organ izando uma apresentação das "Bachianas", de Villa Lobos. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
c) destacam termos estrangeiros - O processo da "détente" teve início com a Crise 
dos Mísseis em Cuba, em 1962. "Mutatis mutandis", o novo projeto é idêntico ao ante-
riormente apresentado. 
d) nas citações de textos legais, as alíneas devem estar entre aspas: - O tema é tra-
tado na alínea "a" do artigo 146 da Constituição. 
A pontuação do trecho que figura entre aspas seguirá as regras gramaticais cor-
rentes. Caso, por exemplo, o trecho transcrito entre aspas terminar por ponto final, este 
deverá figurar antes do sinal de aspas que encerra a transcrição. Exemplo: O art. 22 da 
Constituição Federal - "São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário." - já figurava na Carta anterior. 
LEIA O MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA 
REPÚBLICA! 
O link é este: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/manual/manual.htm. 
A leitura do material é fundamental para quem quer prestar uma boa prova discursi-
va, pois enfatiza cada vez mais a importância de construir textos claros com linguagem cor-
ret9, coerente e concisa. O essencial é saber que o Manual de Redação estará sempre pron-
to para solucionardúvidas e faci litar as atividades daqueles que vão prestar prova escrita. 
PROGRAME SEUS ESTUDOS! 
Saiba com antecedência quais assuntos vai estudar nos dias de semana, o conteú-
do que vai ser revisado, o que falta para acabar de determinado conteúdo, entre outros 
itens. Uma boa programação é fundamental para o sucesso! O segredo é a disciplina! Se 
estipulou que vai estudar, faça isso e mantenha o planejamento em dia. O estudo deve ser 
visto como compromisso. 
RESOLVA QUESTÕES DISCURSIVAS DE CONCURSOS 
ANTERIORES! 
Resolver exercício é uma das melhores ferramentas para revisar o conteúdo, ver quais 
são os assuntos mais cobrados, conhecer o formato da banca, a dificuldade do cargo e verificar 
em qual ponto você precisa melhorar para conquistar a aprovação. O site do Questões Discur-
sivas possui diversas coletâneas de provas discursivas e orais de concursos anteriores organi-
zadas por disciplina e assunto e muitas delas foram comentadas por professores gabaritados. 
TODA REDAÇÃO PRECISA TER "INTRODUÇÃO, 
DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO"? 
fN)rqj)sei que pode parecer estranho, mas é assim que funciona, principalmente 
em provas discursivas da banca CESPE. Quando há essa estrutura de tópicos, dizendo 
para que você atenda "nec_t1ssariamente"--;o- que se pede ou "responda o seguinte", o 
examinador quer que você faça um parágrafo para o que é pedido no primeiro tópiço, 
' D ICAS ESSENCIAIS PARA A PROVA DISCU RSIVA 
um parágrafo para o que é pedido n,.9 segund.9._t_ó_picp e um parágrafo para o que é pedido 
no tercei ro tóp ico. 
Mas é claro que se a banca pedir uma redação, especialmente uma dissertação argu-
mentativa, aí não haverá "escapatória": deve haver introdução, desenvolvimento e conclusão. 
NUNCA DEIXE UMA QUESTÃO EM BRANCO! 
Como procedo se não sei responder a questão? Uma dica é fazer conexões com a ma-
téria sobre a qual o assunto do tema trata. Por exemplo: "Isso está em direito administrativo 
e fa la sobre licitações. Então eu vou tentar organizar os pensamentos logicamente e escre-
ver algo sobre licitações, tentado fazer uma ligação a este assunto que estão cobrando". 
COMO CITAR LEGISLAÇÃO, DOUTRINA E ENTENDIMENTOS 
JURISPRUDENCIAIS 
• Art. 2º da Lei nº XXXX/XX 
• Art. 2º, 1, "a", da Lei nº XXXX/XX 
• De acordo com a Lei n2 XXXX/XX, ... 
• Segundo o art. 22 da Lei XXX/XX, 
• ... , nos termos do art. 2', 1, "a", da Lei n' XXXX/XX. 
• De acordo com o entendimento do STF/STJ, ... : 
• De acordo com o doutrinador FULANO DE TAL, .. 
• O doutrinador FULANO DE TAL enten~e que ... 
QUAIS SÃO AS PRlt-,ICIPAIS MUDANÇAS DO NOVO ACORDO 
ORTOGRÁFICO? 
TREMA 
Chega ao fim. É mantido apenas em palavras estrangeiras, como Müller e Bünchen; 
e seus derivados Mülleriano e Bünchiano. Exemplo : Conseqüência, agüentar, seqüestro e 
t ranqüilo (antes); consequência, aguentar, sequestro e tranquilo (agora). 
DUPLA GRAFIA 
A reforma aceita dupla grafia em determinadas pa lavras se elas forem pronunciadas ta l 
qual são escritas. Verbos como aguar, averiguar e enxaguar admitem dupla grafia: desaguo/ 
deságuo, averiguam/averigúam e enxaguo/enxáguo. Para diversas sequências de consoan-
tes, conforme a pronúncia cu lta de cada país: afetar/afectar, fato/facto, caráter/carácter, 
concepção/conceção, contração/contracção, corrupto/corruto, onipotente/omnipotente e 
sutil/subtil. Alguns verbos terminados em "-iar" derivados de substantivos terminados em 
"ia" e "io": premio/premeio, negocio/negoceio, ansio/anseio, ódio/odeio e facto/fato. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
ACENTO AGUDO 
Desaparece nas paroxítonas dos "i" e "u" tônicos depois de ditongos: feiúra e bocai-
úva (antes); feiura e bocaiuva (agora). Não leva acento o "u" tônico de formas rizotônicas 
dos verbos arguir e redargü ir: argúem e redargúem (antes); arguem e redarguem (agora). 
Deixa de existir em palavras paroxítonas com ditongos abertos "éi" e "oi": idéia, heróico, 
assembléia e platéia (antes); ideia, heroico, assembleia e plateia (agora). Obs.: apesar de 
heroico não levar mais o acento agudo, a palavra herói continua a ser acentuada por se 
tratar de uma oxítona terminada em ditongo aberto. É facultativo o emprego de acento 
agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito, em diferenciação à grafia do 
presente do indicativo: amámos, cantámos ou amamos e cantamos. 
ACENTO DIFERENCIAL 
Não usa mais para diferenciar pára (flexão do verbo parar) de para (preposição), 
péla (verbo pelar) de pela (combinação de "per"+ "la"), pêlo (substantivo) de pelo (com-
binação de "per"+ "lo"). Obs.: a forma verbal "pôr" continua com acento, para diferen-
ciar-se da preposição "por". O mesmo ocorre com "pôde" e "pode". 
ACENTO CIRCUNFLEXO 
Palavras terminadas em "ôo" deixam de ser acentuadas: vôo, enjôo, perdôo e aben-
çôo (antes); voo, enjoo, perdoo e abençoo agora). Formas verbais da terceira pessoa do 
plural terminas em "êem" perdem o acento circunflexo: crêem, vêem e lêem (antes); cre-
em, veem e leem (agora). Obs.: não confundir com os verbos "ter" e "vir"e seus derivados, 
que continuam a ser acentuados no plural. Exemplo: eles têm, elas detêm. 
HÍFEN 
Expressões que perderam a noção de composição devem ser grafadas sem hífen: 
manda-chuva, pára-quedas, pára-choque (antes); mandachuva, paraquedas e páracho-
que (agora). Vai existir hífen quando a segunda palavra começar com "h" ou quando ini-
ciar com a mesma vogal que encerra a primeira: microondas, microorganismo, contra-
-almirante e auto-observação (antes); micro-ondas, micro-organismo, contra-almirante e 
auto-observação (agora). Não usar hífen quando a segunda palavra começar com "r" ou 
"s" ou com vogal diferente da que encerra a primeira: anti-semita, anti-religioso, auto-
-estrada, co-seno, ultra-sonografia e auto-escola (antes); antissemita, antirreligioso, au-
toestrada, cosseno, ultrassonografia e autoescola. Exceção: quando o "r" vem do prefixo 
hiper, inter e super. Exemplo: super-rápido. 
CAPÍTULO 
COMO TREINAJ 
PARA A REDAÇAO 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS f TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
COMO TREINAR PARA A REDAÇÃO 
Uma das melhores dicas para treinar para redação, além de praticar exercícios de 
concursos púb licos anteriores, é inserir o máximo de perguntas sobre os temas possíveis 
de serem cobrados na prova discursiva e depois desenvolver mais a respeito do assunto . 
Exemplos: 
CRISE PENITENCIÁRIA 
• O que originou a crise penitenciária? 
• Quais são as causas do aumento da população carcerária? 
• Quais são as soluções para a crise penitenciária? 
VIOLÊNCIA 
• Quais são as causas que contribuem para o aumento da violência? 
• A diminuição da maioridade penal e a legalização das drogas podem diminuir os 
índices de criminalidade? 
DIREITOS HUMANOS 
• Por que a maioria dos brasileiros entende que "bandido bom é bandido morto" ? 
• Por que os direitos humanos causam controvérsia? 
JUSTIÇA 
• Há tratamento judiciário igual para ricos e pobres? 
• Por que ainda é difícil o acesso à justiça? 
• Como melhorar o atendimento da justiça? 
REDES SOCIAIS 
• É necessária regulamentação do uso das redes saciais? 
• Como combater o uso de informações falsas nas mídias sociais? 
• Quais são os limites da liberdade de expressão nas redes sociais? 
MOBILIDADE 
• O que falta para os ca~ros elétricos popularizarem? 
• Por que as ciclovias são um bom investimento? 
• Por que os brasileiros perdem muito tempo no trânsito? 
COMO TREINAR PARA A REDAÇÃO 
Se a prova cobrar a elaboração de uma redação, gera lmente dissertativa-argumen-
tativa, lembre-se da fórmula básica: introdução, desenvolvimento e conclusão. Geralmen-
te, as bancas estipu lam 30 linhas como limite. A redação não é ava liada isoladamente, 
pois a banca, embora crie critérios de correção, ela analisará a globalidade da resposta. 
Afinal, como avaliar coesão e coerência sem observar a integra lidade da resposta? 
Procure fazer uma introdução com 4 linhas, no máximo. É na introdução que será 
apresentadoo tema ao examinador, ou seja, não "enrole" muito, pois ela servirá para criar 
um direcionamento sobre a linha de argumentação a ser apresentada no desenvolvimen-
to e na conclusão. 
Nesta parte da redação, basicamente, a pessoa deve perguntar a si própria "qual mi-
nha opinião sobre o tema?". Lembre-se que não é muito simpático você propor uma tese 
que viole os direitos humanos, ta is como extermínios de bandidos, morte a determinados 
nichos sociais .. . 
O desenvolvimento é a maior parte da resposta (e também a mais tormentosa, pois 
é quando você será efetivamente aval iado sobre o tema proposto). O ideal é usar 3 pará-
grafos, cada um deles contendo entre 4 a 6 linhas. 
Em cada parágrafo, apresente um argumento para defender a tese proposta na in-
trodução. Atente para que a exposição de ideias ocorra de forma clara e coesa. Além disso, 
busque correlacionar, direta ou indi retamente, os argumentos de cada parágrafo com a tese 
apresentada na introdução, bem como que eles possuam algum grau de conexão entre si. 
Nesta parte da redação, você deve se perguntar o seguinte: 
• há como comprovar essa alegação? 
• qual(is) o(s) motivo(s) para que isso ocorra? 
• qual(is) a(s) consequência(s) que é(são) gerada(s)? 
• por qual forma isso oco~re? 
A conclusão serve para uma retomada da tese exposta na introdução, bem como 
uma rápida "recapitulada" dos argumentos expostos nos parágrafos de desenvolvimento. 
Uma boa conclusão costuma ter de 2 a 3 linhas, especia lmente por conta de eventual 
limite de linhas. 
Nesta parte da redação, você deve se perguntar o seguinte: 
• há alguma solução e/ou lição que pode ser extraída? 
Após mentalizar essa divisão, leia novamente o tema proposto e tente escrever pe-
quenas frases. Supondo que o tema seja sobre a temática prisional, seguem alguns exem-
plos de frases para inspirar sua resposta : 
• qual a(s) razão(ões) de tantos presos? 
• qual a importância da atuação do Ministério Público, da Defensoria Pública e do 
Judiciário? 
• a construção de presíd ios resolve o problema? 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
• qual a importância de penas alternativas? 
• a ressocialização é cumprida? 
A partir dessas pequenas frases, já é possível pensar em uma estruturação para o 
seu texto. Por exemplo, a primeira frase serve como uma tese para a resposta ("a quan-
tidade de presos e a falta de vagas geram uma mistura explosiva no sistema carcerário") . 
Como decorrência dessa tese, o primeiro argumento a ser usado envolve a atuação e 
importância do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Judjciário. 
O segundo argumento a ser desenvolvido englobaria, por exemplo, a correlação 
entre construção de presídios e aplicação de penas alternativas. O terceiro argumento 
abrangeria a temática da ressocialização. 
Ao final, bastaria "reler" o texto para extrair a conclusão, abrangendo a relevância 
do sistema prisional, seus problemas, as soluções propostas e as formas pelas quais isso 
pode ocorrer. 
CAPÍTULO 
REDAÇÕES DE CONCURSOS 
PÚBLICOS ANTERIORES COM 
SUGESTÃO DE RESPOSTAS 
11 1 
[ 11 
PROVAS DISCURS IVAS COMENTADAS J TEMAS DE REDAÇ ÃO PARA ÁREA POLICIAL 
CRISE PÉNITENCIÁRIÀ ,. . . . . 
. ' . " . . 
AGENTE PENITENCIÁRIO/GO - 2015 - FUNIVERSA 
(Agente Penitenciário/SAPEJUS-G0/2015/FUNIVERSA) - Proclama a Lei de Execução Pe-
nal, com o objetivo, entre outros, de prevenir o crime e orientar o retorno do preso à 
convivência em sociedade, que a assistência ao detento e ao internado é dever do Estado 
o que inclui a orientação e o apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade. Internet: (corr: 
adaptações). O sistema de execução penal brasileiro prevê a punição do indivíduo, bem 
como_ a sua reeducaçã~. ? individuo, apesar de preso, tem direito à saúde e à educação, 
ou seJa, ao piso vital mm1mo para que ele possa viver com dignidade, pois, apesar de ele 
ter perdido o direito à liberdade, seus demais direitos não cessam com o cumprimento 
da pena. Internet: (com adaptações). Considerando que os trechos de texto acima apre-
sentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo abordando 
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seguinte tema: O SISTEMA PRISIONAL E O DUPLO OBJETIVO DA PENA APLICADA AO 
INFRATOR DA LEI: PUNIR E REINTEGRAR À SOCIEDADE 
SUGESTÃO DE RESPOSTA: 
O sistema prisional, além da função de sancionar a pessoa, também, de acordo com 
os estudiosos e a literatura especializada, deve promover a reintegração ao seio social. Na 
prática, o que ocorre apenas é a punição, nas piores condições possíveis, com grau mínimo 
de chance de reinserção. 
Embora tenho forte prevalência uma noção deturpada de que a prisão deve ser um 
meio de extremo sofrimento a quem foi condenado por um delito, ela deve ser vista como 
uma forma de castigo e de ressocialização. Afinal, de nada adianta prender a pessoa e 
ela não possuir u"! mínimo de futuro mais adiante, quando do seu reingresso para a vida 
em comunidade. E pura desperdício de dinheiro público apenas segregar o condenado e 
deixá-lo "apodrecendo" na cela, pois o custo de profissionalizar e/ou educar é muito mais 
barato, especialmente quando visto pelo prisma global. 
Por conta disso é que há muito tempo a prisão é enxergada como um local de sanção 
e de oportunidade para um recomeço. Ainda mais no caso brasileiro, no qual a regra é que 
o preso seja negro, de baixa renda e com grau de instrução muito baixo. Portanto, todo 
esse co~tingente: se for preso e não obtiver nenhuma instrução formal e profissional, tor-
nar-se-a presa foctl para novamente cometer delitos. O crime organizado, principalmente 
ligado aos narcotraficantes, sabe disso e usa referido mão de obra, barata e farta, para 
dinamizar a economia ilegal ligada ao tráfico. 
Apesar de essa visão ser antiga, mas sempre atual, governos e sociedade preferem 
o "quanto pior, melhor'; esquecendo-se de que um dia a pessoa sairá da cadeia. E, ao sair 
das "masmorras medievais" (palavras de um ex-Ministro da Justiça), o custo humano 
social e econômico será ainda mais grave. ' 
CRISE PEN ITEN CIÁRIA 
Nota-se que apenas prender e fazer a pessoa condenado sofrer não é a melhor ma-
neira para garantir o adequado cumprimento dos objetivos e fundamentos de um real 
Estado Democrático de Direito. Sancionar e educar/profissionalizar são medidas eficazes 
para diminuir o poder do crime e permitir um reinício a quem cometeu ilícitos. 
GRADE DE CORREÇÃO DA BANCA EXAMINADORA: 
1) Para a avaliação relativa ao domínio do conteúdo (ND) - a) ADEQUAÇÃO AO TEMA 
(AT) - O candidato deveria fazer a abordagem do tema privilegiando não só a punição e 
a reintegração daquele que infringe a lei, mas, sobretudo, o sistema prisional nesse con-
texto; Adequação à proposta: O candidato deveria obedecer às características do texto 
dissertativo; sobretudo, a objetividade, a predominância da função referencial e o nível 
de linguagem empregado no texto; Organização textual: O candidato deveria estruturar 
o texto em parágrafos de introdução, desenvolvimento e conclusão, e considerar também 
a correta estrutura interna do parágrafo, além de respeitar as margens e evitar rasuras. 
b) Argumentação (AR) - O candidato deveria selecionar adequadamente os argumentos, 
considerando o nível informacional do texto. Esperava-se, por exemplo, que o candidato 
abordasse possíveis medidas a serem adotadas no âmbito do sistema prisional para ga-
rantir a punição do infrator e a sua reintegração à sociedade, ou a realidade do sistema 
prisional brasileiro, podendo ainda compará-lo a outros sistemas prisionais. c) Coerência 
Argumentativa (CA) - O candidato deveria construir o texto observando a pertinência dos 
argumentos selecionados, as relações de implicações entre eles, sobretudo as causas e as 
consequências dos problemas abordados; além da progressão dos argumentos ao longo 
do texto. d) Elaboração Crítica (EC) - Foram verificadas a elaboração de proposta de inter-
venção relacionada ao tema abordado e o pertinência dos argumentos selecionadosfun-
damentados em informações de apoio,estabelecendo relações lágicas.2) Para a avaliação 
relativa ao domínio da modalidade escrita da língua portuguesa a) Grafia e acentuação: 
Foram cobradas as normas de açentuação e !!Jrafia vigentes (incluindo emprego de letras 
e de maiúsculas/minúsculas) na língua portuguesa, com as seguintes considerações: - não 
foi cobrado o novo acordo ortográfico; - os acentos deveriam estar legíveis e passíveis de 
identificação; em caso de dúvida, procedeu-se à comparação com outras marcas gráficas 
semelhantes no texto; b) Morfossintaxe: Foram cobradas as normas gramaticais de acor-
do com o padrão culto da língua, com as seguintes considerações: - o emprego correto de 
classe de palavras; - o correto emprego dos pronomes demonstrativos, sendo considerado 
erro o emprego do demonstrativo de acordo com a linguagem popular; - o correto empre-
go de termos anafóricos, assim como de todos os elementos coesivos presentes no texto, 
considerando as relações sintáticas e semânticas; - a colocação pronominal; - a regência 
verbal e nominal; - as regras de pontuação; - a estruturação de período com apenação das 
ambiguidades; - o paralelismo sintático. Observação: Os erros de morfossintaxe, de grafia 
e de acentuação foram considerados a cada vez que ocorreram no texto. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA PO LI CIAL 
ANALISTA JUDICIÁRIO - TJCE • 2008 
TJCE - Ano: 2008 - Banca: CESPE - A estimativa de que existam, no país, 9 mil presos 
com pena já cumprida - e que, portanto, já deveriam estar em liberdade - é um dra-
mático exemplo da falência do sistema carcerário brasileiro. Se a este número forem 
adicionados os 133 mil detentos que, segundo o Departamento Penitenciário Nacional, 
aguardam julgamento em prisão preventiva, certamente havendo entre eles réus sem 
culpa formada, chega-se à dimensão de uma explosiva tragédia. Não por acaso, o Conse-
lho Nacional de Justiça (CNJ) lançou um mutirão cívico, convocando juízes de execuções 
penais a retirar dos presídios os detentos com pena vencida e aqueles com direito aos 
regimes aberto e semi-aberto. O Globo, 13/9/2008, p. 6 (com adaptações). Consideran-
do que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija texto dissertativo acerca 
do seguinte tema. JUSTIÇA E SISTEMA PENITENCIÁRIO: DESAFIO A SER ENFRENTADO Ao 
redigir seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1- problemas que afe-
tam o atual quadro dos presídios brasileiros; 2- ação emergencial do CNJ; 3- uma política 
de reinserção do preso à sociedade. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA: 
O sistema carcerário brasileiro enfrenta, há muito tempo, uma grave crise em múl-
tiplos aspectos: econômico, estrutural e social. Porém, embora esse problema seja co-
nhecido e reiteradamente noticiado pela mídia, segmentos relevantes da saciedade e dos 
governos não dão a devida atenção que a problemática deveria merecer. 
Um dos principais problemas enfrentadas no sistema penitenciária é a superlotação. 
O atual quadro já indica presos em demasia para o número de vagas disponíveis e, ainda 
assim, o quantitativo só cresce. Embora haja toda uma doutrina pregando a aplicação 
de penas alternativas, a prática revela, por exemplo, que o encarceramento é a principal 
punição penal aplicada. 
Outro ponto instigante é a quantidade de presos provisórios, isto é, que ainda não 
foram julgados. A morosidade do Judiciário contribui para esse quadro e atrapalha o ge-
renciamento das prisões, já que a pessoa pode ser inocentada ao final ou ter uma pena 
baixa (que será convertida em restritiva de direitas, por exemplo). 
O próprio descaso da sociedade é outro fator preocupante. Para muitos, quanto mais 
o preso sofrer, melhor. Porém, esquece-se de que o presidiário um dia terá que retornar ao 
mundo fora dos muros e dificilmente alguém é ressocializado ao ser tratada como um animal. 
Para tentar amenizar esse quadro, o CNJ vem realizando inúmeros mutirões carce-
rários e inspeções em unidades prisionais a fim de detectar problemas e apontar algumas 
soluções. Embora não resolva o problema, ao menos contribui para minorar pontualmen-
te algumas situações calamitosas (pessoas que estão presas além da conta ou que pos-
suem direito a progressão de regime). 
Uma ação fundamental para a devida reinserção do encarcerado à sociedade é are-
colocação no mercado de trabalho. De nada adianta o cidadão cumprir sua pena e, ao re-
tornar à vida comum, nãa obter oportunidades de qualificação educacional e profissional. 
CRISE PENITENCIÁRIA 
Assim, o CNJ realizou diversas parcerias para, por exemplo, que ex-presidiários pu-
dessem trabalhar nas obras para a Copa do Mundo. Mas, além disso, essa política deve 
ser perene, isto é, permitir que a pessoa ganhe qualificação e possa ser útil ao país com 
um trabalho. 
O assunto merece uma maior atenção da sociedade, do Judiciário e dos governan-
tes, pois apenas com a atuação articulada entre esses três nichos é que o problema pode-
rá ser minorado e, quem sabe, solucionado. 
ANATEL - 2009 - CESPE 
Anatel/2009/CESPE) Os presídios brasileiros, habitados por 450.000 sentenciados, têm 
cheiro de creolina. O produto químico é usado para disfarçar outro odor, o de esgoto, que 
sai das celas imundas e impregna corredores e pátios. O exemplo mais repugnante é o 
Presídio Central de Porto Alegre, considerado o pior do país - o que, convenhamos, é um 
feito e tanto. Em um de seus pavilhões, as celas não têm sequer portas: elas caíram de po-
dres. No extremo oposto, figura a Penitenciária Industrial de Joinville, em Santa Catarina. 
Ela não cheira a prisão brasileira. Os pavilhões são limpos, não há superlotação e o ar é 
salubre, pois os presos são proibidos até de fumar. Muitos deles trabalham, e um quarto 
de seu salário é usado para melhorar as instalações do estabelecimento. Nada que lem-
bre o espetáculo de horrores que se vê nas outras carceragens, onde a maioria dos presos 
vive espremida em condições sub-humanas, boa parte faz o que quer e os chefões conti-
nuam a comandar o crime nas ruas a parti r de seus celulares. A penitenciária catarinense 
é uma das onze unidades terceirizadas existentes no Brasil. Veja, 25/2/2009, p. 85 (com 
adaptações). Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija 
um texto dissertativo acerca do seguinte tema: O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO EM 
QUESTÃO - Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1-
penitenciárias: fábrica de crime ou caminho para a recuperação; 2- crime: a decisão de 
punir ou vingar; 3- reinserção social do presidiá~io: o grande desafio. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA: 
Não são nenhuma novidade no cenário nacional os profundos problemas que o sis-
tema carcerário enfrenta. Inclusive, um ex-Ministro da Justiça comparou as prisões brasi-
leiras às masmorras medievais. 
Superlotação,estruturas muita precárias, falta de pessoal qualificado, corrupção ... 
Os tormentos são muitos e, para piorar, a própria saciedade não se dá canta de que essa 
situação acaba tendo um papel fundamental na violência urbana. Afinal, um dia o preso 
irá retornar ao "mundo livre" com pós-graduação no crime. 
O percentual de reincidência é enorme, fruto de um sistema que se diz ressocializa-
dor, mas que, na prática, revela ser apenas um depósito de seres humanos. E tristemente 
muitas pessoas parecem sentir prazer ao ver os sofrimentos par que passam as apenadas. 
Ora, o fato de terem cometido crimes não retira a condição de pessoa humana e muito 
menos a própria dignidade. Os tratadas internacionais e a Constituição vedam torturas e 
tratamentos degradantes a todos, presas ou não. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS f TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁR EA POLICIAL 
O cometimento de um crime deve ser devidamente punido, observando-se critérios 
proporcionais. A punição pelo furto não deve ser a mesma do estupro, mas ambos mere-
cem reprimenda socio/ e jurídica.Assim, a sanção penal tem caráter dúplice: "castigar" o 
infrator e tombém servir como meio de dissuasão social para quem cometa ou pretende 
praticar ilícitos penais. 
A reinserção social do presidiário é fundamental, pois mais que punir, o Estado deve 
permitir que o cidadão possa conviver normalmente. Porém, além do preconceito contra 
quem sai das cadeias, o próprio Estado não oferece condições ideias para tanto, tais 
como a qualificação formal e as chances de se obter um trabalho honesto. Desta forma, 
a probabilidade de a pessoa voltar ao "mundo do crime" é imensa e de nada adiantou o 
período de reclusão. 
Nota-se, portanto, que o sistema penitenciário pátrio é uma bomba relógio prestes 
a explodir, em boro autoridades e a população convenientemente fechem os olhos. Apenas 
soluções estruturais poderão modificar essa problemática ou, ao menos, minorar as con-
sequências desse tema. 
ANALISTA LEGISLATIVO • CÂMARA DOS DEPUTADOS · 2014 
· CESPE 
(Analista legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) Um deputado federal, eleito 
por determinado partido político, pretende fazer uso da palavra no Plenário da Câmara 
dos Deputados, em sessão cuja ordem do dia contemplará o seguinte tema: CRIAÇÃO DE 
MEDIDAS MAIS RIGOROSAS A SEREM APLICADAS AOS PRESOS EM ESTABELECIMENTOS 
PENAIS FEDERAIS NO BRASIL, COMO FORMA DE REPRIMIR A AÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES 
CRIMINOSAS. Por se tratar de assunto de grande interesse, o referido deputado fez inscri-
ção, tempestivamente, junto à Mesa Diretora de sua Casa legislativa, para participar das 
discussões sobre o assunto em destaque, tendo em vista que sua atuação parlamentar é 
caracterizada pelo combate à violência urbana no Brasil. Em face da situação hipotética 
acima descrita, elabore seu texto, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: 
1- índices de criminalidade no Brasil; [valor: 6,00 pontos] 2- organizações criminosas 
dentro dos presídios; [valor: 6,00 pontos] 3- regime disciplinar diferenciado (RDD); [va-
lor: 6,00 pontos] 4- órgãos especializados de inteligência; [valor: 6,00 pontos] 5- formas 
de combate ao crime organizado; [valor: 6,00 pontos]6· combate ao crime de lavagem 
de dinheiro. [valor: 6,00 pontos) 
SUGESTÃO DE RESPOSTA: 
Sabe-se que os índices de criminalidade, especialmente a violenta, têm crescido 
bastante nas últimas décadas no Brasil. Esta expansão do crime em muito se relaciona 
com o surgimento de organizações criminosas, as quais surgiram, inicialmente, dentro de 
presídios, expandindo, pouco a pouco, suas atividades para fora deles, a exemplo do que 
ocorreu com o Comando Ver17Jelho (CV}, na década de 1980 no Rio de Janeiro, e com o 
Primeiro Comando da Capital (PCC), no década de 1990. 
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CRISE PENITENCIÁR IA 
Neste contexto, com o objetivo de evitar o fortalecimento dessas orga~,izações cri-
minosas no interior dos presídios, a Lei nº 10.792/2003 criou o denominado re.gtme dts-
. finar diferenciado" (RDD). A referida lei estabelece que a prática de fato previsto como 
~;;me doloso pelo preso provisório ou condenado constitui falta grave e, quando ocaS,o:}ar 
bversão da ordem ou disciplina, sujeita-os ao ROO. Este regime, entr.e outras re_s~rtçoes, 
su t belece que O preso ficará recolhido em cela individual e só podera receber v1s1tas se-
:a~ais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas. 
É importante enumerar que o os órgãos es~ec~alizados de inte/igê~ci~, e em esp~-
cial a ABIN (Agência Brasileiro de Inteligência) - orgao central de mteltgen_c,a no Brasil , 
possuem relevante papel no monitoramento das atividades das organtzaçoes ertmmosas. 
A estes órgãos incumbe identificar ameaças potenciais e reais ao Estado brastletro, no que 
se encaixam as referidas organizações criminosas. 
o combate à criminalidade organizada deve se dar além da prevenção e da repres-
são dos ilícitos penais praticados pelas organizações criminosas, tendo em vista, '.am-
b ·m a diminuição do poderio econômico delas. Deste modo, os ag~ntes responsave,s 
p:la,persecução penal devem estar atentos às práticas relacionadas a lava~em de_ capi-
tais provenientes das infrações penais levadas a cabo ~or es~as organizaçoes, ut1/tzan-
do-se de medidas judiciais e extrajudiciais para combate-las. E essenc,a/ o ~so de alguns 
modernos meios de investigação, tais como a colaboração premiada, a açao controlada 
e a infiltração de agentes. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA Á REA POLICIAL 
PENA DE MORTE 
TÉCNICO JUDICIÁRIO DA DEFENSORIA PÚBLICA DE 
RONDÔNIA - 2015 - FGV 
(TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA/DPE-R0/2015/FGV) - Uma vez mais a discussão so-
bre justiça/injustiça da pena de morte volta à tona em razão de e1a ter sido aplicada, na 
Indonésia, a dois brasileiros condenados por tráfico de drogas. As posições dos brasileiros 
sobre o fuzilamento variam bastante, havendo opiniões numerosas de apoio ao governo 
da Indonésia e outras de condenação pelo "barbarismo" do processo. Nesse caso parti-
cular, qual a sua opinião sobre esse tipo de pena? Apresente sua posição, defendendo-a 
com argumentos convincentes, em um texto, com número mínimo de 20 (vinte) linhas e 
máximo de 30 (trinta) linhas. 
OBSERVAÇÃO: 
Diante da abertura concedida pelo enunciado, optamos por elaborar duas respos-
tas, de forma a abranger o posicionamento favorável e o posicionamento contrário à pena 
de morte. Porém, salientamos que as bancas, especialmente quando correlacionadas à 
Defensoria Pública, costumam adotar um viés de contrariedade à pena capital. 
Com isso, recomenda-se cautela e prudência quando do posicionamento pela pena 
de morte, devendo ser utilizados argumentos jurídicos que o justifiquem. A ideia de "ma-
tar os criminosos'; quando defendida sem um mínimo de coerência argumentativa, pode 
levar à perda de pontos. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA (contrária à pena de morte): 
A aplicação da pena de morte é algo polêmico no mundo, havendo intensos debates 
sobre sua necessidade e eficácia. Um ponto curioso é que países com economias e sistemas 
políticos díspares entre si costumam convergir nesse ponto: a previsão da pena de morte. 
O Brasil, ainda que de forma bem restrita, prevê a pena de morte em caso de guerra 
declarada. Justamente pela gravidade e inocuidade dela é que o país possui fortes restri-
ções para sua aplicabilidade, pois ela só ocorrerá em uma situação de ameaça extrema 
à integridade nacional, o que justifica eliminar alguém.· Fora dessas situações, por mais 
hediondo que seja o crime cometido em tempos de paz, veda-se peremptoriamente a pena 
de morte, inclusive para fins de quem for extraditado. 
A pena de morte não diminui o cometimento de crimes, servindo apenas como 
forma de saciar a sede de vingança ou como maneira de o condenado ser usado como 
exemplo. Essa noção de usar alguém como exemplo é comprovadamente inócua, seja 
para fins de "mostrar que o crime não compensa''. seja para inibir movimentos políticos 
(grupos que combatem uma ordem política). EUA, China e Coreia do Norte, países tão 
PE NA DE MORTE 
diferentes entre si, aplicam pena de morte, cada um com suas peculiaridades culturais, 
políticas e econômicas. 
Deixando o aspecto ético de lado e analisando apenas o prisma financeiro, matar 
alguém custa caro. Primeiramente, é preciso um longo processo criminal, pois certamente 
a marcha processual que poderá eliminar uma pessoa deve ser mais longa e mais cuidado-
sa, especialmente porque o erro judicial será de uma gravidade extrema. E é justamente 
na chance de erro que reside o maior problema. Segmentos mais vulneráveis e "descartá-
veis" (negros, pobres, imigrantes) serão o público-alvo. 
Nota-se que a pena de morte, além de polêmica, é inútil e custosa, devendo serre-
pudiada e vista como uma chaga histórica.·o patamar civilizatório só existe quando a sua 
ideia de aplicação for extirpada de vez. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA (favorável à pena de morte): 
A aplicação da pena de morte é algo polêmico no mundo, havendo intensos debates 
sobre sua necessidade e eficácia.Um ponto curioso é que países com economias e sistemas 
políticos díspares entre si costumam convergir nesse ponto: a previsão da pena de morte. 
O Brasil, ainda que de forma bem restrita, prevê a pena de morte em caso de guer-
ra declarada. E, em que pese a vedação constitucional, é preciso, no mínimo, repensar a 
aplicabilidade dela. Geralmente, ao se defender a pena de morte, pensa-se que se quer um 
"cheque em branco" para o Estado eliminar qualquer um. Referido raciocínio é totalmente 
deturpado, pois o que se defende é uma sanção dura para um criminoso que cometeu 
delitos de extrema gravidade. Além disso, é uma forma de inibir futuros criminosos, pois 
sabedores de que poderão perder a vida. 
Outro ponto importante é que a pena de morte não será aplicada desregradamente, 
já que, como outra sanção qualc,uer, será antecedida de um devido processo legal. Com isso, 
o processo penal terá a ampla defesa e a produção de provas como ocorre em qualquer ação 
criminal, isto é, do mero furto a· um estupro. Em paralelo, por mais que o intenta ressociali-
zador exista, há pessoas que são incapazes de regeneração, de forma que a sociedade não 
pode ser obrigada a conviver com quem não terá a mínima chance de adequado reingresso. 
Alega-se, ainda, que a aplicação da pena de morte é muito custosa. Entretanto, a 
perda de um parente ou os traumas de um estupro, por exemplo, são infinitamente mais 
gravosos e economicamente incomensuráveis. Vedar a possibilidade de uma pena extre-
ma, depois de assegurado o devido processo legal, por conta de argumentos econômicos, 
é menoscabar a dignidade de quem foi vítima ou sofreu as consequências de um crime 
grave. E este é outro argumento, pois apenas os delitos de máxima gravidade serão san-
cionados com a pena de morte. 
Nota-se que a pena de morte é uma forma eficaz e eficiente de assegurar justiça às 
vítimas ou familiares de vítimas. Não se trata de vingança, mas de resposta eficaz e preci-
sa para quem violou com gravidade regras sociais mínimas. 
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PROVAS DISCURSIVAS COMENTADAS I TEMAS DE REDAÇÃO PARA ÁREA POLICIAL 
PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE ITABIRITO/MG • 2015 • 
FUNDEP 
(PROCURADORIA MUNICIPAL/PGM-ITABIRITO-MG/201S/FUNDEP - GESTÃO DE CON-
CURSOS) - REDAÇÃO - "O brasileiro Marcos Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado 
por fuzilamento, na Indonésia. Archer foi condenado à pena de morte por tráfico de dro-
gas - ele foi preso com 13,4 kg de cocaína no aeroporto de Jacarta em 2003. ( ... ) On-
tem, o governo da Indonésia havia rejeitado o apelo feito pela presidente Dilma Rousseff 
para que Archer e outro brasileiro, Rodrigo Gularte, não fossem executados. A presidente 
falou, por telefone, com o presidente da Indonésia, JokoWidodo. Em nota, Dilma disse 
'lamentar profundamente a decisão do presidente Widodo de levar adiante a execução 
do brasileiro Marcos Archer'. ( ... )" http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noti-
cias/2015/0l/17 /indonesla-executa-brasileiro-condenado-a-morte-portrafico-de-drogas. 
htm Com base no texto acima e em seus conhecimentos, redija um texto dissertativo, 
apontando argumentos a favor e contra a pena de morte e posicionando-se sobre o tema. 
OBSERVAÇÃO: 
Diante da abertura concedida pela enunciada, optamos par elaborar duas respos-
tas, de forma a abranger a posicionamento favorável e a posicionamento contrária à pena 
de morte. Porém, salientamos que as bancas, especialmente quando correlacionadas à 
Defensaria Pública, costumam adotar um viés de contrariedade à pena capita. 
Com isso, recomenda-se cautela e prudência quando da posicionamento pela pena 
de morte, devendo ser utilizadas argumentas jurídicas que justifiquem. A ideia de "matar 
as criminosas'; quando defendida sem um mínima de coerência argumentativa, pode le-
var à perda de pontos. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA (contrária à pena de morte): 
A aplicação da pena de morte é alga que gera muita controvérsia na mundo, havenda 
fartes debates sabre ela. Um ponta em comum é que nações com modelas econômicas e 
sistemas políticas diferentes acabam par ter alga em comum: a previsão da pena de morte. 
O Brasil prevê a pena de morte em casa de guerra declarada, apenas. Diante da 
gravosidade e da histórica inocuidade dela, é que existem sérias restrições para sua apli-
cabilidade. Em tempos de paz, por mais hediondo que seja a crime cometido, veda-se pe-
remptariamente a pena de morte, senda, inclusive, condição para a extradição que a país 
receptar não elimine o pessoa. Referido intenta coaduna-se com a respeito aos direitas 
humanas, tema constitucionalmente abraçada pela nação. 
Deve-se entender que a sanção penal não pode ser usada cama forma de saciar a 
sede de vingança ou coma maneira de a condenado ser usada como exempla. Essa ótica 
sempre acaba por ser usada para eliminar quem seja indesejável. Hoje é um criminosas 
comum, mas amanhã poderá ser um opositor política ou integrantes de segmentas saciais 
vulneráveis. E em saciedades cada vez mais desiguais, a tendência éque grupos histarica-
PENA DE MORTE 
mente marginalizadas sejam as "escolhidos'; realizando-se um perniciosa controle saciai 
sabre quem tem "autorização" ou não para viver. 
Deixando a aspecto ética de fada e analisando apenas o prisma financeiro, matar 
alguém custa cara. Primeiramente, é preciso um longo processo cr'.minal, pais certa'.11ente 
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marcha processual que poderá eliminar uma pessoa deve ser mais longa e m_ms cuidado-
especialmente parque O erra judicial será de uma gravidade extrema. E e Justamente 
sa, · / ' · "d scartá na chance de erro que reside o maior problema. Segmentas mais vu nerave1s e e -
veis" (negros, pobres, imigrantes) serão o pública-alva. 
Noto-se que O pena de morte, além de polêmica, é inútil e custosa, devendo ser re-
pudiada e vista como uma chaga histórica. O patamar civilizatório só existe quando a sua 
ideia de aplicação for extirpada de vez. 
SUGESTÃO DE RESPOSTA (favorável à pena de morte): 
A aplicação da pena de morte é alga polêmica no mundo, havenda int~nsos ~ebates 
sobre sua necessidade e eficácia. Um ponto curiosa é que países com economias e sistemas 
políticos díspares entre si costumam convergir nesse ponto: a previsão do pena de morte. 
o Brasil, ainda que de forma bem restrita, prevê a pena de morte em casa de guerra 
declarada. Apesar da restrição constitucional, diante da situação de descalabro da segu-
rança pública, é preciso, no mínima, repensar a aplicabilidade dela. Geralmente, ao se 
defender O pena de morte, pensa-se que se quer um "cheque em bra~ca" para a Estado 
eliminar qualquer um. Referido raciocfnia é alarmista e deturpada, pa,s a qu_e se defende 
é uma sanção dura para um criminosa que cometeu delitos de extrema gravidade. 
Não se pode negar a função preventiva da pena. A pena de morte nõa é difer~n_te, 
pais também possui seu fundo inibidor, como ,qualquer outra pena prevista na C?d1ga 
Penal. De forma correlata, a pena de morte não será aplicada desregradamente, JO que, 
coma outra sanção qualquer, será antecedida df! um devido processo legal /ampla defesa 
e produção de provas). Após um longa caminha é que a pessoa será eliminad~, d: forma 
que a tese de que ela será usada para extinguir pobres ou indesejadas sac1a1s naa pros-
pera. Além disso, haverá controle do Judiciário, da Ministério Pública e, se for a casa, da 
Defensoria Pública. 
Alega-se, ainda, que a aplicação da pena de morte é muita custosa. Entretanto, ~ 
perda de um parente ou as traumas de um estupra, par exempla, são infinitamente mais 
gravosas e economicamente incomensuráveis. Vedar a passibilidade de uma p~n~ extrema, 
depois de assegurada O devida processo legal, par canta de argumentas ecanam,cas é me-
nascabar a dignidade de quem foi vítima ou sofreu as consequências de um crime grave. 
Nota-se que a pena de morte é uma forma eficaz e eficiente de assegurar justiça às 
vítimas ou familiares de vítimas. Não se trata de vingança, mas de resposta eficaz e preci-
sa para quem via/ou com gravidade regras saciais

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