Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL A DISTÂNCIA - POLO SÃO LUÍS - MA Aldmax Silva Martins - RA 3178315 Antônio Marcos Martins - RA 3185257 Erica Alves de Sousa - RA 3176711 Wendre Costa Nogueira - RA 3191524 ALINHAMENTO DAS GESTÕES MUNICÍPAIS COM A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI 12.305/2010) SÃO LUÍS – MA 2018 1 Aldmax Silva Martins - RA 3178315 Antônio Marcos Martins - RA 3185257 Erica Alves de Sousa - RA 3176711 Wendre Costa Nogueira - RA 3191524 ALINHAMENTO DAS GESTÕES MUNICÍPAIS COM A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI 12.305/2010) Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Ambiental da Universidade Santo Amaro - UNISA, como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Ambiental Orientador: Prof. Msc. Marcos Araújo SÃO LUÍS – MA 2 2018 Aldmax Silva Martins - RA 3178315 Antônio Marcos Martins - RA 3185257 Erica Alves de Sousa - RA 3176711 Wendre Costa Nogueira - RA 3191524 ALINHAMENTO DAS GESTÕES MUNICÍPAIS COM A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI 12.305/2010) Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Ambiental da Universidade Santo Amaro - UNISA, como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Ambiental. Orientador: Prof. Msc. Marcos Araújo Banca Examinadora ____________________________ Prof. Dr. _____________________ ____________________________ Prof. Dr. _____________________ ____________________________ Prof. Dr. _____________________ 3 RESUMO Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar a necessidade do alinhamento das Gestões Municipais do município de São Luís com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), visando a eficiências no gerenciamento dos mesmos a partir dos critérios técnicos sociais e ambientais definidos pela política explicitada acima. Após longo período de discussões no Congresso Nacional, a Lei nº 12.305 foi aprovada no ano de 2010, chamada como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), representando um marco para a prevenção do maio ambiente. O manejo inadequado de resíduos sólidos tem gerado problemas que ultrapassam o âmbito do meio ambiente, e alcançando o meio social e econômico do país. A metodologia de pesquisa utilizada para este estudo FOI A analítico-descritivo por meio de levantamento bibliográfico, utilizando relatórios sobre a geração de resíduos sólidos de São Luís – MA. A necessidade de um alinhamento entre a gestão ambiental e a PLRS tem a responsabilidade de cuidar do meio ambiente para que seja ecologicamente equilibrado, para às presentes e futuras gerações. Conclui-se que após a sanção da PNRS, houve uma queda consideração na geração de resíduos no Município de São Luís. Palavras-chave: Gestão Municipal. Resíduos Sólidos. Lei 12.305/2010. 4 ABSTRATC This final project aims to analyze the need of alignment of the Municipal Administrations of São Luís with the Brazilian solid waste Policy (Law 12,305/2010), aiming at efficiencies in the management of the same from the social and environmental technical criteria defined by the policy explained above. After long discussions in the National Congress, law No. 12,305 was approved in the year 2010, named as national solid waste policy (PNRS), representing a milestone for preventing may environment. Inadequate management of solid waste has raised problems that go beyond the scope of the environment, and achieving the country's economic and social environment. The research methodology used for this study was the analytical- descriptive through bibliographical survey, using reports about the generation of solid waste in São Luís-MA. The need for alignment between environmental management and PLRS has the responsibility of taking care of the environment to be ecologically balanced, for the present and future generations. It appears that after the sanction of the PNRS, there was a fall account in the generation of waste in the city of São Luís. Keywords: Municipal management. Solid Waste. 12,305/2010 law. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 06 1.1 Problema de Pesquisa (problematização) .................................................. 07 1.2 Objetivos ....................................................................................................... 07 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 07 1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 07 1.3 Justificativa ................................................................................................... 08 2 REVISÃO TEÓRICA ......................................................................................... 09 3 METODOLOGIA ............................................................................................... 25 4 RESULTADO .................................................................................................... 26 5 RESULTADO .................................................................................................... 28 6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 31 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 33 6 1. INTRODUÇÃO O cenário ambiental no Brasil passa por um processo de mudanças e novas percepções que almeja a integração entre sociedade, econômica e meio ambiente por meio de bases sustentáveis que cada parte se desenvolva. Os recursos naturais estão se esgotando, o que levou à diversas discussões sobre o tema, movimentando a sociedade no sentido de buscar soluções para tal problemática. Os problemas são significativos, devido ao excesso de poluentes e dejetos, nota-se o destaque para as discussões sobre questões inerentes a atividade ambiental, devido os impactos ambientais causados pela prática. Ao passo que a existem atividades que podem apresentar benefícios para uma comunidade, uma possível contaminação por resíduos sólidos poderá acarretar diversos prejuízos seja no âmbito social, ambiental e econômico. O destino final dos resíduos sólidos urbanos é motivo de grande preocupação, seja pelos governantes, como por parte da população, pois o descontrole no manejo desses resíduos tem gerado desconforto para a sociedade e para os gestores públicos, principalmente no que se refere aos municípios. Neste sentido, foi criada a Lei 12.305/2010 com o objetivo de regulamentar os tratamento e destino final dos resíduos sólidos urbanos. Apesar da criação da Lei Federal nº 12.305, vê-se ainda certo descaso por parte do poder público com relação as questões ambientais. A lei apresenta pontos atualizados, conceitos sobre ecoefissiência, responsabilidade compartilhada, e responsabilidade de todo o cidadão, descentralizando a responsabilidade do Estado, que mesmo assim continua sendo o responsável maior, em que todos devem contribuir com a política nacional de resíduos sólidos. A dificuldade dos municípios em cumprir a política nacional de resíduos, inclusive no que compete a plano municipais de gestão integrada de resíduos sólidos de acordo com a política nacional de resíduos sólidos. Compõe variável que impede um gerenciamento eficiente por parte dos municípios ocasionando impactos ambientais e sociais tais como: percolação do solo por parte do chorume, contaminação de lençóis freáticos, existências de catadores individualizados, péssimos acondicionamento e translado dos resíduossólidos, existências de vetores nos vazadores a céu aberto, produção de gases tóxicos derivados da incineração clandestina ou queima de resíduos sólidos, etc. 7 A falta de cuidado com resíduos sólidos têm impactos diversos e que atingem em sua maioria, comunidades vulneráveis. Em muitos casos, as consequências são estritamente ambientais. 1.1 Problema de Pesquisa (problematização) O lixo ou a geração de resíduos sólidos urbanos é um problema com forte relação à economia e consumismo material, a extração de recursos naturais, exploração de madeira, minério, resíduos dispensados pelas indústrias, fábricas, laboratórios químicos, a própria população que dejeta seu lixo de maneira inadequada, aumentando cada vez mais a produção de resíduos sólidos urbanos. No município de São Luís, notou-se um crescimento na quantidade de lixo, como maior do que o crescimento em números da população, essa expansão acelerada tem consequências negativas no meio ambiente, trazendo desequilíbrios e afetando a qualidade de vida. Neste sentido, surge a seguinte problemática: o município de São Luís por meio de sua gestão de resíduos sólidos atende ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10)? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Analisar a necessidade do alinhamento das Gestões Municipais do município de São Luís com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), visando a eficiências no gerenciamento dos mesmos a partir dos critérios técnicos sociais e ambientais definidos pela política explicitada acima. 1.2.2 Objetivos Específicos Averiguar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para um eficiente planejamento das Gestões Municipais no que compete tal temática; Verificar se o município de São Luís atendem a Lei nº 12.305/10; Propor ações que solucionem os problemas que impedem que o município de cumprir com os requisitos da Lei nº 12.305/10. 8 1.3 Justificativa Os resíduos sólidos, também conhecidos como lixo, são consequências das atividades rotineiras do homem e dos animais. São descartados e despejados em sua maioria no meio ambiente de forma desordenada, gerando grandes problemas para o meio ambiente. A produção desses resíduos modifica não somente o meio ambiente, mas também os aspectos sociais, tecnológicos e econômicos. A gestão ambiental nos munícipios deve está alinhada ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Este estudo se justifica pela escassez de estudos com bases em dados científicos que analisam e explanam sobre os impactos gerados pela gestão de resíduos sólidos no munícipio de São Luís, Maranhão. Os trabalhos e pesquisas atuais se limitam a descrever conceitos, mas pouco apresenta dados sobre sistemas integrados de gestão de resíduos sólidos. 9 2 REVISÃO TEÓRICA 2.1 Contexto histórico da geração de resíduos no Brasil A primeira lei brasileira que trata dos resíduos sólidos foi a Lei Federal de n.º 2.312, noticiada em 1954, cujo Artigo 12 diz: “a coleta, o transporte, e o destino final do lixo, deverão processar-se em condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem estar públicos”. Em 1961, por ocasião da publicação do Código Nacional de Saúde, essa diretriz foi reafirmada pelo Artigo 40 do Decreto 49.974-A. (JESUS, 2013) Em 1979, o Ministério do Interior - MINTER baixou a Portaria MINTER n.º 53, que dispunha sobre o controle dos resíduos sólidos provenientes das atividades humanas, como forma de prevenir a poluição do solo, do ar e das águas. Essa Portaria estabelece que os resíduos sólidos de natureza tóxica, os que contêm substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras consideradas prejudiciais, devem passar por tratamento, no próprio local de geração e nas condições estabelecidas pelo órgão estadual de controle da poluição e de preservação ambiental. (DOMINICIANO, 2014) Em meados do ano 1981, a Lei Federal n.º 6.938 estabeleceu que a Política Nacional do Meio Ambiente, e o Artigo 2.º, inciso I, estabelece que “é responsabilidade do Poder Público a manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo”. (FEDDERSEN, 2015) Porém, o grande marco histórico da gestão ambiental no Brasil foi à lei que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos que lança uma visão moderna na luta contra um dos maiores problemas do Planeta: o lixo urbano. Tendo como princípio a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e população, a nova legislação impulsiona o retorno dos produtos às indústrias após o consumo e obriga o poder público a realizar planos para o gerenciamento do lixo. Entre as novidades, a lei consagra o viés social da reciclagem, com participação formal dos catadores organizados em cooperativas. Promulgada no dia 2 de agosto de 2010, após amplo debate entre o governo, universidades, setor produtivo e entidades civis, a Política Nacional promoverá mudanças no cenário dos resíduos. (CEMPRE, 2010) 2.2 Resíduos Sólidos 10 Resíduos Sólidos é um tema sendo levantado em vários debates e discussões, pela percepção dos graves resultados de seus impactos no meio ambiente. O crescimento urbano e o aumento do consumo são aspectos que levam à reflexão sobre determinadas práticas da sociedade com relação à ecologia, meio ambiente e espaço social. Assim, deu-se início a busca por boas práticas seja de manejo como de descarte dos resíduos sólidos, sendo indispensável este cuidado, pois causam danos ao equilíbrio ecológico, danos à saúde e ao bem-estar dos seres humanos. (PITSCH; 2011) A má destinação dos resíduos sólidos é uma das principais preocupações da atualidade, onde as atenções estão voltadas para as causas que esses resíduos podem ter sobre a saúde humana e sobre a qualidade do meio ambiente (solo, água, ar e paisagens). Os resíduos, tanto em termos de composição como de volume, variam em função do consumo e dos métodos de produção (SANTOS, 2011, p. 1). No que tange a poluição, pondere-se que a atividade humana é sem dúvida geradora de impacto sobre o meio ambiente, sendo ultimamente suficientemente degradadora para até mesmo por em risco a vida neste planeta, colocando em risco a protegida qualidade de vida do homem. Conforme estudos de Machado (2011, p. 519), a proteção do dispositivo abrange: o homem e sua comunidade, o patrimônio público e privado, o lazer e o desenvolvimento econômico através das diferentes atividades (alínea b), a flora e a fauna (biota), a paisagem e os monumentos naturais, inclusive os arredores naturais desses monumentos – que encontram também proteção constitucional (arts. 216 e 225 da CF/88). Ainda sobre o conceito de poluição: “toda alteração das propriedades naturais do meio ambiente, causada por agente de qualquer espécie prejudicial à saúde, à segurança ou ao bem-estar da população sujeita aos seus efeitos. Estas alterações, quando normais e toleráveis, não merecem contenção e repressão, só exigindo combate quando se tornam intoleráveis e prejudiciais à comunidade, caracterizando poluição reprimível” (MEIRELLES, 2002). O aumento populacional e crescimento do consumo humano estão diretamente relacionados com o aumento da poluição e, especialmente, da geração de resíduos sólidos. Os padrões de consumo exagerados de bens não se constituem 11 em uma característica exclusiva da sociedade contemporânea. A “era da sociedade de consumo” se iniciou após o surgimento das primeiras indústrias na segunda metade do século XVIII, durante a Primeira Revolução Industrial (CARDOSO, 2015). Como definição conceitual, Kreling (2006, p. 20) define que “resíduos sólidos para designar o produto de descarte gerado pelas atividades industriais [...]”. Usualmente, tem-se utilizado o termo lixo para resíduosoriundos da atividade humana, que é empregada de forma equivocada, por não se considerar as reais características do que é considerado resíduo, ou seja, a caracterização do que é resíduo depende de quem o gera, o classifica, pode ser inútil para uns, como poderá ser útil para outros (TEIXEIRA; 2013). 2.2.1 Classificação e Caracterização A classificação e a caracterização do resíduo sólido passam pela verificação de condições dos materiais, características físicas, biológicas, químicas, como também a origem do resíduo. A diferenciação desses requisitos tem como objetivo diferenciar o gerenciamento adequado do sólido, de acordo com sua classificação. Quanto ao potencial de contaminação do meio ambiente e saúde pública, a norma técnica NBR 10.004/2004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos da seguinte forma: Resíduos Classe I (perigosos) - são os resíduos sólidos ou misturas de resíduos que tem “características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar riscos à saúde pública”; Resíduos Classe II (não inertes) – são os resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que não se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes). Estes resíduos podem ter características como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água; Resíduos Classe III (inertes) – contemplam os resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que, submetidos ao teste de solubilização (Norma NBR no. 10.006 – Solubilização de Resíduos – Procedimento) não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados, em concentrações superiores aos padrões definidos na Listagem 8 – Padrões para os testes de solubilização. (ABNT, 2004) 12 Quanto à classificação dos resíduos não perigosos, tem-se a seguinte divisão: Classe IIA: em que o material apresenta características como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Classe IIB: considera-se que o resíduo submetido a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, não tenha nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. Quanto ao estado físico, os resíduos podem ser divididos em NBR n.º 10004 (ABNT, 2004): Resíduos sólidos: correspondem aos resíduos apresentados nos estados sólido e semi-sólido, são aqueles originados de atividades industriais, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, e ainda nessa divisão tem- se os lodos oriundos de sistemas de tratamento de água, resíduos produzidos em equipamentos e instalações de controle de poluição, líquidos que por suas características não podem ser lançados na rede pública de esgoto ou corpos de água de forma viável. Resíduos gasosos: correspondem aos resíduos resultantes das reações de fermentações aeróbias e anaeróbia, no caso dos aterros sanitários a fermentação anaeróbia ocorre produzindo o gás carbônico e ao metano, que são aproveitados na produção de biogás; Resíduos líquidos: os resíduos líquidos também podem ser considerados como lixiviados, possuem uma grande concentração de material orgânico, como azoto e material tóxicos, e por apresentar um alto potencial de contaminação é necessário fazer o seu tratamento com a finalidade de impedir a sua infiltração no solo e a poluição das águas. Ainda de acordo com Norma supracitada NBR n.º 10004 (ABNT, 2004), quanto à origem, os resíduos sólidos podem ser classificados em: Resíduos Urbanos – consistem nos resíduos domiciliares ou domésticos, ou seja, são aqueles originados das residências e compostos por restos de alimentos, embalagens plásticas, de metal, de vidro, de papel e de papelão, jornais, revistas, nos resíduos comerciais, que por sua vez introduzem os resíduos gerados de atividades realizadas em escritórios, hotéis, lojas, cinemas, teatros, mercados, terminais, e são compostos essencialmente por papel, papelão e embalagens em geral, nos resíduos 13 públicos, que são aqueles que incluem os resíduos resultantes da limpeza de vias públicas, praças e jardins, e são compostos principalmente por papéis, embalagens, restos de cigarros, folhagens e sedimentos diversos. Resíduos Industriais – são aqueles procedentes das atividades industriais, que apresentam um grande número de materiais e substâncias que não se decompõem ou pode permanecer muito tempo estáveis, representando sérios perigos para a saúde pública, e exigindo acondicionamento, transporte e destinação especiais. Os resíduos industriais variam entre 65 a 75 % do total de resíduos produzidos em regiões mais industrializadas. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) – esses resíduos são produzidos em hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, centros de saúde, consultórios odontológicos e outros estabelecimentos afins, e podem ser incluídos em dois níveis diferentes, os resíduos comuns, que são aqueles que compreendem os restos de alimentos, papéis, invólucros, e os resíduos sépticos, que correspondem aos constituídos de restos de salas de cirurgia, áreas de isolamento, centros de hemodiálise, etc. Enquanto ao manuseio esses resíduos exigem atenção especial. Quanto às características físicas: De acordo com a FUNASA (2007) as características físicas analisadas devem ser: a) Compressividade: é a redução do volume dos resíduos sólidos quando submetidos a uma pressão (compactação); b) Teor de umidade: compreende a quantidade de água existente na massa dos resíduos sólidos; c) Composição gravimétrica: determina a porcentagem de cada constituinte da massa de resíduos sólidos, proporcionalmente ao seu peso; d) Per capita: é a massa de resíduos sólidos produzida por uma pessoa em um dia (kg/hab. dia), calculadas pela formula: 𝐺𝑒𝑟ação 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 (𝐾𝑔 ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎) = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑆 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 (𝐾𝑔. 𝑑𝑖𝑎) 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 (ℎ𝑎𝑏) e) Peso específico: é o peso do resíduo solto, em relação ao volume ocupado por ele, expresso em Kg/m³. Esse valor é determinante no dimensionamento de equipamentos e instalações. 14 Características Químicas As características químicas são importantes para a escolha do tratamento mais adequado ao resíduo. O manual de saneamento da FUNASA descreve as características que devem ser analisadas: I. Poder calorífico: indica a capacidade potencial de um material desprender calor quando durante a combustão; II. Potencial de hidrogênio (pH): indica o teor de acidez ou; III. Alcalinidade dos resíduos; IV. Teor de matéria orgânica: consiste na determinação dos teores de cada constituinte da matéria orgânica (cinzas, gorduras, macro e micronutrientes, resíduos minerais entre outros); V. Relação carbono/nitrogênio (C/N): determina o grau de degradação da matéria orgânica do resíduo no processo de tratamento/disposição final. Características Biológicas As características biológicas dos resíduos sólidos são determinadas pela população microbiana e pelos agentes patogênicos presentes no material (IBAM, 2001). 2.3 Tipos de Tratamentos O arcabouço de leis, regulamentos e procedimentos para tratar os resíduos é definido nas três esferas federal, estadual e municipal. Porém, a grande responsabilidade é do município que responde pela coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos, ficando sob responsabilidade do Estado o licenciamento e/ou fiscalização ambiental e cabendo à União, a definição das normas gerais (LIMA, 2017). Com efeito, um novo marco na gestão dos resíduos sólidos no Brasil é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/10 (BRASIL, 2010), que estabelece obrigatoriedades fundamentais para que o Brasil deixe de ser um país onde prevalecem os lixões, o desperdícioe a falta de dignidade aos cidadãos que 15 trabalham com os materiais recicláveis. A Política determina a proibição da abertura de novos lixões e a obrigação dos municípios em estruturar a coleta seletiva, com participação das cooperativas de catadores para viabilizar a separação e correta destinação dos recicláveis. Faz distinção entre rejeito (o que não é passível de reaproveitamento) e resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado), referenciando todo tipo de resíduo (doméstico, industrial, da construção civil, eletroeletrônico, da área de saúde, etc.). Os objetivos são: a não geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos; redução do uso dos recursos naturais (água e energia, por exemplo) no processo de produção de novos produtos; intensificar ações de educação ambiental; aumentar a reciclagem no país; promover a inclusão social, a geração de emprego e renda de catadores de materiais. 2.3.1 Reciclagem A reciclagem é uma atividade econômica, que deve ser vista como um elemento dentro do conjunto de atividades integradas no gerenciamento dos resíduos, não se traduzindo, portanto, como a principal "solução" para os resíduos, já que nem todos os materiais são técnica ou economicamente recicláveis (SILVA, 2017). Para tanto, a reciclagem é o reaproveitamento de determinados materiais, mediante reprocessamento e recuperação de detritos para posterior uso doméstico ou na indústria. FEDDERSEN, (2015, p. 33), determinam que os materiais recicláveis têm ampla utilização nas indústrias, onde são beneficiados como matéria-prima pré- processada. Evitando-se, assim, a extração de novos recursos da natureza e, na maioria das vezes, eliminando-se etapas onde há grande consumo de energia e utilização de produtos químicos poluidores. Os resíduos sólidos que se encontram misturado no lixo domiciliar devem ser separados em uma usina de reciclagem de forma eletromecânica ou manuais conseguindo-se em geral uma eficiência de apenas 3 a 6% em peso, dependendo do tamanho e do grau de sofisticação tecnológica da usina (LOPES; CALIXTO, 2012). 16 A atividade de reciclagem existe desde a época em que compradores de papel, papelão, garrafa de vidro e outros objetos eram recolhidos nas ruas de grandes cidades para ser reciclados (MAGALHÃES, 2008). No Brasil, este tratamento dos resíduos sólidos domésticos teve início nos anos 80, com uma intensa divulgação junto às administrações municipais e muitas cidades experimentaram a técnica como solução definitiva para os problemas ambientais e sanitários pela crescente produção de RSU. Para Dominiciano (2014, p. 34) a triagem e a reciclagem servem para separação dos materiais recicláveis presentes nos RSU. Esses materiais do tipo (papéis, metais, plásticos, vidros etc.), a segunda etapa, é o processo industrial, permitindo a reciclagem e/ou transformação em novos produtos. Ainda conforme o autor, o elevado percentual de matéria orgânica presente nos resíduos sólidos domésticos, também é realizado, nas chamadas usinas de lixo, o processo da compostagem, tem características semelhantes às dos fertilizantes orgânicos. 2.3.2 Coleta Seletiva A coleta seletiva é uma forma de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. Esse processo pode ser implantado em bairros, escolas, centros comerciais ou outros locais que trabalhe junto com o sistema da coleta de materiais recicláveis, servindo também como método educativo na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os questionamentos do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo (JESUS, 2013). Pelo exposto, percebe-se que, a trajetória em busca da sustentabilidade nas cidades brasileiras, impõe mudanças profundas nos sistemas de limpeza urbana (MONTEIRO, 2017). Ainda conforme o autor, a ocasião que observamos nos pequenos municípios do interior do Estado de São Paulo é a mesma com certeza, deparada em todo o país. Os pequenos municípios não têm condições econômicas, técnicas e políticas de solucionar o problema de seus resíduos sólidos. Esse quadro leva a ocorrência frequente de lixões a céu aberto ou aterros precários e sem controle, gerando problemas para o meio ambiente e, de forma inconsequente, poluindo o que é de patrimônio da coletividade. Com relação à coleta seletiva, a MONTEIRO (2017) registrou: 17 Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, apenas 766 fazem coleta seletiva de lixo. A conclusão é da pesquisa Ciclosoft 2012, desenvolvida pelo Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem, apresentada em seminário no Rio de Janeiro sobre política nacional de resíduos sólidos. Para Pitsch (2011), a coleta seletiva é eficaz e possui grandes vantagens que colaboram para a melhoria do meio ambiente, na medida em que suaviza a exploração de recursos naturais, diminui a poluição do solo, da água e do ar, adia a vida útil dos aterros sanitários, permite a reciclagem de materiais que iriam para o lixo, diminui os gastos com a limpeza urbana, cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias, gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis. E as desvantagens, por sua vez, da coleta seletiva são mencionadas por Lopes e Calixto (2012), como elevado custo da coleta e transporte, pois necessita de veículos especiais, que passam em dias diferentes dos da coleta convencional; e necessidade de um centro de triagem, onde os recicláveis são separados por tipo, mesmo após a segregação na fonte. De fato uma cidade cuidadosa é essencial para qualquer programa de coleta seletiva. Se o planejamento estimular a participação da comunidade provavelmente terá uma identificação com o programa de reciclagem proposto, bem antes que ele se inicie de fato. A educação ambiental tem se mostrado a chave fundamental para o sucesso dos programas de reciclagem, pois influencia a aprendizagem do cidadão sobre o seu papel como gerador de resíduos, atingindo escolas, repartições públicas, residências, escritórios, fábricas, lojas, enfim, todos os locais onde os cidadãos geram resíduos (DOMINICIANO, 2014). 2.3.3 Aterro Sanitário Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004): Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário. 18 Na realidade o aterramento sanitário é considerado por Santos (2011, p. 67) como o método de disposição final dos resíduos sólidos que, com as técnicas da engenharia, minimiza os impactos causados pela disposição dos resíduos sólidos, sendo adequado para tal fim. Na execução de um aterro sanitário, princípios básicos são aplicados, para a predação do espaço onde serão despejados os resíduos sólidos ou lixo. Dentre eles, destaca-se a implantação de dispositivo de drenagem e tratamento de gases, drenagem e tratamento de lixiviados, afastamento das águas pluviais, canalização de eventuais córregos e nascentes do local, recobrimento diário e sistemático com argila, isolamento e impermeabilização mínima das células após o alcance da altura limite e urbanização do parque. Os aterros sanitários são implantados geralmente em 3 (três) tipos de áreas - encostas naturais ou degradadas, planícies e cavas de antigas minerações (JESUS, 2013) 2.4 A Geração de Resíduos Sólidos O consumo de recursos naturais, assimcomo a transformação da matéria natural, necessários para o desenvolvimento e manutenção da vida humana, especialmente no contexto das sociedades atuais, em função de estarem altamente industrializadas, é fator determinante para o aumento dessa poluição. As ameaças produzidas pela Sociedade Industrial passam a produzir riscos mais complexos, muitas vezes de difícil reparação, verificando-se, assim, a formação de uma sociedade de risco, na qual há o iminente risco de uma catástrofe ambiental. Desenvolvida pelo sociólogo alemão Ulrich Beck, a teoria da Sociedade de Risco parte da constatação das limitações do modelo industrial em que a produção em prol de um desenvolvimento econômico se dá ás custas da exploração predatória do planeta, sujeitando o homem a superveniência de um possível desastre ecológico. Deve-se destacar que a racionalidade econômica pós-industrial está dissociada da lógica da sustentabilidade. A produção de bens em larga escala exige a extração dos recursos naturais concorrendo, juntamente com outros fatores, para a geração de resíduos (THIVES; FERREIRA, 2010, p. 359). Assim, temos que encarar o fato de que inevitavelmente o homem produz resíduos, que na maioria das vezes são reaproveitáveis, ou em outros casos, não 19 permitem novas interações, de forma que não podem permanecer em contato com os indivíduos geradores, por serem nocivos e impróprios enquanto recurso. A sociedade de consumo transformou-se em um campo ideológico onde competem versões diferentes sobre suas possibilidades, problemas e potencialidades. A ideologia empresarial apresenta a sociedade de consumo como capaz de gerar bens em quantidade e qualidade cada vez melhor e preços cada vez menores, aos quais cada indivíduo terá acesso de acordo com suas preferências. A crítica socialista tradicional vem mostrar como na sociedade de consumo se reproduzem as classes sociais (seja pela distribuição desigual da renda, seja pela diferenciação dos produtos consumidos). A crítica ecológica busca mostrar que a produção desenfreada de bens voltada unicamente para uma lógica do lucro destrói o meio ambiente e desconhece a necessidade de controle coletivo dos recursos naturais (RETONDAR, 2007, p. 50) Outro termo empregado para esse resíduo oriundo da atividade humana encerra-se na expressão “lixo”, palavra a qual na maioria das vezes é empregada de forma equivocada, por não considerar as diversas características daquilo que é então considerado resíduo. Em outras palavras o que é considerado resíduo ou lixo depende, na verdade, do indivíduo que o gera e o classifica, podendo ser inútil para uns, enquanto proveitoso para outros, a depender das tecnologias disponíveis. A palavra “lixo” por vezes apresenta o significado denotativo de aquilo que se deita fora por não ter utilidade ou por ser velho. Conceito este que, apesar de se achar válido, de um ponto de vista ecológico é muito incoerente e desatualizado. Isso tendo em vista as múltiplas possibilidades alcançadas por tecnologias e processos de reciclagem ou reuso, pelas quais se pretende a reinserção do que antes fora considerado lixo na cadeia produtiva e de consumo. Para fins propedêuticos o termo resíduo sólido delimita a abrangência desse significado, sendo atribuído a ele a nomenclatura de rejeito, resquício, restolho ou detrito gerado pela atividade humana, que não mais interessa aos fins da produção, da economia, e de certo modo não permite interação com o meio em que está inserido, ante a não viabilidade ou inexistência de tecnologia que reverta esta condição. Na busca por uma definição jurídica dos termos “lixo” e “resíduo” anteriormente apresentados, Fiorillo (2011, p. 348) menciona: Lixo e resíduo tendem a significar a mesma coisa. De forma genérica, podemos afirmar que constituem toda substancia resultante da não interação entre o 20 meio ambiente e aqueles que o habitam, ou somente entre estes, não incorporada a esse meio, isto é, que determina um descontrole entre os fluxos de certos elementos em um dado sistema ecológico. Em outras palavras, é o “resto”, a “sobra” não reaproveitada pelo próprio sistema, oriunda de uma desarmonia ecológica. O lixo em seu aspecto sanitário pode trazer problemas físicos, sendo o caso do lixo acumulado às margens de cursos d’água, canais e encostas, pode provocar seu assoreamento e o deslizamento de tais encostas. Já no que se refere aos agentes biológicos quanto ao mau acondicionamento do lixo ou quanto a serem depositado a céu aberto, constitui-se em foco de proliferação de vetores transmissores de doença (REIS; FERREIRA, 2008, p. 5). Nesse contexto, se verifica que o acúmulo de resíduos, na maioria das vezes de forma irregular e em lixões, é uma característica das sociedades humana. Referida situação demanda tratamento adequado a fim de que se evite a poluição e, por consequência, prejuízo à sobrevivência humana. Frise-se que no sistema natural não há resíduo, aquilo que não satisfaz mais a um ser vivo é absorvido por outro em um processo e isso ocorre de forma constante. Contudo, na sociedade humana altamente industrializada e consumista, uma quantidade grande de resíduos tem sido gerada, ocasionando poluição de vários bens naturais, o que implica na proliferação de diversas doenças (GALBIATI, 2001, p. 2). 2.3.1 Importância do gerenciamento dos resíduos sólidos A sociedade atual e suas atividades diárias têm como uma das consequências de seu estilo de vida o descarte de grande quantidade de resíduos (RODRIGUES, 2015). O aumento do consumo dos recursos naturais somados a produção de resíduos eleva a preocupação com a necessidade de redução dos resíduos, como também o tratamento do que vem sendo descartado, muitas vezes de forma irresponsável. (FARIAS et al., 2010) O trabalho de manejo dos resíduos sólidos deverá atender a critérios técnicos que minimizem ou evitem os riscos a saúde pública e também que não comprometam a qualidade do meio ambiente. A importância de se conduzir da melhor forma os resíduos sólidos nos municípios está claramente prevista na Constituição Federal de 1988, quando o município passa a ser um ente federativo autônomo, com 21 competências próprias, que detêm a titularidade dos serviços de limpeza urbana, gestão e manejo dos resíduos sólidos, coleta e destinação final. (BEZERRA, 2010) Para Farias et al., (2010, p. 1), um plano de gerenciamento de resíduos sólidos não pode deixar de apresentar algumas etapas de gerenciamento como o tratamento que é definido como conjunto de unidades, processos e procedimentos que mudam as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos. Outro ponto importante a ser destacado é o sistema de destinação final se refere ao conjunto de instalações, processos e procedimentos que visam à destinação ambientalmente correta dos resíduos de acordo com as exigências ambientais. A disposição final dos resíduos deverá ser realizada de acordo com as características e classificação, podendo ser objeto de tratamento (reprocessamento, reciclagem, descontaminação, incorporação, co-processamento, refino, incineração) ou disposição em aterros. (CEMPRE, 2013) 2.4 Política Nacional de Resíduos Sólidos A despeito da Política Nacional do Meio Ambiente tangenciar questões e princípios importantes e relevantes a gestão de resíduos sólidos urbanos, a priorização do tema na agenda política foi instituída com o protocolo do Projeto de lei do Senado (PLS) nº 354, de 1989. Apesar de entrar na agenda política, muitos interesses e controvérsias entre diferentes segmentos representativos da sociedade, como os órgãos públicos, os representantes dos setores privados, os movimentos sociais e da sociedade civil. A questão central foi o modelo de responsabilidade pós- consumo a ser implementado, ou seja, a definição das atribuições de fabricantes, importadores,distribuidores, consumidores e titulares dos serviços públicos de manejo dos resíduos produzidos. Após 21 anos de tramitação, ocorreu a aprovação na Câmara dos Deputados, em 11 de março de 2010, no senado federal, em 7 de julho de 2010, quando o Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A Política Nacional de Resíduos Sólidos criou metas fundamentais que objetivaram contribuir para a eliminação dos lixões por meio da constituição de instrumentos de planejamento nas esferas nacional, estadual, microrregional, 22 intermunicipal, metropolitano e municipal, além de impor ao setor privado a elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (NASCIMENTO, et al., 2016). Os princípios que integram a PNRS contemplam: • A prevenção e a precaução com os impactos no meio ambiente; • A identificação do poluidor-pagador e do protetor-recebedor; • A visão sistêmica que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública na gestão de resíduos sólidos; • O desenvolvimento sustentável; • A ecoeficiência, a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; • A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; • O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; • O respeito às diversidades locais e regionais; • O direito da sociedade à informação e ao controle social; • E a razoabilidade e a proporcionalidade das ações da PNRS. A elaboração de um Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) e de Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), nos termos previstos do Art.16 da Lei nº 12.305/2010, é condição fundamental para estados e municípios terem acesso aos recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos, bem como, para que estes recebam benefícios por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade (MMA, 2014, s/p). Nos termos de uma política pública, estabeleceu-se a intenção da política com a sanção da PNRS, que criou um marco regulatório. Entretanto, para efetivar a política ainda se carece da sua implementação (a ação), cujos alguns instrumentos estão propostos na própria lei, mas que não há elementos para sua concretude. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, somente 2.202 municípios de um total de 5.570 haviam estabelecido medidas para garantir a destinação adequada do lixo que não pode ser reciclado ou usado em compostagem até a data limite estabelecida em agosto de 20142 (MMA, 2014). Para os municípios, a PNRS atribui diversas obrigações, das quais são relativas às suas características, mas valendo-se do que é primordial: contemplar as 23 políticas públicas que objetivem diminuir e solucionar o problema causado pelos resíduos sólidos, das quais são descritas na PNRS. A principal tarefa imposta pela PNRS aos municípios é a elaboração de planos municipais de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, seguindo uma ordem de prioridade de: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (BRASIL, 2010). Esta tarefa é abordada intensamente na seção IV, em que são apresentados os requisitos mínimos para a constituição dos planos municipais e as condições mínimas para que os municípios possam ter acesso aos recursos da União, visando empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou a incentivos também oferecidos pela União (BRASIL, 2010). Propõem-se no artigo 19, dispostos em seus dezenove incisos, o conteúdo mínimo para esta elaboração dos planos municipais de gerenciamento integrado resíduos sólidos, de modo a orientar as cidades brasileiras a instruir suas metas e estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Desta forma, é de considerável complexidade a gestão da cadeia de resíduos sólidos, já que parte inicialmente de políticas públicas visando promover o bem comum da sociedade e que são dependentes da cooperação de todos, com a conscientização efetiva, prevenções e monitoramento, que são estimulados principalmente por meio do Estado e atinge toda a sociedade. Contudo, conforme indica Machado (2013), muitos municípios brasileiros não estão cumprindo o proposto na PNRS e nem os prazos estipulados. De acordo com o autor, a grande maioria dos municípios brasileiros não conseguiu alcançar soluções para a má gestão de resíduos sólidos e nem transformar os problemas com o lixo em oportunidades para a população brasileira, alegando, em grande parte, ausência de recursos, principalmente os financeiros. A partir desta constatação, faz- se necessária uma atenção para as capitais brasileiras. 24 3 METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica descritiva com abordagem qualitativa. Esse método também permite a atualização dos conhecimentos quanto ao assunto, oferecendo ao leitor, um conhecimento prévio sobre o tema abordado (OLIVEIRA, 2015). A presenta pesquisa buscou analisar a temática resíduos sólidos, tendo como tema o “Alinhamento das gestões municipais com a política nacional de resíduos sólidos (Lei 12.305/2010) através de pesquisa teórica por meio de teorias formadas a partir de dados em instituições oficiais e revisões bibliográficas de autores especialistas. O método dialético será utilizado uma vez que as informações de dados estatísticos, conceitos técnicos e informações educacionais em conjuntura com as bases da política nacional de resíduos sólidos interagirem, proporcionará análises que o método dialético contribuirá no sentido da geração de argumentos e conceitos que permeia a formação de uma síntese, que terá como objetivo a construção de arcabouços teóricos que proporcionem reflexões dedutivas, para ações que possibilitem otimizar a qualidade das gestões municipais no que compete seu gerenciamento de resíduos sólidos. 25 4 RESULTADO 4.1 O município de São Luís A capital do Estado do Maranhão, São Luís, passou por um processo de urbanização, industrialização, avanço do comércio e como consequência, vê-se o aumento do crescimento populacional que tem influencia direta no aumento da produção de resíduos sólidos, torna-se assim importante o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos. (SILVA; SILVA, 2012) Sua localização é peculiar, na ilhar de Upaon-Açu no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar, no Golfão Maranhense. Possui uma população de 1.094.66 7habitantes, município mais populoso do estado, estão em 15º mais populoso do Brasil, área de 831,7 km², desse total 283 km² estão em perímetro urbano (12ª maior área urbana do país). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital maranhense é de 0,768 acima da média brasileira. (LIMA, 2017) São Luís é composta por setor industrial de grande representatividade, corporações e empresas de diversas áreas de atuação, pois a cidade possui posição geográfica privilegiada entre as regiões Norte e Nordeste e seu litoral está localizado próximo a grandes centros de importação de combustíveis, o que reduz o prazo de entrega de produtos, por meio do Porto de Itaqui, muito movimentado e com boa estrutura, o segundo mais profundo do mundo. (JESUS, 2014) 4.2 Panorama dos resíduos sólidos urbanos no município de São Luís/MA Em media, 85% da população brasileira vive nas cidades, um dos fatores que possibilita a grande geração de lixo, um dos grandes problemas das metrópoles. A legislação vigente regula que as prefeituras tem a responsabilidade de gerenciamento de coletae destinação dos resíduos sólidos. Conforme dados do IBGE, 76% do lixo são rejeitados a céu aberto, visível ao longo de estradas, como também são levados pelas chuvas para represas de abastecimento. Muito tem se feito com relação ao gerenciamento de resíduos sólidos urbanos pelo mundo, mas ainda existe muito a ser feito. (MONTEIRO, 2017) 26 De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), o Estado do Maranhão tem produção diária de 5.733 toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo que 3.805 toneladas são coletadas. No estado só existem três municípios com aterros sanitários, de todo o lixo produzido, somente 36% são potencialmente recicláveis. Até meados de 2014, 20% dos municípios maranhenses cumpriram com o praz de 4 anos determinados para a implantação de estratégias para a destinação final adequada dos resíduos sólidos produzidos, conforme o art. 54 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (ABRELPE 2014). A partir do ano de 1995, os resíduos coletados em São Luís tem seu destino o aterro da Ribeira, que fica localizado entre o Igarapé do Sabino e o Distrito Industrial, possuindo uma área total de 60 hectares, dessa área, 30 hectares são utilizados para a destinação final dos resíduos (SEMOSP, 2013). Em 2011, no município de São Luís foram coletados pela prefeitura por meio de suas empresas terceirizadas de coleta de lixo, cerca de 1.668 toneladas de resíduos sólidos urbanos todos os dias, com toda essa quantidade sendo destinada para o aterro sanitário da Ribeira. Importante ressaltar que o aterro da Ribeira foi desativado em 2015 (LIMA, 2017). Entre os anos de 2006 a 2010, o município de São Luís apresentou um aumento de 48% na produção de resíduos sólidos urbanos, enquanto a população apresentou um crescimento de 5.42% nesse mesmo período (ABRELPE, 2011). Esse dados trouxeram a necessidade de o município adotar praticas que que concretizem o sistema integrado e sustentável com relação a gestão de resíduos sólidos urbanos. São Luís passou a integrar os temos dispostos na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, com o objetivo de controlar a produção de resíduos sólidos e fazer a destinação adequada de todos esses resíduos, principalmente os resíduos sólidos urbanos, que mais comprometem o município. 27 5 DISCUSSÃO A partir dos resultados obtidos, faz-se importante uma discussão sobre o contexto da gestão de resíduos sólidos no município de São Luís e a legislação referente ao Plano Nacional dos Resíduos Sólidos. Neste contexto, a educação ambiental é uma ferramenta importante na mobilização da população do município estudado, pois a mudança de seus hábitos e comportamento também são decisivas para o planejamento e gestão ambiental. 5.1 Programas e ações para o gerenciamento adequado de resíduos públicos do município de São Luís – MA Em 2006 foi criada a Lei nº 4.653 que cria o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil no Município de São Luís e dá outras providências (SÃO LUÍS, 2006). A Superintendência de Limpeza Pública – SULIP está responsável pelas ações e articulações sobre a limpeza urbana do município de São Luís, este órgão está vinculado à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos – SEMOSP, que tem o papel de coordenadas as atividades de elaboração e implantar as politicas públicas de limpeza, coleta adequada do lixo, como também para minimizar os possíveis impactos ambientais consequentes da produção de resíduos sólidos (SULIP, 2011). O trabalho da prefeitura consiste em fiscalizar a coleta, o transporte, varrição, capina e destinação final dos resíduos sólidos, também compete a elaboração de ações comunitárias, de educação ambiental, orientação à população, como melhor rejeitar seu lixo. Também é responsável por contratar, fiscalizar e controlar empresas terceirizadas, promover mutirões de limpeza, elaborar projetos relacionados ao manejo de limpeza, fiscalizar as operações no aterro municipal da Ribeira e promover eventos para educação ambiental (SEMOSP, 2016). A desativação do aterro da Ribeira ocorreu devido a implantação da Lei n° 12.350, de agosto de 2010, que determinou que até 2014, este deveria ser desativado, apesar da prorrogação deste prazo para 2018, a capital maranhense cumpriu em 2016 a lei, por sinal com muito antecedência. Este lixão era considerado pelo poder público 28 como controlado, porém não era esta a realidade do local, pois tratava-se de um lixão a céu aberto, sem nenhum tipo de gerenciamento, onde moradores carentes buscavam por alimentos e outros materiais para sobreviverem. Um projeto ambiental criado no município para o recebimento de materiais não recolhidos na coleta normal é o Ecoponto, trata-se de pontos de descarte de lixo, trabalha com a redução de rejeito inadequado. Na capital, existem cinco Ecopontos nos bairros de Fátima, Jardim América, Habitacional Turu, Angelim e Bequimão, possuindo área administrativa, área para o recebimento e acondicionamento temporário dos materiais, área para manobras de veículos e equipamentos. A estrutura para recebimento do material é composta por quatro baias de alvenaria, com cobertura e sinalizadas com cores especificas, em concordância com a Resolução CONAMA n° 275/2001, conta ainda com baia específica para resíduos de poda e capina, além de depósito para descarga de entulhos da construção civil. Os materiais recebidos nos Ecopontos são destinados à Associação de Catadores de Material Reciclável, Cooperativa de Reciclagem de São Luís e Aterros (SÃO LUÍS, 2016) Disponibilização do serviço de coleta regular porta a porta dos resíduos potencialmente recicláveis, previamente separados, oriundos das residências, comércios e outros locais de geração. As equipes de coleta são compostas por 1 (um) caminhão baú 40 m³, 1 (um) motorista e 2 (dois) coletores. Estima-se que o Município de São Luís deposita, em seu único aterro sanitário, cerca de 1.500 ton/dia de lixo (SEMOSP, 2013), quantidade elevada quando comparada com o tamanho populacional, apesar de o referido município ter aprovado, em 2006, a Lei nº 4.653 que cria o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil no Município de São Luís e dá outras providências (SÃO LUÍS, 2006). Apesar da criação dos Ecopontos, nota-se que a coleta seletiva é pouco incentivada pelo poder publico do município, com poucas campanhas de educação ambiental sobre a coleta de lixo para a população, seja ela doméstica, empresarial, ou nas entidades publicas. A ocupação e aumento populacional tornou a cidade incapaz de estabelecer um local adequado para seus despejos. Com a desativação do aterro da Ribeira, os resíduos sólidos urbanos são levados para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) que está instalada no povoado Buenos Aires, município de Rosário, a 60 quilômetros de São Luís. Sua 29 instalação e estrutura estão baseadas na Lei n° 12.350/2010, com critérios de engenharia e norma operacionais que tornam o acondicionamento do lixo mais seguro, controlando o material ali despejado, como também protegendo o meio ambiente da poluição. O processo consiste em comprimir todo o lixo com maquinas que diminuem o volume por meio de compactação. Depois de compactados, é coberto por areia que reduz os odores, evita incêndios, proliferação de insetos e roedores, assim a redução do volume do lixo aumenta a vida útil do aterro. O chorume produzido é coletado e tratado como medida de proteção ambiental e manutenção da estabilidade do aterro (BRITO, 2017). O transporte deste lixo de São Luis para Rosário onera altos custos aos cofres públicos, pois todosos dias são encaminhados vários caminhões para a cidade, por vezes um único veículo faz até duas viagens por dia, gerando assim vários problemas no trânsito da BR 135, única rota de saída da capital. A empresa dispõe em sua política o trabalho de segregar os diferentes tipos de resíduos que podem ser reutilizados com o processo da reciclagem. Além dos resíduos reciclados dos grandes geradores também disponibilizam para a comunidade destinar papel, plástico e papelão e remunerara-los. Com essas iniciativas a empresa acredita que fomentará emprego e renda, além do fortalecimento das associações e cooperativas de catadores de resíduos. Outro fator grave é a poluição da orla marítima do município, que apresenta elevados níveis de Coliformes fecais provocado pela grande quantidade de esgoto sem tratamento despejado nas praias. O município encontra-se com índice elevado de poluição provocada pelo mau acondicionamento e reaproveitamento do lixo. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), apenas 31,2% do lixo produzido no Maranhão tem destinação adequada. Somente São Luís produziu por dia no ano de 2017 900 toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), ou seja, houve uma redução na quantidade de volume na produção de resíduos sólidos urbanos. 30 6 CONCLUSÃO Conforme o objetivo estabelecido neste trabalho, por meio dos resultados obtidos, foi possível identificar a realidade do tratamento de resíduos sólidos urbanos no município de São Luís, capital do Maranhão. Notou-se uma expansão populacional que juntamente a isto, tem aumentado a produção de lixões pela cidade. O município passou por um período de descaso com relação à gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos, porém, com a criação da Lei 12.350/2010, o poder público tomou como estratégias, ações para cumprir o principal instrumento normativo sobre resíduos sólidos que é a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a qual determina uma solução para o inadequado gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil, a partir de uma ação conjunta entre os entes estatais, os entes responsáveis pela produção e consumo dos resíduos sólidos e, por vezes, os entes privados. A grande geração de resíduos sólidos urbanos demonstra o alto potencial de impacto ambiental presente no município de São Luís, compondo um cenário de dificuldades em relação à saúde pública em decorrência da presença de disposições a céu aberto, entupimentos de bueiros e outras condutas que podem levar a problemas de poluição hídrica e do solo, apesar da redução de da produção de 1.024 toneladas para 900 toneladas por dia. O foco da integração da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e as política públicas municipais são de transformar o dano potencial de resíduos sólidos que os mecanismos de flexibilização para o tratamento e cuidado com o meio ambiente. Portanto, notou-se com essa pesquisa o empenho do poder público municipal de São Luís em se adequar as normas estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, por meio de estratégias como o Ecoponto. Ainda existe grande necessidade de trabalhar com a educação ambiental com relação processos de coleta de lixo, coleta seletiva e reciclagem. A preocupação com o meio ambiente caminha a passos lentos no Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, principalmente em função de prioridades ainda maiores como, por exemplo, a pobreza. Importante que outros estudos sejam realizados, para que possam fomentar o assunto para estabelecer um parâmetro para a efetivação dos instrumentos aptos a transformar esta realidade, tal como a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos, prevista na PNRS. 31 REFERÊNCIAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma NBR 10.004. 2004. Disponível em: <http://www.ablp.org.br/conteudo/conteudo.php?cod=44>. Acesso em: 23 set. 2018. BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 20 Abr. 2016. BRITO, Cilicia Dias dos Santos Belfort. O processo de uso e ocupação do solo urbano previsto no plano diretor de São Luís – MA. 2017. Disponível em: <http://www.mestradogeografia.unir.br/downloads/4859_cilicia_dias_dos_santos _belfort_brito.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2018. DOMINICIANO, Carolina Figueiredo Dominciano. Tratamento de Resíduos Sólidos Hospitalares Poços de Caldas / MG. Instituto de Ciência e Tecnologia, 2014. FEDDERSEN, S. K. Revisão bibliográfica sistemática da Política Nacional de Resíduos Sólidos. 64 folhas. Trabalho de Graduação – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2015. LIMA, Dyego Bruno Sena. Reciclagem e resíduos sólidos no município de São Luís, Maranhão: implicações no contexto saúde e ambiente. São Luís, 2013. LIMA, Cristiane dos Santos. A expansão urbana de São Luis-MA: um estudo sobre a problemática do lixo. Revista On-Line IPOG, Jul. 2017. MAGALHÃES, Déborah Neide de. Elementos para o diagnóstico e gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos do município de Dores de Campos – MG Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2008. JESUS, Jéssica Silva de. O projeto “Eco-Cemar” e a promoção da gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos no município de são Luís/MA. São Luís, 2014. JESUS, Willian Ferraz de. Caracterização das formas de destinação final impostas pela política nacional de resíduos sólidos e identificação de seus principais aspectos e potenciais impactos. Londrina, 2013. LOPES, L; CALIXTO. B. O que é o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. São Paulo: Época, 03 jan. 2012. MONTEIRO, C. KARPINSKI, J. A. KUHL, M. R. MOROZINI, J. F. A gestão Municipal de Resíduos Sólidos e as Ações de Sustentabilidade: um estudo realizado em um município do centro oeste do Paraná. URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 9, p. 139-154, 2017. 32 PITSCH. E. F. A gestão de resíduos sólidos na UFSC e sua adequação frente às novas regras da política nacional de resíduo sólido (lei 12.305/2010). 2011. Trabalho De Conclusão De Curso, Universidade Federal De Santa Catarina, Florianópolis, 2011. RODRIGUES, D.C. Proposição de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para o Centro Integrado de Operação e Manutenção da CASAN (CIOM). Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. SANTOS, G. G. D. dos; Análise e Perspectivas de Alternativas de Destinação dos Resíduos Sólidos Urbanos: O Caso da Incineração e da Disposição em Aterros. Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de Planejamento Energético, Rio de Janeiro, 2011. SÃO LUÍS. Lei nº 4.653 de 21 de agosto de 2006. Cria o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil no Município de São Luís e dá outras providências. São Luís, MA, Diário Oficial do Município, 21,ago. 2006. SÃO LUÍS. ECOPONTOS. 2016. Disponível em: <http://www.agenciasaoluis.com.br/noticia/18007/> Acesso: 24 nov. 2018. SEMOSP - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos de São Luís: Resíduos Sólidos no Aterro da Ribeira. Disponível em: <http://www.saoluis.ma.gov.br/SEMOSP/> Acesso em: 8 nov. 2018. SILVA, C. H. S.; SILVA, Q. D. Análise de Falésias no Litoral Ocidental da Ilha do Maranhão. Revista Geonorte, Edição Especial, v.1, n.4, p.388 – 398. 2012. SILVA, Christian Luiz da. FUGII, Gabriel Massao. SANTOYO, Alain Hernandez. BIERNASKI, Izabel. Mudanças das políticas municipais de gestão de resíduos sólidos urbanos nas capitais brasileiras após a Política Nacional de Resíduos Sólidos: uma avaliação a partir de indicadores multidimensionais de 2008 a 2014. XVIIEnanpur, São Paulo. 2017. TEIXEIRA, Izabella. Vamos Cuidar do Brasil: 4° Conferência Nacional do Meio Ambiente – Resíduos Sólidos. Texto Orientador. 2° Edição. Brasília, maio de 2013.
Compartilhar