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Caderno. Curso CEI MPF - Humanos

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9 ª Rodada (1º Combo) 
1 – Caso Dubská e Krejzová V República Tchecha: CEDHs entendeu que não viola a direito 
humano à vida privada e familiar, lei Tcheca proibindo a realização de partos domésticos 
com parteiras, das futuras mães que pretendiam dar à luz em casa, sem qualquer 
assistência médica. 
2 – Princípio da Complementariedade (Estatuto de Roma, art. 1º): A Jurisdição penal 
internacional é subsidiária à nacional. 
- Não impede que um indivíduo absolvido em âmbito nacional seja julgado pelo TPI, em 
razão da vedação ao non bis in idem. 
- O DI não se admite que leis locais sejam usadas para dar aos acusados de atrocidades 
um biil de imunidade. Se os Estados não cumprirem a contento, o TPI pode ordenar a 
entrega do acusado para novo julgado. 
3 – Diálogo das Cortes: compatibilidade entre o resultado do controle de convencionalidade 
nacional com o decidido no controle de convencionalidade internacional. 
- Evitar os chamados tratado internacionais nacionais; 
- Dever ser feito internamente para impedir violações de DHs oriundas de interpretações 
nacionais equivocadas dos tratados: 
- Parâmetro para se efetivo: 
(a) Menção a existência de dispositivos internacionais convencionais ou 
extraconvencionais de DHs vinculantes ao Brasil sobre o tema; 
(b) Menção de existência de caso internacional contra o Brasil sobre o objeto da lide e as 
consequências disso reconhecidas pelo Tribunal; 
(c) Menção à existência de jurisprudência anterior sobre o objeto da lide de órgão 
internacionais de DFS aptos a emitir decisões vinculantes ao Brasil; 
(d) O peso dado aos dispositivos de direitos humanos e à Jurisprudência internacional; 
 
4 – Relatores Especiais: 
- Órgão unipessoais; 
- Averiguação de violação a DHs – (visita aos países, em missões de coletas de dados 
[fact-fiding missions]; agir diante de violações de DHs, solicitando atenção do Estado 
infrator; Seus relatórios não vinculam, apenas contêm recomendações enviadas aos 
Estado e Conselhos de DHs e AGONU. 
Obs.: Brasil já comunicou qualquer visita, pode ser feita sem necessidade de anuência 
prévia. 
- Escolhido pelo conselho de DHs a título pessoal (Seleção): 
 Processo Público; 
 Esclarecendo as qualificações necessárias; 
 Serão funcionários da UNO (protegidos pela Convenção sobre as prerrogativas e 
Imunidades das Nações Unidas) 
- Não representando o Estado de Nacionalidade; 
- Assumem o encargo sob juramento de independência e autonomia diante dos Estados; 
5 – Direitos dos pais ou tutores: que seus filhos ou pupilos recebam educação religiosa e 
moral, que esteja de acordo com suas próprias convicções (Art. 12. 4. Convenção 
Americana de DHs); 
6 – Caso A e B vs Noruega (CEDHs): Sonegador de imposto pode ser punido administrativo 
e penalmente, não sendo violação a vedação do ne bis in idem. 
7 – Criação da ONU em 1945: 
- Antes do início do século XX: normas sobre DHs tinha regulamentação esparsa 
(escravidão, direitos trabalhistas, direito humanitário); 
- Criação da ONU: reposta as consequências do nazismo. Surgimento do DIH. 
Internacionalização dos DHs e surgimento do DI dos DHs. 
8 – Convenção Interamericana da Tortura: 
- Agir por ordens superiores: não exime a responsabilidade; 
4ª Rodada (1º Combo) 
1 – Princípios de Ruggie (Empresas e DHs): 
- Aprovados: Consenso pelo Conselho de DHs da ONU (2011); 
- Elaborados: Professor John Ruggie; 
- Soft Law: não vinculam; 
- Três pilares: 
(1) obrigação dos Estados de proteger os DHs; 
(2) responsabilidade das Empresas de respeitar os DHs; 
(3) necessidade da existência de recursos adequados e eficazes, caso as empresas 
descumpram; 
- Dever de proteger do Estado: norma de conduta (não são por si só responsáveis pelas 
violações de DHs cometidos por agentes privados). Mas podem ser imputadas caso o 
Estado descumpra as medidas ou não tome as medidas adequadas para prevenir, 
investigar, punir e reparar os abusos cometidos pelos agentes privados. 
- Elaborados: a partir de normas já existentes nos DHs (não criam qualquer nova 
obrigação); 
- Se aplica: todos Estados e todas Empresas; 
2 – Sistema Onusiano de apuração das violações de DHs: 
- Mecanismos: convencionais e extraconvencionais; 
- Convencional não contencioso: Mais antigo, assemelha-se aos bons ofícios e a 
conciliação (apelo à cooperação espontânea e não coercitiva); 
- Ratificação dos Tratados pelos Estados: comprometimento de enviar informes (ações 
realizadas para respeitar e garantis os direitos dos tratados); 
- Crítica ao sistema de relatórios periódicos: recomendação contraditórias ou suicidas 
(a não vinculação aos tratados permite que um deles recomende uma ação que colite com 
outra proposta por outro comitê). ACR – a ausência de força vinculante mínima a questão, 
porém tais contradições desprestigiam o próprio sistema de relatórios periódicos. 
3 – Parâmetros para determinar a prevalência de privacidade em caso de exposição de 
comportamentos em espaços públicos (Caso na Corte EDH da Princesa Caroline de 
Mônaco): 
(i) Falta de interesse público nas filmagens/fotos; 
(ii) Falta de autorização de imagens, que depois serão usadas para lucrar ou fomentar 
audiências e vendas; 
Obs.: Preenchidos tais requisitos, há violação do direito à privacidade. 
4 – Opnião Consultiva OC-6/86 (Corte IDH): 
- Leis que impõem restrições permitidas pelo Pacto de São José da Costa Rica, ao 
gozo e exercício de direitos e liberdades: são leis em sentido formal (norma jurídica 
geral, emanada do legislativo); 
5 – Suspensão excepcional e temporária das obrigações do PIDCP (Comitê de DHs): 
- 2 pressupostos: 
(a) Excepcionalidade – põem em risco a vida da nação; 
(b) Declaração Oficial do Estado – sobre o estado de exceção; 
 
 6 – Regras de Mandela: 
- Proíbe: confinamento solitário prolongado (mais de 15 dias); 
- Permite: confinamento solitário até 15 dias (excepcionalmente); 
- Não se aplica o confinamento solitário: preso deficiente físico ou mental ou quando as 
essas situações possam ser agravadas, mulheres e crianças. 
Obs.: Descompasso Brasileiro – RDD até 360 dias (renovável até o limite de 1/6 da pena); 
7 – Definição de Refugiado no Brasil e na Convenção dos Refugiados de 1951 
Brasil (+ ampla) Convenção (+ restrita) 
Abrange também aqueles que devido a 
grave e generalizada violação de DHs é 
obrigado a deixar o seu país em busca de 
refúgio; 
Só alcança aquele que for perseguido por 
motivo de raça, religião, nacionalidade, 
grupo social ou opiniões políticas e que 
encontra-se fora do país de sua 
nacionalidade e não pode ou, em razão do 
temor, não que voltar. 
 
8 – Dever do Estado de Desempenhar investigação Séria, Imparcial e Efetiva: 
- IDC do caso “Crimes de Maio” (2006): Assassinado de 5 homens no Parque Bristol em 
SP, por tiros de homens encapuzados, com consequente alteração da cena (modo similar 
a outros assassinatos que vinham sendo cometidos por um grupo de extermínio formado 
por PMs); 
 
- Dever de investigar dos Estados (Corte IDH): é de meio e não de resultado. 
10 ª Rodada (1º Combo) 
1 – Medidas Especiais na Convenção 169 da OIT: 
- Para: salvaguardar as pessoas, instituições, bens, culturas e o meio ambiente dos povos 
interessados. 
- Desde que: expressem seu consentimento (tai medidas especiais não deverão ser 
contrárias aos desejos expressos livremente pelos povos interessados). 
 
2 – Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre DHs em matéria de Direitos ESC 
(Protocolo de São Salvador): 
- Dever dos Estados: adotar medidas necessárias, tanto de ordem interna, como por 
meio da cooperação entre os Estados, especialmente econômica e técnica, até o máximo 
dos recursos disponíveis e levados em conta seu grau de desenvolvimento, a fim de 
conseguir, progressivamente e de acordo com a legislação interna, a plena efetividade 
dos direitos reconhecidos neste protocolo. 
 
- Protocolo fala sobre: direitos Sociais, Econômicose Culturais (não fala sobre Civis e 
Políticos). 
 
3 – As particularidades nacionais e regionais não devem servidor de óbice à implementação 
de todos os DHs e liberdades fundamentais, não importando quais sejam os seus sistemas 
políticos, econômicos e culturais, pondo em xeque o relativismo cultural. 
4 – Convenção sobre os Direitos da Criança: 
- Deixou a cargo dos Estados, de acordo com seus parâmetros, fixarem idade mínima a 
ser usada como parâmetro para a incidência da lei penal comum. 
5 – Métodos usados pelos índios para a repressão de delitos cometidos por seus membros, 
devem respeitar, na medida em que a prática for compatível: (i) sistema jurídico nacional; 
(ii) DHs internacionalmente reconhecidos; 
6 – Defensor Público Interamericano: 
- Pessoa que a Corte designa para assumir representação legal de suposta vítima que 
não tenha designado um defensor; 
- Atua para a associação Interamericana de Defensorias Públicas; 
- Em casos de supostas vítimas sem representação legal devidamente credenciada, o 
Tribunal poderá designar um Defensor Interamericano de ofício que as represente 
durante a tramitação do caso. 
 
7 – Situações em que o processo perante a Corte IDH pode ser abreviado: 
(a) SOLUÇÃO AMISTOSA – acordo entre vítima e o Estado réu, fiscalizado pela Corte que 
pode ou não homologá-lo; 
(b) DESISTÊNCIA PELAS VÍTIMAS – Corte poderá decidir sobre sua procedência e 
efeitos, ouvidos todos os intervenientes no processo; 
(c) RECONHECIMENTO DO PEDIDO (Total/Parcial) – Estado réu acata pretensões da 
vítima. Corte decidirá sobre os seus efeitos. 
Obs.: nas 3 não há automatismo na eventual extinção do processo (obrigações em jogo, 
prezam pela indisponibilidade dos DHs). 
8 – A criminalização do aborto até o primeiro trimestre da gestação viola os direitos sexuais 
e reprodutivos da mulher. 
6ª Rodada (1º Combo) 
1 – Caso K.L. v. Peru (Cômite de DHs da ONU, 2005): 
- Fatos: Peru violou dispositivos do PIDCP (1966), pois negou a uma jovem de 17 anos, 
o direito de praticar aborto mesmo após ter sido informada que estava grávida de um feto 
anencéfalo e dos riscos a sua vida se gravidez não fosse interrompida; 
- Primeiro caso: sistema onusiano considerou Estado responsável por falhar, em 
assegurar o aborto; 
- Violou do PIDCP: 
Art. 7º - veda a prática de tortura e tratamentos cruéis e degradantes; 
Art. 17 – veda a ingerência arbitrária do Estado na vida privada; 
 
2 – Caso Ibrahum e outros V. Reino Unido (Corte EDH, em 2016): 
- Fatos: violação da garantia a todos acusado a um processo equitativo, negando 
acusados de ataque terrorista de serem assistidos por advogado durante interrogatório; 
- Conclusão: apesar de ser um direito, pode ser excepcionalmente, relativizado, desde 
que: (a) existam motivos imperiosos para a restrição; e (b) analise-se o prejuízo acusado 
pela restrição no caso em questão ao direito à defesa (quando um Estado demonstrar de 
forma convincente a necessidade urgente de evitar sérias consequências adversas à 
vida, à liberdade e à integridade física); 
 
3 – Alto Comissariado da ONU (Res. AGNU 48/141): proteger/promover todos os DHs, na 
sua indivisibilidade e interdisciplinariedade (deveria ser o Secretário-Geral dos DHs na 
ONU); 
- Pode: EXPEDIR RECOMENDAÇÕES aos órgãos da ONU; 
 
4 – Procedimento na Corte IDH: 
- Entrada: Petição Escrita (vítima, representantes ou terceiros); 
- Condições de admissibilidade: esgotar os recursos internos, ausência de decurso de 
prazo de 06 meses; ausência de litispendência/coisa julgada internacional; 
- Fases: 
a) INICIO – conciliação (solução amistosa); 
b) EDIÇÃO DO 1º INFORME – mal sucedida a conciliação (constatará ou não a violação 
da Convenção), é confidencial; 
c) APÓS TRÊS MESES sem cumprimento: 
 Submetido à Corte: Estado reconheceu sua jurisdição obrigatória e Corte entendeu 
conveniente; 
 EDIÇÃO DO 2º INFORME – é público (a princípio, a corte destacou que seria “mera 
recomendação”, mas depois alterou o entendimento, em razão do boa-fé, pois se os 
Estado aceitar a competência, devem cumprir as condutas determinadas). 
 
5 – Caso Instituto de Reeducação do Menor v. Paraguai (2002): 
- Primeira exceção preliminar arguida na Corte IDH (erro jurídico na apresentação da 
demanda); 
REGRA: no momento de apresentação do Caso perante a Comissão, as vítimas da 
devem estar individualizadas e identificadas; 
EXCEÇÃO: complementação posteriores (rejeitando a exceção preliminar relativa à não 
individualização); 
 
6 – Protocolos adicionais à CADH: 
1º - em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais – SAN SALVADOR (Dec. 
3.321/1999); 
2º - abolição à Pena de Morte (Dec. 2.754/1998): 
 
- Não admite reservas, mas resguarda-se aos Estado o direito de, no momento da 
ratificação ou adesão, fazer reserva sobre a aplicação em tempo de guerra, de acordo 
com os parâmetros estabelecidos pelo Direito Internacional e desde que se trate de 
delitos sumamente graves de caráter militar; 
 
- Fases: 
1ª – Regulação Jurídica: convivência tutelada; 
2ª – Banimento com Exceções (crimes militares): BRASIL; 
3ª – Banimento em qualquer circunstância (inclusive militares): somente obtido no 
Europeu (Protocolo n. 13 à CEDH); 
 
7 – Lei 12.986/2014 (Conselho Nacional de DHs, substitui o antigo Conselho de Defesa 
das Pessoas Humanas): 
- Promoção/Defesa dos DHs (prevenção, proteção, reparação, sanções dos DHs); 
- DHs: individuais, coletivos, sociais previstos na CF e em âmbito Internacional; 
- Pode representar ao MP no exercício de suas atribuições e realizar procedimento 
apuratório de condutas contras DHs e aplicar sanções de sua competência; 
 
8 – Restrições de DHs: 
Amplas Estritas 
Ação/Omissão do Estado que elimina, 
reduz, comprime ou dificulta o exercício de 
direito fundamental pelo titular, ou ainda, 
enfraquece os deveres de proteção que 
dele resultado ao Estado, afetando 
negativamente o exercício desse direito por 
seu titular 
Intervenções legislativas autorizadas pela 
CF, para limitar direitos, desde que se 
respeita a proporcionalidade e o conteúdo 
essencial dos DHs – RESTRIÇÕES 
LEGAIS AOS DHs; 
 
 
Restrição Reserva Legal 
Simples 
Autorização da CF, 
para editar lei 
posterior que adote 
alguma restrição a 
DF; 
Além de autorizar a 
restrição, 
específica os 
parâmetros que 
deverão ser 
necessariamente 
observados pela lei; 
 
 
 
1ª Rodada (1º Combo) 
 
1. Caso Osman v. Reino Unido (CEDH): 
Caso: professor britânico, após assediar aluno e família, acabou matando o pai da família 
e ferindo gravemente o aluno. 
Ação: acusando o Estado de ter falhado em adotar as medidas protetivas 
apropriadas, assegurando a vida das vítimas. 
Conclusão: violação ao disposto no art. 2º, da Convenção Europeia de Direitos 
Humanos, visto que o referido dispositivo exige que o Estado adote as devidas 
providências de modo a evitar que a vida de alguém seja posta em risco por condutas 
imputadas a particulares. 
ACR – a corte decidiu que atualmente é impossível exigir que a polícia evite todo e 
qualquer crime. Logo, deve-se contatar que as autoridades conheciam ou deveriam 
conhecer a existência de risco real e imediato sobre a vida e não adotaram as medidas. 
- Reflexo: criação da doutrina Osman (reproduzida em outros casos, inclusive na CIDH, 
ex.: Caso Cabellero Delegado y Santana). 
- Caso Civek v. Turquia: ao reconhecera omissão estatal e, consequentemente, a 
ocorrência do ato ilícito internacional, concluiu pela existência de falhas na atuação do 
Ministério Público da Turquia, uma vez que o Procurador recebeu várias “queixas” de 
Selma Civek contra seu ex-marido, H. C. Segundo a Corte, caberia ao Procurador tomar 
medidas efetivas para protegê-la, pois era razoável supor, pela progressão dos eventos 
de violência e ameaça, que o excônjuge poderia atentar contra a vida da vítima. 
 
2. Protocolo de Istambul: 
- Adotado: Alto Comissariado da ONU; 
- Como: modelo na área; 
- Uso recomendado: no Conselhode DHs (ex.: relatoria especial contra a tortura); 
- Caráter: SOFT LAW (formalmente não vinculante), mas deve servir de instrumento para 
implementar o dever internacional de combater a tortura; 
- Objetivo Principal: guia na coleta e uso das provas nos casos de tortura e maus-tratos, 
viabilizando a devida responsabilidade; 
- Recomendação 49/2014 do CNJ: juízes brasileiros devem usar. 
 
3. Jurisprudência da Corte EDH sobre proibição de tortura e tratamentos cruéis e 
degradantes (art. 3º da Convenção EDH). 
- Consolidada: consagra um dos mais importantes valores da sociedade democrática, 
por isso mesmo em circunstâncias difíceis, continuam absolutamente proibidas tais 
condutas. 
 
- Caso Selmouni v. França (1999), J.K. e outros v. Suécia (2016): 
“atos como submeter prisioneiro a “corredor polonês” (fazê-lo correr entre 
duas fileiras de policiais e ser espancado), assediá-lo verbalmente pela sua 
origem árabe, ser alvo de urina de um policial, obrigá-lo a simular sexo oral 
com um policial, ameaçá-lo com uma seringa, entre diversas outras condutas 
descritas no caso, foram além do tratamento degradante e consistiram em 
tortura. (...) a tortura pode ser sintetizada em atos, com características cruéis 
e severas, de violência física e mental, considerados em seu conjunto, que 
causam dor e sofrimento agudo”. 
 
4. Convenção sobre a Eliminação de Todas as formas de Discriminação Contra a Mulher: 
- Consentimento: não é necessário para apresentar petição no Comitê, quando o autor 
possa justificar que está agindo em nome deles sem o seu consentimento (exceção, pois 
a regra é o consentimento). 
- Comunicações: por escrito e não pode ser anônima; 
 
5. Norma imperativa em sentido estrito (norma cogente ou de jus cogens): 
- Contém: valores essenciais para a comunidade internacional; 
 
- Possui: superioridade normativa; 
 
- Ser jus cogens: não significa ser obrigatórias, pois todas normas internacionais são, 
significa que além de obrigatórias, não pode ser alterada pela vontade de um Estado. 
Sua derroga só pode ser feita por outra norma de igual quilate (aprovada pela 
comunidade internacional). 
 
6. Declaração e Programa de Viena de 1993: 
- Disposição expressa: Universalidade, Indivisibilidade, Interdependência e Inter-
relação dos DHs; 
- Indivisibilidade: todos DHs tem a mesma proteção jurídica, assim a classificação em 
direitos civis e políticos (de um lado) e econômicos, sociais e culturais (de outro), perde 
importância. 
 
7. Interseccionalidade dos DHs (Kimberle Crenshaw, 1989): 
- Evolução do caráter Universal; 
 
- DHs não são excludente, pode ocorrer discriminações múltiplas num único contexto. 
 
- Caso DeGraggenreid v. General Motors (1964, Corte de Apelação dos EUA): 
 
“(...) ação proposta por mulheres negras alegando discriminação no plano de 
carreira e nas promoções de funcionários da empresa ré. O tribunal rejeitou a 
ação pela tentativa dos autores de propô-la não em favor dos negros ou das 
mulheres, mas sim em favor das mulheres negras, asseverando que a ação 
deveria ser examinada a fim de se concluir que o que se pleiteava era um 
pedido por discriminação racial ou de discriminação sexual, mas não uma 
combinação de ambos...” 
 
- Reconhecida na Declaração de Durban em 2001; 
 
8. Competência Consultiva da CIDH (Parecer Consultivo 1/1982): 
- Qualquer Tratado (aplicável aos Estados americanos); 
- Seja: bilateral ou multilateral; 
- Independente do seu objeto; 
- Estado: partes ou alheios ao sistema; 
 
8ª Rodada (1º Combo) 
1. Caso Versini-Campinchi e Crasnianski v. França, Corte EDH: interceptação de 
conversa entre advogado e cliente não viola o direito à vida privada. 
2. Corte IDH: 
- 7 Juízes (se nenhum for da nacionalidade do Estado-parte, cada um poderá designar 
um juiz ad hoc. 
- Opinião Consultiva nº 20/2009: Eliminou o juiz ad hoc das demandas iniciadas pela 
comissão a pedido de vítimas, mantendo-se apenas para as originárias de 
comunicações interestatais. 
 
3. Teoria do Duplo Controle: 
- Possibilidade de dirimir eventuais conflitos aparentes entre uma decisão do STF, em um 
sentido, e um decisão da CIDH em outro. 
4. Caso Duque v. Colômbia, Corte IDH, 2016: violação de direito a igualdade, em razão de 
dispositivos legais, no ordenamento jurídico colombiano, que impedia os companheiros do 
mesmo sexo de receberem pensão se um deles vir a falecer. 
 
5. Instituições Nacionais de DHs: 
- Órgãos Públicos (natureza pública essencial) 
- Agem com independência; 
- Membros com mandato estável; 
- Representado por todos os seguimentos sociais; 
- Sem vinculação hierárquica ao PE; 
- Missão específica: proteger DHs (receber notícias, recomendas ações e políticas de 
implementação); 
 
 
6. Sanções Penais impostas à comunidade indígena: levar em conta suas características 
econômicas, sociais e culturais (dar preferência a tipo de punição diversos do 
encarceramento). 
7. A CF/88 se vale expressamente dos mandados internacionais de criminalização para 
proteger os DHs. 
8. PNDHS - Programas Nacionais de DHs não são vinculantes, decreto presidencial, serve 
como orientação (referencial). 
 
7 ª Rodada (1º Combo) 
1. Caso Natsvlishvili and Togonidze v. Georgia, Corte EDH, 2014: não há violação dos 
direitos do Convenção EDH, pelo uso de acordo de colaboração penais. 
2. Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança (Brasil, Dec. 99.710/1990): 
- Norte Interpretativo principal: melhor interesse da criança (best interest of the child). 
- É a convenção que atualmente possui o maior número de ratificações; 
- Criança: todos ser humano com menos de 18 anos de idade, a não ser que, em 
conformidade, com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes; 
- Diferente do ECA: criança (até 12 anos) e adolescente (entre 12 e 18 anos); 
3. Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos 
ou Degradantes, a AGONU em 1984 (Brasil, Dec. 40/91): 
- Definição de tortura (art. 1º): qualquer ato, pelo qual dores ou sofrimentos agudos, 
físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de 
uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castiga-la por ato que ela ou uma 
terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir 
esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de 
qualquer natureza; quanto tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário 
público ou outra pessoa no exercício de funções pública, ou por sua instigação, ou com o 
seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ou 
sofrimentos que sejam consequência de sanções legitimas, ou que sejam inerentes a tais 
sanções ou delas decorram. 
- Definição de ACR (4 elementos): 
(a) natureza do ato; 
(b) dolo do torturador (a mera negligencia não é suficiente, pois se exige que o agente 
queira o resultado ou assuma o risco de produzir); 
(c) finalidade; 
(d) envolvimento direto/indireto de agente público; 
 
4. Amigo da Corte (Amici Curiae): 
- Importante fator da legitimação de decisão judicial: abertura das Cortes à sociedade; 
- No ordenamento jurídico brasileiro: atuação mais ampla que no âmbito internacional; 
- Corte IDH (regulamentação restrita): “pessoa/instituição alheia ao litigo e ao processo 
que apresenta à Corte fundamentos acerca dos fatos contidos no escrito de submissão do 
caso ou formula considerações jurídicas sobre a matéria do processo, por meio de um 
documento ou um alegação em audiência.” 
Obs.: não detalhou a participação em audiência, diferentemente da apresentação de 
escritos (art. 44). 
- Apresentação de escritos via amicus curiae: 
a) apresentado ao tribunal, junto com seus anexos, por meio de qualquer forma do 
art. 28.1., no idioma do trabalho do caso e com o nome do autor(res) e assinatura de 
todos eles. 
b) escritos de amicus curiae por meios eletrônicos que não contenhama assinatura 
de quem o subscreve ou não acompanhado de anexos: originais e respectiva 
documentação devem ser recebidas pelo tribunal em 07 dais (dessa apresentação), 
sob pena de arquivamento sem tramitação. 
c) casos contenciosos: apresentado em qualquer momento, no mais tarde até 15 dias 
após a audiência pública. Quando a mesma não for realizada será 15 dias após à 
resolução que outrora prazo para envio de alegações finais. Após consulta pela 
Presidência, tais escritos serão imediatamente postos ao conhecimento das partes. 
d) admite-se: nos procedimentos de supervisão de cumprimento de sentença e 
medidas provisórias. 
- Artigo 28. Apresentação de escritos 
- Apresentados: pessoalmente, via courier, fac-símile ou correio postal ou eletrônico; 
- Garantir a autenticidade dos documentos: deverão ser assinados. 
Obs.: Apresentação por meios eletrônicos sem a assinatura de quem os subscreve ou de 
escritos cujos anexos não foram acompanhados: originais ou a totalidade dos anexos 
deverão ser recebidos improrrogavelmente em 21 dias (do dia em que expirou o prazo para 
o envio do escrito); 
- Escritos e anexos, por meio não eletrônico: duas cópias, em papel ou digitalizadas, 
idênticas ao original (recebidos em 21 dias); 
- Anexos e cópias: devidamente individualizados e identificados. 
- Rejeitar petição manifestamente improcedente ordenando sua devolução sem 
qualquer tramite: Presidência pode, em consulta com a Comissão Permanente. 
 
5. Responsabilidade por monitorar a implementação dos dispositivos do PIDCP: 
Comitê de DHs; 
- Interproteção do alcance dos artigos previstos no pacto: lançou 35 observações 
gerais. 
 
- Conceito de arbitrariedade: deve ser amplo (uma detenção ou reclusão, apesar de 
autorizada pela lei pode ser arbitraria. Arbitrariedade não deve ser equiparado ao de 
contrário à lei e sim de forma ampla). 
- Conceito de notificação pela autoridade que efetuar a prisão: pode ser oralmente 
(diferente do CPP, que deve ser por escrito, com nota de culpa, contendo infração e 
motivos). 
 
6. Convenção de Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio de 1946 (Brasil, Dec. 
30.822/1952): 
- Primeiro tratado que estabelece expressamente o conceito de genocídio; 
- Além do genocídio, traz diversos atos por ela punidos; 
- Controvérsias entre os Contratantes sobre à interpretação, aplicação ou execução 
da Convenção, responsabilidade de um Estado e qualquer outros atos: Submetidas à 
CIJ (a pedido de uma das partes na controvérsia); 
 
7. Comissão de DHs; 
- Criado: em 1946 pelo Conselho Econômicos e Social da ONU; 
- Entrou em funcionamento: 1947; 
- Extinto: 2006 (substituída pelo Conselho de DHs) 
- Desenvolveu a partir do final da década de 60: procedimento especiais de análise da 
situação de DHs no mundo, com base nos dispositivos genéricos da Carta de São 
Francisco, que estabelecem o dever dos Estados de promover DHs; Não houve acordos 
específicos, mas buscava-se extrair a proteção aos DHs da interpretação ampla dos 
objetivos de proteção aos DHs da ONU e do dever de cooperação dos Estados; 
- Após a extinção da Comissão e substituição pelo Conselho: procedimento foram 
mantidos. 
(a) Procedimento Público – Resolução 1.235/67 do Conselho Econômico e Social; 
(Iniciativa de abertura adivinha dos representantes da Comisão de DHs); 
(b) Procedimento Confidencial – Resolução 1.503/1970 – alcance baixo, visa apenas 
detectar quadro de violação grave e sistemática de DHs em um país (iniciativa de abertura 
era via petições individuais); 
Obs.: Tais procedimentos Especiais exigem a nomeação de um órgão de averiguação de 
violação de DHs, cuja abrangência pode ser geográfica (por país) ou temática. 
 
8. Incidente de deslocamento de competência para JF: 
- Legitimidade para aferir os pressuposto e requerer: exclusiva do PGR; 
- Competência para aferir tais formalidades: STJ; 
- Não cabe HC para o STJ: questionar tal recebimento (PACCELLI discorda); 
9. Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a 
Mulher (Convenção de Belém do Pará, Brasil, Dec, 1.973/1996): 
9.1. Caso Velásquez Paiz. V. Guatemala: 
- Fato: nítida violência de gênero e correspondente falha do Estado em proceder às 
investigações da maneira devida, tendo em conta o enfoque de gênero no direcionamento 
das investigações; 
- Conclusão: a indevida adoção de estereótipos de gênero é prática incompatível com o 
DH, é forma odiosa de discriminação no que se refere ao acesso à justiça pelas mulheres 
vítimas desse tipo de violência, o que acarreta a responsabilização do Estado pela falha no 
seu dever de investigar e punir; 
- Em resumo: a falta de um enfoque de gênero na investigação criminal, deve ser 
combatida pelo ente estatal. 
10. Convenção Americana de DHS: 
- Protocolos adicionais: 
1º - Pena de Morte; 
2º - Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Protocolo de São Salvador, Brasil, Dec. 
3.321/1999): 
 Peticionamento individual à Comissão IDH: direito sindicais e à educação (direito de 
greve não se inclui). 
 
11. Efeito inibidor/resfriador da liberdade de expressão (censura indireta): 
- Conceito: uso desproporcional de sanções cieis e penais na defesa do direito à honra 
supostamente atingidos, bem como na inércia de combates a ataques a jornalistas ou 
meios de comunicação, com o propósito de desestimular o gozo da liberdade de expressão. 
- Ocorre em leis de difamação criminal (Estado grandioso oprime o pequeno expressador 
de opinião criminalizando condutas). 
- Gera o efeito da autocensura; 
- Caso Tristán Donoso v. Panamá, 2009, na CIDH. 
- Considerada: forma contemporânea de censura na Declaração Conjunta sobre Censura 
e ataques aos Jornalistas do (i) Relator Especial sobre Liberdades de Expressão da ONU; 
(ii) Relator Especial sobre Liberdades de Expressão da OEA; (iii) Representante da 
Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) sobre liberdades dos 
meios de comunicação. 
 Ausência de punições aos autores de assassinatos e outras agressões a jornalistas, 
que gera dramático efeito inibidor sobre os demais. 
 Estado deve enfatizar reparação não pecuniária, ex.: direito de resposta. 
 Natureza jurídica de SOFT LAW (serve como orientar a interpretação de normas 
vinculantes). 
 
7 ª Rodada (1º Combo) 
1. Pessoas com deficiência: 
 
1.1. Lei 12.726/2012 – Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com 
Transtorno do Espectro Autista: Aplica-se a eles os direitos e obrigações previstos na 
Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu Protocolo 
Facultativo. 
1.2. Gestor Escolar ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com 
transtorno do espectro autista ou qualquer outro tipo de deficiência: 
(1º) Punido com multa de 03 a 20 s.m. 
(2º) Reincidência: Processo administrativo para a perda do cargo; 
1.3. STF – Escolas privadas são obrigadas a promoverem a inserção das pessoas com 
deficiência no ensino regular e prover as medidas de adaptação necessárias sem que o 
ônus financeiro seja repassado às mensalidade, anuidades e matrículas. 
1.4. Pessoas com deficiência: aquelas que tem impedimentos de longo prazo de natureza 
física mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, 
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições 
(superação do modelo médico da abordagem da situação das pessoas com deficiência, 
pelo modelo social de DHs). 
 
2. Efeitos do Controle de Convecionalidade 
Repressivo (destrutivo) Positivo (construtivo) 
Norma doméstica analisada à luz do pacto 
ou jurisprudência interamericana é 
declarada inconvencional, ex.: caso 
Almonacid Arellano. 
 
Juiz ao aplicar uma norma doméstica deve 
fazer de acordo com os preceitos do pacto 
de São Jose da Costa Rica e 
Jurisprudência Interamericana, 
promovendo uma interpretação conforme o 
PJ deve se absterde aplicar, pois desde o 
início a norma carece de efeitos jurídicos. 
 
pacto. Releitura harmonizante do material 
local. 
 
3. Políticas de Veto: Sete diretrizes básicas de caráter penal e não 
 Estão: no Princípio de Chicago; 
 Concebidos: por M. Cherif. Bassioni; 
 Objetivo: encontrar as melhoras estratégias/políticas para lidar com as necessidades 
específicas de determinadas regiões nos contextos de transição de regime 
autoritários ou de conflitos armados para governos democráticos, no âmbito da 
justiça pós-conflito; 
 Pressuposto: estabilidade nacional e a consolidação de um governo democrático 
estão diretamente relacionado ao comprometimento com a justiça e com a 
responsabilização dos culpados; 
 Princípio 4: Politicas de Veto ou vetting policies – sanções e medidas administrativas 
destinadas à punição dos culpados, à prevenção de futuras violações e à destinação 
e medidas administrativas destinadas à punição dos culpados, à prevenção de 
futuras violações e à distinção entre o novo governo democrático e o regime opressor 
anterior a partir da responsabilização penal e respeito aos DHs (proibição daqueles 
que participaram do governo anterior, realizando abusos, de fazer parte das forças 
armadas, agências de inteligência ou outras forças de segurança, dos líderes 
políticos de se elegerem no novo governo; o afastamento de membros do PJ e 
demais funcionários públicos associados ao regime anterior) 
 Anistia conferidas aos agentes públicos participantes de regime de exceção, 
depois da restauração da democracia: não se compatibiliza com o vetting (ou 
deuperação/lustração), uma vez que viabiliza a sua permanência nos aparatos de 
poder durante o regime democrático. 
 
4. (Auto)anistias conforme a Corte IDH: 
 Posição pacifica: INCONVENCIONALIDADE (obstam o acesso à justiça, o direito à 
verdade e a responsabilização por graves violações a direitos humanos – tortura, 
execuções sumárias, extrajudiciais ou arbitrárias e desaparecimento forçado); 
 Caso Almonacid Arellano conforme Flávia Piovesa: leis de auto anistia 
perpetuam a impunidade, propiciam uma injustiça continuada, impedem às vítimas e 
aos seus familiares o acesso à justiça e o direito de conhecer a verdade e de receber 
a reparação correspondente, o que constituiria uma manifesta afronta à Convenção 
Americana. Tais configuram um ilícito internacional. 
 Inconvencionalidade das anistias pela Corte IDH: Casos “Almonacid Arellano e 
outros vc. Chilhe”; “Barris Latos vs. Peru”; La Cantura vs; Peru”; “Gomes Lund. Vs. 
Brasil”; “Gelman vs. Uruguau” 
 Almonacid Arellano: incompatível com a CADH; 
 Lei 6.683/79 que concede autoanitstia no Brasil: é incompatível com a Convenção 
ADH; 
 
5. Solução de Conflitos na interpretação entres instancias nacionais e internacionais: 
 Há: um primus inter pares capaz de dar interpretação final; 
 Diversas soluções forma pensadas: interpretação mais favorável ao indivíduo e 
adoção de um genérico princípio “pro homine” 
 ACR: são insuficientes na sociedade atual, em que há choque de direitos de 
titularidades distintas, logo a interpretação pro homine sofre desgaste profundo pelo 
reconhecimento da existência de interdependência e colisão aparente entre os 
direitos, o que se faz ser impossível a adoção desse critério no ambiente do século 
XXI. Por isso propõe o controle de convencionalidade com o placo contemporâneo 
da constatação das diferenças entre a interpretação internacionalistas e nacionalista 
dos direitos, superando os métodos tradicionais de solução de conflito. 
 
5 ª Rodada (1º Combo) 
 
1. Caso Bulacio v. Argentina, Corte IDH: 
 Detenção arbitrária e morte (maus-tratos e tortura) do adolescente Walter Bulacio, no 
contexto de detenções em massa realizadas pela polícia argentina. 
 Processo contra um agente policial durava mais 10 anos e a sanções pelos 
responsáveis tinha sido obstaculizada pela prescrição, a favor do acusado. 
 Corte reforçou que a grave situação de impunidade deveria ser revertida e que o 
Estado deveria concluir a investigação e sancionar os responsáveis, 
independentemente, de qualquer óbice de direito interno, exigindo a superação da 
coisa julgada em favor dos familiares à justiça; 
 Ao final, o agente foi condenado a três anos de prisão, após intenso debate interno 
de como cumprida a decisão da Corte. 
 Conclusão: Estado não por usar o argumento da coisa julgada pro réu, para obstar 
e efetiva investigação e punição dos responsáveis pelos atos. 
 
2. Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosos 
- Adotada AG da OEA e assinada pelo brasil (embora ainda não tenha sido ratificada); 
- Consagra os cuidados paliativos: a atenção e o cuidado ativo, integral e interdisciplinar 
de pacientes cuja enfermidade não responde a um tratamento curativo ou que sofre dores 
evitáveis, a fim de melhorar sua qualidade de vida até o fim de seus dias. Implica uma 
atenção primordial ao controlar da dor, de outros sintomas e dos problemas sociais, 
psicológicos e espirituais do idoso. Abrange paciente, seu entorno e sua família. Afirma a 
vida e consideram a morte como um processo normal, não a aceleram nem a retardam 
(não consagra o direito a eutanásia); 
3. Princípios de Yogyakarta (Princípio sobre a aplicação do direito internacional dos direitos 
humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero): 
 Princípio 3: toda pessoa tem direito de ser reconhecido, em qualquer lugar, como 
pessoa perante a lei. As pessoas de orientações sexuais e identidade de gênero 
diversas devem gozar de capacidade jurídica em todos os aspectos da vida. A 
orientação sexual e identidade de gênero autodefinidas por cada pessoa constituem 
parte essencial de sua personalidade e um dos aspectos mais básicos de sua 
autodeterminação, dignidade e liberdade. Nenhuma pessoa deverá ser forçada a se 
submeter a procedimentos médicos, inclusive cirurgia de mudança de sexo, 
esterilização ou terapia hormonal, como requisito para o reconhecimento legal de sua 
identidade de gênero. Nenhum status, como casamento ou status parental, pode ser 
invocado para evitar o reconhecimento legal da identidade de gênero de uma pessoa. 
Nenhuma pessoa deve ser submetida a pressões para esconder, reprimir ou negar 
sua orientação sexual ou identidade de gênero. 
 
4. Mecanismo de revisão periódica universal (RPU); 
 Essência: peer review (monitoramento pelos pares, pelo qual um Estado tem a sua 
situação de direitos humanos analisada pelos demais Estados da ONU e que, 
futuramente, poderá vir a substituir os procedimentos especiais). 
 Início: apresentação pelo Estado sob análise de m relatório nacional oficial ao 
Conselho de DHs, sobre a situação geral dos DHs em seu território; 
 Em seguida: compilação das informações disponíveis sobre o Estado examinado (há 
a participação de ongs e instruções nacionais de Dhs que desejam fazer parte); 
 Ocorre: análise com base no diálogo construtivo entre o Estado examinado e os 
membros da ONU, para esclarecer dúvidas e opinar sugestões; 
 Final: 3 Estados nomeados pelo Conselho (trika) elaboram um relatório final com 
observações e sugestões a serem tomadas; 
 Conclusão: não há condenação ou conclusões vinculadas (baseia-se na cooperação 
e adesão, assunção voluntária de compromisso); 
 
5. O racismo institucional: é um estado de coisas que expressa a atual situação do 
sistema carcerária brasileiro, tendo em vistas que pessoas negras estão sujeitos a um risco 
significativamente maior de serem submetidas ao encarceramento em massa e a todas as 
consequências que dele advêm (Relatório feito pelo Relator Especial do Conselho de DHs 
da ONU, sobre a tortura e outros tratamento ou penas cruéis, desumanas e degradantes, 
ao visitar, a convite do Brasil, s prisões dos Estados de SP, SE, AL e MA; 
 Cerca que 70% dos reclusos são negros e a tortura dos presídios temcomo causa a 
superlotação. 
6. Caso Kulinski e Sabev. V Bulgária, Corte EDH, 2016: 
Discussão: se a previsão em lei da proibição geral, automática e indiscriminada do direito 
ao voto dos presos é ou não uma medida desproporcional e, portanto, violador da 
Convenção EHD (Kulinski foi condenado a 1 ano, 1, mês e 24 dias pela prática de 
vandalismo e Sabev cumpre prisão perpetua por roubo e homicídio); 
Constituição da Bulgaria: proíbe todos os prisioneiros do país de votarem enquanto 
estiverem cumprindo pena. 
Conclusão da Corte: quando a privação afeta um grupo de pessoa de forma geral, 
automática e incriminada, apenas sob o fundamento de que estão cumprindo pena em 
razão de sentença condenatório e desconsiderando a duração da pena e a natureza ou 
gravidade do delito e de suas circunstâncias individuais, não é compatível com o protocolo 
nº 1 à Convenção EDH; O presente caso, diante da proporcionalidade da restrição, prevê 
uma proibição genérica, pelo só fato de o individuo ter sido condenado a uma pena de 
prisão e, por isso, não se assemelha a outros precedentes (v.g. caso Scoppoia), no quais, 
a lei previu a proibição do voto apenas em relação a indivíduos condenados à pena de 
prisão de 03 anos ou maior. Portanto, afastou o argumento do Estado no sentido da 
existência de uma margem de apreciação quanto à matéria. 
 
7. Direito à água: 
71. Não está previsto no PIDESC (art. 111): “Os Estados Partes do presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida adequando para si próprio e sua 
família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como a uma 
melhoria continua de suas condições de vida. Os Estados Partes tomarão medidas 
apropriadas para assegurar a consecução desse direito, reconhecendo, nesse sentido, a 
importância essencial da cooperação internacional fundada no livre consentimento. ” 
7.2. No entanto o Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Cultural, elaborou o 
Comentário Geral nº 14/2002, interpretando o art. 111 do PIDESC destacou que: o direito 
à água se encaixa claramente na categoria. 
7.3. A Res. AGNU 62/292 também expressa (“o direito à água potável segura e limpa e ao 
saneamento básico como um direito humano essencial para o pleno aproveitamento da 
vida e de todos os direitos humanos. ”), sem dizer que encontra-se previstos em inúmeras 
outras convenções internacionais. 
 
8. Tratado de Marraqueche para facilitar ao acesso a obras públicas às pessoas cegas, 
com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto impresso. 
 Vigência internacional: em 30/09/2016/ 
 Especificidade no Plano Nacional: introduzir no ordenamento jurídico, com base 
no rito art. 5º, §3º, da CF (status de EC); 
 Definição de Exemplar em formato acessível: significa a reprodução de uma obra 
de uma maneira ou forma alternativa que dê aos beneficiários acesso à obra, 
inclusive para permitir que a pessoa tenha acesso de maneira tão prática e cômoda 
como uma pessoa sem deficiência visual ou sem outras dificuldades para ter acesso 
ao texto impresso. O exemplar em formato acessível é utilizado exclusivamente por 
beneficiários e deve respeitar a integridade da obra original, levando em devida 
consideração as alterações necessárias para tornar a obra acessível no formato 
alternativo e as necessidades de acessibilidade dos beneficiários. 
 
 
 
8. Opinião Consultiva nº 21 da Corte IDH: 
 A pedido: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. 
 Não se aplica o princípio da ultima ratio: a privação da liberdade de crianças nos 
procedimentos migratórios, por ferir o requisito da necessidade, ínsito às medidas 
cautelares. 
 
9. Caso Saramaka, Corte IDH: 
Povos indígenas e povos tribais: 
 Matem tradições sociais, culturais, econômicas e institucionais diversas da 
comunidade nacional em que se inserem; 
 Relacionam-se com o território em que se localizam: não sob o signo da apropriação 
individual típica do regime civilista, mas sob a ótima coletiva, visto que usa como 
espaço fundamental para a reprodução do próprio grupo e de seus costumes e 
tradições; 
 Aplica-se aos povos tribais, o mesmo regime dos povos indígenas, de proteção da 
propriedade comunal. 
 Povos tribais são diferentes dos indígenas, pois não são nativos da região; 
 
10. Caso Defensor de DHs e outros vs. Guatemala, Corte IDH: 
 Defensor de DHs: não se encontra na sua condição de particular ou de funcionário 
público integrante de um órgão da administração, mas simplesmente da sua atuação 
com independência com vistas à proteção e à promoção de DHs. 
 Conclusão: deve-se considerar como atuam essas pessoas em apoio aos DHs e 
não quem atua. 
 
11. Ato concessório de refúgio. 
Refúgio Asilo 
Direito do estrangeiro que preenche os 
requisitos legais. 
Ato político, submetido ao crie discricionário 
do Estado. 
 
 É possível: a revisão judicial do reconhecimento do estatuto do refúgio, bem como, 
a revisão das decisões administrativas pelo PJ. Tanto do ato que denega a condição, 
quanto o que reconhece a condição, uma vez que o CONARE tem o dever de 
fundamentação adequada. 
 Revisão: deve ser absolutamente regrada e restrita, em respeito ao princípio do non 
refoulement. 
 Dúvida: milita a favor da concessão de refúgio (princípio in dubio pro fugitivo); 
 
1 ª Rodada (2º Combo) 
 
1. Tortura. 
1.1. Protocolo de Instambul: não tem força cogente de um tratado (é apenas um manual 
para investigação e documentação eficazes da tortura e outras penas ou tratamentos 
cruéis, desumanos ou degradantes). 
É um manual, com princípios para investigação e documentação da tortura e outras penas 
ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes (normas mínimas, para que o Estado 
garanta uma documentação eficaz da tortura). 
 
1.2. Tortura não é crime de Jus Cogens. 
São apenas os descritos no Estatuto do TPI: (a) genocídio; (b) contra a humanidade; (c) de 
guerra; (d) de agressão; 
Obs.: Mesmo que a tortura se encaixa a um desses tipos não é considerada, apenas eles 
são considerados. 
1.3. Crimes de Agressão 
Definido: Rodada Kampala em 2010 (na conferência de Revisão, por meio da Resolução 
06); 
“o planejamento, início ou execução, por uma pessoa em posição de efetivo controle ou 
direção de ação política ou militar de um Estado, de um ato de agressão, que por suas 
características, gravidade e escala, constitua uma violação manifesta da Carta da ONU; 
 
1.4. Convenção contra a Tortura de 1984 (ONU) 
- Críticas: 
 Definição estrita de tortura (não pode ser cometida por omissão/negligência). 
 Sanções Legítimas (descaracterizam a tortura). Exigidas pelos países que ne época 
adotavam sanções corporais. Pode ser usada de forma abusiva, como os EUA em 
seus interrogatórios de suspeitos a terrorismo. 
1.5. Convenções 
Da ONU (1984) Interamericana (1989) 
Exige: 
(a) Por agente público ou sua aquiescência; 
(b) Sofrimento agudo; 
 
Brasil: em 1991 (Decreto 40); 
Tipifica: ato de imposição de sofrimento 
físico e psíquico com qualquer fim; 
 
Pode ser: por meio de pena ou medida 
preventiva; 
 
Figura equiparada: medida que não 
infligem dor ou sofrimento, mas diminuem a 
capacidade física ou mental. 
 
Brasil: em 1989 (Decreto 98.386). 
 
 
1.6. Estatuto do TPI: requer dor ou sofrimento agudo; 
1.7. STF: usou a definição da Convenção da ONU para analisar o art. 233 do ECA; 
1.8. Lei 9.455/97: se aproximou da Convenção Interamericana, diante da prescindibilidade 
do cometimento por agente público ou sua aquiescência. 
 
2. Jurisdição do TPI: 
 Regra: Estado não se submete; 
 Exceção: Resolução Vinculante pelo CSONU; Casos: 
(a) Darfur – CSONU determinou o início das investigações, mesmo sem a ratificação 
do Estatuto do TPI, pelo Sudão; 
(b) Ditador Kadafi em 2011 (adotou a resolução vinculante 1970); 
 
3. Proibição da guerra: norma de jus cogens (art. 53, Convenção dos Tratados de Viena), 
que poderesultar na declaração de nulidade do tratado. 
 Tratado nulo: momento da conclusão conflite com norma imperativa de Direito 
Internacional Geral (norma aceita pela comunidade internacional como um todo, da 
qual nenhum derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior 
de Direito Internacional geral da mesma natureza); 
 
3.1. ACR, normas de Jus Cogens: 
(a) Proibição do uso ilegítimo da força, agressão e da guerra de conquista; 
(b) Autodeterminação dos povos; 
(c) Normas que tratam sobre crimes internacionais, como o genocídio e a tortura; 
 
4. Procedimento Especiais. 
Âmbito: RPU – Sistema de Revisão periódica universal (peer review); 
1º - Procedimento Especial 1235 do Conselho Econômico e Social de 1967 – pública e 
vinculado a situação específica do apartheid; 
2º - Procedimento especial 1503 de 1970 (Procedimento confidencial ou de queixas): 
petições individuais davam seu início perante à Comissão de DHS (surgiu especialmente 
para queixas individuais). 
ACR: sofrem a crítica da seletividade (podem escolher determinado país em detrimento de 
outro); 
Conferência Mundial de Viena: expressamente registrou a não seletividade, a 
objetividade e a imparcialidade; 
Âmbito: Conselho de Segurança da ONU, pode: 
(a) Sancionar Estados. Violem DHs; 
(b) Criar Tribunais Internacionais Penais ad hoc; 
(c) Criar listas sujas de pessoas e entes de apoio ao terrorismo internacional; 
 
2ª Rodada (2º Combo) 
 
1. Opiniões Consultivas da Corte Interamericana. 
1.1. É ampla: não se restringe apenas aos tratados da Corte, mas toda disposição de 
direitos humanos, de qualquer tratado internacional com um Estado americano faça parte. 
1.2. Uso de normas Soft Law, como argumento, pela Corte IDH, em sua função 
judicante: Sim, exemplo, Caso Duque e os Princípios de Yogokarta (argumentos para 
vedação da homofobia). 
1.3. Pessoas Jurídicas: não são abrangidas. 
1.4. O.C. nº 21 – Formulada por Brasil, Uruguai e Paraguai. 
Tema: criança imigrantes (garantia do direito de oitiva, ainda em processos administrativos, 
que envolvam sua situação migratória, como asilo/refúgio por seus pais). 
1.5. OC nº 20 – Direito do Estado parte apresentar juiz AD HOC de sua nacionalidade, 
quando a CIDH não o tiver: 
 Originário de comunicações Interestatais: Sim 
 Originário de Petições Individuais: Não. 
 
2. Lições Doutrinária. 
2.1. ACR: 
 Regra: DHs são imprescritíveis, inalienáveis e irrenunciáveis; 
 Exceção: liberdade do titular exercê-los ou não. Pode-se até estabelecer prazo fatal. 
Ex.: Jornada de Trabalho Constitucional, sujeitas à negociação (empregado e 
empregador). 
 
2.2. Indivisibilidade dos DHs: 
 Zelo do mínimo Social: DHs não podem ser divididos e implementados apenas os 
Direitos Civis, deve-se investir também nos direitos sociais (Proclamação dos DHs 
da 1ª Conf. Mundial de DHs da ONU, em 1968 e Conf. de Viena, em 1993). 
 
2.3. Dignidade da Pessoa humana: 
 ACR – dois elementos: 
(i) Positivo – defesa da existência de condições materiais mínimas de sobrevivência de 
cada ser humano; 
(ii) Negativo – proibição de tratamento ofensivo, degradante e discriminação odiosa. 
 
2.4. DHs: 
Maior penetração no plano nacional (incorporação doméstica dos tratados). 
Força vinculante (reconhecimento da jurisdição de órgão como a CIDH); 
Obs.: Não é correto dizer que os DHs, diferentemente dos DFs, não possuem força 
vinculante gerada pelo acesso ao PJ. 
3 ª Rodada (2º Combo) 
1. Casos da CIDH: 
1.1. Almonacid Arellano vs. Chilhe: princípio do ne bis in idem é um DHs, mas não é 
absoluto. 
 Possibilidade de coisa julgada aparente/fraudulenta, conforme TPI, Art. 20, 
excepcionaliza a regra do não julgamento se há houver julgamento por outro 
tribunal, nos casos de: 
(i) objetivo de subtrair o acusado da responsabilidade criminal perante o tribunal; 
(ii) não conduzida imparcialmente ou conforme as garantias de um processo equitativo; 
(iii) conduzido de forma incompatível com a intenção de submeter a pessoa à ação da 
justiça; 
 
 Dano ao projeto de vida: realização integral da pessoa afetada, considerando sua 
vocação, atitudes, circunstancias, potencialidade e aspirações (fixação razoável de 
determinada expectativas e alcança-las). 
 
1.2. Olmedo Bustos (Última tentação de Cristo): consagrou a dupla dimensão do direito à 
liberdade. 
Dimensão Individual Dimensão Coletiva 
Direito a liberdade de se expressar Liberdade de buscar e disseminar 
informações; 
 
 Direitos Comunicativas (Caio Paiva): direito linguísticos, basicamente compartilhar 
aprendizados e experiências de vida – right to comunicate (RC2), facetas: 
(a) direito do comunicante; 
(b) direito do recipiente; 
 
1.3. Molwana: Comunidades Indígenas. 
 Dano espiritual: baseado no dano ao projeto de vida (do caso Almonacid e caso 
Loyaza Tamayo). 
 Cançado Trindade Afirmou: consiste numa forma agravada do dano moral, com 
implicância direta na parte mais íntima do gênero humano (seu interior, suas crenças 
no destino da humanidade e suas relações com os mortos). Não é suscetível da 
indenização por dano material – possui outras formas de compensação. 
Obs.: Paiva – O caso está relacionado ao GREENING ou ESVERDEAMENTO DOS DHs 
(proteção dos direitos de cunho ambiental nos sistemas regionais de DHs, que foram 
concebidos em sua origem para receber denúncia ou queixas sobre violações de direitos 
civis e políticos). 
1.4. Lopez Mendonza: restrição de direitos políticos só pode advir de processo penal, logo 
indaga-se se a lei da ficha limpa conflitaria com o Pacto de San José, já que possibilita a 
restrição de direitos políticos de condenação ocorrida por órgão colegiado na esfera 
administrativa. 
 ACR: o caso representa a condenação a restrições com base em perseguições 
políticas. Ao contrário, a Ficha Limpa não serve como instrumento para tanto, 
objetivando tutelar o direito fundamental à boa governança. 
 
2. Convenção Europeia de DHs: 
2.1. Guerra ou outro perigo público, que ameace a vida da nação: permite derrogar 
diversas disposições da Convenção, mas não o direito à vida, que será apena no caso de 
atos lícitos de guerra. 
2.2. Arquivamento ou Inadmissibilidade de petição individual: qualquer comitê, por 
voto unânime. 
2.3. Intervenção de terceiros: 
 Direito da Alta Parte Contratante da qual o autor da petição seja nacional 
(qualquer assunto pendente em seção ou pleno): formular observações escritas 
ou participar das audiências. 
 Presidente do Tribunal, no interesse da justiça: convidar qualquer Alta Parte 
contratante que não é parte no processo ou outra pessoa interessa que não seja 
autor da petição, para apresentar observações escritas ou participar nas audiências. 
 Qualquer assunto pendente (seção ou pleno): Comissário de Direitos do Homem 
poderá fazer observações escritas e participar nas audiências. 
2.4. Protocolo 16/2013: Ampliou a competência consultiva do Tribunal Europeu dos 
Direitos do Homem (TEDH) – Grande Câmara pode emir pareceres não vinculantes a 
pedidos dos órgãos jurisdicionais de vértice dos Estados-partes, sobre os direitos e as 
liberdades estabelecidos na Convenção ou Protocolos. 
2.5. Protocolo 15: Introduziu a TEORIA DA MERGEM DE APRECIAÇÃO no preambulo 
da Convenção Europeia. 
 Baseada: subsidiariedade da jurisdição internacional; 
 Prega: determinadas questões polemicas, relacionadas com as restrições estatais a 
direitos protegidos devem ser discutidas e dirimidas pelas comunidades locais 
(próprio Estado estabelece os limites/restrições de direitos em face do interesse 
público). 
 Caso Handyside: CEDHs entendeu que cabe à sociedade britânica, com base em 
seus valores morais, decidir sobre as restrições ou não do direito à liberdade de 
expressão. 
 Caso Goodwin (exceção à teoria): CEDH mencionou a não vinculação de seus 
precedentes e que teria violação pelo Reino Unido ao não reconhecero casamento 
de transexuais. 
9 ª Rodada (1º Combo) 
 
1. Suspensões excepcionais (semelhantes às existentes em Estado de Defesa e de Sítio): 
1.1. Previsão: PIDCP e Conv. Americana (São José). 
1.2. Plano Interno Brasileiro. 
 Estado de Defesa Estado de Sítio 
Conceito Ordem pública ou paz social 
ameaçadas por grave e iminente 
instabilidade institucional ou 
atingidas por calamidades públicas 
de grande proporção na natureza. 
Comoção grave de repercussão 
nacional; ocorrência de fatos que 
comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa ou 
declaração de estado de guerra ou 
resposta à agressão armada 
estrangeira. 
Restrições Direito de: 
 Reunião; 
 Correspondência; 
 Comunicação Telegráfica ou 
Telefônica; 
Direito à (ao): 
 Liberdade de reunião; 
 Não inviolabilidade da 
correspondência; 
 Sigilo as comunicações em 
geral; 
 Liberdade de imprensa, 
radiofusão e televisão; 
 
1.2. PIDCP e Pacto de San José. 
PIDCP Pacto de San José 
Situações excepcionais que ameacem a 
existência da nação. 
Guerra; 
Perigo Público; 
Outra emergência que ameace a 
independência ou segurança do Estado. 
 
Obs.: Em ambas: 
1 – As suspensões não podem ser incompatíveis com as demais obrigações que sejam 
impostas pelo Direito Internacional aos Estados (normas de IUS COGENS) e não podem 
acarreta discriminação alguma (raça, sexo, cor, língua, religião ou origem social); 
2 – Estado deve comunicar os Estados que fazem parte do tratado, por meio do Secretário 
Geral da ONU; 
Não mencionam quais direitos podem ser suspensos, apenas o que não podem: 
PIDCP Pacto de San José 
Direito à vida e proibição da pena de morte; Direito à vida; 
Proibição de Tortura; Direito à integridade pessoal; 
Proibição da Escravidão; Proibição da Escravidão; 
Proibição da Servidão; Proibição da Servidão; 
Proibição da Prisão por obrigação 
contratual; 
 
Proibição da retroatividade da Lei Penal; Princípio da legalidade e da retroatividade; 
Direito à Personalidade Jurídica; Direito ao reconhecimento da 
personalidade jurídica; 
Liberdade de pensamento, consciência e 
religião; 
Liberdade de consciência e de religião; 
 Proteção da família; 
 Direito ao nome; 
 Direitos da criança 
 Direito à nacionalidade; 
 Direitos Políticos; 
 
Obs.: Em razão do princípio PRO HOMINE o Brasil não pode escolher qual cumprirá, pois 
deve obedecer ambos. 
2. Protocolo Facultativo ao PIDCP: Comitê dos Direitos do Homem pode receber petições 
individuais, mas elas não podem ser anônimas e os recursos internos devem ter sido 
esgotados. 
3. Previsão do direito à autodeterminação dos povos: PIDCP e PIDESC (art. 1º idêntico 
em ambos); 
4. Convenção sobre todas as formas de eliminação de discriminação contra a 
mulher: 
 Comitê: 23 peritos (mandado de 04 anos) e recebem relatórios períodos dos 
Estados, a cada 04 anos, baseados neles realizados sugestões e recomendações 
que não vincula os Estados. 
 
5. Participação de crianças e adolescentes em guerras: 
5.1. Convenção sobre Direitos da criança: criança e todos ser humanos menor de 18 anos; 
Art. 38: Possibilidade dos Estados recrutarem pessoas que tenham completada 15 anos 
para integrar suas forças armadas. 
Protocolo Facultativo sobre crianças em conflitos armados em 2000: busca corrigir a 
distorção – Impossibilidade de menores de 18 não integrarem as forças armadas e adoção 
de todas as medidas para tanto (art. 1º e 2º); 
 
6. Adaptação razoável e desenho universal. 
Adaptação razoável Desenho universal 
Modificações/Ajustes necessários e 
adequados, que não acarretem ônus 
desproporcional ou indevido, quando 
requeridos em cada caso, para assegurar 
que os deficientes gozem/exercer, em 
igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, todos os DHs e Liberdades 
Fundamentais. 
Produtos, ambientes, programas e serviços 
a serem usados, na maior medida possível, 
por todas as pessoas, sem necessidade de 
adaptação ou projeto específico. Não 
excluindo as ajudas técnicas para grupos 
específicos de deficientes, quando 
necessárias. 
 
7. Comitê de Direitos do Homem e das Pessoas com deficiência: não aceitam denúncia 
anônimas. 
 Inadmissibilidade para o Comites das pessoas com deficiência, quando a 
comunicação: 
(a) For anônima; 
(b) Constituir abuso de direito; 
(c) For bis in idem de matéria já examinada; 
(d) Não esgotamento dos recursos internos, salvo demora injustificada ou improvável a 
solução; 
(e) Comunicação precariamente fundamentada; 
(f) Fatos ocorridos antes da vigência do Protocolo, salvo se constituírem fatos 
permanentes; 
 
8. Relatórios Instituídos pelo Protocolo de San Salvador: apresentados ao Secretário-
Geral da OAE (são informas dos Estados sobre as medidas progressivas adotadas em 
relação aos direitos econômicos, sociais e culturais). Art. 19 – Meios de proteção. 
 
9 ª Rodada (1º Combo) 
 
1. Tratados de DHs (ACR): possuem natureza objetiva (se difere do caráter recíproco de 
uma natureza bilateral). 
 Não se aplica: noção contratualista comum aos Direitos do dos Tratados (Tratados 
de DHs não são regidos pelo princípio da reciprocidade – quid por quo); 
2. Caso Trabalhadores Fazenda Brasil Verde: violação de DHs de 85 trabalhadores que 
se encontravam em situação de extrema pobreza e em condição análoga a de escravo 
(primeira vez que a Corte IDH reconhece a existência de uma discriminação estrutural 
história, em razão do contexto e também que determina a responsabilidade internacional 
contra um Estado por perpetuar esta situação estrutural história de exclusão). 
 Reconheceu na situação: escravidão, tráfico de pessoas, uma das vítimas era 
criança no momento do fato. 
 Discriminação estrutural histórica: não eram quaisquer pessoas alvo de captação, 
mas sim pessoas com um perfil, histórico específico, em que a pobreza era um fator 
crucial de vulnerabilidade (exclusão social de um determinado grupo). 
 
3. Relações especiais de sujeição: inserção do titular de uma determinada necessidade 
que possui interesse público, logo há limites e restrições aos seus direitos humanos, 
justamente em razão do princípio da supremacia do interesse público. 
 ACR: a restrição deve ser proporcional. 
 Exemplos: membros das forças armadas, funcionário públicos, sentenciados, 
estudantes e internos da rede escolar pública etc. 
 ACR, Lan Browline e Malcom Shaw – Proteção Internacional dos DHs sobre 3 
eixos: 
(a) Direito Internacional dos Direitos Humanos – DIDH; 
(b) Direito Internacional Humanitário – DIH; 
(c) Direito Internacional dos Refugiados – DIF; 
 
 DIH e DIF: são lex speciallis em relação ao DIDH (lex generalis aplicável 
subsidiariemnte a todas situação, na ausência de lei específica): 
 4 Tipos de inter-relação entre os eixos: 
(a) De especialidade; 
(b) De identidade e convergência, em que vários pontos de todos os eixos se 
converge, como o princípio da proibição da devolução (ou proibição do rechaço); 
(c) De complementaridade – suprimindo-se insuficiência dos demais pelas normas 
de DIDH; 
(d) De influência recíproca – todos se dialogam para maximização dos DHs; 
 
5. Casos Corte IDH e Brasil: 
Ximenes Lopes 
 Primeiro caso que o Brasil sofreu uma condenação; 
 Damião Ximenes Lopes sofreu maus tratos em uma casa de internação 
Guararapes, em Sobral-CE, em decorrência, faleceu em outubro de 1990; 
 Casa de repouso era um hospital privado de saúde contratado pelo Estado para 
prestar serviços de atendimento psiquiátrico sob direção do SUS; 
 Condenação por violar DHs de pessoa com deficiência mental; 
 Estabeleceu deveres do Estado de elaboração de política antimanicomial; 
 Caso analisado pela ótima da Convenção Interamericana sobre a Eliminação de 
Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência; 
 ACR – houve supervisão por richochete (se o Brasil desrespeitar a Convenção de 
Guatemala, pode ser considerado violação a deveres genéricodo Pacto de SAN 
José, ex.: Igualdade) e com isso desencadeia-se o mecanismo de controle do pacto 
(petição à comissão e, após o trâmite adequado, ação perante a corte). 
 Reconhecimento de que a Convenção Interamericana sobre os Direitos das 
Pessoas Portadoras de Deficiência de Guatemala é vetor de interpretação dos 
direitos do Pacto de San José, em caso que envolva pessoas deficientes. Sanando 
lacuna da Convenção de Guatemala, que era justamente a impossibilidade de se 
processar um Estado Signatário que a desrespeitasse perante a Corte IDH; 
 Aplicação da eficácia horizontal (Drittwirking) da Proteção Internacional dos DHs; 
 
Nogueira Carvalho vs. Brasil 
 Assassinado do advogado ativista de DHs Gilson Nogueira Carvalho em 1996; 
 Estado não realizou investigação adequada sobre a morte; 
 Entidades protocolaram petição na Comissão Interamericana requerendo a 
investigação em 1997; 
 Conclusão da Comissão: morte ocorreu ante do Brasil ter concorda com a 
jurisdição da Corte, mas houve preclusão e exceção preliminar de incompetência e 
a de esgotamento dos recursos internos, pois o Brasil não arguiu no procedimento 
perante a Comissão, logo houve preclusão. 
 Mérito: Estado falhou na investigação e pela primeira vez, condenou um Estado 
pela violação a defensores de DHs; 
 Uma das recomendações foi cumprida: criação da Política Nacional de Proteção 
dos Defensores de DHs – PINPDDH – Decreto 6.044/2007. 
 
Escher vs. Brasil 
 Autorização ilegal de interceptação telefônica de membros integrantes de 
movimentos sociais, como o MST; 
 PM não possui capacidade postulatória (entendi da 2ª CCR), autoridades policias 
não tem capacidade postulatória; 
 PM pediu e juiz autorizou; 
 Corte IDH: Pacto de San José protege as conversações telefônicas (art. 11, 2). 
 Não houve ciência ou manifestação do MP, caracterizando-se como nulidade 
absoluta; 
 
Garibaldo vs. Brasil 
 Corte IDH entendeu que o procedimento do IP brasileiro é inefetivo; 
 Ordenou: seguir rigorosamente os prazos do art. 10, do CPP; 
 Origem do caso: despejo arbitrário de mais de 50 família de uma fazenda em 
Querência do Norte/PR (Capangas contratados pela proprietária, Sr. Sétimo 
Gariblado, foi assassinado) e o IP foi arquivado pela mesma autoridade judicial do 
Caso Escher; 
 Corte IDH determinou: revogação da lei estadual que conferiu o título e cidadã 
honorária à magistrada. Assim como estabeleceu quatro elementos para verificar a 
razoabilidade do prazo penal: 
(a) complexidade do assunto; 
(b) atividade processual do interessado; 
(c) conduta das autoridades judiciais; 
(d) efeito gerado na situação jurídica das pessoas envolvidas no processo; 
 Caso Hornsby vs. Grévia (Corte EDH) - Estabeleceu 3 critérios para verificar se 
houve ou não violação ao prazo razoável: 
(a) complexidade do caso; 
(b) comportamento as partes; 
(c) comportamento da autoridade judicial; 
 
Gomes Lund (Guerrilha do Araguaia) 
 Detenção arbitrária, tortura e desparecimento forçado, entre 1972 e 1975, de mais 
de 70 (setenta) pessoas na Região do Araguaia-Tocantins. 
 Maioria das vítimas: faziam parte do movimento Guerrilha do Araguaia, 
consubstanciado em resistência aos atos ditatoriais da época (Governo implantou 
política de extermínio das pessoas que integraram o movimento); 
 Em 1979, aprovou-se a lei da anistia (6.683) e a Corte entendeu pela sua 
inconvencionalidade (incompatibilidade com a CADHs, pois não se pode aplicar 
anistia em benefício de autores de crimes); 
 Condenou o Brasil: obrigação de tipificar o delito de desaparecimento forçado e 
criou de um Comissão Verdade (Brasil criou a Comissão Nacional da Verdade – 
Lei 12.528/2011); 
 Envolve a Justiça de Transição (Caio Paiva): conjunto de mecanismo 
(extra)judicias usados como ritual de passagem à ordem democrática após graves 
violações de DHs por regimes autoritário e ditatoriais, de forma que assegure a 
responsabilidade dos violadores de DHs, o resguardo da justiça e a busca da 
reconciliação; Possui 4 facetas/dimensões: 
(a) direito à memória e à verdade; 
(b) direito à reparação das vítimas e seus familiares; 
(c) adequado tratamento jurídico aos crimes cometidos no passado; 
(d) reforma das instituições para a democracia; 
 Teoria da quarta instância: Brasil alegou que a Corte seria uma quarta instância 
se perseguisse com o julgamento, o que já foi decidido pelo STF, mas a Corte não 
aceito, diante da inexistência entra a Corte IDH e o STF; 
 MPF adota: imprescritibilidade dos crimes contra a humanidade e caráter 
permanente do delito de desparecimento forçado (diante da falta de tipificação, usa-
se o delito de sequestro de pessoas); 
 Caso brasileiros propostos pelo MPF: Coronel Ustra e Sebastião Curió; 
 
5ª Rodada (2º Combo) 
 
1. Litígio estratégico de DHs: busca, por meio do PJ e de casos paradigmáticos, alcançar mudanças 
sócias (escolhidos como ferramentas para transformação da jurisprudência dos tribunais e 
formação de precedentes). 
Atuação do MPF: em orientações das CCRs que criam Grupos de Trabalho como o denominado 
Justiça de Transição; 
 
2. Abolição por completa a pena de morte no sistema europeu: somente com o Protocolo 13, logo 
inexiste exceção ou até mesmo possibilidade de derrogação da norma; 
 ACR, 3 fases da regulação jurídica da pena de morte: 
1º - Convivência Tutelada 2ª – Banimento com exceções 3º - Banimento em qualquer 
circunstância 
Pena de morte tolerdade, 
porém com estrito 
regulamento. 
Ex.: art. 16 do PIDCP, Conv. 
Europeia (sem o protocolo 13) 
e CADH; 
Relativo a crime militares. 
Exemplo: Segundo Protocolo 
facultativo do PIDCP e 
Protocolo Adicional à CADHS 
relativo à abolição da pena de 
morte. 
Protocolo 13 da Conv. Euro de 
DHs. 
 
 Caso Soergin: Corte EDH proibiu que o Reino Unido extraditasse o Sr. Soering aos EUA, por 
considerar o corredor da morte espécie de tratamento desumano (Denise Neves Abade – 
aplicação da proteção indireta dos DHs pela Corte EDH). 
3. Estabelecimento da proteção à propriedade, direito à instrução e a eleições livres: somente no 
Protocolo Adicional à Conv. Euro. de proteção de Direitos do Homem e das Liberdades 
Fundamentais de 1952 (A convecção Europeia é de 1950); 
4. As Convenções Internacionais sobre nacionalidade, como regra, evitam a qualquer custo: 
punição estatal ou uso de direito pelo individuo que o torne apátrida (Art. 8º, da Conv. Euro. 
permite a renúncia à nacionalidade, desde que a pessoa não se torne apátrida). 
5. Medidas Provisórias e Cautelares na Corte e na Comissão IDH. 
Corte Interamericana Comissão Interamericana 
Medidas Provisórias Medidas Cautelares 
 Em qualquer fase do processo; 
 Extrema gravidade e urgência; 
 Evitar danos irreparáveis às pessoas; 
 A Corte pode atuar e determinar 
medidas provisórias mesmo o caso não 
tenha ainda sido a ela submetido, mas é 
necessário que ela seja instada pela 
Comissão IDH. 
 A supervisão do cumprimento das 
medidas provisórias ou urgentes 
determinadas é feita por relatórios 
estatais ou pelas vítimas. 
 Amparo na Carta da OEA, na CADH, na 
Conv. Inter. Sobre desaparecimento 
forçado e no Estado da Comissão IDH. 
 Pode ou não ter conexão com uma 
petição apresentada ou a um caso; 
 Gravidade e urgência; 
 Grave risco de dano irreparável às 
pessoas ou ao objeto de uma petição 
pendente nos órgãos do Sistema 
Interamericano; 
 Antes de decidir, a Comissão pede ao 
Estado envolvido informações 
relevantes, salvo no caso em que a 
iminência do dano potencial não permite 
demorar; 
 A supervisão é feita pela própria 
Comissão; 
 
6. Aplicação da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: às pessoas com 
espectro autista, por inexistir tratamento internacional específico (Brasil, Decreto 8.368, que 
regulamente a Estatuto dos PNEs a equiparou no art. 1º). 
 
7. Discriminação Direta e Indireta (ACR): ambas violam à igualdade. 
Direta Indireta (ou invisível) 
Adoção de práticainternacional e consciente 
que adote critério injustificável, discriminando 
determinado grupo e resultando em prejuízo 
ou desvantagem. 
Adoção de critério aparentemente neutro (e, 
então, justificável), mas que na situação 
analisada, possui impacto negativo 
desproporcional (TEORIA DO IMPACTO 
DESPROPROCIONAL), em relação a 
determinado segmento vulnerável.

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