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Quadro clínico e diagnóstico da COVID-19

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Secretaria de
Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde
QUADRO CLÍNICO E 
DIAGNÓSTICO DA COVID-19
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
2
Como citar este material:
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UFMA. Quadro clínico e diagnóstico da 
COVID-19. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UFMA. O novo coronavírus e a 
COVID-19. São Luís: Junho, 2020.
CRÉDITOS
Reitor da Universidade Federal do Maranhão
Prof. Dr. Natalino Salgado
Coordenadora Geral da UNA-SUS/UFMA
Profa. Dra. Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Adaptação Técnica
Cadidja Dayane Sousa do Carmo, Deysianne Costa das Chagas, Isabelle Aguiar Prado, 
Karoline Corrêa Trindade, Larissa Di Leo Nogueira Costa, Paola Trindade Garcia, Steffi 
Greyce de Castro Lima, Stephanie Matos Silva
Validador CGIED/DEGES
Bárbara Ferreira Leite e Bethânia Ramos Meireles
Validador CGATES/DEGES
Lenise Aparecida Martins Garcias
 Validador do DSF/SAPS
Karoliny Duque
Validadores da SVS, CGSAT, CGLAB e CGDEP/SVS/MS
Rafael Junqueira Buralli, Karla Freire Baêta, Nathalie Alves Agripino e Kleber Rangel Silva, 
Tatiane Fernandes Portal de Lima, Miriam Teresinha Furlam Livorati, Gabriela Andrade 
Pereira, Greice Madelaine Ikeda do Carmo, André Luiz de Abreu, Elisete Duarte, Sheyla 
Leite, Samuel Brauer
Designer Instrucional
Steffi Greyce de Castro Lima
Designers Gráficos
Camila Santos de Castro e Lima 
José Henrique Coutinho Pinheiro
Revisão Gráfica
Matheus Augusto Pereira Louzeiro
Revisão Textual
Talita Guimarães Santos Sousa
Gestão de Projetos da UNA-SUS/UFMA
Katherine Marjorie Mendonça de Assis
Coordenação de Produção Pedagógica da UNA-SUS/UFMA
Profa. Dra. Paola Trindade Garcia
Coordenação de Ofertas Educacionais da UNA-SUS/UFMA
Profa. Dra. Elza Bernardes Monier
Coordenação de Tecnologia da Informação da UNA-SUS/UFMA
Dilson José Lins Rabêlo Junior
Coordenação de Comunicação e Design da UNA-SUS/UFMA
José Henrique Coutinho Pinheiro
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
3
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO.........................................................................................................3
1 DEFINIÇÕES DE CASO................................................................................................4
1.1. Critérios para reconhecimento e definições de casos............................................4
2 QUADRO CLÍNICO......................................................................................................6
3 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL.............................................................................11
3.1. RT-PCR em tempo real (qRT-PCR)............................................................................11
3.2. Teste rápido molecular.............................................................................................12
3.3. Testes Imunológicos..................................................................................................14
3.4. Sequenciamento Viral...............................................................................................16
 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................17
 REFERÊNCIAS.............................................................................................................18
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
3
APRESENTAÇÃO
Neste recurso educacional, você conhecerá os principais sintomas e 
orientações para diagnóstico da COVID-19. O correto diagnóstico, o mais 
precoce possível, é extremamente importante para eficácia do tratamento. 
Por se tratar de uma nova situação de emergência pública de saúde e 
de novo vírus, é importante manter-se atento a todos os sinais e sintomas 
descritos pelos pacientes e observados pelo profissional que está atendendo 
e sua equipe de saúde.
Nosso objetivo é que, ao final da leitura, você seja capaz de 
compreender o quadro clínico e diagnóstico da COVID-19 de acordo com as 
normativas vigentes.
Bons estudos!
 
Os conteúdos deste material são passíveis de atualizações conforme 
protocolos das organizações nacionais e internacionais da saúde, sob 
orientação do Ministério da Saúde.
Material produzido em: 20/04/2020 e Atualizado em 03/06/2020.
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
4
1 DEFINIÇÕES DE CASO
Considerando a existência de fase de transmissão comunitária 
da COVID-19, é imprescindível que os serviços de saúde trabalhem com 
abordagem sindrômica do problema, não exigindo mais a identificação do 
fator etiológico por meio de exame específico para início das orientações e 
tratamento. O reconhecimento precoce e o diagnóstico rápido são essenciais 
para impedir a transmissão e fornecer cuidados de suporte em tempo hábil.1
Dessa forma, é importante a realização de exames específicos quando 
há essa disponibilidade, porém, é fundamental que o profissional seja capaz 
de reconhecer o quadro clínico e as definições de caso para COVID-19, 
otimizando o encaminhamento necessário em cada caso.1
Recomenda-se uma investigação detalhada do histórico do paciente 
para determinar o nível de risco da COVID-19 e avaliar a possibilidade de 
outras causas.
Deve-se suspeitar de um caso de COVID-19 quando um paciente 
apresenta febre e/ou sinais/sintomas de doença respiratória baixa (por 
exemplo, tosse, dispneia) que residam ou que tenham estado em território 
com transmissão sustentada (comunitária) de COVID-19 ou que tenham tido 
contato com pessoas doentes.2
1.1. Critérios para reconhecimento e definições de casos 
Para facilitar o reconhecimento dos sintomas e das definições de caso, 
o Ministério da Saúde adotou os seguintes critérios para casos suspeitos, 
confirmados ou descartados2: 
A investigação clínico-epidemiológica 
realizada de forma precoce é crucial para o 
diagnóstico oportuno e a redução da 
transmissão.2
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
5
Tabela 1. Definições de casos suspeitos, confirmados ou descartados, 
Ministério da Saúde, 2020.
Casos Suspeitos
Definição 1
Síndrome Gripal (SG): indivíduo com quadro 
respiratório agudo, caracterizado por sensação 
febril ou febre*, mesmo que relatada, 
acompanhada de tosse OU dor de garganta OU 
coriza OU dificuldade respiratória.
Obs1.: Em crianças considera-se também obstrução 
nasal, na ausência de outro diagnóstico específico.
Obs2.: Em idosos a febre pode estar ausente. 
Deve-se considerar também critérios específicos 
de agravamento como síncope, confusão mental, 
sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
Definição 2
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): 
Síndrome Gripal que apresente dispneia/
desconforto respiratório OU pressão persistente 
no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em 
ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou 
rosto.
Obs.: Em crianças, além dos itens anteriores, 
observar os batimentos de asa de nariz, cianose, 
tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
Casos 
Confirmados
Por Critério 
Laboratorial
Caso suspeito de SG ou SRAG com teste de:
• Biologia molecular (RT-PCR em tempo real, 
detecção do vírus SARS-CoV-2, Influenza ou VSR) 
- Doença pelo coronavírus 2019 com resultado 
detectável para SARS-CoV-2 ou Influenza com 
resultado detectável para Influenza ou Vírus 
Sincicial Respiratório com resultado detectável para 
VSR.
• Imunológico (teste rápido ou sorologia clássica 
para detecção de anticorpos): Doença pelo 
coronavírus 2019 com resultado positivo para 
anticorpos IgM e/ou IgG em amostra coletada após 
o sétimo dia de início dos sintomas.
Por Critério 
Clínico-
Epidemiológico
Caso suspeito de SG ou SRAG com:
Histórico de contato próximo ou domiciliar, nos 
últimos 7 dias antes do aparecimento dos sintomas, 
com caso confirmado laboratorialmente para 
COVID-19 e para o qual não foi possível realizar a 
investigação laboratorial específica.
Casos 
Descartados 
de Doença pelo 
Coronavírus 
2019 
(COVID-2019)
Caso suspeito de SG ou SRAG com resultado laboratorial negativo para 
coronavírus (SARS-CoV-2 não detectável pelo método de RT-PCR em 
tempo real), considerando a oportunidadeda coleta OU confirmação 
laboratorial para outro agente etiológico.
 *Na suspeita de COVID-19, a febre pode não estar presente.
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para diagnóstico e 
tratamento da Covid-19. Versão 4. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
6
2 QUADRO CLÍNICO
A apresentação clínica se assemelha a sintomas leves de pneumonia 
viral e a gravidade da doença varia de leve a grave. Observe as porcentagens:
Relatórios iniciais sugerem que a gravidade da doença está associada à 
idade avançada e à presença de condições de saúde subjacentes.2
Abaixo podemos observar os sintomas mais comuns e os menos 
comuns em pessoas acometidas pela COVID-19:
Alguns pacientes podem ser minimamente sintomáticos ou 
assintomáticos. A triagem em larga escala em áreas não endêmicas pode 
captar mais desses tipos de pacientes. Foi relatado um curso clínico 
mais moderado em casos identificados fora da China, com a maioria dos 
pacientes sendo adultos saudáveis. A literatura aponta que a transmissão 
do SARS-CoV-2 ocorre pessoa a pessoa, sejam elas sintomáticas ou não. 
Sendo assim, os assintomáticos são fonte de infecção em potencial, 
espalhando o vírus.2
80%
5%
14%
Aproximadamente 80% dos pacientes
apresentam doença leve
14% apresentam doença grave
5% apresentam doença crítica
ATENÇÃO
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
7
SINTOMAS MAIS COMUNS
SINTOMAS MENOS COMUNS
Febre (>37,8%) Tosse Dispneia
Mialgia Fadiga
• Anorexia
• Produção de escarro
• Dor de garganta
• Confusão
• Tonturas
• Dor de cabeça
• Dor no peito
• Hemoptise
• Diarreia
• Náusea/Vômito
• Dor abdominal
• Congestão conjutival
• Anosmia súbita ou hiposmia 
(perda ou diminuição do olfato)
FONTE: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para 
diagnóstico e tratamento da Covid-19. Versão 4. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2020.
Aproximadamente 90% dos pacientes apresentam mais de um sintoma, 
sendo que 15% dos pacientes apresentam febre, tosse e dispneia. Alguns 
pacientes podem apresentar náusea ou diarreia 1 a 2 dias antes do início da 
febre e dificuldade respiratória.2
Outros sinais e sintomas podem aparecer em diferentes grupos2:
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
8
Com relação ao exame físico, a auscultação pulmonar pode revelar 
estertores inspiratórios, estertores e/ou respiração brônquica em pacientes 
com pneumonia ou dificuldade respiratória. Pacientes com dificuldade 
respiratória podem apresentar taquicardia, taquipneia ou cianose 
acompanhada de hipóxia. 
Dessa forma, recomenda-se que o exame físico seja composto de2:
Crianças: a maioria apresenta sintomas leves, 
sem febre ou pneumonia. No entanto, podem 
manifestar sinais de pneumonia na imagem do 
tórax, apesar de apresentarem sintomas 
mínimos ou inexistentes. 
Idosos: a febre pode estar ausente. Nesse 
grupo, deve-se considerar também critérios 
específicos de agravamento como síncope, 
confusão mental, sonolência excessiva, 
irritabilidade e inapetência.
Gestantes: revisões retrospectivas 
descobriram que as características clínicas 
eram semelhantes às relatadas para adultas 
não grávidas.
Exame físico
Avaliação do padrão respiratório: tosse e/ou dispneia;
Aferição de temperatura axilar; frequência cardíaca, frequência 
respiratória e oximetria de pulso;
Ausculta pulmonar: presença de estertores inspiratórios, 
estertores e/ou respiração brônquica em pacientes com 
pneumonia ou dificuldade respiratória, e;
Avaliação de sinais de cianose e hipóxia.
Para pacientes que se encontram em situação grave, ou seja, que 
apresentem Síndrome Gripal com sinais e sintomas de gravidade ou 
comorbidades que indicam maiores investigações clínicas, é necessário 
realizar sua estabilização e encaminhamento para centros de referência 
ou urgência que possuam maior suporte tecnológico como monitorização 
mais adequada.1
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
9
Dessa forma, destaca-se a importância de reconhecer os sinais e 
sintomas de gravidade para Síndrome Gripal de forma oportuna, dando o 
encaminhamento necessário o mais precocemente possível. Na tabela, têm-se 
os principais sinais/sintomas que devem ser observados2:
Para investigação da gravidade do paciente, pode-se também solicitar 
exames laboratoriais que irão dar parâmetros mais detalhados sobre as 
condições clínicas que ele esteja apresentando. Recomenda-se solicitar os 
seguintes exames iniciais em todos os pacientes com doença grave2:
Tabela 2. Sinais e Sintomas de gravidade para Síndrome Gripal, Ministério da 
Saúde, 2020.
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDADE
ADULTOS CRIANÇAS
Déficit no sistema respiratório:
• Falta de ar ou dificuldade para respirar; ou
• Ronco, retração sub/intercostal severa; ou
• Cianose central; ou
• Saturação de oximetria de pulso <95% em ar 
ambiente; ou
• Taquipneia (>30 mpm);
Déficit no sistema cardiovascular:
• Sinais e sintomas de hipotensão 
(hipotensão arterial com sistólica abaixo de 90 
mmHg e/ou diastólica abaixo de 60mmHg); ou
• Diminuição do pulso periférico.
Sinais e sintomas de alerta adicionais:
• Piora nas condições clínicas de doenças de 
base;
• Alteração do estado mental, como confusão e 
letargia;
• Persistência ou aumento da febre por mais 
de 3 dias ou retorno após 48 horas de período 
afebril.
Déficit no sistema respiratório:
• Falta de ar ou dificuldade para respirar;
• Ronco, retração sub/intercostal severa;
• Cianose central;
• Batimento da asa de nariz;
• Movimento paradoxal do abdome;
• Bradipneia e ritmo respiratório irregular;
• Saturação de oximetria de pulso <95% em ar 
ambiente;
• Taquipneia.
• Déficit no sistema cardiovascular;
• Sinais e sintomas de hipotensão; ou
• Diminuição do pulso periférico.
Sinais e sintomas de alerta adicionais:
• Inapetência para amamentação ou ingestão 
de líquidos;
• Piora nas condições clínicas de doenças 
de base;
• Alteração do estado mental;
• Confusão e letargia;
• Convulsão.
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). 
Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção 
Primária à Saúde. Versão 9. Brasília: 2020.
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
10
As anormalidades laboratoriais mais comuns em pacientes com 
doença grave são:
• Leucopenia: diminuição da taxa sanguínea de leucócitos abaixo do 
limite inferior da normalidade;
• Linfopenia: quando a contagem de linfócitos está abaixo do limite 
inferior da normalidade;
• Leucocitose: aumento da taxa sanguínea de leucócitos acima do limite 
superior da normalidade;
• Transaminases hepáticas elevadas: aumento das enzimas 
produzidas pelo fígado acima do limite superior da normalidade.
Outras anormalidades incluem neutrofilia, trombocitopenia e elevação 
de creatinina sérica.2
Oximetria de pulso;
Gasometria arterial (avaliar presença de hipercarbia 
ou acidose);
TC de tórax;
Teste rápido para a influenza;
RT-PCR – SARS-CoV-2;
Glicemia;
Ureia;
Bilirrubina total e frações;
D-dímero;
Hemograma completo;
Coagulograma (TAP e TTPa);
Marcadores inflamatórios (procalcitonina sérica e/ou 
proteína C reativa, dependendo da disponibilidade);
Troponina sérica; 
Lactato desidrogenase sérica.
Para saber mais sobre o tratamento medicamentoso indicado em 
cada situação clínica de COVID-19, acesse as Diretrizes para diagnóstico 
e tratamento da Covid-19 de 2020 disponível no site do Ministério da 
Saúde.
SAIBA MAIS
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
11
3 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico laboratorial pode ser feito por RT-PCR em tempo real 
(qRT-PCR), e por testes imunológicos, além disso, é muito importante também 
o sequenciamento viral. Abaixo vamos conhecer um pouco mais sobre cada 
um:
3.1. RT-PCR em tempo real (qRT-PCR)
O diagnóstico laboratorial considerado padrão ouro para a identificação 
do SARS-CoV-2 (novo coronavírus) é o teste molecular Reverse Transcription 
Polymerase Chain Reaction Quantitative Real Time (a RT-PCR em tempo real ou 
qRT-PCR).2Esses testes moleculares baseiam-se na detecção de sequências de 
RNA viral, com ampliação dessas sequências de RNA, possibilitando sua 
identificação. Para o diagnóstico molecular de COVID-19, até o momento, os 
genes virais alvo do SARS-CoV-2 são: N, E, S e RdRP.3
De forma simplificada, o processo completo do diagnóstico da COVID-19 
por teste molecular RT-PCR envolve a fase pré-analítica, analítica e pós 
analítica. E essas devem ser executadas de acordo com as etapas:
Figura 1. Etapas para realização do qRT-PCTR nos laboratórios centrais de 
saúde pública
Recepção, triagem 
e cadastramento 
da amostra
• Registro Gerenciador 
de Ambiente 
Laboratorial (GAL).
• Recebe numeração 
específica.
• Nomes de pacientes 
não são utilizados nos 
protocolos internos.
• Cada amostra é 
dividida em duas 
alíquotas. Uma delas 
entra na fila para o 
processamento. A 
outra é armazenada 
em freezer -80°C.
• Inativação dos vírus 
presentes no material.
• O processamento de 
inativação consiste em 
separar alíquotas das 
amostras em tubos 
contendo tampão de 
lise viral, que inativa 
os vírus presentes.
• Exame de RT-PCR no 
equipamento.
• Pesquisa de vírus 
respiratórios.
• A partir do momento 
em que a amostra é 
recebida, o resultado é 
emitido entre 48h e 
72h.
• Registro do resultado 
no GAL.
• Bioquímicos conferem 
os laudos e resultados 
no computador.
Leitura dos resultados 
manualmente.
• Com as amostras 
inativadas, sem risco 
de contaminação, são 
processadas para 
extração de ácido 
ribonucleico (RNA), o 
material genético dos 
vírus. Para isso são 
utilizados kits 
específicos.
• Preparação dos 
reagentes.
• Transferência do 
RNA.
Preparação da 
amostra
Extração do 
RNA viral
Preparação da 
placa
Amplificação 
e Leitura
Liberação do 
resultado
Tempo aproximado
2 HORAS
Tempo aproximado
2 HORAS
Tempo aproximado
2 HORAS
Tempo aproximado
3 HORAS
Tempo aproximado
2H30 HORAS
Tempo aproximado
1 HORA
Pré-analítica Pós-analíticaAnalítica
FONTE: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim COE COVID-19. Versão 12. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
12
É importante destacar que para as amostras negativas para 
COVID-19 por teste molecular e que sejam de pacientes com Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG), deve-se aproveitar o material já com 
RNA extraído e realizar amplificação para a detecção de influenza e outros 
vírus respiratórios.3
IMPORTANTE
Entre alguns protocolos existentes para detecção desses genes, o 
que tem sido adotado pela maior parte dos países e recomendado pela 
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é o protocolo internacional 
desenvolvido pelo Instituto Charité/Berlim. Esse método tem sido 
amplamente utilizado por estabelecimentos de saúde pública e de saúde 
suplementar, incluindo laboratórios da rede privada e, até esse momento, é 
considerado o método de referência no Brasil para confirmar a COVID-19.3
Dessa forma, se um resultado negativo foi obtido de um paciente 
com alta probabilidade de infecção por SARS-CoV-2, particularmente, 
quando foram analisadas apenas amostras do trato respiratório superior, é 
indicado, se possível, coletar amostras de vias respiratórias inferiores e testar 
novamente.3
Em áreas onde a COVID-19 está amplamente disseminada, um ou 
mais resultados negativos de um mesmo caso suspeito não descartam 
a possibilidade de infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Vários fatores podem 
levar a um resultado negativo em um indivíduo infectado, incluindo3:
• Amostra de má qualidade, contendo pouco material do paciente (como 
controle, considere determinar se existe DNA humano adequado na 
amostra, incluindo um alvo humano no teste de PCR).
• Amostra foi coletada em uma fase muito precoce ou tardia da infecção.
• Amostra não foi manuseada e enviada adequadamente.
• Razões técnicas inerentes ao teste como, por exemplo, mutação do vírus 
ou inibição de PCR.
ATENÇÃO
3.2. Teste rápido molecular
O teste realiza detecção qualitativa in vitro de RNA do SARS-CoV-2, por 
PCR em tempo real automatizado, tem como alvos: genes E e N2 e analisa 
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
13
amostras de Swab nasofaríngeo e/ou Aspirado/lavado nasal de indivíduos 
suspeitos da COVID-19. O princípio do procedimento se inicia com a coleta 
da amostra por swab nasofaríngeo e/ou aspirado/lavado nasal (etapa 1). 
Após a coleta, deve-se inserir o swab imediatamente em 2-3 mL de solução 
fisiológica a 0,9% estéril ou meio de transporte universal viral (se necessário, 
cortar o excesso do cabo) (etapa 2) e manter imediatamente sob refrigeração 
(2 a 8°C). No momento de realização do teste, a amostra deve ser misturada 
por inversão do tubo 5 vezes e usando a pipeta de transferência fornecida 
(etapa 3), a amostra é transferida para a câmara do cartucho (etapa 
4). O cartucho é carregado na plataforma automatizada, que realizará o 
processamento da amostra por PCR em tempo real para detecção de RNA 
viral.
Na figura abaixo, pode-se observar as etapas necessárias para coleta e 
análise das amostras pelo método rRT-PCR:
Figura 2. Princípio do procedimento do teste rápido molecular
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim COE COVID-19. Versão 12. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2020. 
etapa 1 etapa 2 etapa 3 etapa 4
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
14
3.3. Testes Imunológicos
Atualmente, há muitas empresas produzindo testes rápidos para 
detecção da COVID-19. De forma geral, os testes sorológicos visam detectar 
anticorpo específico produzido pelo corpo humano contra o vírus SARS-
CoV-2 ou detectar antígeno desse vírus. Para isso, os métodos sorológicos 
são desenvolvidos para detecção de anticorpos IgG e IgM ou detecção de 
antígenos específicos do vírus, alguns por ensaios imunoenzimáticos (ELISA), 
imunocromatográficos (teste rápido) e outros por imunofluorescência.3
São testes qualitativos para triagem e devem ser usados como uma 
ferramenta para auxílio no diagnóstico da doença por infecção pelo novo 
Coronavírus (COVID-19). Resultados negativos não excluem a infecção por 
SARS-CoV-2 e resultados positivos não podem ser usados como evidência 
absoluta de SARS-CoV-2. O resultado deve ser interpretado por um médico 
com auxílio dos dados clínicos e outros exames laboratoriais confirmatórios.3
O teste rápido pode ser realizado por qualquer profissional de saúde. 
O dispositivo de teste, também chamado de cassete, é um dispositivo 
pequeno que possui um local para colocação de uma solução específica 
(também chamado de tampão de corrida), um local para colocação da 
amostra sanguínea ou de plasma do paciente e uma janela para leitura que 
demonstrará o resultado do teste.4 Na figura abaixo podemos observar 
melhor o dispositivo e os seus componentes:
Figura 3. Dispositivo teste
 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. SARS-
CoV-2 antibody test: Teste Rápido 
Imunocromatográfico. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2020.
Local onde será feita a interpretação do resultado teste
Local onde será adicionada a amostra
Local onde será adicionado o tampão de corrida
Janela de leitura
Poço de amostra
Poço do tampão
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
15
Deve-se inserir primeiro uma gota da amostra sanguínea ou do plasma 
do paciente no “poço de amostra”, em seguida três gotas de solução tampão 
no “poço do tampão” (adicionar duas gotas, esperar 2 segundos e adicionar 
a terceira), depois é só aguardar de 15 a 20 min para a leitura do resultado. 
Cada kit de testes rápidos deve vir com uma solução tampão.
O princípio do teste é que a solução tampão adicionada carregue 
a amostra do paciente pela membrana do dispositivo. Os anticorpos 
da amostra, se presentes, irão se ligar a mistura de antígenos e corante 
presentes no dispositivo. Dessa forma, se o teste for realizado corretamente, 
haverá a formação de uma linha colorida na janela de leitura.
A amostra é considerada reagente (positiva) quando surgem duas 
linhas coloridas na janela de leitura: linha colorida na área de controle(C) e 
uma linha colorida na área de teste (T). Qualquer intensidade de linha deve 
ser considerada. Quando o resultado for não reagente, aparecerá somente 
uma linha colorida na área de controle (C). Dessa forma, podemos observar 
na figura o exemplo de um teste reagente (positivo para COVID-19) e um não 
reagente (negativo para COVID-19):
Figura 4. Teste rápido reagente e não reagente para 
COVID-19
 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. SARS-CoV-2 antibody 
test: Teste Rápido Imunocromatográfico. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2020.
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
16
3.4. Sequenciamento Viral
Apesar do sequenciamento genético não ser um método de 
diagnóstico, ele desempenha um papel importante na luta contra as 
epidemias emergentes e reemergentes, pois a análise dos genomas permite 
quantificar e qualificar a diversidade genética viral, reconstruindo origens 
da epidemia, estimando as taxas de transmissão, sugerindo os próximos 
surtos e fornecendo informações para o desenvolvimento de vacinas e 
novos medicamentos, além de permitir o melhoramento dos diagnósticos 
sorológicos e moleculares.3
No âmbito da Emergência em Saúde Pública de Importância 
Nacional e Internacional, deve-se avaliar se o produto possui registro na 
Anvisa, avaliar a documentação do fabricante e considerar que os dados 
podem ser insuficientes para a tomada de decisão. Portanto, esses testes, 
até o momento, não devem ser adotados para a decisão clínica, mas 
apenas para finalidade de vigilância por meio de estudos de inquéritos 
populacionais e também como auxílio diagnóstico.3
É essencial que qualquer teste passe por um processo de validação 
por meio do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da 
Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), a fim de avaliar se os parâmetros 
de qualidade do teste (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo 
e valor preditivo negativo) são úteis para alguma etapa da estratégia de 
resposta à emergência em saúde pública.3
IMPORTANTE
Para entender melhor as formas de coleta, processamento e 
acondicionamento das amostras de exames diagnósticos para COVID-19, 
você pode ler o “Guia de Vigilância Epidemiológica. Emergência de 
Saúde Pública de Importância Nacional pela Doença pelo Coronavírus 
2019: Vigilância Integrada de Síndromes Respiratórias Agudas Doença 
pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus respiratórios” que foi 
lançado pelo Ministério da Saúde em abril de 2020.3
SAIBA MAIS
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/07/GuiaDeVigiEpidemC19-v2.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/07/GuiaDeVigiEpidemC19-v2.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/07/GuiaDeVigiEpidemC19-v2.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/07/GuiaDeVigiEpidemC19-v2.pdf
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperamos que você tenha compreendido os critérios diagnósticos e a 
avaliação do quadro clínico para detectar pacientes com COVID-19. Sabemos 
que, neste momento, devido à sintomatologia muito comum a outras 
doenças, o trabalho pode parecer um pouco difícil, o que significa a maior 
necessidade de observar com mais atenção e cuidado as queixas e sinais 
presentes.
Até a próxima e bom trabalho!
 
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
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REFERÊNCIAS
[1] BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde 
(SAPS). Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção 
Primária à Saúde. Versão 9. Brasília: 2020. 
[2] BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para diagnóstico e tratamento 
da Covid-19. Versão 4. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 
[3] BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 
Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pela Doença 
pelo Coronavírus 2019: Vigilância Integrada de Síndromes Respiratórias 
Agudas Doença pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus 
respiratórios. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
[4] BRASIL. Ministério da Saúde. SARS-CoV-2 antibody test: Teste Rápido 
Imunocromatográfico. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: 
<https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/SARS-CoV-2-
antibodytest.pdf>
[5] BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim COE COVID-19. Versão 12. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.
br/images/pdf/2020/April/19/BE12-Boletim-do-COE.pdf 
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/SARS-CoV-2-antibodytest.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/SARS-CoV-2-antibodytest.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/19/BE12-Boletim-do-COE.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/19/BE12-Boletim-do-COE.pdf
Quadro Clínico e Diagnóstico da COVID-19
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Secretaria de
Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde

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