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Teste 1 - Turmas 33E e 34G Questão. Verifique se o seguinte conjunto é subespaço vetorial do espaço vetorial dado: a) U = {(x, y) ∈ R2| y = 2x} em R2 com as operações usuais; Resolução. Para checarmos que o conjunto U é subespaço vetorial de R2, basta aplicarmos o teorema do subespaço, isto é, basta checarmos três itens: i) U é um conjunto não-vazio. Geralmente checamos isto verificando se −→ 0 ∈ U ; ii) Dados dois vetoress u, v ∈ U , a adição u+ v é ainda um vetor de U ; iii) Dados um número real α e um vetor u ∈ U , a multiplicação por escalar αu ainda é um elemento de U . Do enunciado do exerćıcio, os vetores de U são pares ordenados (x, y) tais que y = 2x, então são elementos da forma (x, 2x). Por exemplo, (1, 2), (2, 4), (−3,−6), etc. Uma vez entendido quais vetores do R2 que “moram”em U . Vamos checar os itens. O item i). O vetor nulo de R2 com as operações usuais é (0, 0). Note que (0, 0) = (0, 2 ·0) é um elemento que tem a forma dos vetores de U , logo, (0, 0) ∈ U . O item ii). Sejam u, v ∈ U . Então u é da forma (x, 2x) e v da forma (z, 2z). Fazendo a soma temos: u+v = (x, 2x)+(z, 2z) = (x+z, 2x+2z) = (x+z, 2(x+z)) que é um vetor da forma dos vetores de U . Portanto u+ v ∈ U . O item iii). Seja α ∈ R e u = (x, 2x) um vetor qualquer de U . Então αu = α(x, 2x)(αx, α(2x)) = (αx, 2(αx)) que é um elemento de U . OBS 1. Nada te impede de checar os 8 axiomas e verificar que U é um espaço vetorial, porém esta é uma sáıda muito mais longa e uma vez que sabemos um pouco da teoria podemos nos poupar deste trabalho. OBS 2. O subespaço U nada mais é que a reta passando pela origem cujo vetor diretor é (1, 2). Então U é o subespaço gerado por (1, 2). Qual a dimensão de U? A resposta será 1 (porque?). 1 b) V = {[ a 1 0 b ] ; a, b ∈ R } em M2(R) com as operações usuais. Resolução. Primeiro vamos entender como são os elementos do conjunto V . São matrizes 2 por 2 onde somente duas entradas estão variando. Na posição a12 temos 1 e na posição a21 temos 0 sempre. Alguns exemplos de elementos de V são[ 2 1 0 7 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ −7 1 0 9 ] , etc. Afirmação: o conjunto V não é subespaço vetorial. De fato, basta mostrar que qualquer um dos itens não funciona. o item ii) não vale. Sejam u = [ a 1 0 b ] e v = [ c 1 0 d ] dois elementos quaisquer de V . A adição destes dois vetores é u + v = [ a+ c 2 0 b+ d ] que não é um elemento de V pois na entrada a12 temos o valor 2, mas para pertencer a V deveria ser entrada com valor 1. Como esta propriedade não funciona segue que o conjunto V não é subespaço de M2(R). Note que o item iii) também não funciona, pois α [ a 1 0 b ] = [ a α 0 b ] que não é um elemento de V quando α 6= 1. OBS. Uma outra maneira, as vezes mais rápida, de ver que V não é subespaço é o fato de que se V fosse subespaço então o vetor nulo de M2(R) que é [ 0 0 0 0 ] deveria ser elemento de V , o que não é verdade. 2
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