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VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO 2017

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Ponte FR da, Andrade AP, Mourão Netto JJ et al. Vítimas de traumatismo cranio-encefálico... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1826-34, maio., 2017 1826 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201710 
 
 
 
VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO 
EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
VICTIMS OF CRANIO-ENCEPHALIC TRAUMATISM: EPIDEMIOLOGICAL PROFILE IN A UNIT OF 
INTENSIVE THERAPY 
VÍCTIMAS DE TRAUMATISMO CRANEOENCEFÁLICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EN UNA UNIDAD DE 
TERAPIA INTENSIVA 
Francisca Ribeiro da Ponte1, Abigail de Paulo Andrade², José Jeová Mourão Netto³, Ana Karina Barbosa 
Vasconcelos4 
RESUMO 
Objetivo: conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes internados com Traumatismo Cranioencefálico. 
Método: estudo descritivo, transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado com os 
prontuários de pacientes vítimas de Traumatismo Cranioencefálico que estiveram internados na UTI da Santa 
Casa de Misericórdia. Os dados foram tabulados no Excel e processados no programa Epi Info, versão 3.5.1.; 
em seguida, discutidos com a literatura. Resultados: mostraram que a maioria são vítimas do sexo masculino 
(94%), vítimas de acidente de trânsito (74,7%), em que 41,8% evoluíram com óbito, ocasionando, assim, um 
custo muito elevado ao Estado. O tempo médio de permanência na UTI foi de 4 a 7 dias em (39,3%). Em 
relação à ocorrência de complicações, 30,1% dos pacientes foram vítimas de complicações, sendo que destas a 
mais frequente foi pneumonia, com 56%. O desfecho dos pacientes foi em 61,4% alta hospitalar. Conclusão: 
pode-se definir o perfil dos pacientes, vítimas de traumatismo cranioencefálico, e baseado nessa realidade 
investir em campanhas educativas voltadas para o trânsito. Descritores: Epidemiologia; Trauma 
Craniocerebral; Unidades de Terapia Intensiva. 
ABSTRACT 
Objective: to know the epidemiological profile of hospitalized patients with traumatic brain injury. Method: 
this is a descriptive, cross-sectional, retrospective study with a quantitative approach, carried out with the 
medical records of patients suffering from traumatic brain injury who had hospitalized in the Santa Casa de 
Misericórdia ICU. The data were tabulated in Excel and processed in the Epi Info program, version 3.5.1. 
Then, it was discussed in the literature. Results: most of them were male victims (94%), victims of traffic 
accidents (74.7%), 41.8% died, causing a very high cost to the State. As the average length of stay in the ICU 
was 4 to 7 days (39.3%). Regarding the occurrence of complications (30.1%) were victims of complications, of 
which the most frequent was pneumonia (56%). The outcome of the patients was (61.4%) hospital discharge. 
Conclusion: it is possible to define the profile of traumatic brain injury patients and based on this reality, to 
invest in educational campaigns aimed at traffic. Descriptors: Epidemiology; Craniocerebral Trauma; 
Intensive Care Units. 
RESUMEN 
Objetivo: conocer el perfil epidemiológico de los pacientes internados con Traumatismo Cráneo Encefálico. 
Método: estudio descriptivo, transversal, retrospectivo, con enfoque cuantitativo, realizado con los 
prontuarios de pacientes víctimas de Traumatismo Craneoencefálico que estuvieron internados en la UTI de 
Santa Casa de Misericórdia. Los datos fueron tabulados en Excel y procesados en el programa Epi Info, versión 
3.5.1., en seguida, discutidos con la literatura. Resultados: mostraron que la mayoría son víctimas del sexo 
masculino (94%), víctimas de accidente de tránsito (74,7%), de donde de este 41,8% fueron óbito, ocasionando 
un costo muy elevado al Estado. Como tiempo medio de permanencia en la UTI fue de 4 a 7 días (39,3%). En 
relación a la ocurrencia de complicaciones (30,1%) de los pacientes fueron víctimas de complicaciones, siendo 
que de estos las más frecuentes fue neumonía con (56%,). El desfecho de los pacientes fue en (61,4%) alta 
hospitalaria. Conclusión: se puede definir el perfil de los pacientes víctimas de traumatismo cráneo 
encefálico y basado en esa realidad invertir en campañas educativas dirigidas para el tránsito. Descriptores: 
Epidemiología; Traumatismos Craneocerebrales; Unidades de Cuidados Intensivos. 
1Enfermeira, UTI da Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Sobral (CE), Brasil. E-mail: kynhapont@hotmail.com; 2Coordenadora da Turma 
de Sobral da Especialização em Terapia Intensiva para Fisioterapeutas e Enfermeiros da ESP-CE. Sobral (CE), Brasil. E-mail: abigail-p-
a@hotmail.com; 3Enfermeiro, Mestre em Saúde da Família, Emergência do Hospital Regional Norte de Sobral. Sobral (CE), Brasil. E-mail: 
jeovamourao@yahoo.com.br; 4Enfermeira, Mestre em Saúde da Família. Sobral (CE), Brasil. E-mail: akalves@yahoo.com.br. 
 
 
 
ARTIGO ORIGINAL 
mailto:Kynhapont@hotmail.com
mailto:abigail-p-a@hotmail.com
mailto:abigail-p-a@hotmail.com
mailto:jeovamourao@yahoo.com.br
mailto:akalves@yahoo.com.br
Ponte FR da, Andrade AP, Mourão Netto JJ et al. Vítimas de traumatismo cranio-encefálico... 
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Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1826-34, maio., 2017 1827 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201710 
 
O trauma é considerado um sério problema 
de saúde pública por afetar pessoas que 
estejam na faixa etária de vida produtiva, 
contribuindo também para o aumento da 
morbimortalidade no Brasil.¹ É a principal 
causa de morte em pessoas entre 1 e 44 anos. 
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é o 
principal determinante de morbidade, 
incapacidade e mortalidade dentro desse 
grupo. O TCE grave está associado a uma taxa 
de mortalidade de 30% a 70%, e a recuperação 
dos sobreviventes é marcada por sequelas 
neurológicas graves e por uma qualidade de 
vida muito prejudicada.² 
O traumatismo cranioencefálico é 
conceituado como uma lesão do crânio ou do 
cérebro que é suficientemente grave para 
interferir no funcionamento normal. Ressalta-
se que esse trauma representa risco de morte 
ou resulta em disfunção física e psicológica 
para o paciente, alterando não só a sua vida, 
como a dos familiares, do sistema de saúde, 
bem como de toda a sociedade.3 
A incidência geral do traumatismo 
cranioencefálico nos Estados Unidos foi 
estimado em 538,2 por habitantes ou cerca de 
100.000 habitantes de casos novos em 2003, 
taxas um pouco menores são relatadas na 
Europa (253 por 100 mil) e Austrália (322 por 
100.000).¹ 
O TCE representa a doença mais tratada 
pelos neurocirurgiões e a maior causa de 
internamentos em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI). É o problema agravado pelo 
fato de atingir, na sua maioria, indivíduos 
jovens, em idade produtiva, levando a custos 
elevados para toda a sociedade. O TCE é 
considerado uma das catástrofes mais 
devastadoras e letais da humanidade, sendo a 
incidência mais elevada na faixa etária de 15 
a 24 anos, e ocorre duas vezes mais em 
homens que em mulheres.4 
 Entre as lesões decorrentes de causas 
externas, o traumatismo cranioencefálico 
(TCE) é frequente, em sua maioria é causado 
pelos acidentes automobilísticos, 
atropelamento, acidentes ciclísticos, 
agressões físicas, quedas, lesões por arma de 
fogo, entre outras causas menos frequentes.5 
Atualmente, pacientes com TCE grave 
estão sendo tratados em UTI devido aos 
recursos humanos e tecnológicos encontrados 
nesse setor, sendo importante ressaltar que as 
doenças neurológicas têm seu processo de 
recuperação lento, requer uma internação 
prolongada e sujeita a complicações.3,5, 
No Brasil, os gastos do SUS decorrentes de 
internação com pacientes vítimas de TCE, no 
período de 2001 a 2005, foram de 
aproximadamente R$ 58 milhões na região 
Sudeste, R$ 22 milhões no Nordeste, R$ 10 
milhões no Centro-Oeste, R$ 12 milhões na 
região Sul e R$ 2 milhões na região Norte.² 
A vivência comoprofissional em uma 
Unidade de Terapia Intensiva mostra que 
existe um número elevado de pessoas 
internadas com Traumatismo 
Cranioencefálico, tendo uma representação 
significativa de pacientes jovens, que estão 
em fase produtiva da vida, passando por um 
longo período nesse serviço, apresentando 
complicações advindas do trauma, como 
também toda a dinâmica familiar é 
comprometida. 
Levando em consideração também de ser 
um problema de saúde pública, em que se 
conhecendo o perfil dessas vítimas possa se 
trabalhar políticas públicas de saúde que 
visem prevenir as ocorrências e o impacto 
econômico que isso gera para o Estado através 
dos elevados custos ao Sistema Único de 
Saúde (SUS) e ao sistema previdenciário. 
Diante do interesse pelos fatos expostos, 
foi realizado um estudo que objetiva 
identificar o perfil epidemiológico dos 
pacientes internados com Traumatismo 
Cranioencefálico em Unidade de Terapia 
Intensiva. 
 
Estudo descritivo retrospectivo, 
transversal, com abordagem quantitativa. O 
uso dessa abordagem é indicado em 
procedimentos descritivos, nos quais o 
objetivo é descobrir e classificar a relação 
entre variáveis, como nos casos em que se 
quer determinar relações de causalidade 
entre fenômenos.6 
A pesquisa foi realizada na Santa Casa de 
Misericórdia de Sobral no Ceará (SCMS), um 
hospital de ensino pertencente à Irmandade 
da Santa Casa de Misericórdia, tido como uma 
entidade sem fins lucrativos, beneficente e 
filantrópica. 
Sobral, em sua abrangência demográfica, 
cobre a demanda de 75 municípios, com cerca 
de 1.750.000 habitantes, sendo um Centro de 
Referência em trauma para toda a região do 
estado7 e que altamente conta com nove 
leitos de UTI destinados a pessoas adultas. 
Foram utilizados como critérios de inclusão 
ter confirmado o diagnóstico de TCE e ter sido 
internado na Unidade de Terapia do Serviço 
no período de julho de 2013 a junho de 2014. 
Os critérios de exclusão foram os prontuários 
INTRODUÇÃO 
MÉTODO 
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que estiverem incompletos, bem como os que 
se submeteram a um novo procedimento 
cirúrgico em que foi aberto um novo 
prontuário, não sendo possível localizar, uma 
vez que a matrícula que estava disponível no 
livro de admissão era a que estava registrada 
no prontuário inicial. 
Foram encontrados 104 prontuários. 
Destes, 21 foram excluídos por não atenderem 
aos critérios de inclusão. 
A coleta de dados foi norteada por um 
roteiro estruturado, construído com base nas 
informações disponíveis no prontuário do 
hospital. Foram utilizadas as seguintes 
variáveis no estudo: idade, sexo, procedência, 
escolaridade, renda familiar, estado civil, 
tempo de internação, uso de álcool, tipo de 
acidente, causa e tipo do TCE, uso de 
ventilação mecânica, tempo de ventilação, 
complicações ocasionadas, tempo de 
internação na UTI, desfecho do caso, custos 
com a internação. 
Os dados foram tabulados no Excel e 
processados no programa Epi Info, versão 
3.5.1., sendo discutidos de acordo com a 
literatura. 
Dado que os sujeitos da pesquisa são seres 
humanos, obedeceu-se ao previsto na 
Resolução 466/12, da Comissão Nacional de 
Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de 
Saúde, do Ministério da Saúde8. 
O projeto foi encaminhado para o 
Departamento de Ensino e Pesquisa da Santa 
Casa de Misericórdia de Sobral; após sua 
autorização, foi cadastrado na plataforma 
Brasil, com subsequente avaliação e 
aprovação pelo do Comitê de Ética da Escola 
de Saúde Pública do Ceará, com liberação do 
Parecer Aprovado n° 946.443, de 5 de 
fevereiro de 2015. 
 
No período foram internadas 388 pessoas 
na UTI adulta da Santa Casa de Misericórdia, 
sendo 83 com diagnóstico de Traumatismo 
Cranioencefálico, mostrando, assim, uma 
incidência de 26,8% dessa causa de 
internação. 
Contatou-se que 94% dos pacientes são do 
sexo masculino. A faixa etária até 29 anos de 
idade se destacou com 48,2%. Em relação à 
Regional de Saúde, a maioria pertence à de 
Tianguá, com 36,1%; em seguida, veio a de 
Sobral com 31,3%. Quanto ao local em que 
moravam, 57,8% residem na zona urbana 
(Tabela 01). 
Quanto à causa do trauma, os três 
principais motivos foram 63,9% acidente de 
motocicleta, 10,8% acidente de carro, seguido 
de 13,3% que foram vítimas de queda. 
Dividindo por motivo de lesão, verificou-se 
que 80,7% dos pacientes foram vítimas de 
acidente de trânsito, 13,3% de queda e 6% de 
violência (Tabela 01). 
A utilização ou não de capacete pelas 
vítimas de acidente de motocicleta só foi 
registrada em 26,4% (14) dos prontuários. 
Desses pacientes, apenas um estava utilizando 
o equipamento de segurança. Quanto à 
presença de uso de álcool, 32,1% (17) dos 
prontuários registraram informação sobre o 
assunto, em que 70,6% (12) apresentavam 
sinais de embriaguez. 
Em relação à classificação do TCE, através 
da Escala de Coma de Glasgow no momento 
de admissão, quase metade, 48,2%, foi grave, 
pois apresentou 8 a 3 pontos nessa escala. 
Referente ao tratamento realizado, 51,8% 
receberam um tratamento conservador e para 
48,2% o tratamento foi cirúrgico (Tabela 1). 
Variáveis como cor, escolaridade e renda 
familiar foram excluídas da pesquisa por não 
haver registro nos prontuários; em relação à 
presença de capacete e uso de álcool, poucos 
prontuários continham essas informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS 
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Tabela 1. Distribuição do número de pacientes segundo 
faixa etária, sexo, Ceres, zona, causas do trauma, 
classificação do TCE, tipo de tratamento realizado. Sobral 
(CE), Brasil, 2014. 
Variáveis n % 
Faixa etária 
Menor de 18 anos 
18 a 19 anos 
20 a 29 anos 
30 a 39 anos 
40 a 49 anos 
50 a59 anos 
Mais de 60 anos 
Sexo 
Masculino 
Feminino 
Ceres 
Fortaleza 
Sobral 
Acaraú 
Tianguá 
Camocim 
Crateús 
Outro estado 
Zona 
Urbana 
Rural 
Causas do trauma 
Acidente de carro 
Acidente de moto 
Acidente de bicicleta 
Atropelamento 
Ferimento com arma de fogo 
Queda 
Espancamento 
Classificação do TCE 
 
12 
5 
23 
20 
12 
6 
5 
 
78 
5 
 
1 
26 
9 
30 
1 
15 
1 
 
48 
35 
 
9 
53 
2 
3 
3 
11 
2 
 
14,5% 
6,0% 
27,7% 
24,1% 
4,5% 
7,2% 
6,0% 
 
94% 
6,0% 
 
1,2% 
31,3% 
10,8% 
36,1% 
1,2% 
18,1% 
1,2% 
 
57,8% 
42,2% 
 
10,8% 
63,9% 
2,4% 
3,6% 
3,6% 
13,3% 
2,4% 
 
Leve 
Moderado 
Grave 
Sem Informação 
Tipo de tratamento 
Conservador 
Cirúrgico 
6 
21 
40 
16 
 
43 
40 
7,2% 
25,3% 
48,2% 
19,3% 
 
51,8% 
48,2% 
 
Quanto ao tempo de permanência no bloco 
da emergência aguardando vaga na UTI, 80,7% 
ficaram de 1 a 3 dias, somente para 2,4% 
foram mais de 7 dias. Na UTI, o tempo de 
permanência na distribuição foi mais 
homogêneo: 7,2% menos de 24 horas; 27,2% de 
1 a 3 dias; 32,5% de 4 a 7 dias; 32,5% mais de 
7 dias (Tabela 2). 
Dos pacientes que participaram da 
pesquisa, 92,8% fizeram, uso de ventilação 
mecânica, com um tempo de permanência de 
1 a 3 dias em 16,9%, de 4 a 7 dias em 39,3% e 
com mais de 7 dias em 36,1% dos pesquisados 
(Tabela 2). 
Com relação à ocorrência de complicações, 
30,1% dos pacientes foram vítimas de 
complicações, sendo que destas as mais 
frequentes foram pneumonia, com 56%, sepse 
(37%) e insuficiência renal aguda, com 12%. O 
desfecho dos pacientes em 61,4% foi alta 
hospitalar e 38,6% óbito (Tabela 2). 
Quanto ao custo dos pacientespor 
internação, para 12% dos pacientes 
pesquisados foi gasto até 5 mil reais, 29% um 
valor de 5 a 10 mil reais, 34,9% de 10 a 15 mil 
reais, para 20,5% foi gasto mais de 15 mil 
reais e em 6% dos prontuários analisados não 
tinha essa informação (Tabela 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 2. Distribuição do número de pacientes quanto ao uso de ventilação 
mecânica e ao tempo de permanência em ventilação mecânica, ocorrência 
de complicação, principais complicações, desfecho do caso, custo das 
internações na UTI. Sobral (CE), Brasil (2014) 
Variáveis n % 
Fez uso de ventilação 
mecânica 
Sim 
Não 
Tempo de permanência em 
ventilação mecânica 
0 dias 
1 a 3 dias 
4 a 7 dias 
Mais de 7 dias 
Tempo de permanência na UTI 
Menos de 24h 
1 a 3 dias 
4 a 7 dias 
Mais de 7 dias 
Ocorrência de Complicações 
Sim 
Não 
Complicações ocorridas 
Pneumonia 
Sepse 
IRA 
Desfecho do caso 
Alta 
Óbito 
Custos das Internações 
Até 5 mil 
De 5 a 10 mil 
De 10 a 15 mil 
Mais de 15 mil 
Sem Informação 
 
 
 
77 
6 
 
 
6 
14 
33 
30 
 
 
6 
23 
27 
27 
 
25 
58 
 
14 
8 
3 
 
51 
32 
 
10 
29 
22 
17 
5 
 
 
92,8% 
7,2% 
 
 
7,2% 
16,9% 
39,8% 
36,1% 
 
 
7,2% 
27,7% 
32,5% 
32,5% 
 
30,1% 
69,9% 
 
56% 
37% 
12% 
 
61,4% 
38,6% 
 
12% 
29% 
34,9% 
20,5% 
6% 
 
Ao relacionar a idade das vítimas e a causa 
do TCE, percebeu-se que em todas as faixas 
etárias a maior proporção é em acidentes de 
trânsito. As violências são predominantes na 
faixa etária de 20 a 29 anos de idade. Todas 
as internações na faixa etária de 30 a 39 anos 
foram em decorrência de acidentes de 
trânsito, como também nos casos de idade 
superior a 60 anos (Tabela 3). 
 
Tabela 3. Distribuição quanto à faixa etária x o tipo de trauma em pacientes internados na 
UTI. Sobral (CE), Brasil (2014) 
Faixa de idade Ac. de trânsito Violência Queda Total 
< 18 anos 
Linha % 
Col % 
8 
66,7 
11,9 
0 
0,0 
0,0 
4 
33,3 
36,4 
12 
100,0 
14,5 
18 a 19 
Linha % 
Col % 
4 
80,0 
6,0 
1 
20,0 
20,0 
0 
0,0 
0,0 
5 
100,0 
6,0 
20 a 29 
Linha % 
Col % 
17 
73,9 
25,4 
3 
13,0 
60,0 
3 
13,0 
27,3 
23 
100,0 
27,7 
30 a 39 
Linha % 
Col % 
20 
100,0 
29,9 
0 
0,0 
0,0 
0 
0,0 
0,0 
20 
100,0 
24,1 
40 a 49 
Linha % 
Col % 
9 
75,0 
13,4 
0 
0,0 
0,0 
3 
25,0 
7,3 
12 
100,0 
14,5 
50 a 59 
Linha % 
Col % 
4 
66,7 
6,0 
1 
16,7 
20,0 
1 
16,7 
9,1 
6 
100,0 
7,2 
≥60 anos 
Linha % 
Col % 
5 
100,0 
7,5 
0 
0,0 
0,0 
0 
0,0 
0,0 
5 
100,0 
6,0 
TOTAL 
Linha % 
Col % 
67 
80,7 
100,0 
5 
6,0 
100,0 
11 
13,3 
100,0 
83 
100,0 
100,0 
 
No cruzamento do Glasgow com a causa do 
TCE foi verificado que 53,7% dos pacientes 
internados, vítimas de acidente de trânsito, 
tiveram Glasgow < 8, mostrando a gravidade 
dos acidentes de trânsitos. Apenas 6% dos 
acidentes de trânsito foram considerados TCE 
leve e que posteriormente evoluíram com 
complicações neurológicas. As quedas (45,5%) 
no momento da admissão foram classificadas 
como TCE moderado. 
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Dos pacientes internados, vítimas de 
violência, 60% deles ficaram entre 7 a 14 dias 
na UTI, mostrando a gravidade da agressão. 
Dos pacientes internados, 41,8% dos que 
foram vítimas de acidente de trânsito tiveram 
como desfecho óbito, mostrando, desse modo, 
a gravidade da agressão; quando as causas 
foram quedas e violência, 72,7% e 80,0%, 
respectivamente, evoluíram com alta 
hospitalar, mostrando um resultado mais 
satisfatório. 
 
Foi evidenciado nesta pesquisa o quanto o 
traumatismo cranioencefálico atinge a 
população na faixa etária de adulto jovem, 
uma vez que 51,8% estavam entre 20 e 39 
anos, pessoas que estão em um período de 
vida ativo. Corroborando com o estudo, uma 
pesquisa realizada em Teresina mostrou uma 
prevalência no número de traumatismo 
cranioencefálico na faixa de 21 a 40 anos, 
aproximadamente 50% dos internados por 
TCE.9 
O trauma é a principal causa de óbito nas 
primeiras 4 décadas de vida e representa um 
enorme e crescente desafio ao país em termos 
sociais e econômicos2. 
Quanto à variável sexo, ocorreu uma 
predominância significativa do sexo 
masculino, 94%, podendo se relacionar ao 
estilo de vida em que se expõe mais aos 
fatores de riscos para os traumas, agindo com 
mais imprudência. 
Em pesquisas semelhantes realizadas, os 
dados mostram que os homens são 
comprometidos com traumatismo 
cranioencefálico duas ou três vezes mais 
frequentes que as mulheres. 2 
Um número expressivo de pacientes é 
procedente da CERES Tianguá, localizado na 
Serra da Ibiapaba, podendo estar relacionado 
com a pouca fiscalização existente, como 
também ao fato de ser uma região que 
apresenta estradas perigosas. Seguida da 
região de Sobral, a zona urbana foi a de maior 
prevalência de pessoas vítimas de TCE por 
serem locais de maior número de habitantes, 
com maior número de veículos e a região mais 
próxima do hospital de estudo. 
Em virtude da grande quantidade de 
pessoas residentes na cidade, existe, 
consequentemente, um elevado número de 
veículos circulantes, o que permite concluir 
que se tem mais exposição aos fatores de 
risco para os acidentes 10 
Nesse levantamento, a principal causa dos 
traumas foram os acidentes de moto, 63,9%, e 
em terceiro os acidentes com automóveis, 
10,8%. Portanto, os acidentes de trânsito se 
constituem um sério problema de saúde 
pública, em que muitos dos motociclistas não 
fazem uso de capacetes e dirigem 
alcoolizados, potencializando, dessa forma, os 
riscos para os acidentes. Enfatiza-se também 
o fato de que no interior existe um grande 
número de motos circulando pelas cidades, 
em decorrência de ser um transporte barato e 
rápido e também pelo fato de não existir uma 
fiscalização eficaz. Um dado importante é que 
41,8% dos pacientes internados, vítimas de 
acidente de trânsito, tiveram como desfecho 
óbito, mostrando a gravidade da agressão. 
Uma pesquisa já realizada9 mostra que os 
acidentes de trânsito foram os principais 
causadores do TCE, destacando-se em 
particular os acidentes de moto, que se 
sobressaem em termos de quantidade, 
independente da gravidade do TCE, ocupando 
sempre o primeiro lugar. 
O número de acidentes motociclísticos 
ainda é bastante elevado e um fato que ainda 
chama atenção é que a maioria das vítimas 
não faz a utilização de equipamentos de 
proteção exigidos, como o capacete. Existem 
algumas características referentes a essa 
população, tais como imaturidade e 
sentimentos de onipotência, que podem ser 
exacerbados pelo uso de álcool e drogas 
associado à direção, assim como pelo excesso 
de velocidade, manobras imprudentes e o não 
uso dos equipamentos de segurança. 2 
Em outro estudo realizado também em 
Sobral foi observado o aumento crescente de 
acidentes envolvendo motocicletas. Foi 
notável também o número de acidentes 
envolvendo irregularidades, por exemplo, o 
não uso de equipamentos de segurança, como 
o capacete, e a ingestão de bebida alcoólica. 
11 
A escala de coma de Glasgow é uma 
variável utilizada para a avaliar a gravidade 
do trauma, na qual os valores são de 0 a 15, 
sendo identificado um número importante de 
pacientes em que não houve esse registro no 
prontuário, enquanto que dos registrados a 
maioria apresentou TCE grave, 48,2%. 
Corroborando com esses dados, tem-se uma 
pesquisa em que 40,8% dosTCE são 
considerados graves, conforme escores da 
Escala de Coma de Glasgow, após admissão do 
paciente no serviço de emergência. 12 
A letalidade do TCE se relaciona com a 
pontuação inicial na ECG, quanto menor a 
pontuação, maior a probabilidade da 
ocorrência do óbito, o que foi observado nesta 
pesquisa: taxas maiores de óbitos para os 
pacientes com diagnóstico de TCE grave.9. 
DISCUSSÃO 
Ponte FR da, Andrade AP, Mourão Netto JJ et al. Vítimas de traumatismo cranio-encefálico... 
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A conduta indicada no tratamento mostrou 
que 48,2% foram cirúrgicos, o que ressalta a 
gravidade dos traumas, como também a 
elevação de custo com o tratamento cirúrgico, 
uma vez que os gastos da neurocirurgia são 
bastante elevados. 
Uma pesquisa realizada no mesmo serviço 
mostrou que 45,7% dos pacientes foram 
submetidos à intervenção neurocirúrgica, o 
que classifica o TCE como urgência 
neurocirúrgica muito frequente no nosso dia a 
dia. A partir desses dados, é notória que a 
superioridade dos tratamentos cirúrgicos pesa 
no orçamento da saúde pública, pois a 
recuperação de tais pacientes é mais 
demorada, necessitando de cuidados mais 
intensivos e acompanhamento especializado. 9 
Em relação ao tempo de permanência no 
bloco emergência, 2,4% ficaram mais de 7 
dias, sendo importante destacar que nesse 
setor existe os leitos destinados aos pacientes 
graves, que se encontram em ventilação 
mecânica, e que muitos dos pacientes 
pesquisados estavam na emergência em um 
leito com condições similares ao de uma UTI, 
por um período prolongado, aguardando 
transferência para UTI. 
Os pacientes que necessitam de um leito de 
UTI são pacientes graves e que maioria 
necessita de ventilação mecânica, e em 
particular nesta pesquisa, a grande maioria 
(92,8%) necessitou de ventilação, sendo que 
ao chegar no serviço já eram pacientes 
identificados como TCE grave, enquanto que 
outros, após procedimentos cirúrgicos ou 
decorrência da instabilidade apresentadas, 
evoluíram para ventilação mecânica. 
A maioria dos pacientes neurológicos que 
se encontram em leitos de UTI necessita da 
ventilação mecânica, no entanto quanto mais 
precoce possível for realizado o desmame da 
ventilação mecânica, menos complicações o 
paciente terá. Neste estudo, uma parcela de 
36,1% permaneceu mais de 7 dias em 
ventilação mecânica, estando em acordo com 
estudos similares realizados. Como mostram3 
estudos com pacientes vítimas de TCE, o 
tempo médio no qual os pacientes 
permaneceram sob ventilação mecânica foi de 
8,45 dias. Uma outra pesquisa feita em UTI 
geral mostra que 75 (35,7%) tiveram 
ventilação ≥ 7 dias. A média de dias foi de 
9,3±14,3 dias.13. 
Pacientes com TCE grave (ECG < 8) exigem 
intubação e ventilação mecânica para manter 
a PO2 arterial acima de 80 mmHg e a PCO2 
arterial em torno de 34 a 38 mmHg.3 Um 
tempo de internação longo está relacionado à 
chance de o paciente apresentar maiores 
intercorrências. Nesta pesquisa, a prevalência 
foi de pacientes com um tempo maior do que 
7 dias, relacionando-se com o período de 
ventilação mecânica devido à gravidade do 
trauma; já esses pacientes que permaneceram 
menos de 24 horas se relaciona com os óbitos. 
Um estudo realizado 13 revela que o tempo 
médio de permanência do paciente nas UTIs 
brasileiras, relatado pelo 2º Censo Brasileiro 
de UTI, é de um a seis dias, e em uma revisão 
sistemática de literatura a média ficou de 
5,3±2,6 dias de internação em UTIs 
internacionais. Entretanto, com o 
aperfeiçoamento continuado de novas 
tecnologias, o paciente gravemente enfermo é 
mantido por um período prolongado nessas 
unidades, mesmo quando a morte é 
inevitável. Devendo se destacar que são 
estudos realizados em uma população mista, e 
essa pesquisa se direcionou aos TCE, patologia 
que exige um período prolongado de 
estabilização. 
Os períodos de internações longos têm um 
impacto alto para o sistema de saúde: 
impedem a ocupação de leitos por novos 
pacientes e congestionam o pronto 
atendimento, entre outras dificuldades. 14 
Nos pacientes que ficam hospitalizados na 
UTI costumam surgir complicações clínicas, e 
estudo realizado1 mostra as intercorrências 
mais comuns encontradas, como, em primeiro 
lugar, está a pneumonia, seguida das sepses e 
de insuficiência renal aguda. 
A letalidade de pacientes vítimas de TCE é 
considerada alta se for comparada a outras 
patologias e até mesmo com os outros 
traumas, em que 38,6% dos pacientes com TCE 
da pesquisa vieram a óbito. Corroborando com 
os nossos achados, uma pesquisa realizada15 
mostrou que a taxa de mortalidade global foi 
elevada (40%). 
Os custos que um paciente vítima de TCE 
causa aos cofres públicos são muito elevados, 
isso por vários motivos, tais como necessidade 
de ocupar um leito de UTI, um serviço de alta 
tecnologia e que dispõe de uma equipe 
multidisciplinar, um tempo de permanência 
alto, por existir em muitos casos a 
necessidade de uma intervenção cirúrgica, por 
intercorrências clínicas surgidas e por ser uma 
pessoa que permanecerá muito tempo 
improdutiva, em que 34,9% dos pacientes 
internados tiveram gastos com o tratamento 
no valor de 10 a 15 mil reais. 
É colocado que o TCE se configura como o 
quinto maior custo dentre os traumatismos, 
sendo menor que traumatismo múltiplo, de 
quadril, abdômen e membro superior, no 
entanto o impacto dos TCE é grande devido à 
alta prevalência. Em 2012, o valor total 
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despendido pelo SUS para atendimento de 
causas externas foi maior que 1 bilhão de 
reais em 998.994 internações e em valor 
médio da internação de R$ 1.079,60, média de 
permanência de 5,3 dias e taxa de 
mortalidade de 2,48%9. 
 
A maioria dos pacientes acometidos com 
TCE foi do sexo masculino, com faixa etária 
de maior predominância, 18 aos 29 anos, 
residentes na zona urbana, sendo a causa do 
trauma os acidentes de trânsito, com 
destaque os de motocicleta, e que durante 
admissão se configurava como um TCE grave. 
Uma parcela importante se submeteu à 
neurocirurgia, necessitando de ventilação 
mecânica. Os pacientes, vítimas de acidentes 
de trânsito, apresentaram taxa de 
mortalidade elevada. 
Pelo perfil identificado, constatou-se que 
os TCE são um sério problema de saúde 
pública, atingindo pessoas produtivas, 
comprometendo seriamente a qualidade de 
vida e diminuindo a sobrevida. Assim sendo, é 
necessário intensificar as campanhas 
educativas sobre o trânsito, como também a 
fiscalização, principalmente em regiões em 
que os acidentes de trânsito foram mais 
comuns, além de que devem ser asseguradas a 
todos os cidadãos vias públicas de qualidade. 
Uma limitação da pesquisa foi que variáveis 
como escolaridade e renda familiar não 
constavam nos prontuários; a cor e o estado 
civil eram preenchidos como pardos e 
solteiros, gerando uma incerteza na 
legitimidade da informação, além de que 
dados importantes sobre o paciente, como 
escala de coma de Glasgow, uso do capacete 
no momento do acidente e presença de 
álcool, não constavam em muitos prontuários, 
fazendo-se necessário questionar o porquê de 
informações importantes a respeito do 
paciente não serem registradas. 
Enfatiza-se a importância na prática 
profissional de registrar qualquer informação 
e procedimento realizado com o paciente, 
uma vez que isso facilita a realização de 
pesquisa, direciona a assistênciaprestada, 
como também caso a vítima venha a 
necessitar dessa documentação ela tenha 
acesso. 
 
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Submissão: 18/06/2015 
Aceito: 25/02/2017 
Publicado: 01/05/2017 
Correspondência 
Francisca Ribeiro da Ponte 
Rua Augusto Rocha, 228 
Bairro Centro 
CEP: 62184-000  Cariré (CE), Brasil 
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/893
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/253/226
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/253/226
http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n3/v25n3a08.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n3/v25n3a08.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbti/v22n3/06.pdf
http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/2573/1985
http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/2573/1985

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