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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
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Andar com fé eu vou, a fé não costuma falhar! 
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AULA 5 – MARCO REGULATÓRIO DO TERCEIRO 
SETOR 
 
• São normas gerais para parcerias entre Administração Pública e organizações da 
sociedade civil (OSC), em regime de mútua cooperação, para a consecução de 
finalidades de interesse público recíproco; 
• Aplica-se à União, aos Estados/DF, Municípios, autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço 
público, bem como a subsidiárias que recebam recursos para o pagamento de 
despesas de pessoal ou custeio em geral; 
• Organizações da sociedade civil (OSC): 
o entidade privada sem fins lucrativos 
o cooperativas 
o organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público 
e cunho social; 
• O marco regulatório do 3º setor NÃO SE APLICA: 
o Contratos de gestão celebrados com OS (organização social); 
o Termos de parceria celebrados com OSC (organizações da sociedade 
civil); 
o Parcerias com os Serviços Sociais Autônomos; 
• É VEDADA A PARCERIA se o objeto envolver direta ou indiretamente: 
o regulação 
o fiscalização 
o poder de polícia 
o outras atividades exclusivas de Estado; 
• Não se aplicam as normas da Lei de Licitações às parcerias, mas os convênios 
devem seguir o art. 116 da L 8666; 
• A partir da vigência da L 13019 (23/01/16), a AP só pode firmar relações de 
parceria nos termos dessa lei. Os convênios ficam restritos para a participação 
de entidades filantrópicas sem fins lucrativos no SUS (art. 199, §1º, CF); 
• Instrumentos da formalização da parceria: 
o Termo de colaboração: 
▪ Transferência de recursos; 
▪ Iniciativa da Administração Pública; 
o Termo de fomento: 
▪ Transferência de recursos; 
▪ Iniciativa da OSC; 
o Acordo de cooperação: sem transferência de recursos; 
• Requisitos para celebrar termo de colaboração e de fomento: 
o Chamamento público; 
o Dotação orçamentária; 
o Pertinência dos objetivos e capacidade da OSC; 
o Plano de trabalho (SEMPRE); 
o Parecer de órgão técnico da Administração Pública; 
o Parecer jurídico; 
o Possível exigir contrapartida em bens e serviços (mas não financeira); 
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• Requisitos inerentes às OSC: 
o Finalidade de relevância pública e social; 
Obs: para o acordo de cooperação, essa é a única exigência. 
o Transferência do patrimônio a pessoa jurídica de igual natureza em caso 
de dissolução; 
Obs: as organizações religiosas são dispensadas desse requisito e do 
anterior. 
o Escrituração regular; 
o Prazo de existência: 
▪ 1 ano = Município; 
▪ 2 anos = estados ou DF; 
▪ 3 anos = União 
o Experiência prévia; 
o Instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional 
o Impedimentos: 
▪ OSC que não tenha constituição regular; 
▪ Omissão no dever de prestar contas; 
▪ Dirigente seja membro de Poder, do MP, ou dirigente de órgão ou 
entidade da Administração Pública (AP) da mesma esfera da 
federação, bem como cônjuges e parentes até segundo grau 
(inclusive afinidade); 
▪ Contas rejeitadas pela AP nos últimos 5 anos, exceto se: 1) 
irregularidade sanada e débitos quitados; 2) decisão revista; 3) 
decisão com recurso suspensivo; 
▪ Esteja suspensa de participar em licitação/contratar com a AP ou 
declarada inidônea; 
▪ Suspensa na participação de chamamento/parceria com esfera de 
governo por até 2 anos; 
▪ Declarada inidônea para participar de chamamento ou celebrar 
parceria com todas as esferas de governo; 
▪ Dirigente: 
• Contas de parcerias julgadas irregulares ou rejeitadas por 
tribunal de contas nos últimos 8 anos; 
• Responsável por falta grave e inabilitado para exercer cargos 
em comissão ou função de confiança; 
• Condenado por ato de improbidade, enquanto durarem os 
prazos da Lei 8429; 
Enquanto persistir o impedimento fica vedada a 
transferência de novos recursos nas parcerias em 
execução. 
O impedimento persiste até ressarcimento ao erário. 
• Atuação em rede: 
o Duas ou mais OSC podem atuar em conjunto na execução de um termo 
de fomento ou termo de colaboração; 
o A OSC celebrante fica integralmente responsável, e deve possuir: 
▪ Mais de 5 anos de CNPJ; 
▪ Capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar; 
o Termo de atuação em rede autoriza o repasse de recursos; 
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o Dever de comunicar à AP em até 60 dias sobre a assinatura; 
• Procedimento de manifestação de interesse social: 
o Instrumento por meio do qual podem ser apresentadas propostas ao 
poder público instando-o a realizar chamamento público; 
o Não implica obrigatoriamente no chamamento, tampouco o dispensa; 
• Chamamento público: 
o Procedimento para selecionar a OSC que firmará termo de parceria 
(colaboração ou fomento); 
o É dispensado quando os recursos forem decorrentes de emendas 
parlamentares à LOA; 
o Também não é necessário para o acordo de cooperação, exceto se 
envolver comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento 
de recursos; 
o Deve garantir o caráter competitivo; 
o Dispensa: 
▪ Urgência decorrente da paralisação de atividades de relevante 
interesse público – até 180 dias; 
▪ Guerra, calamidade, grave perturbação da ordem ou ameaça à 
paz social; 
▪ Programa de proteção a pessoas ameaçadas; 
▪ Serviços de educação, saúde e assistência social executados por 
OSC credenciadas; 
o Inexigibilidade: 
▪ Competição inviável em razão da singularidade do objeto; 
▪ Metas só puderem ser atingidas por uma OSC; 
• Recursos: 
o OSC é exclusivamente responsável pelos encargos decorrentes da 
execução do objeto; 
o Não há responsabilidade solidária ou subsidiária da AP; 
o Não pode utilizar recursos para finalidades alheias; 
o Não pode pagar servidor ou empregado público (mas pode pagar a equipe 
da OSC); 
• Fiscalização: 
o Comissão de monitoramento e avaliação; 
o Conselhos de políticas públicas; 
• Inexecução por culpa exclusiva da OSC no caso de serviços essenciais autoriza a 
AP a: 
o Retomar os bens públicos; 
o Executar o restante do objeto; 
• Prestação de contas 
o No término da vigência da parceria, em até 90 dias; 
o Se a parceria exceder um ano, deve ocorrer ao término de cada exercício; 
o Prazo para sanar irregularidades (45 dias + 45 dias); 
o Não sanadas, a autoridade administrativa deve apurar os fatos, sob pena 
de responsabilidade SOLIDÁRIA; 
• Avaliação das contas: 
o Regulares; 
o Regulares com ressalva (falta formal que não ocasione dano ao erário); 
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• Irregulares: 
o Omissão na prestação; 
o Descumprimento dos objetivos; 
o Dano ao erário por gestão ilegítima; 
o Desvio de recursos públicos; 
*A OSC pode ressarcir o erário através de ações compensatórias, desde 
que não tenha havido dolo ou fraude e que não seja o caso de restituição 
integral dos recursos. 
• Sanções: 
o Advertência; 
o Suspensão temporária e impedimento com a esfera de governo por até 2 
anos; 
o Declaração de inidoneidade em relação a todas as esferas enquanto 
perdurarem os motivos da punição e até que haja reabilitação (após 2 
anos); 
• Prescrição em 5 anos a partir da prestação de contas;