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PANDEMIA - REPERCURSSÕES E ADVERSIDADES NO DIREITO SOCIETÁRIO

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CURSO DE DIREITO 
TRABALHO DE DIREITO EMPRESARIAL I 
 
7º SEMESTRE 
 
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 02 
 
 
WESLEY FIUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR/BA 
2020 
 
 
 
 
CURSO DE DIREITO 
DIREITO EMPRESARIAL I 
 
 
WESLEY FIUZA 
 
 
 
 
Trabalho solicitado pelo professor Thacio 
Moreira, da disciplina Direito Empresarial I, 
Do Centro Universitário UNISBA, como 
 segunda atividade avaliativa que compõe 
a nota da Segunda Unidade do semestre. 
. 
 
 
 
 
SALVADOR/BA 
2020 
 
PANDEMIA: REPERCURSSÕES E ADVERSIDADES NO DIREITO 
SOCIETÁRIO 
WESLEY FIUZA 
PROF°: THACIO MOREIRA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISBA 
DIREITO EMPRESARIAL I 
09/06/2020 
 
 
 
RESUMO: 
 O trabalho em tela tem como escopo indicar alguns dos possíveis reflexos, 
desafios e eventuais adaptações que incidiram sobre o direito societário em 
decorrência da maior crise sanitária já enfrentada, e com repercussões na esfera 
econômica mundial, por conta do vírus da COVID-19. 
Palavras-chave: Reflexos, Pandemia, Desafios, Adaptação, Burocracia 
 
 
INTRODUÇÃO 
Com o advento da Sars-CoV-2, causador da atual pandemia de covid-19, 
que convencionou-se chamar de Coronavírus, o qual desencadeou a maior crise 
sanitária já enfrentada pela nação, e que tem previsão de efeitos tão deletérios 
quanto para a economia nacional, necessária mostrou-se a redução da 
burocracia tão afeita às a relações sociais que são regulamentadas pelo Estado, 
isto é, que estão sujeitas ao dirigismo estatal. E no âmbito das relações 
societárias não poderia ser diferente. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Neste diapasão, a sobredita pandemia reflete diretamente na 
possibilidade, ainda que temporariamente, de convívio físico entre sócios ou 
associados, como os procedimentos pertinentes à elaboração e divulgação de 
documentos e informações. Por esse motivo, todos esses efeitos, advindos 
deste estado de força maior, precisam ser detalhadamente avaliados pelos 
administradores, com o escopo de que seja cumprida a legislação societária, 
mitigados conflitos societários e preservada a continuidade dos negócios. 
 E foi observando estes fatos que foram editados diversos atos normativos, 
que visam minorar os embaraços legais à atividade societária e até facilitar 
algumas de suas atividades mais importantes, como feito pela edição da MP 931. 
Esta Medida Provisória dilata o prazo para que a sociedade - tanto a anônima, 
quanto a limitada - institua uma assembleia geral, legalmente previsto em 4 
(quatro) meses seguintes ao término do exercício social, acrescentando 3 (três) 
meses sobre este, ficando no total 7 (sete) meses de prazo para a elaboração 
da referida assembleia. 
 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 931, DE 30 DE MARÇO DE 2020 
Art. 1º A sociedade anônima cujo exercício social se encerre entre 31 
de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020 poderá, 
excepcionalmente, realizar a assembleia geral ordinária a que se refere 
o art. 132 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no prazo 
de sete meses, contado do término do seu exercício social. 
Art. 4º A sociedade limitada cujo exercício social se encerre entre 31 
de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020 poderá, 
excepcionalmente, realizar a assembleia de sócios a que se refere 
o art. 1.078 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil 
no prazo de sete meses, contado do término do seu exercício social. 
 Neste aspecto, podemos inferir que a supracitada norma vai ao encontro 
do que prediz os princípios da função social da empresa e da preservação da 
empresa. 
Ademais, a nova norma estabelece ainda a possibilidade de realização de 
assembleias ou reuniões sem a presença física dos envolvidos, ou seja, reuniões 
virtuais, fixando a possibilidade do sócio ou acionista participar e votar à distância 
- tal qual está sendo feito por diversos órgão estatais como a Câmara dos 
Deputados, o Senado Federal e a própria Suprema Corte, por exemplo - nos 
termos da regulamentação do DREI1 ou, em se tratando de companhias abertas, 
da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que é o órgão que regula e controla 
o mercado. Assim, depreendemos que foi necessária uma pandemia para que o 
Estado reduzisse sua burocracia e se adequasse à modernidade. 
De outro giro, não obstante a relevância das inovações normativas, faz-
se mister que sejam, mais do que nunca, observados os deveres de 
transparência, lealdade, informação, honestidade, entre outros que bem definem 
o princípio da boa-fé objetiva, que é tão caro à nossa sociedade e nosso 
ordenamento jurídico. 
 
CONCLUSÃO 
Destarte, mais do que nunca, sobretudo em um cenário de tantas 
incertezas provocados pela pandemia, é importante que todos e cada um dos 
envolvidos na relação societária tenham o direito de participar e fiscalizar e 
também o dever de prestar informações e deixar-se ser fiscalizado, facilitando a 
ampla divulgação de informações de interesse comum, a fim de que se consolide 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/mpv%20931-2020?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm#art132
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art1078
a nova forma menos burocrática de fazer as coisas, agora e para além da 
pandemia (no pós-pandemia) e evite-se ter que retroceder ao modelo anterior de 
engessamento das atividades rotineiras de uma relação societária. 
 
Bibliografia: 
https://www.migalhas.com.br/depeso/323871/covid-19-coronavirus-reflexos-e-desafios-
societarios 
https://www.martinelli.adv.br/coronavirus-reflexos-nas-relacoes-societarias/ 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv931.htm 
 
 
https://www.migalhas.com.br/depeso/323871/covid-19-coronavirus-reflexos-e-desafios-societarios
https://www.migalhas.com.br/depeso/323871/covid-19-coronavirus-reflexos-e-desafios-societarios
https://www.martinelli.adv.br/coronavirus-reflexos-nas-relacoes-societarias/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv931.htm

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