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Antropologia Cultural

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação á Distância 
O Campo do Parentesco
Olga Emílio Pedro Samo 
Docente: Eduardo Marcelo Fernando 
 Curso: Administração Pública
 Disciplina: Antropologia Cultural 
2ºAno
 
Quelimane, Junho de 2020 
 Índice
Introdução	3
Objectivo	3
Metodologia	3
Campo do Parentesco	4
Filiação e Descendência	5
Terminologia ou Nomenclatura do Parentesco	5
Casamento	6
Regaras ou Princípios de Casamento	7
Tipos de Casamento	7
Monogâmico	7
Poligâmico	7
Poliginia	8
Poliandria	8
Casamento Quanto a Residência	8
Casamento quanto a participação na Herança	8
Conclusão	10
Bibliografia	11
Introdução
Neste presente trabalho Antropologia Cultural, que tem como tema O campo do Parentesco, pretendo trazer no desenvolvimento do presente trabalho, conceitos básicos e fundamentais do tem em alusão, tais como: características de grau parentesco, filiação, descendentes, casamento, aliança matrimonial e tipos de casamentos. 
Objectivo
· O objectivo deste trabalho é de trazer conhecimentos teóricos e práticos relativos ao tema em causa.
Metodologia
· Metodologias: Para que fosse possível a realização do presente trabalho, o grupo teve como metodologia de trabalho a consulta bibliográfica.
Campo do Parentesco
Entanto que o objecto de estudo o parentesco aparece na Antropologia a partir da altura em que se pensava que entre os povos ditos primitivos havia uma certa promiscuidade. Assim, no século XX Lewis Morgan, ao fazer um estudo sobre os índios iroqueses, constatou que estes possuíam de certa maneira regras de parentesco, e que não havia a suposta promiscuidade entre estes.
Radcliff Brown, é outro pensador que fez um estudo das sociedades ditas primitivas e disse que para se ter um conhecimento sobre os povos era necessário analisar as relações entre pessoas, visto que só a partir da compreensão destas, era possível apreender a estrutura social.
Existe um grupo de autores que considera o parentesco como sendo laços entre indivíduos consanguíneos, ou seja, entre pessoas que descendem de um troco comum, sendo filho, irmão, pai, primo, etc. Por sua vez, Marc Augé, diz querem o parentesco é essencialmente uma relação social que nunca coincide completamente com a consanguinidade, ou seja, o chamado parentesco biológico.
Esta posição da Augé tem a ver como o facto de que o parentesco pertence a ordem da cultura e não da natureza; pois se fosse considerado no sentido biológico cada individuo teria um número elevado de parentes, ou seja, todos teríamos um número infinito de parentes tanto do lado materno e paterno, uma vez que estes fazem parte de outro grupo de parentesco.
Portanto, assim diluído e indiferenciado ele não poderia ser um critério ou base de classificação dos indivíduos no seio dos grupos de pertença e diferentes, e consequentemente não seria um meio de organização social. Neste sentido, podemos entender então o parentesco como sendo o princípio lógico de organização e classificação social dos indivíduos dentro dos grupos de pertença e diferentes, e um código, uma linguagem mais ou menos manipulada e ideológica que pertence a ordem da cultura e não da natureza.
Para que o parentesco seja de facto um princípio lógico de organização e classificação social dos indivíduos, é necessário que nem todos os parentes sejam reconhecidos como tal, isto é, algumas categorias de parentes devem ser excluídas como tal.
Filiação e Descendência
A filiação e descendência surgem no domínio do parentesco exactamente por este ser um princípio lógico de organização e classificação social dos indivíduos e não coincidir necessariamente com consanguinidade. Neste sentido, pode-se transmitir o parentesco tendo consideração uma única linha, ou as duas, dando assim origem a diferentes tipos de filiações.
Filiação uni-linear, é aquela em que se transmite o parentesco tomando em consideração uma única linha com exclusão da outra, podendo ser esta na linha da mãe ou do pai. Convém notar que não existe uma filiação uni linear pura, e regra geral os grupos reconhecem ambas as linhas 
 Dupla filiação uni-linear ou bilinear, e aquela em que se consideram as duas (materna e paterna) mas atribuindo-lhe funções distintas. Filiação indiferenciada, bilateral ou cognática, este ocorre quando se reconhece o parentesco simultaneamente nas duas linhas, em que os parentes são tratados de igual modo o que lhe vai diferenciar da filiação bilinear. Aqui, o parentesco já não tem a função claramente distintiva e os grupos sociais já não se definem a partir de uma filiação especifica, mas sim de critérios que não os do parentesco tais como posse de terra, comunidade de residência, entre outros.
Portanto, vemos assim que não existe uma filiação unilinear pura, daí que as sociedades normalmente admitem as duas linhas, mas que a tónica é normalmente posta numa única linha em detrimento da outra. Os parentes maternos (num sistema dito patrelinear) e os paternos (num sistema matrelinear) embora não constituam um grupo entre si, não deixam de desempenhar um papel importante nas relações entre os grupos de parentes, de tal modo que os parentes do lado não determinante influenciam em grande medida no estatuto dos indivíduos, através da transmissão de funções, herança de bens, entre outros aspectos.
Terminologia ou Nomenclatura do Parentesco
É o sistema simbólico de denominação de posições relativas aos laços de afinidade e descendência. Regra geral encontramos dois sistemas de parentesco que são: o sistema classificatório e o descritivo.
· Descritivo: em que se usa um único termo para designar cada parente normalmente e linha directa de um descendente, quer seja Pai ou Mãe ou. Classificatório: em que não se restringe a utilização de um único termo para designar cada parente. Neste sistema, o mesmo termo pode designar um grupo ou classe de indivíduos, por exemplo: mães ou pais. 
Casamento
Dentre as várias definições do casamento existentes, quase que todas elas ressalvam a questão do facto de este ser uma união entre um homem e uma mulher, tendo em vista a procriação, ou seja, a geração de filhos no mesmo. Contudo, convém notar sobretudo no contexto actual que esta definição apresenta várias limitações posto que nem sempre ele é feito entre homem e mulher, mais pelo contrário entre pessoas do mesmo sexo, e que nem sempre dele resultam os filhos quando realizado entre homem e mulher. 
O casamento representa o elemento exterior mais evidente do parentesco, pois mostra que um grupo de filiação não pode existir e perpetuar-se a menos que entre em alianças matrimoniais com outros grupos de filiação que lhes forneçam as reprodutoras. Para Bernardo, casamento é uma relação sexual entre dois indivíduos de sexos diferentes, socialmente sancionada em ordem a procriação e inculturação dos filhos. A partir desta definição, vemos que para além da procriação este também tem em vista a educação das crianças.
Lakatos olha o casamento como sendo o modo como a sociedade humana estabelece as normas para a relação entre os sexos. Olhando as diversas abordagens dos vários autores, concordamos e adoptamos a definição de Augé que vê o casamento como um complexo de normas sociais que sancionam as relações sexuais entre um homem e uma mulher e que os liga por um sistema de obrigações e direitos mútuos; por meio desta união os filhos que a mulher dá a luz que cada um dos cônjuges passa a fazer parte de uma família diferente da sua.
Consideramos esta como sendo a melhor pelo facto de ser uma definição em aberta e realça o carácter social do casamento, com direitos e obrigações para cônjuges, para além de realçar que o facto de que todos os filhos que a mulher que a mulher dá a luz são automaticamentereconhecidos como progenitura legitima de ambos os pais. O casamento como elemento do casamento cria novas relações de parentesco, uma vez que cada um dos cônjuges passa a fazer aparte de uma família diferente da sua.
Regaras ou Princípios de Casamento
Entanto que uma prática social o casamento é para além de complexo de normas, um acto que ocorre obedecendo a determinados princípios que orientam os indivíduos na Escolha dos seus cônjuges. Assim, existem duas regras fundamentais que são:
· Endogamia: é a regra de casamento que faz com que o individuo escolha o seu cônjuge dentro do mesmo grupo de pertença, ou seja, dentro da sua comunidade de origem.
· Exogamia: Vai ser o oposto da endogamia, e refere-se a regra em que o casamento deve ser necessariamente com pessoas exteriores ao se grupo de pertença.
 É importante que estas ou princípios que se afiguram como práticas normativas do casamento, nem sempre são cumpridas estritamente, pois que os indivíduos com o desenvolvimento das sociedades acabam criando outras práticas relevantemente diferentes para a realização do casamento.
Tipos de Casamento
O casamento embora seja um fenómeno universal, não é de modo algum uma coisa indistinta e única em todos os tempos e sociedade, mais pelo contrário apresenta tipologia dentro de uma mesma sociedade e fora desta. Objectivamente, falar de tipos de casamentos e no fundo referirmo-nos ao número de pessoas envolvidas nesta relação que recebe este nome, podendo este ser denominado monogâmico e poligâmico.
Monogâmico
É a modalidade de casamento em que um homem ou mulher pode ter apenas um único cônjuge.
Poligâmico
Contrariamente ao primeiro é a modalidade de casamento em que um homem ou mulher pode ter dois ou mais cônjuges normalmente. Ela pode dividir-se em dois tipos diferentes, sendo poliginia e poliandria. Aqui vale a pena ressalvar o facto de que o casamento poligâmico quer sobre a forma de poliginia ou poliandria, não se confunde de modo algum com situações de amantismo, visto tratar-se de uma situação reconhecida socialmente como que de conjugalidade. Portanto, os homens e mulheres envolvidos neste tipo de relações são vistos como cônjuges de facto.
Poliginia
É a modalidade de casamento em que um homem se casa com duas ou mais mulheres. Esta pode subdividir-se em dois subtipos sendo a poliginia simples que corresponde a necessariamente a definição da poliginia em geral. E a poliginia sororal que é a modalidade de casamento em que um homem casa-se com duas ou mais irmãs. 
Poliandria
É o tipo de casamento que uma mulher se encontra casada com dois ou mais homens. Ela pode subdividir-se em por sua vez em dois subtipos que é a poliandria simples que corresponde a necessariamente a definição de poliandria em geral. E poliandria fraternal ou Adelfa que corresponde ao casamento em que uma mulher se casa simultaneamente com dois ou mais irmão.
Casamento Quanto a Residência
Também podemos classificar o casamento quanto a residência, o que nos permite perceber quais os locais preferências para o casal possa iniciar a sua vida logo após a oficialização da relação. Nem sempre tais regras são seguidas as riscas, além de que podem existir outros tipos. Assim, podemos encontrar diferentes tipos de casamento nomeadamente:
· Matrilocal: é o casamento em que a residência do casal é na comunidade dos pais da esposa. Patrical, em que a residência é na comunidade dos pais do esposo. Vitrilocal, onde a residência do casal é a casa dos pais do esposo. Uxorilocal, onde a residência do casal é a casa dos pais da esposa.
Casamento quanto a participação na Herança
Na análise do casamento quanto a participação na herança, nos ajuda a perceber o processo de redistribuição dos bens ou da herança do casal por parte dos seus descendentes. Portanto, a semelhança das demais regras ou princípios é necessário entendermos que nem sempre estes são observados estritamente, havendo por vezes casos em que juntam-se mais do que um princípio
Assim, encontramos as seguintes formas: primogenitura, em que somente o primeiro filho, ou seja, o mais velho é que tem o direito a herdar aos bens do casal. Ultimogenitura, onde apenas tem direito a herança o filho mais novo, sendo de modo o inverso da anterior.
· Limitações de sexo: em que só os filhos de um determinado sexo quer seja masculino ou feminino é que tem direito a herança.
· Participação Igual: tal como sugere o próprio nome, é um tipo em que todos os filhos de ambos sexos e idades têm direito a igual parte da herança. Este tem sido geral a situação mais comum em quase todo mundo.
Conclusão
Com base no estudo do tema realizado conclui que a questão do parentesco é algo complexo e inacabado, por ser este um fenómeno organizador das sociedades e estruturante das relações sociais entre indivíduos, ao olhar-mos para casamento afigura-se como importante na medida em que ele muda o status social dos indivíduos e prestígio social. 
Bibliografia
Agier, Michel, “Teorias básicas sobre o grau parentesco” edições Man; Brasil, 2001
Copans, Jean, “Antropologia: ciências das sociedades primitivas?” edições afrontamento; Lisboa; 1989, 3ª edição.

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