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Mastite: Prevenção e Tratamento Alunos: Pedro Dias Filho Definição, aspecto geral e fisiopatologia Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (quadrante superior esquerdo) Geralmente unilateral, que pode progredir ou não para uma infecção bacteriana. Segunda e terceira semanas após o parto Estima-se que ocorra em 10 % das mulheres que amamentam O leite acumulado, a resposta inflamatória e o dano tecidual resultante favorecem a instalação da infecção, comumente pelo Staphylococcus ( aureus e albus ) , sendo as lesões mamilares, na maioria das vezes, a porta de entrada da bactéria. Fatores Qualquer fator que favoreça a estagnação do leite materno predispõe ao aparecimento de mastite: Incluindo mamadas com horários regulares, Redução súbita no número de mamadas, Longo período de sono do bebê à noite, Uso de chupetas ou mamadeiras, Não esvaziamento completo das mamas, Freio de língua curto, Criança com sucção fraca, Produção excessiva de leite, Separação entre mãe e bebê Desmame abrupto As mulheres que já tiveram mastite na lactação atual ou em outras lactações Distinção entre mastite infecciosa da não-infecciosa Em ambas, a parte afetada da mama encontra-se dolorosa, vermelha, edemaciada e quente. Quando há infecção, costuma haver mal-estar importante, febre alta (acima de 38C) e calafrios. Características do leite O sabor do leite materno costuma alterar-se nas mastites, aumento dos níveis de sódio e diminuição dos níveis de lactose. A produção do leite pode ser afetada na mama comprometida, com diminuição do volume secretado durante o quadro clínico, bem como nos dias subsequentes. Isso se deve à diminuição de sucção da criança na mama afetada, diminuição das concentrações de lactose ou dano do tecido alveolar. Prevenção Amamentação em livre demanda Iniciada o mais cedo possível, logo após o parto, e com técnica correta Não uso de complementos (água, chás e outros leites) Cuidados para que os mamilos se mantenham secos, expondo-os ao ar livre ou à luz solar e trocas frequentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite Não uso de produtos que retiram a proteção natural do mamilo, como sabões, álcool ou qualquer produto secante O uso de sutiã que não bloqueie a drenagem do leite OBS: Na mastite periductal, a suspenção de fumar é ponto fundamental Tratamento Mais precocemente possível pode evoluir para abscesso mamário Identificação e tratamento da causa que provocou a estagnação do leite Esvaziamento adequado da mama: esse é o componente mais importante do tratamento da mastite Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do quadro Cefalexina 500 mg, por via oral, de seis em seis horas; Amoxicilina 500 mg ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico (500 mg/125 mg), por via oral, de oito em oito horas. Na presença de cepas de S. aureus meticilina-resistentes tem sido recomendado o uso da vancomicina. Os antibióticos devem ser utilizados por, no mínimo, 10 dias, pois tratamentos mais curtos apresentam alta incidência de recorrência; Suporte emocional Repouso da mãe ; analgésicos ou anti-inflamatórios não-esteroides, como ibuprofeno; líquidos abundantes; iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme. Referências bibliográficas Caderno de Atenção básica 23
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