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Manual Economia de Empresa

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Prévia do material em texto

Manual de Economia de Empresa 
 
Manual do Curso de Licenciatura de Gestão de 
Recursos Humanos 
 
ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 
 
 
2 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste 
manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia 
ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências e Educação 
a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em 
vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: manuais@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
 
 
 
 
http://www.isced.ac.mz/
 
3 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Autor Felicidade Baze 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica e 
Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
Victor Nuvunga 
 
2017 
ISCED- BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INDICE 
TEMA – I: Empresas e Mercados no Processo de organização da Produção ........ 1 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. A empresa e seu problema económico....................... 9 
A empresa e seu problema económico ............................................................ 9 
Maximização de Lucro de uma empresa .........................................................10 
Questões para Autoavaliação .........................................................................12 
TEMA II: FUNCIONAMENTO DO MERCADO .....................................................24 
Introdução ....................................................................................................24 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1: Modelo de Procura ..................................................25 
Curva da Procura ...........................................................................................25 
Procura individual e Procura do mercado ........................................................26 
Factores determinantes da Procura ................................................................29 
Elasticidade Preço da Procura ........................................................................31 
Questões para Autoavaliação .........................................................................37 
UNIDADE TEMÁTICA 2.2: Modelo de Oferta ....................................................40 
Introdução ....................................................................................................40 
Função oferta ................................................................................................40 
UNIDADE TEMATICA 2.3: Equilíbrio de Mercado..............................................45 
Introdução ....................................................................................................45 
Equilíbrio de Mercado ...................................................................................45 
Questões para Autoavaliação .........................................................................47 
TEMA III: TEORIA DA EMPRESA .......................................................................49 
UNIDADE Temática 3.1: Função de Produção ..................................................49 
Introdução ....................................................................................................49 
Teoria de produção .......................................................................................49 
Questões para Autoavaliação .........................................................................63 
UNIDADE TEMATICA 3.2: Custos de Produção .................................................65 
Medição de Custos: Quais custos considerar ...................................................65 
Questões para Autoavaliação .........................................................................72 
Questões para Avaliação ...................................... Error! Bookmark not defined. 
TEMA IV: ESTRUTURA DE MERCADO ...............................................................74 
Unidade temática 4. A concorrência perfeita...................................................74 
 
5 
 
A concorrência perfeita .................................................................................74 
Questões para Autoavaliação .........................................................................85 
UNIDADE TEMÁTICA 4.2: MONOPOLIO ...........................................................87 
Condição de Maximização do Lucro do Monopólio ..........................................89 
A Produção que Maximiza o Lucro do Monopolista .........................................89 
Questões para Autoavaliação .........................................................................92 
1. Como surge o monopólio? ..........................................................92 
Questões para Avaliação ...................................... Error! Bookmark not defined. 
UNIDADE TEMATICA 4.3: OLIGOPÓLIO ............................................................94 
Introdução ....................................................................................................94 
O que é oligopólio?........................................................................................94 
Dois modelos tradicionais de oligopólio ..........................................................96 
Questões para Autoavaliação .........................................................................99 
 
 
 
 
 
1 
 
Visão geral 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Economia de 
Empresa 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Economia de 
Desenvolvimento deverá ser capaz de: demostrar domínio sobre 
questões ligadas a economia e do desenvolvimento, caracterizar, 
diferenciar e conhecer os campos de aplicação nas diferentes áreas 
do saber. Apresentar e formular propostas de solução científicas 
dos problemas ou desafios enfrentados pela sociedade donde 
estiver inserida ou do mundo em geral, proporcionando e 
contribuindo de forma positiva, na construção de um ambiente sã 
de produção de conhecimentos e desenvolvimento harmonioso 
entre os povos. 
 
 
Objectivos Específicos 
O objectivo do manual de economia Empresarial é: 
 Entender como as empresas interagem com o mercado. 
 Compreender o mecanismo do mercado usando o modelo de procura 
e oferta. 
 Entender como uma empresa consegue assegurar a sua continuidade 
no mundo dos negócios. 
 Entender os indicadores que tornam os mercados diferentes 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Administração Pública do ISCED. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar 
seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Economia de Desenvolvimento, para estudantes do 
2º ano do curso de licenciatura em Administração Pública, à 
 
2 
 
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se 
segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdosdo módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em 08 Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algumas incluindo estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
 
3 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
 
4 
 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
 
5 
 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento emque você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
 
6 
 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta de forma detalhada do regulamento 
de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
7 
 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 3 (trés) 
avaliações e 1 (um) exame. 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação
 
8 
 
 
Introdução 
A economia de empresas é aplicação de teoria e metodologia 
microeconómica aos problemas de tomada de decisão do mundo real 
suportadas por instituições sejam elas do sector público ou privado. Os 
seus instrumentos ajudam os gestores e decisores na alocação eficiente de 
recursos considerados escassos, no processo de planeamento estratégico 
corporativo e na execução de tácticas eficazes para resolução de 
problemas. 
Durante o processo de tomada de decisão, os gestores de empresas muitas 
vezes apoiam-se em ambos ramos da economia como é o caso da alocação 
de recursos a curto ou longo prazo. É neste contexto que este manual 
pretende oferecer ao estudante a possibilidade de conhecer os 
fundamentos para análise de um mercado, tendo em conta a complexidade 
e o ambiente competitivo do mercado mundial. 
Objectivos 
O objectivo do manual de economia Empresarial é: 
 
 Entender como as empresas interagem com o mercado. 
 Compreender o mecanismo do mercado usando o modelo de 
procura e oferta. 
 Entender como uma empresa consegue assegurar a sua 
continuidade no mundo dos negócios. 
 Entender os indicadores que tornam os mercados diferentes 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
TEMA – I: Empresas e Mercados no Processo de organização da 
Produção 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. A empresa e seu problema económico 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Informações e organizações 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. Mercados e empresa 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. A empresa e seu problema económico 
Nesta unidade temática, estudaremos as empresas e as escolhas que elas 
fazem para lidar com a escassez. Normalmente, elas contratam e 
organizam os factores de produção para produzir e vender bens e serviços 
de formas que consigam alcançar o seu objectivo que é maximizar o lucro 
económico. No entanto nem sempre este objectivo é fácil de alcançar, a 
empresa incorre com custos. 
Objectivos: 
No fim desta unidade temática, o estudante tem que ser capaz de: 
 Definir e explicar o objectivo principal de uma empresa 
 Distinguir os vários tipos de custos 
 Explicar como a tecnologia, as informações e os mercados limitam 
o lucro de uma empresa. 
 
A empresa e seu problema económico 
Segundo o modelo neoclássico, as empresas existem para gerar lucros, 
mais lucros e maximizar a riqueza dos accionistas. Conforme aponta Parkin 
(2010) uma empresa que não busque a maximização de lucro é eliminada 
ou comprada por empresas que buscam isso. Sendo que no processo de 
decisão, são aceites as seguintes estratégias: 
• Aumentar a receita mais que os custos 
• Diminuir alguns custos mais do que aumentam os outros; 
• Aumentar algumas receitas mais do que diminuem as outras; 
• Reduzir os custos mais do que a receita; 
 
10 
 
Maximização de Lucro de uma empresa 
De acordo com o modelo de maximização de lucro, os gestores procuram 
maximizar a riqueza dos acionistas, maximizando o seu próprio bem-estar 
(ou utilidade). Eles preocupam-se com o risco da empresa e com a garantia 
da segurança do seu emprego. Assim, ao satisfazer o seu bem-estar, ao dar 
o seu melhor, estarão buscando satisfazer os interesses dos proprietários. 
Para melhor perceção do que é a maximização de lucro de uma empresa, 
analisemos o seguinte exemplo: A africana confeções tem uma bem-
sucedida confeção de vestidos. Ela recebe $ 400.000 ao ano pelos vestidos 
que vende. Seus gastos são de $ 80.000 ao ano com tecido, $ 20.000 com 
serviços públicos, $ 120.000 com salários, $ 5.000 com aluguer de 
máquinas aspiradoras e $ 5.000 com juros por empréstimo bancário. Com 
uma receita de $ 400.000 e gastos de $ 230.000, o excedente anual da 
africana confeções é de $ 170.000. 
No entanto, o contabilista usando as regras legais, reduz esse valor em $ 
20.000 que, segundo ele, representa a depreciação das instalações e 
máquinas de costura da empresa durante o ano. Assim, o contabilista 
declara que o lucro da empresa é de $ 150.000 por ano. 
Ao calcular o custo e o lucro da empresa, o contabilista garante que esta, 
pague o montante correcto de imposto de renda e para demonstrar ao 
banco como o empréstimo solicitado esta sendo utilizado. Não obstante, 
pretende-se prever as decisões queuma empresa toma. Essas decisões são 
tomadas com base no custo de oportunidade e no lucro económico. 
Custo de oportunidade é a expressão usada para exprimir os custos em 
termo de alternativas e sacrifícios. Portanto, Custo de oportunidade de 
qualquer acção corresponde a alternativa de maior valor da qual se abre 
mão. Ela representa a acção que a pessoa decide não fazer. Para a empresa, 
o custo de oportunidade da produção é o valor da melhor utilização 
alternativa dos recursos. Representa ainda uma alternativa real da qual se 
abdicou. O custo de oportunidade pode ser expressa em unidades 
monetárias, que para a empresa inclui: custos explícitos e implícitos. 
Os custos explícitos são os custos pagos em dinheiro. O valor pago para 
obtenção de um recurso produtivo poderia ter sido gasto em outras coisas, 
de forma que ela corresponde o custo de oportunidade de utilização de 
recursos. 
Custos implícitos são custos que a empresa incorre quando esta renuncia 
de uma acção alternativa. Normalmente acontece quando a empresa 
utiliza seu próprio capital, o tempo ou recursos financeiros do proprietário. 
 
 
11 
 
Se uma empresa utiliza seu capital, ela esta sujeita a um custo implícito 
composto de depreciação económica e juros dos quais se renuncia. A 
depreciação económica é a variação do valor de mercado de capital ao 
longo de determinado período. Os fundos usados para adquirir o capital 
poderiam ter sido usados para outro fim, e se fossem colocados a prazo ou 
cedido um empréstimo poderiam ter rendido juro. Esse juro o qual se 
renuncia é denominado de custo de oportunidade de utilizar o capital. 
 
O proprietário de uma empresa muitas vezes fornece sua capacidade 
empresarial ou seja, ele passa a ser o factor de trabalho que organiza o 
negócio, toma decisões, inova e arca com os riscos de operação do negócio. 
O retorno dessa capacidade é o que se chama de lucro, e o retorno que o 
empresário espera receber é denominado de Lucro normal. 
O lucro normal também faz parte dos custos implícitos ou seja o custo de 
oportunidade de uma empresa, porque constitui a alternativa na qual se 
renunciou de fazer outra empresa funcionar. 
 
Lucro Económico de uma empresa é a diferença entre a receita total da 
empresa e o custo total da empresa. O custo total da empresa é constituído 
pelos custos implícitos e explícitos. Normalmente para as empresas que 
geram um lucro económico positivo, o retorno da capacidade empresarial 
é maior que o lucro normal e quando este retorno da capacidade é menor 
que o normal, a empresa incorre em prejuízo económico. 
 
Para atingir o objectivo de maximização de lucro, a empresa deve tomar 
cinco decisões básicas: o que produzir e em que quantidades; que 
tecnologia usar no processo de produção; como organizar e pagar os 
trabalhadores da empresa; como definir o preço e efectuar a distribuição 
do produto e por ultimo quais bens e serviços comprar de outras empresas. 
 
Em todas essas decisões, as acções de uma empresa são limitadas pelas 
restrições que ela enfrenta. De entre as restrições, ParKin (2009) destaca 
três factores, nomeadamente a tecnologia, a informação e o mercado. 
 
A Tecnologia é definida pelos economistas num sentido amplo. É qualquer 
método de produção de um bem ou serviço. Ela inclui os projectos 
detalhados dos equipamentos, além do ambiente físico de trabalho e a 
organização da empresa. Por exemplo o shopping center é uma tecnologia 
para a produção de serviços de retalho. Constitui uma tecnologia diferente 
da loja dos centros das cidades. 
 
A tecnologia progride com o tempo. No entanto, a medida que o tempo 
avança, se as empresas pretendem produzir mais e obter mais receitas, 
elas devem adaptar-se a novas formas tecnológicas, adquirindo mais 
 
12 
 
recursos e incorrendo mais custos. O aumento do lucro que as empresas 
pretendem alcançar é limitado pela tecnologia disponível. 
 
A Informação: O funcionamento do mercado é complexo, as empresas 
dificilmente têm toda a informação, seja do futuro ou presente, que 
gostariam de ter para tomar decisões. Desta forma, elas enfrentam 
restrições das informações limitadas sobre a qualidade e o esforço dos seus 
trabalhadores, os planos de compra actuais ou futuras dos seus clientes e 
principalmente os planos dos seus concorrentes. Os trabalhadores podem 
estar a se esforçar menos do que o esperado ou desejado pelo gestor e 
este acreditar que eles estão trabalhando muito. Os clientes podem optar 
em mudar de fornecedor. 
 
Para Evitar este tipo de situações, as empresas tentam criar sistemas de 
incentivos para trabalhadores de modo a garantir que eles se empenhem, 
ainda que não haja ninguém supervisionando seus esforços. Fazem gastos 
avultados em pesquisas de mercado. Ainda que haja este tipo de esforço, 
os problemas causados por informações incompleta e incerteza não são 
eliminados, dai que restringe os lucros. 
 
O Mercado: O que cada empresa pode vender e o preço que pode obter 
são restringidos pela disposição de pagar por parte dos clientes e pelos 
preços e actividades de marketing praticado pelos seus concorrentes. Além 
disso, os recursos que uma empresa pode obter e os preços que deve pagar 
por eles são limitados pela disponibilidade das pessoas em trabalhar para 
a empresa e investir nela. Como forma de superar estes problemas, as 
empresas gastam anualmente na promoção e venda dos seus produtos, em 
publicidades criativas que são anunciados nos canais televisivos. Ainda 
assim, as restrições do mercado e os gastos que as empresas fazem para 
supera-las limitam os lucros que ela poderia gerar. 
 
Questões para Autoavaliação 
1. Defina e explica o objectivo principal de uma empresa. 
2. Defina custo de oportunidade. 
3. Faca a distinção entre custo explicito e custo implícito. 
4. Porque os contabilistas calculam o custo de oportunidade e o lucro 
da empresa de modos diferentes? 
 
5. Explique como as restrições enfrentadas por uma empresa limita o 
seu lucro? 
 
 
 
13 
 
Soluções: 
1. Defina e explica o objectivo principal de uma empresa. 
Empresa é uma instituição que contrata factores produtivos e os organiza 
para a produção e vender bens e serviços. O objectivo principal da empresa 
é maximizar o lucro. 
2. Defina custo de oportunidade. 
Custo de oportunidade é a alternativa de maior valor pelo qual se renuncia. 
4. Por que os contabilistas e economistas calculam o custo e o lucro 
da empresa de modos diferentes? 
Os contabilistas e economistas calculam o custo e o lucro da empresa de 
modos diferentes porque tem objectivos diferentes. Os contabilistas tem 
como objectivo garantir que a empresa paguem a quantia correcta de 
imposto de renda e demonstrar ao banco como o empréstimo solicitado 
esta sendo utilizado enquanto que os economistas tem como objectivo 
prever as decisões que as empresas irão tomar e, essas decisões são 
tomadas na base de custo de oportunidade e no lucro económico. 
 
5. Explique como as restrições enfrentadas por uma empresa limita o 
seu lucro? 
As restrições enfrentadas por uma empresa limitam o seu lucro da seguinte 
maneira: 
Tecnologia: Se as empresas pretendem produzir mais e obter mais receitas, 
elas devem adaptar-se a novas formas tecnológicas, adquirindo mais 
recursos e incorrendo mais custos. 
 
Informação: As empresas dificilmente têm toda a informação que 
gostariam de ter para tomar decisões. Essa limitação está relacionada com 
a qualidade e o esforço dos seus trabalhadores, os planos de compra 
actuais ou futuras dos seus clientes e principalmente os planos dos seus 
concorrentes. Com forma de reverter o problema, as empresas tentam 
criar sistemas de incentivos para trabalhadores de modo a garantir que eles 
tenham um bom desempenho e fazem gastos avultados em pesquisas de 
mercado. Limitando assim o seu lucro. 
 
Mercado: uma empresa pode vender e o preço que pode obter é 
restringido pela disposição de pagar por parte dos clientes e pelos preços 
e actividades de marketing praticadopelos seus concorrentes. 
 
 
14 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Informações e organizações 
 
Introdução 
As empresas utilizam uma combinação de sistemas de comando e sistemas 
de incentivos para organização de produção. Diante das informações 
incompletas e incertezas, as empresas induzem os seus gestores e 
trabalhadores a ter um desempenho que estejam de acordo com os seus 
os objectivos. 
 
Objectivo 
 Definir e explicar o problema da relação agente-principal 
 Indicar os principais tipos de organizações privadas. 
 Descrever como diferentes tipos de organizações lidam com o 
problema da relação agente-principal. 
 
Informações e organizações 
 
Cada empresa organiza a produção de bens ou serviços por meio da 
combinação e coordenação dos recursos produtivos que consegue. Mas a 
maneira como as empresas organizam a sua produção varia. Elas utilizam 
uma combinação de dois sistemas, nomeadamente sistema de comando e 
sistema de incentivo. 
 
Sistema de comando é um método de organização de produção que utiliza 
uma hierarquia administrativa. Os comandos são transmitidos de cima para 
baixo pela hierarquia e as informações são transmitidas de baixo para cima. 
Os gestores deste tipo de sistema passam a maior parte do seu tempo 
fazendo recolha e processamento de informação do desempenho dos seus 
subordinados, que posteriormente toma decisões sobre quais comandos 
emitir e sobre a melhor maneira de fazer esses comandos serem 
implementados. Um exemplo deste tipo de sistema é o sistema de 
administração militar. 
 
O sistema de comando em empresas não são tão rigorosos quanto 
utilizados pelos militares, mas compartilham algumas características em 
comum. Um chief Execcutive officer (CEO) que representa o director 
executivo ocupa a posição mais alta do sistema de comando de uma 
empresa. Os executivos seniores que se reportam ao CEO, recebem 
comando deles e se especializam na administração da produção, do 
marketing, das finanças, do pessoal e de outros aspectos das operações da 
empresa. Abaixo dos seniores podem ter várias camadas de média gestão 
até se chegar aos gerentes que supervisionam as operações diárias de 
 
15 
 
negócio e, por último estão os operadores de máquinas e o pessoal de 
venda dos bens ou serviços. 
 
As empresas de pequeno porte são constituídas por uma ou duas níveis de 
gestão, enquanto empresas grandes tem várias níveis. A medida que os 
processos de produção tornaram-se complexos, as posições de gestão 
tornaram-se mais numerosas. 
 
A globalização abrandou o crescimento da administração e, em algumas 
indústrias, o organigrama foi reduzido, eliminando muitos cargos de média 
gestão. Outrossim, os gestores fazem esforço de se manterem bem 
informados. Eles se empenham para tomar decisões adequadas e emitir 
comandos visando à utilização eficiente dos recursos produtivos. No 
entanto, nem sempre os gestores têm informação completa sobre o que 
acontece nas divisões da empresa pelas quais são responsáveis. É por esse 
motivo que as empresas utilizam, além dos sistemas de comando, o 
sistema de incentivos para organizar a produção. 
Sistema de incentivo é um método de organização de produção que usa 
um mecanismo parecido com o do mercado dentro de uma empresa. Em 
vez de emitir comandos, os administradores seniores criam esquemas de 
recompensa que induz os funcionários a trabalharem de maneiras que 
maximizem o lucro da empresa. 
 
Os sistemas de incentivos são usados de modo mais extensivo pelas 
organizações de venda. Os representantes das vendas que passam a maior 
parte do tempo trabalhando sozinhos e sem monitores são induzidos a se 
empenharem pelo recebimento de um salário fixo e grande bónus 
relacionados com o desempenho. Este tipo de sistema pode ser aplicado 
em todos níveis de uma empresa. Para os CEOs o plano de remuneração 
inclui a participação dos lucros da empresa, enquanto os operários a 
recompensa é feita com base nas quantidades produzidas. 
 
 
Combinação dos sistemas 
 
Ainda que exista os casos extremos dos sistemas de combinação, as 
empresas preferem combinar o sistema de comando e de incentivo de 
forma a maximizar o lucro. Quando um pequeno desvio do desempenho 
ideal tem um custo muito alto ou quando é fácil monitorar o desempenho 
as empresas utilizam os comandos. No entanto, quando a monitoria do 
desempenho é inexequível ou tem um custo demasiado alto causado pelo 
problema da relação agente-principal (administrador-accionista), elas 
usam incentivos. 
 
 
16 
 
Por exemplo, é fácil monitorar o desempenho dos trabalhadores de uma 
linha de produção. Se um operário for demasiado lento, toda linha de 
produção ficara também lenta. Assim, uma linha de produção é organizada 
com um sistema de comando. Do outro lado, para monitorar um CEO 
requer altos custos, dai que é necessário usar os incentivos. 
 
O problema de relação agente-principal: é o problema da elaboração de 
regras de remuneração que induzem um agente (administradores ou 
gerentes) a praticar actos que estejam de acordo com os interesses de um 
principal (accionista). Os accionistas precisam induzir os gestores agirem de 
acordo com os interesses deles. Os agentes, ainda que sejam gerentes ou 
trabalhadores, empenham-se para alcançar os seus próprios objectivos e 
muitas vezes impõem custos a um principal. 
 
O problema de relação agente-principal não ‘e resolvido com a emissão de 
comando. Em muitas empresas, os accionistas não tem como supervisionar 
os gestores e, os gestores muitas vezes não conseguem os seus 
subordinados. Parkin (2009) sugere três maneiras de tentar abrandar o 
problema de relação agente-pricipal: 
Conceder Propriedade de um negócio a um gestor ou subordinado. 
Esquemas de propriedade parcial para executivos seniores são frequentes, 
mas são menos comum para trabalhadores em geral. 
 
Pagamentos ligados ao desempenho, ou seja, pagamentos de incentivos 
são bastante comuns. Elas baseiam-se em uma serie de critérios de 
desempenho como metas de produção ou vendas e lucro. 
 
Contrato de longo prazo estão ligados aos contratos assinados pelos 
gestores ou trabalhadores. Este define o destino de todos intervenientes 
internos da empresa (principal, gestores e trabalhadores). 
 
Ora, Parkin (2009) realça que as três formas de lidar com o problema da 
relação agente-principal resultam em diferentes tipos de organizações 
privadas. Cada tipo de organização privada representa uma reacção 
diferente ao problema. De entre os vários tipos de organizações privadas, 
as principais são: empresas individuais, sociedades e corporações. 
 
Uma empresa individual é constituída por um único proprietário que tem 
a responsabilidade ilimitada sobre a empresa. O proprietário é responsável 
legal por todas dívidas até a uma quantia igual a toda sua riqueza. Este 
toma decisões administrativas, recebe os lucros da empresa e se 
responsabiliza pelos prejuízos. Os lucros de uma empresa individual são 
submetidos à mesma aliquota de imposto na que outras fontes de 
rendimento individual do proprietário. 
 
17 
 
 
A sociedade refere-se a uma empresa que é constituído por dois ou mais 
proprietários e que este tem responsabilidade ilimitada sobre ela. Neste 
tipo de empresa, os sócios concordam em uma estrutura administrativa 
apropriada e a forma de divisão dos proveitos. Os lucros de uma sociedade 
sofrem uma taxa como se fossem rendimento individual dos proprietários. 
Porem, cada sócio é legalmente responsável por todas as dívidas da 
sociedade, que é limitada somente pela riqueza do sócio individual. 
 
Uma corporação é uma empresa de propriedade de um ou mais accionistas 
de responsabilidade limitada ou seja os proprietários são legalmente 
responsáveis somente pela quantia do seu investimento inicial. A limitação 
de responsabilidade significa que, caso a empresa vá a falência, os seus 
proprietários não são obrigados causar a sua riqueza pessoal para saldar as 
dívidas da corporação. 
 
Os lucros deste tipo de organização sãosubmetidos a imposto 
independentemente do rendimento dos accionistas. Os accionistas pagam 
um imposto sobre os ganhos de capital que incide sobre o lucro que 
recebem quando vendem as acções por um preço superior àquele que 
pagaram. As acções corporativas rendem ganhos de capital quando uma 
corporação faz a retenção de parte do seu lucro e o reinvestem em 
actividades lucrativas. Desta forma, os rendimentos retidos são 
submetidos duas vezes a impostos porque os ganhos de capital geram são 
taxados. 
 
 
Vantagens e Desvantagens dos diferentes tipos de empresas 
Como referido anteriormente, os diferentes tipos de organizações privadas 
surgem de diferentes maneiras de tentar lidar com o problema da relação 
entre agente-principal. Cada tipo de empresa tem suas vantagens e 
desvantagens que justificam a sua existência. O tabela XXX resume essas 
situações. 
 
Tabela 1: vantagens e Desvantagens dos diferentes tipos de empresas 
Tipo de 
empresa 
Vantagens Desvantagens 
 
 
 
 
 
Empresa 
individual 
 Facilmente constituída  Decisões ineficazes não são 
verificadas, por não haver necessidade 
de consenso. 
 Processo decisório 
Simples 
 Toda riqueza do proprietário está 
em risco. 
 Lucros tributados apenas 
uma vez como renda do 
proprietário 
 A empresa deixa de existir com a 
morte do proprietário. 
  O custo do capital e do trabalho é 
alto em relação ao de uma corporação. 
 
18 
 
 
 
 
 
Sociedade 
 Facilmente constituída  Pode ser lento e oneroso atingir 
o consenso 
 Processo decisório 
diversificado 
 Toda riqueza dos proprietários 
está em risco. 
 Pode sobreviver se um 
sócio se retira 
 A saída de um dos sócios pode 
gerar escassez de capital. 
 Lucros são tributados 
apenas uma vez como renda dos 
proprietários 
 O custo de capital e do trabalho é 
alto em relação ao de uma corporação. 
 
 
 
 
 
Corporação 
 Os proprietários têm 
responsabilidade limitada 
 
 Capital de larga escala e 
baixo custo disponível. 
 A estrutura administrativa 
complexa pode fazer com que as 
decisões sejam lentas e dispendiosas. 
 Administração 
profissional não restringida pela 
capacidade dos proprietários. 
 Lucros retidos submetidos duas 
vezes ao imposto: primeiro como lucro 
da empresa e segundo como ganhos de 
capital dos accionistas 
 Vida perpétua 
 Contratos de trabalho de 
longo prazo reduzem os custos 
de trabalho 
 
Fonte: Parkin (2009) 
 
Questões de Autoavaliação 
 
1. Explique a diferença entre um sistema de comando e um sistema 
de incentivos. 
2. Qual é o problema da relação agente-principal? 
3. Quais são as três maneiras pelas quais as empresas tentam lidar 
com esse problema? 
4. Quais são os três tipos de empresas? 
5. Explique as principais vantagens e desvantagens dos três tipos de 
empresa. 
 
Soluções: 
1. Explique a diferença entre um sistema de comando e um sistema 
de incentivos. 
A diferença entre um sistema de comando e um sistema de incentivos é o 
sistema de comando é um método de organização da produção que utiliza 
uma hierarquia administrativa enquanto que o sistema de incentivo é um 
método de organização da produção que utiliza um mecanismo similar ao 
do mercado dentre da empresa. 
 
2. Qual é o problema da relação agente-principal? 
O problema da relação agente-principal é o problema de elaboração de 
regras de recompensa que aliciam um agente a executar as suas 
actividades que vai de acordo com os interesses do principal. 
 
19 
 
 
3. Quais são as três maneiras pelas quais as empresas tentam lidar 
com esse problema? 
 
As três maneiras pelas quais as empresas tentam lidar com esse problema 
são: Propriedade, pagamento de incentivos e contratos de longo prazo. 
 
4. Quais são os três tipos de empresas? 
Os três tipos de empresas são: empresa individual, sociedade e 
cooperação. 
 
5. Explique as principais vantagens e desvantagens dos três tipos de 
empresa. 
Empresa individual tem como vantagem facilidade na constituição; tem um 
processo decisório simples; os lucros são tributados apenas uma vez com 
rendimento do proprietário. Tem como desvantagem: a inexistência da 
empresa com a morte do proprietário; o risco que incorre toda riqueza do 
proprietário; desnecessidade de consenso, levam com que as decisões 
ineficazes não sejam averiguadas. 
Sociedade tem como vantagem: facilidade na constituição da empresa; 
possuir um processo decisório diversificado; a retirada de um sócio, não 
implica a sobrevivência da empresa e os lucros são tributados apenas uma 
vez como rendimento dos proprietários. Desvantagens: por ser lento e 
dispendioso atingir o consenso; toda a riqueza do proprietário esta em 
risco; a saída de um sócio pode gerar escassez de capital e o custo do capital 
e do trabalho é alto em relação ao de uma corporação. 
A Corporação tem como vantagem: responsabilidade limitada por parte 
dos proprietários; capital de larga escala e baixo custo disponível; a 
administração profissional não restringida pela capacidade dos 
proprietários; tem uma vida perpétua e os contratos de trabalho de longo 
prazo reduzem os custos de trabalho. Desvantagens: tem uma estrutura 
administrativa complexa que faz com que as decisões sejam lentas e 
dispendioso e o lucro retido é submetido duas vezes ao imposto e 
 
20 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. Mercados e empresa 
 
Introdução 
Nesta unidade temática, irá abordar como as empresas conseguem 
coordenar as actividades económicas quando podem realizar uma tarefa 
com mais eficiência, tendo em conta os custos advindo dessas actividades 
que, devem ser baixos do que oferecidos no mercado. 
 
Objectivos 
 Explicar Como os mercados coordenam as actividades económicas. 
 Explicar o que determina a coordenação da produção. 
 Explicar as causas que levam com que uma empresa seja mais eficiente 
do que os mercados. 
 
Mercados e empresa 
 
Uma empresa é uma instituição que contrata factores produtivos e os 
organiza para a produção de bens ou serviços. Para organizar a produção, 
as empresas coordenam as decisões e actividades económicas de várias 
pessoas. As empresas não são as únicas que fazem a coordenação 
económica, os mercados também coordenam as decisões. A coordenação 
do mercado é feita através de ajustamento dos preços e fazendo com que 
as decisões dos compradores e vendedores sejam harmonizáveis. (Parkin 
2009; Mata 2007) 
 
Algumas perguntas podem surgir como: o que determina se uma empresa 
ou o mercado que coordena um conjunto especifico de actividades? Como 
as empresas decidem comprar bens ou serviços de uma outra empresa ou 
fabrica-los elas mesmas? 
 
A resposta a estas perguntas está nos custos incorridos. Se considerarmos 
o custo de oportunidade do tempo, além dos custos dos outros insumos, 
as empresas adoptam o método que lhes oferece menor custo. Elas 
coordenam a actividade económica quando podem realizar uma tarefa 
com mais eficiência do que os mercados. Se os mercados puderem 
executar uma tarefa com mais eficiência do que uma empresa, as empresas 
utilizam os mercados, e qualquer tentativa de constituir uma empresa para 
substituir essa coordenação feita pelo mercado conduzirá ao fracasso. 
 
21 
 
 
No entanto, as empresas têm sido mais eficientes do que os mercados 
pelas seguintes razões: 
 
 
 As empresas são capazes de conseguir menores custos de 
transacções. Os custos de transacções são aqueles que se tem para 
encontrar alguém com quem fazer negócios, para chegar a um 
acordo em relação ao preço e outros aspectos da negociação e para 
garantir que as condições do acordo sejam cumpridas. 
Normalmente, as transacções no mercado requerem que 
compradores e vendedores se encontrem e negociem os termos de 
condições da transacção. Nem sempre os contratos são cumpridos, 
e quando isto acontece conduz a mais gastos. que nalgumas vezes 
há necessidade da intervenção de um advogado para que possa 
elaborar os contratos. 
 
Considere por exemplo, duas maneiras de concertar um carro. Aprimeira situação é a coordenação da empresa: o proprietário leva 
o carro à oficina mecânica. O dono da oficina faz o levantamento 
das peças e ferramentas e também a mão-de-obra do mecânico que 
concertará o carro. O proprietário paga uma conta pelo serviço 
todo. Por outro lado, na coordenação do mercado, o proprietário 
do carro contrata um mecânico que determina quais são os 
problemas e faz a lista das peças e ferramentas necessárias para 
que concerte o carro. O proprietário compra as peças em um ferro-
velho e aluga as ferramentas em uma loja. De seguida chama 
novamente o mecânico para fazer o concerto. Depois devolve as 
ferramentas e paga as contas referentes ao aluguer das 
ferramentas, a mão-de-obra do mecânico e o custo das peças. 
 
 Economia de escala surge quando o custo de produção de uma 
unidade de um bem diminui à medida que a produção aumenta. As 
economias de escala resultam da especialização e da divisão de 
trabalho que podem ser obtidos mais eficazmente pela 
coordenação feita pela empresa do que pela coordenação feita pelo 
mercado. (Mata 2007; Parkin 2009). É exemplo de economia de 
escala os fabricantes de automóveis. Um fabricante de automóvel 
que produz apenas alguns carros anualmente, utiliza o método 
manual, e este é muito oneroso. No entanto, um fabricante que usa 
a economia de escala, a medida que a escala de produção aumenta, 
a empresa pode utilizar mão-de-obra altamente especializada e 
equipamentos que reduzem os custos. 
 
 
22 
 
 Economia de escopo surge quando uma empresa utiliza recursos 
especializados, muitas vezes onerosos, para produzir uma 
variedade de bens ou serviços. Em consequência, ela coordena 
esses recursos a um custo mais baixo do que o custo que um 
individuo teria para adquirir todos esses serviços nos mercados. 
 
 Economia de produção em equipa é um processo de produção no 
qual os indivíduos de um grupo se especializam em tarefas que se 
complementam. A produção de bens e serviços oferece muitos 
exemplos de actividade em equipa, pois as actividades são 
organizadas em equipa e cada uma se especializa em uma pequena 
tarefa. 
 
 
Exercício de Auto- Avaliação 
 
1. Quais são as duas maneiras de coordenar a actividade 
económica? 
2. O que determina se a produção é coordenada por uma 
empresa ou pelo mercado? 
3. Quais as principais razões pelas quais as empresas 
normalmente conseguem coordenar a um custo mais baixo 
do que o alcançado pelo mercado? 
 
Solução: 
 
1. Quais são as duas maneiras de coordenar a actividade 
económica? 
 
R: As duas maneiras de coordenar a actividade económica são: 
coordenação através do mercado e a coordenação através das empresas. 
 
 
2. O que determina se a produção é coordenada por uma empresa 
ou pelo mercado? 
 
R: O que determina se a produção é coordenada por uma empresa ou 
pelo mercado são os custos. Se os custos incorridos pelas empresas são 
menores que as do mercado então a coordenação será feita pelas 
empresas. Porém, se o mercado for mais eficiente que as empresas a 
coordenação é feita pelo mercado. 
 
23 
 
3. Quais as principais razões pelas quais as empresas 
normalmente conseguem coordenar a um custo mais baixo do 
que o alcançado pelo mercado? 
 
R: As principais razões pelas quais as empresas normalmente conseguem 
coordenar a um custo mais baixo do que o alcançado pelo mercado por 
serem capazes de conseguir menores custos de transacção, economia de 
escala, economia de escopo e economia de produção em equipa.
 
24 
 
TEMA II: FUNCIONAMENTO DO MERCADO 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1. O modelo de procura 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1. O modelo de Oferta 
UNIDADE TEMÁTICA 2.3. Equilíbrio Geral da Procura e da Oferta 
 
Introdução 
O mercado é entendido como sendo o lugar físico ou virtual que põe em 
contacto o consumidor e o vendedor de um dado bem ou serviço, com 
finalidade de satisfazer as suas necessidades. No entanto, este é 
semelhante com as situações meteorológicas, pois estão sempre em 
processo de mudança, são imprevisíveis e sujeitos a frequentes períodos 
de tempestades e bonanças. por isso a sua compreensão é bastante 
complexa. 
A ferramenta que ajuda a compreender os movimentos dos preços e das 
quantidades nos mercados específicos é chamada análise da oferta e da 
procura (teoria da oferta e da procura). 
A teoria da oferta e da procura demonstra como as preferências dos 
consumidores determinam a procura de bens, enquanto os custos das 
empresas são a base da oferta de mercadorias. 
 A quantidade que as pessoas procuram de um bem, depende do 
seu preço. Quanto maior for o preço de um bem, mantendo-se o 
resto constante, menor é a quantidade que as pessoas querem 
comprar desse bem. 
 Quanto menor é o preço do mercado do bem, maior é o número de 
unidades compradas. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1: Modelo de Procura 
O conhecimento da procura enfrentada por uma determinada empresa 
está directamente relacionada com o comportamento dos consumidores, 
em termo de quantidades que está disposto a adquirir quando se confronta 
com diferentes níveis de preços. Normalmente, os consumidores tem a 
tendência de comprar mais quando os preços de um bem baixam e tendem 
a reduzir quando os preços são altos. No entanto este comportamento não 
é similar para todos os bens transaccionados no mercado. Neste sentido, 
pode-se dizer que os consumidores são a chave para o sucesso das 
empresas, estes determinam quais as possibilidades de venda que uma 
empresa pode ter. Para o alcance deste objectivo, as empresas precisam 
conhecer os seus potenciais consumidores, de forma a adequar as suas 
decisões. 
Objectivos: 
No final desta unidade temática o estudante deve ser capaz de: 
1. Definir a procura; 
2. Descrever a Lei da procura e o porquê a curva da procura 
tem inclinação negativa; 
3. Definir, calcular e Explicar os factores que influenciam a 
Procura; 
4. Definir, calcular e explicar os factores que influenciam a 
elasticidade da procura 
 
Curva da Procura 
As pessoas preocupadas em satisfazer as suas necessidades, procuram 
bens e serviços. Procura ou demanda segundo Samuelson et all (2010) é a 
quantidade de bens, serviços ou factores de produção que os 
consumidores estão dispostos a adquirir por um determinado preço 
durante um determinado período. A relação entre o preço do mercado de 
um bem e a quantidade procurada desse mesmo bem, mantendo-se o 
resto constante, é chamada por função procura ou curva da procura. 
A curva da procura tem inclinação negativa. A esta propriedade denomina-
se Lei da procura com inclinação negativa. A lei da procura diz que: o preço 
do bem e quantidade procurada do mesmo tem uma relação inversa, isto 
é, quando o preço de um bem aumenta (diminui), mantendo-se todo o 
 
26 
 
resto constante, os consumidores tendem a consumir uma menor (maior) 
quantidade desse mesmo bem. Esta situação justifica-se pelas seguintes 
razões: efeito substituição, efeito rendimento e efeito utilidade marginal 
decrescente. 
a) Efeito substituição: quando o preço de um bem aumenta, o 
consumidor procura substituir por outros bem similares mas que 
tenham um preço mais baixo e que lhe garante a mesma satisfação. 
b) Efeito rendimento: quando o preço aumenta, mantendo-se o resto 
constante, torna os consumidores mais pobres do que 
anteriormente pois os seus rendimentos permanecem inalterados, 
o mesmo é aplicado para o inverso. 
c) Efeito utilidade marginal decrescente: Quanto mais o consumidor 
adquire maior quantidade de um determinado bem ou serviço, o 
acréscimo da sua satisfação tende a reduzir, induzindo-o a pagar ao 
menor preço 
 
Procura individual e Procura do mercado 
Os mercados em geral são constituídos por diversos consumidores. Os 
elementos fundamentais da construção da procura são os gostos e as 
necessidades individuais (procuras individuais). No entanto, cada 
consumidor tem um comportamento diferenciado do outro, o que leva 
com que tenham procurasindividuais diferentes. Para as empresas 
interessa saber a procura que agrega todos consumidores, a chamada 
procura de mercado, que representa a soma de todas as procuras 
individuais.(Mata 2007) 
Para melhor percebermos como passar da procura individual para a 
procura de mercado, vamos admitir que, o Rui, a Susana e o Miguel gostam 
de ópera e a tabela 2 descreve o número de vezes que estes vão assistir a 
espectáculo de ópera para diferentes níveis de preço de bilhete. 
Tabela 2: Procura Individual e do mercado 
Preço 
(Euros) 
Procura do 
Rui 
Procura da 
Suzana 
Procura do 
Miguel 
Procura de 
Mercado 
60 1 0 0 1 
50 1 1 0 2 
40 1 2 2 5 
30 2 2 4 8 
20 2 3 5 10 
10 4 3 6 13 
 
 
27 
 
Para obtermos a procura de mercado basta agregar, para cada preço a 
totalidade da quantidade procurada pelos diferentes consumidores. Assim, 
ao preço de 60, apenas o Rui ira a opera, o que faz com que a procura de 
mercado a este preço seja igual a uma unidade. Ao preço de 50, a suzana 
ira também uma vez, o que faz com que a procura seja de duas unidades. 
Ao preço de 40, o Miguel entra no mercado, indo duas vezes e a Suzana ira 
uma única vez, o que faz com que a procura de mercado seja de 5 unidades. 
Este processo de agregação repete-se para cada preço ate chegar-se à 
quantidade de 13 unidades quando se atinge o preço de 10. 
A agregação das diferentes procuras individuais esta representada 
graficamente na figura 1. 
Figura 1: Procura individual e procura de mercado 
 
Fonte: Mata, 2007 
A curva de procura é representada de forma linear, ou seja, por uma linha 
recta. Com a linha recta é fácil perceber que, quanto maior for o numero 
de consumidores no mercado e quanto maior for a heterogeneidade entre 
eles, menos importantes serão os degraus da procura agregada e mais 
perto se esta da forma linear. No entanto, ainda se chama Curva da 
procura, mesmo quando usa-se a forma linear para a representação da 
procura. 
 
 
 
 
Figura 2: A Curva de Procura 
 
28 
 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
Do ponto de vista analítico, a forma linear continua a ser usada pela sua 
simplicidade e ajuda também a perceber melhor a relação existente entre 
o preço de um bem e a quantidade procurada do mesmo bem que 
normalmente é representada pela expressão abaixo: 
bPaQ  
Sendo Q a variável dependente ou explicada; P a variável independente 
ou explicada; bea parâmetros positivos, cujo valor varia de acordo 
com as características especificas de cada curva da procura; o sinal menos 
antes do parâmetro b significa que a curva da procura tem inclinação 
negativa; O parâmetro a representa o valor de dQ quando P é nulo. O 
parâmetro b representa a inclinação da recta. 
Na economia, a representação gráfica segue uma nomenclatura inversa 
usada na matemática, isto é, a representação gráfica faz a inversão dos 
eixos relativamente a forma usual da representação de funções. Muitas 
vezes, contudo, usaremos a inversa da curva da procura em vez da procura 
propriamente dita, representação essa em que os eixos estão no seu lugar 
habitual. 
Q
bb
a
P
1

 
 
29 
 
Factores determinantes da Procura 
Para além do preço que influencia a quantidade procurada, as alterações 
da procura são determinadas por um conjunto de factores, conforme é 
sugerido por Samuelson et al (2010): 
 Os níveis médios de rendimento: as alterações no rendimento 
dos consumidores têm consequências sobre a procura que 
esses consumidores fazem dos bens. Com o aumento dos 
rendimentos, os consumidores tendem a comprar uma maior 
quantidade de quase tudo, mesmo sem alteração dos preços. 
Os bens relativamente aos quais isto acontece denominam-se 
bens normais. Mas, existem bens cujo consumo diminui a 
medida que o rendimento aumenta, os bens com estas 
características denominam-se bens inferiores. O consumo deste 
tipo de bem reduz-se porque os consumidores passam a 
procurar consumir bens de melhor qualidade. Por exemplo, se 
o consumidor ficar mais rico, este diminuirá o consumo da carne 
de segunda e passara a compra mais a carne de primeira. Existe 
ainda o caso de bens de consumo saciado, quando a procura de 
um bem não é influenciado pelo rendimento dos consumidores, 
é o caso do sal. 
 A dimensão da população: a procura também depende do 
tamanho e da distribuição etária da população. Quanto maior 
for o número de habitantes numa região, maior será a procura 
do mercado. Por exemplo, a procura de vagas de 
estacionamento, filmes entre outras coisa que possa imaginar, 
é muito maior nas grandes cidades quanto comparado com as 
pequenas cidades. Além disso, quanto maior é a parcela da 
população em uma determinada faixa etária, maior é a procura 
pelos bens ou serviços utilizados por esta faixa etária. 
 Os preços e a disponibilidade dos outros bens relacionados: 
Existe uma relação importante entre bens substitutos e os bens 
complementares. A quantidade que um consumidor compra de 
um dado bem irá depender do preço de outro bem. Podendo 
estes bens aumentar ou reduzi as quantidades consumidas, 
conforme a disponibilidade ou a relação existente entre eles. Se 
os bens forem substitutos, como por exemplo a manteiga e a 
margarina, se houver um aumento do preço da margarina, os 
consumidores passam a comprar menos margarina e 
aumentam a quantidade de consumo da manteiga. Um bem 
substituto, é um bem que pode ser utilizado no lugar de outro. 
No caso de bens complementares, isto é, bens consumidos em 
 
30 
 
simultâneo como por exemplo a gasolina e o automóvel, se o 
preço da gasolina aumenta, os consumidores irão reduzir a 
procura de automóveis. 
 Os gostos ou preferências individuais e da sociedade: os 
consumidores têm gostos diferentes. Os gostos representam 
uma variedade de influências culturais e históricas. Estes podem 
ser influenciados por tradição ou crença religiosa. Podem 
também alterar-se no decurso da vida dos consumidores. 
 Influências específicas: As influências específicas afectam a 
procura de bens específicos. 
É importante saber distinguir entre o impacto que as alterações dos níveis 
de preço de um bem das alterações dos factores determinantes da procura 
têm sobre a curva da procura. Se apenas alterar o preço do bem, mantendo 
o resto constante, ocorre uma variação da quantidade procurada, ou seja, 
haverá movimento ao longo da curva da procura. Se o preço diminui, o 
movimento será para cima e se o preço aumenta, o movimento será para 
baixo. 
Quando se alteram os factores determinantes da procura, mantendo o 
resto constante, ocorre uma variação na procura, ou seja, há uma 
deslocação da curva da procura, podendo se deslocar para a direita 
ilustrando um aumento e para a esquerda ilustrando uma redução. 
Figura 3: Mudança da quantidade procurada versus mudança da procura 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
 
31 
 
Elasticidade Preço da Procura 
Um elemento muito importante para caracterizar uma procura é saber qual 
é o impacto que uma alteração do preço tem sobre a quantidade 
procurada. Do ponto de vista da empresa, o conhecimento desta 
sensibilidade da procura às variações do preço é decisivo para avaliar ate 
que ponto é que é possível subir o preço, ou ate ponto é que vale a pena 
desce-lo. As figuras abaixo ilustram duas procuras com a mesma subida de 
preço, no entanto com consequências diferentes em termo de quantidades 
que são possíveis vender. 
Figura 4: Elasticidade da procura 
 
Fonte: Mata, 2007 
Com os dois gráficos, é possível notar que a procura do gráfico a esquerda 
a subida de preço provoca uma pequena redução da quantidade vendida, 
na procura do gráfico a direita a variação da quantidade vendida é mais 
significativa. 
Para medir a sensibilidade da procura a variação do preço, os economistas 
usam o conceito elasticidade preço da procura (elasticidade da procura) 
mede a variação na quantidade procurada de um bem quando o seu preço 
varia, ou seja, é a variação percentual da quantidade procurada dividida 
pela variaçãopercentual do preço. (Mata 2007) 
 
 
 
 
 
32 
 
 
Onde: 
 D = Representa a elasticidade preço da procura 
 ΔQ = Representa a variação da quantidade procurada. 
 ΔP = Representa a variação no preço. 
 Q = Representa a quantidade média procurada 
 P = Representa o preço médio 
 
Categorias da Elasticidade Preço da Procura 
 Quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma 
variação superior a 1% na quantidade procurada, o bem tem 
uma procura elástica em relação ao preço ( D >1). 
 Quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma 
variação inferior a 1% na quantidade procurada, o bem tem 
uma procura rígida ou inelástica em relação ao preço ( <1). 
 Quando a percentagem da variação da quantidade é 
exactamente igual a percentagem da variação do preço, o bem 
tem uma procura unitária ( =1). 
De acordo com Samuelson et al (2010), existem três pontos importantes 
no cálculo da elasticidade: primeiro, as variações percentuais são tratadas 
como sendo positivas. Neste contexto, todas as elasticidades são positivas, 
ainda que os preços e as quantidades procuradas se desloquem em 
direcções opostas. Segundo a definição da elasticidade usa a variação 
percentual do preço e da procura, isto é, uma alteração da unidade de 
medida não afecta a elasticidade. Quer os preços sejam em Metical ou 
Rand ou Dólar, a elasticidade preço mantém-se igual. 
No cálculo exacto das variações percentuais do preço e da quantidade usa-
se a fórmula: 
 
Onde o preço e a quantidade do denominador calcula-se a partir do preço 
médio, ou seja: 
D
D
Q
P
P
Q
PP
QQ
D 






/
/

PP
QQ
/
/


 
33 
 
2
21 QQQ

 e 
2
21 PPP

 
 P1 e Q1 representam o preço e a quantidade originais. 
 P2 e Q2 representam o preço e a quantidade finais. 
 
Factores que Influenciam a elasticidade da Procura 
A elasticidade da procura segundo Parkin (2009) depende dos seguintes 
factores: 
 Proximidade dos bens substitutos: quanto mais próximo forem os 
bens ou serviços substitutos, mais elástica é a procura por esses 
bens; 
 Proporção da renda gasta com o bem: quanto maior for a 
proporção da renda gasta em um bem, mais elástica é a procura por 
esse bem. 
 Tempo decorrido desde a variação do preço: quanto mais tempo 
transcorre desde uma variação de preço, mais elástica é a procura. 
 
Casos extremos e importantes que ocorrem na elasticidade preço da 
procura 
Existem casos em que as procuras podem ser perfeitamente elásticas 
(infinitas) ou perfeitamente rígidas (nulas). 
 Procuras perfeitamente rígidas ou com elasticidade preço igual a 
zero ( 0D ) são aquelas em que as quantidades procuradas não 
reagem às variações de preço. A sua representação gráfica 
corresponde a uma curva da procura vertical. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 5: Procura perfeitamente inelástica 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
 Quando a procura é infinitamente elástica ( D ), uma ligeira 
variação no preço levara a uma variação infinitamente grande da 
quantidade procurada. Ela representa-se por uma curva de procura 
horizontal. 
 
Figura 6: Procura perfeitamente elástica 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
 
35 
 
Elasticidades da procura e receitas 
Existe uma relação interessante entre a receita total e a elasticidade da 
procura. Por definição a receita total é igual ao preço vezes a quantidade 
(R = PxQ). Quando o preço varia, a receita total também varia. No entanto, 
nem sempre que o preço aumenta, a receita total também aumenta. A 
variação da receita total depende da elasticidade da procura da seguinte 
forma: 
 Quando a procura é rígida em relação ao preço ( >1), uma 
redução do preço reduz a receita total. 
 Quando a procura é elástica em relação ao preço ( <1), uma 
redução do preço aumenta a receita total. 
 Quando a procura tem uma elasticidade unitária ( =1), uma 
redução do preço não tem qualquer efeito na receita total. 
A figura 5 mostra como é possível utilizar a relação entre a elasticidade 
procura e a receita total para estimar a elasticidade por meio do teste da 
receita total. O teste de receita total é um método para estimar a 
elasticidade da procura pela observação da mudança da receita total 
resultante de uma mudança do preço, quando todos outros factores que 
influenciam a quantidade vendida se mantiverem constantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D
D
D
 
36 
 
Figura 7: Elasticidade e receita total 
 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
Como mostra a figura do painel (a), na faixa de preços de $25 a $12,50, a 
procura é elástica. Na faixa de preços de $12,50 a zero a demanda é 
inelástica. No preço de $12,50, a demanda tem elasticidade unitária. 
No painel (b) mostra a receita total. Ao preço de $25, a quantidade vendida é zero, 
de modo que a receita total é zero. Ao preço de zero, a quantidade é 50 pizzas por 
hora e a receita total por sua vez, é zero. Uma redução de preço na faixa elástica 
leva a um aumento da receita total – o aumento percentual da quantidade 
procurada ‘e maior que a redução percentual do preço. Uma redução de preço na 
faixa inelástica leva a uma redução da receita total aumento percentual da 
quantidade procurada é menor que a redução percentual do preço. Na 
elasticidade unitária, a receita total está no seu máximo. A tabela 3 resume 
essas situações. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Tabela 3: Relação entre elasticidade Procura e recita total 
Valor da ED Descrição Definição Impacto nas receitas 
ED>1 Procura 
elástica 
Variação percentual da 
quantidade procurada 
maior do que a variação 
percentual do preço 
As receitas aumentam 
quando o preço diminui 
ED=1 Procura 
com 
elasticidade 
unitária 
Variação percentual da 
quantidade procurada 
igual à variação percentual 
do preço 
As receitas mantêm-se 
quando o preço diminui 
ED<1 Procura 
rígida 
Variação percentual da 
quantidade procurada 
menor do que a variação 
percentual do preço 
As receitas diminuem 
quando o preço diminui 
 
Resumo: 
Os consumidores procuram bens e serviços para satisfação das suas 
necessidades. A procura de mercado de um bem ou serviço informa as 
empresas as quantidades que os consumidores estão dispostos a 
adquirir a cada nível de preços num determinado período de tempo. A 
Procura de cada bem depende de vários factores, nomeadamente os 
gostos, rendimento médio, dimensão populacional, o preço dos bens 
relacionados e influências especiais. A relação entre o preço de um bem 
e a quantidade procurada deste mesmo bem é denominada função ou 
curva da procura. A alteração do preço (redução ou aumento) provoca 
movimento ao longo da curva da procura e alteração dos factores 
determinantes da procura provoca deslocamento da curva da procura. 
A elasticidade é uma medida da sensibilidade da quantidade procurada 
de um bem a uma mudança do seu preço, se mantivermos todo o resto 
constante. Quanto maior for a extensão da elasticidade preço da 
procura, maior é a sensibilidade da quantidade procurada a uma 
determinada variação de preço. 
 
Questões para Autoavaliação 
1. Defina procura. 
 
38 
 
2. Descreva a Lei da procura e diga porquê a curva da procura tem 
inclinação negativa? 
3. O que entende por função ou curva da procura? 
4. Quais são os factores determinantes da procura? 
5. Defina elasticidade preço da procura e Explique os factores que 
influenciam a elasticidade da procura. 
 
Solução: 
1. Defina procura ou demanda. 
R: Procura é a quantidades que o consumidor está disposto a adquirir 
quando se confronta com diferentes níveis de preços. 
2. Descreva a Lei da procura e diga porquê a curva da procura tem 
inclinação negativa? 
R: A lei da procura diz: o preço do bem e quantidade procurada do mesmo 
tem uma relação inversa, isto é, quando o preço de um bem aumenta 
(diminui), mantendo-se todo o resto constante, os consumidores tendem 
a consumir uma menor (maior) quantidade desse mesmo bem. A curva da 
procura tem inclinaçãonegativa pelas seguintes razões: efeito substituição, 
efeito rendimento e efeito utilidade marginal decrescente. 
3. O que entende por função ou curva da procura 
R: Curva da procura é a relação entre o preço do mercado de um bem e a 
quantidade procurada desse mesmo bem, mantendo-se o resto constante. 
4. Quais são os factores determinantes da procura 
R: Os factores determinates da procura são 5, nomeadamente: Os níveis 
médios de rendimento; A dimensão da população; Os preços e a 
disponibilidade dos outros bens relacionados; Os gostos ou preferências 
individuais e da sociedade e Influências específicas: As influências 
específicas afectam a procura de bens específicos. 
5. Defina elasticidade preço da procura e Explique os factores que 
influenciam a elasticidade da procura. 
R: Elasticidade preço da procura mede a variação na quantidade procurada 
de um bem quando o seu preço varia, ou seja, é a variação percentual da 
 
39 
 
quantidade procurada dividida pela variação percentual do preço 
Proximidade dos bens substitutos: quanto mais próximo forem os bens ou 
serviços substitutos, mais elástica é a procura por esses bens; Proporção 
da renda gasta com o bem: quanto maior for a proporção da renda gasta 
em um bem, mais elástica é a procura por esse bem; Tempo decorrido 
desde a variação do preço: quanto mais tempo transcorre desde uma 
variação de preço, mais elástica é a procura. 
 
 
 
40 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.2: Modelo de Oferta 
Introdução 
A abordagem da oferta evidencia o comportamento dos produtores ou 
vendedores face as suas decisões do que produzir, como produzir e quanto 
produzir. A Oferta representa a quantidade de bens, serviços que os 
vendedores estão dispostos a vender por um determinado preço durante 
um determinado período. Ao relacionar o preço do mercado de um 
determinado bem com a quantidade oferecida desse mesmo bem, 
mantendo-se o resto constante, estamos perante uma função ou curva da 
oferta. Movido pela maximização de lucro, os produtores aumentam as 
quantidades a oferecer no mercado, quando o preço desse bem aumenta 
e diminuem, quando o preço reduz. Esta situação faz com que a curva da 
oferta tenha inclinação positiva. 
 
Objectivos: 
No final desta unidade temática, o estudante deve ser capaz de: 
 Definir a oferta e a função oferta de um bem 
 Explicar os factores determinantes da oferta de um bem 
 Saber representar analiticamente e graficamente a função oferta 
 Distinguir a ocorrência de deslocamento e movimento ao longo da 
curva da oferta 
 
Função oferta 
Se uma determinada empresa oferece bens e serviços, quer dizer que ela 
dispõe de factores de produção e de tecnologias para produzir, tem 
benefícios com a produção e possui um plano de produção e de 
distribuição do bem no mercado. Os factores de produção e a tecnologia 
constituem o ponto-chave na produção de bens e serviços. 
Segundo Parkin (2010) a quantidade de bens, serviços ou factores de 
produção que os vendedores ou fornecedores estão dispostos a vender por 
um determinado preço durante um determinado período é denominada 
de oferta. No entanto, a quantidade que os produtores irão disponibilizar 
no mercado, esta dependente do preço do mercado, conjugado aos outros 
factores que podem influenciar a oferta de bens ou serviços por parte da 
 
41 
 
empresa. Esta situação é justificada pela lei da oferta: “ quanto mais alto 
for o preço, mantendo os outros factores constantes, maior será a 
quantidade oferecida desse mesmo bem e quanto menor for o preço do 
bem, menor será a quantidade oferecida desse bem”. 
A curva da oferta, constitui a curva mais utilizada na análise económica. Ela 
mostra a relação existente entre o preço de um bem e a quantidade desse 
mesmo bem, quando os outros factores planeados pelas empresas 
permanecem constantes. A curva da oferta de um bem ou serviço, pode 
ser expressa matematicamente pela seguinte expressão analítica: 
cPdQs  
Sendo Q a variável dependente ou explicada; P a variável independente 
ou explicativa; ced parâmetros positivos, cujo valor varia de acordo 
com as características especificas de cada curva da procura; o sinal mais 
antes do parâmetro c significa que a curva da oferta tem inclinação 
positiva; O parâmetro d representa o valor de dQ quando P é nulo. O 
parâmetro c representa a inclinação da recta. 
A representação gráfica da curva da oferta de um bem, permite constatar 
que a curva da oferta associa a cada nível de preços a uma determinada 
quantidade. A semelhança da curva da procura, na construção gráfica da 
curva da oferta, coloca-se as quantidades do bem no eixo horizontal (eixo 
dos x) e o preço no eixo vertical (eixo dos y), conforme é apresentada pela 
figura abaixo: 
 
Figura 8: A Curva da oferta 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
 
42 
 
Os planos de venda de uma empresa não só são influenciados pelo preço, 
mas também por outros factores. De entre tantos factores ou 
determinantes da oferta, Samuelson et al (2010) destaca os seguintes: 
 Tecnologia 
 Preço dos factores de Produção 
 Políticas do governo 
 Expectativas 
 Influências Especiais (Clima) 
Tecnologia: o progresso tecnológico altera (diminuição) o montante de 
factores necessários a mesma quantidade de produto. 
Preço dos factores de Produção: os produtores oferecem uma grande 
quantidade de um bem, quando os custos de produção desse bem são 
baixos em relação ao preço de mercado. 
Políticas do governo: As condições ambientais e de saúde determinam as 
tecnologias que podem ser usados, enquanto as leis fiscais e do salários 
mínimos podem aumentar significamente os preços dos factores de 
produção; 
Expectativas: As expectativas de preços futuros têm um impacto sobre as 
decisões da oferta. 
Influências Especiais (clima): As condições meteorológicas têm uma 
influência muito importante sobre a agricultura e sobre as indústrias. 
Na análise gráfica, um ponto na curva da oferta indica a quantidade 
oferecida a um dado preço. Se houver um movimento ao longo da curva da 
oferta, seja para cima ou para baixo, indica que houve uma variação na 
quantidade oferecida. Uma alteração nos factores que influencia a oferta, 
indica que houve uma variação da oferta, isto é, resultará no deslocamento 
da curva da oferta para esquerda (diminuição) e para direita (aumento). 
 
 
 
Figura 9: Mudança da quantidade oferecida versus mudança da oferta 
 
43 
 
 
Fonte: Parkin, 2009 
 
Exercício de Auto-avaliação: 
1. Definir a oferta e a função oferta de um bem 
2. Explique a lei da oferta e diga os factores determinantes da oferta 
de um bem 
3. Explique quando é que ocorre um deslocamento da curva da 
oferta? 
 
Solução: 
1. Definir a oferta e a função oferta de um bem 
R: Oferta é a quantidade de bens, serviços ou factores de produção que os 
vendedores ou fornecedores estão dispostos a vender por um 
determinado preço durante um determinado período e a função oferta de 
um bem mostra a relação existente entre o preço de um bem e a 
quantidade desse mesmo bem, quando os outros factores planeados pelas 
empresas permanecem constantes 
2. Explique a lei da oferta e diga os factores determinantes da oferta 
de um bem 
R: A lei da oferta diz: quanto mais alto for o preço, mantendo os outros 
factores constantes, maior será a quantidade oferecida desse mesmo bem 
 
44 
 
e quanto menor for o preço do bem, menor será a quantidade oferecida 
desse bem”. Os factores determinantes da oferta de um bem são: 
Tecnologia; Preço dos factores de Produção; Políticas do governo; 
Expectativas; Influências Especiais (clima). 
3. Explique quando é que ocorre um deslocamento da curva da 
oferta? 
R: Um deslocamento da curva da oferta corre quando houver alteração dos 
factores que influencia a oferta. 
 
 
 
 
45 
 
UNIDADE TEMATICA 2.3: Equilíbrio de Mercado 
Introdução 
O mecanismo de mercado é um processo complexo de interacção dos 
agentes económicos. Neste processo

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