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pacto federativo- 7

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Pacto Federativo Pátrio 
 
1. Conceito 
 
• Ordens jurídicas distintas, incidentes sobre o mesmo território, sem que se 
fale em hierarquia entre elas. 
• “Federação é uma forma de organização do Estado, composta por diversas 
entidades territoriais, com autonomia relativa e governo próprio para 
assuntos locais, unidas numa parceria que visa o bem comum. Essa parceria é 
regulada pela constituição de cada país, que estabelece a divisão do poder e 
a dinâmica das relações entre unidades federadas, além de toda amoladura 
jurídica, como direitos e deveres que determinam a atuação dos entes 
federados. 
 
De acordo com a constituição de 1988, a República Federativa do Brasil é 
composta pela parcela indissolúvel de estados, municípios e Distrito 
Federal. A organização político-administrativa brasileira compreende a 
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos 
termos da constituição. (Art 1, art 18 CF) 
 
O pacto federativo é o conjunto de dispositivos constitucionais que 
configuram a moldura jurídica, as obrigações financeiras, a arrecadação de 
recursos e os campos de atuação dos entes federados. O debate em torno do 
pacto federativo que esta sendo travado atualmente no Congresso Nacional 
gira em torno, sobretudo, de questões fiscais” 
Fonte:Agência Senado 
 
2. Base legal. CF/88: 
 
• Art 1 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 
I - a soberania; 
 
II - a cidadania; 
 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
• TÍTULO III 
 Da Organização do Estado 
 CAPÍTULO I 
 DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
 
 
 
 
 
 
	A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são pessoa 
jurídica, de direito público interno, previsto no Art 40 e Art 41, 
incisos I, II, III (CC) 
3. União 
 
É pessoa jurídica que tem dupla face: 
• De direito público internacional-nas hipóteses do Art 2, incisos I,II,II e IV da 
CF: 
 
Art. 21. Compete à União: 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
 
III - assegurar a defesa nacional; 
 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
 
• Como pessoa jurídica de direito interno com autonomia administrativa e financeira 
e capacidade política (é a capacidade de elaborar leis em sentindo estrito, 
previstas no Art 59 CF), integrante do pacto federativo (Art 18 CF), nas demais 
hipóteses. 
 
A CF determina suas competências (administrativas, legislativas e jurisdicional) e 
a forma de obtenção de recursos – ALCANÇAR A AUTONOMIA de que trata o Art 18 CF 
 
 
 
3.1. Bens da União 
Estão previstos no art 20 da CF 
 
Art. 20. São bens da União: 
 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das 
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental, definidas em lei; 
 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, 
ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos 
marginais e as praias fluviais; 
 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as 
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que 
contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço 
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; 
 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva; 
 
VI - o mar territorial; 
 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos; 
 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
 
 
QUESTÃO: Por que a União é uma pessoa jurídica de dupla face? 
 Porque ora ela é uma pessoa jurídica de direito publico internacional 
nas hipóteses do Art 21, incisos I,II,III e IV, e em todas as demais 
hipóteses da CF ela é uma pessoa jurídica de direito publico interno 
integrante do pacto federativo nos termos do art 18, e ela é autônoma 
porque a constituição determina/estabelece suas competências sendo elas 
administrativas, legislativa e jurisdicional e como ele vai obter seus 
recursos. 
 
OBS: BENS PÚBLICOS (Código Civil, previsto no art.98 E 99 incisos I, II e III 
 
CAPÍTULO III 
Dos Bens Públicos 
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja 
qual for a pessoa a que pertencerem. 
 
 
 Art. 99. São bens públicos: 
 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas 
entidades. 
 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os 
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado. 
 
 
 
 
 
 
 
3.2. Impostos à cargo da União 
 
• Previstos no Art 153 CF 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 
I - importação de produtos estrangeiros; 
 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
 
IV - produtos industrializados; 
 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
 
VI - propriedade territorial rural; 
 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
 
 
 
 
OBS: TERRITÓRIOS não integram o 
pacto federativo 
3.3. Competência não legislativa da União 
 
Está grafada no Art 21 CF 
 
Art. 21. Compete à União: 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
 
III - assegurar a defesa nacional; 
 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
 
 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
 
 
VII - emitir moeda; 
 
(...) 
 
3.4. Competência legislativa privativa da União 
 
Está descrita no Art 22 CF 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
II - desapropriação; 
 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; 
 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 
V - serviço postal; 
 
(...) 
 
 
 
3.5. Competência não legislativas comuns 
 
Art. 23. É competência comum da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas 
e conservar o patrimônio público; 
 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios 
arqueológicos; 
 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de 
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à 
tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela EMENDA CONSTITUCIONAL 
Nº 85, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2015) 
 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 
(...) 
 
A forma como serão concretizadas as competências do Art 23 está disposta em seu 
parágrafo único: 
 
Art 23(...) 
 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
 
3.6. Competência legislativa concorrente 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
 
II - orçamento; 
 
III - juntas comerciais; 
 
IV - custas dos serviços forenses; 
 
V - produção e consumo; 
 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico; 
 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, 
desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 85, DE 
26 DE FEVEREIRO DE 2015) 
 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
 
XI - procedimentos em matéria processual; 
 
(...) 
 
• Exclui o Município 
• Essa competência é estruturada §1º ao 4º no Art 
 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer normas gerais. 
 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui 
a competência suplementar dos Estados. 
 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
 
• SUSPENDE A EFICÁCIA POIS LEI FEDERAL NÃO PODE REVOGAR LEI DE OUTRO ENTE 
FEDERATIVO. 
 
Exemplo de norma geral: 
Lei 13.874- Lei da liberdade econômica 
 
Art 1º, §4º: 
§ 4º O disposto nos arts. 1º, 2º, 3º e 4º desta Lei constitui norma geral 
de direito econômico, conforme o disposto no inciso I do caput e nos §§ 1º, 
2º, 3º e 4º do art. 24 da Constituição Federal, e será observado para todos 
os atos públicos de liberação da atividade econômica executados pelos 
Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, nos termos do § 2º deste 
artigo. 
Dica: Como identificar se é competência legislativa ou não? 
 
-Observar se tem advérbio 
-Se a constituição não falar nada, a competência é administrativa 
-Se a constituição falar “legislar” é legislativa 
4. Estados 
• Pessoa jurídica de direito publico interno com autonomia administrativa e 
fincaria e capacidade política. 
 
• Se organiza por meio de Constituição estadual (25 CF), pode exercer todas 
as competências que não lhe seja vedada, por força do art.25, §1º CF. 
 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
 
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição. 
 
É a denominada competência residual dos Estados. 
 
4.1. Bens do Estado 
 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras 
da União; 
 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu 
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; 
 
 III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
 
 IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
4.2. Criação, fusão e incorporação de Estados 
 
CASO: 
 
Estado do Pará, no final de 2011, realizou plebicito para que se 
decidisse acerca da formação de mais de dois Estados em território, a 
saber, o de Carajás e o de. Tapajós. No dia 11 de dezembro daquele ano 
duas foram as perguntas, efetuadas na seguinte ordem: “Você é a favor da 
divisão do Estado do Pará para Estado de Tapajós?” E “Você é a favor da 
divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Carajás?”. Na urna 
eletrônica, se deveria votar em cada um desses questionamentos, e ficou 
decidido que o número “??” representaria o “sim, isso é, o entendimento 
favorável ao desenvolvimento, e o número “55” o “não”, isso é o 
entendimento contrario do desenvolvimento. Em caso de surgimento, 
Tapajós teria dimensão superior é soma dos territórios da Espanha, de 
Portugal, da Áustria e da. Suíça; Carajás teria dimensão maior que a 
Inglaterra e a Bélgica juntas. Ao final, a opinião popular rejeitou a 
criação dos dois Estados será possível que ambos ou somente um fossem 
aprovados, com quase setenta por cento de votos contrários em ambos os 
casos. 
 
4.3. Impostos à cargo dos Estados e DF 
 
Art 155 CF 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda 
que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
 
 
 
5. Municípios 
• Pessoa Jurídica de direito publico interno com autonomia 
administrativa e financeira e capacidade politica (18 CF) 
• É um ente federativa do 3ºgrau- Art 11, ADCT: 
 
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, 
elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da 
promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. 
 
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara 
Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, 
em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na 
Constituição Federal e na Constituição Estadual. 
 
CF ->1ºGrau 
Até um ano os Estados elaboram a Constituição Estadual —>2ºGrau 
Até 6 meses Município elaboram Lei Orgânica —>3ºGrau 
 
• O Município deve obedecer a CF, a CE para elaborar a LO 
 
Por conta disso alguns doutrinadores dizem que os Municípios são 
“entes federativos de terceiro grau” 
 
 
• Se estrutura por meio da Lei Orgânica (Art 29 CF): 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos 
os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
 
• Competências previstas no Art 30 da CF (Legislativas ou não 
legislativas) 
 
 -Competências legislativas: 
 
Art. 30. Competeaos Municípios: 
 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
 
• Interesse local é aquilo que, sem afastar as competências dos demais 
entes federativos, diz mais propriamente à realidade do Município. 
 
Ex: Súmula vinculante 38 do STF: 
 
É Competente o município para fixar o horário de funcionamento de 
estabelecimento comercial. 
 
Ø STF (Interesse local) 
 
- o município é competente para legislar sobre o meio ambiente, 
com União e Estado, no limite de seu interesse local, e desde 
que tal regramento seja suplementar e harmônico à disciplina 
estabelecida pelos demais entes federados. (art. 24, VI, c/c 30, 
I e II, da CRFB). 
[RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, j. 5-3-2015, P, DJE de 8-5-
2015, Tema 145.] 
 
-Definição de tempo máximo de espera de clientes em filas de 
instituições bancárias. Competência do Município para legislar. 
Assunto de interesse local.Ratificação da jurisprudência formada 
por essa Suprema corte. [RE 610.221 RG, rel. min. Ellen Gracie, 
j. 29-4-2010, P, DJE de 20-8-2010, Tema 272.] 
 
 
 
 
 
Ø Os Municípios podem suplementar a legislação federal e estadual 
NO QUE COUBE 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
(...) 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
 
 
Ø STF (Município que extrapola a competência suplementar) 
EX: ARE 639.496 
"Esta corte possui ainda jurisprudência firmada no sentido de 
que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e 
transporte, impossibilitados os Estados-membros e municípios a 
legislar sobre a matéria enquanto não autorizados por Lei” 
 
5.1. Criação, fusão e incorporação de Municípios 
• Previsto no art.18,§4º, da CF: 
§ 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado 
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
 
• Também previsto no art.96 do ADCT: 
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, 
incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido 
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua 
criação. 
 
5.2. Impostos à cargo dos Municípios e DF 
 
• Previstos no art 156 CF: 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, 
de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais 
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição; 
 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, 
II, definidos em lei complementar. 
 
6. Distrito Federal 
• Pessoa jurídica de direito público interno com autonomia 
administrativa e financeira e com capacidade política 
 
• É um ente federativo com autonomia parcialmente tutelada, por força 
do art 22, inciso XVII e do artigo 21, incisos XIV. 
 
• A União organiza e mantem o Poder Judiciário, o Ministério Publico do 
Distrito Federal + organizar e mantêm a policia civil, policia penal, 
policia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal + 
presta assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de 
serviços públicos, por meio de fundo próprio. 
 
 
6.1. Competência do DF (Art 32 §1º CF) 
QUESTÃO: Por que o Distrito Federal é considerado um ente federativo com 
autonomia parcialmente tutelada? 
Porque a União que trata do ministério publico , do poder judiciário, das 
polícias e ainda fornecem um fundo para custear as atividades do Distrito 
Federal , previsto no art.22. 
	
• Exerce as competências dos Estados e Municípios, cumulativamente: 
 
• É estruturado por Lei Orgânica 
 
• Não pode ser dividido em Municípios 
 
6.2. Criação de impostos pelo Distrito Federal 
• Pode instituir os tributos municipais e estaduais, por força do 
art.32 §1º CF 
 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á 
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, 
e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
 
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios. 
 
7. Territórios 
• Art 33 CF: 
 
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e 
judiciária dos Territórios. 
 
§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos 
quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste 
Título. 
 
§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao 
Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da 
União. 
 
§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, 
além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá 
órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do 
Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá 
sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência 
deliberativa. 
 
• Não integram o pacto federativo ( art 18) 
 
• Integram. A União (art 18 §2 CF) 
 
• Tem natureza jurídica de uma autarquia federal 
 
• Pode ser dividido em Municípios 
 
• Territórios com + de 100 mil habitantes (art 33 CF) 
 
-Governador nomeado pelo Presidente (art 84) 
-Cada território elegera quatro Deputados (art 45 §2º). Sendo a 
Câmara do Deputados composta por representantes do povo. É natural 
que ela tenha Deputados dos territórios, onde também vivem 
brasileiros. 
-Não elege Senadores, pois não integram o pacto federativo 
 
(CF) Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, 
constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva 
Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. 
 
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as 
atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da 
justiça local, na forma da lei. 
 
(CF) Art. 128. O Ministério Público abrange: 
 
I - o Ministério Público da União, que compreende 
(...) 
 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
 
• Competem a União, em território federal, instituir os impostos 
estaduais e, se o território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais (art 147 CF) 
 
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos 
estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem 
os impostos municipais.

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