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FORMAÇÃO DE PALAVRAS – MATÉRIA COMPLETA MORFEMAS: unidades mínimas significativas. ANÁLISE MÓRFICA: processo pelo qual se divide a palavra em seus elementos mórficos. Há palavras indivisíveis. Ex: sol, mar. Os elementos mórficos que ocorrem nas palavras classificam-se em: radical, desinências, vogal temática e afixos. RADICAL (SEMANTEMA): funciona como base do significado. O radical é o elemento comum a palavras da mesma família. Obs: As palavras que possuem o mesmo radical são chamadas de palavras cognatas. Ex: ferr-o, ferr-eiro, ferr-agem. DESINÊNCIAS: elementos mórficos que se acrescentam ao radical para assinalar flexões gramaticais. Podem ser nominais ou verbais. - NOMINAIS: indicam o gênero e o número dos nomes. Ex: meninos. O: desinência nominal de gênero. S: desinência nominal de número. Obs: As letras são desinências apenas quando estabelecem oposição. Palavras como livro, sapato, caneta, as vogais a e o finais NÃO SÃO desinências, são vogais temáticas. Em palavras como pires, lápis, ônibus, o s final também não é uma desinência nominal, pois não marca oposição singular/plural. Para ocorrer um plural nessas palavras é preciso haver um determinante. Ex: OS ônibus. DESINÊNCIAS VERBAIS: indicam, nos verbos, o tempo e o modo (desinências modo-temporais), a pessoa e o número (desinências número-pessoais). Ex: partissem: part – radical / i – vogal temática / sse: desinência modo temporal / m: desinência número- pessoal. Cantávamos: cant: radical / a: vogal temática / va: desinência modo temporal / mos: desinência número pessoal. VOGAL TEMÁTICA: vogal que em alguns casos, agrega-se ao radical, preparando para receber as desinências. Ex: cantava – cant – radical / a – vogal temática / va – D.M.T // Mares – mar – radical / e – vogal temática / s – D.N.P A vogal temática pode ser representada pelas letras a, e, i, que, nos verbos, indicam a conjugação a que eles pertencem. - Cantar: a – vogal temática: 1ª conjugação. - Vender: e – vogal temática: 2ª conjugação. - Partir: i – vogal temática: 3ª conjugação. Tema: radical + vogal temática. Tema é o radical pronto para receber as desinências. Ex: cantava – canta: tema. / vendera – vende: tema. AFIXOS Elementos mórficos que se agregam ao radical a fim de formar palavras novas. Classificam-se em prefixos e sufixos. Prefixos: quando vêm antes do radical. Ex: infeliz / desleal. Sufixos: quando vêm depois do radical. Ex: lealdade / felizmente. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO: em certas palavras podem aparecer vogais e consoantes de ligação. Elas são desprovidas de significação, não são, pois, morfemas e intercalam-se no vocábulo somente para facilitar a pronúncia. Ex: gas ô metro – ô: vogal de ligação. SUFIXOS: Os sufixos da L.P. possuem origem variada. Predominam, no entanto, os de origem grega ou latina. Quanto ao sentido, costumam assumir inúmeros significados. Dividem-se em: - Nominais: quando formam substantivos ou adjetivos. - Verbais: quando formam verbos. - Adverbiais: sufixo único: -mente. Obs: Esse sufixo adverbial, nos adjetivos biformes (que variam de gênero), devem ser acrescentados à forma feminina. Ex: lenta + mente: lentamente. FORMAÇÃO DE PALAVRAS - Palavras primitivas: aquelas que não provêm de outra palavra. Ex: casa, pedra, flor. - Palavras derivadas: aquelas que provêm de outras palavras. Ex: casebre, pedreira. - Palavras simples: possuem um só radical. Ex: azeite, açougue. - Palavras compostas: possuem mais de um radical. Ex: couve-flor, passatempo. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Composição: ocorre quando dois ou mais radicais se juntam para formar uma nova palavra. Composição por justaposição: os radicais se juntam sem que haja alteração fonética. Ex: couve-flor, passatempo, salário-família. Composição por aglutinação: ocorre alteração fonética. Ex: aguardente, planalto. Obs: O que diferencia a justaposição e a aglutinação é o fato de haver ou não alteração fonética. Em girassol ocorreu justaposição, já que as palavras gira e sol mantêm a mesma pronúncia que tinham quando separadas. DERIVAÇÃO POR ACRÉSCIMO DE AFIXOS Derivação prefixal (prefixação): palavra nova obtida por acréscimo de prefixo. Ex: infeliz. Derivação sufixal (sufixação): acréscimo de sufixo. Ex: felizmente. Derivação parassintética: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam-se principalmente verbos. Ex: entristecer. / entardecer. Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos (substantivos deverbais). Primitiva (verbo) Derivada (substantivo) Combater Combate Caçar Caça Pescar Pesca Castigar Castigo Obs: Celso cunha: “se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva, mas, se o nome denota algum objeto ou substância, se verificará o contrário”. Derivação imprópria (conversão): a palavra nova é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre alteração na forma. Ex: Homem-Aranha (adjetivo derivado de substantivo). Hibridismo: palavra formada com elementos oriundos de outras línguas. Ex: automóvel (auto – grego / móvel: latino) // aeroporto (aero: grego / porto: latino). Onomatopeia: procura reproduzir sons ou ruídos. Ex: fonfom, miau. (os saltimbancos – chico Buarque). Abreviação: redução da palavra até o limite que não prejudique a compreensão. Ex: moto, pneu, foto.
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