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Uma mulher de fraque no Jornal das Moças

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Uma mulher de fraque no Jornal das Moças: Uma leitura da imagem na moda feminina. 
 A cutaway woman in the Journal of Jornal das Moças: An image reading in women's fashion. 
Celso Sánchez (Professor Adjunto GEAsur, UniRio) 
celso.sanchez@hotmail.com 
 Léa Maria Schmitt Leal (Pesquisadora GEAsur, 
UniRio) lea.schmittleal@yahoo.com.br 
 Resumo: 
Este trabalho tem como objetivo analisar a capa da publicação Jornal das Moças de 1917 aonde 
aparece uma mulher de fraque, para tanto foi efetuado o levantamento histórico e de imagens 
junto a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Pontuando como a política de gênero pôde refletir 
na cultura das aparências a moda feminina e como a prática do vestir influenciou a emancipação 
da mulher no período referido. 
 Abstract: 
This project aims to analyze the cover of the Journal of Jornal das Moças in 1917 where it appears 
a cutaway woman, for that was made the historical survey in the subject, and of its images from 
the National Library of Rio de Janeiro. Punctuating how the gender policy can refletc Woman´s 
policy in the culture of appearances could reflect the culture of appearances women's fashion and 
how the practice of dressing influenced the emancipation of women in that period. 
 
 Introdução: 
 O que o presente artigo propõe e ́um estudo detalhado sobre a potência da roupa e da moda como 
plataforma privilegiada para pensar as sociedades, seus conflitos, hierarquias, rupturas e 
permanências. Antes de discorrer sobre o tema feminismo é preciso voltar na história e observar 
o papel que as mulheres exerciam no mundo para compreender a atual situação do feminismo, 
sendo necessário desta forma, conhecer como e em quais situações as mulheres viveram para 
então entender porque foi preciso lutar por sua liberdade profissional. Em relação as roupas, a sua 
trajetória está ligada ao seu processo histórico nas sociedades. O significado de cada roupa, 
adorno, ornamento se faz significante de acordo com delimitação temporal e o recorte dentro dos 
limites de cada sociedade. Problematizando o uso da indumentária feminina como meio de 
discurso de inserção e empoderamento das mulheres ao meio público, cotidiano e político onde 
por meio de uma capa de revista, será possível visualizar tal empoderamento. 
 A personagem a qual propomos analisar neste artigo se chamava Aida Regina Borges, 
farmacêutica pela Universidade de Medicinada do Rio de Janeiro. Infelizmente na publicação não 
obtemos uma maior descrição para uma melhor pesquisa histórica. Mas pelo pouco que foi 
descrito pela revista Jornal das Moças, foi que a mesma seria filha de oficial da armadura 
brasileira, solteira e integrada na sociedade da época. Madeleine Ginsburg (1989) identifica 
gravata como a peça principal do uniforme feminista. Notamos pela imagem de capa da 
publicação é a altivez da figura retratada, sendo que a mesma se encontra em primeiro plano, com 
os cabelos presos e usando um fraque, peça usualmente masculina demostrando toda a 
emancipação feminina em uma publicação tradicional. A forma gráfica das letras e números não 
são decorativas, muito pelo contrário, são todas em caixa alta para a construção da imagem da 
mulher moderna e independente. Podemos alegar que usar os elementos de estilo alternativo como 
gravata, colete, chemisier, paletó demostravam uma posição de manifesto mais rígida. Mas além 
de ser um manifesto era Moda, e Diane Crane (2006) se pergunta em seu texto como os elementos 
mailto:celso.sanchez@hotmail.com
mailto:lea.schmittleal@yahoo.com.br
masculinos eram percebidos pelas mulheres que o adotaram no período. Toda época tem suas 
discursões sobre o vestuário, entre os que aceitam as normas vigentes e os que desejam e almejam 
que estas normas tomem uma nova direção. É interessante, como aponta a socióloga Crane (2006) 
as mudanças muitas das vezes ocorrem mais por fatores externos aos proponentes, como 
economia, tecnologia, mudanças sociais do que pelos seus discursos. 
 
Figura 1. Capa do jornal das Moças Jornal. Ano IV. Nº 125, p. 01 Ano 1917. 
 
Hábito ou maneira de ser, atitude ou modo de vida, a moda pode ser vista como uma 
manifestação cultural dinâmica que torna possível não apenas as alterações dos gostos os quais 
se expressam por meio do vestir sinalizando e carregando consigo marcas distintas através dos 
quais os sujeitos se relacionam. Alegaremos desta forma, que a indumentária tem um potencial 
simbólico próprio, e através da visualidade da imagem feminina, podemos referenciar as questões 
de gênero, período, identidade, comportamento e a personalidade do sujeito retratado. Resgatando 
e analisando historicamente o discurso da publicação e o inserindo como objeto de seu tempo. 
Podemos assim, ter um parâmetro de como na imagem do referido periódico, se delinearam as 
relações com o feminino e a questão do empoderamento. As revistas femininas são importantes 
fontes de pesquisa para o estudo da evolução da mulher dentro sociedade, para este artigo os 
principais recursos utilizados para o corpo da pesquisa foram: os livros, para situar historicamente 
o rumo da pesquisa; os artigos e a fotografia da publicação Jornal das Moças, encontrados na 
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 
O Jornal das Moças era um caderno ilustrado produzido na cidade do Rio de Janeiro no 
século XX (maio de 1914 a dezembro de 1968) e distribuído nacionalmente, seu conteúdo trazia 
informações sobre moda, culinária, comportamento, dicas de beleza e também anúncios de 
produtos variados como lingerie, remédios e filmes. No seu interior o Jornal das Moças trazia 44 
páginas com textos, artigos, ilustrações e fotos. 
Para o historiador a análise e a pesquisa nas imagens do passado tem como finalidade a 
busca das sociedades que a produziram, possuem um potencial simbólico pois, através da 
visualidade das imagens apresentadas no periódico e a especificidade das fotografias de moda 
oferecem assim, a possibilidade de reconstrução histórica do comportamento e da personalidade 
feminina. Conseguimos ter um parâmetro social, econômico, político e tecnológico de um 
determinado período tornando-a assim, um parâmetro social, pois como ocorreu essa 
reapropriação da mesma junto a um meio tecnológico. 
Pretendemos analisar neste trabalho, de que maneira a identidade de uma capa foi capaz 
de referenciar a construção no imaginário coletivo e para o empoderamento. Pois não há sociedade 
senão por um fundo de ideias e de desejos em comum, é a semelhança entre os seres que institui 
o elo da sociedade. As roupas se tornam assim, uma presença visual do imagético na constituição 
e permanência da memória. 
 Podemos pontuar que as mulheres do século XXI obtiveram a confirmação que 
ocorreram várias lutas pela libertação feminina no século XX, desta forma, as mulheres galgaram 
respeito e espaço no mercado de trabalho graças a participação de mulheres que se associavam 
mais ativamente na vida pública, socialmente, culturalmente e em menor grau, politicamente. 
Esses lugares concretos manifestaram um certo afastamento do lugar social tradicional destinado 
às mulheres em geral: o lar. Na primeira metade do século XIX, as mulheres voltaram a conquistar 
seu espaço no nível social, cultural e econômico. Para a autora Fujisawa (2006. p. 28) “ com a 
revolução industrial elas retornaram ao trabalho e no final do século XIX, eram a maioria nas 
indústrias têxteis. No entanto começava o preconceito quanto a mulheres casadas”. Durante vários 
séculos de nossa história, a função da mulher foi a de dona do lar, obediente ao marido e 
responsável pelos cuidados dos filhos, Segundo Novais e Sevcenko (1998) essa forma de educar 
nascia de uma crença que a natureza feminina dotada de uma predisposição biológica para as 
funções da vida do lar que consistia em casar, gerar filhos para a pátria e plasmar o caráter dos 
futuros cidadãos. Para Bauer (2001. p. 60) “as tarefas desempenhas pelasmulheres no âmbito do 
lar deixaram de ser consideradas trabalho, solapadas pela ideia de amor, de felicidade familiar e 
doméstica”. Paralelamente cresceram a participação feminina no mercado de trabalho na cidade 
do Rio de Janeiro. Existiam mulheres que lutavam para soltar as amarras do tradicionalismo, 
simplesmente por terem o desejo e o objetivo pelo reconhecimento social, profissional e pela 
emancipação. Para Bessanezi, 
Resgatando, analisando e comparando os discursos destas revistas 
podemos ter uma ideia de como se delinearam as relações homem-
mulher em seus diversos aspectos, que vão desde a preparação de 
“destino feminino” até a convivência entre marido e esposa, passando 
pelas expectativas e imposições sociais, pelas idéias de felicidade, por 
insatisfações e decepções, pelos jogos de poder articulados em forma 
de dominação/submissão, de resistência e de convivência e de 
complementaridade. (BASSANEZI, 1996, p.12). 
A aparência era então um dos princípios de identificação da “mulher moderna” ou da 
futura mulher moderna. A importância conferida à aparência feminina é crucial para a noção de 
mulher moderna na concepção da elite, pois, era a forma mais direta de tornar visível a identidade 
moderna da mulher e do grupo social a qual pertencia. A imagem aparente modernizada desta 
mulher retratada na capa da publicação associada a modernização da cidade constrói esta imagem 
que pode ser compreendido não apenas como um modo moderno de formatar a fotografia. Nessa 
imagem fotográfica, a combinação de rigidez e “fragilidade” e a utilização de uma peça masculina 
nos oferece a possibilidade de interpretar a sua finalidade , o que efetivamente a imagem foi 
produzida para ser – a exposição de uma imagem moderna desta mulher representante da elite 
brasileira; como também a de lhe dar outra interpretação que nada tem a ver com a sua finalidade 
– mesmo havendo desejo para que o lugar social da mulher, principalmente da elite, fosse 
emancipado, a estrutura rígida e segmentada da sociedade seria sempre o limite ultimo para suas 
aspirações de emancipação. 
O papel secundário dado à mulher durante séculos proporcionou-a encontrar formas de 
superação diante dessa anulação da sociedade. Inventar novas formas de vestir e se comportar, 
foram caminhos encontrados pelo ser feminino de se auto afirmar e de participar da vida social 
de maneira mais relevante e visível. A seguir tentaremos mostrar historicamente como ocorreram 
as transformações dos primeiros vinte anos do século XX para a mulher e como a mesma buscou 
uma saída ao se deparar com as responsabilidades e transformações causadas por uma mudança 
social, cultural, arquitetônica e política. Este trabalho pretende refletir sobre a conquista da 
cidadania feminina, envolvendo o processo de desenvolvimento das questões de gênero para o 
empoderamento feminino junto à capa de uma revista tradicional carioca, garantindo igualdade 
de oportunidades e de direitos. 
Moda e Arquitetura 
O fenômeno da moda sempre esteve ligado ao desenvolvimento das cidades. A partir do 
século XX na cidade do Rio de Janeiro viu-se uma transformação arquitetônica, social e cultural. 
Tal modernidade estava presente nos novos hábitos de consumo e as novas formas do pensar 
social, surgidas para alavancar o progresso social. 
Na segunda metade do século XIX, a moda foi reinventada, contribuindo para algo novo 
e diferente. A sociedade de massa começava a se constituir e a cidade adquiria novo sentido para 
o desenvolvimento da produção e da dominação social. Como podemos perceber, a moda não é 
uma decisão ou intervenção tomada por indivíduos ou grupos. Ela é uma construção, uma 
interferência objetiva e estimulada no mundo social e comportamental, uma intervenção externa 
e intencional valorizada na perspectiva sobre o passado, empenhada em superá-lo, e que remete 
a uma interpretação do presente, passado e do futuro. O Rio de Janeiro do fim do século XIX e 
início do século XX, enfrentava graves problemas sociais, acentuados pelo rápido e desordenado 
crescimento. Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes 
de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades de trabalho assalariado. A 
explosão demográfica e, sobretudo, o aumento da pobreza, agravaram a crise habitacional que 
perdurava desde meados do século XIX. Na Cidade Velha e suas adjacências, área central do Rio, 
o problema era mais acentuado, pois ali se multiplicavam as habitações coletivas e eclodiam as 
violentas epidemias de febre amarela, varíola e cólera-morbo que conferiam à cidade fama 
internacional de porto sujo. Este quadro favorecia o discurso articulado dos higienistas sobre as 
condições de vida na cidade, os quais propunham intervenções drásticas para a restauração do 
equilíbrio da cidade, vista como um “organismo doente”. O primeiro plano urbanístico para o Rio 
de Janeiro foi elaborado entre duas epidemias muito violentas (1873 e 1876), mas graças à 
estabilidade político-econômica, a duras penas alcançada no governo Campos Sales, Rodrigues 
Alves pôde promover, entre 1903 e 1906, o ambicioso programa de renovação urbana da capital. 
Apoiada nas ideias de civilização e beleza, de regeneração física e moral, a reforma urbana, tratada 
como questão nacional, sustentou-se no tripé: saneamento, abertura de ruas e embelezamento, e 
objetivou a atração de capitais estrangeiros para o país. Com a reforma, houve intensa valorização 
do solo urbano da área central, determinante na expulsão da população de baixa renda ali 
concentrada. Cerca de 1.600 velhos prédios residenciais foram demolidos. 
O período que ficou conhecido como "Belle Époque", mais especificamente no período 
da gestão de Pereira Passos, 1902 a 1906, prefeito na cidade do Rio de Janeiro, então Capital da 
República, os meios de valorização da cidade, tanto nos aspectos arquitetônicos como na vida 
privada de seus cidadãos, foram expostos e exibidos na busca de um objetivo comum, a igualdade 
entre os moradores e visitantes. Implicaram um novo pensar da sociedade carioca. E a 
representação máxima desta nova cidade que surgia seria mais tarde, a recém-inaugurada, 
Avenida Central, futura Rio Branco, Andrzejewski,(2006, p. 60) “onde o “mostrar” se tornaria 
uma prática válida na configuração política, econômica, cultural e, sobretudo, social da cidade”. 
Desfilar os modelos comprados nas boutiques da área central, tornou-se atividade permanente 
social e cultural da nova cidade que surgia. Para Gilda de Mello e Souza (p. 34) existe uma imensa 
relação entre as formas que a arquitetura de uma determinada época utiliza e as formas estampadas 
na moda demostram estarem correlacionados com o espirito do tempo. Tanto a arquitetura quanto 
a moda distinguem-se por estarem em eterna mudança. As transformações de Pereira Passos 
redesenharam a cidade e a transformaram, com as suas devidas ressalvas, em uma pequena Paris 
dos trópicos. Pois Paris era o modelo a ser seguido cultural e comportamental, desta forma a 
reforma urbana implementada por Pereira Passos representou um esforço de modernização para 
cidade. Para os autores Pereira e Jr. (2006, p. 08). “Dentro de uma perspectiva ideológica 
pragmático positivista e de evidente compromisso com os capitais franceses e ingleses, a “cidade 
colonial” cedeu lugar, de forma definitiva, à “cidade burguesa”, moderna, do século XX, que 
tinha como parâmetros as metrópoles europeias”. Foi no fim de sua administração que a cidade 
ganhou o título de "maravilhosa". Podemos afirmar com posicionou, Gilles Lipovetsky (2014, p. 
311) “não há sociedade senão por um fundo de ideias e de desejos comuns é a semelhança entre 
os seres que institui o elo da sociedade”. Contextualizada com as mudanças impostas pela 
administração da Nova República no início do século XX no Rio de Janeiro, nos permite afirmar 
que a moda se tornou uma presençaconstante na sociedade média e alta carioca. A moda 
encaminhou a mudança nos indivíduos e nos grupos, nas subjetividades e nas relações e 
comportamentos sociais, enquanto as reformas garantiam a continuidade dos interesses, 
estratégias, alianças e modelos relacionais e o fortalecimento do Estado e das instituições no 
controle, na disciplina e na hierarquização da sociedade 
 Gibson Gils 
As Gibson Girl foram consideradas o primeiro ideal de beleza feminina nos Estados 
Unidos, Europa e América do Sul. Criada pelo artista Charles Dana Gibson (1867–1944), Gibson 
Girl apareceu em várias revistas e reproduções, tornando-se um dos ícones do século XIX e XX. 
Na Primeira Guerra Mundial, o corpo e as características aristocráticas das garotas eram 
consideradas como um modelo que muitas jovens desejavam copiar, um retrato romântico dos 
traços femininos. Também foi uma das primeiras pin-ups. Além de alta e magra, mas com formas, 
ela usava espartilho. Exibiam um nariz e boca pequena bem desenhados, mas seus olhos eram 
grandes. Elegante e bem vestida, correspondia com a imagem de uma senhora bem-educada. 
Figura 2. Imagens de Desenho das Ginbson Girl. 
 
 
Imagemretirada pesquisa internet. Em: http://www.torontopubliclibrary.ca/ve/fashion/gibson.jsp. 
http://www.torontopubliclibrary.ca/ve/fashion/gibson.jsp
As “Gibson Girl” representavam no final do século XIX e início XX a imagem completa 
da moda, da beleza e do êxito social. As mulheres que se auto intitulavam desta forma, buscavam 
também uma certa independência e realização pessoal. Eram mulheres e jovens da burguesia e da 
alta sociedade que não abandonavam os seus estudos e viagens, desejavam que fossem elas a 
escolherem os seus futuros maridos, podemos afirmar que foram as primeiras “feministas” na 
sociedade ocidental, coloquei entre parentes tal terminologia pois as mesmas estavam inseridas 
dentro das amarras sociais vigentes na época. Obviamente, elas não possuíam total liberdade, mas 
para uma sociedade a qual, onde a maioria da população ainda era analfabeta, essas mulheres 
deram os primeiros passos para aquilo que veríamos a conhecer socialmente como as sufragistas, 
desportista, auto-confiante, sorriam com frequência, mas não costumavam rir, sempre mantendo 
uma certa distância. Com o aumento das sufragistas, e as transformações da sociedade 
culturalmente e arquitetonicamente, a moda mudou consideravelmente. Logo ficaram para trás os 
corsets, a favor dos vestidos curtos e sem formas. Na década de 20 a Garota Gibson foi 
ultrapassada em comparação com a moda de melindrosas. Com base nos ideais tradicionais de 
beleza feminina, Gibson criou uma imagem muito peculiar da mulher perfeita. 
 O empoderamento Feminino as Sufragistas e o direito ao voto feminino. 
 O empoderamento feminino, é o empoderamento das mulheres, que traz uma nova 
concepção de poder, assumindo formas democráticas, construindo novos mecanismos de 
responsabilidades coletivas, de tomada de decisões e responsabilidades compartidas. O 
empoderamento feminino é também um desafio às relações patriarcais, em relação ao poder 
dominante do homem e a manutenção dos seus privilégios de gênero, é uma mudança na 
dominação tradicional dos homens sobre as mulheres, garantindo-lhes a autonomia no que se 
refere ao controle dos seus corpos, da sua sexualidade, do seu direito de ir e vir. Nunca tal 
temática, e podemos supor, já existir a muitas décadas, pois desde o movimento sufragista pós-
revolução Industrial no século XIX a qual as mulheres exigiam o direito ao voto, tal tema esteve 
tão atual nos nossos dias. A moda foi e sempre será reflexo de uma determinada sociedade, pois 
a moda feminina passou por diversas transformações sendo incorporada ao vestuário feminino, 
peças masculinas. Pois a roupa será sempre expressão das tensões sociais e econômicas em uma 
sociedade. Conforme Mello e Novais: 
 No séc. XIX, as classes proprietárias e a classe média abonada 
viveram “sob a obsessão dos olhos dos estrangeiros”. (...) Foi essa 
preocupação ou temor do brasileiro diante do inglês ou do francês, 
de quem se acha inferior diante de quem se afirma superior, que 
desencadeou, já no início do século XIX, a cópia febril dos estilos 
de consumo e de vida próprios ao capitalismo desenvolvido. Já do 
final do século XIX em diante, e acentuadamente a partir dos anos 
50, o grande fascínio, o modelo a ser copiado passa a ser cada vez 
mais o American Way of life. (MELLO e NOVAIS 1998, p.604). 
Desta forma cresceu a participação feminina no mercado de trabalho na cidade do Rio de 
Janeiro. Existiam mulheres que lutavam para soltar-se das amarras do tradicionalismo, 
simplesmente por terem o desejo e o objetivo pelo reconhecimento social, profissional e pela 
emancipação. Para Bessanezi, (2002 p. 12). Resgatando, analisando e comparando os discursos 
desta revista, podemos ter uma ideia de como se delinearam as relações homem-mulher em seus 
diversos aspectos, desde aquele período já se pontuava a participação das sufragistas nas revistas 
da época, pois mesmo em uma revista tradicional como Jornal das Moças, já se pronunciavam 
quanto a questão do voto feminino e o progresso social e cultural. Percebemos neste determinado 
artigo publicado na mesma revista que saiu na capa a mulher de fraque e cabelos presos; não 
obstante este artigo analisar a questão da mulher ter o direito ao voto pelo progresso social a qual 
o Rio de Janeiro se encontra, pontuaram em determinado momento que os policias de nossa terra 
nada fariam às nossas mulheres, pois as mesmas são seres “frágeis “ e conciliadores”. Percebe-se 
que ao mesmo tempo, no determinado artigo pontuaram a questão do progresso e mudanças 
culturais e comportamentais que estavam ocorrendo na sociedade carioca, paralelamente, 
percebesse ainda o embotamento ou melhor colocando o tradicional modo de ser para a mulher 
da época culturalmente e socialmente, onde o ser feminino era frágil, delicado e do lar. Existiam 
imposições sociais, pelas ideias de felicidade, por insatisfações e decepções, pelos jogos de poder 
articulados em forma de dominação/submissão, de resistência e de convivência e de 
complementaridade. 
 
Figura 2. “A Mulher e o direito ao Voto”. Jornal das Moças. Ano IV.Nº 125, p. 14. Ano 1917. 
A função das revistas feministas, projetavam mulheres que se percebiam e se faziam notar 
por intermédio de discursos que construíam a sua subjetividade na ordem do privado: diários, 
memórias e escritos íntimos, gêneros discursivos de escrita em si e que juntamente com os 
figurinos, tentavam normatizar a conduta feminina em seus múltiplos papéis. Para a autora Gilda 
de Mello e Souza, define no seu livro O espirito das Roupas, que a moda e´ uma Arte 
extremamente comprometida pelas injunções sociais do momento, e alega (1987, p. 50) “(..) para 
que possamos compreende-la em toda a sua riqueza, devemos inseri-la no seu momento e no seu 
tempo tentando descobrir as ligações ocultas que mantém com a sociedade”. 
A doutora Generoso Estrela é entendida por Hahner como uma feminista brasileira que 
lutou pelos direitos civis das mulheres, tendo exercido influência nos debates travados pela 
intelectualidade brasileira do século XIX que levaram D. Pedro II a assinar a Reforma Leôncio 
de Carvalho, decreto n.º 7247, abrindo as portas do ensino superior às mulheres no Brasil, em 19 
de abril de 1879. Segundo a autora, a primeira médica brasileira, formada nos Estados Unidos, 
foi fonte de inspiração para outras mulheres dispostas a enfrentar um mundo masculino e hostil à 
entrada de mulheres nesse universo. Hahner (2003) mostra também que as mulheres pertencentes 
às elites dominantes brasileiras, que almejavam ser médicas, defrontaram-se com os preconceitos 
dos homens de sua própria classe social. 
Ainda que o feminismo político da época não houvesse se limitado apenas ao sufragismo, 
esta foi sua principal tendência e o que provocouas reações mais violentas por parte dos 
opositores. O voto feminino havia sido discutido na Assembleia Constituinte de 1891, sendo 
considerado para Miriam L. Moreira “o caminho da dissolução da família brasileira, pois, para a 
maioria dos deputados dessa assembleia, era indiscutível e inapelável o papel da mulher no lar e 
na família e o sufrágio feminino parecia-lhes uma ousadia “anti-social”. Abrir a possibilidade de 
voto às mulheres seria admitir-lhes a capacidade de pensar os rumos políticos da nação e de 
exercer atividades de cunho público, campo destinado apenas aos homens. 
Sem se intimidarem com as campanhas anti-sufragistas que se encontravam em todas as 
partes, surge no Rio de Janeiro de 1910 o Partido Republicano Feminino. Fundado pela professora 
Deolinda Daltro, o partido tinha como objetivo ressuscitar no Congresso Nacional o debate sobre 
o voto da mulher (abandonado desde a Assembleia 1891). Sete anos após sua fundação, em 1917, 
o Partido Republicano Feminino chegou a organizar uma passeata na capital do país à fim de 
reivindicar o direito ao voto feminino. Ainda que este direito não fosse conquistado naquele ano, 
obteve-se outra conquista no campo do trabalho e a mulher brasileira passou a ser aceita no serviço 
público do Brasil. 
 No ano de 1919 outro passo significativo em prol do sufrágio universal é dado com a 
criação da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher que, no ano de 1922, acabou por se 
transformar na Federação Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF). O movimento de 
mulheres começava a tomar força, (BEM98. p 2). “Por iniciativa de alguns intelectuais, que 
estudaram no exterior e ao regressarem difundiram ideias emancipacionistas”. 
Historicamente ainda teríamos que aguardar algumas décadas para podermos termos 
assegurado o direito ao voto. Somente em 3 de maio de 1933, a mulher finalmente teve o direito 
de votar pela primeira vez em todo território nacional. Em 3 de maio de 1933, na eleição para a 
Assembleia Nacional Constituinte, a mulher brasileira, pela primeira vez, em âmbito nacional, 
votou e foi votada. A luta por esta conquista durou mais de 100 anos, pois o marco inicial das 
discussões parlamentares em torno do tema começou nos debates que antecederam a Constituição 
de 1824, a qual não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, 
mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. O exercício 
desses direitos foi introduzido no ano anterior, com a aprovação do Código Eleitoral de 1932, 
que, além dessa e de outras grandes conquistas, instituiu a Justiça Eleitoral, que passou a 
regulamentar as eleições no país. 
 
Conclusões finais. 
 O início do século XX na cidade do Rio de Janeiro, foi um período permeado de 
mudanças, conflitos e de um novo modo de ver e perceber a cidade. A nova cidade que se 
apresentava aos moradores e visitantes mostrava uma cidade mais europeizada paralelamente as 
colunas de comportamento e capas sugeriram uma mudança comportamental. A moda e a 
indumentária, portanto, não são apenas meios pelos os quais os grupos sociais se constituem mas 
comunicam suas identidades. 
Fica evidente na capa da publicação a intenção de mostrar uma atitude ousada para a época, 
demostrando os movimentos sociais para a emancipação da mulher e o direito ao voto que 
estavam ocorrendo no período referido. Pois sair numa capa com um traje tipicamente masculino 
com cabelos presos eram, pois, um elemento representativo do desejo de emancipação no início 
do século passado em uma publicação tradicional, demostra nitidamente o desejo pela 
emancipação e da liberdade social e cultural para uma cidade moderna e cosmopolita para os 
padrões vigentes da época. 
 Pois nos dias de hoje o trabalho é visto como um meio de socialização e um caminho 
para a efetiva emancipação da mulher. Mas no início do século passado, esta realidade era distinta, 
mulheres de classes pobres e imigrantes integravam a força de trabalhos nas fabricas, mas raras 
eram as vezes que tais imagens apareciam nas publicações. Mesmo a fotografia de uma mulher 
independente da elite, eram também muito raras; o principal determinante para a pouca 
representatividade do trabalho era que a expectativa de emancipação da mulher esbarrava na 
herança do passado colonial e patriarcal. Como tradicionalmente, o lugar da mulher continuava 
sendo o lar, os afazeres sociais, o trabalho estava abaixo do dito “normal” para a mulher. Hahner 
(2003) alega que isto foi reforçado pelo código civil de 1916, que ainda reduziu a inserção das 
mulheres nas fabricas, pois legalmente era necessário ter a autorização do marido às mulheres 
casadas que desejavam trabalhar fora. Quanto a mulheres da elite, as mesmas estiveram mais 
subordinadas do que as dos setores populares. Devido a posição econômica que ocupavam, a 
mesma lhe davam privilégios de usufruir as novidades dos tempos modernos, que em 
contrapartida, eram economicamente tolhidas no espaço e experiência das mulheres da camada 
social desfavorecida. Dentro desse discurso comum na época, procuramos tirar partido dos 
conceitos abordados da valorização feminina e os movimentos que permearam o início do século 
passado, onde a mulher tentou se livras das amarras da cultura e do ser tradicional. 
A moda teve sua parcela de contribuição tanto na cultura feminina de opressão quanto na 
libertação da mulher, hora ela funcionava como uma forma modeladora da mulher perfeita hora 
funcionava como um princípio libertador que a masculinizava e tornava apta para competir com 
o homem no mercado de trabalho. 
Devemos lembrar que em tal publicação, havia um público a atingir, tendo um papel 
especifico difundindo uma ideia de padrão comportamental no imaginário coletivo destinado à 
sociedade vigente, que reconhece e entende as suas mensagens. Desta formam percebe-se a 
importância da capa em questão para quebra de determinados tabus vigentes na época e de um 
modo de ser aceitável para as mulheres, ao mesmo tempo, que a revista e coluna de 
comportamento descreveram um novo tipo de comportamento mais adequado com seu tempo, 
essas mesmas colunas sugeririam a manutenção de um modo de ser tradicional, segundo eles 
próprios, já antiquado. Na verdade, o que muda e o que é importante neste momento é a imagem 
dessa nova mulher empoderada e social. 
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Revistas ou Periódicos 
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Editora Jornal das Moças Ltda. O Jornal das Moças, 1914-1965. 
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