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Regimes Aduaneiros

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Regimes Aduaneiros
Definição; Território Aduaneiro;Estação Aduaneira(EAF); Centro Logístico e Industrial Aduaneiro(CLIA);Terminal Portuário; Classificação dos Regimes Aduaneiros, ect.
Regimes Aduaneiros
Introdução
	Credita-se aos povos árabes a origem da palavra aduana, fruto da evolução lingüística da palavra divanum, que significa”casa onde são cobrados direitos”.
	A capacidade ou não de acesso a bens e serviços provocou a movimentação organizada de pessoas e mercadorias, aspecto determinante na descoberta pelos detentores do poder de uma nova forma de obtenção de receita.
	A preocupação inicial da classe dominante na cobrança de “impostos” proveniente deste fluxo comercial, era apenas mais uma forma de arrecadar, não tinha ainda a visão estratégica de proteção aos interesses locais, que tem hoje.Esta estratégia consiste em evitar o desequilíbrio entre produção e consumo.
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Definição
	Podemos definir os regimes aduaneiros como sendo institutos destinados a orientar o tratamento tributário a ser aplicado a uma operação de comércio exterior, seja ela de importação ou exportação, determinando a oportunidade da cobrança dos direitos aduaneiros, incidentes sobre riquezas que ultrapassam as fronteiras nacionais, na entrada ou saída,qualquer que seja a via de acesso.
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Território Aduaneiro
	No Brasil, o território aduaneiro, isto é, a área de abrangência da cobrança de direitos aduaneiros, alcança toda a extensão nacional, envolvendo o espaço aéreo, marítimo e terrestre, subdividindo-se em duas zonas de abrangência: 
	Zona Primária –Envolve a área ocupada pelos portos alfandegados (terrestres ou aquáticos) e aeroportos alfandegados (terrestre) bem como as áreas terrestres compreendidas pelos pontos de fronteira.
	Zona Secundária – O restante do território aduaneiro, incluindo as águas territoriais e o espaço aéreo.
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Estação Aduaneira de Fronteira - EAF
	São os terminais nos quais acha-se instalada a infra-estrutura essencial ao suporte dos serviços aduaneiros passíveis de execução nas zonas primárias vinculadas a um ponto alfandegário de fronteira.
	A prestação dos serviços de infra-estrutura das EAF é de responsabilidade de empresas permissionárias de entreposto aduaneiro.
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Centro Logístico e Industrial Aduaneiro - CLIA
	Anteriormente conhecidos como centrais aduaneiras interiores (EADI), ou ainda “portos secos”, são recintos de estabelecimento empresarial licenciados pela Secretaria da Receita Federal para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias.
	A existência desses locais tornam-se interessantes, especialmente quando instalados próximos aos centros de produção e consumo, onde se verifica uma demanda expressiva pela execução das etapas finais ou iniciais das operações de comércio exterior.
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Classificação dos Regimes Aduaneiros
	Regime Aduaneiro Comum – o tratamento administrativo das operações são realizados sem obedecer qualquer tipo de procedimento excepcional, ou seja, observa-se o pagamento dos tributos porventura existente.
	Regimes Aduaneiros Especiais – não estão enquadrados diretamente na regra geral do regime aduaneiro comum, quanto à oportunidade e ao momento de cobrança dos direitos aduaneiros, isto é, permitem ingresso e saída de mercadorias do território nacional com isenção ou suspensão dos tributos especiais.
	Regimes Aduaneiros Especiais aplicados em Áreas Especiais –
 Tem o objetivo de atender particularmente determinadas áreas geográficas no território aduaneiro, em função das suas especificidades
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Admissão Temporária
	A admissão temporária permite que os bens ingressados no País aqui permaneçam por um prazo determinado, retornando posteriormente ao exterior com a suspensão do pagamento de tributos.
	Este dispositivo objetiva atender aos interesses nacionais de cunho econômico, social, cultural, ect. Exemplo: ingresso de obras de arte destinadas a exposições culturais.
	Na hipótese de tais bens serem importados para utilização econômica, sujeitam-se ao pagamento de imposto de importação e IPI, proporcionalmente ao seu tempo de permanência no País.
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Depósito Alfandegado Certificado DAC
	Instituído com o objetivo de desvincular a venda externa da transferência física da mercadoria, esse regime aduaneiro foi implementado para estimular a atividade exportadora, pelo fato de imprimir celeridade ao processo de venda externa.
	Para todos os efeitos fiscais, comerciais, cambiais e creditícios, o DAC considera a mercadoria exportada a partir dos seu depósito em recinto alfandegado, ou seja, quando da sua entrega ao importador ainda em território nacional.
	Este tipo de venda (DAC) só pode ser feito mediante contrato do tipo BUD - Delivered Under Customs Bond (entregue ou liberado sob a custódia da alfândega). No ato do depósito emite-se um conhecimento de depósito alfandegado, documento que representa a entrega da mercadoria para o importador.
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Ainda sobre o DAC...
	A partir deste momento, o adquirente, passa a ser responsável por ela, podendo negociá-la junto a terceiros, ou embarcá-la, total ou parcialmente, para qualquer destino.
	As mercadorias amparadas por este regime, poderão ser armazenadas por doze (12) meses, prorrogáveis por mais doze, contados a partir do conhecimento de depósito alfandegado.
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Depósito Aduaneiro de Distribuição (DAD)
	Admite que sejam entrepostadas (armazéns privados)mercadorias importadas sem cobertura cambial e destinadas à exportação ou reexportação para terceiros países, ou ainda despachadas para consumo.
	O entrepostamento deve ser realizado em recinto alfandegado (localizado em zona secundária) privativo de empresas industriais estabelecidas no país.
	O DAD admite apenas as mercadorias de uma mesma marca, produzidas e comercializadas por empresas industriais estabelecidas no País.
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Ainda sobre o DAD ...
	Além destas restrições, o DAD somente pode ser aplicado quando não se tratar de mercadorias usadas; recondicionadas; de importação suspensa ou proibida; fora do prazo de validade; com vida útil vencida, ou quando houver algum elemento que, em função de sua natureza e/ou características, implique riscos de explosão, corrosão, contaminação, intoxicação, combustão, ou perigo de grave lesão a pessoas ou ao meio ambiente, a não ser que tenha instalações apropriadas para o seu acolhimento e depósito, mediante autorização prévia de órgão competente. 
	No âmbito deste regime é vedada a realização de qualquer processo industrial, envolvendo as mercadorias entrepostadas, exceto quando envolver manipulações destinadas a conservá-las, e desde que esta não implique alteração de valor.
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Depósito Afiançado (DAF)
	Voltado para o atendimento ao segmento de transporte, o DAF é o regime que permite a suspensão do pagamento de tributos incidentes na importação de materiais e equipamentos destinados à manutenção e reparo de aeronaves ou embarcações pertencentes às empresas de transporte internacional.
	Tais itens podem permanecer estocados no País pelo prazo de até cinco(5) anos, contados a partir da data de desembaraço aduaneiro na importação.
	A permissão para uma empresa estrangeira de transporte comercial internacional operar no DAF depende de acordo de reciprocidade entre o Brasil e o outro país.
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Depósito Especial (DE)
	É o regime aduaneiro que admite a importação e a estocagem de partes, pecas e materiais de reposição ou manutenção de veículos. Máquinas, equipamentos, aparelhos e outros instrumentos estrangeiros (nacionalizados ou não), nos casos definidos pelo Ministro da Fazenda, suspendendo-se o pagamento de tributos.
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Drawback
	É um regime aduaneiro especial que permite o ingresso no País de matérias-primas, bens, partes e pecas, além de outras mercadorias previamente definidas pela legislação em vigor, que venham a ser utilizadas na industrializaçãode produto nacional para venda no mercado externo, com a suspensão, isenção e restituição dos tributos incidentes.
	Este é um vigoroso estímulo às exportações, capaz de imprimir competitividade ao produto brasileiro, e que se encontra disponível aos setores produtivos domésticos em três modalidades:suspensão, isenção e restituição.
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Drawback Suspensão
	Este regime permite que o interessado realize a importação dos produtos a serem beneficiados ou utilizados na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra mercadoria, para venda externa, com a suspensão dos tributos incidentes por ocasião do desembaraço aduaneiro na importação.
	Pode ser concedido às empresas industriais e comerciais. Em se tratando de empresas comerciais, a mercadoria importada tem que ser industrializada por um estabelecimento competente para tal, por ordem da beneficiária do regime, a quem cabe a responsabilidade pela exportação.
	Fixa-se um prazo para que esta operação seja concluída, quanto menor melhor. 
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Drawback Isenção 
	Este regime consiste na autorização para que seja importada, com isenção de tributos, a mesma quantidade e qualidade de elementos utilizados na produção de mercadoria já vendida anteriormente no mercado externo, sobre a qual tenham sido recolhidos os tributos devidos quando de sua importação.
	As mercadorias adquiridas por intermédio do drawback isenção podem ser utilizadas para consumo no território nacional, sendo desnecessário qualquer tipo de autorização específica neste sentido.
	Caso o beneficiário do regime opte novamente pela venda no mercado externo,poderá realizar uma operação de drawback isenção para renovar o seu estoque, e assim sucessivamente.
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Drawback Restituição
	Ao optar por esta modalidade, o beneficiário do regime faz jus à restituição dos tributos pagos por ocasião da importação de mercadoria que tenha sido utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de um produto importado.
	A habilitação do Drawback restituição, no entanto, depende de comprovação da venda externa de produto resultante de processo industrial que tenha envolvido mercadorias importadas anteriormente, observando-se a tributação normal.
	Tal restituição é realizada mediante a concessão de crédito fiscal, para futura utilização em uma importação qualquer, que venha ser realizada no futuro.
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 Bibliografia
	Curso de Comercio Exterior: visão sistêmica brasileira.
	Organizadores: Ricardo Faro / Fátima Faro.
	Editora Atlas,2007.
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