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E_book_O_Equilibrio_Emocional

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O EQUILÍBRIO 
EMOCIONAL
C O M O C A M I N H O P A R A U M A V I D A S A U DÁV E L
S U E L L E N   B A R O N E
2017
Coletânea de artigos que 
mostram como o equil íbrio 
emocional influencia a nossa 
qualidade de vida. 
SU E L L EN  BARONE
Desde criança, como as crianças costumam ser, eu era muito curiosa e alguns 
dos temas que mais em despertavam dúvidas era: de onde vim? O que vim fazer 
neste mundo e se Deus nos criou, quem criou Deus? 
Quando adolescente, meu interesse por leituras sobre comportamento, 
psicologia e autoconhecimento afloraram. Anos mais tarde, meu hábito de leitura 
voltou-se com muita ênfase para estes temas. 
A vontade de conhecer a mente humana e o que nos leva a fazer o que fazemos, 
a nos comportar de uma ou de outra maneira e como podemos modificar nossos 
destinos, alterando nossos hábitos e nosso modo de vida, me levou à 
especialização em Neurociências. Durante esses estudos, meu foco foi o 
processo de aprendizagem do cérebro e, mais especificamente, as emoções.
“Como podemos aprender a gerenciar as nossas emoções, vivendo uma vida 
mais equilibrada?”. 
Algumas respostas você encontrará nas próximas páginas, onde compilei, com 
muito zelo, as principais dicas que aprendi ao longo de mais de dez anos e levo 
comigo. São informações baseadas em estudos de neurociências, psicologia, 
coaching, comunicação e espiritualidade. 
Meu objetivo é compartilhar este conhecimento com você e quem sabe a chama 
da paixão pelo autoconhecimento, pois, como disse Sócrates: “conhece-te a ti 
mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”. 
Que assim seja. 
Coach de Inteligência Emocional - 
Escola Brasileira de Coaching 
Especialista em Neurociências - Instituto de 
Psiquiatria da Universidade Federal 
do Rio de Janeiro - IPUB/UFRJ 
Especialista em Comunicação Estratégica e 
Gestão de Imagem - Universidade Federal 
do Espírito Santo / Ufes 
  
Graduada em Comunicação Social / Jornalismo - 
Universidade Federal do Espírito Santo / Ufes 
FORMAÇÃO
2
Pessoas de todas as idades, culturas e classes sociais têm emoções. Nas últimas 
duas décadas, mais ou menos, com o desenvolvimento de novas técnicas de 
pesquisa em neuroimagem, como a ressonância magnética, o estudo dos 
processos envolvidos nas emoções foi facilitado e, consequentemente, 
ampliado. 
Por meio dessas pesquisas ficou cada vez mais evidente que a regulação 
emocional é possível. Ou seja, as pessoas são, de fato, capazes de ajustar as suas 
emoções, sejam elas positivas ou negativas, atenuando-as, aumentando-as ou 
estabilizando-as, usando para isso métodos específicos, como a meditação, por 
exemplo. 
Para o psicólogo e professor da Universidade de Stanford, na Califórnia-EUA, 
James J. Gross, que investigou as estratégias que permitem controlar os 
sentimentos e a forma como isso afeta o bem-estar do corpo e da mente, a 
regulação emocional nada mais é que um conjunto de processos por meio dos 
quais nós controlamos as nossas emoções. Após entender então como 
funcionam os processos emocionais, o que se tem buscado é conhecer o caminho 
que leve ao equilíbrio emocional ou à inteligência emocional, tema este muito 
bem desenvolvido pelo também psicólogo e professor de Harvard, Daniel 
Goleman. 
Em suas obras, Goleman enfatiza como as pessoas emocionalmente inteligentes 
e equilibradas conseguem ter mais qualidade de vida, já que esta competência 
influencia desde o bom rendimento escolar, até a capacidade de estabelecer 
relações saudáveis. A Inteligência Emocional, segundo ele, envolve a habilidade 
que uma pessoa tem de reconhecer cada emoção e saber lidar com ela da melhor 
forma. 
Assim, estudar a base neural das emoções colabora não só para a compreensão e 
o tratamento dos distúrbios emocionais, como possibilita o desenvolvimento de 
capacidades sociais. E a boa notícia é que a vida emocional seria um domínio 
que, assim como a matemática ou a leitura, pode ser aprendido e desenvolvido. 
O P O D E R D A S E M O Ç Õ E S 
3
O Q U E I N T E L I G Ê N C I A 
E M O C I O N A L T E M A V E R 
C O M F E L I C I D A D E ?
Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e compreender as nossas 
emoções, e as dos outros, e saber lidar com elas da melhor forma possível. É 
uma habilidade que vamos desenvolvendo durante a vida. 
Manter o equilíbrio emocional faz um bem danado e ajuda na saúde psíquica e 
física. Agora, equilibrar não é controlar, não é reprimir e nem fingir que as 
emoções não existem. Pelo contrário, é ter plena consciência de como elas estão 
interferindo na nossa vida, no nosso dia a dia e no nosso organismo. É saber o 
que desperta cada reação e como fazer para não sucumbir às emoções, antes 
que causem algum estrago. 
Pessoas equilibradas manipulam melhor os seus comportamentos, têm mais jogo 
de cintura quando se deparam com desafios, constroem relacionamentos mais 
fortes e têm mais facilidade para enfrentar adversidades e se recuperar de 
fracassos. 
Mas em meio a todas as pressões e dificuldades da vida como fazer para manter 
ou adquirir este equilíbrio? 
Primeiro, considere que ter boa saúde emocional não é não ter problemas, mas 
sim saber lidar com eles e isso é algo que precisamos e podemos aprender, 
identificando as nossas questões e buscando resolvê-las. 
Ter saúde emocional também é muito mais do que não ter depressão e 
ansiedade ou outros problemas psicológicos, vai além de não estar doente e 
está intimamente relacionado com a habilidade de aprender a cultivar 
constantemente sensações positivas. Ou seja, começa na qualidade dos 
pensamentos. 
É a habilidade de desenvolver autoconfiança, resiliência, amor pela vida e 
gratidão. É conseguir rir de si mesmo e das pequenas coisas que às vezes não 
saem conforme o esperado. É ser flexível, fortalecendo a autoestima e querer 
sempre ser a melhor versão de si mesmo e manter relações satisfatórias. 
4
O Q U E I N T E L I G Ê N C I A 
E M O C I O N A L T E M A V E R 
C O M F E L I C I D A D E ?
E como fazer isso? 
Bom, existem diversas opções como meditar, rezar, cantar, fazer terapia, estar 
junto de amigos e pessoas agradáveis e de quem gostamos, fazer exercícios, ter 
boa alimentação, dormir bem, ler bons livros, se divertir, estar em contato com a 
natureza. A lista é enorme e batida! Sim, a “cura” é óbvia. 
A todo momento, vários especialistas estão falando o que fazer para 
desenvolver mais inteligência emocional e alcançar o bem-estar. Mas por que, 
para a maioria das pessoas, parece algo tão difícil e distante de se alcançar? 
Porque é preciso colocar a teoria em prática! É preciso entrar em ação! Não 
basta querer, tem que agir, tem que dar o primeiro passo e fazer algo para 
mudar. 
Se você não consegue sozinho, peça ajuda! Mas faça algo, comece, vá superando 
pequenos desafios dia a dia, isso irá te motivar. 
Trabalhe seus pontos fracos. Procure apoio, faça terapia, ou um processo de 
coaching, converse com amigos, mas dê o primeiro passo. Saia da inércia. Não 
deixe a vida te levar, ou quando perceber estará bem longe do que sonhou para 
a sua vida. Aprenda a se equilibrar. Descubra quais são o gatilhos que disparam 
suas emoções mais incontroláveis e muitas vezes destrutivas (já que não estão 
sendo geridas adequadamente). Não existe uma fórmula mágica. Cada um sabe 
onde o seu calo aperta. 
Inteligência Emocional é a capacidade 
de compreender as próprias emoções 
e as dos outros e de lidar com elas da 
melhor forma possível. 
Daniel Goleman
5
C O M O V O C Ê T O M A 
D E C I S Õ E S ?
A neurociência, ao afirmar que a razão tem parcela mínima de responsabilidade 
nessa história, nos dá uma dica valiosa sobre a importância de conhecermos 
melhor os nossos processos internos e, dentro disso, as nossas emoções e não 
apenas os nossos pensamentos. A razão é importantíssima, mas é a cereja do 
bolo. 
E por que é essencial saber disso? Porque nos autoconhecermos é o primeiro 
passo para nos aprimorarmoscomo seres humanos. Segundo, porque é 
interessante compreendermos como funcionam e qual a importância das 
emoções na nossa vida. Assim, nos tornamos mais capazes de desenvolver a 
nossa inteligência emocional, que é a capacidade de reconhecer e saber lidar 
com as emoções. 
Ou seja, somente conhecendo-as é que podemos gerenciá-las. E quando isso não 
acontece adequadamente é que surgem os problemas. Você já reparou como a 
maioria, senão todos os transtornos psiquiátricos e problemas de 
comportamento têm íntima relação com as emoções? 
Então, devemos compreendê-las e não fugir delas, reprimi-las e relegá-las a 
vilãs, causadoras de problemas, desequilíbrios e mazelas. Pelo contrário! Só 
assim poderemos ser mais responsáveis por nossos atos e por nosso bem-estar. 
Nosso sistema emocional é uma ferramenta biológica fundamental para a 
sobrevivência de todos os animais, incluindo seres humanos, e ao logo dos anos 
elas também sofreram drásticas adaptações evolutivas, fundamentais para a 
nossa sobrevivência. Lembremos disso! 
Por fim, como diria um autor desconhecido: “Saber ler suas emoções faz com 
que elas não tomem conta de você. Faz com que você as transforme em algo que 
pode ser manipulado pela razão”. É isso: razão e emoção trabalhando juntas em
benefício de todos nós. 
6
C O M O V O C Ê T O M A 
D E C I S Õ E S ?
Não se engane! Toda decisão é baseada em emoções. No entanto, elas 
funcionam simultaneamente com a razão e retirá-las desse processo decisório 
seria ignorar a nossa experiência de vida, a nossa intuição e todo o 
conhecimento prévio que temos sobre um determinado assunto, passando por 
cima das relações que já construímos com aquele tema. 
De acordo com muitos especialistas (e alguns de nós diriam que por experiência 
própria), usar emoções para subsidiar uma decisão é uma estratégia de 
julgamento geralmente sensata. O ato de nos sintonizarmos com os nossos 
sentimentos toca numa vasta quantidade de regras de decisão que a mente 
reúne no subconsciente. 
Os mais racionais podem até chiar. Mas, imagine-se tendo uma atitude racional. 
Lembre-se da última vez em que você disse que estava tomando uma decisão
com base na razão. Pois o que a neurociência nos diz é que, na verdade, você 
usou (e muito!) as suas emoções para decidir. E que tudo que já viveu e 
experimentou sobre aquele assunto foi usado de modo a balizar o que era bom e 
o que era ruim para você naquele momento. 
Em tempo: apenas 5% das nossas decisões baseiam-se na razão, enquanto os 
outros 95% baseiam-se na emoção. Isso porque a razão em si não consegue 
avaliar todos os elementos de um determinado problema. O que ela faz é reunir, 
organizar e trabalhar as sensações, os instintos, as memórias e todo tipo de 
informação que se tem a respeito de um tema para justificar a decisão. E isso 
não faz de todos nós seres equivocados e impulsivos. 
Impulsividade, inclusive, como afirma a neurocientista brasileira Carla Tieppo, 
não significa que o indivíduo está tomando uma decisão 100% emocional. Quer 
dizer que ele não está é se dando o tempo adequado para processar todos os 
elementos relevantes para uma tomada de decisão mais rica. 
A boa decisão, então, seria aquela que leva em conta todas as nossas emoções e 
todo o nosso conhecimento racional e teórico sobre o assunto, de forma a 
conseguirmos construir pesos adequados para a avaliação. 7
A U T O C O N H E C I M E N T O : 
V O C Ê E S T Á P R E P A R A D O ?
Autoconhecimento é um tema recorrente nas minhas falas, seja nas conversas 
entre amigos, nas redes sociais ou nos meus textos. 
E sempre que me refiro a essa palavrinha mágica surgem algumas interrogações 
na minha mente: para aqueles que estão familiarizados com essa lógica, 
autoconhecimento é algo autoexplicativo, não carece de definições ou mais 
esclarecimentos sobre o que se trata. Mas e quanto àquelas pessoas que, 
definitivamente, nunca pararam para pensar sobre o assunto? O que será que 
vem à cabeça quando pensam sobre o quanto se conhecem? E o que seria não se 
conhecer? 
Não que eu me conheça completamente, longe disso. Mas a minha busca já dura 
tantos anos, desde quando eu me entendo por gente, que não sei quando foi que 
deu um estalo, do tipo: opa! Ta na hora de eu me conhecer! 
E creia, esse estalo vem. Com relativa constância ouço relatos de pessoas que 
estão vivendo a vida sem se aprofundarem muito nessas questões interiores 
quando, por algum acaso do destino (geralmente alguma coisa ruim que 
acontece e foge do controle), elas se tocam de que não sabem muito a seu 
respeito e que talvez essa seja a hora de começarem a olhar melhor para essas 
questões. 
Assim, dão início à incrível jornada sem volta. Porque, na minha avaliação, 
depois que você começa, não dá mais para voltar atrás. Como diria Einstein, 
“uma mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho 
original”. 
Obviamente, neste caminho, nem tudo são flores, ou não seria a vida sendo vida. 
Tem uma parte complicada, logo no início, especialmente, que é inversamente 
proporcional à sua capacidade de fuçar as suas questões interiores. Ou seja, 
quanto menos você se conhece e mais se pesquisa, pior parece ficar. SÓ 
PARECE.  
8
A U T O C O N H E C I M E N T O : 
V O C Ê E S T Á P R E P A R A D O ?
Geralmente, acontece assim: quanto mais você futuca, mais descobre pontos 
fracos e calos doloridos que, em alguns momentos, preferiria não ter mexido! 
MAS CALMA AÍ. Não desiste, não! 
Aprender qualquer coisa é difícil no começo. Foi assim quando você começou a 
andar! Quantos tombos tomou! E para aprender a andar de bicicleta sem 
rodinhas? E o tanto de água que engoliu para aprender a nadar? E aprender 
outra língua? Que desespero que dá no início! Você não achou que aprender 
sobre você mesmo seria tão diferente assim, né? O processo é o mesmo, e 
depois vai só melhorando! 
Existem aqueles adeptos da filosofia de que feliz mesmo é quem vive na 
ignorância, mas eu tenho dificuldades de aceitar que seja mesmo assim (e isso aí 
é um problema todo meu. Se você vive feliz na ignorância, parabéns!). Pra mim, 
isso é só o seu ego tentando lhe enganar. 
Eu acredito mesmo que para você conseguir ser feliz, pleno e realizado é preciso 
olhar para dentro e encarar os seus monstrinhos interiores, descobrir o que está 
lhe consumindo, lhe incomodando, limitando-o e então lidar com eles. 
Como falei, logo no início, quando a gente começa a se olhar direito, 
conseguimos descobrir as nossas sombras, muitas vezes assustadoras. Depois, 
muitas vezes, esse processo de autoconhecimento começa a ficar complicado e é 
quando dá vontade de desistir (de novo, o ego boicotando). 
Isso acontece porque quando você segue em frente, começa a descobrir que não 
é tão lindo e perfeito como gostaria de ser. Descobre que sente raiva, angústia, 
insegurança e começa a se julgar o pior ser humano da face da Terra. Esquece 
que todos os outros têm as mesmas emoções. 
Só que nós não temos que nos culpar pelas nossas emoções e por quem nós 
somos. Nós devemos nos enxergar, nos aceitar e lidar com isso da melhor 
maneira. 
9
A U T O C O N H E C I M E N T O : 
V O C Ê E S T Á P R E P A R A D O ?
Quando você descobrir uma sombra, ao invés de ficar triste, agradeça! Porque 
antes você não teria a oportunidade de mudar isso, afinal, como mudar algo que 
você nem sabe que existe? Como lidar com algo que você nem sequer sabia que 
estava ali? 
E é aí que começa a sua liberdade. Depois que você começa a expandir a sua 
consciência não tem mais como voltar atrás. Viver na ignorância é para quem 
está vivendo nela, mas não tem consciência disso. Você já abriu seus olhos. 
Aproveite a viagem. 
O  quanto  antes começarmos  este processo,  melhor!
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O Q U E V O C Ê V A R R E P A R A 
D E B A I X O D O T A P E T E ?
O que você costuma varrer para debaixo do tapete e o que isso tem a ver com 
inteligência emocional? 
Primeiro,vamos definir o que essa expressão significa. Quando falamos em 
"varrer algo para debaixo do tapete" estamos nos referindo à preguiça que 
temos, em algumas ocasiões, de terminar um serviço ou de resolver uma 
questão. Então, preferimos fingir que está tudo bem, que está tudo limpo 
quando, na verdade, não está. 
A segunda questão é: quando varremos a sujeira para debaixo do tapete, ela 
some? Os problemas desaparecem? A sujeira deixa de existir simplesmente por 
não estar mais no nosso campo de visão? 
Não, né? Elas continuam lá e vão acumulando até virarem um montinho não mais 
tão imperceptível assim. 
No início, realmente, nós sequer notamos que a sujeira está lá, mas o tempo vai 
passando, o montinho vai aumentando e, quando menos se espera, vem o 
tropeção. A verdade é que ao esconder algo, ou fingir que o problema não 
existe, desejamos que uma mágica aconteça e que tudo suma, de uma hora para 
outra, ou se ajeite por conta própria sem nenhum esforço, feito mágica. Mas não 
é assim que as coisas acontecem. 
Eu entendo, sentir preguiça emocional nesses momentos é até natural. E isso 
ocorre porque o nosso cérebro é preguiçoso. Ele é eficiente, mas busca gastar o 
mínimo de energia possível tentando burlar tudo aquilo que nos leva a realizar 
um esforço além do esperado, pois ele não quer se cansar e, vamos admitir, 
resolver questões emocionais dá um trabalhão! 
Às vezes, crescer doi, mas é bom! E é essencial para se ter uma vida com 
qualidade. Pessoas que são emocionalmente maduras são autorresponsáveis e 
sabem da importância de se conhecerem. Se eu tenho um determinado 
sentimento e faço de conta que ele não existe, ele não evapora.  
11
O Q U E V O C Ê V A R R E P A R A 
D E B A I X O D O T A P E T E ?
A emoção fica lá no fundo acumulando e aí um belo dia explode. 
Se você tem uma questão mal resolvida e simplesmente escolhe não pensar nela, 
isso não fará o problema desaparecer. Ele ficará escondido durante um tempo e, 
enquanto isso, é até possível que você nem se lembre da situação. Só que tem 
um detalhe: geralmente, as questões das quais a gente mais quer se livrar 
costumam ser as mais fortes, mais intensas e mais negativas. E essa sujeira 
emocional, se não foi digerida, fica se alimentando das nossas sombras.
Então, para você que busca a maturidade emocional, que quer resolver suas 
questões de forma efetiva, o melhor caminho é se olhar com carinho, se vigiar, 
se cuidar e se autoconhecer. 
12
Q U A I S S Ã O S U A S 
C R E N Ç A S E S S E N C I A I S ?
Crenças essenciais são ideias generalizadas a respeito de nós mesmos e do 
mundo, aceitas pelo nosso cérebro como verdade e das quais ele depende para 
interpretar o que acontece. 
As teorias que dão base às nossas crenças essenciais aprisionam o 
processamento dos nossos pensamentos por meio da confirmação daquilo em 
que já acreditamos. Isso faz com que o cérebro, costumeiramente, siga os 
mesmos caminhos neurais já pré-concebidos e reúna sinapses que dão suporte a 
essas ideias padronizadas. 
Mas o que são sinapses? Trata-se, grosso modo, do processo que liga um 
neurônio (célula nervosa) a outro, ou liga um neurônio a uma célula muscular ou 
célula glandular. Podemos dizer que elas são a chave da interação do sistema 
nervoso. Este, por sua vez, é quem controla e coordena as funções corporais, 
permitindo que o organismo responda e aja sobre o meio ambiente. Tudo o que 
sentimos, pensamos, as nossas respostas motoras e emocionais, a nossa 
aprendizagem, a memória, as doenças mentais e qualquer outra função ou 
disfunção cerebral só podem ser bem compreendidas quando entendemos o 
processo de comunicação entre as células nervosas. 
Assim, sempre que pensamos algo, novas sinapses se formam. Com o tempo, à 
medida que fomentamos um padrão mental, determinadas sinapses são 
reforçadas e o “caminho” fica cada vez mais fácil, ou seja, se torna mais rápido 
pensar determinada ideia, realizar tal atividade. Como ocorre na musculação: 
quando treinamos um músculo e o desenvolvemos, ele ganha força e o exercício 
fica mais fácil. 
Quanto às crenças essenciais, aquilo em que acreditamos costuma estar tão 
enraizado no cérebro que essas ideias programam o sistema nervoso para 
responder a novas experiências do mesmo modo rotineiro e familiar. Isso, 
geralmente, ocorre tão rápido que sequer nos questionamos sobre as nossas 
decisões, a menos e até que algo dê terrivelmente errado em nossa vida ou 
tenhamos uma experiência que coloque nossas crenças em dúvida.  
13
Q U A I S S Ã O S U A S 
C R E N Ç A S E S S E N C I A I S ?
Daí, então, somos obrigados a rever nossos conceitos. Fora isso, seguimos o 
fluxo. 
Isso acontece porque o cérebro busca gastar o mínimo de energia possível. Se 
tomar uma decisão exige muita energia, ele prefere escolher a que gasta menos. 
E entre duas opções, imagine qual a mais fácil? A que você já está acostumado e
te mantém na sua zona de conforto.
Porém, como tudo o que é repetido muitas vezes torna-se um hábito, para o bem 
ou para o mal, o que pensamos e sentimos sobre uma situação ou coisa pode se 
tornar tão enraizado, que teremos de trabalhar duro se quisermos desmantelar 
as conexões já concretizadas e estabelecer novas ligações no nosso cérebro. 
Por isso, devemos ser muito conscientes a respeito dos nossos pensamentos. 
São eles a origem de tudo. Todas as ações são precedidas por pensamentos. 
Mesmo nos momentos em que dissemos ter feito algo “sem pensar”, acredite, os 
neurônios estavam trabalhando, fazendo conexões sinápticas tão rápidas que 
nem percebemos. 
Esses casos, inclusive, ilustram bem o padrão mental. As sinapses estavam tão 
programadas a ter determinadas reações, que algumas delas ocorrem como se 
fossem contra a nossa vontade. Mas não o são. 
A boa notícia é que podemos treinar o cérebro. Podemos ser os mestres das 
mudanças neurais que nos conduzirão a uma vida mais saudável, feliz e 
realizada. O que precisamos é começar a construir novas sinapses, permitindo 
uma reestruturação da qualidade do pensamento e, consequentemente, a 
criação de uma estrutura mental adequada. Mesmo com todas as dificuldades é 
importante sabermos que nós temos a capacidade de melhorar a forma como o 
nosso cérebro funciona, criando, assim, uma inclinação mental que nos leve a 
sermos seres mais felizes. 
Nosso cérebro e nossa mente nos pertencem e não o contrário. 
14
Taí uma frase clichê. Quem já não ouviu isso antes? 
Quem de nós nunca quis que as coisas fossem diferentes, que as pessoas fossem 
diferentes, que o mundo mudasse? 
“Ah se meu chefe não fosse tão intransigente, se meu marido fosse mais 
atencioso, se meus pais fossem mais compreensivos”! 
Parece que todo mundo quer mudar alguém ou alguma coisa. Mas, como diria 
Albert Einstein, “loucura mesmo é você fazer as mesmas coisas esperando 
outros resultados”. 
E o que isso tem a ver com a mudança dos outros? 
Explico: quando a gente fica apontando o dedo para os defeitos do outro, para 
os erros dele, para os seus pontos fracos, isso é projeção. Quando fazemos isso 
estamos fazendo mais do mesmo. Estamos apontando os erros esperando que a 
pessoa mude, “conserte”. Nós fazemos isso com a crença de que as pessoas se 
transformem a fim de atender às nossas vontades e expectativas. 
É o comportamento padrão. Só que você já deve ter percebido que isso não é 
muito eficaz, né? Poucas vezes funciona de verdade. O dito cujo com defeito 
pode até mudar na hora, porque ele quer agradar, mas não consegue manter isso 
por muito tempo se a vontade não partiu dele. Quando não é sincero, nem 
genuíno, não se sustenta. 
Às vezes, coincide de a gente querer que a pessoa mude e ela também sentir 
essa vontade. Neste caso, ela toma a decisão de mudar porque também está 
querendo evoluir. Aí, sim, a transformação realmente acontece. 
Fato é que ninguém quer receber críticas. Quando criticamos, criamos barreiras 
ao invés de pontes.A reação mais imediata, geralmente, é a pessoa criticada não 
aceitar o dedo que cutuca a sua ferida. 
Q U E R M U D A R O M U N D O ? 
C O M E C E P O R V O C Ê 
15
 Muito poucas vezes a pessoa aceita o julgamento de bom grado. A forma como 
você fala, inclusive, influencia muitíssimo no resultado. Ser assertivo nessas 
horas ajuda bastante. 
No final, as pessoas só aceitam expandir sua consciência e mudar quando se 
sentem motivadas e dispostas. 
O que fazer, então? O óbvio. Mas nem sempre o mais praticado. Mudemos a nós 
mesmos! 
Acredite ou não, quando você muda, o mundo muda. 
E como se faz isso? Alterando o seu diálogo interno, o seu padrão mental. 
Todo pensamento gera emoções. Essas emoções exalam energia que gera 
vibrações ao seu redor e as vibrações se materializam! 
O Universo é constituído de frequência, energia e vibração. Quando eu mudo a 
minha vibração, por meio do meu diálogo interno, e começo a me importar 
comigo, com a minha vida, com as minhas emoções, eu estou cuidando de mim. 
Quando eu falo mal do outro, quando faço fofocas, quando critico ou reclamo, 
estou baixando a minha vibração. 
Experimente passar um dia sem falar mal de nada e sem reclamar. 
Quando você se incomoda com o outro, é alguma coisa em você que está sendo 
afetada. Fuja de falar mal, de ficar só nos pontos negativos. Olhe o lado bom. 
Somos espelho dos nossos pensamentos. 
Geralmente, aquilo que você não gosta no outro é porque você está se negando 
a enxergar em você mesmo. Quando está tão incomodado com o que estão 
fazendo, tenha certeza de que algo parecido está lhe incomodando no seu 
interior, só que você não quer ver, então é mais fácil jogar para fora e dizer que  
Q U E R M U D A R O M U N D O ? 
C O M E C E P O R V O C Ê 
16
o problema não é seu, mas dele. 
E como mudar a sua vibração? 
Primeiro, mudando os seus pensamentos! Pare de falar mal de si mesmo (mesmo 
que mentalmente), ame-se, pare de se criticar, de se cobrar, se aceite, tenha 
mais autocompaixão, aceite as suas dificuldades, levante a bola dos seus pontos 
fortes e, naturalmente, você começará a ser mais autocompassivo. E quando 
você muda o outro muda também. 
Afinal, se você começou a fazer algo diferente o resultado tem que ser outro, 
concorda? É quase matemático. A pessoa reagia de uma forma porque ela estava 
acostumada com um certo você. Mas quando você muda o seu comportamento, 
não tem mais como ela reagir da mesma maneira.
E se no fim das contas você mudar e a outra pessoa continuar com o mesmo 
padrão de comportamento, de duas umas: ou ela se afastará, já que as vibrações 
não são compatíveis, ou você não se incomodará mais com ela, independente do 
que ela faça, e isso deixará de ser um problema. Quando estamos bem, tudo 
muda. O Universo é pura energia. 
Quando eu mudo, até quem está longe sente. A questão é que olhamos para o 
outro querendo que ele mude antes. 
Primeiro, sejamos luz! 
Q U E R M U D A R O M U N D O ? 
C O M E C E P O R V O C Ê 
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E X P E C T A T I V A , 
F R U S T R A Ç Ã O E R A I V A
Você espera algo que não vem. Que não acontece como o combinado. 
Combinado com quem, ora bolas? Tudo não passou de uma criação da sua 
cabeça. Necessidades suas não atendidas fazem nascer no seu peito uma 
angústia. O coração acelera, o ar parece faltar. O rosto queima e a vontade é de 
gritar. 
Afinal, o que é a raiva? 
Também conhecida como cólera, ódio ou ira, a depender da magnitude, esse 
sentimento intenso, que pode ser passageiro ou permanecer por mais tempo, 
muitas vezes resultando em algum tipo de agressão verbal, física ou psicológica, 
é a prova irrefutável de que você criou alguma expectativa. E frustrou-se. 
E o que são expectativas, se não nós mesmos criando sonhos, inventando 
realidades futuras, esperando ardentemente que o outro, os outros, o mundo 
dance conforme a nossa música? Mas tem gente que gosta de Bossa e tem gente 
que ama Beyonce! Tem condições, então, de isso dar certo? Eu, roqueira, 
esperando que você, forró pé de serra, dance do jeitinho que eu quero e espero? 
E tudo isso doi. Como doi. Ver sonhos de algodão se desfazendo no ar. Tudo era 
tão bonito na sua cabeça. Era o plano perfeito. Custava terem seguido o 
combinado? Combinado com quem, cara pálida? 
Compreenda de uma vez por todas o ciclo de vida desta emoção. Todos nós 
temos sonhos, uns mais simples, outros mais ambiciosos. Não importa. Temos 
esperança de que algo aconteça no futuro da forma como queremos ou 
gostaríamos. É natural, é isso que nos move a correr atrás dos nossos objetivos 
e realizar as nossas metas. Mais do que natural, isso é saudável! É o que nos 
motiva a continuar vivendo. 
A coisa desanda quando dentro desses nossos sonhos, nós incluímos o outro. 
Mas não é o incluir o problema.  
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E X P E C T A T I V A , 
F R U S T R A Ç Ã O E R A I V A
Fato é que nós incluímos o outro e esperamos que ele seja parte ativa da 
conquista deste resultado que nós e somente nós almejamos. Só que para ser 
personagem desta história ele precisa querer. Mas, muitas vezes, quase sempre, 
a gente “esquece” de perguntar se ele topa. E aí dá um problema danado, que a 
esta altura do texto você já deve ter percebido qual é: a frustração, aquela que 
origina a raiva... 
Raiva: inquietação, punhos cerrados, testa franzida, respiração acelerada, pupilas 
dilatadas, taquicardia, músculos contraídos. Em alguns casos a expressão se torna 
ameaçadora, podendo resultar em atitudes impensadas.
A raiva serve para defender as fronteiras pessoais,  pontos de vista, além de ajudar a 
reforçar e manter os limites individuais, profissionais e sociais. ‘Uma dose de 
agressividade serve para que se possa enfrentar as dificuldades, defender os 
interesses e satisfazer as necessidades’. Sem ela o indivíduo tornar-se-ia apático. 
Porém, o descontrole pode trazer muitos prejuízos.
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C O M O S E R V O C Ê 
M E S M O ? 
Sempre falo sobre como nós podemos e devemos reconhecer as nossas emoções 
a fim de saber como elas afetam a nossa vida, o nosso organismo, o nosso 
equilíbrio e o nosso comportamento. 
Mas, você só pode ser você mesmo se souber o que isso significa! 
E o que envolve saber quem você é? Envolve conhecer quais são seus pontos 
fortes e fracos, saber o que você gosta e não gosta, reconhecer quais são os seus 
valores, ou seja, saber o que é importante em cada área da sua vida, num 
determinado contexto. 
E para que saber disso tudo? Para viver a sua vida de acordo com o seu 
propósito, seguindo o que você acredita que é melhor. 
Às vezes, damos tanto valor a convenções sociais e ao que os outros vão pensar 
ou dizer, que acabamos nos sacrificando para viver uma vida que não tem nada a 
ver com a gente. E quando isso acontece criamos um conflito interno enorme, 
gerando insatisfação e infelicidade. 
Muitas vezes, abrimos mão da nossa vontade e do nosso poder de escolha, pois 
não queremos desagradar alguém que é importante para nós. Acontece que 
quando passamos por cima de nós mesmos, nos sentimos muito mal, culpados, 
tristes, desanimados, frustrados e com raiva do mundo. Isso porque não 
estamos seguindo o mandamento mais básico para a autorrealização: só pode 
fazer feliz quem é feliz. Só pode agradar o outro quem se agrada primeiro. 
Assim, você conseguirá fazer o bem ao outro de forma autêntica, sem esperar 
nada em troca e sem sofrer por ter se “sacrificado” e não ter sido valorizado por 
isso. 
Outro ponto muito relevante de se autoconhecer está intimamente ligado à sua 
autoestima: só se ama e se valoriza quem se conhece. Ou melhor, quem se 
conhece e se aceita como é, incluindo os pontos fracos. Você não é perfeito. 
Ninguém é. E daí? 
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C O M O S E R V O C Ê 
M E S M O ? 
Agora, ainda pior, é você detestar tanto quem você é que acaba criando um 
personagem, uma versão aparentemente muito melhor de si mesmo. Só que ao 
fazer isso, a mensagem que está enviando ao seusubconsciente é que você, na 
sua versão genuína, não é bom o suficiente. Aliás, você é tão ruim que se as 
pessoas de fato o conhecessem não o amariam. E aí, adeus autoestima. 
Tá vendo por que é imprescindível nos conhecermos realmente? 
Se você não sabe quem é, se não toma as rédeas da sua vida, da sua 
personalidade, dos seus gostos, se você não sabe para onde quer ir, mesmo que 
isso desagrade muita gente, mesmo que inclua passar por cima de algumas 
opiniões; se você não sabe o que quer da sua vida, se não tem consciência de 
quem é está correndo um sério risco de não atingir todo o seu potencial. 
Pense nisso. 
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N E U R O P L A S T I C I D A D E E A 
C A P A C I D A D E D E E Q U I L I B R A R 
A S E M O Ç Õ E S
Comecei a ler um livro cujo título prometia me ensinar a pensar claramente. 
Curiosa, quis saber do que se tratava. Logo nos primeiros capítulos o autor 
concluiu, por dedução, o seguinte: nunca leia livros de autoajuda, pois eles são 
escritos por pessoas geneticamente felizes. 
Nesse sentido, para mim, o autor quis dizer que: apenas pessoas infelizes leem 
livros de autoajuda e, se você se sente infeliz, provavelmente nasceu assim e 
não tem salvação. Portanto, não se dê ao trabalho de tentar mudar isso. 
Bom. Depois de insistir um pouco mais em algumas páginas, desisti desse livro. 
Eu realmente não posso dizer muito sobre qual é a personalidade predominante 
dos autores de autoajuda, pois não tenho conhecimento para tal. Mas também 
não é sobre isso que eu gostaria de falar. O que eu quero tratar aqui é sobre as 
nossas habilidades genéticas. 
Que todos nascemos com um código genético que predetermina muitas de 
nossas principais características, creio que é algo notório e que já faz parte do 
senso comum. Estudos mais recentes de neurociência têm demonstrado, no 
entanto, que além de características físicas como altura, cor dos olhos e do 
cabelo, nós também somos programados com determinados estilos emocionais. 
Esses estilos emocionais seriam traços que definem o quão resilientes, 
positivos, intuitivos sociais, concentrados, autoperceptivos e pessoas de atitude 
nós tendemos as ser. 
Ou seja, existem mesmo pessoas cuja genética as predispõe a serem mais 
otimistas, resilientes, concentradas, etc. Também há aquelas biologicamente 
programadas para serem mais rancorosas, a se recuperarem mais lentamente 
das adversidades da vida e cuja capacidade de reconhecerem suas emoções é 
limitada, sendo consideradas autoignorantes. 
Estudos neurocientíficos comprovam essas diferenças. No entanto, como gosto 
de provocar: genética NÃO É DESTINO!  
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N E U R O P L A S T I C I D A D E E A 
C A P A C I D A D E D E E Q U I L I B R A R 
A S E M O Ç Õ E S
Para provar isso está aí a neuroplasticidade! Essa capacidade maravilhosa que o 
cérebro tem de se regenerar e aprender novas funções de acordo com as 
necessidades de cada organismo. 
Se a neuroplasticidade vale para o cérebro de um amputado que reaprende a 
andar com uma perna só, ou a escrever com a outra mão, por exemplo, por que 
não valeria para a reformulação das emoções? Afinal, os sistemas neurais das 
emoções se processam no cérebro. 
O que me leva a fazer uma dedução (de novo ela) mais otimista do que a do 
autor do livro citado lá no início: é sim possível aprendermos a modificar nossas 
emoções. Se estamos tristes e lemos um livro de autoajuda ou 
autoconhecimento, como prefiro chamar, podemos aprender a modificar nossos 
padrões mentais de modo a alcançarmos um objetivo, como ficarmos mais 
alegres. Ou podemos aprender a ser mais pacientes, mais resilientes, mais 
autoconhecedores. Mas só a teoria não basta. É preciso praticar, e praticar 
bastante e diariamente. 
Falo isso por experiência própria. Embora eu tenha alguns estilos emocionais 
bem desenvolvidos, alguns não são tanto e me trazem dificuldades, como 
guardar memórias rancorosas. Nesse caso eu que tenho que trabalhar muito, 
pois tendo a ficar remoendo acontecimentos negativos por mais tempo do que 
deveria. Meu lado positivo de ver a vida, porém, acaba equilibrando isso e 
quando eu penso que a ruminação (ato de ficar repassando o passado várias e 
várias vezes) é uma das principais causas de depressão, eu me obrigo a reavaliar 
os acontecimentos e encontrar uma solução mais rápido do que normalmente o 
faria, já que eu sei que não é saudável ficar alimentando determinados 
pensamentos/sentimentos negativos. 
Viu? Eu aprendi a ser assim. E eu melhoro um pouquinho a cada dia. 
De novo, mais uma das frases que eu adoro é: o cérebro não sabe diferenciar o 
que é verdade e o que é mentira. Assim, nós podemos enganá-lo para o bem! 
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N E U R O P L A S T I C I D A D E E A 
C A P A C I D A D E D E E Q U I L I B R A R
A S E M O Ç Õ E S
 Podemos fingir que somos algo até que realmente nos tornemos. 
Tente. Comece treinando aos pouquinhos, sem sofrimento, logo pela manhã. 
Adote a atitude de gratidão. Ao invés de já levantar reclamando, com preguiça 
de encarar o dia. Adote uma postura positiva, seja proativo. Agradeça por estar 
vivo, por ter mais um dia pela frente, tenha gratidão por tudo que tem na vida e 
seu estado de espírito mudará. Suas conexões neurais irão se habituar a essa 
positividade e quando menos esperar você será essa pessoa positiva sem 
esforço. 
Existe uma neurocientista que diz o seguinte: “Fake it until you make it”. Em 
livre tradução seria: Finja até conseguir ser. 
NEUROPLASTICIDADE refere-se à 
mudança. É a capacidade do sistema nervoso 
de se adaptar, se moldar e se reorganizar, 
alterando algumas de suas propriedades 
morfológicas e funcionais em resposta a 
alterações do ambiente e a novas experiências 
do indivíduo. 
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P E Q U E N A S V I T Ó R I A S , 
G R A N D E S C O N Q U I S T A S
Nós costumamos valorizar muito as grandes conquistas na vida. Na verdade, às 
vezes, tenho a impressão que a maioria de nós vive em busca de grandes
vitórias. É comum ouvir reclamações sobre a rotina, sobre a mesmice diária e 
sobre a demora em alcançar muitos sonhos. Afinal, grandes conquistas não caem 
do céu no nosso colo. A maioria leva tempo, exige empenho e é conquistada no 
dia a dia. 
Mas como administrar a ansiedade e usar a realidade a nosso favor? 
Imagine seu grande sonho hoje: passar num concurso? Casar-se? Morar no 
exterior? Você sabe que não vai acordar e amanhã e Plim: mágica! Olha o seu 
sonho embrulhado para presente batendo à sua porta! Não! A vida não é tão 
clichê. 
Toda grande vitória começou com o primeiro passo (isso sim é clichê). Só que de 
tão óbvio, às vezes, parece que as pessoas se esquecem disso. Esquecem-se de 
que toda grande meta precisa ser dividida, dissecada em pequenos objetivos, 
pequenas tarefas possíveis de serem realizadas hoje, amanhã e depois. É essa 
constância que vai levá-lo ao seu destino final. E dentro dessa constância tem de 
haver disciplina, foco, empenho. É fazer uma escolha por dia e, 
consequentemente, uma renúncia. É perder hoje, para ganhar amanhã. 
Quando alguém me procura para realizar um processo de coaching ela chega 
com uma grande meta e o que nós fazemos durante as sessões é justamente 
planejar um caminho a ser seguido até que esta meta seja alcançada. Quando 
delimitamos, hoje, tarefas simples de serem realizadas e elas são de fato 
concluídas, essa pequena vitória traz uma sensação boa de confiança. 
O cérebro reage liberando substâncias de prazer e recompensa (endorfina, 
serotonina, dopamina e ocitocina) e a pessoa se sente bem. Isso faz com que se 
sinta animada em continuar o processo em busca do seu pote de ouro no final do 
arco-íris. É por isso que no coaching pensamos em tarefas inteligentes. Ou seja, 
elas não devem ser nem tão fáceis de realizar, a ponto de não serem 
estimulantes, mas nem tão difíceis, a ponto de se tornarem uma tortura e 
causarem frustração. 25
P E Q U E N A S V I T Ó R I A S , 
G R A N D E S C O N Q U I S T A SO importante é que se proponha uma tarefa possível, mas desafiadora. É a 
sensação de vencer o desafio que vai fortalecendo o nosso senso de 
competência e capacidade e reforçando na nossa mente que vale a pena investir 
tempo e esforço para se alcançar uma grande vitória. 
E no final, se pararmos para pensar, quem nos acompanha no dia a dia são as 
pequenas vitórias! É o acordar cedo todo dia para ir ao trabalho que faz a 
diferença. É o estudar todo dia que faz de você um profissional melhor. É o 
cuidado diário com o outro que fortalece as suas relações da vida inteira. É o se 
alimentar bem todo dia que o torna saudável. É a pequena vitória de hoje que o 
faz campeão na vida. 
Celebrar 
cada 
pequena 
vitória 
fortalece 
o nosso 
senso de
capacidade e  
competência
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E Q U A N D O B A T E 
A Q U E L E V A Z I O ?
Algo constante na vida das pessoas e na nossa sociedade, o vazio emocional é 
um conjunto de emoções negativas que atuam sobre nós. Quando menos se 
espera ele bate e fica, às vezes, demorando mais do que gostaríamos ou 
pensamos ser possível suportar. 
Vem o medo, a insegurança, uma insatisfação que não tem fim, a alegria se esvai 
e a tristeza e angústia tomam conta. 
Sabe quando você para e pensa: “Eu tenho tudo e ainda assim não estou feliz” ou 
“Não importa o que aconteça eu ainda me sinto mal”? 
É uma sensação difícil de explicar e, por isso, também é difícil de entender e 
lidar, afinal, só podemos agir de forma adequada quando identificamos e 
compreendemos as nossas emoções. E para isso, antes de tudo, é preciso 
conhecê-las e distinguir os seus efeitos sobre nós, sobre o nosso corpo e a nossa 
mente. 
O vazio é algo que não sabemos explicar muito bem, diferente de outros 
sentimentos. Por exemplo, quando estamos tristes por um motivo específico, 
assim que as coisas se resolvem, em tese, melhoramos o nosso humor. Ou se 
estamos com raiva por uma determinada razão, quando as coisas se acalmam, a 
raiva passa. Agora, e o vazio? Eu preencho com o quê? Eu resolvo como? 
Nessas horas, cada um busca uma forma de preencher esse buraco existencial. 
Uns procuram amor, outros sexo, álcool, drogas, comida, festas, exercícios 
físicos, dinheiro, trabalho, poder... 
A maioria das pessoas busca preencher esse vazio pelo caminho mais fácil, 
imaginando que o “alcance” de alguma coisa vai suprir a falta de algo que ela 
nem sabe o que é. “Quando eu trocar de emprego, quando eu tiver um aumento, 
quando eu me casar, quando eu tiver filhos, quando eu mudar de cidade, quando 
eu fizer isso ou aquilo, aí sim terei paz e serei feliz”. Ledo engano. É preciso 
primeiro ser, para ter. 
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E Q U A N D O B A T E A Q U E L E 
V A Z I O ?
Não que buscar tudo isso seja ruim. Ocorre que, a princípio, a resposta mais
fácil parece essa, mas não resolve de verdade. E, ainda, quanto mais você faz, 
mais vazio parece, a solução não vem e quando a situação fica insustentável a 
conta chega. 
Chega uma hora em que o Universo dá dois tapinhas nas suas costas e te obriga 
a olhar para dentro, a encarar de frente o que você tem feito da sua vida. 
Buscar só o externo não adianta. Tem que cuidar do emocional também. Buscar 
um caminho material em detrimento do emocional é furada. Ou você para e 
resolve por amor ou vai resolver pela dor. 
A escolha é sua. 
É por isso que muitas vezes vivemos repetidamente algumas situações. Passam 
os anos, mudam alguns personagens, mas o cerne da questão está ali, presente, 
repetindo-se até que você aprenda algo. 
Entenda, viemos a este mundo para evoluir. Então, por que bloquear este 
processo? 
Uma opção para lidar melhor com tudo isso é parando de fugir. Olhe para dentro 
e se pergunte onde você quer chegar com tudo que tem buscado. O que tem o 
levado para esse caminho? O que você quer e o que você precisa na vida? É 
realmente mais festas, mais dinheiro, uma esposa ou filhos? 
Nós temos que parar para ouvir o nosso coração, prestar atenção na nossa vida. 
Olhar ao redor e enxergar o que está acontecendo, perceber os sinais que as 
pessoas estão nos dando, que o nosso corpo está nos dando, que o Universo está 
mandando. 
Quando estamos no caminho que é condizente com o nosso propósito, quando 
estamos bem, o nosso corpo fica feliz, não tem angústia, não tem úlcera, não tem 
dor de cabeça e outras dores sem explicação. 
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E Q U A N D O B A T E A Q U E L E 
V A Z I O ?
A vida dá sinais, as pessoas dão sinais, o nosso corpo é o primeiro a gritar, mas a 
gente não ouve. Estamos buscando a solução fora, quando ela está dentro. 
"Não adianta olhar pro céu com 
 muita fé e pouca luta" 
Gabriel o Pensador. 
Tem respostas que você só vai 
encontrar se olhar pra dentro.
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O Q U E V O C Ê E S P E R A 
D A S P E S S O A S ?
Quantas vezes nos pegamos julgando o outro e até pensando: “Poxa, mas no 
lugar do fulano eu não faria isso, eu faria aquilo”. Só que nos esquecemos de que 
o outro é diferente de nós, por mais óbvio que isso pareça, e que ele não tem 
que agir de acordo com a nossa ideia e concepção de mundo e, tampouco, 
conforme nossas crenças. 
   
Esse modo de lidar com o jeito alheio acaba nos causando muitas frustrações e, 
por consequência, muita raiva também. Só que a frustração vem porque, muitas 
vezes, nos recusamos a aceitar que as pessoas não estão neste mundo para 
atender às nossas necessidades e desejos. Assim como nós, o outro também está 
aqui em busca de ser feliz e de fazer o que tem vontade e acha certo. 
Às vezes, pode até ser que a vontade dele coincida com a nossa (se eu 
acreditasse em coincidências) e que a gente tenha a sorte de ele fazer aquilo 
que gostaríamos. Ou então, que ele nos dê exatamente o que queremos receber. 
Mas é isso, sorte. Ou controle. Neste último caso, fica a reflexão sobre o quão 
sadio é ter alguém ao lado, satisfazendo todas as nossas vontades, apenas para 
acalmar o nosso ego e a nossa insegurança, passando por cima de quem 
realmente é. No caso, a reflexão vale para ambos os lados. 
Também tem muita gente que faz “tudo pelo outro”, mas sempre esperando algo 
em troca. É nessas horas que você vê tanta gente dando amor, carinho, 
presentes, atenção, amizade, tempo e até sacrifícios, sempre esperando receber 
na mesma medida, se não mais. 
A isso damos o nome de altruísmo. Mas... Ledo engano! Isso nada mais é que 
egoísmo disfarçado, meu bem. Aqueles que se empenham em fazer algo sempre 
esperando uma retribuição à altura não são cordeirinhos. E nisso, inclua eu e 
você. 
“Ah, mas nós somos humanos e, no fundo, a gente sempre espera alguma coisa 
em troca”. Ok. Mas é importante ter consciência disso e saber a diferença. Pois 
quando vestimos a máscara do altruísmo para esconder ou justificar a nossa 
vontade de barganhar, aí começa um problema. Quer barganhar? Tudo bem! 30
O Q U E V O C Ê E S P E R A 
D A S P E S S O A S ?
 De fato, quase todo mundo age assim em um momento ou outro. Agora, lembre-
se que isso não é amor. Fazer o bem sem esperar algo em troca, isso sim é um 
grande ato de amor e generosidade. 
E a parte boa disso é que quando você está praticando o bem para os outros, 
você se conecta com a vibração positiva do Universo e, estando envolto por essa 
energia, automaticamente coisas boas acontecem para você. 
Pode até ser que aquela pessoa específica para quem você direcionou uma boa 
ação não lhe dê nada em troca, mas só o fato de fazer o bem vai lhe ajudar a 
expandir o amor que existe dentro de você e que muitas vezes está escondido, 
encolhido, impossibilitado de fluir. 
Melhor agir assim do que cultivar negatividade, frustrações, raiva, ódio e 
rancor. Tudo isso surge de expectativas não atendidas. E, compreenda, as 
pessoas não nos decepcionam. Nós é que nos decepcionamos com elas, pois 
esperamos algo que ela não pode ou não quer nos dar. E mais, nós também 
“decepcionamos” os outros. O mundo está cheio de gente esperando algo que 
nós não estamos dispostos,não podemos ou não queremos fazer. 
Então, vamos esperar menos e fazer mais. Fazer o bem envolve também e, 
principalmente, ter mais paciência, empatia, cuidado, aceitar o outro como ele é, 
compreender as suas dificuldades e limitações. Esse é a maior prova de amor
que podemos dar a alguém. 
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A L I N H A T Ê N U E E N T R E 
E G O Í S M O E A M O R - P R Ó P R I O
Há uma linha muito tênue que difere egoísmo de amor-próprio. Uma pessoa 
egoísta é aquela que acredita que seus interesses são os mais importantes, 
pensa que só a sua opinião é válida e que as suas necessidades devem ser 
atendidas, muitas vezes, em detrimento das necessidades dos demais. 
Pessoas com essa característica colocam os seus interesses acima de tudo e de 
todos e, geralmente, acreditam que o mundo gira ao seu redor. Têm dificuldade 
de partilhar e pensar no coletivo e também costumam explorar o outro em 
benefício próprio. 
A confusão entre os conceitos surge porque, em muitas situações, justamente 
por nos amarmos, priorizamos o nosso bem-estar. No entanto, muitas pessoas 
não enxergam isso como autopreservação, mas sim como um ato maldoso de 
egoísmo. O que não é verdade. 
O ato egoísta surge de uma intenção egoísta e o amor-próprio tem muito mais a 
ver com o autorrespeito. 
Amor-próprio não significa desconsiderar o outro ou só pensar em você. 
Contudo, se você tiver de escolher entre cuidar de você, atendendo às suas 
necessidades, ou atender às necessidades de outra pessoa, a atitude de escolher 
cuidar de você em primeiro lugar demonstra segurança e inteligência emocional. 
Afinal, quando nos deixamos para segundo plano, estamos negligenciando o 
nosso bem mais precioso, que é a nossa felicidade e bem-estar. E já diz o ditado: 
só pode cuidar do outro quem bem cuida de si mesmo. Então, nada mais natural 
e intuitivo do que cuidarmos de nós mesmos em primeiro lugar. 
Eu acredito que antes de fazer o bem, eu preciso estar muito bem. E que para 
cuidar do outro eu devo cuidar de mim primeiro. Eu devo estar com a minha vida 
no lugar, para só depois ajudar. 
Para mim, é muito importante manter a autoestima e o amor-próprio em níveis 
saudáveis.  
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A L I N H A T Ê N U E E N T R E 
E G O Í S M O E A M O R - P R Ó P R I O
Sendo assim, eu procuro sempre respeitar as minhas necessidades e os meus 
valores. O que não quer dizer que eu acredite que eles sejam melhores que os 
dos outros. No entanto, também não acredito que as necessidades e valores dos 
outros sejam melhores do que os meus. E aí está um ponto muito importante. 
Quando eu me cuido e me defendo de abusos, muitas vezes posso parecer 
egoísta. Mas isso acontece mais aos olhos das pessoas que não estão 
acostumadas a lidar com gente que se ama e se valoriza e, por não saberem 
como reagir, muitas vezes se assustam e até atacam. 
Quando eu coloco a minha vida como minha prioridade, não necessariamente eu 
estou sendo egoísta. 
Sendo redundante (na intenção de fixar esta ideia na cabeça de muita gente), se 
eu pudesse diferenciar esses dois conceitos em uma frase, eu diria que amor- 
próprio é quando você coloca os seus interesses na frente dos outros por 
respeito a você mesmo. É focar mais nos seus interesses do que nos dos outros 
como forma de manter o seu bem-estar e a sua saúde física e emocional. Sua 
intenção é estar bem com você mesmo. Já o egoísmo está mais relacionado com 
você pensar única e exclusivamente, em muitos contextos, apenas em você, com 
um detalhe importante: o outro não importa, não interessando o que pensa, 
sente e nem mesmo o mal que está causando a ele. 
eu
você
- É muito difícil estabelecer vínculos afetivos e 
autênticos quando não se é solidário com as 
pessoas. 
- A pessoa egoísta não consegue tolerar as 
frustrações que tanto a amizade quanto a 
convivência humana implicam. 
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E U A C R E D I T O N O P O D E R D A
V I S U A L I Z A Ç Ã O E V O C Ê ?
Eu acredito no poder da visualização. Ao longo da vida sempre li e ouvi muito a 
respeito, mas quando eu realmente vivenciei isso, eu tive coragem de dizer de 
boca cheia: funciona! 
Lembro uma vez que me desentendi com um colega de trabalho, fui para casa 
muito chateada e à noite, na cama, antes de dormir, fiquei imaginando como 
poderíamos acertar a situação sem termos de reviver a conversa desagradável 
do dia anterior. Eu queria fazer as pazes, mas sem DR. Então, tive uma luz: vou 
imaginar que a gente se encontra amanhã no corredor, ele me olha, sorri, e nós 
nos abraçamos. Pronto. Estamos de bem. E dormi, com a certeza de que iria 
acontecer. 
Foi uma visualização rápida e certeira. Não tive nem tempo de duvidar, de 
encontrar dificuldades, de ficar repassando mil e uma situações. Eu só queria 
aquilo naquele momento. Depositei ali uma energia sincera e adormeci. 
No dia seguinte, cheguei mais cedo ao trabalho, como era de costume. Num 
dado momento, próximo ao horário dele chegar, eu saí da sala e fui até o 
corredor e, ao olhar para a porta principal, ele estava entrando. Me olhou e 
sorriu. Nos abraçamos. 
Esse dia foi muito importante para mim, pois eu compreendi mais um pouco 
sobre esse poder maravilhoso de visualizar algo sem medo. Só visualizar, só 
desejar e acreditar e fim.
Gosto dessa história, pois aconteceu num momento em que eu já tinha mais
consciência de como utilizar isso a meu favor. Tantas vezes antes eu já usei essa 
tática, sem saber. Tantas outras utilizei e não funcionou! Muitas, inclusive! Mas 
nesse dia eu consegui compreender o sentimento do não-medo, do não-duvidar, 
do apenas querer sinceramente que algo aconteça. E reparem, eu não pedi nada 
impossível! Não pedi que nada caísse do céu. Teve vontade, mas teve ação 
também. Teve intenção! 
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E U A C R E D I T O N O P O D E R D A
V I S U A L I Z A Ç Ã O E V O C Ê ?
Uma outra vez, essa muitíssimo importante, foi quando passei no concurso para 
trabalhar no meu atual emprego. Eu já vinha estudando há anos e sempre quase 
passando. Quase mesmo, já fiquei em 4° lugar, em 10° lugar e nunca era 
chamada. Não compreendia como tanto esforço não era recompensado. Muitas 
vezes desanimei, parei de estudar e tentar concursos por um tempo, mas no
fundo sabia que se eu continuasse a minha hora chegaria. Foi quando, depois 
uns dois anos sem prestar nenhum concurso, me inscrevi em um e não contei a 
ninguém. E disse para Deus: ou eu passo em primeiro lugar, ou nem me 
classifique. Por gentileza 
Engraçado, eu impus a Deus uma condição. E funcionou. 
Não porque Deus me obedeceu. Claro que não! Quem sou eu! Até porque de lá 
pra cá, o meu entendimento sobre Deus mudou bastante, e isso é pano pra outra 
manga. Mas de todo modo, hoje eu compreendo que eu coloquei uma intenção 
muito forte e muito focada naquilo. Para mim, ou eu passava em primeiro lugar 
ou preferia nem ser classificada. Era meu pacto com Deus, com o Universo, 
comigo! Eu já havia feito a minha parte, estudando por anos. Eu sabia que ele 
não me decepcionaria. Eu sabia que eu tinha todas as condições e era chegada a 
hora. Eu não temi. Eu não temia que Deus não me ajudasse, ele nunca faria isso. 
Eu não temia por não ter estudado o suficiente, eu sabia que havia estudado. Eu 
não temia o julgamento da minha família e amigos caso eu não passasse de novo. 
Eles não sabiam que eu estava fazendo a prova! 
Assim que terminei a prova eu sabia. Eu sabia que havia passado e passei. Em 
primeiro lugar! No dia em que saiu o resultado, eu telefonei para a minha mãe, 
que havia insistido muito para eu fazer este concurso e que não se conformava 
muito com o fato de eu não ter me inscrito (ela quis me inscrever, inclusive). Eu 
liguei para ela e quando disse mãe, ela respondeu: você passou?! 
É mãe. Quem acredita, sem medo, sempre alcança. 
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É uma alegria e um sonho realizado escrever este livro. 
Espero que para você, que chegou até aqui, a experiência desta leitura
tenha valido a pena. Conseguir plantar umasementinha em sua mente a
respeito da importância de cuidar bem da sua vida emocional é o meu
propósito. Espero que tenha dado certo! 
Acredito no potencial de cada de um se reinventar e criar o seu próprio
caminho de paz e felicidade. E eu estou seguindo o meu ao disseminar
essas informações. 
 
 
                                                                                                             Com amor, Suellen 
Mensagem final
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sumbarone@gmail.com
/neurodicas
/suellenbarone
/neurodicas
/neurodicas
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	capa ebook2
	QUE SOU EU_EBOOK2
	Quais são suas crenças essenciais_ebook2
	O Poder das Emoções_ebook2
	Autoconhecimento- você está preparado-ebook2
	Autoconhecimento- você está preparado-ebook2
	Autoconhecimento- você está preparado-ebook2
	Como ser você mesmo_ebook2
	Neuroplasticidade e a capacidade de equilibrar emoções_ebook2
	Quer mudar o mundo comece por você_ebook2
	A linha tênue entre egoísmo e amor proprio_ebook2
	E quando bate aquele vazio_ebook2
	Expectativa, frustração e raiva_ebook2
	O que IE tem a ver com felicidade_ebook2
	O que voce espera das pessoas _ebook2
	O que voce varre para debaixo do tapete_ebook2
	Como voce toma decisões_ebook2
	Eu acredito no Poder da Visualização e você-ebook2

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