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Prova Pratica Processo Penal

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ORIENTAÇÕES PARA PROVA:
· Valor das questões: 
 - PEÇA PRÁTICO-PROCESSUAL 10,00 (dez pontos)
 - Múltipla escolha 2,00 X 5 = 10,00 (dez pontos) Total: 20 PONTOS
1 – Questões de múltipla escolha:
1.1. Acerca do Acordo de Não Persecução Penal, inserido na legislação processual penal brasileira pela Lei 13.964/19, marque a alternativa correta:
D) Descumpridas quaisquer condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Promotor de Justiça deverá, ser for o caso, imediatamente oferecer denúncia. Além do mais, o membro do Ministério Público pode invocar o descumprimento do acordo como justificativa para eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.
1.2. Durante repouso noturno, Policiais Militares, passam a monitorar um ponto de venda de drogas conhecido por "Biqueira do Chico Miranda", verificando intensa movimentação de usuários no local, sempre chegando e saindo do local em um curto espaço de tempo. Num determinado momento, verificam o exato instante em que uma motocicleta XRE 300 cilindradas chega ao local, ocasião em que o garupa desce do veiculo com um invólucro plástico de volume grande em mãos, o deixa no interior da residência monitorada (casa localizada na Rua Generoso Saldanha, n.º 33, Bairro Chico Miranda, Lagoa da Prata-MG) e em seguida os deixam o local. Estando os Policiais cientes de que aquela ação teria sido um reabastecimento de drogas, resolvem ingressar no imóvel, ocasião em que são abordados no interior o casal proprietário, sendo eles RAFAELA LOREN DUARTE e ARIOSVALDO CRUZ SANTANA, além de outros três usuários de drogas que ali estavam para adquirir drogas. Durante buscas, nada de ilícito foi encontrado com os habitantes do imóvel, nem tampouco com os usuários que ali se faziam presentes. Entretanto, quando das buscas no imóvel, encontraram no guarda roupas do casal, o invólucro plástico lá deixado pelos ocupantes da motocicleta, constatando que nele haviam 8 (oito) tabletes de 1 kg cada um de maconha, bem como outros 3 (três), também de 1 kg cada, de cocaína.Todos que estavam no local receberam voz de prisão em flagrante, no que foram encaminhados para a Delegacia, para adoção das medidas legais por parte da Autoridade Policial, que ratificou a prisão dos casal RAFAELA e ARIOSVALDO, procedendo-se à liberação dos demais conduzidos. Os presos entraram em contato com um Advogado para esclarecimentos sobre a validade das prisões ocorridas.Com base nos fatos acima narrados, o Advogado deverá esclarecer aos seus clientes que a prisão em flagrante efetuada pelos policiais foi:
D) legal, tratando-se de flagrante esperado.
1.3. Após ser instaurado inquérito policial para apurar a prática de um crime de lesão corporal culposa praticada na direção de veículo automotor (Art. 303 da Lei nº 9.503/97 – pena: detenção de seis meses a dois anos), foi identificado que o autor dos fatos seria Carlos, que, em sua Folha de Antecedentes Criminais, possuía três anotações referentes a condenações, com trânsito em julgado, pela prática da mesma infração penal, todas aptas a configurar reincidência quando da prática do delito ora investigado.Encaminhados os autos ao Ministério Público, foi oferecida denúncia em face de Carlos pelo crime antes investigado; diante da reincidência específica do denunciado civilmente identificado, foi requerida a decretação da prisão preventiva. Recebidos os autos, o juiz competente decretou a prisão preventiva, reiterando a reincidência de Carlos e destacando que essa circunstância faria com que todos os requisitos legais estivessem preenchidos. Ao ser intimado da decisão, o(a) advogado(a) de Carlos deverá requerer:
A) o relaxamento da prisão dele, pois ela é ilegal.
1.4. No dia 15 de maio de 2017, Caio, pai de um adolescente de 13 anos, conduzia um veículo automotor, em via pública, às 14h, quando foi solicitada sua parada em uma blitz. Após consultar a placa do automóvel, os policiais constataram que o veículo era produto de crime de roubo ocorrido no dia 13 de maio de 2017, às 09h. Diante da suposta prática do crime de receptação, realizaram a prisão e encaminharam Caio para a Delegacia. Em sede policial, a vítima do crime de roubo foi convidada a comparecer e, em observância a todas as formalidades legais, reconheceu Caio como o autor do crime que sofrera. A Autoridade Policial lavrou auto de prisão em flagrante pelo crime de roubo em detrimento de receptação. O Ministério Público, em audiência de custódia, manifesta-se pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, valorizando o fato de Caio ser reincidente, conforme confirmação constante de sua Folha de Antecedentes Criminais. Quando de sua manifestação, o Advogado de Caio, sob o ponto de vista técnico, deverá requerer:
B) relaxamento da prisão, em razão da ausência de situação de flagrante.
1.5. Dentre as assertivas abaixo, marque a incorreta:
C) Defesa prévia e Defesa preliminar são expressões sinônimas, tratando-se de nomenclaturas trazidas pela doutrina e jurisprudência para explicar o instituto criado pela Lei 11.719/08, quando inseriu ao Código de Processo Penal o Art. 396 "a".
2. Peça prático-processual.
Eduardo Backer, nascido em 18/02/1990, genitor da menor Francine de 9 anos de idade, por volta de 23:48h do dia 18/08/2019, adentra à loja de conveniência do "Postinho", localizado no Bairro São João, Bom Despacho-MG, interior do Estado de Minas Gerais, quando se apodera de 8 pacotes de biscoitos recheados, 2 pacotes de bala macia e 4 todinhos, dissimulando todos sob suas vestes, deixando em seguida o local sem efetuar o devido pagamento. Acontece que o funcionário do local notou a subtração e acionou a Polícia Militar, que logrou captura o autor pouco tempo após o ilícito, que foi filmado pelo circuito de segurança do local. Conduzido até a Delegacia, a Autoridade Policial procedeu à lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, tendo ratificado o cerceamento cautelar e arbitrado fiança ao conduzido, a qual não foi recolhida por insuficiência de recursos, sendo então encaminhado ao Presídio da Comarca, onde permaneceu provisoriamente preso por 28 dias, quando lhe foi concedida pelo Juiz de Direito da 1.ª Vara da Comarca, liberdade provisória sem fiança. O Inquérito Policial foi devidamente concluído, tendo o Delegado de Polícia indiciado o autor pela prática do ilícito de furto qualificado pela destreza, com causa de aumento de pena de ter sido cometido durante o repouso noturno. O Ministério Público ofertou denúncia em desfavor do autor nos mesmos moldes do indiciamento, a qual veio acompanhada das peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática do crime do Art. 157 do Código Penal, bem como o laudo de avaliação dos bens subtraído, constando o montante de 62,00 (sessenta e dois reais). Importante ressaltar que Eduardo Backer negou sempre a autoria delitiva. A denúncia foi recebida o Eduardo devidamente citado.
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade do Advogado de Eduardo Backer, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo, devendo abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BOM DESPACHO
Autos nº......
Eduardo Backer, já qualificado nos autos do processo-crime nº... que lhe move o Ministério Público, por sua advogada que esta subscreve (conforme procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro no artigo 396 e 396-A, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I - DOS FATOS:
Consta da denúncia que no dia 18/08/2019, por volta das 23:48, Eduardo Backer teria subtraídopara si ou para outrem 8 pacotes de biscoito recheados, 2 pacotes de bala macia e 4 Todinhos, no valor de R$62,00 (sessenta e dois reais) na loja de conveniência “Postinho”, na cidade de Bom Despacho-MG.
O funcionário do local notando a subtração das mercadorias e acionou a Policia Militar, que capturou o acusado pouco tempo após o delito ter ocorrido. Eduardo Backer, mesmo negando a autoria do crime, foi preso em flagrante, conduzido ao Presídio desta Comarca, pois ao ser arbitrada fiança demonstrou insuficiência de recursos. Após cumprir 28 dias de prisão provisória lhe foi concedido a liberdade provisória sem fiança.
O Ministério Público então ofereceu denúncia em seu desfavor, com fundamento no artigo 155, §2º e §4º, II do Código Penal.
A denúncia foi recebida e o réu devidamente citado. 
II - DO DIREITO
A- Absolvição Sumária – Artigo 397, III do CPP
Colhe-se dos autos que a coisa subtraída se trata da quantia irrisória de R$ 62,00 (sessenta e dois reais), não representando sequer 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente. Sendo assim, as circunstâncias descritas remetem a aplicação do Princípio da Insignificância, com a exclusão da tipicidade, como previsto no artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal. 
Desta maneira, conclui-se que a conduta é atípica em face da aplicação do Princípio da Insignificância.
B- Pedido Subsidiário – Furto Simples – Artigo 155, Código Penal
Caso não seja o entendimento de Vossa excelência a absolvição sumária, requer -se o enquadramento da ação de Eduardo Backer na hipótese de Furto Simples do artigo 155 do Código Penal , uma vez que não se pode neste caso falar em aumento de pena do Parágrafo 2º do artigo 155 do Código Penal (repouso noturno) uma vez que a loja de conveniência “Postinho” funciona 24 horas, também torna-se inexistente a qualificadora sobre destreza, do Parágrafo 4º do artigo citado, visto que o funcionário da loja viu a subtração das mercadorias. 
III - DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer-se a absolvição sumária do autor face a atipicidade da conduta decorrente do Princípio da Insignificância. Subsidiariamente, requer-se a desclassificação do delito de furto qualificado para furto simples.
Requer-se ainda a produção de todos os meios de prova admitidas em direito.
Termos em que,
pede deferimento.
Bom Despacho, __/__/2019. 
Advogado...
OAB nº...
_______________________________________________________________________________________________
3.2. Explique de forma detalhada como é que se dará a progressão de regime de pena em caso de autor reincidente em crime cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
O aluno deverá partir de uma pena concreta (não é pra fazer a dosimetria de pena, ficará a cargo do aluno imaginar uma determinada pena, em que a condenação se deu em anos, meses e dias), em regime inicial fechado e fazer a progressão.
A Lei nº13.964/19 dá nova redação ao artigo 112 LEP, estabelecendo novos critérios para a progressão de regime, onde a primariedade, a reincidência, o emprego ou não de violência à pessoa, o caráter hediondo, o resultado morte serão considerados. Esta alteração só será aplicável aos crimes cometidos após sua entrada em vigor, que foi no dia 23/01/2020. A progressão de regime de pena em caso de autor reincidente em crime cometido com violência e grave ameaça à pessoa, a progressão de regime dependerá do cumprimento de 30%. Exemplo: Adriano no dia 25/02/2020, em uma festa carnavalesca, subtraiu para si com uso de violência a bolsa de Bia. Bia ao tentar se defender, de Adriano, acabou caindo da escada fraturando o crânio, ficando em situação hospitalar por mais de 60 dias. Adriano foi condenado a 15 anos, 5 meses e 25 dias em regime fechado, pelo crime do artigo 157,§3º do CP. Nos parâmetros da nova redação do artigo 112 LEP, Adriano poderá ter progressão da pena de regime fechado para o semiaberto quando cumprir 30% da pena, ou seja, 4 anos,6 meses e 7 dias. Já para progredir do regime semiaberto para o regime aberto ele terá que cumprir mais 30% da pena restante, que é 10 anos ,9 meses e 23 dias, então ele terá que cumprir 3 anos, 2 meses e 9 dias. Caso Adriano tivesse cometido o crime antes de 23/01/2020 sua progressão de regime aconteceria com o cumprimento de 1/6 da pena.
_______________________________________________________________________________________________
 “As condições de vida no cárcere devem ser
 necessariamente piores do que as condições de
 vida dos trabalhadores livres.”
(Princípio da Less Eligibity. Inglaterra, 1984).
Caro aluno, boa prova!
PROVA D-1 
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