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O avanço do desmatamento da Amazônia

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O avanço do desmatamento na Amazônia no Brasil
	A Floresta Amazônica é a maior floresta Equatorial do mundo, só perdendo para a floresta de Taiga da Rússia, mas superando-a, e muito, em biodiversidade e potencial econômico, ecológico, climático e social.
	Como a Floresta é supranacional, ou seja, pertence a vários países, costuma-se falar em Amazônia Legal quando se refere à parte da Amazônia que pertence ao Brasil. 
	A Amazônia possui, em sua área original, aproximadamente 5,5 milhões de Km2, ou seja, mais da metade de todo o território brasileiro, que é de 8,5 milhões de Km2. Historicamente, como preservação ambiental raramente combina com desenvolvimento econômico, o avanço do capitalismo e suas diversas políticas econômicas promoveram um aumento do desmatamento da região em nome do progresso e do desenvolvimento. Esse desmatamento é problemático em inúmeras instâncias, como:
· A redução e a alteração da biodiversidade, comprometendo todo o ciclo ecológico local;
· Alterações climáticas locais (a floresta, por sua alta umidade, funciona como uma espécie de “regulador térmico”, ou seja, um amenizador das temperaturas, além de fornecer chuvas para o Sudeste e Centro-Oeste por meio dos “rios voadores” – a MEC (massa Equatorial continental) globais (embora ela não seja o “pulmão do mundo”, é fato que ela tem a sua importância na circulação geral da atmosfera, por exemplo.);
· Comprometimento das relações econômicas e geopolíticas, visto que países e até fundos de investimentos estrangeiros levam sim em consideração as políticas ambientais do país para investir. O acordo entre Mercosul e União Europeia, por exemplo, corre risco de não sair do papel, enquanto fundos de investimentos de trilhões de dólares já ameaçam sair do país;
· Deslocamento de populações locais, como as comunidades ribeirinhas e os povos indígenas, graças ao avanço das queimadas, projetos agropecuários, mineradoras, hidrelétricas, etc.
O projeto de avanço sobre a Amazônia começou de maneira mais intensa após o 1964, durante o governo militar e o seu projeto “integrar para não entregar”, que visava a ocupação e o desenvolvimento da Amazônia contra o risco de entregar a Amazônia para organismos internacionais em um momento de discussões sobre uma possível internacionalização dos grandes recursos naturais do planeta.
	O governo Militar (1964-1985) passou, portanto, a desenvolver projetos de ocupação da região, sendo os principais:
· Projetos agropecuários: incentivou-se o deslocamento das frentes pioneiras para a ocupação das fronteiras agrícolas do Brasil. Vale ressaltar que, apesar desse projeto ter se iniciado no governo militar, até hoje a fronteira agrícola é pressionada por agropecuaristas que desejam avançar sobre o território, fazendo com que o arco do desmatamento atinja porções cada vez mais ao norte do território.
· Zona Franca de Manaus: construção de uma área de isenção fiscal em Manaus para atração de indústrias estrangeiras interessadas em produzir para o mercado interno do Brasil, promovendo urbanização e ocupação da área.
· Transamazônica: Tinha como objetivo integrar a região por meio de uma grande rodovia. Assim como outras obras do governo militar, que eram de enormes proporções, ficou inacabada.
· Exploração mineral: grandes projetos de exploração, como Serra Pelada (PA) e o projeto Grande Carajás (PA), visavam, além de produzir minérios para exportação, ocupar e desenvolver a região. Vale ressaltar que a mineração é um dos setores que mais gera impactos ambientais graças à retirada da cobertura vegetal, produção de rejeitos, deslocamento de populações que ocupavam a região, erosão e assoreamento, etc.
Com as crises do petróleo (1973 e 1979), a economia brasileira entrou em colapso, paralisando investimentos estatais na Amazônia, enquanto a criação e o fortalecimento de organismos de fiscalização e preservação da floresta, além da maior atuação de ONG’s, reduziram um pouco o ritmo de desmatamento, embora os projetos agropecuários e mineradores, por exemplo, continuassem avançando sobre a Floresta.
Nos anos 2000, durante o governo do PT, a Amazônia passou por uma nova etapa de desmatamento: as hidrelétricas. O PAC (programa de aceleração do crescimento econômico) tinha como um dos seus objetivos melhorar os gargalos econômicos por meio do desenvolvimento de infraestruturas, inclusive a questão energética. Tendo isso como pano de fundo, projetos de hidrelétricas na Bacia Amazônica, que é a bacia com o maior potencial do Brasil, começaram a avançar no Brasil, com a construção de Belo Monte, no rio Xingu (PA), a terceira maior usina do país, e Jirau e Santo Antônio, localizadas no rio Madeira (RO).
Em 2018, com a eleição de Bolsonaro e a indicação de Ricardo Salles como ministro do meio ambiente, as previsões sobre a proteção da Amazônia começaram a ficar cada vez mais negativas. Em uma das suas primeiras entrevistas como ministro, no programa roda-viva, questionou a importância de saber quem era Chico Mendes, ex-militante ambientalista, nome de destaque internacional na proteção dos seringueiros e da Amazônia e que, inclusive, dá nome ao ICMBio (instituto Chico Mendes de biodiversidade), órgão subordinado ao ministério do meio ambiente e que visa conservar a biodiversidade no Brasil.
Dentre as ações questionáveis do governo, pode-se destacar:
· Fim do Fundo Amazônia: com a imagem do Brasil arranhada no cenário internacional por conta das políticas ambientais, Noruega e Alemanha cancelaram o repasse de verbas para o fundo Amazônia que promovia, dentre outras coisas, dinheiro para fiscalização e preservação da floresta, além de auxiliar ONG’s locais de preservação e conservação ambiental;
· Queimadas: Houve um aumento substancial das queimadas em 2019, inclusive com a formação de uma “nuvem preta” (fuligem) graças à queima da matéria orgânica. Questionado sobre as queimadas, tendo inclusive o “dia do fogo” (10/08), no qual agropecuaristas locais iniciaram um movimento conjunto de queimadas, o ministro e o presidente alegaram que não passava de uma atuação de ONG	‘s esquerdistas, financiadas inclusive por Leonardo DiCaprio, para manchar a imagem do seu governo. Quando o INPE divulgou os dados de aumento do desmatamento e queimadas na Amazônia, Ricardo Galvão, responsável pela divulgação dos dados, foi exonerado, apesar de ser uma referência na produção de conhecimento no Brasil;
· MP 910, a MP da grilagem: A medida provisória 910 busca regularizar a questão fundiária no Brasil para, segundo o próprio governo, demarcar melhor as terras e auxiliar na proteção da floresta. O problema, segundo os críticos do projeto, é que esse regularização possivelmente irá perdoar as ocupações irregulares (grilagem), anistiando criminosos que se apropriaram da floresta ilegalmente;
· Exoneração de Olivaldi: Após o IBAMA, em conjunto com as forças policiais, deflagrem uma operação de garimpo ilegal na Amazônia, uma das maiores operações irregulares do país, o responsável Olivaldi Azevedo foi exonerado, sem maiores justificativas, dando a entender que seria uma espécie de punição por seus atos;
A Amazônia, portanto, se mostra constantemente ameaçada, embora ela não corra risco de extinção. Estima-se que haja ainda hoje cerca de 80% da vegetação preservada, mas levando em consideração a área total da floresta, esses 20% correspondem a uma área superior a 10% do território brasileiro inteiro. Uma triste realidade e que, segundo notícias recentes, vem aumentando muito em ritmo de desmatamento.
EXERCÍCIOS
1. (Uem 2020) Um dos grandes problemas ambientais que o planeta enfrenta naatualidade são as queimadas. No Brasil, dos casos dequeimadas ocorrem na Amazônia. Só nesse bioma os casoscresceram em 2019 em relação ao ano de 2018.
(notícias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redaçao/2019/08/21/o-que-esta-acontecendo-na-amazonia-ambientalistas-explicam.htm).
Sobre o assunto e conhecimentos correlatos, assinale o que forcorreto. 
01)Durante as queimadas ocorre intensa liberação de dióxidode carbonoque chega à atmosfera, o que interfere no efeitoestufa e, consequentemente, no aquecimento global.
02)No Brasil, as queimadas ocorrem principalmente para odesenvolvimento de atividades agropecuárias, destruindo avegetação e comprometendo a biomassa e a biodiversidade.
04)Políticas governamentais objetivando o controle dequeimadas foram determinadas pelo Protocolo de Kyoto,elaborado na Convenção sobre a Biodiversidade e aConvenção do Clima, durante a Rio-92.
08)Apesar das condições pouco favoráveis, como asresultantes de uma queimada na Floresta Amazônica, asespécies pioneiras, como gramíneas e líquens, conseguemse instalar, originando o processo de sucessão primária.
16)Mesmo com a destruição da vegetação pelas queimadas, osolo amazônico ainda terá boa fertilidade devido à espessacamada de húmus que apresenta.
2. (Ufsc 2020) O planeta passou por grandes mudanças geológicas, climáticas e ambientais no passado e continua a passar por isso ainda hoje [...]. Os humanos também criaram tecnologias que forjaram processos sem precedentes de mudanças ambientais, não igualadas por outra espécie. A história humana intensifica o alcance e a escala de seu impacto nas mudanças ecológicas do último século.
GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. História mundial: jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Penso, 2011. p. 36-37.
Em relação à ação humana, ao desenvolvimento, à tecnologia e aos impactos ambientais, é correto afirmar que: 
01)os humanos moldaram os mais diversos ambientes, adaptando-os às suas conveniências e necessidades; no entanto, os ambientes não interferiram no curso da história humana.
02)as alterações ambientais verificadas especialmente no último século exigiram mudanças no estilo de vida e até mesmo a migração forçada de populações.
04)episódios como o recentemente verificado em Brumadinho (MG) apontam para a fatalidade dos desastres ambientais, contra os quais os seres humanos são impotentes.
08)as várias tecnologias empregadas nos mais diversos processos produtivos, como a mineração e o agronegócio, alteram a percepção que se tem da natureza, a qual passa a ser considerada como algo a ser dominado e controlado pelos esforços humanos, com vistas ao crescimento econômico.
16)a estratégia de ocupação da Amazônia nos anos 1970 levou em conta não apenas uma proposta de desenvolvimento econômico da região, mas também uma preocupação com a ecologia e a sustentabilidade.
32)o garimpo de Serra Pelada foi e continua sendo um exemplo de exploração mineral que observa os princípios técnicos da sustentabilidade.
3. (Ufsc 2020) 
Sobre o espaço geográfico representado na figura acima, é correto afirmar que: 
01)apresenta processos de desmatamento que comprometem a biodiversidade, o que nesse bioma significa uma grande quantidade de espécies endêmicas.
02)as queimadas no Bioma Amazônico com o objetivo de expandir a fronteira agrícola e a criação de pastos para o rebanho bovino atendem aos interesses da população nativa.
04)a fisionomia da floresta na topografia do Bioma Amazônico apresenta três estratos de vegetação: igapó, várzea e terra firme.
08)a criação da Amazônia Legal deve-se à homogeneidade florestal existente nos nove estados integrantes da região Norte do Brasil.
16)o Bioma Amazônico, além de abranger grande parte do território nacional, estende-se por territórios de outros países da América do Sul, como Bolívia, Peru, Colômbia, Argentina, Paraguai e Venezuela.
32)o patrimônio genético do Bioma Amazônico, de conhecimento de várias etnias indígenas, sofre a ameaça de biopirataria em função da biodiversidade que ele apresenta.
4. (G1 - cftmg 2019) Leia o poema a seguir.
CHICO MENDES
Na pátina do tempo,
o miolo da floresta
pede trégua, triturado.
Organizam-se ribeirinhos,
Motosserras, bloqueadas,
gente simples atropelam.
Chico Mendes, ativista, pacificista,
enraizado, extrativista,
mundo afora admirado,
no Brasil, em sua casa
é perseguido,
desprotegido,
assassinado?
SILVA, Denilson de Cássio. Perguntas da História:poemas. São Paulo: Labrador, 2018. p. 77.
Neste ano, completam-se 30 anos do assassinato do sindicalista e ambientalista Chico Mendes, importante defensor brasileiro do meio ambiente. Sua luta contribuiu significativamente para a criação de um sistema integrado de Unidades de Conservação no Brasil. Sobre essa questão, afirma-se que:
I. Chico Mendes militava em prol da criação de reservas biológicas de proteção integral, de modo a restringir a presença humana no interior delas.
II. A Unidade de Conservação criada no Acre, em homenagem à Chico Mendes, integra o grupo das Unidades de Uso Sustentável.
III. As práticas extrativistas continuam proibidas no interior dos treze tipos de Unidades de Conservação previstos pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação).
IV. Os movimentos socioambientais em prol da criação de reservas extrativistas na Amazônia têm recebido o apoio de seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas.
Estão corretas apenas as afirmativas 
a)I e II.
b)I e III.
c)II e IV.
d)III e IV.
5. (Enem PPL 2019) Tal como foi concebido, o desenvolvimento da Amazônia pressupunha o desmatamento. Muitas forças foram envolvidas e constituíram uma teia de múltiplos interesses: as instituições financeiras internacionais, a tecnocracia militar e civil, as elites regionais e nacionais, as corporações transnacionais, os madeireiros, os colonos sem terra e os garimpeiros.
SANTOS, L. G. Politizar as novas tecnologias: o impacto sociotécnico da informação digital e genética. São Paulo: Editora 34, 2003 (adaptado).
O modo de exploração descrito opõe-se a um modelo de desenvolvimento que 
a)gera empregos formais. 
b)possibilita lucros imediatos. 
c)maximiza atividades de extração. 
d)reitera a dependência econômica. 
e)promove a conservação de recursos. 
6. (Uerj 2019) 
Com base na figura, aponte duas atividades humanas que contribuem para o desmatamento na Amazônia. 
Cite, ainda, um dano ambiental decorrente desse processo, explicando sua causa.
7. (Enem PPL 2018) Ao longo dos últimos 500 anos, o Brasil viu suas fronteiras do litoral expandirem-se para o interior. É apenas lógico que a Amazônia tenha sido a última fronteira a ser conquistada e submetida aos ditames da agricultura, pecuária, lavoura e silvicultura. A incorporação recente das áreas amazônicas à exploração capitalista tem resultado em implicações problemáticas, dentre elas a destruição do rico patrimônio natural da região.
NITSCH, M. O futuro da Amazônia: questões críticas, cenários críticos. Estudos Avançados, n. 46, dez. 2002.
Na situação descrita, a destruição do patrimônio natural dessa área destacada é explicada pelo(a) 
a)distribuição da população ribeirinha.
b)patenteamento das espécies nativas. 
c)expansão do transporte hidroviário. 
d)desenvolvimento do agronegócio. 
e)aumento da atividade turística. 
8. (G1 - cftrj 2018) De 23 novas hidrelétricas planejadas na Amazônia, sete serão construídas em áreas intocadas
“O governo planeja instalar na Amazônia pelo menos 23 novas hidrelétricas, além das seis já em construção na região. [...] Sete delas, como as das bacias do Tapajós e do Jamanxim, serão feitas no coração da Amazônia, em áreas de floresta contínua praticamente intocadas. [...] 
O entusiasmo com a construção de hidrelétricas contrasta com as preocupações ambientais. O governo do estado do Amazonas é contra.
– Não somos contra o crescimento econômico, mas ele não precisa ser predatório. O governo precisa olhar outras soluções – diz Anderson Bittencourt, coordenador de Energia da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas”.
Um possível impacto socioambiental causado na Amazônia pela utilização da fonte de energia relatada no texto é: 
a)a inundação de áreas extensas, prejudicando a fauna e a flora locais.
b)a queima de combustíveis fósseis, agravando o aquecimento global.
c)o uso de elementos radioativos, resultando no risco de acidentes nucleares.
d)a extração de recursos naturais não renováveis, provocando sua extinçãona natureza.
9. (Famerp 2018) Observe a capa da revista Exame.
A matéria de capa alude a um fato contemporâneo 
a)estratégico para a autonomia do Brasil, pois países capitalistas projetam incorporar o último espaço demograficamente vazio do planeta. 
b)específico de países como o Brasil, considerando a preservação histórica do equilíbrio ecológico nos países industrializados. 
c)desprovido de significado econômico, uma vez que a defesa da ecologia impede o desenvolvimento de países como o Brasil. 
d)agravado recentemente no Brasil, devido à sincronia entre a crise político-econômica e o avanço de processos ilegais de extração de riquezas naturais. 
e)irrelevante para o Brasil, tendo em vista a eficácia das decisões estatais preservacionistas em curso. 
10. (Enem 2018) Uma pesquisa realizada por Carolina Levis, especialista em ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e publicada na revista Science, demonstra que as espécies vegetais domesticadas pelas civilizações pré-colombianas são as mais dominantes. 
“A domesticação de plantas na floresta começou há mais de 8.000 anos. Primeiro eram selecionadas as plantas com características que poderiam ser úteis ao homem e em um segundo momento era feita a propagação dessas espécies. Começaram a cultivá-las em pátios e jardins, por meio de um processo quase intuitivo de seleção”. 
OLIVEIRA, J. Indígenas foram os primeiros a alterar o ecossistema da Amazônia. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 dez. 2017 (adaptado). 
O texto apresenta um novo olhar sobre a configuração da Floresta Amazônica por romper com a ideia de 
a)primazia de saberes locais. 
b)ausência de ação antrópica. 
c)insuficiência de recursos naturais. 
d)necessidade de manejo ambiental. 
e)predominância de práticas agropecuárias. 
Gabarito: 
Resposta da questão 1:
01 + 02 = 03.
Os itens corretos são [01] e [02], perfazendo 03 pontos. Os itens incorretos [04] (o Protocolo de Kyoto foi definido numa Conferência da Partes em 1997 no Japão com medidas para combater o Aquecimento Global como a proposta de redução de 5,2% das emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, o combate às queimadas associa-se a políticas nacionais de meio ambiente como a praticada pelo Brasil através de organismos como o IBAMA), [08] (a regeneração de uma floresta ocorre através da sucessão ecológica secundária com a instalação inicial de vegetais que exigem poucos nutrientes) e [16] (os diversos tipos de solos existentes na Amazônia são naturalmente pouco férteis em decorrência da lixiviação, a lavagem do solo pela água da chuva com a remoção de nutrientes, as queimadas agravam a perda de nutrientes dos horizontes O e A). 
Resposta da questão 2:
02 + 08 = 10.
Os itens [02] e [08], perfazendo 10 pontos. Os [01] (os diversos ambientes também tiveram influência na história humana), [04] (os desastres ambientais provocados por mineradoras como os de Brumadinho e Mariana são responsabilidade das empresas e do governo em decorrência da fiscalização insuficiente, portanto, poderiam ser evitados) e [16] (na década de 1970, durante a ditadura militar, o governo estimulou a ocupação da região através de incentivos fiscais para empresas do setor agropecuário e minerador, além de obras de infraestrutura como rodovias, acelerando a devastação ambiental).
Resposta da questão 3:
01 + 04 + 32 = 37.
Os itens corretos são [01], [04] e [32], perfazendo 37 pontos. Os itens incorretos são: [02] (as queimadas e desmatamentos atendem aos interesses do agronegócio e afetam o modo de vida das populações tradicionais como povos indígenas e ribeirinhos), [08] (a Amazônia Legal é uma região de planejamento da SUDAM -Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia- e apresenta como biomas principais a Amazônia e o Cerrado no caso do sul dos estados do Mato Grosso e Tocantins) e [16] (a Argentina e o Paraguai não apresentam o bioma Amazônia nos seus territórios).
Resposta da questão 4:
[C]
Os itens [I] (a militância de Chico Mendes inspirou na criação das Unidades de Conservação de Uso Sustentável como as Reservas Extrativistas na Amazônia, valorizando o trabalho das comunidades de seringueiros e castanheiros, o extrativismo permite o desenvolvimento econômico, conservação ambiental e inclusão social) e [III] (o SNUC é formado por Unidades de Conservação de Proteção Integral como os Parques Nacionais e de Uso Sustentável como as Reservas Extrativistas). 
Resposta da questão 5:
[E]
Nas últimas décadas, a Amazônia foi submetida um modelo desenvolvimento predatório em relação aos recursos naturais e que causou grande modificação nas paisagens de região. Atividades como a pecuária bovina, a agricultura, a exploração mineral, a extração de madeira e a geração de energia por hidrelétricas foram estimuladas. Estas atividades geram lucratividade no curto prazo e concentração de renda, todavia provocam graves impactos ambientais e sociais como perda de biodiversidade e conflitos fundiários. O modelo que se opõe é o desenvolvimento sustentável que procura conciliar a conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, a prosperidade econômica e a inclusão social. 
Resposta da questão 6:
Entre as atividades humanas que mais contribuem para o desmatamento na Amazônia está a implantação de rodovias na região que facilitam a ocupação através de fluxos migratórios e implantação de atividades econômicas. O setor econômico que mais devasta a floresta nos últimos anos é a pecuária bovina de corte, seguida da agricultura (comercial como a soja e de subsistência), da mineração (realizada por garimpos rudimentares e por grandes mineradoras), a exploração ilegal de madeira e o estabelecimento de novas hidrelétricas como Belo Monte (rio Xingu, Altamira, PA). 
Entre os danos ambientais, a perda de biodiversidade, poluição do ar por queimadas, empobrecimento do solo, aumento da erosão, da lixiviação e da laterização, assoreamento dos rios, diminuição da evapotranspiração, umidade e das chuvas, aumento dos períodos de seca e elevação da emissão de gases de efeito estufa que agravam o Aquecimento Global.
Resposta da questão 7:
[D]
A principal causa da devastação da Amazônia nos últimos anos é a expansão do agronegócio, principalmente a pecuária bovina, mas também a produção de soja para exportação. A expansão da fronteira agrícola foi concomitante ao crescimento do fluxo migratório para Amazônia. Outras atividades responsáveis pelo desmatamento são: mineração, exploração ilegal de madeira, novas hidrelétricas e implantação de rodovias. 
Resposta da questão 8:
[A]
A alternativa [A] está correta porque dentre inúmeros impactos negativos, destaca-se a inundação de extensas áreas que afeta biomas e desloca populações nativas. As alternativas incorretas são: [B], porque são as termoelétricas as responsáveis pela queima dos combustíveis fósseis; [C], porque são as usinas termonucleares que usam elementos radioativos; [D], porque não ocorre extração de recursos naturais.
Resposta da questão 9:
[D]
A notícia é muito relevante. O Brasil detém a maior biodiversidade do mundo, a Amazônia é a maior bioma com floresta quente e úmida do planeta. O desenvolvimento sustentável é fundamental para o país, uma vez que biodiversidade é fundamental para a economia, sobretudo para os setores que utilizam biotecnologia como medicamentos, alimentos e fontes de energia. Assim, a devastação dos biomas brasileiros compromete os serviços ambientais, a exemplo da disponibilidade de água para o agronegócio, e também é negativa para os setores que usam biotecnologia, área cujo conhecimento é importante na 3ª e 4ª revoluções industriais. 
Resposta da questão 10:
[B]
A alternativa [B] está correta porque o texto relata a seleção de espécies feita por civilizações pré-colombianas, atestando a ação antrópica na formação da floresta. As alternativas incorretas são: [A], porque o texto consolida a ideia da ação de saberes locais; [C], porque a floresta não é associada à insuficiência de recursos naturais; [D], porque ocorreumanejo ambiental; [E], porque ocorreu a seleção de espécies e não práticas agropecuárias.
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