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1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 1
Conversa Inicial
Desenvolvimento 
científico e 
tecnológico
Qualidade de vida 
Princípios de uma 
sociedade
Introdução à bioética: 
conceitos e definições
Objetivo: definir 
e contextualizar 
a bioética e sua 
importância no 
dia a dia do 
cliente e de 
sua saúde
Moral, ética e lei
Caracterizada como 
um conjunto de 
regras de uma 
sociedade ou mesmo 
de uma pessoa
Indivíduo acredita 
que aquilo é correto 
para moldar a sua 
conduta
Moral
tccardoso
Highlight
2
Refere-se a uma 
conduta discutida 
por um grupo de 
pessoas e sociedade
Influenciada pela 
moral
Ética
É uma regra imposta, 
uma norma escrita 
Atos guiados 
diferentes daquilo 
que seria ideal para 
uma sociedade
Lei
Conceituando a 
bioética Mas o que de fato é 
bioética?
Ética e 
responsabilidade
A ética pode ser 
analisada por três 
aspectos fundamentais
Ética da 
responsabilidade 
individual
Ética da 
responsabilidade 
pública
Ética da 
responsabilidade 
planetária
tccardoso
Highlight
tccardoso
Highlight
3
O modelo da bioética: 
o modelo da 
complexidade
Aspectos culturais
Aspectos políticos
Aspectos psicológicos
Aspectos 
educacionais
Aspectos científicos
Aspectos econômicos
Aspectos espirituais
Aspectos 
profissionais
Aspectos 
assistenciais 
Aspectos biológicos
Aspectos sociais
Aspectos morais
Aspectos legais
Desafios da bioética
Relação profissional 
de saúde-paciente
Experiências e 
pesquisas envolvendo 
seres humanos
Análises éticas 
envolvendo fertilização
Clonagem
Análises éticas 
envolvendo a morte 
tranquila ou eutanásia
4
Análises éticas 
envolvendo técnicas 
de prolongamento da 
vida (distanásia) por 
meios artificiais
Transplantes de 
órgãos e tecidos
Doação de órgãos
O transexualismo
O aborto
Intervenção sobre o 
patrimônio genético
Engenharia genética
Repercussão do 
emprego de 
manipulação da 
personalidade
Intervenções 
sobre o cérebro
Bioterrorismo
Avaliação ética das técnicas 
genéticas e sua repercussão 
no mundo animal e vegetal
Análise de normas de 
biossegurança utilizadas 
atualmente
Pesquisas relacionadas 
à vida
Integração 
interdisciplinar nas 
avaliações éticas 
que afetam toda 
uma sociedade
Na Prática
Você está de plantão 
em uma das noites 
mais agitadas num 
hospital público 
de sua região. 
Várias pessoas 
estão à espera de 
atendimento, por 
falta de estrutura e 
de profissionais
Todos de plantão 
estão fazendo o 
possível para 
conseguir atender a 
todos, no entanto, 
quanto mais vocês 
atendem, mais 
pessoas chegam em 
diferentes estágios 
de gravidade
5
Contudo, um dos pacientes 
que chegaram, com uma 
forte dor de estômago, de 
gravidade relativamente 
baixa, é seu irmão, e, 
apesar de saber que 
sua gravidade era 
baixa, pediu para que 
você o passasse à 
frente de todos 
aqueles pacientes que 
esperavam há horas 
por atendimento, 
com problemas 
muito mais graves
Você, com 
observância à 
bioética, toma 
qual decisão?
Finalizando
O que é necessário 
evitar?
O que é necessário 
promover e apoiar?
Referências
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. Princípios 
de ética biomédica. 4. ed. 
São Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
Direito humano ou ética 
das relações? In: Bioética. 
3. ed. São Paulo: Edusp, 
2002.
CONEP. Comissão Nacional 
de Ética em Pesquisa. 
Disponível em: 
<http://conselho.saude.go
v.br/web_comissoes/cone
p/index.html>. Acesso em: 
1 dez. 2017.
6
FERREIRA, A. B. H. Dicionário 
Eletrônico. Curitiba: Positivo, 
2004
GARRAFA, V. Introdução à 
Bioética. Revista do Hospital 
Universitário UFMA, São Luís, 
v. 6, n. 2, p. 9-13, 2005.
GUILHEM, D.; DINIZ, D. A 
ética na pesquisa no Brasil. 
In: DINIZ, D.; GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: Letras 
Livres/UNB, 2005.
LIMA, W. M. Bioética e 
comitês de ética. CONEP, 
2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of Bioethics. 3. 
ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
bridge to the future. 
Englewood Cliffs: Prentice 
Hall, 1971.
RAMOS, D, L, P.; CRIVELLO 
JUNIOR, O. Fundamento da 
odontologia: bioética e ética 
profissional. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; ZOBOLI, E.; 
KIPPER, D. J. Bioética clínica. 
São Paulo: Gaia, 2008.
1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 2
Conversa Inicial
Evolução tecnológica
Evolução biologia
Evolução ciências 
médicas
Objetivo: discutir 
elementos históricos 
presentes para o 
desenvolvimento das 
discussões éticas e 
bioéticas ao longo do 
tempo
Contextualizando
Início: Sócrates 
(470-399 a.C.)
Para ele, ninguém 
praticava o mal 
voluntariamente, 
mas apenas por 
desconhecimento 
do bem
2
Não podemos 
medicar ninguém 
sem antes termos 
certeza de que 
realmente esse 
indivíduo precisa 
ser medicado
Platão (427-347 a.C.) 
e ética primitiva
Ética fundamentada 
nas virtudes
Aristóteles 
(384-322 a.C.) 
Ética como disciplina 
filosófica
Definições sobre ética
Ética e seres humanos
Marcos da história da 
bioética
Discussões bioéticas 
evoluindo até a 
Segunda Guerra 
Mundial - Nazismo
Experiências nazistas
Reação do organismo 
ao congelamento
Resistência de “raças” 
a bactérias e vírus
Para tratar doenças, 
inoculação – malária, 
tifo e tuberculose
Testes de esterilização 
em massa
Algumas imagens 
sobre os horrores 
nazistas
3
Campo de concentração nazista
Fonte: Administração Nacional de Arquivos e Registros
Experiências médicas nazistas
Fonte: Bettmann
Fonte: Administração Nacional de Arquivos e Registros Fonte: DIZ Muenchen GMBH, Sueddeutscher Verlag Bilderdienst.
Experiência genética em 
crianças
Fonte: Sueddeutsche Zeitung Phot
Campo de concentração 
Auswitch, na Polônia: 
estado sanitário
Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013.
4
Campo de Concentração Auswitch, 
na Polônia: parede onde estão 
expostas a foto dos prisioneiros. 
Semblante de dor e sofrimento
Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013. Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013.
Campo de concentração Auswitch, 
na Polônia: crematório onde os 
prisioneiros eram carbonizados 
após a câmara de gás
Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013. Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013.
Fonte: João Luiz Coelho Ribas, 2013.
A Relação da bioética 
e a pesquisa em seres 
humanos
5
Código de Nurenberg
Consentimento do 
indivíduo
Primeiro em animais
Resultados inéditos
Nunca sofrimento e 
danos desnecessários
Código de Nurenberg
Finalizada assim que 
associado 
sofrimento, invalidez 
ou morte
A qualquer momento 
desistir da pesquisa
Não remuneração
Além do Código de 
Nurenberg, ainda 
sob influência do 
holocausto, em 
10 de setembro de 
1948 – Declaração 
Universal dos 
Direitos Humanos
A Declaração Universal 
dos Direitos Humanos foi 
a primeira manifestação 
internacional da então 
criada Organização das 
Nações Unidas (ONU) e 
tinha como objetivo 
primário estabelecer um 
consenso a respeito da 
ética universal, onde 
todo o mundo pudesse 
compartilhar valores 
básicos da dignidade 
humana
Julgamento de Nuremberg
Fonte: Raymond D'Addario
Work of the United States Government/W. Commons
6
Declaração Universal dos 
Direitos Humanos
Fonte: http://br.humanrights.com/what-are-human-rights/
brief-history/the-united-nations.html 
Declaração Universal 
dos Direitos Humanos: 
Eleonor Roosevelt
Fonte: ONU/Creative commons
Bioética no contexto 
brasileiro e 
internacional
Resolução 1/88 
especificava 
claramente ser 
necessária a criação 
de protocolos que 
abrangessem 
mulheres grávidas ou 
lactantes, pessoas 
menores de idade, ou 
pessoas inaptas a dar 
seu consentimento 
nas pesquisas
Indicou e 
consequentemente 
iniciou as discussões da 
necessidade de criação 
de parâmetros claros 
para a necessidade 
crescente de pesquisas 
realizadas com o 
objetivo de descobrir e 
testar novos recursos 
profiláticos, 
diagnósticos, 
terapêuticos ou 
de reabilitação
1996 criado o CONEP 
(Conselho Nacional 
de Ética em 
Pesquisa) - CNS 
196/96 
Resolução 466/12
7
Como garantiro 
respeito e a dignidade 
do sujeito da 
pesquisa?
Elaboração de um termo 
de consentimento e livre 
esclarecimento e do 
termo de assentimento 
para crianças e 
adolescentes
Processo de 
obtenção do termo 
de consentimento e 
livre esclarecimento
Estratégias e métodos 
de recrutamento dos 
sujeitos que irão 
participar da pesquisa
Equilíbrio entre riscos 
corridos pelos sujeitos 
e benefícios oriundos 
da pesquisa
Ressarcimento de 
gastos pessoais em 
função da participação 
no estudo, tais como 
deslocamento, 
exames e afins
Indenização por 
eventuais danos 
originados pela 
participação na 
pesquisa
Confidencialidade 
das informações
Avaliação criteriosa 
sobre a relevância 
social da pesquisa
Processo de 
acompanhamento da 
condução do estudo
Na Prática
8
Um rapaz de 18 anos 
possuía um distúrbio 
metabólico de origem 
genética denominado 
de deficiência de 
ornitina
transcarbamilase
(OTC), que tem como 
seu principal sintoma 
a não eliminação de 
ureia do organismo. 
(...)
(...) Esse distúrbio é raro 
e geralmente os bebês 
afetados morrem nas 
primeiras 72h. Apenas a 
metade dos sobreviventes 
ultrapassa os 5 anos de 
idade. Nesse caso, o 
rapaz em questão, por 
possuir a forma parcial 
do distúrbio, conseguia 
controlá-lo com 
praticamente a não 
ingestão de proteínas e 
utilização de cerca de 
32 comprimidos/dia.
Devido ao seu 
quadro, ele foi 
convidado a 
participar de um 
projeto de pesquisa 
de terapia gênica 
para esse distúrbio, 
que seria a primeira 
administração em 
seres humanos 
No entanto, ele não 
foi adequadamente 
informado sobre as 
reações de toxicidade 
hepática verificada 
na experimentação 
em animais, (...)
(...) nem sobre as 
reações adversas e 
mortes ocorridas em 
macacos Rhesus
durante os ensaios 
pré-clínicos. Além do 
que ninguém sabia 
sobre os vínculos 
econômicos entre os 
pesquisadores e a 
empresa patrocinadora 
(indústria privada).
Quando a terapia foi iniciada, 
ele apresentou uma reação 
imunológica extremamente 
grave e morreu após quatro 
dias
Supondo que foi 
chamado na ocasião 
para avaliar o caso, 
após intensa análise 
e discussão, quais 
problemas bioéticos
você encontrou?
9
Finalizando
Evolução da bioética 
juntamente com a 
história
Conceitos antes 
aceitos hoje não 
são mais
Conceitos hoje 
aceitos podem um 
dia não serem mais
Referências
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. Princípios de 
ética biomédica. 4. ed. São 
Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
Direito humano ou ética das 
relações? In: Bioética. 3. ed. 
São Paulo: EDUSP, 2002.
CONEP. Comissão Nacional 
de Ética em Pesquisa. 
Disponível em 
<http://conselho.saude.gov.b
r/>. Acesso em: 1º dez. 2017.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário 
Eletrônico. Curitiba: Positivo, 
2004
GARRAFA, V. Introdução à 
Bioética. Revista do Hospital 
Universitário UFMA, São Luís, 
v. 6, n. 2, p. 9-13, 2005.
GUILHEM, D.; DINIZ, D. A 
ética na pesquisa no Brasil. 
In: DINIZ, D.; GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: Letras 
Livres/UNB, 2005.
LIMA, W. M. Bioética e 
comitês de ética. 
CONEP, 2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of
Bioethics. 3. ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
Bridge to the future. 
Englewood Cliffs: 
Prentice Hall, 1971.
10
RAMOS, D, L, P.; 
CRIVELLO JÚNIOR, O. 
Fundamento da 
odontologia: Bioética e 
ética profissional. Rio 
de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; 
ZOBOLI, E.; KIPPER, D. 
J. Bioética clínica. São 
Paulo: Gaia, 2008.
1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 3
Conversa Inicial
Forma concreta para 
análise e decisão sobre 
os casos 
1979: “Princípios da 
ética biomédica”
Beneficência
Não beneficência
Respeito à autonomia
Justiça
Objetivo: discutir os 
princípios bioéticas e 
sua aplicação em saúde
Tema 1 – O princípio da 
beneficência
Obrigação moral de agir 
em benefício do outro
Fazer o melhor para o 
paciente
Vai muito além do 
princípio da não 
maleficência
2
Tema 2 – O princípio 
da não maleficência
Não causar qualquer 
tipo de dano
Exigência moral da 
profissão médica
Se não cumprido: 
prática negligente
Risco X benefício
Tema 3 – O princípio do 
respeito à autonomia
Buscar o que se julga 
melhor para si
Direitos fundamentais 
devem ser preservados
Respeito à autonomia: 
auxiliar o paciente a 
superar seus medos 
A incapacidade, 
especialmente quando 
falamos em crianças e 
adolescentes, devendo 
os pais ou responsáveis 
exercerem esse princípio 
para tais indivíduos
A incapacidade por 
perda de consciência nas 
patologias neurológicas 
e psiquiátricas graves
Em situações de 
urgência, devido ao fato 
de ser necessário agir 
rápido
A obrigação legal de 
notificação de doenças 
cuja notificação é 
compulsória
3
Quando existe um 
grande risco para a 
saúde de outra pessoa 
cuja identidade é 
conhecida
Quando o indivíduo 
recusa-se, sem 
maiores explicações, a 
ser informado e a 
participar das decisões 
e evolução de seu caso
Tema 4 – O 
princípio da justiça
Associado as relações 
entre grupos
Integridade e igualdade 
nas oportunidades de 
acesso
Tema 5 – Integração 
dos princípios bioéticos
Alcoolista, sem 
transtornos mentais, 
costuma causar 
confusões e 
constrangimento em 
público. Considerando 
este comportamento 
como “incontrolável”, 
sua família quer 
internação compulsória.
4
Por anos, parentes 
tentam conviver com 
paciente esquizofrênico, 
cujo quadro piora 
progressivamente. 
Durante alucinações, 
inclusive, o rapaz 
acredita ser vítima de 
um “complô” dos 
familiares, e avisa: vai 
matá-los.
Mulher recebe diagnóstico 
de transtorno bipolar de 
humor. Apesar de 
inofensiva, médico 
procurado recomenda ao 
marido que a “interne à 
força”.
Jovem drogadito
apresenta 
comportamento 
agressivo, porém a 
família está dividida 
quanto a interná-lo ou 
não.
Na Prática
Homem com 82 anos de 
idade, lúcido e ativo, 
procura atendimento em 
uma unidade de saúde 
queixando-se de 
fraqueza e fadiga, 
vômito sanguinolento e 
perda de peso 
constante. (...)
(...) Durante os exames, 
detectou-se nesse 
senhor um câncer em 
estágio avançado. Sua 
filha pede à equipe de 
saúde que não informe o 
diagnóstico ao pai por 
motivos pessoais e 
familiares. Observando-
se os princípios da 
bioética, que 
procedimento a equipe 
de saúde deveria 
realizar?
5
Finalizando
Os princípios da bioética 
regem toda a concepção 
associada a ela, e todas 
as discussão são 
inerentes ou levam em 
concepção tais 
princípios
Tudo isso nos apoia para 
o desenvolvimento do 
raciocínio bioético e a 
aplicação desses 
preceitos ao pé do leito
Referências
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. 
Princípios de ética 
biomédica. 4. ed. São 
Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
Direito humano ou ética 
das relações? In: 
Bioética. 3. ed. São 
Paulo: EDUSP, 2002.
CONEP – Comissão 
Nacional de Ética em 
Pesquisa. Disponível em 
<http://conselho.saude.
gov.br/web_comissoes/
conep/index.html>. 
Acesso em: 4 dez. 2017.
FERREIRA, A. B. H. 
Dicionário Eletrônico. 
Curitiba: Positivo, 2004.
GARRAFA, V. Introdução 
à Bioética. Revista do 
Hospital Universitário 
UFMA, São Luís, v. 6, n. 
2, p. 9-13, 2005.
6
GUILHEM, D.; DINIZ, D. 
A ética na pesquisa no 
Brasil. In: DINIZ, D.; 
GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: 
Letras Livres/UNB, 
2005.
LIMA, W. M. Bioética e 
comitês de ética. CONEP, 
2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of
Bioethics. 3. ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
Bridge to the future. 
Englewood Cliffs: 
Prentice Hall, 1971.
RAMOS, D, L, P.; 
CRIVELLO JÚNIOR, O. 
Fundamento da 
odontologia: Bioética e 
ética profissional. Rio de 
Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; 
ZOBOLI, E.; KIPPER, D. 
J. Bioética clínica. São 
Paulo: Gaia, 2008.
1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 4
Conversa Inicial
Desde os tempos mais 
remotos a vida e a 
morte são discutidas 
sob vários olhares, 
inclusive os da filosofia 
e, posteriormente, da 
ética e bioética, e, 
obviamente,da 
ciência.
Bioética e o final da vida Nessa aula, 
discutiremos os 
princípios bioéticos 
envolvidos no final da 
vida e suas 
implicações, e também 
as responsabilidades 
dos profissionais que 
atuam direta ou 
indiretamente na área 
de saúde.
Sócrates supunha que 
aquele que sabe 
morrer aprendeu a 
viver, e assim a vida e 
a morte seriam o 
resultado de uma 
mesma equação, 
e não opostos, como 
costumamos encarar 
hoje em nossa 
sociedade.
Contextualizando 
A morte foi entendida 
como símbolo da 
finitude humana; logo, 
entendida como algo 
oposto à vida.
2
Não morremos mais 
como antigamente 
Aumento da 
expectativa de vida
Pensar a respeito de 
técnicas e procedimentos 
que dão aos profissionais 
de saúde “poderes” de 
retardar a hora da 
morte implicam em um 
acréscimo de 
responsabilidade ética
Quando se origina um 
ser humano?
Quando morre um ser 
humano?
Quando é ético deixar 
de tentar manter vivo 
um ser humano?
Quando é ético retirar 
os órgãos de um ser 
humano com o 
objetivo de 
transplantá-los para 
outro?
Eutanásia e o 
suicídio assistido
Eutanásia: é definida 
como “boa morte” ou 
“morte apropriada”. 
Conhecida também 
como “suicídio 
assistido”, é um 
procedimento em que, 
com a ajuda de um 
profissional de saúde, 
o paciente coloca fim 
à sua vida
3
A eutanásia homicídio 
seria caracterizada 
quando alguém 
(profissional de saúde 
ou familiar) realizaria 
algum procedimento 
que visaria única e 
exclusivamente a 
interromper a vida de 
um paciente.
A eutanásia suicídio, 
seria o que hoje 
concebemos como 
suicídio assistido, em 
que o próprio paciente 
(com o auxílio de um 
profissional de saúde) 
seria o executor ativo 
de sua morte.
Eutanásia ativa
Eutanásia passiva ou 
indireta
Eutanásia duplo efeito
Eutanásia voluntária
Eutanásia involuntária
Eutanásia não 
voluntária
Distanásia e o 
prolongamento do 
sofrimento
Procedimentos 
terapêuticos que 
somente podem ser 
obtidos com gastos, 
dor ou incômodos 
excessivos
Não oferecem, 
nenhuma 
possibilidade de 
benefício ao paciente
Socialmente condenável 
e bioeticamente inaceitável
4
Ortotanásia e os 
cuidados paliativos
Como decidir se o 
paciente está em 
fase terminal? 
Nestas situações 
entram os cuidados 
paliativos, que visam 
a proporcionar mais 
qualidade de vida ao 
paciente, aos seus 
familiares e às 
pessoas de seu 
convívio durante a 
evolução da doença.
Bem-estar físico, 
mental e social 
mesmo nos últimos 
dias de vida
Testamento vital –
crime ou 
misericórdia?
Mistanásia e
a morte social
5
Ocorre com grande 
massa de doentes e 
deficientes, que por 
motivos talvez 
políticos, sociais e 
econômicos, não 
conseguem sequer 
chegar a serem 
“pacientes”, (...)
(...) pois infelizmente 
não conseguem 
ingressar no sistema 
de saúde, tampouco 
passam por uma 
consulta, e acabam 
morrendo por total 
falta de tratamento.
O doente, apesar das 
grandes dificuldades, 
consegue ser 
paciente, mas após 
isso, acaba sendo 
vítima de erro 
médico, o que 
ocasiona sua morte.
Os pacientes, por 
motivos econômicos, 
científicos ou até mesmo 
sociopolíticos, acabam 
sendo vítimas de má 
prática dos profissionais 
de saúde, levando à total 
descaracterização dos 
serviços de saúde que 
deveriam ser prestados, 
independente de sua 
classe social, econômica 
ou cultural
Na Prática
Um residente que 
estava de plantão em 
um grande hospital 
privado foi chamado à 
meia-noite para 
atender a uma 
paciente de 20 anos, 
em estágio terminal, 
com câncer no ovário. 
(...)
6
(...) A paciente não 
respondeu bem à 
quimioterapia e estava 
recebendo apenas 
medidas de suporte. 
Não conseguia comer 
nem dormir há dois 
dias. (...)
(...) Ela estava com 34 
kg e com vômito 
frequente. A paciente 
disse ao médico – que 
não a conhecia até 
esse momento – a 
seguinte frase: 
“Terminemos com 
isso”. O médico foi até 
a sala de enfermagem, 
preparou e voltou com 
20 mg de morfina. (...)
(...) Quando voltou ao 
quarto disse às duas 
mulheres que iria dar 
uma injeção que 
possibilitaria à paciente 
descansar e dizer adeus. 
Nem a paciente, nem 
sua mãe, disseram 
qualquer coisa. Em 4 
minutos a paciente 
morreu. A mãe se 
manteve erguida e 
pareceu aliviada. (...)
Emita um parecer 
sobre esse fato. 
O que você faria?
Finalizando
Nessa aula vimos a 
importância do 
desenvolvimento do 
raciocínio bioético 
frente às questões que 
envolvem, em especial, 
o final da vida, 
aplicável a todo e 
qualquer profissional 
da área da saúde.
7
Referências
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. Princípios 
de ética biomédica. 4. ed. 
São Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
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relações? In: Bioética. 3. ed. 
São Paulo: EDUSP, 2002.
CONEP – Comissão Nacional 
de Ética em Pesquisa. 
Disponível em 
<http://conselho.saude.gov.
br/web_comissoes/conep/i
ndex.html>. Acesso em: 4 
dez. 2017.
FERREIRA, A. B. H. 
Dicionário Eletrônico. 
Curitiba: Positivo, 2004.
GARRAFA, V. Introdução à 
Bioética. Revista do 
Hospital Universitário 
UFMA, São Luís, v. 6, n. 2, 
p. 9-13, 2005.
GUILHEM, D.; DINIZ, D. A 
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In: DINIZ, D.; GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: Letras 
Livres/UNB, 2005.
LIMA, W. M. Bioética e 
comitês de ética. CONEP, 
2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of Bioethics. 
3. ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
Bridge to the future. 
Englewood Cliffs: Prentice 
Hall, 1971.
RAMOS, D, L, P.; CRIVELLO 
JÚNIOR, O. Fundamento da 
odontologia: Bioética e 
ética profissional. Rio de 
Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; ZOBOLI, 
E.; KIPPER, D. J. Bioética 
clínica. São Paulo: Gaia, 
2008.
1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 5
Conversa Inicial
A diversidade sempre 
foi algo que encantou 
pesquisadores, 
especialmente a 
diversidade humana
Bioética, interrupção da vida 
e genética médica De várias formas os 
cientistas tentaram 
classificar essa 
diversidade
De acordo com 
formas físicas, 
comportamentais e 
até mesmo aspectos 
socioculturais
A teoria darwinista do 
evolucionismo inspirou 
pela primeira vez a 
hierarquização dos 
seres humanos em 
“raças”, colocando 
algumas como 
superiores às outras, 
levando a problemas 
sérios que infelizmente 
até hoje não são 
completamente 
resolvidos
A genética aprofundou 
cada vez mais o 
enfoque metodológico 
e passou a ser decisiva 
para questões sobre 
diversidade humana, 
com ênfase 
particularmente no 
genoma e nas 
manipulações gênicas 
que se sucederam a 
partir desse novo 
conhecimento
2
O objetivo desta aula 
é fomentar a 
discussão sobre 
bioética e a 
interrupção da vida, 
contextualizando e 
seguindo a partir da 
genética médica
Bioética e a 
interrupção da vida
Gravidez, ou gestação, 
é caracterizada como o 
período fisiológico 
compreendido desde a 
fecundação do óvulo 
(ou óvulos), até o 
nascimento ou morte 
ou expulsão de forma 
espontânea ou 
proposital do produto 
da concepção
O que é gravidez 
e o que é aborto?
Aborto pode ser 
definido pela morte 
do embrião ou feto, 
que pode ser de 
forma espontânea ou 
provocada
Abortos que podem 
ocorrer até em torno 
de 20 semanas, 
geralmente por 
anomalias 
cromossômicas, 
infecções, choques 
mecânicos, fatores 
emocionais e 
intoxicações 
químicas acidentais, 
(...)
(...) correspondem a 
aproximadamente 
25% das gestações e 
são considerados 
abortos naturais por 
independerem da 
vontade da gestante
3
Já abortos 
provocados 
consistem na 
interrupção da 
gestação de forma 
intencional, e, apesar 
de configurarem 
crime, mais de 50 
milhões de mulheres 
abortam todos anos 
no mundo inteiro
“Quando começa a 
vida de um ser 
humano?” e “A partir 
de que momento a 
pessoa humana 
passa a existir?”
Segundo a bioética, 
não existiria uma 
diferenciação clara 
entre a morte de um 
embrião ou a morte 
de um recém-nascido 
ou de uma criança
O argumento do 
violinista
Bioética e a 
manipulação genética
Diagnósticos 
desacompanhados de 
tratamentosão 
questionáveis, assim 
como tratamentos de 
algo que ainda não se 
desenvolveu e pode 
nem sequer se 
desenvolver
4
Os testes genéticos 
só conseguem 
revelar informações 
sobre probabilidades, 
e não certezas 
absolutas
Bioética e a 
informação genética
De quem é a 
informação genética?
Quem tem direito a 
essa informação?
Testes pré-nupciais
Testes pré-natais
Testes preventivos
Rastreio de doenças 
de manifestação 
tardia
Identificação de 
identidade
Bioética 
e terapia gênica
Suponhamos que 
uma pessoa nasceu 
com uma alteração 
genética que resulta 
numa série de 
manifestações 
clínicas, que podem 
variar de leves 
disfunções orgânicas 
até disfunções fatais
Como é realizada 
a terapia gênica?
5
Aqui podemos citar a 
deficiência de ornitina 
transcarbamilase, uma 
doença metabólica 
hereditária que 
aumenta as taxas de 
ureia no plasma 
sanguíneo podendo 
causar danos 
irreversíveis quando 
não diagnosticada a 
tempo
Entre os principais 
sintomas estão 
letargia, sonolência, 
vômito, instabilidade 
térmica e até a morte
Nesse caso a terapia 
gênica teria como 
objetivo principal a 
introdução de material 
genético saudável nas 
células desses indivíduos 
para compensar os genes 
anormais e mudar o 
modelo de produção da 
proteína, regularizando o 
sistema que passaria a 
produzir a proteína 
normalmente, 
melhorando os sintomas 
e o risco eminente de 
morte
Estratégias para terapia gênica
Fonte: 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/terapia
_genica.php
Mas e os potenciais problemas? 
E os problemas bioéticos
envolvidos?
Fonte: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142010000300004
Bioética X avanços 
tecnológicos X terapia 
gênica
6
Quais seriam as 
consequências da 
terapia gênica para a 
pessoa que recebe o 
material genético?
Essas técnicas 
poderiam modificar 
definitivamente o 
patrimônio genético?
Quais seriam os 
danos à saúde com 
os procedimentos 
inerentes à 
transferência do 
DNA?
O princípio da 
autonomia sobre o 
genoma individual é 
respeitado?
E em casos de terapia 
genética utilizando 
células germinativas? 
Quais seriam suas 
consequências, e de 
onde viria esse 
material genético? De 
embriões? Quais os 
direitos?
Na Prática
Em uma cidade, um 
anúncio nos 
classificados de jornal 
tornou algumas 
discussões bioéticas 
bastante comentadas 
por todos os 
moradores daquela 
região. O título do 
anúncio era o seguinte: 
“Barriga – (humana) –
para inseminação 
artificial”, Diário 
Popular, 28/01/2011, 
Pelotas, RS
No corpo do anúncio 
ainda apresentava a 
referência de que 
essa senhora era 
“boa parideira”, pois 
já havia tido dois 
filhos
7
No dia seguinte, o 
mesmo jornal 
divulgou que essa 
senhora, de 39 anos, 
fotógrafa 
profissional, estava 
endividada 
(R$5.000,00), sendo 
este um dos motivos 
que a levaram a fazer 
tal oferta
No caso, a 
remuneração esperada 
por ela pela gestação 
estava estipulada entre 
R$20.000,00 –
R$30.000,00, acrescida 
dos gastos com a 
gestação, parto e 
recuperação. E, mesmo 
cobrando, declarou que 
tratava-se de uma 
“oferta altruísta”, pois 
auxiliaria outras 
pessoas a realizarem o 
sonho de terem filhos
Supondo que você, 
um profissional 
conceituado na 
cidade, fosse 
chamado para dar 
sua opinião bioética 
sobre o caso, no 
mesmo jornal em que 
foi divulgado o 
anúncio, o que 
argumentaria?
Finalizando
Nesta aula pudemos 
observar a evolução 
das discussões 
bioéticas associadas 
à interrupção da vida 
e à genética médica, 
temas importantes 
para o 
desenvolvimento do 
raciocínio bioético
Referências
8
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. Princípios de 
ética biomédica. 4. ed. São 
Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
Direito humano ou ética das 
relações? In: Bioética. 3. ed. 
São Paulo: Edusp, 2002.
CONEP. Comissão Nacional de 
Ética em Pesquisa. Disponível 
em: 
<http://conselho.saude.gov.b
r/web_comissoes/conep/inde
x.html>. Acesso em: 1 dez. 
2017.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário 
Eletrônico. Curitiba: Positivo, 
2004
GARRAFA, V. Introdução à 
Bioética. Revista do Hospital 
Universitário UFMA, São Luís, 
v. 6, n. 2, p. 9-13, 2005.
GUILHEM, D.; DINIZ, D. A 
ética na pesquisa no Brasil. 
In: DINIZ, D.; GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: Letras 
Livres/UNB, 2005.
LIMA, W. M. Bioética e 
comitês de ética. CONEP, 
2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of Bioethics. 3. 
ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
bridge to the future. 
Englewood Cliffs: Prentice 
Hall, 1971.
RAMOS, D, L, P.; CRIVELLO 
JUNIOR, O. Fundamento da 
odontologia: bioética e ética 
profissional. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; ZOBOLI, E.; 
KIPPER, D. J. Bioética clínica. 
São Paulo: Gaia, 2008.
1
Prof. João Luiz Coelho Ribas
Bioética e Formação 
em Saúde
Aula 6
Conversa Inicial
A bioética apresenta-se 
na tentativa de apreender 
e compreender o 
verdadeiro significado do 
novo, capacitando-nos a 
uma possível adaptação. 
Isso faz com que 
possamos desenvolver 
um raciocínio bioético, 
que pode ser aplicado 
às condições pessoais 
e profissionais
Nesta aula vamos entrar 
em contato e discutir 
alguns casos relacionados 
à bioética com o intuito de 
desenvolvermos o nosso 
raciocínio bioético e 
praticarmos por meio 
de casos as nossas 
decisões, além de 
desenvolver discussões 
a respeito da utilização 
de células-tronco
Bioética e utilização 
de células-tronco: 
terapia gênica e 
células germinativas
Potenciais utilizações de 
células-tronco na clínica
Fonte: http://www.celulastroncobrasil.com.br/Novidades/
Novidade/Indicacoes-convencionais-x-nao-convencionais-
de-terapia-com-CelulasTronco/15 (adaptado)
2
Células-tronco embrionárias e de 
diferentes tipos celulares
Designua/shutterstock
Fonte: http://educacao.globo.com/biologia/assunto/
genetica/celulas-tronco.html (adaptado)
Veja, a seguir, 
algumas charges 
a esse respeito 
para refletirmos 
e fomentarmos 
as discussões 
bioéticas
3
Células-tronco originadas por 
clonagem terapêutica
Fonte: http://ilustracao.coc.com.br/curso/estudemais/atualidades/
imagens/atualidades_celula-tronco_clip_image002_0000.jpg (adaptado)
Dores 
físicas X descaso
Um jovem 
casal procurou 
aconselhamento 
genético para 
investigar o motivo 
do óbito do feto que 
ocorreu na primeira 
gestação
Caso: óbito fetal X enterro
O concepto tinha 
18 semanas de 
vida intrauterina 
e subitamente o 
coração parou, 
informou a mãe
O óbito fetal foi 
confirmado pelo 
ultrassom. Após 
a curetagem, o 
médico responsável 
encaminhou o 
material para exame 
anátomo-patológico
A mãe disse que ao 
retirar o laudo do 
exame no laboratório 
de patologia, 
solicitou ao 
atendente que 
pudesse ver o 
concepto:
4
“Fui procurar ver meu 
bebê e tê-lo para poder 
sepultá-lo, mas me 
disseram que nesta 
idade seria desprezado 
como uma peça 
cirúrgica, conforme 
orientações internas 
do laboratório. Não 
pude ficar com ele e 
sepultá-lo como 
gostaria”
As questões que giram frente a 
esse caso são:
Por que não sepultar um feto 
de 18 semanas gestacional? 
Existem restrições 
médicas e/ou legais 
nestes casos? 
A quem pertence a 
decisão do destino 
de um feto morto? 
O que fazer?
Auditoria X 
confidencialidade X 
interesses pessoais
Um médico auditor 
de plano de saúde 
vai ao hospital com 
o objetivo de analisar 
a solicitação de 
autorização do uso 
de um antibiótico 
de última geração 
em paciente 
com septicemia 
internado na UTI
Sem autorização da 
direção do hospital, 
acessa o prontuário 
do paciente, retira 
resultados de 
exames, visita e 
examina o paciente 
sem avisar ao médico 
infectologista 
assistente, (...)
(...) e faz comentários 
deletérios a respeito 
da atuação do colega 
infectologista, na 
frente de outros 
profissionais e da 
família do atendido, 
tais como má condução 
do caso e prescrição 
inadequada do 
medicamento
5
Ao retornar à 
operadora, sugere que 
ela faça um acordo com 
o hospital para uso de 
medicamento de menor 
custo. Relatao caso, 
fundamenta seu 
procedimento e propõe 
descredenciamento do 
infectologista e do 
hospital depois do 
atendimento que 
está sendo prestado 
àquele paciente
Alega também que 
como a recusa da 
autorização do uso do 
medicamento resultará 
numa economia 
expressiva à operadora, 
ele, como auditor, 
faturará bastante neste 
caso, uma vez que é 
remunerado em um 
percentual calculado do 
montante de recusas 
efetuadas
O paciente evoluiu mal 
e faleceu. Alguns dias 
depois, a família 
encaminha denúncia de 
mau atendimento à 
Comissão de Ética do 
hospital sob sua gestão, 
alegando que, conforme 
o médico auditor, o 
tratamento do paciente 
fora mal conduzido 
pelos médicos da 
instituição. (...)
(...) Adverte que será 
elaborado boletim 
de ocorrência e que 
proporá ação civil, 
visando obter 
indenização por 
perdas e danos
A questão-chave 
deste caso é: até 
que ponto um 
médico auditor 
pode interferir no 
tratamento de 
um paciente?
Reprodução assistida
6
Uma senhora procura 
uma clínica de 
reprodução assistida 
para realizar seu 
sonho de ter um filho
No entanto, ela 
não tem recursos 
para custear seu 
tratamento e para 
tal fato a clínica lhe 
propõe uma solução: 
Ela se submeteria 
aos procedimentos 
corriqueiros de 
estimulação ovariana 
e retirada dos óvulos
No entanto, esses 
óvulos retirados dela 
serviriam para ela e 
também para uma 
outra senhora que 
necessitava de 
óvulos para ter filhos 
e que se dispõe a 
custear os dois 
tratamentos
Sobre este 
caso, quais os 
questionamentos 
bioéticos envolvidos?
Discussão bioética
Marlise, que tinha um 
coágulo no pulmão, 
levou um tombo na 
cozinha de casa e 
teve morte cerebral
Ela já tinha deixado 
instruções claras 
para a família 
pedindo que nunca 
fosse mantida viva 
com a ajuda de 
aparelhos
7
A questão é que os 
médicos descobriram 
que a paciente está 
grávida (na época 
estava com 14 
semanas de 
gestação, agora já 
são 20) e optaram 
por não desligar os 
equipamentos
Qual a sua decisão 
enquanto gestor, 
levando em 
consideração os 
princípios da 
bioética?
O marido de Marlise, 
Erick, luta na justiça 
para que o desejo 
de sua mulher, de 
não depender de 
máquinas para viver, 
seja realizado
Erick diz que depois da 
morte trágica do irmão 
de Marlise, os dois 
haviam conversado 
sobre o que fazer se 
o pior acontecesse
Na ocasião, de 
acordo com Erick, 
ela disse que nunca 
queria ser mantida 
viva por máquinas
Será que Marlise
tomaria a mesma 
decisão se soubesse 
que estava grávida?
Foram dois meses de 
batalha judicial que 
chegou ao fim com a 
decisão de que fosse 
removido qualquer 
método artificial que 
estivesse mantendo 
a respiração da 
paciente, o que de 
fato foi feito
8
Como gestor, quais 
as implicações 
bioéticas? 
Se tivesse sido 
recorrido à Comissão 
de Ética do hospital, 
qual seria sua 
provável decisão?
Na Prática
Em um dado hospital 
da região, é comum 
aos pacientes 
internados pelo 
SUS o médico 
prescrever Novalgina, 
ao contrário do 
que ocorre com os 
pacientes particulares 
ou de planos de saúde
Do ponto de vista 
bioético, isso é 
correto? Discuta
Finalizando
Nesta aula 
observamos 
alguns exemplos de 
discussões bioéticas 
e sua aplicabilidade, 
e vimos que elas 
estão presentes em 
nosso dia a dia
9
Isso serve 
essencialmente 
para que possamos 
desenvolver o 
raciocínio bioético
e sua aplicação em 
nosso contexto 
pessoal e profissional
Referências
BEAUCHAMP, T. L.; 
CHILDRESS, J. F. Princípios 
de ética biomédica. 4. ed. 
São Paulo: Loyola, 2002.
COHEN, C.; FERRAZ, F. C. 
Direito humano ou ética 
das relações? In: Bioética. 
3. ed. São Paulo: Edusp, 
2002.
CONEP. Comissão Nacional 
de Ética em Pesquisa. 
Disponível em: 
<http://conselho.saude.go
v.br/web_comissoes/cone
p/index.html>. Acesso em: 
1 dez. 2017.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário 
Eletrônico. Curitiba: Positivo, 
2004
GARRAFA, V. Introdução à 
Bioética. Revista do Hospital 
Universitário UFMA, São Luís, 
v. 6, n. 2, p. 9-13, 2005.
GUILHEM, D.; DINIZ, D. A ética 
na pesquisa no Brasil. In: 
DINIZ, D.; GUILHEM, D.; 
SCHUKLENK, U. Ética na 
pesquisa. Brasília: Letras 
Livres/UNB, 2005.
LIMA, W. M. Bioética e comitês 
de ética. CONEP, 2004.
POST, S. T. Introduction. 
Encyclopedia of Bioethics. 
3. ed. 2004.
POTTER, V. R. Bioethics: 
bridge to the future. 
Englewood Cliffs: 
Prentice Hall, 1971.
RAMOS, D, L, P.; CRIVELLO 
JUNIOR, O. Fundamento da 
odontologia: bioética e ética 
profissional. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 
SIQUEIRA, J. E.; ZOBOLI, 
E.; KIPPER, D. J. Bioética 
clínica. São Paulo: Gaia, 
2008.

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