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Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 1 RESUMO – LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO. CAS/2020 Esta disciplina, Legislação de Trânsito, visa conscientizar o policial militar sobre a importância não só de conhecer, mas também fazer cumprir a legislação de trânsito brasileira em vigor. Aspectos históricos da Legislação O Brasil é signatário da Convenção Sobre Trânsito Viário. O Brasil é um dos países signatários da Convenção da ONU, ocorrida em 1968, em Viena, na Áustria. Mas qual a relação dessa Convenção com a nossa disciplina de legislação de trânsito? Nessa Convenção, o Brasil também assinou o chamado “Tratado sobre Trânsito Viário”. Celebrado em Viena, a 08 de Novembro de 1968, a Convenção sobre Trânsito Viário é um acordo internacional entre os países participantes da Convenção de Viena, a fim de facilitar o trânsito viário internacional e aumentar a segurança nas rodovias. Para isso, esses países adotaram uma série de regras que devem ser seguidas por todos os condutores de veículos quando trafegarem em qualquer um desses países. Tais regras são iguais em todos os países e se referem, dentre outros tópicos, à: ➢ Definições do que é considerada legislação nacional, área urbana, veículo, pista, bordo da pista, faixa de trânsito, interseção, dentre outros itens relacionados ao trânsito. ➢ Algumas convenções relativas à exceção de obrigações em ambiente internacional, permissão nacional e internacional para dirigir, dentre outros quesitos. ➢ Obrigações a serem adotadas a fim de se proporcionar um trânsito seguro em território internacional. ➢ Sinalização. ➢ Regras de trânsito internacionalizadas para prover um fluxo adequado de veículos, independentemente de sua localização. Apesar do Tratado sobre Trânsito Viário ter sido assinado no final da década de 1960, somente em meados da década de 1990, frente às pressões por um trânsito mais seguro e cidadão, que foi elaborado o atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A reformulação de todas as normas relativas ao trânsito no país se mostravam cada vez mais necessárias em face de alguns fatores, tais como: ➢ A estabilização da economia com o Plano Real, possibilitando a renovação e aumento da frota de veículos em todo o país; ➢ A abertura de comércio para a instalação de outras montadoras estrangeiras no país; ➢ O crescimento de acidentes e vítimas de trânsito por conta de falta de infra-estrutura de trânsito e vias. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 2 Em 29/09/1992, o Brasil já havia assinado juntamente com os demais países componentes do MERCOSUL (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai) o RBUT – Regulamentação Básica Unificada de Trânsito. Esta regulamentação visava facilitar o trânsito e incrementar tanto o comércio quanto o turismo entre os países membros. Tal Regulamentação foi aprovada no Congresso Nacional por decreto legislativo em 03 de agosto de 1993. Você saberia definir trânsito? CONCEITO DE TRANSITO: “Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, solados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga.” (CTB art. 1º § 1º) CONCEITO DE VIA: “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”. (CTB, anexo I) Classificação das vias “São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais” (Art. 2º CTB) Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as raias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas. As vias classificam se em: vias urbanas e vias rurais: CONCEITO DE VIAS URBANAS: são as ruas, avenidas ou caminhos abertos à circulação pública, situadas nas áreas urbanas, caracterizadas, principalmente, por possuírem imóveis edificados. CONCEITO DE VIAS RURAIS: não possuem imóveis edificados. Os demais tipos de vias: CONCEITO DE VIAS DE TRÂNSITO RÁPIDO - estas vias são caracterizadas por acessos especiais, com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível OBS: LINDEIRO - Que faz referência a linda ou linde (limite), capaz de lindar (demarcar); que demarca ou confina; limítrofe. Sinônimos de Lindeiro: confinante, fronteiro, limítrofe. CONCEITO DE VIA ARTERIAL – este tipo de via é caracterizado por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade direta aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. CONCEITO DE VIA COLETORA - Via destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 3 CONCEITO DE VIA LOCAL - via caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou áreas restritas. CONCEITO DE VIAS RURAIS - são as estradas e rodovias situadas fora das áreas urbanas. Você sabe a diferença entre rodovias e estradas? RODOVIAS – é uma via rural pavimentada. ESTRADAS – é uma via rural não-pavimentada Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: NAS VIAS URBANAS: ➢ 80 km/h (oitenta quilômetros por hora) em via de trânsito rápido; ➢ 60 km/h (sessenta quilômetros por hora) em via arterial; ➢ 40 km/h (quarenta quilômetros por hora) em via coletora; ➢ 30 km/h (trinta quilômetros por hora) em via local. NAS RODOVIAS DE PISTA DUPLA: ➢ 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas; ➢ 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos. NAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES: ➢ 100 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas; ➢ 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos; ➢ 60 km/h (sessenta quilômetros por hora ) nas Estradas. OBS: A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida ato dos tipos de via, porém, o condutor deverá observar constantemente as condições físicas da via, do veículo, da carga, as condições meteorológicas, a intensidade do trânsito, não obstruindo a marcha normal dos demais veículos em circulação. Sinais de trânsito (Art. 87 CTB) - São sinais de trânsito todos os elementos de sinalização viária: placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. Classificação dos sinais de trânsito: Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: I - verticais; II - horizontais; III - dispositivos de sinalização auxiliar; IV - luminosos; V - sonoros; VI - Gestos do agente de trânsito e do condutor. Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 4 I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais; II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; III - as indicaçõesdos sinais sobre as demais normas de trânsito. A multa não pode ser aplicada quando a sinalização for incorreta ou insuficiente Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à sinalização quando for esta insuficiente ou incorreta. Agente da Autoridade de Trânsito Poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar, desde que designado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de sua competência, competente para lavrar o Auto de Infração de Trânsito (AIT). Ao presenciar o cometimento da infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as medidas administrativas cabíveis, sendo vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros A lavratura do AIT é um ato vinculado na forma da Lei, não havendo discricionariedade com relação a sua lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do CTB. Deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática das infrações de trânsito, porém, uma vez constatada a infração, só existe o dever legal da autuação, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo, omitir-se das providências que a lei lhe determina. Sinais sonoros Um silvo breve – Siga – Liberar o trânsito na direção/sentido indicado pelo agente Dois silvos breves – Pare! – Indicar parada obrigatória Um silvo longo – Diminua a marcha – Quando for necessário fazer diminuir marcha dos veículos OBS: Os sinais sonoros somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes e se sobrepõe ou completa sinalização existente no local ou norma estabelecida no CTB. SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO É o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com finalidade ao exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades. Órgãos Normativos, Consultivos e Coordenadores: CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito: É o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito, responsável pela regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro e pela atualização permanente das leis de trânsito, sua sede é em Brasília (D.F.) e está diretamente subordinado ao Ministério das Cidades. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 5 CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito: É o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador do Sistema Nacional de Trânsito na área do respectivo estado. Cada estado da federação possui o seu conselho, e a sede de cada conselho é na capital do respectivo estado. CONTRANDIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal: É órgão normativo, consultivo e coordenador, com atuação apenas no Distrito Federal. Tem as mesmas competências dos CETRANS, limitadas ao Distrito Federal. Órgãos Executivos de Trânsito DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito: É o órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito, tem autonomia administrativa e técnica, e jurisdição sobre todo o território nacional; sua sede é em Brasília (D.F) e está subordinado diretamente ao Ministério das Cidades. DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito: É o órgão máximo executivo dos estados e do Distrito Federal, que cumpre e faz cumprir a Legislação de Trânsito nos limites de sua jurisdição. Órgãos Executivos Rodoviários D.N.I.T: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes: Órgão executivo rodoviário da união, com jurisdição sobre as rodovias e estradas federais. Substituiu o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem) e está subordinado ao Ministério dos Transportes, assim como a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) que também foram criadas com a extinção do DNER. D.E.R.: Departamento de Estradas e Rodagem: Órgão executivo rodoviário do Estado e do Distrito Federal, com jurisdição sobre as rodovias e estradas estaduais de sua sede. JARIS: Juntas Administrativas de Recursos de Infrações: São órgãos colegiados componentes do Sistema Nacional de Trânsito, responsáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra penalidades aplicadas pelos órgãos e entidades executivas de trânsito ou rodoviários. P.R.F.: Polícia Rodoviária Federal: Tema responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito através do patrulhamento ostensivo nas rodovias federais. P.M.E.: Polícia Militar dos Estados e do Distrito Federal: Tem a responsabilidade de fiscalizar o trânsito, como agente do órgão ou entidade executivo ou executivo rodoviário, junto com os demais agentes credenciados. CIRETRAN ou Circunscrição Regional de Trânsito são órgãos dos DETRANs nos municípios do interior dos estados, tem a responsabilidade de exigir e impor a obediência e o devido cumprimento da legislação de trânsito no âmbito de sua jurisdição. CATEGORIAS DA CNH Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 6 NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA Regras de circulação de trânsito (do art. 29 ao 38 do CTB) I - A circulação deve ser feita pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções sinalizadas; II – Todo condutor deve manter distância lateral e frontal dos demais veículos e da margem da pista. Preferências III - Quando veículos transitam por fluxos que se cruzem em local não sinalizado, tem preferência de passagem: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 7 ➥No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela; ➥No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; ➥Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor. IV – Em uma pista com várias faixas no mesmo sentido, as da direita são para os veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, para efetuar ultrapassagem e para os veículos de maior velocidade. V - O trânsito sobre calçadas e acostamentos só pode ocorrer para entrar ou sair de imóveis ou estacionamentos. VI - Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de circulação. VII - Veículos do Corpo de Bombeiros, Polícia, ambulância, os de fiscalização e operação de trânsito têm prioridade e gozam de livre circulação, estacionamento e parada quando em serviço de urgência e devidamente identificados, observadas as seguintes disposições: ➥Quando a sirene estiver ligada, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores devem deixar livre a passagem pela esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; ➥Os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, devem aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado; ➥O uso de sirene e luz vermelha intermitente só pode ocorrer quando em serviço de urgência; ➥A prioridade de passagem na via e no cruzamento deve ser com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança. VIII - Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados e identificados. IX - A ultrapassagem de outro veículo em movimento deve ser feita pela esquerda, precedida por sinalização regulamentar. Será permitida pela direita, quando o veículo que estiver à frente indicar que vai entrar à esquerda. X- Todo condutor deve, ANTES de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que: ➥Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá- lo; ➥Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; ➥A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário. XI - Todo condutor AO EFETUAR a ultrapassagem deve: ➥Indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz vindicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço; ➥Afastar-se do usuário ou usuários os quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; XII - Os veículos que se deslocam sobre trilhos têm preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 8 Normas de conduta Art. 29..... § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita. § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. XIII - Todo condutor, ao perceber que outro tem o propósito de ultrapassá-lo, deve: ➥Se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; ➥Se estiver circulando em outra faixa, manter-se nela, sem acelerar a marcha. ➥Os veículos mais lentos, quando em fila, devem manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. ➥O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deve reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. XIV – O condutor não pode ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. XV - Nas interseções e suas proximidades, o condutor não pode efetuar ultrapassagem. XVI – Todo condutor antes de efetuar um deslocamento lateral deve indicar por sinal regulamentar sua intenção com antecedência. XVII - O condutor que for entrar em uma via, vindo de lote que faz limite com essa via, deve dar preferência aos veículos e pedestres que estejam transitando. XVIII – Para virar à esquerda ou retornar, o condutor deve fazê-lo nos locais apropriados e, onde não existirem estes locais, o condutor deve aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança. Art. 38 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros que fazem limites com uma via, o condutor deve: ➥Ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista e executar a manobra no menor espaço possível; ➥Ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível da linha divisória da pista, quando a pista for de duplo sentido de circulação, ou do bordo esquerdo, quando for uma pista de sentido único; IDENTIFICAÇÃO VEICULAR Todos os veículos automotores devem ser identificados e, portanto, possuem detalhadas normas técnicas para isso, inclusive normas internacionais. A identificação dos veículos automotores se dá através de: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 9 → Gravação do número do chassi; → Placa (dianteira e traseira); →Gravação no vidro; →Etiqueta auto destrutível; →Gravação nos agregados; →CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo. Os veículos possuem alguns sinais identificadores que permitem registrar sua existência e que são específicos e individuais, não se repetindo em outro veículo. Um destes sinais é a numeração que é gravada no chassi ou no monobloco do veículo e reproduzida em diversas partes do veículo, como nos vidros, por exemplo. Código vin (Velhicle Indentification Number) ➢ A composição do código VIN segue os critérios estabelecidos na norma ABNT 6066-80 que determina a gravação do chassi com 17 caracteres, sendo o 10º caractere identificador do ano de fabricação do veículo. ➢ A partir de 01-01-1999, conforme Resolução CONTRAN 24/98, a décima posição passou a informar o ano modelo do veículo. As normas para esta identificação estão previstas na resolução nº 24 do CONTRAN. A gravação do chassi segue uma sequência lógica como podemos constatar no esquema baixo: 1ª - Área Geográfica 2ª - País Ex: 9BW ZZZ30Z R T 245798 3ª - Fabricante/montadora 4ª a 9ª - A critério do fabricante/montadora 10ª - Ano de fabricação/modelo do veículo 11ª - Local de fabricação/montagem do veículo 12ª a 17ª - Número seqüencial da produção – a critério do fabricante/montadora Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado. § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo. Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de 1/3 (um terço). Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. Conduzir o veículo: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 10 VI - Com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade: Infração – gravíssima Penalidade - multa e apreensão do veículo Medida administrativa - remoção do veículo RESOLUÇÃO Nº 24, DE 21 DE MAIO DE 1998 Estabelece o critério de identificação de veículos, a que se refere o art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar identificados na forma desta Resolução. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das Forças Armadas. § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (número sequencial de produção) previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutívelno caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e componentes: I - na coluna da porta dianteira lateral direita; II - no compartimento do motor; III - em um dos para-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes; IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos → Essas gravações serão abreviadas contendo os oito dígitos finais do chassi e portanto se iniciando no décimo caractere; → As letras I, O e Q não são usadas justamente com o objetivo de evitar adulterações. Classificação dos Veículos Quanto à tração → Automotor; → Elétrico; → Propulsão humana; → Tração animal; → Reboque ou semirreboque. Quanto à espécie I - de passageiros: → Bicicleta; → Ciclomotor; → Motoneta; → Motocicleta; → Triciclo; → Quadriciclo; Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 11 → Automóvel; → Micro-ônibus; → Ônibus; → Bonde; → Reboque ou semirreboque; → Charrete. II - de carga: → Motoneta; → Motocicleta; → Triciclo; → Quadriciclo; → Caminhonete; → Caminhão; → Reboque ou semirreboque; → Carroça; → Carro-de-mão. III - misto: → Camioneta; → Utilitário; → Outros. IV - de competição V - de tração: → Caminhão-trator; → Trator de rodas; → Trator de esteiras; → Trator misto. VI – especial VII - de COLEÇÃO Quanto à categoria Expresso através das cores usadas nas placas de identificação externa → Oficial; → Representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro; → Particular; → Aluguel; → Aprendizagem. REGISTRO E LICENCIAMENTO DOS VEÍCULOS Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 12 → LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações do proprietário de veículo, comprovado por meio de documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). → REGISTRO – todo veículo automotor deve ser registrado e possuir um número de RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. Registro Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei. § 2º - O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso bélico. Licenciamento Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo. § 1º - O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso bélico. Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. (Res 205) OBS: De acordo com a Resolução do CONTRAN nº 61/1998, o CLA (Certificado de Licenciamento Anual) é o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). Registro e licenciamento de outros veículos O Código de Trânsito conferiu aos órgãos executivos de trânsito dos municípios, competência para registrar e licenciar alguns veículos na forma da legislação municipal. Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: XVII – registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana e dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários. A lei 13.154/2015 altera a anterior, de 1997, que transferia aos municípios a função de regulamentar seu uso e os equiparava a veículos de tração humana e animal, como bicicletas e carroças. Desde então, cabe ao DETRAN de cada estado providenciar registro e licenciamento desses veículos. Os ciclomotores possuem motor de até 50cc e velocidade máxima de 50km/h. Por omissão ou falta de condições, grande parte dos municípios brasileiros não criavam leis para regulamentar seu uso. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E PENALIDADES AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento. AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada. Portanto as são Autoridades de trânsito SOMENTE os dirigentes máximos dos órgãos executivos do SNT, tais como os presidentes do DETRAN-RJ, DER-RJ, DENATRAN, etc. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 13 Porque APENAS AS AUTORIDADES DE TRÂNSITO aplicam as penalidades de trânsito? Vamos entender? Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades: Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas: I - Retenção do veículo; II - Remoção do veículo; III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; IV - Recolhimento da Permissão para Dirigir; V - Recolhimento do Certificado de Registro; VI - Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; VII - (VETADO) VIII - transbordo do excesso de carga; IX - Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica; X - Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998). As penalidades previstas a serem desencadeadas pela autoridade de trânsito ao tomar conhecimento da infração de trânsito, conforme o rol previsto do CTB, no art. 256, são: I - Advertência por escrito; II - multa; III - suspensão do direito de dirigir; IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; VI - cassação da permissão para dirigir; VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. REMOÇÃO, RETENÇÃO E APREENSÃO Remoção é uma medida administrativa que requer que o veículo seja rebocado até um depósito público. Retenção é quando o veículo permanece retido no local por tempo determinado até o saneamento da irregularidade, e caso isso não ocorra em tempo hábil, a retenção pode se transformar em remoção. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 14 Apreensão é uma penalidade administrativa, mas que foi revogada pela Lei nº 13.281, de 2016, portanto trata-se de dispositivo que não existe mais na legislação vigente de trânsito. INFRAÇÕES DE TRÂNSITO Art. 161. Constitui infração detrânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX (do CTB). Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções. OBS: O direito administrativo de trânsito, é uma esfera autônoma e não se confunde com as esferas civil e criminal. Não confunda infração de trânsito com crime. No capítulo XV, do CTB, são tratadas as infrações de trânsito (do art. 161 ao art. 255). Principais infrações no âmbito da competência estadual: Art. 162. Dirigir veículo: I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes); Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado; II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes); Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado; III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (duas vezes); Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado; V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias: Infração – gravíssima Penalidade – multa Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado. VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 15 Infração – gravíssima Penalidade – multa Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado. Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no artigo anterior: Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do artigo anterior. OBS: Entregar significa passar às mãos ou à posse de alguém, a direção do veículo automotor. Quando o proprietário, devidamente habilitado e estando presente, passar às mãos de alguém que não esteja em condições plenas de conduzir veículo automotor, conforme tratam os incisos do art. 162, comete a infração do art. 163. Art. 164 - Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do Art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via: Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162; Penalidade - as mesmas previstas no art. 162; Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art. 162 Permitir é dar licença, autorizar, consentir, tolerar. É quando o condutor foi permitido tomar a direção do veículo automotor e conduzi-lo em uma das situações do art 162, comete a infração do art. 163. Em tal situação o proprietário não estará no interior do veículo no momento da abordagem e esse consentimento não necessita ser expresso. Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Infração - gravíssima; Parágrafo único - Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. É importante estabelecer a correlação entre os art. 165 e 277 do CTB, para que você policial militar possa atuar corretamente em uma ocorrência envolvendo condutores com suspeita de estarem sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa, vejamos o que diz o legislador no art. 277: Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 16 outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo CONTRAN, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. OBS: O dispositivo presente no § 2º do art. 277 autoriza que seja dada voz de prisão em flagrante aos condutores flagrados visivelmente alterados, sem a necessidade de exame, bastando apenas que haja testemunhas, fotos ou filmagens do estado do condutor no momento da abordagem, para melhor disciplinar a atuação o CONTRAN editou a Res. nº 432/13. Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator. Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais estabelecidas neste Código: Infração - gravíssima; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada. Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: Infração - leve; Penalidade - multa. Art. 173. Disputar corrida: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior. Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. § 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores participantes. § 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 17 Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior. Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo; II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito; V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação. Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes: Infração - grave; Penalidade - multa. Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito: Infração - média; Penalidade - multa. Art. 230. Conduzir o veículo: I - Com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou falsificado; II - Transportando passageiros em compartimento de carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN; III - com dispositivo antirradar. IV - Sem qualquer uma das placas de identificação; V - Que não esteja registrado e devidamente licenciado; VI - Com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo; VII - com a cor ou característica alterada; VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular, quando obrigatória; Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 18 IX - Sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; X - Com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante; XII - com equipamento ou acessório proibido; XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados; XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse aparelho; XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados no para brisa e em toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste Código; XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela legislação; XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. XX - Sem portar a autorização para condução de escolares, na forma estabelecida no art. 136: Infração - grave; Penalidade - multa e apreensão do veículo; XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições previstas neste Código; XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas: Infração - média; Penalidade - multa. XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável. XXIV- (VETADO). § 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 (doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade disposta no inciso XXIII em infração grave. § 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito judicial ou administrativo, da multa. Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código: Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento. Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123: Infração - grave; Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 19 Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa – retenção do veículo para transbordo. Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em casos de emergência: Infração – média Penalidade - multa. Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem permissão da autoridade competente ou de seus agentes: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: I - Sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN; II - Transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda; IV - Com os faróis apagados; V - Transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação; VI - Rebocando outro veículo; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de manobras; VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei; IX – Efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos moto taxistas; Infração – grave; Penalidade – multa; Medidaadministrativa –Retenção para Regularização. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 20 Art. 252. Dirigir o veículo: I - Com o braço do lado de fora; II-Transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas; III - Com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do trânsito; IV - Usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais; V - Com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo; VI - Utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular; Infração - média; Penalidade - multa. VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movimento: Infração - média; Penalidade - multa. Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar segurando ou manuseando telefone celular Aula V – Manual de Fiscalização de trânsito. Agente da autoridade de trânsito O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de sua competência. Para que possa exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções. Habilitação Para a condução de veículos automotores é obrigatório o porte do documento de habilitação, apresentado o original e dentro da data de validade. O documento de habilitação não pode estar plastificado para que sua autenticidade possa ser verificada. São documentos de habilitação: - Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC); - Permissão Para Dirigir (PPD); - Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Condutor oriundo de país estrangeiro O condutor de país estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir com os seguintes documentos: - Permissão Internacional para Dirigir (PID) ou Documento de habilitação estrangeira (desde que signatário de Acordos ou Convenções Internacionais, ratificados pelo Brasil); - Documento de identificação. ACIDENTE DE TRÂNSITO (NI/PMERJ NÚMERO 17/84) Vejamos os tipos de acidentes: Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 21 DECRETO Nº 4.118 – DE 18 DE MAIO DE 1981 ART. 1º - Em caso de acidente de trânsito com vítima (s), a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame pericial do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos envolvidos, quando estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego. ART. 2º - Ao providenciar a remoção, a autoridade ou agente policial deverá preencher boletim, cujo modelo acompanha o presente decreto. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 22 Parágrafo Único – Na falta do impresso a que refere este artigo, a autoridade ou agente policial redigirá relatório e dele constarão todos os elementos esclarecedores do fato, cuja obtenção tenha sido possível. ART. 3º - O boletim de que trata o artigo anterior, ou o relatório de que trata o seu parágrafo único, deverá ser entregue, incontinenti, à Delegacia Policial da circunscrição onde se deu o fato, de que tudo tomará conhecimento. ART. 4º - Quando do acidente de trânsito resultar morte, será o corpo removido do leito da via pública de maneira a não prejudicar o tráfego, permanecendo, porém no local até a chegada da perícia. ART. 5º - Qualquer autoridade ou agente policial que presenciar ou tiver conhecimento de acidentes de trânsito com vítimas deverá imediatamente tomar as providências previstas neste decreto, sendo considerada falta grave sua omissão. LEIS 5.970/73 E 6.174/74 – DESFAZIMENTO DO LOCAL A lei nº 5.970/73: “em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independente de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego. “ Parágrafo único – “Para autorizar a remoção, a autoridade ou o agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignando o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade". CRIMES DE TRÂNSITO Disposições Gerais Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos Artigos 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: I - Sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; II - Participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). § 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 23 Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração: I - Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; II - Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas; III - Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; IV - Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo; V - Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga; VI - Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante; VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres. Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Dos Crimes em Espécie Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. OBS: No CTB háapenas a tipificação de homicídio culposo, o homicídio com dolo é tratado no Código Penal. § 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: I - não possuir permissão para dirigir ou carteira de habilitação II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. § 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 24 Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves. Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. O famoso crime da LEI SECA!!! Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por I - Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou II - Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora. § 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. § 3o O CONTRAN disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. § 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. Projeto Monitoria @projetomonitoriacas 25 Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
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