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MEDICAMENTOS REMÉDIOS DROGAS ENF ESP JOSIANE ANDRADE Conceitos DROGA Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária; Conceitos MEDICAMENTO OU FÁRMACO Produto ou farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade : profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos; MEDICAMENTO FITOTERÁPICO medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais, empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal. MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO A Homeopatia é uma prática terapêutica que abrange as áreas farmacêutica, médica, odontológica e veterinária. Foi fundada no início do século XIX pelo médico alemão Samuel Hahnemann, e baseia-se no princípio “Semelhante cura semelhante”. MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO São medicamentos preparados a partir de substâncias que são submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de sucessão, ou outra forma de agitação ritmada, com finalidade preventiva ou curativa a serem administrados conforme a terapêutica homeopática, homotoxicológica ou antroposófica. Conceitos BULA Bula é o nome que se dá ao conjunto de informações sobre um medicamento que obrigatoriamente os laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à embalagem de seus produtos vendidos no varejo. BULA Nome do medicamento; Precauções Apresentação Gravidez Composição Reações adversas Informações ao paciente Posologia Informações técnicas Superdosagem Farmacocinética Contra-indicações Classes de Medicamentos G GENÉRICOS Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca. E principalmente, são intercambiáveis em relação ao medicamento de referência, ou seja, a troca pelo genérico é possível. Lei 9787 / 99 – instituiu o medicamento genérico• Embalagem padronizada com uma tarja amarela e um grande "G" de Genérico e os seguintes dizeres: Medicamento Genérico - Lei 9.787/99 • nome do princípio ativo • São proibidos de apresentar marca, nome de referência ou nome fantasia(apenas o nome do princípio ativo pode ser comunicado). Tem preços em média 35% menores que os originais SIMILARES Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e formado produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca: Classes de Medicamentos Referência Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Receita Médica Uma prescrição (também conhecida informalmente como receita médica) é a indicação de medicamentos que um paciente ou animal deve tomar. É indicado pelos médicos, médicos dentistas ou médicos veterinários e compete aos farmacêuticos obrigatoriamente a manipulação, venda ou entrega dos medicamentos, que efetuarão neste ato a fiscalização da prescrição e orientação ao paciente. Importância A administração segura e precisa de medicamentos é uma das mais importantes responsabilidades do profissional de enfermagem. O profissional é responsável pela compreensão dos efeitos de uma droga, pelo preparo e administração correta, pela monitorização da resposta do paciente e pelo auxílio ao paciente na auto-administração correta. (Profª Ma Elaine Baez Sarti, Coren MS) Sistema de Medicação O sistema de medicação é complexo, visto que para sua realização se faz necessário o cumprimento correto de vários processos: prescrição do regime terapêutico, dispensação, preparo e administração do medicamento (AIZENSTEIN; TOMASSI, 2011). Responsabilidade da Equipe de Enfermagem Erros cometidos e não detectados no início ou no meio do sistema - atribuição à equipe de enfermagem. Intensificação da responsabilidade da equipe - uma das últimas barreiras de prevenção (MIASSO et al., 2006). 20 Atividade cotidiana da equipe de enfermagem – rotina - tarefa simples CUIDADO- Conhecimentos complexos. Estratégias de Prevenção de Erro (ANVISA, 2013) Seguir as normas e as rotinas relacionadas ao preparo e a administração de medicamentos estabelecidos pela instituição; Proporcionar conhecimento das funções de todos os profissionais dentro do sistema de medicação; Verificar se todas as informaçãos relacionadas ao procedimento estão corretas de acordo com os 9 certos antes de administrar qualquer medicamento a um paciente, ou seja: paciente certo (utilizar dois identificadores para cada paciente), medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir três vezes o rótulo), dose certa, via certa, hora certa, compatibilidade medicamentosa, orientação ao paciente certa, direito a recusar o medicamento e anotação certa. Certificar-se de que todas essas informações estejam documentadas corretamente, sendo que informações incompletas devem ser esclarecidas antes da administração do medicamento; Adotar a dupla checagem do medicamento na prescrição médica por dois profissionais de enfermagem antes da administração; Estratégias de Prevenção de Erro (ANVISA, 2013) Proporcionar o treinamento de toda a equipe de enfermagem quanto ao uso correto dos equipamentos destinados à administração de medicamentos pela via intravenosa, como bombas de infusão, em uso na instituição; Adotar a comunicação eficiente e direta entre as equipes, de modo que os médicos comuniquem à equipe de enfermagem sobre a prescrição de qualquer medicamento não padronizado na instituição; Evitar a compra de medicamentos de fabricantes que utilizam embalagens semelhantes para os diferentes tipos e dosagens de medicamentos como medida de segurança; Proporcionar local adequado para preparar os medicamentos, sem fontes de distração e interrupções; Armazenar adequadamente e identificar de forma completa e clara todos os medicamentos disponíveis e utilizados na instituição; Estratégias de Prevenção de Erro (ANVISA, 2013) 6.Identificar corretamente os medicamentos preparados (com nome do paciente, número do leito e enfermaria, nome do medicamento, horário e via de administração, velocidade de infusão, iniciais do responsável pelo preparo), e os frascos de medicamentos que serão armazenados (com data e horário da manipulação, concentração do medicamento, iniciais do responsável pelo preparo); 7.Realizar o preparo do medicamento imediatamente antes da administração, a não ser que haja recomendação diferente do fabricante; 8.Desenvolver e implementar programas de educação centrados nos princípios gerais da segurança do paciente que incluam informações sobre o uso de novos medicamentos, bem como o treinamento da equipe multiprofissional nas diferentes etapas do sistema de medicação; 9.Disponibilizar aos profissionais materiais com conhecimentos fundamentais sobre farmacologia (indicações, contraindicações, efeitos terapêuticos e colaterais, cuidados específicos sobre administração e monitoração de medicamentos) e incompatibilidade entre fármacos e soluções; 10.Ter habilidade na realização de cálculos e na mensuração das doses, com exatidão; Estratégias de Prevenção de Erro (ANVISA, 2013) 11.Utilizar instrumentos de medida padrão durante o preparo dos medicamentos (copos graduados, seringas milimetradas) para medir as doses com exatidão; 12.Buscar orientação com outros profissionais (enfermeiros, médicos, farmacêuticos) e consultar guias, bulas de medicamentos e protocolos institucionais em caso de dúvidas acerca do nome do medicamento, posologia, indicações, contraindicações, precauções de uso, preparo e administração; 13.Padronizar equipamentos tecnológicos (comobombas de infusão) na unidade, limitando a variedade de opções; 14.Realizar prescrição de enfermagem quanto ao uso correto das bombas de infusão para a administração segura dos medicamentos; Estratégias de Prevenção de Erro (ANVISA, 2013) 15.Levar ao local de administração apenas o que se designa ao paciente específico, evitando colocar na bandeja diversos medicamentos para diferentes pacientes no momento da administração do medicamento; 16.Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por via intravenosa; 17.Prover a supervisão de técnicos e auxiliares de enfermagem, por enfermeiro, durante o preparo e a administração dos medicamentos. 9 CERTOS (ANVISA, 2013) Paciente certo (utilizar dois identificadores para cada paciente) Medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir três vezes o rótulo) Dose certa Via certa Hora certa Compatibilidade medicamentosa Orientação ao paciente certa Direito a recusar o medicamento Anotação certa. CÁLCULO Ter habilidade na realização de cálculos e na mensuração das doses, com exatidão. http://rosalinda2009.blogspot.com.br/2009/05/1-conceitos-basicos-envolvidos-no.html Atenção! A administração de medicamentos é uma responsabilidade do enfermeiro, mesmo que esteja sendo executada por outro membro da equipe de enfermagem, conforme o Decreto lei 94.406/87 que regulamenta a lei do exercício da Enfermagem. Matemática Básica Números decimais Adição Subtração Multiplicação Divisão Conceitos básicos envolvidos no cálculo de medicamentos Solução : mistura homogênea composta de soluto e solvente. Solvente: é a porção líquida da solução. Soluto: é a porção sólida da solução. Números decimais 1/10 1,0 = 0,1 1/100 1,0 = 0,01 1x100 1,0 = 100,0 1x1000 1,0= 1000,0 Adição e Subtração 28,31+6,1 28,31 06,10 34,41 12+78,9 12,0 78,9 90,9 9 – 3,3 9,0 3,3 5,7 7,8 – 2,5 7,8 2,5 5,3 Multiplicação 51,25 x 3,3 51,25 3,3 15375 15375 169,125 33x25,6 25,6 33 768 768 844,8 246x123 246 123 738 492 246 30258 500x24 500 24 2000 1000 12000 Divisão 30÷4 30 4 28 7,5 020 20 00 0,36÷0,24 0,36 0,24 24 1,5 120 120 000 1296÷ 64 1296 64 128 20,25 160 128 320 320 000 4÷160 4 160 0 0,025 40 0 400 320 800 800 000 Concentração: a relação entre a quantidade de soluto e solvente. g/ml a quantidade em gramas de soluto pela quantidade em mililitros de solvente. Proporção: forma de expressar uma concentração e consiste na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”. 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de solvente. Porcentagem : é uma outra forma de expressar uma concentração. O termo por cento (%) significa que a quantidade de solvente é sempre 100ml. 7%, significa que há 7g de soluto em 100ml de solvente. Regra de três: relação entre grandezas proporcionais. A regra de três permite de forma simples, estruturar o problema obtendo sua solução, que neste caso, é a prescrição determinada. 1º) Verificar se a regra é direta ou inversa 2º) Colocar na mesma fila as grandezas iguais. Proporções e Equivalências 1ml contém 20 gotas 1 gota equivale a 3 microgotas 1ml contém 60 microgotas 1g = 1000 mg 1L = 1000 ml Sistema Métrico Sistema decimal logicamente organizado. Cada unidade básica de mensuração está organizada em unidade de 10. Multiplicando-se ou dividindo-se por 10, formam-se as unidade secundárias. Multiplicação: vírgula decimal vai para direita Divisão: vírgula decimal vai para esquerda 20,0 mg x 10 = 200 mg 20,0 mg ÷ 10 = 2,00 mg Miligramas em gramas: dividir por 1000, movimentando a vírgula decimal três casas para esquerda. 2.000mg = 2g 450 mg = 0,45 g Litros em mililitros: multiplicar por 1000 ou movimentar a vírgula decimal três casas para a direita. 1 l = 1.000 ml 0,25 l = 250 ml Aplicada: 2015 Banca: AOCP Órgão: EBSERH Prova: Técnico em Enfermagem Um paciente, internado na clínica cirúrgica, recebe prescrição de 40 gotas de dipirona por via oral. Sabendo-se que na unidade tem-se disponíveis frascos de 500mg/ml, quantos gramas do analgésico o paciente irá receber? Exercícios 20 gotas ________ 1ml 40 gotas ________ x 20x=40.1 X= 40 20 x= 2 ml 500mg ________ 1ml x _______2ml x=500.2 X=1000 1 x= 1000 mg R: O paciente receberá 1g do analgésico Aplicada: 2013 Banca: FUNDEP Órgão: IPSEMG Prova: Técnico - Enfermagem 4. Durante a internação de um paciente adulto, foram-lhe prescritos 125 mg (EV) do medicamento Ampicilina a ser administrado de 6 em 6 horas. A farmácia disponibilizou frasco ampola de 1 g, em 10 ml. Considerando a informação anterior, calcule quantos ml deverão ser administrados para que a dose em cada horário seja de 125 mg? Exercícios 1000mg _______ 10ml 125 mg ________ x 1000x=10.125 X= 1250 1000 x= 1,25 ml 500mg ________ 1ml x _______2ml x=500.2 X=1000 1 x= 1000 mg R: Serão necessários 1,5 ml do medicamento prescrito 1g=1000mg Aplicada: 2013 Banca: FUNDEP Órgão: IPSEMG Prova: Técnico - Enfermagem 5.Foram prescritas para um paciente adulto 20 UI de insulina regular (100 UI/ml). No momento da aplicação, no posto de enfermagem, só havia seringa de 3,0 ml. Qual a quantidade de ml deverá ser administrada para que a dose seja a prescrita? Exercícios 100 UI _______ 1ml 20 UI ________ x 100x=1.20 X= 20 100 x= 0,2 ml R: Serão necessários 0,2 ml da Insulina “Após atendimento médico, foram prescritas para Eunice Santos Pereira, 49 anos, 10 UI de insulina regular subcutânea (100 UI/ml). Para a aplicação, no posto de enfermagem, só havia seringa de 3,0 ml.” Quanto de insulina deverá ser administrado?
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