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CIÊNCIAS DO SOLO E FERTILIDADE Raquel Finkler Troca iônica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a série liotrópica. Definir raio iônico hidratado. Descrever a força de ligação íon-coloide. Introdução A troca iônica é um fenômeno químico que ocorre no solo e influencia a fertilidade e a nutrição de plantas. Assim, é importante você compreender os conceitos relacionados a essa troca para entender o funcionamento da química do solo. As interações eletroquímicas do solo permitem que elementos essenciais (macro e micronutrientes) estejam disponíveis para a absorção da planta. Neste capítulo, você vai ver o conceito de troca iônica e conhecer alguns fatores que interferem nela, como o raio iônico hidratado e a força de ligação íon-coloide. Troca iônica e série liotrópica O estudo de cargas elétricas e suas reações no solo é importante porque elas infl uenciam a fertilidade e a nutrição das plantas. Inicialmente, você deve estar familiarizado com o conceito de troca iônica. Ela consiste na substituição de um íon por outro no complexo de esfera externa (BRADY; WEIL, 2014). Lopes (2009) comenta que a troca iônica ou adsorção não específi ca refere-se à interação entre os íons e as superfícies das partículas, sendo de natureza eletrostática. Em síntese, o processo de troca de cátions e ânions por cátions e ânions na solução do solo é conhecido como troca iônica. Além disso: O termo "troca iônica" não implica a permanência contínua de um processo de movimentação (embora ela de fato aconteça), mas denota reações de des- locamento de um estado de equilíbrio causado por adição de íons "estranhos" ou pela alteração da concentração da solução externa (WIKLANDER, 1967 apud NUNES, 2005, p. 57). As cargas negativas que retêm cátions podem ser cargas permanentes ou cargas dependentes de pH. A seguir, você vai conhecê-las melhor. Cargas permanentes São cargas que existem na estrutura dos minerais, originadas da substituição isomórfi ca nos tetraedos e octaedros dos argilominerais. As cargas permanentes formam-se na superfície dos sólidos por meio de substituição iônica (STUMM; MORGAN, 1981 apud WEBER et al., 2005). Constituem esse grupo as argilas silicatadas (CAMARGO; ALLEONI, 2006). Tiecher (2015) comenta que, em clima temperado rico em argilominerais 2:1, as cargas permanentes representam a maior parte das cargas do solo. Já em climas tropical e subtropical, elas são incipientes, estando presentes em quan- tidades expressivas somente em alguns solos da região da campanha gaúcha. Cargas variáveis ou dependentes de pH Stumm e Morgan (1981 apud WEBER et al., 2005) afi rmam que as cargas variáveis são decorrentes da dissociação e da associação de prótons e da adsorção específi ca de cátions e ânions. São cargas que dependem do pH do solo. Assim, quando há aumento no pH, ocorre o aumento da quantidade de cargas disponíveis no meio. Essas cargas podem ser positivas ou negativas, dependendo do pH do solo. Elas possuem características dinâmicas, com efeito temporário variando de acordo com o pH do meio. Além disso, essas cargas são representadas pelos óxidos, pelos hidróxidos e pela matéria orgânica (CAMARGO; ALLEONI, 2006). Outro conceito importante é o de ponto de carga zero (PCZ), que corres- ponde ao pH do solo no qual a quantidade de cargas negativas (capacidade de troca catiônica, CTC) e positivas (capacidade de troca aniônica, CTA) é equivalente. O PCZ é o valor de pH em que a adsorção de íons determinantes Troca iônica2 de potencial é igual (PÉREZ; CAMPOS; TEIXEIRA, 2017). Baldotto e Velloso (2014) comentam que o PCZ indica o pH em que o balanço de cargas coloides no solo é nulo. Assim, quando o pH apresenta valores maiores do que os do PCZ, o solo tem cargas negativas, ou seja, capacidade de troca catiônica. Quando ocorre o inverso (pH menor do que PCZ), o solo apresenta cargas positivas e capacidade de troca aniônica. Além disso, Pérez, Campos e Teixeira (2017) afirmam que a magnitude do PCZ reflete a natureza dos coloides. Afinal, ela é função das reações de superfície que ocorrem nos coloides de carga variável. Para Tiecher (2015), o PCZ é de extrema importância em solos altamente intemperizados ricos em argilominerais 1:1 e óxidos, pois indica a predominância de carga do solo para determinado pH. Para a compreensão dessas relações, veja, a seguir, os conceitos de CTC e CTA. Capacidade de troca catiônica A capacidade de troca catiônica é o total de cátions adsorvidos expressos em centimols (cmolc) ou milimols (mmolc/dm3). A CTC potencial ou máxima é dependente de pH mais alto e CTC efetiva, que é a CTC ao pH natural do solo. A medição da CTC potencial do solo é usual (SCHROEDER, 2017). Nunes (2005) comenta que a troca de cátions é importante para a manu- tenção da vida na Terra. Por meio desse processo, os elementos oriundos do intemperismo químico e da adição de adubação são retidos temporariamente no solo, sendo incorporados na cadeia trófica ou lixiviados. Segundo Raij (2010), a CTC depende da composição mineralógica do solo, bem como da sua química e da presença de matéria orgânica. Tiecher (2015) comenta que a matéria orgânica, em solos ácidos intemperizados como os existentes no Brasil, é a principal fonte de carga elétrica negativa, representando uma grande porção da CTC. Na Figura 1, você pode ver a diferença entre a CTC permanente e a CTC dependente de pH. 3Troca iônica Figura 1. Representação da CTC de um solo de região tropical. Fonte: Sousa Neto ([2000?], documento on-line). Capacidade de troca aniônica A capacidade de troca de ânions é defi nida como a soma do total de ânions que um solo pode adsorver (INSTITUTO DA POTASSA & FOSFATO, 1998). Schroeder (2017) comenta que locais de cargas negativas são mais numerosos. Assim, a CTA é menor em comparação com a CTC. Além disso, as reações de troca envolvendo ânions são de menor importância do que as que envolvem cátions. O mesmo autor afi rma ainda que a CTA também depende do pH, mas em sentido contrário. Ou seja, valores menores de pH apresentam maior valor de CTA, tendo como principais ânions trocáveis PO4, SO4, NO3, Cl, malato e citrato (orgânicos) e MnO4 2– e B(OH)4 (micronutrientes). Gatiboni ([2000?]) apresenta um desenho esquemático sobre a relação entre pH, PCZ, CTC e CTA (Figura 2). Troca iônica4 Figura 2. Ponto de carga zero e seu efeito na floculação e na dispersão do solo. Fonte: Gatiboni ([2000?], documento on-line). Raij (1981) comenta que a troca de íons ocorre devido ao excesso de cargas existentes nas partículas sólidas, sendo que predomina, na maioria dos solos, a troca de cátions. O autor ainda afirma que a maioria dos solos apresenta um excesso de carga negativa na superfície das partículas. Os cátions e os ânions se deslocam de forma livre na solução do solo, estando sujeitos às trocas catiônicas. Brady e Weil (2014) afirmam que, exceto em certos horizontes subsuper- ficiais intemperizados, a troca de cátions é muito maior do que a de ânions. Além disso, essas reações de troca são reversíveis e equilibradas por carga. Os autores afirmam ainda que a reação é influenciada por: ação de massas, carga relativa, tamanho dos íons hidratados, natureza do coloide e outros íons adsorvidos no coloide. Os cátions em solução estão em equilíbrio com os cátions trocáveis. Du- rante a absorção de um deles, pode ocorrer a reposição. Assim, os cátions são retidos pelo solo segundo a série liotrópica (RAIJ, 1981). Maciel, Alves e Silva (2015) afirmam que os cátions trocáveis possuem energia de retenção aos coloides do solo, seguindo uma série liotrópica, que considera carga e tamanho de íon hidratado. Na Figura 3, você pode ver um esquema que sintetiza a série liotrópica. 5Troca iônica Figura 3. Série liotrópica. Fonte: Adaptada de Raij (1981) e Brady e Weil (2014). A série liotrópica é uma sequência lógica de retenção de cátions no solo. Assim,o solo tende a apresentar maior teor de cálcio do que de magnésio (DEMATTÊ, 2011). Na série liotrópica, um cátion pode ser deslocado por qualquer outro que esteja situado mais à sua esquerda, com maior densidade de carga e, portanto, maior força de retenção (DOMÈNECH; PERAL, 2006). A série liotrópica se baseia na valência do cátion. Nesse sentido, os cátions trivalentes são mais fortemente atraídos do que os divalentes; e estes, do que os monovalentes. Em síntese, solos expostos a soluções com concentrações iguais de cátions mono, di e trivalentes devem adsorver em especial cátions trivalentes (NUNES, 2005). Para cada categoria de solo, há uma série preferencial. Contudo, de forma geral, a energia de ligação aumenta com valência, raio iônico, menor grau de hidratação do cátion e concentração do cátion no solo (CAMARGOS, 2005). Brady e Weil (2014) comentam que, por meio da troca iônica, elementos como cálcio (Ca+2) e potássio (K+) são liberados e passam do estado de adsorção eletrostática sobre superfícies coloidais para a solução do solo. Dessa forma, o K+ é absorvido pelas plantas. Raio iônico hidratado Inicialmente, você deve diferenciar raio atômico de raio iônico. Atkins e Jones (2006) defi nem o raio atômico de um elemento como a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. Já o raio iônico refere-se à distância entre o centro do núcleo de um átomo e o elétron mais afastado do núcleo, fazendo referência a um íon (LAUS, 2011). O raio iônico de um elemento é a sua parte da distância entre íons vizinhos em um sólido iônico, ou seja, a Troca iônica6 distância entre centros de um cátion e um ânion vizinhos é a soma dos dois raios iônicos (ATKINS; JONES, 2006). Na Figura 4, você pode ver as tendências de periodicidade dos raios iônicos. Segundo Laus (2011), o raio iônico é, assim como o raio atômico, a distância entre o centro do núcleo de um átomo e o elétron mais afastado do núcleo. Porém, não faz referência a um átomo, mas ao seu íon. Na prática, considera-se o raio do íon óxido como 140 pm e calcula-se o raio dos outros íons com base nesse valor. De acordo com Laus (2011), o raio iônico hidratado é formado quando o íon atrai moléculas de água em torno de si. Além disso, quanto menor for o íon, maior será o seu raio iônico hidratado. A mobilidade de solutos no solo é dependente da interação iônica com a matriz. Ânions como o cloreto são muito móveis, sendo passíveis de rápida lixiviação no solo. Cátions de menor raio iônico hidratado aproximam-se mais da superfície da argila e, por consequência, têm a atração eletrostática aumentada. Isso lhes dá maior poder de adsorção na fase sólida e maior poder de deslocamento de outros cátions adsorvidos no complexo de troca. Assim, de acordo com a valência e o raio hidratado, tem-se uma ordem de permuta- bilidade, também chamada de série liotrópica. Nunes (2005) afirma que o número de hidratação varia dependendo do método de determinação. Ainda, segundo esse autor, o raio efetivo de um íon hidratado pode diferir por um fator de dois, três ou mais. Desse modo, conforme Nunes (2005, documento on-line): A energia livre de hidratação de uma espécie iônica i é proporcional ao qua- drado de sua valência (zi) e inversamente proporcional ao dobro de seu raio (ri). Então, a energia de hidratação de cátions divalentes, e especialmente dos trivalentes, é muito maior que dos monovalentes. Para cátions de mesma valência, aqueles que possuem menor raio são mais hidratados e por isso possuem um maior raio hidratado. Quando cátions são eletrostaticamente adsorvidos por solos eletronegativos espera-se que a afinidade dos coloides por cátions de diferentes valências siga a ordem genérica M+< M2+ < M3+. Você ainda deve saber que a energia de hidratação é a energia liberada quando existe a interação de um íon com as moléculas de um solvente. Quanto maior for a interação, mais negativa será a energia de hidratação. Desse modo, íons menores geralmente possuem mais energia negativa de hidratação. Assim, solos que são expostos a soluções que contêm iguais concentrações de cátions monovalentes, divalentes e trivalentes absorvem, principalmente, cátions trivalentes. Já com relação aos cátions de mesma valência, a força de adsorção será determinada pelo raio hidratado dos íons, conforme o Quadro 1 (NUNES, 2005). 7Troca iônica Fonte: Adaptado de Nunes (2005). Cátion Raio (nm) Raio hidratado (nm) Polarizabi- lidade (cm3) Energia de hidratação (kJ mol–1) Troca relativa (%) Li+ 0,076 0,382 0,03 503 32 Na+ 0,102 0,358 0,17 419 33 K+ 0,138 0,331 0,80 356 51 Rb+ 0,152 0,329 1,42 335 63 Cs+ 0,167 0,329 2,35 314 69 Mg2+ 0,072 0,428 0,10 1.802 69 Ca2+ 0,100 0,412 0,54 1.571 71 Sr2+ 0,118 0,412 0,87 1.425 74 Ba2+ 0,135 0,404 1,68 1.341 73 Al3+ 0,054 0,475 4.649 85 La3+ 0,103 0,452 3.268 86 Quadro 1. Raio, raio hidratado, polarizabilidade e energia de hidratação de cátions em relação à habilidade relativa de troca em NH4-esmectita De acordo com a teoria de Eisenman, aplicada em sistemas de coloides de solos mencionados por Ji e Li (1997 apud NUNES, 2005), a seletividade dos adsorventes aos cátions é definida pelo campo de força efetivo dos sítios de adsorção, bem como da energia de hidratação dos cátions. Assim, a energia de hidratação desempenha um papel predominante. Por sua vez, o ordenamento dos íons em função da sua força de adsorção entre íons de mesma valência é consistente com a série liotrópica (NUNES, 2005). Segundo o mesmo autor, se o campo de força próximo do sítio de adsorção for tão elevado a ponto de conter a energia de hidratação, esse íon poderá ser parcial ou totalmente desidratado. Assim, o fator determinante na afinidade entre íons e superfícies adsorventes passa a ser o raio iônico em vez do raio hidratado. A mobilidade de solutos no solo depende da interação dos íons com a matriz (MATOS; COSTA, 1996). Adriano e Doner (1982 apud MATOS; COSTA, 1996) afirmam que ânions como o cloreto são muito móveis, sendo passíveis de rápida lixiviação do solo. Matos e Costa (1996, p. 172) ainda tratam da atração eletrostática: Troca iônica8 Cátions de menor raio iônico hidratado aproximam-se mais da superfície da argila e, por consequência, têm a atração eletrostática aumentada, o que lhes dá um maior poder de adsorção na fase sólida e maior poder de deslocamento de outros cátions adsorvidos no complexo de troca. Do ponto de vista da química dos solos, a adsorção de cátions é deter- minante para a sua biodisponibilidade para as plantas, bem como para a sua mobilidade no solo. Força de ligação íon-coloide Dependendo da distância a que o íon encontra-se do coloide, este receberá uma denominação diferente. Íons livres são aqueles que se encontram distantes dos coloides de forma que não existe atração. Já íons trocáveis são aqueles atraídos por diferentes energias de ligação. A interação entre os íons e os coloides ocorre devido às forças eletromagnéticas. Nas dispersões de soluções no solo (adsorção física), é possível destacar as interações por força de Van der Waals (Keesom, Debye e London) e a interação hidrofóbica. A força de Vander Waals é definida como a atração que ocorre por meio de interações eletrostáticas muito fracas em superfícies neutras ou moléculas não polares. As ligações feitas por forças de Van der Waals ocorrem devido às interações permanentes ou dipoloinduzidas, ou ainda devido às interações causadas pela dinâmica de polarização de moléculas neutras, como você pode ver na Figura 4 (TIECHER, 2015). Figura 4. Efeito da correlação eletrônica que resulta nas forças in- termoleculares de Van der Waals, ligando duas moléculas neutras formadas por ligações atômicas covalentes. Fonte: Tiecher (2015, p. 48). 9Troca iônica Para que ocorra a ligação química por forças de Van der Waals, visto que as moléculas possuem elétrons que se movem em uma nuvem eletrônica, o movimento desses elétrons em uma molécula neutra deve ser correlacionadoou emparelhado com o movimento de prótons em outra molécula neutra a cada instante. Esse tipo de ligação é fraca e adirecional, com a resistência da ligação dependente da área de contato aproximada. Ou seja, quanto maior for a área onde duas moléculas neutras interagem, maior será a força de atração (TIECHER, 2015). Em contraponto às forças de Van der Waals, há as ligações de hidrogênio. Elas são uma força intermolecular mais forte que ocorre entre dipolos perma- nentes das moléculas, em que o polo positivo é sempre o hidrogênio e o polo negativo pode ser o flúor, o oxigênio ou o nitrogênio. Segundo Tiecher (2015), a ponte de hidrogênio é uma atração eletrostática. As pontes de hidrogênio podem se apresentar das seguintes formas: a) os elétrons são compartilhados entre dois átomos; b) existe uma força de atração entre um átomo (com carga elétrica negativa) de uma molécula e um átomo de hidrogênio ligado de maneira covalente a outro átomo negativo de outra molécula; c) um átomo capta os elétrons de outro átomo. As pontes de hidrogênio são de extrema importância para os minerais do solo. Elas são responsáveis pelas propriedades da água. De acordo com Tiecher (2015, p. 46): A caulinita, por exemplo, é um argilomineral composto por uma lâmina oc- taedral e outra tetraedral contendo Al e Si, respectivamente. O hidróxido de Al e a lâmina silicatada na caulinita são unidas principalmente por ligações iônicas com um forte caráter covalente para formar uma unidade coesa. A ligação Al–O é 37% covalente enquanto que a ligação Si–O é 49% covalente. Essas unidades são ligadas às unidades adjacentes por pontes de H entre o O ligado ao Si e os prótons ligados no hidróxido de Al. Embora a força de ligação das pontes de H seja fraca, essa força é suficiente para conferir estabilidade à estrutura da caulinita. Troca iônica10 Essas ligações químicas estão apresentadas na Figura 5, a seguir. Figura 5. Ligações químicas estruturais. Fonte: Tiecher (2015, p. 47). Segundo Gatiboni ([2000?]), existem diversos fatores que afetam a energia de ligação entre coloides e íons. Você pode conhecê-los a seguir. Valência do íon: quanto maior for a valência, maior será a energia de ligação ao coloide. Grupo periódico do íon: elementos de transição formam compostos de maior energia de ligação do que o grupo dos metais alcalinos e alcalinos terrosos. Tamanho do íon: quanto menor for o íon, mais fortemente ele será adsorvido. Hidratação do íon: quanto mais hidratado for um íon, menor a força com que será adsorvido. Concentração de íon na solução: quanto maior for a concentração de um íon na solução, maior será a sua adsorção. Seletividade do coloide: alguns coloides possuem preferência para a adsorção de certos cátions. 11Troca iônica ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BALDOTTO, M. A.; VELLOSO, A. C. X. Eletroquímica de solos e de sua matéria orgânica aplicados ao manejo e conservação de ambientes tropicais. Revista Ceres, Viçosa, v. 61, n. 6, p. 1012-1021, 2014. BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. CAMARGO, O. A.; ALLEONI, L. R. F. Alguns métodos e terminologias em eletroquímica de solos. 2006. Disponível em: <http://www.infobibos.com/artigos/solos/eletroquimica/ eletroquimica.htm>. Acesso em: 21 nov. 2018. CAMARGOS, S. L. Conceitos sobre fertilidade e produtividade. 2005. 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