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ssuuppooss aammeenn e e oo ee vvaa. . o emo emppo o eem m qquue e rree ee a a e e aa aass aa--ssee. . e e qquuaa qquueer orr ormma a ee teoria ou de teorização.teoria ou de teorização. O que não podemos prescindir, é de que, fenomenológico existencialO que não podemos prescindir, é de que, fenomenológico existencial empirista, ainda que conviva com o interesse da teoria e da teorização, fora de seusempirista, ainda que conviva com o interesse da teoria e da teorização, fora de seus momentos específicos, o momento da vivência fenomenológico existencial não émomentos específicos, o momento da vivência fenomenológico existencial não é teorizante. Sua característica é a de privilegiar no momento de sua vivência o modoteorizante. Sua característica é a de privilegiar no momento de sua vivência o modo de sermos da “consciência” não teorizante, não reflexiva, não conceitual, pré-de sermos da “consciência” não teorizante, não reflexiva, não conceitual, pré- conceitual, pré-reflexiva, pré-teorizante.conceitual, pré-reflexiva, pré-teorizante. O modoO modo teoréticoteorético de sermos caracteriza-se pela representação, ou seja a de sermos caracteriza-se pela representação, ou seja a re-re- apresentaçãoapresentação, de algo que se, de algo que se apresentaapresenta enquanto vivência fenomenal. E que, na enquanto vivência fenomenal. E que, na representaçãrepresentação, demanda, própria e o, demanda, própria e especificamente, o afastamento deste modo de especificamente, o afastamento deste modo de serser da vivência fenomenal. No seu sentido mais essencialda vivência fenomenal. No seu sentido mais essencial teoriateoria significasignifica visão de umvisão de um espetáculoespetáculo [6] [6] .. Desta forma, a teoria e a teorização constituem-se, especificamente, comoDesta forma, a teoria e a teorização constituem-se, especificamente, como afastamento do modo de ser da vivência, e articula relações explicativas de naturezaafastamento do modo de ser da vivência, e articula relações explicativas de natureza objetiva.objetiva. Alguns elementos, assim, caracterizam o modo teorético de sermos. DentreAlguns elementos, assim, caracterizam o modo teorético de sermos. Dentre eles:eles: 1.1. O fato de que, especificamente, o modo teorizante de sermos se configuraO fato de que, especificamente, o modo teorizante de sermos se configura como um afastamento para com o modo de sercomo um afastamento para com o modo de ser encarnadoencarnado do vivido do vivido fenomenológico existencial, dialógico e poiético.fenomenológico existencial, dialógico e poiético. O modo teorético de sermos é um modo de ser abstrativo, contemplativo. NoO modo teorético de sermos é um modo de ser abstrativo, contemplativo. No qual o vivido, o corpo e os sentidos, ou seja, o especificamente fenomenológico equal o vivido, o corpo e os sentidos, ou seja, o especificamente fenomenológico e existencial – e, vale dizer, o especificamente poiético --, estão especificamenteexistencial – e, vale dizer, o especificamente poiético --, estão especificamente abstraídos, em privilégio doabstraídos, em privilégio do abstratoabstrato do conceito, e do teórico. do conceito, e do teórico. Desnecessário mencionar que o modo de ser fenomenológico existencial éDesnecessário mencionar que o modo de ser fenomenológico existencial é especificamenteespecificamente encarnadoencarnado, pontual e momentaneamente vivido, na vivência, pontual e momentaneamente vivido, na vivência imediata de corpo e sentidos. Intuitivo, no sentido fenomenológico existencial,imediata de corpo e sentidos. Intuitivo, no sentido fenomenológico existencial, não comporta, na pontualidade de sua vivência, própria a abstração, a mediaçãonão comporta, na pontualidade de sua vivência, própria a abstração, a mediação conceitual.conceitual. 2.2. Uma distinção essencial e definidora é a de que o modo teorético de sermosUma distinção essencial e definidora é a de que o modo teorético de sermos funda-se nafunda-se na explicaçãoexplicação.. O vivido fenomenológico existencial configura-se como, e especificamenteO vivido fenomenológico existencial configura-se como, e especificamente é,é, compreensãocompreensão.. O vivido fenomenológico existencial constitui-se, em especial, como vivênciaO vivido fenomenológico existencial constitui-se, em especial, como vivência compreensiva, e desdobramento de possibilidade. Desdobramento este que secompreensiva, e desdobramento de possibilidade. Desdobramento este que se constitui como aconstitui como a interpretaçãointerpretação,, interpretaçãointerpretação num sentido especificamentenum sentido especificamente fenomenológico existencial. O que o constitui como fenomenológico existencial. O que o constitui como um modoum modo poiético poiético de sermos.de sermos. 3.3. O modo teorético de sermos vigora como articulação deO modo teorético de sermos vigora como articulação de relações explicativasrelações explicativas de causa e efeitode causa e efeito. Enquanto que o modo de ser fenomenológico existencial, além de. Enquanto que o modo de ser fenomenológico existencial, além de dar-se, primária e originariamente, como vivênciadar-se, primária e originariamente, como vivência compreensivacompreensiva, dá-se como, dá-se como vivência pré-compreensiva de possibilidade, como desdobramento, compreensãovivência pré-compreensiva de possibilidade, como desdobramento, compreensão e consumação de possibilidade. Processo do qual se exclui não só o modo de sere consumação de possibilidade. Processo do qual se exclui não só o modo de ser da explicação, como a articulação explicativa de da explicação, como a articulação explicativa de causas e efeitos.causas e efeitos. https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial A partir desta constatação de que o modelo fenomenológico existencialA partir desta constatação de que o modelo fenomenológico existencial rogeriano não é da ordem da prática, da mesma forma que não é da ordem dorogeriano não é da ordem da prática, da mesma forma que não é da ordem do teorético, é interessante observar e compreender algumas características queteorético, é interessante observar e compreender algumas características que constituem o paradigma da prática, o prático. Compreender as característicasconstituem o paradigma da prática, o prático. Compreender as características fundamentais do paradigma teorético. E as características, e diferenciais, com relaçãofundamentais do paradigma teorético. E as características, e diferenciais, com relação a estes dois, a estes dois, do paradigma fenomenológico existencial, dialógico e poiético.do paradigma fenomenológico existencial, dialógico e poiético. Algumas características sobressaem no paradigma prático:Algumas características sobressaem no paradigma prático: 1.1. O valor prioritário do útil e da utilidade;O valor prioritário do útil e da utilidade; 2.2. O valor da utilidade, O valor da utilidade, segundo o princípio de sobrevivência;segundo o princípio de sobrevivência; 3.3. OO prático, prático, a prática, tem com referência o valor da utilidade em termosa prática, tem com referência o valor da utilidade em termos de adaptação e do de adaptação e do princípio de sobrevivência;princípio de sobrevivência; 4.4. A prática caracteriza-se pela ação voluntária deliberada.A prática caracteriza-se pela ação voluntária deliberada. 5.5. A prática se dá no âmbito do modo de sermos da relação sujeito-A prática se dá no âmbito do modo de sermos da relação sujeito- objeto.objeto. 6.6. A prática se dá no âmbito do modo de sermos das relações de causa eA prática se dá no âmbito do modo de sermos das relações de causa e efeito.efeito. AA prática prática exige o exige o caráter voluntáriocaráter voluntário ee deliberadodeliberado da “ação”. E o critério de suada “ação”. E o critério de sua avaliação é o da utilidade. Em particular, da utilidade para a adaptação e para aavaliação é o da utilidade.Em particular, da utilidade para a adaptação e para a sobrevivência. Uma característica fundamental do paradigma fenomenológicosobrevivência. Uma característica fundamental do paradigma fenomenológico existencial rogeriano é a da entrega à espontaneidade, a entrega àexistencial rogeriano é a da entrega à espontaneidade, a entrega à ação espontâneaação espontânea dodo vivido; ou seja, a entrega à espontaneidade generativa (poiética) do vivido, com suavivido; ou seja, a entrega à espontaneidade generativa (poiética) do vivido, com sua característica espontaneidade desproposital de vivência do desdobramento da forçacaracterística espontaneidade desproposital de vivência do desdobramento da força do possível, e da performação de sua atualização. De modo que no mododo possível, e da performação de sua atualização. De modo que no modo privilegiado por sua vivência, o que vigora é o modo de ser da ação espontânea, eprivilegiado por sua vivência, o que vigora é o modo de ser da ação espontânea, e não o modo de ser da ação voluntária e intencional.não o modo de ser da ação voluntária e intencional. Na vivência existencial, não vigoram a utilidade e a utilização, característicasNa vivência existencial, não vigoram a utilidade e a utilização, características da esfera da prática. E a prioridade de sua força consuma-se nada esfera da prática. E a prioridade de sua força consuma-se na superaçãosuperação, e não,, e não, simplesmente, no primado da sobrevivência, da manutenção e da simplesmente, no primado da sobrevivência, da manutenção e da adaptação.adaptação. As características do vivencial fenomenológico existencial, privilegiado peloAs características do vivencial fenomenológico existencial, privilegiado pelo paradigma rogeriano, não se enquadram portanto no âmbito doparadigma rogeriano, não se enquadram portanto no âmbito do prático, prático, eedada prática. prática. Mas, especificamente, no âmbito do Mas, especificamente, no âmbito do poiético. poiético. OO prático prático [7] [7] tem sempre o sentido detem sempre o sentido de uma atividade voluntária que modifica ouma atividade voluntária que modifica o ambienteambiente, tendo como critério o primado da utilidade, em particular a utilidade para a, tendo como critério o primado da utilidade, em particular a utilidade para a sobrevivênciasobrevivência.. Na esfera do modoNa esfera do modo prático prático de ser vigoram os de ser vigoram os úteisúteis e as e as utilidades;utilidades; e e aa efetividade da causalidade e dos meios e dos fins.efetividade da causalidade e dos meios e dos fins. D. O fenomenológico existencial poiético.D. O fenomenológico existencial poiético. Sumariando características do nosso modo fenomenológico existencialSumariando características do nosso modo fenomenológico existencial poiético e dialógico de sermos, cabe dizer, em primeiro lugar, que époiético e dialógico de sermos, cabe dizer, em primeiro lugar, que é esteeste o nosso o nosso modo onto-lógico de sermos, para uma perspectiva fenomenológico existencial.modo onto-lógico de sermos, para uma perspectiva fenomenológico existencial. https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial , , .. e vivência. Presença que se desde vivência. Presença que se desdobra, diria Buberobra, diria Buber.. Imediato, não comporta a mediação dos meios e dos fins. Seja dos meios e dosImediato, não comporta a mediação dos meios e dos fins. Seja dos meios e dos fins teóricos, seja a dos meios e dos fins práticos. Ao mesmo tempo, que nada tem dofins teóricos, seja a dos meios e dos fins práticos. Ao mesmo tempo, que nada tem do automatismo comportamental.automatismo comportamental. O modo fenomenológico existencial, enquanto modo de incontornávelO modo fenomenológico existencial, enquanto modo de incontornável atualização de possibilidade, é especificamente o modo de dar-se da ação. Mas ematualização de possibilidade, é especificamente o modo de dar-se da ação. Mas em seu âmbito, a ação como atualização de força de possibilidade, em sua incerteza,seu âmbito, a ação como atualização de força de possibilidade, em sua incerteza, tentatividade, e riscos próprios (experimentação), não é, especificamente, a açãotentatividade, e riscos próprios (experimentação), não é, especificamente, a ação voluntária, deliberada e intencional, característica da prática. A ação, no âmbito davoluntária, deliberada e intencional, característica da prática. A ação, no âmbito da vivência fenomenológico existencial, é, especifica e propriamente, avivência fenomenológico existencial, é, especifica e propriamente, a açãoação espontâneaespontânea ee experimentalexperimental (no sentido fenomenológico existencial). Ou seja a ação(no sentido fenomenológico existencial). Ou seja a ação propriamente desproposital, tendencialmente desmotivada, ainda que intensamentepropriamente desproposital, tendencialmente desmotivada, ainda que intensamenteestésica e estética, .atualizante de possibilidades, criativa.estésica e estética, .atualizante de possibilidades, criativa. A ação assim vivida é A ação assim vivida é eminentementeeminentemente inconvenienteinconveniente. Ou seja, no sentido de que. Ou seja, no sentido de que não tem “convênio”, não tem contrato, com o real, com a realidade e com acontecido.não tem “convênio”, não tem contrato, com o real, com a realidade e com acontecido. Ela não serve à adaptação, à conservação, à sobrevivência, uma vez que, emEla não serve à adaptação, à conservação, à sobrevivência, uma vez que, em suasua inconveniênciainconveniência, ela é , ela é a própria força da superação e a própria força da superação e de reordenamento.de reordenamento. Assim, enquanto a prática, por exemplo, está fortemente fundada na utilidade,Assim, enquanto a prática, por exemplo, está fortemente fundada na utilidade, pautada pelo valor desta para a adaptação e sobrevivência, o fenomenológicopautada pelo valor desta para a adaptação e sobrevivência, o fenomenológico existencial poiético atualiza sempre a superação daquilo que a prática buscaexistencial poiético atualiza sempre a superação daquilo que a prática busca conservar.conservar. E. Conclusão.E. Conclusão. Caracteristicamente, pois, o paradigma rogeriano não se define na esferaCaracteristicamente, pois, o paradigma rogeriano não se define na esfera teórica, nem na esfera da prática. Ou seja, em sua essência não se trata doteórica, nem na esfera da prática. Ou seja, em sua essência não se trata do investimento em uma atividade de teorização, por parte do cliente ou do terapeuta,investimento em uma atividade de teorização, por parte do cliente ou do terapeuta, do facilitador; de um empreendimento em que o teórico e a teorização sejamdo facilitador; de um empreendimento em que o teórico e a teorização sejam relevantes. Da mesma forma, não se trata de uma atividade prática. Ou seja, naquilorelevantes. Da mesma forma, não se trata de uma atividade prática. Ou seja, naquilo que lhe é mais essencial, o paradigma rogeriano em sua vivência não guarda oque lhe é mais essencial, o paradigma rogeriano em sua vivência não guarda o caráter de valorização do modo de sermos que permite útil e da utilidade, ou ocaráter de valorização do modo de sermos que permite útil e da utilidade, ou o caráter de ação voluntária que caracterizam a prática. Muito menos está orientadocaráter de ação voluntária que caracterizam a prática. Muito menos está orientado pelos princípios da adaptação, e da pelos princípios da adaptação, e da sobrevivêncisobrevivência.a. O modo de vivência fenomenal que lhe é próprio, não se dá no eixo da relaçãoO modo de vivência fenomenal que lhe é próprio, não se dá no eixo da relação de causa e de causa e efeito, nem no âmbito da efeito, nem no âmbito da realidade da dicotomia sujeito-objeto.realidade da dicotomia sujeito-objeto. O que lhe interessa é a espontaneidade generativa do modo de sermos daO que lhe interessa é a espontaneidade generativa do modode sermos da vivência do possível, e de sua vivência do possível, e de sua possibilitação, como superação. Que não é da esfera possibilitação, como superação. Que não é da esfera dodo modo de sermos que modo de sermos que é caracteristicamente da ordem da prática.é caracteristicamente da ordem da prática. A vivência fenomenológico existencial não é da ordem das relações sujeito-A vivência fenomenológico existencial não é da ordem das relações sujeito- objeto, ou da ordem das relações de causa e efeito; não é da ordem do útil e daobjeto, ou da ordem das relações de causa e efeito; não é da ordem do útil e da utilidade, e, ainda que de âmbito eminentemente ativo, a ação em seu âmbito é dautilidade, e, ainda que de âmbito eminentemente ativo, a ação em seu âmbito é da ordem da ação ordem da ação espontânea, caracteristicamente desproposital.espontânea, caracteristicamente desproposital. Em sua atividade, o paradigma rogeriano centra-se, assim, nãoEm sua atividade, o paradigma rogeriano centra-se, assim, não nana contemplaçãocontemplação do espetáculo do possível acontecido, objetificado na abstração dado espetáculo do possível acontecido, objetificado na abstração da vivência física de sua atualização. Nem num vivência física de sua atualização. Nem num esforço e desempenho práticos.esforço e desempenho práticos. Centra-se, sim, na Centra-se, sim, na própria vivência não dicotômica (dicotomia sujeito-objeto) eprópria vivência não dicotômica (dicotomia sujeito-objeto) e integrada; vivência que não se situa no âmbito da causalidade das causas e dosintegrada; vivência que não se situa no âmbito da causalidade das causas e dos efeitos, dos fins e dos meios (Buber); vivência que se centra na performação, doefeitos, dos fins e dos meios (Buber); vivência que se centra na performação, do do próprio engendramento, do sujeito, e do mundo. Engendramentosdo próprio engendramento, do sujeito, e do mundo. Engendramentos poiéticos poiéticos, como, como vividas atualizações despropositativas de possibilidades. Diferente-mente da prática,vividas atualizações despropositativas de possibilidades. Diferente-mente da prática, ou mesmo de qualquer pragmática da “ação” voluntária, e do princípio deou mesmo de qualquer pragmática da “ação” voluntária, e do princípio de sobrevivência como prioridade criterial.sobrevivência como prioridade criterial. O âmbito do vivencial é, especificamente, o âmbito propriamente daO âmbito do vivencial é, especificamente, o âmbito propriamente da açãoação.. Ação que engendra o possível, o novo, e cria. Diferentemente da teorização, daAção que engendra o possível, o novo, e cria. Diferentemente da teorização, da prática, ou do prática, ou do comportamental.comportamental. Com isto, mesmo que a teorização rogeriana discrepe, eventualmente, comCom isto, mesmo que a teorização rogeriana discrepe, eventualmente, com relação a um paradigma fenomenológico existencial -– em particular com relação arelação a um paradigma fenomenológico existencial -– em particular com relação a uma concepção biologizante da tendência atualizante, e em termos de umauma concepção biologizante da tendência atualizante, e em termos de uma concepção pobremente fenomenológconcepção pobremente fenomenológica de ica de ccompreensãoompreensão -–, a -–, a vivência experimental devivência experimental de Rogers evolui a passos largos, e firmes, no sentido de uma metodologia empírica eRogers evolui a passos largos, e firmes, no sentido de uma metodologia empírica e experimental de uma abordagem fenomenológico existencial de psicoterapia e deexperimental de uma abordagem fenomenológico existencial de psicoterapia e de psicologia.psicologia. E, diga-se de passagem, exceção feita a Fritz Perls, ninguém foiE, diga-se de passagem, exceção feita a Fritz Perls, ninguém foi fenomenológico existencial experimentalmente tão longe, quantitativa efenomenológico existencial experimentalmente tão longe, quantitativa e qualitativamente, quanto Rogers, neste sentido.qualitativamente, quanto Rogers, neste sentido. 5.5. A particularidade da psicologia e psicoterapia fenomenológicoA particularidade da psicologia e psicoterapia fenomenológico existencialexistencial Acredito que para entendermos e adequadamente avaliarmos o caráter e aAcredito que para entendermos e adequadamente avaliarmos o caráter e a contribuição fenomenológico existencial do paradigma de Carl Rogers, precisamoscontribuição fenomenológico existencial do paradigma de Carl Rogers, precisamos de um esboço, mesmo que tentativo, naturalmente, de características definidoras dede um esboço, mesmo que tentativo, naturalmente, de características definidoras de uma abordagem fenomenológico existencial de psicologia e uma abordagem fenomenológico existencial de psicologia e psicoterapia.psicoterapia. É interessante observar que, nem Husserl, nem Heidegger, nem aÉ interessante observar que, nem Husserl, nem Heidegger, nem a fenomenologia da Psicologia da Gestalt (ainda que esta tenha uma contribuiçãofenomenologia da Psicologia da Gestalt (ainda que esta tenha uma contribuição importante, através das idéias de Max Wertheimer, e de Kurt Goldstein), é emimportante, através das idéias de Max Wertheimer, e de Kurt Goldstein), é em FranzFranz BrentanoBrentano que vamos encontrar as raízes seminais da psicologia e psicoterapia que vamos encontrar as raízes seminais da psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial, tais como elas aparecem em Rogers (e em Perls). Ofenomenológico existencial, tais como elas aparecem em Rogers (e em Perls). O Brentano em cujas concepções e métodos, inclusive, vamos encontrar raízes seminaisBrentano em cujas concepções e métodos, inclusive, vamos encontrar raízes seminaisdas concepções das fenomenologias de Husserl, de Heidegger, da fenomenologia dadas concepções das fenomenologias de Husserl, de Heidegger, da fenomenologia da Psicologia da Gestalt, das idéias Psicologia da Gestalt, das idéias de Max Wertheimde Max Wertheimerer, e de , e de Kurt Goldstein.Kurt Goldstein. Em particular, e muito especialmente, no seuEm particular, e muito especialmente, no seu empirismo especificamenteempirismo especificamente fenomenológico fenomenológico, e no seu, e no seu método aporéticométodo aporético, na sua, na sua apor-éticaapor-ética, (derivados estes de, (derivados estes de Aristóteles).Aristóteles). Naturalmente, não podemos esquecer, igualmente, as importantes raízesNaturalmente, não podemos esquecer, igualmente, as importantes raízes dada PPFEPPFE (( psicologia psicologia e e psicoterapias psicoterapias fenomenológico fenomenológico existencialexistencial) na) na tradição hermenêuticatradição hermenêutica compreensivacompreensiva dada filosofia filosofia da da vidavida de Dilthey. E, daí, o seu prolongamentode Dilthey. E, daí, o seu prolongamento nana hermenêutica existencialhermenêutica existencial de Heidegger; que, ainda que não tenha sido uma de Heidegger; que, ainda que não tenha sido uma influência direta sobre Rogers ou Perls (indireta, sim, via Medard Boss e Ludwiginfluência direta sobre Rogers ou Perls (indireta, sim, via Medard Boss e Ludwig Binswanger), ajuda substancialmente a esclarecer o caráterBinswanger), ajuda substancialmente a esclarecer o caráter interpretativo -interpretativo - -- hermenêuticohermenêutico, no sentido, no sentido compreensivocompreensivo, fenomenológico existencial, e, fenomenológico existencial, e poiético poiético -- da-- da concepção e método da psicologia e concepção e método da psicologia e psicoterapia fenomenológpsicoterapia fenomenológico existencial.ico existencial. Não podemos esquecer, naturalmente, a influência de F. Nietzsche como umaNão podemos esquecer, naturalmente, a influência de F. Nietzsche como uma raiz seminal. A influência monumental de sua obra sobre o pensamento ocidental, e,raiz seminal. A influência monumental de sua obra sobre o pensamento ocidental, e, Nietzsche contribui, decisivamente, com o seu explícito e enfáticoNietzsche contribui, decisivamente,com o seu explícito e enfático apartamento doapartamento do pessimismo pessimismo que marca a filosofia de Schopenhauer (pessimismo queque marca a filosofia de Schopenhauer (pessimismo que marcará seminalmente a concepção da Psicanálise). E, através de sua compreensãomarcará seminalmente a concepção da Psicanálise). E, através de sua compreensão de que ade que a alegria trágicaalegria trágica é a força maior da existência. é a força maior da existência. Especialmente, Nietzsche contribuirá com a sua radical postura de afirmaçãoEspecialmente, Nietzsche contribuirá com a sua radical postura de afirmação da vida. Com a sua reafirmação doda vida. Com a sua reafirmação do sentido do trágicosentido do trágico ((a vida merece ser radicalmentea vida merece ser radicalmente afirmada, mesmo quando ela é finitude, e mesmo quando ela é sofrimento...afirmada, mesmo quando ela é finitude, e mesmo quando ela é sofrimento...), condição de), condição de potencialização dopotencialização do retorno da vidaretorno da vida, condição da alegria,, condição da alegria, sentido do trágicosentido do trágico recuperadorecuperado aos gregos pré-socráticos.aos gregos pré-socráticos. Igualmente, Nietzsche contribuirá com oIgualmente, Nietzsche contribuirá com o perspectivismo perspectivismo experimentalexperimental de sua de sua concepção do mundo, da verdade, da existência. Com a sua particular concepçãoconcepção do mundo, da verdade, da existência. Com a sua particular concepçãodede experimentaçãoexperimentação (radicalmente diferente da concepção científica de (radicalmente diferente da concepção científica de experimentaçãoexperimentação),), num sentido especificamente fenomenológico existencial, e que caracteriza anum sentido especificamente fenomenológico existencial, e que caracteriza a suasua Gaya ScienzaGaya Scienza, e que decisivamente marc, e que decisivamente marcará ará as concepções rogerianas concepções rogerianas (e de Perls).as (e de Perls). As idéias, concepções e posturas de Buber, elas próprias, tiveram uma enormeAs idéias, concepções e posturas de Buber, elas próprias, tiveram uma enorme influência no desenvolvimento da concepção e método dasinfluência no desenvolvimento da concepção e método das PPFE.PPFE. Tiveram umaTiveram uma grande influência sobre as concepções e método de Rogers, e de Perls. Em particulargrande influência sobre as concepções e método de Rogers, e de Perls. Em particular o esclarecimento de Buber acerca da dimensão ontológica do eu-tu, e de suao esclarecimento de Buber acerca da dimensão ontológica do eu-tu, e de sua relevância para a geração e regeneração da existência humana; na reversão dorelevância para a geração e regeneração da existência humana; na reversão do decurso das coisas, do decurso do mundo e da vida coisificados, da fatalidade, edecurso das coisas, do decurso do mundo e da vida coisificados, da fatalidade, e processo substrato da criatividade.processo substrato da criatividade. Podemos, assim, sumariar, tentativa e sucintamente (comentamos emPodemos, assim, sumariar, tentativa e sucintamente (comentamos em seguida), alguns traços distintivos, e fundamentais, das psicologias e psicoterapiasseguida), alguns traços distintivos, e fundamentais, das psicologias e psicoterapiasfenomenológico existenciais, extensi-vamente experimentados por Carl Rogers (e porfenomenológico existenciais, extensi-vamente experimentados por Carl Rogers (e por Perls), na vivência e elaboração de suas concepções e métodos.Perls), na vivência e elaboração de suas concepções e métodos. Comentamos a seguir alguns desses aspectos, em termos de:Comentamos a seguir alguns desses aspectos, em termos de: 1.1. Ontologia;Ontologia; 2.2. Epistemologia;Epistemologia; 3.3. Concepção da existência;Concepção da existência; 4.4. Concepção da abordagem;Concepção da abordagem; 5.5. MetodologiaMetodologia a. Ontologiaa. Ontologia Não pretendo aqui discorrer filosoficamente sobre Ontologias, ou serNão pretendo aqui discorrer filosoficamente sobre Ontologias, ou ser exaustivo acerca da questão ontológica dasexaustivo acerca da questão ontológica das PPFEPPFE (ainda que esta seja muito (ainda que esta seja muito importante). importante). Mesmo porMesmo porque isto estaria que isto estaria fora de minfora de minhas condições. O quhas condições. O que quero,e quero, antes, é apontar distinções fundamentais, e antes, é apontar distinções fundamentais, e direções.direções. O que sobressai, num primeiro momento, é, seguindo a Nietzsche e aO que sobressai, num primeiro momento, é, seguindo a Nietzsche e a Brentano, uma ruptura e diferenciação radicais com relação à perspectiva platônicaBrentano, uma ruptura e diferenciação radicais com relação à perspectiva platônica de cisão do mundo em um “mundo das essências” e um “mundo sensível”. Ode cisão do mundo em um “mundo das essências” e um “mundo sensível”. O ---- de Brentano, e àde Brentano, e à filosofia filosofia da da vidavida de Nietzsche --, não podemos nos enganar com ode Nietzsche --, não podemos nos enganar com o existência dos termos “fenômeno”, e “fenomenologia” na terminologia das filosofiasexistência dos termos “fenômeno”, e “fenomenologia” na terminologia das filosofias de Kant, de de Kant, de Hegel e de Hegel e de SchopenhauerSchopenhauer.. Parafraseando Deleuze, não existe compromisso possível entre, de um lado, aParafraseando Deleuze, não existe compromisso possível entre, de um lado, a Fenomenologia da tradição de Brentano e a filosofia da vida de Nietzsche, e, doFenomenologia da tradição de Brentano e a filosofia da vida de Nietzsche, e, do outro, as filosofias de outro, as filosofias de Kant, Hegel e Kant, Hegel e SchopenhauerSchopenhauer.. Pelo menos no que concerne à perspectiva ontológica básica do mundo comoPelo menos no que concerne à perspectiva ontológica básica do mundo como cindido em duas dimensões. Um “mundo fenomenal”, da ordem da consciência e docindido em duas dimensões. Um “mundo fenomenal”, da ordem da consciência e do sensível, e um “mundo essencial”. Este designado por Kant como “numeno”,sensível, e um “mundo essencial”. Este designado por Kant como “numeno”, “mundo em si”, “coisa em si”; designado por Hegel de “espírito universal”; ou de“mundo em si”, “coisa em si”; designado por Hegel de “espírito universal”; ou de “vontade” por Schopenhauer“vontade” por Schopenhauer. Em . Em contraposição sempre a uma contraposição sempre a uma dimensão fenomenal,dimensão fenomenal, consciente, e inacessível ao mundo essconsciente, e inacessível ao mundo essencial.encial. A Fenomenologia, tal como a designamos modernamente, e tal como ela seA Fenomenologia, tal como a designamos modernamente, e tal como ela se constitui como raiz das abordagens fenomenológico existenciais de psicologia econstitui como raiz das abordagens fenomenológico existenciais de psicologia e psicoterapia, é a Fenomenologia da tradição de Brentano. Que rompendo com apsicoterapia, é a Fenomenologia da tradição de Brentano. Que rompendo com a perspectiva desta cisão do mundo em duas dimensões, dá origem às fenomenologiasperspectiva desta cisão do mundo em duas dimensões, dá origem às fenomenologias de Husserl, de Heidegger, de Sartre, de M. Ponty, a fenomenologia da psicologia dade Husserl, de Heidegger, de Sartre, de M. Ponty, a fenomenologia da psicologia da Gestalt, e as Gestalt, e as psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais.psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais. Esta precisão é muito importante. Na medida em que as filosofias deEsta precisão é muito importante. Na medida em que as filosofias de Schopenhauer, de Kant e de Hegel têm uma influência básica na constituição de umSchopenhauer, de Kant e de Hegel têm uma influência básica na constituição de um outro paradigma de psicologia e de psicoterapia, o paradigma psicanalítico,outro paradigma de psicologia e de psicoterapia, o paradigma psicanalítico, radicalmente diverso, neste sentido, do radicalmente diverso, neste sentido, do paradigmafenomenológiparadigma fenomenológico existencial.co existencial. b. Epistemologiab. Epistemologia Ao nível de sua vivência, o paradigma fenomenológico existencial não é umAo nível de sua vivência, o paradigma fenomenológico existencial não é um paradigma epistemológico, ou seja, um paradigma que privilegie o conhecimento, noparadigma epistemológico, ou seja, um paradigma que privilegie o conhecimento, no sentido da epistemologia formal.sentido da epistemologia formal. Não que despreze o conhecimento epistemológico, mas a sua vivênciaNão que despreze o conhecimento epistemológico, mas a sua vivência característica é mais de natureza de umcaracterística é mais de natureza de um desconhecimentodesconhecimento, de uma embriagues; do que, de uma embriagues; do que da ordem do conhecimento formal, da ordem da lucidez. Como dizia uma colega deda ordem do conhecimento formal, da ordem da lucidez. Como dizia uma colega de Teresina, mais da ordem de uma tomada de inconsciência, do que da ordem daTeresina, mais da ordem de uma tomada de inconsciência, do que da ordem da tomada de consciência.tomada de consciência. No vivido fenomenológico existencial toleramos, e cúmplice e amigavelmenteNo vivido fenomenológico existencial toleramos, e cúmplice e amigavelmente acolhemos, o confusional organísmico, no qual a consciência lúcida se dissolve.acolhemos, o confusional organísmico, no qual a consciência lúcida se dissolve. Relativizamos o conhecimento e a consciência lúcidos. Em privilégio daRelativizamos o conhecimento e a consciência lúcidos. Em privilégio da originalidade da vivência fenomenal, pré-conceitual, dionisíaca, em suasoriginalidade da vivência fenomenal, pré-conceitual, dionisíaca, em suas intensidades corpoativas.intensidades corpoativas. Naturalmente que a predominância de cada um dos modos de ser éNaturalmente que a predominância de cada um dos modos de ser é tendencial. Hora predominando a consciência lúcida, ora a consciência embriagadatendencial. Hora predominando a consciência lúcida, ora a consciência embriagada da vivência corpoativa. Em proporções diversas de mistura a da vivência corpoativa. Em proporções diversas de mistura a cada momento.cada momento. O importante é que, tendencialmente, não predomina, na vivência, oO importante é que, tendencialmente, não predomina, na vivência, o conhecimento lúcido, o conhecimento abstrato, conceitual, teórico, teor-ético econhecimento lúcido, o conhecimento abstrato, conceitual, teórico, teor-ético eteorizante. De modo que a vivência não se interessa pelo conhecimento, mas maisteorizante. De modo que a vivência não se interessa pelo conhecimento, mas mais por este desconhecimento corpoativo, que, ainda que conhecimento, é índice de suapor este desconhecimento corpoativo, que, ainda que conhecimento, é índice de sua reversão em direção ao organísmico, ao desconhecer mental e mentalizante.reversão em direção ao organísmico, ao desconhecer mental e mentalizante. psicoterapia não é científica. As abordagens fenomenológico existenciais depsicoterapia não é científica. As abordagens fenomenológico existenciais de psicologia e de psicoterapia não são científicas, não são da ordem da ciência.psicologia e de psicoterapia não são científicas, não são da ordem da ciência. E, se não o são, não é por serem menos – nem mais. Mas apenas em função doE, se não o são, não é por serem menos – nem mais. Mas apenas em função do fato de que a existência, o existencial e sua resolução, não são da ordem do científicofato de que a existência, o existencial e sua resolução, não são da ordem do científico e do epistemológico.e do epistemológico. A A existência existência só só se se resolve resolve existencialmenteexistencialmente (M. Heidegger) (M. Heidegger).. E E aa psicologia e a psicoterapia laboram, em essência, ao nível do existencial. Que não épsicologia e a psicoterapia laboram, em essência, ao nível do existencial. Que não é acessível ao científico, nem ao tecnológico.acessível ao científico, nem ao tecnológico. Uma ciência humana de uma humanidade não científica? É um desafio paraUma ciência humana de uma humanidade não científica? É um desafio para quem se interessa.quem se interessa. Uma arte da ato-ação no âmbito do inter humano? É possível, e interessante.Uma arte da ato-ação no âmbito do inter humano? É possível, e interessante. Por isso uma abordagem fenomenológico existencial vincula-se mais à perspectivaPor isso uma abordagem fenomenológico existencial vincula-se mais à perspectiva da arte do que à epistemologia da vontade de saber da ciência.da arte do que à epistemologia da vontade de saber da ciência. Apesar de não teórica a vivência, a teoria sobre ela é sempre possível, eApesar de não teórica a vivência, a teoria sobre ela é sempre possível, e sempre decorrente. Em particularsempre decorrente. Em particular, como teoria , como teoria hermenêutica, e não exatamente comohermenêutica, e não exatamente como teoria científica, e teoria científica, e epistemológica.epistemológica. c. Expressionismoc. Expressionismo OO ExpressionismoExpressionismo foi profundamente influenciado pelafoi profundamente influenciado pela filosofia filosofia da da vidavida dedeNietzsche, e desenvolve-se no rico “caldo” de cultura que dá origem àNietzsche, e desenvolve-se no rico “caldo” de cultura que dá origem à Fenomenologia e ao Existencialismo, e àsFenomenologia e ao Existencialismo, e às PPFEPPFE.. OO HumanismoHumanismo, de filósofos do Século XIX, como Kierkegaard, Nietzsche,, de filósofos do Século XIX, como Kierkegaard, Nietzsche, Brentano, que, para além de Hegel, buscavam resgatar a perspectiva da experiênciaBrentano, que, para além de Hegel, buscavam resgatar a perspectiva da experiência humana como referência – resgatando as perspectivas de filosofias do Renascimento,humana como referência – resgatando as perspectivas de filosofias do Renascimento, e de filósofos gregos --, teve, e de filósofos gregos --, teve, igualmente uma influência fundamental.igualmente uma influência fundamental. Subjaz aoSubjaz ao ExpressionismoExpressionismo a consciência de que o humano não é da restrição à a consciência de que o humano não é da restrição à ordem do real. Como Heidegger viria a colocar, posteriormente, em suaordem do real. Como Heidegger viria a colocar, posteriormente, em sua fenomenologia existencial:fenomenologia existencial: a possibilidade é mais importante do que a realidade.a possibilidade é mais importante do que a realidade. Os expressionistas, nas difíceis condições que determinaram a emergência deOs expressionistas, nas difíceis condições que determinaram a emergência de seu estilo, intuíam isto, de um modo forte. E entendiam que não é no modo daseu estilo, intuíam isto, de um modo forte. E entendiam que não é no modo da apolínea consciência lúcida, não é o modo da consciência teórica, da consciênciaapolínea consciência lúcida, não é o modo da consciência teórica, da consciência reflexiva e conceitual, que nos permitimos a experiência fenomenal do vivido, areflexiva e conceitual, que nos permitimos a experiência fenomenal do vivido, a experiência da potência do possível, da possibilidade, e de seu desdobramentoexperiência da potência do possível, da possibilidade, e de seu desdobramento expressivo, ontologicamente definidor do humano.expressivo, ontologicamente definidor do humano. O potente, possível e o seu desdobramento e atualização, ato-ação, ação,O potente, possível e o seu desdobramento e atualização, ato-ação, ação, vivencia-se, apenas, experiencialmente, fenomenológico existencial-mente,vivencia-se, apenas, experiencialmente, fenomenológico existencial-mente, vivencialmente.vivencialmente. E a primeira condição para permitirmo-nos a sua vivência, e a vivênciaE a primeira condição para permitirmo-nos a sua vivência, e a vivência fenomenal de seus desdobramentos, é fenomenal de seus desdobramentos, é o destronamento da hegemonia da realidade.o destronamento da hegemonia da realidade. A realidade, comoobjetividade, o acontecido, a possibilidade realizada, e, porA realidade, como objetividade, o acontecido, a possibilidade realizada, e, porisso, despossibilitada, despossuída, coisificada.isso, despossibilitada, despossuída, coisificada. A potência do possível, da possibilidade, impregna a A potência do possível, da possibilidade, impregna a vivência fenomenológicovivência fenomenológico existencial.existencial. , , , , ,, dramático, de produção artística. No qual o artista concentrava-se na vivênciadramático, de produção artística. No qual o artista concentrava-se na vivência fenomenal intuitiva de sua inspiração, buscando concentrá-la. Como uma molafenomenal intuitiva de sua inspiração, buscando concentrá-la. Como uma mola contraída, prestes a soltar-se em distensão. Ou, como a musculatura contraída decontraída, prestes a soltar-se em distensão. Ou, como a musculatura contraída de uma pantera, prestes ao bote. Configurando-seuma pantera, prestes ao bote. Configurando-se performance performance expressiva -- na atividadeexpressiva -- na atividade da produção artística -- como ex-pressão corpoativa imediata desta concentração.da produção artística -- como ex-pressão corpoativa imediata desta concentração. Toda ela vivenciada fenomenológico existencialmente, ação, atualização deToda ela vivenciada fenomenológico existencialmente, ação, atualização de possibilidade. Insubmissa ao real e à realidade. Ao princípio de realidade, e aopossibilidade. Insubmissa ao real e à realidade. Ao princípio de realidade, e ao positivismo do real.positivismo do real. A postura expressionista permitiu a expressividade cultural e artística, emA postura expressionista permitiu a expressividade cultural e artística, em particular em, tempos de terríveis opressões, e exerceu uma poderosa influência nãoparticular em, tempos de terríveis opressões, e exerceu uma poderosa influência não só na arte, como na cultura de um modo geral.só na arte, como na cultura de um modo geral. Em especial, exerceu uma poderosa influência nas concepções e metodologiasEm especial, exerceu uma poderosa influência nas concepções e metodologias dasdas PPFEPPFE.. Fritz Perls sofreu uma influência direta, na medida em que vivenciou, desde aFritz Perls sofreu uma influência direta, na medida em que vivenciou, desde a adolescência, os experimentos de teatro expressionista de Max Reinhardt, naadolescência, os experimentos de teatro expressionista de Max Reinhardt, na Alemanha.Alemanha. A influência das concepções. metodologia e estilo doA influência das concepções. metodologia e estilo do ExpressionismoExpressionismo espalhou-espalhou- se por todo o meio artístico e cultural da Europa e dos EUA, nos vários campos dasse por todo o meio artístico e cultural da Europa e dos EUA, nos vários campos das artes. Aparecendo integrado nas concepções e metodologias dasartes. Aparecendo integrado nas concepções e metodologias das PPFEPPFE a partir dos a partir dos anos 50. Na medida que, em particular, a questão destas era a da expressividade, a daanos 50. Na medida que, em particular, a questão destas era a da expressividade, a da vivência do vivido fenomenal, como fonte ontológica do humano, como fontevivência do vivido fenomenal, como fonte ontológica do humano, como fonte ontológica de geração e de regeneração, de potencialização, de atualização deontológica de geração e de regeneração, de potencialização, de atualização de possibilidades, e de criatividade existencial.possibilidades, e de criatividade existencial. d. d. ExistencialiExistencialismosmo Tomamos o termoTomamos o termo ExistencialismoExistencialismo aqui no seu sentido mais genérico, queaqui no seu sentido mais genérico, que envolve a filosofia daenvolve a filosofia da existenzexistenz, oriunda nas filosofias de S. Kierkegaard, e de F., oriunda nas filosofias de S. Kierkegaard, e de F. Nietzsche, e que originam o existencialismo moderno, enquanto movimentoNietzsche, e que originam o existencialismo moderno, enquanto movimento filosófico, artístico e cultural; e a literaturafilosófico, artístico e cultural; e a literatura existencialistaexistencialista, que aparece em particular, que aparece em particular em obras como a de em obras como a de Albert Camus, e de Albert Camus, e de J-P Sartre.J-P Sartre. É interessante observar que, mesmo ao nível do existencialismo, precisamosÉ interessante observar que, mesmo ao nível do existencialismo, precisamos distinguir entre as várias raízes, e distinguir entre as várias raízes, e as particularidades que elas determinam.as particularidades que elas determinam. Assim, é interessante observar que a perspectiva de raiz do existencialismoAssim, é interessante observar que a perspectiva de raiz do existencialismo nasnas PPFEPPFE, tais como elas se apresentam, em seu caráter de hermenêuticas, tais como elas se apresentam, em seu caráter de hermenêuticas fenomenológico existenciais, nas abordagens de Rogers, e de Perls, provém de umfenomenológico existenciais, nas abordagens de Rogers, e de Perls, provém de um modo importante damodo importante da filosofia da vida filosofia da vida de F. Nietzsche. de F. Nietzsche. Ainda que tenham uma contribuição importante das idéias e posturas de S.Ainda que tenham uma contribuição importante das idéias e posturas de S. Kierkegaard, é a particularidade daKierkegaard, é a particularidade da filosofia filosofia da da vidavida de F. Nietzsche que constituide F. Nietzsche que constitui aspectos definidores da especificidade de sua aspectos definidores da especificidade de sua concepção e metodologia.concepção e metodologia. Interessante, ainda, é notar que, na juventude Nietzsche aproximou-se daInteressante, ainda, é notar que, na juventude Nietzsche aproximou-se da filosofia de Schopenhauer. Atraía-o sobretudo a possibilidade de que a filosofia defilosofia de Schopenhauer. Atraía-o sobretudo a possibilidade de que a filosofia de Schopenhauer resgatasse oSchopenhauer resgatasse o sentido do trágicosentido do trágico dos gregos pré-socráticos. dos gregos pré-socráticos. Nietzsche constatou que, de fato, a filosofia de Schopenhauer nada tinha deNietzsche constatou que, de fato, a filosofia de Schopenhauer nada tinha de -- Em Nietzsche, portanto,Em Nietzsche, portanto, o trágico é alegre; é condição da alegria, e o trágico é alegre; é condição da alegria, e da criatividade...da criatividade... De modo que não há como confundir, o existencialismo matizado peloDe modo que não há como confundir, o existencialismo matizado pelo pessimismo schopenhaueriano, com o existencialismo alegre, trágico e potentepessimismo schopenhaueriano, com o existencialismo alegre, trágico e potente radicado na filosofia de Nietzsche. Se não podemos dizer que a filosofia de Nietzscheradicado na filosofia de Nietzsche. Se não podemos dizer que a filosofia de Nietzsche é uma filosofia otimista –é uma filosofia otimista – pessimismo pessimismo e e otimismo, otimismo, uma uma questão questão de de nésciosnéscios, dizia ele –,, dizia ele –, podemos dizer que a postura de afirmação da vida a ela característica, afirmação dapodemos dizer que a postura de afirmação da vida a ela característica, afirmação da vida mesmo quando dovida mesmo quando do mais negro sofrimentomais negro sofrimento, é condição da alegria. De promoção de, é condição da alegria. De promoção de uma superabundância de forças de vida, da potência do retorno da vida, dauma superabundância de forças de vida, da potência do retorno da vida, da criatividade, e da alegria.criatividade, e da alegria. De modo que não podemos pressupor uma perspectiva pessimista, de viésDe modo que não podemos pressupor uma perspectiva pessimista, de viés schopenhaeriano, no existencialismo -- na verdade de raiz nietzscheana -- que dáschopenhaeriano, no existencialismo -- na verdade de raiz nietzscheana -- que dáorigem àsorigem às PPFEPPFE. Nem Nietzsche, nem o existencialismo de raiz nietzscheana, nem as. Nem Nietzsche, nem o existencialismo de raiz nietzscheana, nem as psicologiase psicoterapias fenomenológico existenciais devem a Shopenhauer nestepsicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais devem a Shopenhauer neste sentido. Como a Psicanálise, por sentido. Como a Psicanálise, por exemplo.exemplo. Humanistas,Humanistas, Kierkegaard e Nietzsche compartilham a aversão aoKierkegaard e Nietzsche compartilham a aversão ao universalismo e ao idealismo da filosofia de Hegel. E, em particular, compartilham auniversalismo e ao idealismo da filosofia de Hegel. E, em particular, compartilham a aversão à desqualificação da subjetividade e do indivíduo, que é própria aoaversão à desqualificação da subjetividade e do indivíduo, que é própria ao hegelianismo. Nietzsche acrescentará a sua aversão à valorização das paixões tristes.hegelianismo. Nietzsche acrescentará a sua aversão à valorização das paixões tristes. Rejeitam, assim o hegelianismo, e buscam constituir as suas filosofias comoRejeitam, assim o hegelianismo, e buscam constituir as suas filosofias como perspectivas,perspectivas, humanistas,humanistas, que têm como referência a experiência humana, que têm como referência a experiência humana, a existênciaa existência e o existencial.e o existencial. Kierkegaard postou-se, não obstante, numa perspectiva visceralmenteKierkegaard postou-se, não obstante, numa perspectiva visceralmente religiosa, constituindo um existencialismo religioso. Podemos dizer que se ele rejeitareligiosa, constituindo um existencialismo religioso. Podemos dizer que se ele rejeita e livra-se de Hegel, não livrar-se-á de Sócrates e de Platão. Alvos maiores, também,e livra-se de Hegel, não livrar-se-á de Sócrates e de Platão. Alvos maiores, também, da crítica Nietzscheana. Junto com Hegel, e com o cristianismo. As três mortes doda crítica Nietzscheana. Junto com Hegel, e com o cristianismo. As três mortes do sentido do trágico, segundo ele.sentido do trágico, segundo ele. De modo que, sem negar a importância e a contribuição da filosofia deDe modo que, sem negar a importância e a contribuição da filosofia de Kierkegaard, parece interessante entender que ela é limitada em termos daKierkegaard, parece interessante entender que ela é limitada em termos da constituição do sentido das psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais.constituição do sentido das psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais. Histórica e filosoficamente elas devem, em essência, à filosofia de Nietzsche aHistórica e filosoficamente elas devem, em essência, à filosofia de Nietzsche a inspiração de suas peculiaridades fundamentais. Em especial aos poderes de geraçãoinspiração de suas peculiaridades fundamentais. Em especial aos poderes de geração e regeneração da existência, de criação e libertação, de sua perspectiva radical dee regeneração da existência, de criação e libertação, de sua perspectiva radical de afirmação da vida. Oafirmação da vida. O sim dionisíaco.sim dionisíaco. Neste sentido, da inspiração da concepção e do logos metódico dasNeste sentido, da inspiração da concepção e do logos metódico das PPFEPPFE, , éé interessante constatar a observação nietzscheana de queinteressante constatar a observação nietzscheana de que A existência A existência não tem não tem ‘dentro’.‘dentro’. Todo padrão de interiorização é doençaTodo padrão de interiorização é doença (oriunda esta da repressão da potência, do(oriunda esta da repressão da potência, do possível, possibilidade ex-pressiva, intrínseca ao existencial)possível, possibilidade ex-pressiva, intrínseca ao existencial).. A existência é (como devir) a partir de onde e quando ela assim é como tal.A existência é (como devir) a partir de onde e quando ela assim é como tal. ((Caminho por onde há espaço, meu tempo é Caminho por onde há espaço, meu tempo é quando... –quando... – VinVinícius). Sua ventura (de ícius). Sua ventura (de vento) évento) é a vivida ventura soprada perenemente pela potência do possível, dada no vivencial,a vivida ventura soprada perenemente pela potência do possível, dada no vivencial, no fenomenal.no fenomenal. De modo que existencialismo, assim entendido, é a afirmação destaDe modo que existencialismo, assim entendido, é a afirmação desta ventura.ventura. Vida à venturaVida à ventura, aventura. Como ousadia, audácia, de afirmação da potência, aventura. Como ousadia, audácia, de afirmação da potência do possível, dado na vivenciado possível, dado na vivencia eksistencialeksistencial. É a vida da ousadia e da audácia da. É a vida da ousadia e da audácia da aventura. Da experimentação, neste sentido, doaventura. Da experimentação, neste sentido, do estilo experimental de afirmação de umaestilo experimental de afirmação de umavida que experimentavida que experimenta (Nietzsche). (Nietzsche). As psicologia e psicoterapias fenomenológico existenciais partem de umaAs psicologia e psicoterapias fenomenológico existenciais partem de uma constatação e reconhecimento desta perspectiva existencial. E buscam compreender,constatação e reconhecimento desta perspectiva existencial. E buscam compreender, Fundamental observar que, não raro, este possível é sofrimento, é finitude.Fundamental observar que, não raro, este possível é sofrimento, é finitude. Não há compromisso entre o possível e o agradável, entre o vivido e o sucesso. NoNão há compromisso entre o possível e o agradável, entre o vivido e o sucesso. No meio da noite, Nietzsche, em seumeio da noite, Nietzsche, em seu amor fatiamor fati, é o farol:, é o farol: Eu abençôo todo sofrimento... NadaEu abençôo todo sofrimento... Nada do que é necessário me ofende... O que não mata, fortalece...”“.do que é necessário me ofende... O que não mata, fortalece...”“. O que Nietzsche indica é que a afirmação integral da vida --O que Nietzsche indica é que a afirmação integral da vida -- mesmo a afirmaçãomesmo a afirmação do mais negro sofrimentodo mais negro sofrimento -- se não abole a possibilidade do sofrimento, e da finitude –-- se não abole a possibilidade do sofrimento, e da finitude – afinal, eles são intrínseco à existência,afinal, eles são intrínseco à existência, podemos sofrer podemos sofrer de uma de uma super abundância de super abundância de forçasforças de vida, ou de uma falta de forças de vida...de vida, ou de uma falta de forças de vida... – se a afirmação integral da vida não abole o – se a afirmação integral da vida não abole o sofrimento e a finitude, potencializa o retorno das forças da vida, como uma supersofrimento e a finitude, potencializa o retorno das forças da vida, como uma super abundância de forças de vida, abundância de forças de vida, como criatividade, e alegria.como criatividade, e alegria. e. Concepção da abordageme. Concepção da abordagem Em linhas gerais, a concepção e o método das psicologias e psicoterapiasEm linhas gerais, a concepção e o método das psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais assumem uma perspectiva existencialista, tal comofenomenológico existenciais assumem uma perspectiva existencialista, tal como estamos descrevendo. Em particular, elas se esmeram em criar condições para aestamos descrevendo. Em particular, elas se esmeram em criar condições para a oportunidade (oportunidade (kairós)kairós) de uma vivência existencial, no âmbito da sessão e do processode uma vivência existencial, no âmbito da sessão e do processo dito psicoterapêutico, do trabalho psicológico ou da vivência grupal.dito psicoterapêutico, do trabalho psicológico ou da vivência grupal. Estas condições envolvem a situação do Estas condições envolvem a situação do terapeuta, do psicólogo, numa mesmaterapeuta, do psicólogo, numa mesma postura fenomenológico existencial experimental proposta para o cliente.postura fenomenológico existencial experimental proposta para o cliente. Trata-se de condições para que o cliente possa se entregar dialogicamente, eTrata-se de condições para que o cliente possa se entregar dialogicamente, e inter humanamente compartilhar, a sua entrega à concrescência de sua atualidade einter humanamente compartilhar,a sua entrega à concrescência de sua atualidade e atualização existenciais. De modo que ele possa vivenciar, na sua intensidadeatualização existenciais. De modo que ele possa vivenciar, na sua intensidade própria, os limites, asprópria, os limites, as aporiasaporias, desta atualidade. O que envolve a vivência dos, desta atualidade. O que envolve a vivência dos sofrimentos e finitudes dela decorrentes, mais ou menos agudos, mais ou menossofrimentos e finitudes dela decorrentes, mais ou menos agudos, mais ou menos cronificados, mais ou menos intensos. De modo a que possa secretar vivencialmente,cronificados, mais ou menos intensos. De modo a que possa secretar vivencialmente, fenomenológico existencialmente, os possíveis inerentes à potência da existência, e àfenomenológico existencialmente, os possíveis inerentes à potência da existência, e à superação, na atualização destes possíveis.superação, na atualização destes possíveis. Fenomenológico existencial inter humano, no sentido dialógico que BuberFenomenológico existencial inter humano, no sentido dialógico que Buber descreve, o desempenho do terapeuta esmera-se, e apura-se, em abrir-se para odescreve, o desempenho do terapeuta esmera-se, e apura-se, em abrir-se para o encontro, e para o desdobramento do encontro dialógico, com o cliente. Como co-encontro, e para o desdobramento do encontro dialógico, com o cliente. Como co- laborativo, na laboração da vivência e das superações deste. Para isso, o terapeutalaborativo, na laboração da vivência e das superações deste. Para isso, o terapeuta busca garantir certas condições de possibilidade deste encontro, e de suabusca garantir certas condições de possibilidade deste encontro, e de sua performance fenomenológico existencial dialógica.performance fenomenológico existencial dialógica. f. Metodologiaf. Metodologia Rogers foi um dos principais propositores de uma metodologia para oRogers foi um dos principais propositores de uma metodologia para o provimento do estilo de uma vivência experimental para o cliente no processo daprovimento do estilo de uma vivência experimental para o cliente no processo da terapia.terapia. Desde o ataque guerrilheiro na desconstrução do moralismo em psicologia eDesde o ataque guerrilheiro na desconstrução do moralismo em psicologia e experimental da vivência do cliente de sua atualidade e atualização existenciais. Dosexperimental da vivência do cliente de sua atualidade e atualização existenciais. Dos limites, daslimites, das aporias,aporias, e dos possíveis vivenciados nesta atualidade e atualização. Co- e dos possíveis vivenciados nesta atualidade e atualização. Co- laboração no processo da laboração do cliente na atualização destes possíveis, nalaboração no processo da laboração do cliente na atualização destes possíveis, na superação de seus limites, dos limites de suas finitudes, de seus sofrimentos. Nasuperação de seus limites, dos limites de suas finitudes, de seus sofrimentos. Na potencialização de seu processo ativo, de sua criatividade fenomenológicopotencialização de seu processo ativo, de sua criatividade fenomenológico existencial.existencial. AA experimentaçãoexperimentação, num sentido , num sentido fenomenológico existencial (vfenomenológico existencial (v.), é .), é uma condiçãouma condição hermenêutica fundamental da metodologia dashermenêutica fundamental da metodologia das PPFEPPFE.. A concepção deA concepção de experimentaçãoexperimentação, num sentido fenomenológico existencial,, num sentido fenomenológico existencial, constitui-se na filosofia de F. Nietzsche, em particular no sentido de constitui-se na filosofia de F. Nietzsche, em particular no sentido de suasua gaya scienza. gaya scienza. Enraíza-se consistentemente em toda a perspectiva nietzscheana da realidadeEnraíza-se consistentemente em toda a perspectiva nietzscheana da realidade e da verdade, como eminentementee da verdade, como eminentemente perspectivas perspectivas. A necessidade das perspectivas, da. A necessidade das perspectivas, da sua vivência, e da sua vivência, e da sua limitação por outras perspectivas.sua limitação por outras perspectivas. Brentano, em sua linguagem, fala do caráter especulativo do ser. Que eleBrentano, em sua linguagem, fala do caráter especulativo do ser. Que ele aborda através de seu empirismo aporético.aborda através de seu empirismo aporético. PoriaPoria origina-se deorigina-se de poro poro (grego), que significa(grego), que significa passagem. A-poria passagem. A-poria significa limite,significa limite, falta de passagem. Tanto para Nietzsche como para Brentano a existência sefalta de passagem. Tanto para Nietzsche como para Brentano a existência se caracteriza porcaracteriza por aporiasaporias. A evolução até o limite, a. A evolução até o limite, a falta de falta de passagem.passagem. Ambos entendemAmbos entendem que, no limite da aporia está a possibilidade, e a possibilidade da poiese. Ambosque, no limite da aporia está a possibilidade, e a possibilidade da poiese. Ambos assumem uma ética assumem uma ética deliciosamente apor-ética. Sãodeliciosamente apor-ética. São aporiófilosaporiófilos;; aporiófilos é aporiófilos é o que são. o que são. AA éticaética é um modo de proceder.é um modo de proceder. E a apor-ética deles define-se por privilegiar o fenomenal, o vivido, aE a apor-ética deles define-se por privilegiar o fenomenal, o vivido, a perspectiva. Afirmá-los, em suas características, intensidades e intensificaçõesperspectiva. Afirmá-los, em suas características, intensidades e intensificações próprias; até o seu limite, a sua aporia.próprias; até o seu limite, a sua aporia. Este é o ponto próprio onde se detona o possível, comoEste é o ponto próprio onde se detona o possível, como poiese poiese (atualização de(atualização de possíveis). Onde se detonam novas perspectivas, em suas intensidades próprias.possíveis). Onde se detonam novas perspectivas, em suas intensidades próprias. Novas perspectivas que limitam as precedentes.Novas perspectivas que limitam as precedentes. O gozo da intensidade e do fluxo da perspectiva, o gozo do limite de suaO gozo da intensidade e do fluxo da perspectiva, o gozo do limite de sua aporia, e o gozo da superação, na potência ativa de novas perspectivas. Este oaporia, e o gozo da superação, na potência ativa de novas perspectivas. Este o sentido da experimentação existencial.sentido da experimentação existencial. Sem dúvida que a experimentação é sinônimo de tentativa, de risco. O Sem dúvida que a experimentação é sinônimo de tentativa, de risco. O risco derisco detentar o possível, sempre latente. A experimentação, não obstante, não é facultativa, étentar o possível, sempre latente. A experimentação, não obstante, não é facultativa, é intrínseca à condição existencial humana. Ao gozo intrínseca à condição existencial humana. Ao gozo e à resolução existencial.e à resolução existencial. NietzscheNietzsche[8][8] observaria: observaria: Porque oPorque o medomedo é a vossa excepção. Mas é a vossa excepção. Mas a coragem e a aventura e o a coragem e a aventura e o gosto do quegosto do que é incerto, do que ainda não foi tentado... a coragem parece-me ser toda a históriaé incerto, do que ainda não foi tentado... a coragem parece-me ser toda a história primitiva do homem primitiva do homem.. Invejou e roubou todas as suas virtudes aos animais mais corajosos e maisInvejou e roubou todas as suas virtudes aos animais mais corajosos e mais selvagens: foi só assim que ele se selvagens: foi só assim que ele se tornou... homemtornou... homem.. Pessoa colocaria a experimentação fenomenológico existencial, aporética,Pessoa colocaria a experimentação fenomenológico existencial, aporética, diríamos, de forma que só Pessoa:diríamos, de forma que só Pessoa: Tudo o que me aconteceTudo o que me acontece O que se passaO que se passa Ou findaOu finda https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial Como ponto de partida,é como se estivessem sempre perguntando aoComo ponto de partida, é como se estivessem sempre perguntando ao cliente,cliente, onde é que está o limite? como é que está o limite? como é que está o sofrimento daonde é que está o limite? como é que está o limite? como é que está o sofrimento da finitude finitude vivida? vivida? ou ou não não vivida? vivida? ou ou por por viver?viver? E, como Nietzsche, implicitamente dirão E, como Nietzsche, implicitamente dirão sempre:sempre: ... Pois muito bem! Vamos lá, experimenta-te. Mas não quero voltar a ouvir falar de... Pois muito bem! Vamos lá, experimenta-te. Mas não quero voltar a ouvir falar de nenhuma questão que não autorize a experiência. Tais são os limites da minha ‘veracidade.nenhuma questão que não autorize a experiência. Tais são os limites da minha ‘veracidade. As raízes das concepções e metodologias dasAs raízes das concepções e metodologias das PPFEPPFE vão encontrar uma fonte vão encontrar uma fonte fecunda, e das mais fundamentais, na filosofia do diálogo e do dialógico, de Martinfecunda, e das mais fundamentais, na filosofia do diálogo e do dialógico, de Martin Buber.Buber. Buber contribui, em particular, pela compreensão do caráter ontológico doBuber contribui, em particular, pela compreensão do caráter ontológico do vivido fenomenológico existencial experimental, como relação, eu-tu, tal como elevivido fenomenológico existencial experimental, como relação, eu-tu, tal como ele designou.designou. Para Buber a vivência eu-tu resgata-nos da coisidade e da coisificação doPara Buber a vivência eu-tu resgata-nos da coisidade e da coisificação do modo eu-isso de sermos da cotidianidade. Existencial, o dialógico fenomenológico,modo eu-isso de sermos da cotidianidade. Existencial, o dialógico fenomenológico, eu-tu, demanda a entrega à concretude da atualidade existencial, em seus limites,eu-tu, demanda a entrega à concretude da atualidade existencial, em seus limites, finitudes, aporias, potências e sofrimentos. A partir daí pode determinar-se opção efinitudes, aporias, potências e sofrimentos. A partir daí pode determinar-se opção e superação. Que nos resgatam do decurso ilimitado do mundo e da vida coisificados.superação. Que nos resgatam do decurso ilimitado do mundo e da vida coisificados. Estes esclarecimentos de Buber foram fundamentais para a constituiçãoEstes esclarecimentos de Buber foram fundamentais para a constituição progressiva do estado da arte das concepções e do logos metódico dasprogressiva do estado da arte das concepções e do logos metódico das PPFEPPFE. . EmEm particularparticular, no sentido , no sentido do primado da do primado da entrega radical à concreude da entrega radical à concreude da existência, comoexistência, como abertura para o modo dialógico, eu-tu, de sermos e como estratégia deabertura para o modo dialógico, eu-tu, de sermos e como estratégia de potencialização e de superação.potencialização e de superação. Mas, mais que isto, as considerações de Buber sobre o dialógico, o eu-tu, entreMas, mais que isto, as considerações de Buber sobre o dialógico, o eu-tu, entre as pessoas,as pessoas, o inter humanoo inter humano, e os, e os elementos do inter humanoelementos do inter humano [9] [9] , definem a análise de um, definem a análise de um conjunto de fatores que impedem o desenvolvimento da dialógica do inter humano;conjunto de fatores que impedem o desenvolvimento da dialógica do inter humano; ao mesmo tempo em que permitem compreender e definir os elementos que oao mesmo tempo em que permitem compreender e definir os elementos que o propiciam. Assim, propiciam opropiciam. Assim, propiciam o inter humanointer humano:: O privilegiamento doO privilegiamento do ser ser , ao invés do meramente, ao invés do meramente parecer. parecer. O privilegiamento doO privilegiamento do inter humanointer humano, que não é , que não é inerente ao meramenteinerente ao meramente social.social. O privilégio daO privilégio da conversação genuínaconversação genuína. Ao invés do império do blá, blá, blá.. Ao invés do império do blá, blá, blá. AA presentificação do outro. presentificação do outro. O privilégio da pedagógicaO privilégio da pedagógica aberturaabertura. Ao invés da. Ao invés da imposiçãoimposição propagandística.propagandística. Todas estas, condições de possibilidade da dialógica do inter humanoTodas estas, condições de possibilidade da dialógica do inter humano[10][10].. Estas indicações de Buber serviram de preciosos guias para a definição do logosEstas indicações de Buber serviram de preciosos guias para a definição do logos metódico do psicólogo e do psicoterapeuta fenomenológico existencial na sua relaçãometódico do psicólogo e do psicoterapeuta fenomenológico existencial na sua relação com o cliente.com o cliente. OO empirismo fenomenológico existencialempirismo fenomenológico existencial dasdas PPFEPPFE é uma de suas características é uma de suas características mais fundamentais. Devemo-lo originalmente a Aristóteles, tal como resgatado pormais fundamentais. Devemo-lo originalmente a Aristóteles, tal como resgatado por Brentano.Brentano. Estas abordagens, como já observamos, privilegiam a imediaticidade vividaEstas abordagens, como já observamos, privilegiam a imediaticidade vivida do desdobramento da dialógica pré-teórica, pré-reflexiva, pré-conceitual, fenomeno-do desdobramento da dialógica pré-teórica, pré-reflexiva, pré-conceitual, fenomeno- lógica e existencial. Seja do encontro entre o terapeuta e o cliente, seja a dialógica dalógica e existencial. Seja do encontro entre o terapeuta e o cliente, seja a dialógica davivência, no encontro, de cada um “consigo mesmo”. Toda esta dialógica é,vivência, no encontro, de cada um “consigo mesmo”. Toda esta dialógica é, eminentemente,eminentemente, empíricaempírica;; fenomenológico existenc fenomenológico existencial empírica.ial empírica. Podemos, assim, entender o primado de um caráter de vivênciaPodemos, assim, entender o primado de um caráter de vivência https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial ,, quando propõe -- ao largo do uso de seu método empírico nas ciências naturais --quando propõe -- ao largo do uso de seu método empírico nas ciências naturais -- que a consciência, igualmente, deve ser metodologicamente abordadaque a consciência, igualmente, deve ser metodologicamente abordada empiricamenteempiricamente.. Ou seja, a consciência deve ser metodologicamente abordada empiricamente, naOu seja, a consciência deve ser metodologicamente abordada empiricamente, na própria vivência de consciência. E não própria vivência de consciência. E não a partir de princípios e a partir de princípios e pressupostos teóricos.pressupostos teóricos. Ele define, assim, a perspectiva do método de umEle define, assim, a perspectiva do método de um empirismo da consciência.empirismo da consciência. BrentanoBrentano[12][12] segue a indicação de Aristóteles, e passa a esposar uma segue a indicação de Aristóteles, e passa a esposar uma metodologia empírica de concepção e abordagem da consciência. Ou seja, umametodologia empírica de concepção e abordagem da consciência. Ou seja, uma abordagem da consciência na própria vivência da consciência, sem a mediação doabordagem da consciência na própria vivência da consciência, sem a mediação do teórico, e do conceitual.teórico, e do conceitual. A concepção e o método da Psicologia, assim como o método da Filosofia,A concepção e o método da Psicologia, assim como o método da Filosofia, passam a ser entendidos, a partir de Brentano, e em sua tradição fenomenológica,passam a ser entendidos, a partir de Brentano, e em sua tradição fenomenológica, como o mesmo método empirista das como o mesmo método empirista das ciências naturais.ciências naturais. Uma particularidade definidora é a de que Brentano compreendeUmaparticularidade definidora é a de que Brentano compreende aa intencionalidade intencionalidade da da consciênciaconsciência:: a consciência constitui-se como uma consciência constitui-se como um campocampo em que aem que a correlação sujeito e objeto já pré-existe de correlação sujeito e objeto já pré-existe de um modo indissociável, modo este anteriorum modo indissociável, modo este anterior a qualquer possibilidade de separação, sujeito e objeto são cooriginais em suaa qualquer possibilidade de separação, sujeito e objeto são cooriginais em sua intrínseca correlação.intrínseca correlação. De modo que o empirismoDe modo que o empirismo fenomenativo fenomenativo da consciência em Brentano sóda consciência em Brentano só poderia ser umpoderia ser um empirismo do campo da consciência intencionalempirismo do campo da consciência intencional – que se situa, assim, fora– que se situa, assim, fora da dicotomização sujeito-objeto. E não, evidentemente, umda dicotomização sujeito-objeto. E não, evidentemente, um empirismo objetivistaempirismo objetivista,, característico do empirismo da tradição anglo saxã. Empirismo objetivista este quecaracterístico do empirismo da tradição anglo saxã. Empirismo objetivista este quefundamenta, inclusive, o empirismo do seufundamenta, inclusive, o empirismo do seu Pragmatismo.Pragmatismo. Empirismo objetivista (não fenomenológico), assim -- e Pragmatismo, neleEmpirismo objetivista (não fenomenológico), assim -- e Pragmatismo, nele fundamentado --, que, fora de uma perspectiva da consciência comofundamentado --, que, fora de uma perspectiva da consciência como campocampo intencionalintencional, situa-se na perspectiva da dicotomização sujeito-objeto. E, não só: situa-, situa-se na perspectiva da dicotomização sujeito-objeto. E, não só: situa- se, enfaticamente, no privilegiamento do objeto no âmbito desta se, enfaticamente, no privilegiamento do objeto no âmbito desta dicotomização.dicotomização. Questão fundamental esta, uma vez que a Fenomenologia e oQuestão fundamental esta, uma vez que a Fenomenologia e o seuseu empirismoempirismo apontam para um modo de ser ontologicamente fundamental. Modo de ser apontam para um modo de ser ontologicamente fundamental. Modo de ser este que não se dá no âmbito do que podemos entender como a dicotomizaçãoeste que não se dá no âmbito do que podemos entender como a dicotomização sujeito-objeto.sujeito-objeto. Silvia PimentaSilvia Pimenta[13][13], comentando a perspectiva e o perspectivismo da filosofia, comentando a perspectiva e o perspectivismo da filosofia de Nietzsche, observa:de Nietzsche, observa: Não se trata portanto da impossibilidade de atingir uma realidade exterior aosNão se trata portanto da impossibilidade de atingir uma realidade exterior aos nossos afetos, mas danossos afetos, mas da impossibilidade de distinguir impossibilidade de distinguir duas ordensduas ordens dede realidade: subjetiva e objetiva, ideal e material, numênica erealidade: subjetiva e objetiva, ideal e material, numênica e fenomênica. fenomênica. Trata-se da Trata-se da impossibilidade de transcendência:impossibilidade de transcendência: o que quer que sejao que quer que seja “o mundo”, o homem é parte integrante dele, e não pode reivindicar a“o mundo”, o homem é parte integrante dele, e não pode reivindicar a exterioridade que seria necessária para instituir a si mesmo como sujeitoexterioridade que seria necessária para instituir a si mesmo como sujeito e ao mundo como objetoe ao mundo como objeto. O percurso que conduz do homem ao mundo não é . O percurso que conduz do homem ao mundo não é uma relação entre sujeito e objeto: sendo o homem umauma relação entre sujeito e objeto: sendo o homem uma parteparte do mundo e não do mundo e não uma instância a ele transcendente, a vontade de potência no homem constituiuma instância a ele transcendente, a vontade de potência no homem constitui apenas um caso particular da vontade de potência em geral. Curiosamente, aapenas um caso particular da vontade de potência em geral. Curiosamente, a filosofia de filosofia de Nietzsche se Nietzsche se aproxima aqui aproxima aqui da concepção da concepção parmenidiana da parmenidiana da identidadeidentidade entre ser e pensar: entre o mundo e o ato de interpretar não há afinidade ouentre ser e pensar: entre o mundo e o ato de interpretar não há afinidade ou adequação, masadequação, mas identidade. (Videntidade. (Velloso Rocha, elloso Rocha, 2003. p.65.).2003. p.65.). De modo que, especificamente, o empirismoDe modo que, especificamente, o empirismo fenomenológico fenomenológico não é um não é um empirismoempirismo do objetodo objeto. Mas um empirismo da vivência de consciência.. Mas um empirismo da vivência de consciência. https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial https://sites.google.com/site/eksistenciaescola/eksistencia/carl-rogers-sobre-o-seu-paradigma-fenomenologico-existencial .. Assim, oAssim, o empirismo da consciência fenomenalempirismo da consciência fenomenal da fenomenologia da tradição de da fenomenologia da tradição de Brentano é umBrentano é um empirismo fenomenológico da vivência de consciência intencionalempirismo fenomenológico da vivência de consciência intencional, , umum empirismo ativo, cujo solo e natureza é radicalmente diferente dos do empirismoempirismo ativo, cujo solo e natureza é radicalmente diferente dos do empirismo objetivista.objetivista. Carl Rogers, F. Perls, F. Brentano, F. Nietzsche, Paulo Freire (vale dizer) eram,Carl Rogers, F. Perls, F. Brentano, F. Nietzsche, Paulo Freire (vale dizer) eram, assim, empiristas. Mas empiristas neste assim, empiristas. Mas empiristas neste sentido fenomenológico existencial dialógico.sentido fenomenológico existencial dialógico. E, jamais, empiristas no sentido objetivista do termo.E, jamais, empiristas no sentido objetivista do termo. Caracteristicamente, a crítica teórica encontra algo de vazio e inconsistente naCaracteristicamente, a crítica teórica encontra algo de vazio e inconsistente na obra desses empiristas. Isto se dá, exatamente, porque eles não são teoréticos. Elesobra desses empiristas. Isto se dá, exatamente, porque eles não são teoréticos. Eles sãosão empiristas poiéticos.empiristas poiéticos. Que se definem pelo privilégio da vivência de consciência, e Que se definem pelo privilégio da vivência de consciência, e da vivência do ato, da ação: da atualização do possível, que só no âmbito doda vivência do ato, da ação: da atualização do possível, que só no âmbito do seuseu pathos pathos ((empathiaempathia) pode evidenciar-se, efetivar-se.) pode evidenciar-se, efetivar-se. Isto não quer dizer que suas concepções não gerem uma teoria, não sustentem,Isto não quer dizer que suas concepções não gerem uma teoria, não sustentem, e não se sustentem, em uma teoria. Ou que da vivência de seu método não se possae não se sustentem, em uma teoria. Ou que da vivência de seu método não se possa derivar uma teoria. Muito pelo contrário, a definição de seu método cristaliza-sederivar uma teoria. Muito pelo contrário, a definição de seu método cristaliza-se teoricamente. E teorização pode emergir da vivência de seu método. A característica,teoricamente. E teorização pode emergir da vivência de seu método. A característica, não obstante, é a de que a vivência de seu método é a vivência momentânea de umnão obstante, é a de que a vivência de seu método é a vivência momentânea de um modo não teórico, fenomenal, de sermos. Um modo no qual vivenciamos o possível,modo não teórico, fenomenal, de sermos. Um modo no qual vivenciamos o possível,e a sua atualização. Ou seja, um modo de sermos no qual o possível é possível, e see a sua atualização. Ou seja, um modo de sermos no qual o possível é possível, e se desdobra.desdobra. Nada contra a teorização anteriormente aos momentosNada contra a teorização anteriormente aos momentos especificamenteespecificamente empíricosempíricos, e não teóricos.
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