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PROJETO DE LEI Nº 20_contrapartida social

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PROJETO DE LEI Nº 20 DE 29 DE MAIO DE 2013
 Dispõe sobre a Contrapartida Social relativa ao licenciamento de empreendimentos, estabelece o lote mínimo para fins de parcelamento do solo, no âmbito do Município de Lauro de Freitas, na forma que indica, e dá outras providências. 
O PREFEITO MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, 
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS, Estado da Bahia, aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° - Nos empreendimentos imobiliários residenciais, de uso misto, comerciais, de serviços ou industriais, com mais de uma unidade autônoma, com área privativa igual ou superior a 600,00 m², o empreendedor se obriga a realizar, às suas expensas, em local indicado pela Prefeitura, o equivalente a 10% (dez por cento) do total da área privativa do empreendimento, através de Contrapartida Social, nos termos abaixo: 
 VTO = (APT x 0,1) x VMS, onde: 
 VTO = Valor total em obras a serem realizadas;
 APT = Área privativa total do empreendimento em metros quadrados; 
 VMS = Valor do metro quadrado da sala de aula padrão, instituído pelo município;
Art. 2° - Nos empreendimentos de comerciais, de serviços, ou industriais, integralizados em uma unidade autônoma, com área construída igual ou superior a 600,00 m², o empreendedor se obriga a realizar, às suas expensas, em local indicado pela Prefeitura, o equivalente a 5% (cinco por cento) do total da área construída do empreendimento, através de Contrapartida Social nos termos abaixo: 
 VTO = (ACT x 0,05) x VMS, onde: 
 VTO = Valor total em obras a serem realizadas;
 ACT = Área construída total do empreendimento em metros quadrados; 
 VMS = Valor do metro quadrado da sala de aula padrão, instituído pelo município;
Art. 3° - Nos parcelamentos que não contemplem de imediato a construção de edificações, a exemplo de loteamentos e condomínios de lotes não enquadrados como de Interesse Social, com área a ser parcelada igual ou superior a 600,00 m², o empreendedor se obriga a realizar, às suas expensas, em local indicado pela Prefeitura, o equivalente a 1% (um por cento) do total da área comercializável do empreendimento, através de Contrapartida Social, nos termos abaixo: 
 VTO = (ACP x 0,01) x VMS, onde: 
 VTO = Valor total em obras a serem realizadas;
 ACL= Área comercializável do parcelamento em metros quadrados; 
 VMS = Valor do metro quadrado da sala de aula padrão, instituído pelo município;
Parágrafo Único - O lote mínimo para fins de parcelamento do solo, de qualquer natureza, ou implantação de empreendimentos tipo condomínio horizontal será de 300,00 m² (trezentos metros quadrados), excetuando-se os casos de comprovada demanda existente para parcelamentos populares, considerando-se como base o cadastro sócio econômico realizado pela Prefeitura.
Art. 4° - A Contrapartida Social de que trata esta Lei será revertida em intervenções urbanísticas no solo urbano de Lauro de Freitas, através de projetos e/ou obras com a finalidade de promover a melhoria da mobilidade urbana, e implantação de equipamentos de saúde; educação; interesse social; esporte e lazer; e conservação ou proteção de áreas de interesse histórico, turístico ou ambiental;
Parágrafo Único – Todas as contrapartidas deverão constar nas placas dos empreendimentos, e do alvará de construção o valor da execução da obra da contrapartida social.
Art. 5° - O órgão de obras do município publicará o valor do metro quadrado da sala de aula, e suas atualizações periódicas, considerando o tamanho de 60,00 m² (sessenta metros quadrados) como padrão para a unidade e valores previstos pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI.
Art. 6° - o Poder Executivo Municipal enviará ao Poder Legislativo Municipal, trimestralmente, as seguintes informações:
a) Relação dos alvarás liberados pelo Poder Executivo no período compreendido, com contrapartidas sociais prestadas à Municipalidade;
b) Detalhamento dos valores aplicados através da Contrapartida Social, indicando os projetos e/ou obras realizadas em favor do município;
c) As informações a serem encaminhadas ao Poder Legislativo Municipal deverão ser publicadas no Diário Oficial do Município de Lauro de Freitas, em atenção aos princípios de publicidade e transparência.
Art. 7º - Ficam sujeitos à aplicação desta Lei os empreendimentos enquadrados no Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, destinados à comercialização. 
Parágrafo Único – Os empreendimentos referidos no caput deste artigo, implantados em condomínios fechados, deverão disponibilizar internamente área de lazer coberta construída com no mínimo 100,00m2 (cem metros quadrados) e área de lazer descoberta na proporção mínima de 2,0 m² (dois metros quadrados) por unidade imobiliária, 
Art. 8º - Ficam isentos da Contrapartida Social prevista nesta Lei, os empreendimentos não destinados à comercialização, desde que enquadrados como de Interesse Social ou comprovadamente declarados de utilidade pública federal, estadual ou municipal. 
Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.
Lauro de Freitas, 27 de maio de 2014.
MÁRCIO ARAPONGA PAIVA
Prefeito Municipal
Registre-se e publique-se.
Márcio Rodrigo Almeida de Souza Leão
Secretário Municipal de Governo
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lauro de Freitas,
MENSAGEM Nº 10/2014
Encaminho para apreciação dessa Egrégia Casa Legislativa o Projeto de Lei anexo, dispondo sobre a Contrapartida Social relativa ao licenciamento de empreendimentos, e estabelecendo o lote mínimo para fins de parcelamento do solo, no âmbito do Município de Lauro de Freitas.
A disciplina da contrapartida social, a ser prestada pelo empreendedor nos casos especificados, é de extrema importância para o ordenamento territorial local, concretizando a competência legislativa do Município de dispor sobre o uso e ocupação do solo urbano.
A Contrapartida Social de que trata a Lei será revertida em intervenções urbanísticas no solo urbano de Lauro de Freitas, através de projetos e/ou obras com a finalidade de promover a melhoria da mobilidade urbana, e implantação de equipamentos de saúde; educação; interesse social; esporte e lazer; e conservação ou proteção de áreas de interesse histórico, turístico ou ambiental.
Por outro lado, o estabelecimento do lote mínimo, para efeito de parcelamento do solo, constitui medida de política urbanística indispensável à execução das atribuições do poder público inerentes ao desenvolvimento da cidade, pois viabiliza o planejamento das ações com vistas à melhor alocação de recursos.
Trata-se de matéria de interesse local, passível, portanto, de normatização pelo Município, nos termos do art. 30, I e VIII, da Constituição Federal, e que está inserta no rol da iniciativa legislativa privativa do Chefe do Poder Executivo, conforme art. 43, §1º, da Lei Orgânica de Lauro de Freitas.
Em razão do exposto, encaminha-se a presente proposição com pedido de tramitação em REGIME DE URGÊNCIA, nos termos do artigo 126 do Regimento Interno dessa Câmara Municipal.
Na certeza de contar com o apoio dessa Casa Legislativa na aprovação da inclusa propositura, aproveito o ensejo para renovar os protestos de estima e consideração.
Lauro de Freitas, 27 de maio de 2014.
MÁRCIO ARAPONGA PAIVA
Prefeito Municipal

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