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Tema organização de bibliotecas

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ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DE UMA BIBLIOTECA
 Silvia Silva de Souza
José Pedro Gomes Klein
RESUMO:
Neste documento foi proposto interesses no aspecto físico como o mais relevante para organização de uma biblioteca. Existem diversos espaços que compõe o seu todo, bem como especificidades dos seus setores. Para que sua estrutura funcione com eficiência, atendendo às demandas de usuários, é necessário se implantar uma biblioteca/unidade informacional, estabelecendo condições mínimas de espaço e dos locais de instalação até adequação de sua estrutura já existente. Esta pesquisa bibliográfica, fornece informações que servirão de base para construção objetiva no planejamento desse espaço físico, como a temperatura, a umidade, a ventilação, os tipos de pisos, paredes, tetos e outros cuidados estruturais, a área de armazenamento, o mobiliário e o layout, com objetivo de auxiliar planejadores, arquitetos e bibliotecários como devem proceder de uma forma mais coesa e sistemática. Este conjunto de técnicas e processos quando bem aplicados facilitam no resultado final na satisfação, qualidade e dinamismo do serviço bibliotecário como um todo.
Palavras-chave: Organização. Biblioteca. Estrutura. 
1. INTRODUÇÃO:
Seguindo uma linha tradicional ou moderna, a biblioteca pretende cativar e sensibilizar seu usuário, e tornar-se um espaço para leitura, pesquisa e cultura. Como realizar este projeto de construir uma biblioteca com eficiência? Para isto, é necessário conhecer as características do local onde se instala a biblioteca: clima, temperatura, umidade, posição solar do prédio ou sala, peculiaridades do terreno. Além de conhecer estas características locais e os usuários interno e externo, um projeto para biblioteca deve considerar os recursos financeiros existentes. 
O planejamento de uma biblioteca sempre inicia com análise do espaço físico disponível, considerando seu crescimento progressivo, e seu melhor aproveitamento. Para a instalação de uma unidade devemos, observar o local e o acervo. Entre tanto estes itens vão depender dos objetivos da unidade, da quantidade de usuários e funcionários, dos serviços prestados, das perspectivas futuras e dos recursos financeiros de que a biblioteca/unidade informacional dispõe.
O espaço deve ser planejado levando-se em conta a área de atividade (espaço dos leitores e bibliotecários); a área de circulação e a área de armazenamento; E entre estes três espaços, estão incluídos diversos outros como: a recepção; os espaços de leitura; áreas de estudo; banheiros; áreas de processamento técnico; acervo de livros e outros tipos de acervos além dos espaços de multimídia. 
Objetivo desse artigo é ensinar como obter uma biblioteca dinâmica e melhorando o desempenho do leitor mostrando que as etapas na construção auxiliam nessa qualidade.
Almeida (2005, p. 112) aponta, tem se por objetivo “chegar a um edifício de biblioteca inteligente, entendendo-se como tal aquele que maximiza a eficiência dos ocupantes - a equipe de trabalho e os usuários - e permite gerenciamento eficaz dos recursos com menor tempo e esforço, atingindo assim referenciais de qualidade.”
2. O ESPAÇO FÍSICO DA BIBLIOTECA:
Portanto o espaço da biblioteca deve ser pensado em função do seu acervo e das atividades que serão desenvolvidas. Segundo Linhares (1984), a biblioteca/unidade informacional deve contar com pelo menos 60 m². Ele calcula que, ao final de cinco anos, esta área aumente em 30%. Outra forma sugerida por ele para se calcular a área necessária é considerar 2 m² por usuário e 15 m² por empregado. Estes valores incluem o equipamento e o acervo bibliográfico. 
Para Costa (2007), um usuário adulto, sentado em uma mesa de aproximadamente 76 cm de largura, deve ocupar um espaço total de 2 a 3 m², enquanto um empregado deve ocupar de 10 a 12 m². E estas medidas variam em função do tamanho da mesa e do maior ou menor conforto que o espaço pode proporcionar. Para as estantes de livros e de periódicos o espaço poderá ser de 10 m² para cada 1000 volumes e se for uma estante expositora, o cálculo é de 3 m². Com relação ao espaço para leitura calcula-se 1,5 lugares para cada 1000 hab.
Existe uma série de características essenciais no planejamento do espaço físico de uma biblioteca como: ser flexível; compacto; diversificado; acessível; espaço organizado; agradável; econômico e com preocupação com a preservação.
O planejamento físico é bastante eficaz e suas características são evidentes produtivo -organização, estruturação das máquinas, equipamentos e pessoas; ou seja, o arranjo físico é a primeira coisa que as pessoas notam...(SLACK et al., 2009).
2.1. TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAÇÃO:
O acervo de uma biblioteca é sensível a mudanças excessivas de temperatura e de umidade acentuada. E estas mudanças podem ocasionar o surgimento de fungos e bactérias nos diversos tipos de suportes.
O local deve possuir também boas condições de temperatura, iluminação etc., que o tornem agradável e saudável. A temperatura da biblioteca deve ser mantida entre 19ºC e 23ºC. Na impossibilidade de manter o ar condicionado permanentemente ligado e controlado, a recomendação é manter o ambiente arejado naturalmente.
Em geral, as fontes utilizadas na iluminação interna são luz natural e as lâmpadas fluorescentes. A luz natural quando incide sobre o acervo é prejudicial porque apresenta um nível elevado de radiação, já as lâmpadas frias, de fácil manutenção, também prejudicam o papel tornando-o- amarelado. Portanto, devem ser usados protetores (persianas) na direção das estantes, evitando o calor próximo dos livros/materiais/acervo.
Figura 1: Biblioteca Escolar
Fonte: Medeiros Oliva Arquitetura (2017) 
2.1. PISOS, PAREDES , TETOS E OUTROS CUIDADOS ESTRUTURAIS:
Segundo Almeida (2005), o piso ideal é aquele que, além de bonito e silencioso, não exala nenhum poluente nocivo, não favorece a infestação de insetos, é impermeável e resistente à água, à prova de fogo e é de fácil manutenção. Os mais pisos mais ideias são os frios, desde que corretamente instalados, sem desníveis evitando acidentes. 
Quanto aos tetos e coberturas das bibliotecas, merecem qualidade que garantam impermeabilização evitando infiltrações. Além disso, paredes úmidas causam proliferação de fungos.
Nas instalações hidráulicas, é necessário evitar tubulações nas áreas de acervo e inadequadas para que não haja umidade e crescimento de mofo.
À rede elétrica, deve haver instalações de dispositivos de desligamento imediato, lógica no cabeamento e ligações, permitindo a ampliação dos pontos e a expansão da rede.
Quanto à segurança, ter um plano de prevenção contra incêndio, curto circuito, enchentes e outros sinistros. Não esquecendo a segurança dos usuários e funcionários quanto a assaltos.
Em relação aos ruídos, reduzi-los ao mínimo desejável, por volta de 30/35 decibéis. Podendo-se adotar revestimento de forro, piso e paredes que ofereçam boa absorção de som. Adotar divisórias de ambiente ou utilizar estantes como barreiras entre locais ruidosos e outros onde o silencio é necessário.
Delimitar as ações por áreas de interesse: área de leitura, área de trabalho em grupo, área de tratamento técnico etc. 
Quanto à questões de segurança, deve se estar atentos contra alguns riscos: quedas de estantes, incêndio, insetos/roedores/traças..
Manter o local sempre limpo, impedir o consumo de alimentos são medidas preventivas. 
2.2. ÁREA DE ARMAZENAMENTO, MOBILIÁRIO E LAYOUT:
Para definição da área necessária ao acervo existem padrões internacional para diferentes bibliotecas. A área de armazenamento deve ser arejada para facilitar a dispersão da poeira. O planejamento dessa área deve permitir o uso de mobiliário variado para atender a aspectos pertinentes como mostra a figura abaixo:
Figura 2: Aspectos pertinentes a escolha do mobiliário
Fonte: Mattos (2019, p.23)
Entre os critérios para escolha do mobiliário estão a qualidade, durabilidade, manutenção, funcionalidade e ergonomia, flexibilidade e modularidade. 
A guarda de publicações e outros materiais em armáriosseguem os mesmos critérios adotados para estantes.
Um bom layout facilita e aperfeiçoa os fluxos existentes nesses espaços, racionalizando o aproveitamento dos recursos materiais disponíveis.
Segundo Cury (2007, p. 396)
Layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias primas.
3. METODOLOGIA: 
Para elaboração deste trabalho que foi construído a partir de pesquisa bibliográfica qualitativa, com embasamentos teóricos. Foram coletadas várias informações de literaturas referentes ao assunto estudado, publicações na internet de artigos relacionados, livros de autores renomados, revistas, monografias e teses, entre outras publicações.
Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 158) “[...] um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema.”
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
Para Pereira (2009) o espaço da leitura deve ser um espaço privilegiado, sendo por isso, fundamental prevê-lo no momento da construção ou de reformas das escolas. Uma biblioteca apropriada e construída para leitores, livros e outros materiais de leitura, representa o primeiro estímulo à leitura.
Projetar uma biblioteca consiste em concentrar esforços para criar ou aprimorar atividades que estejam de acordo com a função e objetivos. As etapas do planejamento estrutural, funcional e organizacional fazem parte desse processo. Detalhamentos da estrutura física e organização do acervo.
Assim foram considerados os itens de infraestrutura, armazenamento, e outros serviços, oferecidos, dando condições para introdução de planejamento operacionais visando a satisfação e necessidades de adaptação de uma biblioteca ou projeto da mesma.
5. CONCLUSÃO:
O objetivo desse artigo foi de apresentar as formas mais comuns de como planejar a organização de uma biblioteca, formas essas, que quando bem aplicadas, maximizam os processos, otimizando e melhorando o aproveitamento dos espaços físicos com maior qualidade, satisfação e dinamismo, tornando a biblioteca mais segura e eficiente.
Esse processo é de suma importância, pois melhora o desenvolvimento do serviço prestado em uma biblioteca, tornando-o mais funcional e evitando desperdiço de materiais inadequados, readequando e mudando layouts e/ou outros arranjos físicos em todas as suas instalações, proporcionando um fluxo eficiente nas atividades da biblioteca.
Fica claro que o arranjo físico, harmoniza a movimentação do ambiente, passando desde matéria-prima no processo de construção ou reforma, até o acabamento do setor.
REFERÊNCIA:
ALMEIDA, M.C.B. de. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. 2. ed. rev. e ampl. Brasília: Briquet de Lemos, 2005.
COSTA, K. de S. B. D. da. Organização de Bibliotecas: espaço físico. São Paulo: Senac, 2007.
CURY, Antonio. Organização e métodos uma visão holística, perspectiva comportamental e abordagem contingencial. São Paulo: Atlas, 2007.
LAKATOS, E. M.; Marconi, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas 2003.
LINHARES, Emma. Como organizar um centro de documentação de formação profissional. Tradução: João Gomes dos Santos. Rio de Janeiro: SENAI/DN/DPEA, 1984. 110 p.
FILHO, Osvaldo de Lima; MALAGUTTI, Thiago Francisco. A importância do layout para o aumento da produtividade. Techoje uma revista de opinião. Disponível em: http://techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1661.html/ Acesso em: 3 jun. 2020.
GOULART, Ilsa do Carmo Vieira; DIAS, Magna Alves; LELIS, Danielle Oliveira. O espaço físico das bibliotecas públicas escolares: entre o legal e o real. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v.15, n.2, maio/ago., 2019. Disponível em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/630/1125.html/ Acesso em: 3 jun. 2020.
MATTOS, Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas. Organização de unidade de informação. 1. ed. Indaial: Uniasselvi, 2019.
PEREIRA, Andréa Kluge. Biblioteca na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2009. 57 p.
SLACK, N. et al. Administração da produção. 3. Ed. São Paulo: atlas, 2009.
� Silvia Silva de Souza
� José Pedro Gomes Klein
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Biblioteconomia (FLX1725) – Pratica do Módulo V –15/06/2020

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