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toxicologia de inseticidas 1

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TOXICIDADE : 
INSETICIDAS 
Erica do Carmo 
Giselle Rianelli 
 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
“Toxicologia é a ciência que estuda as 
intoxicações, os venenos que as produzem, seus 
sintomas, seus efeitos, seus antídotos e seus 
métodos de análise. O termo tóxico vem do grego 
toxicon que quer dizer flecha envenenada.” 
 
2 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toda substância, segundo a Toxicologia, pode ser 
considerada um agente tóxico, dependendo das condições 
de exposição, como dose administrada ou absorvida, tempo 
e frequência de exposição (respiratória, oral dérmica, 
parental). A toxicidade de uma substância a um organismo 
vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar 
dano grave ou morte. 
3 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
4 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Em toxicologia vários são os aspectos a serem 
estudados. Focaremos a Toxicocinética, Toxicodinâmica 
quadro clínico e tratamento das intoxicações por 
específicas substâncias, pontos fundamentais no estudo 
da Toxicologia. 
 
A TOXICOCINÉTICA é o estudo da relação entre a 
quantidade de um agente tóxico que atua sobre o 
organismo e a concentração dele no sangue, relacionando 
os processos de ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO e 
ELIMINAÇÃO do agente, em função do tempo. 
 
A TOXICODINÂMICA compreende a interação entre 
as moléculas do toxicante e os sítios de ação específicos 
ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento 
de desequilíbrio homeostático. 
 
5 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA 
 
Toxicidade aguda: quantidade do inseticida que 
aplicada uma única vez em cada indivíduo de uma 
população resulta em 50% de mortalidade. O inseticida 
pode ser aplicado topicamente e via ingestão. 
Toxicidade subaguda: é caracterizada pela 
exposição de 14 dias a três meses à determinada 
substância. 
Toxicidade crônica: é a quantidade do inseticida 
que provoca a morte de 50% dos indivíduos de uma 
população-teste, quando aplicada várias vezes em cada 
um dos indivíduos dessa população. A dose é determinada 
após várias aplicações de subdosagens e os efeitos 
esperados ocorrem em longo prazo. 
 
6 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA 
Baseia-se nos dados de toxicologia aguda do produto 
e componentes da formulação. 
 
 
 
7 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
A Dose Letal (DL 50) é a dose de uma substância química 
que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da 
mesma espécie, quando administrada pela mesma via. 
 
 
A Concentração Letal (CL 50) é a concentração atmosférica 
de uma substância química que provoca a morte de 50% de 
um grupo de animais expostos, em um tempo definido. 
 
8 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vermelho: Classe I Extremamente tóxico (DL50 < 50 mg/kg de peso vivo); 
 Amarelo: Classe II Altamente tóxico (DL50 – 50 a 500 mg/kg de peso vivo); 
 Azul: Classe III Medianamente tóxico (DL50 – 500 a 5000 mg/kg de peso vivo); 
 Verde: Classe IV Pouco tóxico (DL50 > 5000 mg/kg de peso vivo). 
 
9 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
No Brasil, as intoxicações agudas por praguicidas 
ocupam a terceira posição dentre os agentes causais, 
sendo a maioria dos casos por inseticidas (73%, 
organofosforados, piretróides, carbamatos e 
organoclorados), raticidas (15,3%) e herbicidas (9,7%), e 
apresentam como principais circunstâncias as tentativas 
de suicídio, os acidentes e as ocupacionais. 
 Existem diferentes classes de praguicidas e neste 
trabalho falaremos dos exclusivamente dos inseticidas; 
suas características e o relato de casos reais de 
intoxicação. 
 
10 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Os inseticidas são usados pelo homem desde a 
antiguidade e surgiram com a necessidade de proteger as 
colheitas dos ataques de insetos, que a cada ano 
comprometiam uma parcela maior da produção agrícola. 
São produtos químicos largamente utilizados no 
controle de pragas; ou seja, são tipos de pesticidas usados 
para exterminar insetos, destruindo ovos e larvas 
principalmente, quer de forma isolada ou em programas 
de manejo integrado. Na escolha de um inseticida deve-se 
levar em consideração não apenas a sua eficácia, bem 
como outros aspectos relevantes, como a seletividade aos 
inimigos naturais de pragas, toxicidade ao homem e 
animais, resistência de pragas, persistência no meio 
ambiente e custo do produto. 
 
11 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Inseticidas para uso doméstico e para plantas 
cultivadas em vasos ou jardins residenciais devem de 
acordo com a legislação sanitária, ter ingredientes ativos 
ou formulações que apresentem potencial de risco 
relativamente baixo para o homem. Usualmente, são três 
os grupos químicos mais utilizados para essas finalidades, 
como dito antes: organofosforados, carbamatos e píretro 
(piretrinas, piretróides). 
Incluímos também os organoclorados que, apesar 
de não serem mais tão utilizados, caracteriza bem o poder 
toxicante desse tipo de praguicida. 
 
12 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
CARACTERÍSTICAS DOS 
PRINCIPAIS GRUPOS 
QUÍMICOS, TOXOCINÉTICA, 
TOXODINÂMICA, QUADRO 
CLÍNICO E TRATAMENTO 
 
13 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS 
 
Desenvolvidos na década de 40, foram os primeiros 
a substituírem os representantes do grupo dos 
organoclorados, aos quais os insetos já apresentavam 
resistência. Possuem uma ampla gama de produtos 
agrícolas e sanitários, desde os extremamente tóxicos até 
aqueles com baixa toxicidade. 
São ésteres, amidas ou derivados tiol dos ácidos de 
fósforo, enxofre e nitrogênio. 
14 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
15 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicocinética: São bem absorvidos por todas as vias 
(oral, dérmica, respiratória, pele e mucosas) por serem 
altamente lipossolúveis. A presença de solvente orgânico 
(hidrocarboneto), comumente adicionado às formulações dos 
agrotóxicos, intensifica a absorção. 
Depois de absorvidos, os organofosforados e seus 
produtos de biotransformação são rapidamente distribuídos 
por todos os tecidos atingindo concentrações maiores no 
fígado e rins, mas não se acumulam por tempo prolongado. 
Os organofosforados, diferentemente dos carbamatos, 
atravessam com facilidade a barreira hematoencefálica, 
produzindo quadros neurológicos. A eliminação é urinária 
para a maioria dos compostos nas primeiras 48h. 
 
16 
Fórmula do carbamato de uso 
comercial Aldicarb ou "chumbinho", 
um dos praguicidas mais tóxicos 
disponíveis no mercado. 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicodinâmica: Exercem sua ação 
principalmente por inibição das enzimas colinesterases, 
causando aumento dos impulsos nervosos, o que 
determina a sua toxicidade. São igualmente inibidores 
dessas enzimas, embora por mecanismos diferentes. 
Têm sido descritos casos de malformação 
congênita relacionados aos organofosforados, mas os 
estudos deles não são conclusivos. O modo de ação é por 
contato ou ingestão. 
 
 
17 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Quadro clínico: Os sintomas podem aparecer 
em poucos minutos ou até 12hs depois da exposição. 
A causa principal de morte na intoxicação aguda é a 
insuficiência respiratória aguda. 
As manifestações iniciais de intoxicação, 
relacionadas como o sistema nervoso central incluem 
cefaléia, tonturas, desconforto, agitação, ansiedade, 
tremores, dificuldade para se concentrar e visão 
turva. Foram apontadas algumas sequelas, meses 
depois da intoxicação aguda ou por exposição 
repetida, caracterizadas por cefaléia persistente, 
perda da memória, confusão, fadiga e testes 
neuropsicológicos alterados. 
No trato gastrintestinal, náuseas, vômitos, 
câimbras abdominais e diarréias são os efeitos mais 
frequentes. A incontinência fecal ocorre nos casos 
graves. 
 
 
18 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Tratamento: Pode ser dividido em medidas de 
ordem geral e medidas específicas, que, segundo a 
gravidade do caso, deverão ser realizadas ao mesmo 
tempo. Basicamente, utilizam-seatropina e oximas para 
os casos de intoxicação por esses inseticidas. 
 
19 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
20 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
INSETICIDAS PIRETRINA E PIRETRÓIDES 
 
Este grupo de inseticidas sintéticos foi introduzido no 
mercado na década de 1970 e surgiu de outra classe de 
praguicidas de origem botânica, o píretro, mistura de 6 
ésteres extraídos das flores de crisântemos, após 
modificações feitas para melhorar sua estabilidade no 
ambiente. 
21 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
 
 
 
 
 
A estrutura química das piretrinas é a base para uma 
variedade de inseticidas sintéticos 
chamados piretróides tais como a permetrina e 
cipermetrina. Tanto a piretrina I quanto a II 
são ésteres relacionados ao seu núcleo 
de ciclopropano. 
Piretrina I, R = CH3 
Piretrina II, R = CO2CH3 
22 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicocinética: Tanto as piretrinas como os 
piretróides são prontamente absorvidos por via oral e, 
em pequena quantidade, por dérmica. Após absorção, 
distribuem-se rapidamente no organismo. A alta 
lipossolubilidade e a presença de uma glicoproteína 
transportadora favorecem a entrada dos piretróides no 
cérebro. No Sistema Nervoso Central e Periférico, 
prolongam a abertura dos canais de sódio da membrana 
celular retardando a repolarização, o que determina 
paralisia nervosa. 
23 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicodinâmica: A intoxicação aguda ou 
superdosagem é pouco frequente, mas, pode ocorrer 
devido à elevada concentração nos produtos agrícolas. A 
intoxicação por ingestão é rara, provavelmente, pela 
rápida metabolização hepática. A absorção intestinal é 
pequena assim como a absorção por pele intacta é baixa. 
São rapidamente excretados pela urina. 
24 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
 
Quadro clínico: Os sinais e sintomas ocasionados 
por intoxicação aguda pelos vários tipos de piretrinas e 
piretróides são bastante similares. O início dos sintomas 
depende da via e da dose. As manifestações mais 
comuns na exposição dérmica são: eritema, vesículas, 
parestesias e sensação de queimação, prurido nas áreas 
atingidas, principalmente a pele do rosto, do pescoço, do 
antebraço e das mãos. Estes sintomas pioram com o 
suor e água morna. 
 
25 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Nas intoxicações pela via digestiva geralmente 
ocorrem dor epigástrica, náuseas e vômitos, que se 
iniciam num período de 10 a 60 minutos após a 
ingestão. Os sintomas sistêmicos mais importantes são: 
cefaleia, anorexia, fadiga e fraqueza. Pacientes que 
ingeriram entre 200 e 500 ml evoluíram para coma num 
período de 15 a 20 minutos. Também podem ocorrer 
convulsões, variando com frequência durante vários dias 
ou semanas. 
Após a inalação, os achados clínicos mais comuns 
são: coriza, congestão nasal e sensação de “garganta 
arranhada”. 
26 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Tratamento: Não há antídoto específico. Pacientes 
assintomáticos devem ser observados no mínimo 
durante 6 horas após a exposição. A primeira medida 
essencial é manter as funções vitais e o controle das 
convulsões com diazepam. Para contato dérmico, deve-
se lavar o local com água fria e sabonete. 
A descontaminação gástrica, através de lavagem, 
deve ser realizada preferencialmente até duas horas 
após a ingestão, em caso de doses maciças. É indicada a 
administração de uma dose de carvão ativado por via 
oral ou sonda nasogástrica. 
 
27 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
ORGANOCLORADOS 
 
Este grupo de inseticidas tem como característica 
marcante, um prolongado efeito residual, tendo alta 
persistência no ambiente e por sua capacidade de se 
acumular nos seres vivos, principalmente, em humanos, 
além de seu efeito carcinogênico observado em animais 
de laboratório 
São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou 
do ciclodieno. Foram muito utilizados na agricultura, 
como inseticidas, porém, seu emprego tem sido 
progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex: 
Aldrin®, Endrin®, BHC®, DDT®, Endossulfan®, 
Heptacloro®, Lindane®, Mirex®; 
28 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
O uso da maioria dos organoclorados está 
proibido no País. Ainda são empregados na 
agricultura (no controle de insetos), na saúde pública 
(controle de vetores) e na indústria farmacêutica 
(tratamento de ectoparasitas especialmente piolhos e 
escabiose). 
São características a sua estabilidade química, 
alta solubilidade lipídica, armazenamento em tecidos 
biológicos e alta persistência ambiental. 
 
 
29 
O DDT é classificado como um 
organoclorado, composto por átomos 
de carbono (C), hidrogênio (H) e 
cloro (Cl). 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicocinética: são bem absorvidos por via oral e 
inalatória. A absorção por todas as vias é aumentada em 
presença de lipídios (alimentos, veículos, solventes). 
Altamente estável e lipossolúvel, com 
armazenamento em tecidos com alto teor lipídico (fígado, 
rins, sistema nervoso e tecido adiposo). O 
emagrecimento pode liberar depósitos para a circulação, 
com efeitos tóxicos significativos. Atravessam a barreira 
hematoencefálica e placentária. 
A maior parte é realizada através das fezes de forma 
inalterada. Os metabólitos são eliminados na urina e 
também pelo leite materno. 
30 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Toxicodinâmica: Excitação neuronal direta, 
especialmente SNC, causando estimulação, atividade 
muscular involuntária, alterações comportamentais, 
depressão dos centros respiratórios; 
- Podem sensibilizar o miocárdio aos efeitos das 
catecolaminas endógenas predispondo arritmias. Muitos 
causam lesões hepáticas (indução microssomal) ou 
renais (menos frequente), possivelmente devido à 
formação de metabólitos tóxicos; 
- Alteram propriedades eletrofisiológicos e 
enzimáticas da membrana celular nervosa. 
31 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Quadro clínico: 
Intoxicação Aguda: Após exposição oral, as 
manifestações surgem num período de 45 min a várias horas. 
Inicialmente, observa-se quadro gastrintestinal com náuseas, 
vômitos, diarréia, mal estar, tosse e dermatites. A estimulação 
do SNC ocorre com tontura, vertigens, cefaléia, alterações 
comportamentais, irritabilidade, desorientação, tremores. A 
morte é frequentemente decorrente de depressão respiratória. 
Convulsão pode ser a primeira manifestação para 
Lindano, Aldrin, Dieldrin e Toxafeno podendo ocorrer em 
menos de 20min. da ingestão. 
Reações de pele: urticária, hipersensibilidade, dermatite. 
Se o produto contém solventes derivados do petróleo, 
considerar a possibilidade de pneumonia química, pelo risco 
de aspiração. 
Intoxicação Crônica: Perda de peso, fraqueza 
muscular, ataxia, cefaléia, irritabilidade, insônia, anemia, 
alterações hepáticas. Efeitos estrogênicos. Alterações de pele: 
fotossensibilização e dermatite. 
32 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Tratamento: 
Assistência respiratória (intubação, oxigênio) com 
monitorização cardíaca por, no mínimo, 6-8 h. 
A indução de vômitos está contra-indicada pelo risco 
de convulsão súbita e aspiração. Proceder a Lavagem 
Gástrica seguido de Carvão Ativado e catártico salino. Na 
ingestão de pequena quantidade, fazer uso imediato do 
Carvão Ativado sem Lavagem Gástrica. 
Não usar substâncias oleosas (catárticos, alimentos) 
pois aumentam a absorção dos 
organoclorados.Exposições/contaminações em pele, 
cabelos, unhas, olhos e inalação, proceder a 
descontaminação específica. 
 
 
33 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
CASOS REAIS DE 
INTOXICAÇÃO POR 
DDT® E INSETICIDA 
DOMÉSTICO 
34 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
PROTESTO DO 
DDT 
 
35 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
“Noticia sobre DDT (www.rondoniadinamica.com.br) 
Publicada em 20/08/2009.) 
 
O pagamento de pensão vitalícia no valor de R$ 
2.075, aos trabalhadores da extinta Superintendência de 
Campanhas de Saúde Pública (Sucam), contaminados 
pelos inseticidas DDT® (dicloro-difenil-tricloroetano) e 
Malathion, foi aprovada pela Comissão de Seguridade 
Sociale Família, na Câmara, na quarta-feira (19). 
 
 
36 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 O deputado do PT, diz ainda que é preciso um 
urgente posicionamento das autoridades do Governo 
Federal, e em especial do Ministério da Saúde, com relação 
ao drama vivenciado pelos ex-guardas da Sucam 
(organismo que antecedeu a atual Fundação Nacional de 
Saúde – Funasa), vitimas por contaminação por contato 
prolongado com o inseticida Dicloro-Difenil-Tricloroetano, 
que ficou conhecido popularmente como DDT®, utilizado 
no combate a malária por várias décadas. 
 
37 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com autor do projeto, a inalação desses 
inseticidas pode causar sintomas como tosse, 
rouquidão, irritação da laringe e traqueia, edema 
pulmonar e bradipnéia (lentidão anormal da respiração). 
Quando ingeridos, produzem também náuseas, vômitos, 
diarreia e cólicas abdominais e, a longo prazo, provocam 
perda de peso, anorexia, anemia leve, tremores, 
hiperexcitabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia, 
fraqueza muscular e dermatoses.” 
 
38 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
 
Inoculação de inseticida 
doméstico por via SC: Relato de 
caso. 
39 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Intoxicações por via parenteral (via venosa) são pouco 
frequentes por não ser via comum de exposição a estes 
produtos, ficando restritos às exposições intencionais. Dados do 
SINITOX(2002) revelaram que 2,99% dos casos registrados de 
intoxicação humana por agentes tóxicos foram atribuídos aos 
inseticidas de uso doméstico e 29,68% destes casos foram 
tentativas de suicídio. 
Existem poucos relatos em literatura científica de 
exposições parenterais a estes produtos, mas os solventes 
usados como veículos destes inseticidas parecem ser os 
responsáveis pelo grande dano tissular (lesão a nível tecidual) 
que ocorre após sua inoculação. 
 
40 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Descrição do Caso: No mês de abril de 2003 foi reportado ao 
nosso serviço, por um médico da cidade do Rio de Janeiro - RJ, um 
caso de tentativa de suicídio de um paciente de 24 anos, masculino, 
que inoculara 06 dias antes, em tecido subcutâneo de antebraço E, 
cerca de 05 ml de apresentação comercial de inseticida doméstico, 
cujos princípios ativos são d-aletrina, permetrina e tetrametrina e 
veículo à base de solventes. 
Internado no dia da inoculação, apresentava na ocasião “botão 
anestésico” de cerca de 02 cm de diâmetro. Evoluiu com edema, 
eritema e ulceração central da lesão, piora progressiva, chegando a 
apresentar cerca de 17 X 10 cm de extensão no 15º dia. Na evolução 
apresentou abscesso com secreção , aspecto de tecido adiposo 
liquefeito e cultura negativa. 
 
41 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
Houve exposição de tendões e músculos, que permaneceram 
preservados. Realizado procedimento cirúrgico com desbridamento 
local e colocação de dreno. A mobilidade se manteve preservada. No 
17º dia houve estabilização do crescimento da lesão e no 25°dia de 
evolução o paciente teve alta hospitalar, mantendo acompanhamento 
ambulatorial, com curativos e desbridamento. Um enxerto local foi 
realizado no 45º dia, com boa resposta. Encaminhado para 
fisioterapia motora. Não houve comprometimento sistêmico. Em 
seguimento do paciente no mês de julho de 2005 o mesmo referiu 
ausência de qualquer seqüela ou limitação motora. 
Discussão: Embora existam poucos relatos sobre a ação de 
inseticidas, em formulações de uso doméstico, estes descrevem uma 
celulite química que pode progredir com necrose tecidual e formação 
para um abscesso estéril. O quadro foi semelhante aos casos relatados 
em literatura científica. O paciente não apresentou sinais de toxicidade 
sistêmica atribuídos ao princípio ativo ou veículo do produto. 
 
42 
TOXICOLOGIA: INSETICIDAS 
 
Bibliografia: 
 
 - OGA, Seizi; CAMARGO, M. M. de A.; BATISTUZZO, 
J. A. de O. Fundamentos de Toxicologia, 3° Ed., São 
Paulo: Atheneu Editora, 2008. 
 RAMOS, M. M. R. V.; TOMAZIN, C. C.; ZAMBRONE, 
F. D. A. Inoculação de inseticida doméstico por via 
SC: Relato de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 
TOXICOLOGIA, 14., 2005, Recife. Resumos... Recife: 
Revista Brasileira de Toxicologia, 2005. Vol. 18, 
suplemento. 
 www.rondoniadinamica.com.br/ notícia de 
20/08/2009. 
 http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.orga.htm 
 
43

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