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6 - Empresarial

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Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
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Material de conceitos básicos. 
Apenas os conceitos constantes do título e os conceitos correlatos, o ótimo é inimigo do bom. 
Forma de montar os conceitos: sempre buscar um padrão/ORDEM de raciocínio que ajude a 
construí-lo de forma espontânea; 
Prazo: 05/05/2019 + você DEVE ir postando as parciais 
Sumário 
PONTO 1 - ORIGENS E HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL. TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO. TEORIA DA 
EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESARIAL E MERCADO. ............................................................................................................ 8 
1. O QUE SE ENTENDE POR DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL? ...................................................................................................... 8 
2. QUAL A ORIGEM DO DIREITO EMPRESARIAL? ............................................................................................................................. 8 
3. DISCORRA SOBRE AS FASES HISTÓRICAS DO DIREITO EMPRESARIAL. ............................................................................................. 8 
PONTO 2 - O DIREITO CIVIL E O DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL: AUTONOMIA OU UNIFICAÇÃO. FONTES DO DIREITO 
COMERCIAL/EMPRESARIAL. OS PERFIS DO MERCADO. ........................................................................................................ 9 
4. COM O CÓDIGO CIVIL DE 2002 HOUVE UMA UNIFICAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL? .................................................................... 9 
5. O CÓDIGO CIVIL REVOGOU TODO O CÓDIGO COMERCIAL? .......................................................................................................... 10 
6. QUAIS AS FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL? ......................................................................................................................... 10 
7. SEGUNDO ASQUINE, QUAIS SÃO OS PERFIS DO MERCADO? ......................................................................................................... 10 
PONTO 3 - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS E SUA INSTRUMENTALIDADE PARA O FUNCIONAMENTO DO 
MERCADO. ......................................................................................................................................................................... 11 
8. QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS? ......................................................................................... 11 
9. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA? ............................................................................................................................ 11 
10. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA? ................................................................................................................... 11 
11. QUAL A RELAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS E O MERCADO? ................................................................ 12 
PONTO 4 - DIREITO DE EMPRESA NO CÓDIGO CIVIL. A EMPRESA E O EMPRESÁRIO. NOÇÃO ECONÔMICA E JURÍDICA DE 
EMPRESA. EMPRESÁRIO E SOCIEDADE EMPRESÁRIA. A ATIVIDADE EMPRESARIAL. CAPACIDADE. EMPRESÁRIO RURAL. 
OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS. ......................................................................................................................... 12 
12. DIFERENCIE EMPRESA E EMPRESÁRIO. ................................................................................................................................. 12 
13. NOÇÃO ECONÔMICA E JURÍDICA DE EMPRESA. ....................................................................................................................... 12 
14. QUAIS OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À CARACTERIZAÇÃO DO EMPRESÁRIO?.............................................................................. 13 
15. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E A SOCIEDADE EMPRESÁRIA? .................................................. 13 
16. QUAIS OS AGENTES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO? ............................................................................. 14 
17. QUAL A RELEVÂNCIA DA CORRETA IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE COMO EMPRESÁRIA? ................................................................... 14 
18. SENDO A COOPERATIVA SOCIEDADE SIMPLES, SEU REGISTRO TAMBÉM É FEITO NO RCPJ? ................................................................. 15 
19. EXISTEM IMPEDIMENTOS AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL? ........................................................................................ 15 
20. PESSOA INCAPAZ PODE EXERCER EMPRESA? .......................................................................................................................... 15 
21. O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL CASADO PODE ALIENAR BENS IMÓVEIS QUE INTEGREM O PATRIMÔNIO DA EMPRESA? ................................ 16 
22. QUAIS SÃO AS OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS? .......................................................................................................... 16 
 
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23. OS LIVROS EMPRESARIAIS POSSUEM FORÇA PROBANTE? .......................................................................................................... 17 
24. O JUIZ PODE ORDENAR A EXIBIÇÃO DOS LIVROS EMPRESARIAIS? ................................................................................................ 17 
PONTO 5 - REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS. ESCRITURAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS PERIÓDICAS. .................................................................................................................................................... 18 
25. QUAIS AS FINALIDADES DO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS? .................................................................................. 18 
26. QUAL O SISTEMA CRIADO PELA LEI N. 8.934/94 E COMO É SUA COMPOSIÇÃO? ............................................................................ 18 
27. AS JUNTAS COMERCIAIS SE SUBORDIMAM A QUAL ÓRGÃO? QUAL A RELEVÂNCIA DA MATÉRIA? ........................................................ 19 
28. QUAIS OS ATOS DE REGISTRO PRATICADOS PELAS JUNTAS COMERCIAIS? ...................................................................................... 19 
29. O EMPRESÁRIO DEVE SEGUIR SISTEMA DE CONTABILIDADE? ..................................................................................................... 20 
PONTO 6 - EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. NOME 
EMPRESARIAL. DIREITOS E OBRIGAÇÕES RELATIVAS À PROPRIEDADE INDUSTRIAL: LEI NO 9.279, DE 14/5/1996. ............ 20 
30. CONCEITUE E DÊ A NATUREZA JURÍDICA DA EIRELI. ................................................................................................................ 20 
31. QUAL LEGISLAÇÃO É APLICÁVEL À EIRELI? ............................................................................................................................. 20 
32. POR QUE O NOME DADO PELO LEGISLADOR NÃO É TECNICAMENTE CORRETO? .............................................................................. 20 
33. PESSOA JURÍDICA PODE SER TITULAR DE EIRELI? ..................................................................................................................... 21 
34. COMO SE DÁ A INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DA EIRELI? ............................................................................................... 21 
35. O INSTITUTO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SE APLICA À EIRELI? .................................................................. 21 
36. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A EIRELI, O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E A SUBSIDIÁRIA INTEGRAL?........................................................ 21 
37. COMO SE DÁ A CONSTITUIÇÃO DA EIRELI E ONDE É FEITO SEU REGISTRO? ................................................................................... 22 
38. CONCEITUE ESTABELECIMENTO EMPRESARIALE DÊ SUA NATUREZA JURÍDICA. ............................................................................... 22 
39. COMO O TÍTULO DE ESTABELECIMENTO É PROTEGIDO?............................................................................................................ 23 
40. DIFERENCIE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, PONTO, FUNDO DE COMÉRCIO, AVIAMENTO E CLIENTELA. ........................................... 23 
41. O QUE É O CONTRATO DE TRESPASSE? ................................................................................................................................. 24 
42. QUAIS OS REQUISITOS PARA QUE O CONTRATO DE TRESPASSE PRODUZA EFEITOS PERANTE TERCEIROS? E ENTRE AS PARTES? .................. 24 
43. É NECESSÁRIO O CONSENTIMENTO DOS CREDORES PARA A ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO? QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DE SUA 
AUSÊNCIA? ............................................................................................................................................................................ 24 
44. NA HIPÓTESE DE TRESPASSE, QUEM RESPONDE PELAS DÍVIDAS DECORRENTES DA ATIVIDADE EMPRESARIAL? ................................. 24 
45. O CONTRATO DE TRESPASSE IMPORTA TAMBÉM A CESSÃO DOS CRÉDITOS? .................................................................................. 25 
46. O ADQUIRENTE DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL SE SUB-ROGA NOS CONTRATOS DE EXPLORAÇÃO? ............................................. 25 
47. O ALIENANTE DO ESTABELECIMENTO PODE FAZER CONCORRÊNCIA AO ADQUIRENTE? ..................................................................... 25 
48. É POSSÍVEL A PENHORA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL? .................................................................................................. 26 
49. CONCEITUE NOME EMPRESARIAL. QUAIS SUAS FUNÇÕES? ....................................................................................................... 26 
50. SOCIEDADES SIMPLES, FUNDAÇÕES E ASSOCIAÇÕES POSSUEM NOME EMPRESARIAL?...................................................................... 26 
51. QUAIS AS MODALIDADES DE NOME EMPRESARIAL UTILIZADAS PELAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EMPRESÁRIOS/SOCIEDADES?....................... 26 
52. COMO SE DÁ A PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL? .............................................................................................................. 27 
53. QUAIS OS PRINCÍPIOS A QUE SE SUBORDINA O NOME EMPRESARIAL? .......................................................................................... 28 
54. O NOME EMPRESARIAL PODE SER ALIENADO? ....................................................................................................................... 28 
55. QUAL O PRAZO PRESCRICIONAL PARA O AJUIZAMENTO DAS AÇÕES DE ABSTENÇÃO DE USO DE NOME EMPRESARIAL? ............................. 29 
 
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56. DIFERENCIE NOME EMPRESARIAL, MARCA, TÍTULO DE ESTABELECIMENTO, NOME DE DOMÍNIO E SINAIS DE PROPAGANDA. ..................... 29 
57. O NOME EMPRESARIAL JÁ DEVIDAMENTE REGISTRADO PODE IMPEDIR O REGISTRO POSTERIOR DE UMA MARCA SEMELHANTE OU IDÊNTICA?
 30 
58. CONCEITUE DIREITO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. ................................................................................................................ 30 
59. COMO SE CLASSIFICAM OS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL? ........................................................................................... 31 
60. QUAL O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL? .......................................................... 31 
61. CONCEITUE INVENÇÃO E MODELO DE UTILIDADE E INDIQUE OS REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE. ................................................... 31 
62. O QUE SIGNIFICA DIZER QUE OS SISTEMAS DE PATENTES E DE REGISTRO SÃO ATRIBUTIVOS? ............................................................. 32 
63. A QUEM PERTENCE A INVENÇÃO OU MODELO DE UTILIDADE DECORRENTES DO CONTRATO DE TRABALHO? ......................................... 32 
64. QUAL A PROTEÇÃO CONFERIDA PELA PATENTE E PELO REGISTRO DE DESENHO INDUSTRIAL? ............................................................ 33 
65. É POSSÍVEL CESSÃO OU LICENCIAMENTO DE PATENTE? ............................................................................................................ 33 
66. O QUE É O CERTIFICADO DE ADIÇÃO DE INVENÇÃO? ................................................................................................................ 34 
67. O QUE SÃO PATENTES PIPELINE? ........................................................................................................................................ 34 
68. O QUE É DESENHO INDUSTRIAL E QUAIS OS REQUISITOS DE REGISTRO? ....................................................................................... 35 
69. CONCEITUE MARCA E DÊ SUA FINALIDADE. ............................................................................................................................ 35 
70. QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM AS MARCAS? ................................................................................................................ 36 
71. O QUE É MARCA DE ALTO RENOME? ................................................................................................................................... 36 
72. EM QUE CONSISTE A MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA? ...................................................................................................... 36 
73. CLASSIFIQUE AS MARCAS SEGUNDO SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO. .......................................................................................... 37 
74. QUAIS AS ESPÉCIES DE MARCA? ......................................................................................................................................... 37 
75. É POSSÍVEL A CESSÃO OU O LICENCIAMENTO DO REGISTRO DE MARCA? ....................................................................................... 37 
76. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO USO INDEVIDO DE MARCA REGISTRADA?...................................................................................... 38 
77. QUAL O PRAZO PRESCRICIONAL PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE PERDAS E DANOS PELO USO INDEVIDO DE MARCA?.......................... 38 
78. QUAL O PRAZO DE VIGÊNCIA DAS PATENTES E REGISTROS? ....................................................................................................... 38 
79. O QUE SÃO INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS?............................................................................................................................... 38 
80. O QUE É TRADE-DRESS E COMO ELE É PROTEGIDO NO DIREITO BRASILEIRO? ................................................................................. 39 
PONTO 7 - DISCIPLINA JURÍDICA DA CONCORRÊNCIA. CONCORRÊNCIA DESLEAL. REPRESSÃO CIVIL E PENAL. INFRAÇÃO 
DA ORDEM ECONÔMICA. SANÇÕES POR INFRAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA. ................................................................. 39 
81. COMO O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO DISCIPLINA A CONCORRÊNCIA? ............................................................................. 39 
82. CONCEITUE E CLASSIFIQUE A CONCORRÊNCIA DESLEAL. ............................................................................................................ 40 
83. QUAIS ÀS FORMAS DE REPRESSÃO À CONCORRÊNCIA DESLEAL? ................................................................................................. 40 
84. DIFERENCIE CONCORRÊNCIA DESLEAL E INFRAÇÃO À ORDEM ECONOMICA. ................................................................................... 41 
85. COMO SE CARACTERIZA A INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA? ................................................................................................... 41 
86. QUAIS AS SANÇÕES PREVISTAS PARA AQUELE QUE COMETEU INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA? ...................................................... 41 
PONTO 9 - TEORIA GERAL DO DIREITOSOCIETÁRIO. CONCEITO. ELEMENTOS. CLASSIFICAÇÃO. PRINCÍPIOS. 
PERSONALIDADE JURÍDICA. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. SÓCIO E ACIONISTA. DIREITOS. DEVERES. 
RESPONSABILIDADES. CAPITAL SOCIAL. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES. SOCIEDADES NO CÓDIGO CIVIL. SOCIEDADE 
EM COMUM. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO. SOCIEDADE SIMPLES. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO. 
 
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SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES. SOCIEDADE 
COOPERATIVA. SOCIEDADES COLIGADAS. LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE. TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E 
CISÃO DAS SOCIEDADES. SOCIEDADE DEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO. SOCIEDADE NACIONAL E ESTRANGEIRA. 
SOCIEDADE ANÔNIMA (LEI NO 6.404/1976 E SUAS ALTERAÇÕES). SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. SOCIEDADES 
CONTROLADORAS E CONTROLADAS. MERCADO DE CAPITAIS. VALORES MOBILIÁRIOS. DISSOLUÇÃO. RETIRADA E 
EXCLUSÃO DO SÓCIO. APURAÇÃO DE HAVERES. LIQUIDAÇÃO. PARTILHA. PROCESSO. ..................................................... 42 
87. DIFERENCIE SOCIEDADES DE ASSOCIAÇÕES ............................................................................................................................ 42 
88. DIFERENCIE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS DE SOCIEDADES SIMPLES ................................................................................................ 42 
89. COMO SE CARACTERIZA A DESCONSIDERAÇAO EXPANSIVA DA PERSONALIDADE JURÍDICA? ................................................................ 43 
90. COMO SE CARACTERIZA A DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA DA PERSONALIDADE JURÍDICA? .................................................................. 43 
91. QUAIS SÃO AS SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS EXISTENTES NO CÓDIGO CIVIL? CONCEITUE-AS ...................................................... 43 
92. COMO SÃO CONSTITUÍDAS SOCIEDADES PERSONIFICADAS ......................................................................................................... 43 
93. É POSSÍVEL A CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES? ................................................................................................. 44 
94. DISCORRA SOBRE A RESPONSABILIDAE DOS SÓCIOS NA SOCIEDADE EM COMUM ............................................................................. 44 
95. DISCORRA SOBRE A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS EM UMA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO ............................................. 44 
96. QUAL A REPERCUSSÃO DA FALÊNCIA DO SÓCIO OSTENSIVO NA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO? E A DO SÓCIO PARTICIPANTE? ... 45 
97. COMO SE PROVA A EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE EM COMUM? E DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO? ...................................... 45 
98. A SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO SERIA UMA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA? .................................................................. 45 
99. CONCEITUE SOCIEDADE SIMPLES E QUAIS AS FORMAS QUE ELA PODE ADOTAR ............................................................................... 45 
100. CORRELACIONE A ORIGEM DA SOCIEDADE EM NOME COLETIVO COM SUA CARACTERÍSTICA CONTRATUALISTA.................................. 45 
101. DISCORRA SOBRE A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES ..................................................... 46 
102. QUAL A LEI DE REGÊNCIA DAS SOCIEDADES EM COMANDITA POR AÇÕES? ................................................................................... 46 
103. AS SOCIEDADES LIMITADAS SÃO SOCIEDADES DE PESSOAS OU DE CAPITAL? ............................................................. 46 
104. NAS SOCIEDADES LIMITADAS PODEM SER CRIADAS QUOTAS PREFERENCIAS, EM ANALOGIA AO QUE OCORRE COM AS AÇÕES PREFERENCIAIS 
NAS SOCIEDADES ANÔNIMAS? .................................................................................................................................................... 46 
105. EM QUAIS HIPÓTESES OS SÓCIOS DA SOCIEDADE LIMITADA TERÃO RESPONSABILIDADE ILIMITADA? .............................................. 46 
106. O QUE SE ENTENDE POR CONDOMÍNIO DE COTA SOCIAL? ....................................................................................................... 47 
107. É POSSÍVEL A PENHORA DE COTAS DA SOCIEDADE LIMITADA? .................................................................................................. 47 
108. CONCEITUE SOCIEDADES COOPERATIVAS E APONTE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ................................................ 47 
109. O QUE SÃO SOCIEDADES COLIGADAS? ................................................................................................................................ 47 
110. NO CAMPO DO DIREITO SOCIETÁRIO, O QUE SE ENTENDE POR OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS? .............................................................. 48 
111. MESMO O NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO TENDO ADOTADO O REGIME CAPITALISTA DE MERCADO, COM OS PRIMADOS DA LIVRE- 
INICIATIVA E DA LIVRE CONCORRÊNCIA, É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE SOCIEDADES QUE DEPENDAM DE AUTORIZAÇÃO? ................................... 48 
112. DIFERENCIE SOCIEDADE NACIONAL DE SOCIEDADE ESTRANGEIRA .............................................................................................. 48 
113. QUAIS SÃO OS TIPOS DE SOCIEDADES ANÔNIMAS EXISTENTES? EXPLIQUE-AS ........................................................... 49 
114. EM QUE CONSISTE A GOVERNANÇA CORPORATIVA (CORPORATE GOVERNANCE)? ......................................................................... 49 
115. O QUE SÃO VALORES MOBILIÁRIOS? .................................................................................................................................. 49 
116. CONCEITUE MERCADO DE CAPITAIS ................................................................................................................................... 50 
 
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117. DE QUE FORMA OCORRE A DISSOLUÇÃO DE UMA SOCIEDADE? É POSSÍVEL A DISSOLUÇÃO PARCIAL? ................................................. 50 
118. EM QUE CONSISTE O DIREITO DE RETIRADA? PARA QUE O SÓCIO EXERÇA ESSE DIREITO É NECESSÁRIA A PROPOSITURA DE AÇÃO JUDICIAL? 50 
119. COMO OCORRE A EXCLUSÃO DE SÓCIO NA SOCIEDADE LIMITADA? É POSSÍVEL A EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL? ....................................... 50 
120. O QUE OCORRE SE A SOCIEDADE LIMITADA FOR FORMADA POR APENAS DOIS SÓCIOS E HOUVE A EXCLUSÃO DE UM DELES? ................... 51 
PONTO 10 - TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO. TÍTULOS DE CRÉDITO NO CÓDIGO CIVIL. LETRA DE CA ̂MBIO, NOTA 
PROMISSÓRIA, CHEQUE, DUPLICATA. TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS. TÍTULOS BANCÁRIOS. TÍTULOS DO 
AGRONEGÓCIO. TÍTULOS ELETRÔNICOS OU VIRTUAIS. ...................................................................................................... 51 
121. CONCEITUE TÍTULO DE CRÉDITO ............................................................................................................................... 51 
122. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO TÍTULO DE CRÉDITO?.............................................................................................. 51 
123. O QUE SÃO TÍTULOS DE CRÉDITOS CAUSAIS E NÃO CAUSAIS ...................................................................................... 51 
124. COMO O TÍTULO DE CRÉDITO PODE CIRCULAR? ........................................................................................................ 52 
125. NO QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE? .............................................................................................. 52 
126. NO QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DA LITERALIDADE? .................................................................................................. 52 
127. QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA E O DA ABSTRAÇÃO? ......................................................... 52 
128. DIFERENCIE ENDOSSO DA CESSÃO DE CRÉDITO .........................................................................................................53 
129. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE ENDOSSO? ..................................................................................................................... 53 
130. DIFERENCIE AVAL DE FIANÇA .................................................................................................................................... 54 
131. O QUE VEM A SER O SAQUE E O ACEITE? ................................................................................................................... 55 
132. CONCEITUE PROTESTO E DISCORRA SOBRE AS SUAS ESPÉCIES ................................................................................... 55 
133. DEFINA DUPLICATA................................................................................................................................................... 55 
134. QUAIS AS ESPÉCIES DE ACEITE NA DUPLICATA? ......................................................................................................... 56 
135. O QUE É CHEQUE E QUAIS AS SUAS FORMAS DE EMISSÃO? ....................................................................................... 56 
136. O CHEQUE PRESCRITO PODE SER PROTESTADO? ....................................................................................................... 56 
137. O QUE SÃO TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS? ........................................................................................................ 57 
138. O QUE SÃO TÍTULOS DE CRÉDITO VIRTUAIS? ............................................................................................................. 57 
PONTO 11 - TEORIA GERAL DO DIREITO DOS CONTRATOS. O COMÉRCIO ELETRÔNICO. CONTRATOS EMPRESARIAIS. 
COMPRA E VENDA MERCANTIL. CONTRATOS DE COLABORAÇÃO. ..................................................................................... 58 
139. QUAL A DIFERENÇA ENTRE CONTRATOS DE CONSUMO, CÍVEIS E EMPRESARIAIS?...................................................... 58 
140. CONCEITUE O CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL. ................................................................................... 58 
141. O QUE É UM CONTRATO BANCÁRIO? CITE EXEMPLOS. .............................................................................................. 59 
PONTO 12 - CONTRATOS BANCÁRIOS. MÚTUO, FIANÇA, PENHOR E SEGURO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. FOMENTO 
MERCANTIL. FRANQUIA. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. CARTÕES DE CRÉDITO. TRANSPORTE DE CARGA, 
FRETAMENTO E ARMAZENAGEM. AGENCIAMENTO DE PUBLICIDADE. .............................................................................. 59 
142. QUAL A DIFERENÇA ENTRE O CONTRATO DE DESCONTO BANCÁRIO E O CONTRATO DE FACTORING? ........................ 59 
143. DEFINA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA......................................................................................................... 60 
144. O QUE É ARRENDAMENTO MERCANTIL E QUAIS AS SUAS ESPÉCIES?.......................................................................... 60 
PONTO 13 - O EMPRESÁRIO E A RELAÇÃO DE CONSUMO. DA TUTELA CONTRATUAL DOS CONSUMIDORES. .................... 61 
145. DO QUE SE TRATA O PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR? ............................................................. 61 
 
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146. O QUE SE ENTENDE PELO PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA OFERTA? ........................................................................................... 61 
147. APLICA-SE O PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO NO TOCANTE AOS CONTRATOS CONSUMERISTAS? ............................................................ 61 
148. O QUE SE ENTENDE POR PRAZO DE REFLEXÃO OBRIGATÓRIO? ................................................................................................. 61 
149. QUAIS FUNDAMENTOS DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO? .................................................................................................... 61 
150. NO QUE CONSISTE A TEORIA DO RISCO EM MATÉRIA DE DIREITO DO CONSUMIDOR? ..................................................................... 61 
151. O CONTRATO DE CONSUMO PODE PREVER GARANTIA CONTRATUAL SUPERIOR QUE A GARANTIA JÁ CONFERIDA PELO CDC? .................. 62 
152. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO ROL DE CLÁUSULAS ABUSIVAS PREVISTAS NO CDC? .................................................................... 62 
153. MESMO NÃO HAVENDO PEDIDO DO CONSUMIDOR O JUIZ PODERÁ RECONHECER A ABUSIVIDADE DE CLAUSULA CONTRATUAL? .............. 62 
154. AS CLÁUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE CONSUMO SÃO NULAS OU ANULÁVEIS? .................................................................... 62 
155. NO QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO CONTRATUAL EM MATÉRIA CONSUMERISTA?...................................................... 62 
156. NO QUE CONSISTE O “DESCONTO DE PONTUALIDADE”? É PRÁTICA ABUSIVA? ............................................................................. 63 
157. NO QUE CONSISTE A CLÁUSULA DE FIDELIZAÇÃO? É ABUSIVA? ................................................................................................ 63 
PONTO 8 - A ATIVIDADE EMPRESARIAL E A PUBLICIDADE: TUTELA DO CONSUMIDOR. A INTERVENÇÃO JUDICIAL. 
JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. ................................................................................................................ 63 
158. QUAL CONCEITO DE PUBLICIDADE? ................................................................................................................................... 63 
159. HÁ DIFERENÇA ENTRE PUBLICIDADE E PROPAGANDA? ........................................................................................................... 63 
160. O QUE O CANDIDATO ENTENDE POR PUBLICIDADE COMPARATIVA? .......................................................................................... 64 
161. PUBLICIDADE COMPARATIVA É PRÁTICA ABUSIVA?................................................................................................................ 64 
162. QUAL A RELAÇÃO ENTRE PUBLICIDADE, OFERTA E CONTRATO? ................................................................................................ 64 
163. ASSIM COMO NO CONTRATO, A PUBLICIDADE DEVE RESPEITAR O TAMANHO MÍNIMO DA FONTE? ................................................... 64 
164. O QUE SE ENTENDE POR PUBLICIDADE ENGANOSA? .............................................................................................................. 64 
165. O QUE É A PUBLICIDADE ABUSIVA? ................................................................................................................................... 64 
166. QUAL SISTEMA DE CONTROLE DA PUBLICIDADE NO BRASIL? .................................................................................................... 65 
167. O QUE É AUTORREGULAÇÃO PUBLICITÁRIA? ........................................................................................................................ 65 
PONTO 14 - TEORIA GERAL DA FALÊNCIA. LEI NO 11.101/2005 E SUAS ALTERAÇÕES. ÓRGÃOS DA FALÊNCIA. EFEITOS DA 
FALÊNCIA. PROCESSO DE FALÊNCIA. PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO. DA INEFICÁCIA E DA REVOGAÇÃO DE ATOS PRATICADOS 
ANTES DA FALÊNCIA. REALIZAÇÃO DO ATIVO. CLASSIFICAÇÃO E PAGAMENTO DOS CREDORES. ENCERRAMENTO DA 
FALÊNCIA. LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E ENTIDADES EQUIPARADAS. ........................... 65 
168. QUAL FOI A PRIMEIRA LEGISLAÇÃO QUE TROUXE A SOLUÇÃO PARA O PAGAMENTO DE CREDORES FRENTE A IMPOSSIBILIDADE FINANCEIRA 
DO DEVEDOR? ........................................................................................................................................................................ 65 
169. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA FALÊNCIA? ........................................................................................................................ 65 
170. QUAIS SÃO OS PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA? ......................................................................................................................66 
171. O QUE O CANDIDATO ENTENDE POR PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA? ......................................................................... 66 
172. O QUE ENTENDE SOBRE O PRINCÍPIO DA MAXIMIZAÇÃO DOS ATIVOS? ....................................................................................... 66 
173. QUAIS AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI 11.101/2005? ..................................................................................... 66 
174. O QUE É O PRINCÍPIO PAR CONDITIO CREDITORUM? HÁ PREVISÃO NO NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO? ........................................ 67 
175. O REGIME DE EXECUÇÃO CONCURSAL PREVISTO NA LEI N. 11.101/2005, APLICA-SE APENAS AO DEVEDOR 
EMPRESÁRIO? ..................................................................................................................................................................... 67 
 
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7 
 
176. TODAS AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PODEM SOFRER FALÊNCIA? .......................................................................... 67 
177. O SUJEITO ATIVO DO PEDIDO DA FALÊNCIA TAMBÉM DEVE SER EMPRESÁRIO? ............................................................................. 68 
178. PARA O CREDOR PEDIR FALÊNCIA, É IMPRESCINDÍVEL QUE A DÍVIDA ESTEJA VENCIDA? ........................................................... 68 
179. PARA PEDIR FALÊNCIA DO DEVEDOR EMPRESÁRIO, O CREDOR COM GARANTIA REAL PRECISA RENUNCIAR A GARANTIA OU PROVAR QUE É 
INSUFICIENTE? ........................................................................................................................................................................ 68 
180. A FAZENDA PÚBLICA TEM LEGITIMIDADE PARA PEDIR FALÊNCIA? ............................................................................................. 69 
181. DE ACORDO COM A LEI Nº 11.101/2005 O FORO COMPETENTE PARA AJUIZAMENTO DO PROCESSO DE FALÊNCIA É O FORO DO PRINCIPAL 
ESTABELECIMENTO. O QUE A DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA ENTENDEM POR PRINCIPAL ESTABELECIMENTO? ............................................... 69 
182. QUAIS SÃO OS SISTEMAS DE INSOLVÊNCIA? E QUAIS ADOTADOS PELO LEGISLADOR BRASILEIRO? .................................................... 69 
183. O QUE SE ENTENDE POR IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA? ................................................................................................... 70 
184. PARA COMPROVAR A IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA BASTA APRESENTAR TÍTULO DE CRÉDITO NO VALOR MÍNIMO DE 40 SALÁRIOS-
MÍNIMOS? ............................................................................................................................................................................. 70 
185. O QUE SÃO ATOS DE FALÊNCIA? ....................................................................................................................................... 70 
186. QUAIS SÃO OS ATOS DE FALÊNCIA PREVISTOS NA LEI N. 11.101/2005? ................................................................................... 71 
187. É NECESSÁRIO QUE SE COMPROVE A INSOLVÊNCIA ECONÔMICA PARA DECRETAR FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO? .................................... 71 
188. A AÇÃO DE FALÊNCIA PODE SER USADA COMO SUBSTITUTIVO DE AÇÃO DE COBRANÇA? ................................................................ 71 
189. O QUE É DEPÓSITO ELISIVO DA FALÊNCIA? .......................................................................................................................... 72 
190. CASO A FALÊNCIA TENHA SIDO REQUERIDA COM BASE NA PRÁTICA DOS ATOS DE FALÊNCIA DESCRITOS NO ART. 94, III, DA LRE, CABE A 
ELISÃO DA FALÊNCIA, NA FORMA PREVISTA NO ARTIGO 98, LRE? ....................................................................................................... 72 
191. QUAIS HIPÓTESES O JUIZ PODERÁ DENEGAR O PEDIDO DE FALÊNCIA? ........................................................................................ 72 
192. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA DECISÃO QUE DECRETA A FALÊNCIA? ....................................................................................... 72 
193. O QUE É TERMO LEGAL DA FALÊNCIA? ............................................................................................................................... 73 
194. NO QUE CONSISTE O PODER GERAL DE CAUTELA DO JUÍZO QUE DECRETA A FALÊNCIA? .................................................................. 73 
195. QUAL FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NA FALÊNCIA? .................................................................................................. 74 
196. O QUE É O COMITÊ DE CREDORES?.................................................................................................................................... 74 
197. QUAL RECURSO CABÍVEL CONTRA SENTENÇA QUE JULGA O PEDIDO DE FALÊNCIA?........................................................................ 74 
198. O QUE SE ENTENDE POR JUÍZO UNIVERSAL DA FALÊNCIA? ....................................................................................................... 74 
199. O QUE É MASSA FALIDA OBJETIVA E SUBJETIVA? ................................................................................................................... 75 
200. O QUE É O PERÍODO SUSPEITO? ....................................................................................................................................... 75 
201. O QUE SÃO ATOS OBJETIVAMENTE INEFICAZES? ................................................................................................................... 75 
202. O QUE SÃO ATOS DO FALIDO SUBJETIVAMENTE INEFICAZES? ................................................................................................... 75 
203. O QUE SE ENTENDE POR AÇÃO REVOCATÓRIA NA FALÊNCIA? ................................................................................................... 75 
204. O QUE SE ENTENDE PELA REALIZAÇÃO DO ATIVO DO DEVEDOR EM FALÊNCIA? ............................................................................. 76 
205. QUAIS AS MODALIDADES TÍPICAS DE REALIZAÇÃO DO ATIVO? .................................................................................................. 76 
206. O QUE SÃO OS CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS? ..................................................................................................................... 76 
207. O QUE É “CAPITIS DIMINUTIO” DO EMPRESÁRIO FALIDO? ....................................................................................................... 76 
PONTO 15 - TEORIA GERAL DA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA. RECUPERAÇÃO JUDICIAL E RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL. 
ÓRGÃOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL. PROCESSO DA RECUPERAÇÃO. VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS................................ 77 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
8 
 
208. QUAL CONCEITO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ..................................................................................................................... 77 
209. QUAIS OBJETIVOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ................................................................................................................... 77 
210. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ..................................................................................................... 77 
211. O QUE É O “STAY PERIOD”? ............................................................................................................................................ 77 
212. O “STAY PERIOD” PODE ULTRAPASSAR 180 DIAS? ................................................................................................................ 77 
213. O QUE ENTENDE SOBRE A TEORIA DA “FAILING FIRM THEORY”? É APLICADA NA RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS NO BRASIL? ................... 78 
214. O QUE É “SPREAD” E QUAL SUA CONSEQUÊNCIA PARA RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ......................................................................... 78 
215. O QUESÃO AS TRAVAS BANCÁRIAS? .................................................................................................................................. 78 
216. O QUE SE ENTENDE POR NOVAÇÃO “SUI GENERIS” NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ......................................................................... 79 
217. QUAL O CONCEITO DE RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL? .......................................................................................................... 79 
218. O QUE SÃO “BONDHOLDERS”? ........................................................................................................................................ 79 
219. O QUE É BEM DE CAPITAL NO CONTEXTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL? ...................................................................................... 79 
220. NO QUE CONSISTE O CRAM DOWN? .............................................................................................................................. 80 
 
PONTO 1 - ORIGENS E HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL. TEORIA DOS ATOS DE 
COMÉRCIO. TEORIA DA EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESARIAL E MERCADO. 
 
1. O QUE SE ENTENDE POR DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL? 
 
É um regime jurídico especial, independente e autônomo, de direito privado que se presta à regulação 
das atividades econômicas e de seus agentes produtivos. Contempla um conjunto de normas específicas, regras 
e princípios, que se aplicam aos agentes econômicos (comerciantes/empresários). 
2. QUAL A ORIGEM DO DIREITO EMPRESARIAL? 
 
A origem do direito empresarial adveio com as corporações de ofício (feudalismo, sec. XII). Quem fizesse 
parte dos grupos de artesanato submetia-se a um regramento dinâmico; caso contrário, submetia-se às normas 
de direito comum (muito mais burocrático). O Estado não interferia nas relações comerciais, prevalecendo os 
costumes da época. 
Essa primeira fase é caracterizada pela ausência Estatal, utilização dos costumes, onde surgiu os 
primeiros títulos de crédito e o informalismo dos contratos. As regras somente se aplicavam para aqueles 
vinculados a uma corporação de ofício, o que denota o caráter subjetivo. Bastava que uma das partes fosse 
integrante da corporação. Assim, a mercancia era definida pela qualidade do sujeito. 
3. DISCORRA SOBRE AS FASES HISTÓRICAS DO DIREITO EMPRESARIAL. 
 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
9 
 
O direito comercial surge propriamente na idade média, embora o comercio tenha surgido há muito mais 
tempo. Na Idade Média o comercio atingiu seu estágio mais avançado, por isso é tida como a primeira fase do 
direito empresarial, que se fundava principalmente nos usos e costumes mercantis. Surgem nesta época as 
Corporações de Ofício: associações de uma mesma profissão (grupos de profissionais dos mercadores), que 
passaram a tutelar os interesses de seus membros em face da impotência do Estado. Cada Corporação tinha seus 
próprios usos e costumes, e os aplicava, através de cônsules eleitos pelos próprios associados, para reger as 
relações entre os seus membros. É uma fase marcada pelo subjetivismo. 
Mais à frente, adveio o sistema francês, alicerçado na Teoria dos Atos de Comércio. Foi na França que 
apareceu o primeiro Código Comercial, promulgado por Napoleão, codificação que dividia o direito privado em 
civil e comercial. O direito comercial inaugura, então, sua segunda fase. 
 O direito comercial regulava tão somente as relações jurídicas que envolvessem a prática de alguns atos 
definidos em lei como atos de comércio. A parte da relação prática destes atos seria regida pelas normas do 
Código Civil. Aqui, o direito empresarial passa a ser definido pelo objeto (os atos de comércio), e, portanto, 
conhecida como fase objetiva. 
A insuficiência da teoria dos atos do comércio forçou o surgimento de outro critério identificador do 
âmbito de incidência do Direito Comercial. Surge o Código Civil Italiano de 1942, com ele a Teoria da Empresa. É 
inaugurada a terceira fase. 
O Código Civil italiano promove uma unificação formal do direito privado, disciplinando as relações civis 
e comerciais num único diploma legislativo. Para a teoria da empresa, o direito comercial não se limita a regular 
apenas as relações jurídicas em que ocorra um determinado ato definido em lei como ato de comércio 
(mercancia), mas qualquer atividade econômica, desde que exercida profissionalmente e destinada a produzir 
ou fazer circular bens ou serviços, é considerada empresarial e pode submeter-se ao regime jurídico comercial. 
Passou a ser adotada no Brasil com a entrada em vigor do Código Civil de 2002. 
 
PONTO 2 - O DIREITO CIVIL E O DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL: AUTONOMIA OU 
UNIFICAC ̧ÃO. FONTES DO DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL. OS PERFIS DO MERCADO. 
4. COM O CÓDIGO CIVIL DE 2002 HOUVE UMA UNIFICAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL? 
 
A matéria não é pacífica na doutrina, majoritariamente, entende-se que não houve uma unificação. 
A unificação que ocorreu, segundo alguns, ocorreu no plano estritamente formal, não sendo capaz de eliminar 
as especificidades materiais do Direito Empresarial. 
A doutrina elenca 3 critérios para evidenciar as a autonomia de uma disciplina: formal, didática e material. O 
próprio anteprojeto de Código Comercial demonstra que a unificação foi meramente formal. O direito 
empresarial é uma disciplina com dogmática própria, princípios e postulados autônomos. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
10 
 
5. O CÓDIGO CIVIL REVOGOU TODO O CÓDIGO COMERCIAL? 
 
Não. O legislador civil revogou a parte I do Código Comercial de 1850. Assim, ainda permanece em vigor a 
parte do Comércio Marítimo, já que a parte relativa a quebras está tratada na atual Lei de Falências, Lei 
11.101/05. 
6. QUAIS AS FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL? 
 
Para o professor André Santa Cruz, a principal fonte do direito empresarial são as normas empresariais 
que regulam as atividades econômicas. O código civil regulou a matéria nuclear, deixando para leis esparsas os 
temas relativos a direito falimentar, societário, cambiário e propriedade intelectual. Os usos e costumes 
mercantis merecem destaque. Portanto, as fontes são as normas empresariais, o código comercial, civil, 
legislação esparsa e os usos e costumes. 
Contudo, para parcela da doutrina as fontes se dividem em primárias (leis em geral), e secundárias (analogia, 
usos e costumes, princípios gerais do direito, jurisprudência e doutrina). 
7. SEGUNDO ASQUINE, QUAIS SÃO OS PERFIS DO MERCADO? 
 
Alberto Asquini observou a empresa como um fenômeno econômico poliédrico, com quatro perfis para 
a empresa: subjetivo, objetivo (ou patrimonial), funcional e corporativo. 
Pelo perfil subjetivo, a empresa é vista como pessoa (física ou jurídica), ou seja, o próprio empresário 
que se encontra definido no art. 966 do Código Civil Brasileiro, aquele que exerce a atividade econômica, de 
forma habitual, em nome próprio, assumindo os riscos desta atividade, independente de se tratar de pessoa 
física (singular) ou jurídica (plural). 
O perfil objetivo, também conhecido como patrimonial, relaciona a empresa a um conjunto de bens 
afetados ao exercício da atividade econômica desempenhada, ou seja, o estabelecimento empresarial. O Direito 
Empresarial pátrio o reconhece como sendo o estabelecimento definido no art. 1.142 do Código Civil Brasileiro 
(“considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, 
ou por sociedade empresária”). 
Pelo perfil funcional, a empresa confunde-se com a própria atividade econômica, sendo um sinônimo de 
empreendimento que objetiva um lucro, utilizando-se, para tanto, de uma organização de diversos fatores de 
produção ou circulação. Asquini a chama de “força em movimento (...) dirigida para um determinado escopo 
produtivo”. O conceito pode ser deduzido pela própria redação do art. 966 do Código Civil Brasileiro. 
Por fim, o perfil corporativopelo qual a empresa seria uma comunidade laboral, uma instituição, tal 
como a família, que busca reunir o empresário e auxiliares ou colaboradores com objetivos comuns. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
11 
 
De todas estas acepções mencionadas por Asquini, esta última está ultrapassada, pois só se sustentava a 
partir da ideologia fascista que predominada na Itália. 
 
PONTO 3 - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS E SUA INSTRUMENTALIDADE PARA O 
FUNCIONAMENTO DO MERCADO. 
 
8. QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS? 
 
Os princípios constitucionais devem ser vistos como instrumento para o alcance de algo ainda maior que 
a livre iniciativa e a concorrência – devem ser vistos como instrumento para se assegurar a “dignidade da pessoa 
humana”, fundamento da República Federativa do Brasil, nos termos de seu art. 1º, inc. III, e finalidade da 
ordem econômica, conforme seu artigo 170, caput 
Segundo a Prof.ª Paula Andrea Forgione, são princípios constitucionais econômicos a Livre iniciativa, a 
Livre concorrência, Liberdade de contratar, Direito de propriedade e a Proteção ao consumidor. 
 
9. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA? 
 
Trata-se de princípio garantido pela Constituição da República, sendo, portanto, princípio fundamental 
com enorme relevância para o direito empresarial. Além disso, o caput do artigo 170 da CR/88 coloca a livre 
iniciativa como fundamento da ordem econômica. É com vase nesse princípio que qualquer pessoa que tenha 
plena capacidade civil pode ingressar na atividade empresária. Salvo poucas exceções, não é necessária nenhuma 
qualificação profissional para uma pessoa praticar a empresa, pois todos possuem a livre iniciativa 
constitucionalmente assegurada. 
10. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA? 
 
Citado princípio se baseia no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida por agentes 
econômicos com poder, sendo tal princípio um desdobramento do princípio da livre iniciativa, 
complementando-o. Para garanti-la o legislador constituinte, no §4º do artigo 174 da CR/88, dispôs que Lei 
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação de mercado, à eliminação da concorrência e o 
aumento arbitrário dos lucros. Para concretizar o comando constitucional, a Lei 8.884/94 dispôs sobre o 
Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, que trata da prevenção e repressão às infrações contra a 
ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais da liberdade de iniciativa e da livre concorrência, 
protegendo o mercado, seu livre funcionamento, empresários, consumidores e trabalhadores. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
12 
 
11. QUAL A RELAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ECONÔMICOS E O 
MERCADO? 
 
O mercado apresenta efeitos autodestrutíveis, falhas e problemas sistêmicos. Os princípios se colocam 
como forma de corrigir o mercado. Exemplos: 
a) As regras de proteção da concorrência evitam o efeito autodestrutivo do mercado ao estimular um 
ambiente econômico competitivo. 
b) A função social da propriedade regula o mercado, na medida em que protege, por exemplo, uma 
continuidade do processo produtivo ao assegurar recursos naturais às próximas gerações (desenvolvimento 
sustentável). 
Desta forma, o mercado apresenta uma dimensão social. Os princípios são instrumentais na medida em 
que visam ao atingimento dessa função social do mercado e aos objetivos estabelecidos na Constituição 
Federal (construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a 
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação). 
 
PONTO 4 - DIREITO DE EMPRESA NO CÓDIGO CIVIL. A EMPRESA E O EMPRESÁRIO. NOC ̧ÃO 
ECONÔMICA E JURÍDICA DE EMPRESA. EMPRESÁRIO E SOCIEDADE EMPRESÁRIA. A ATIVIDADE 
EMPRESARIAL. CAPACIDADE. EMPRESÁRIO RURAL. OBRIGAC ̧ÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS. 
 
12. DIFERENCIE EMPRESA E EMPRESÁRIO. 
 
O conceito de empresário se extrai do art. 966 do Código Civil, sendo, portanto, aquele que “exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
Assim, empresário é a pessoa, seja ela física, caso do empresário individual, seja ela jurídica, caso da sociedade 
empresárias e da empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI). 
O conceito de empresa é obtido a partir do mesmo dispositivo legal. Empresa é a atividade em si, isto é, 
a atividade economicamente organizada com a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços. 
Logo, o verdadeiro sujeito de direitos é o empresário, aquele que exerce a empresa, isto é, o empresário 
individual, a sociedade empresária ou a EIRELI. 
O sócio ou o instituidor da EIRELI não são empresários. Empresário é a própria sociedade empresária ou a 
EIRELI. 
 
13. NOÇÃO ECONÔMICA E JURÍDICA DE EMPRESA. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
13 
 
 
A noção econômica de empresa reconhece-a como um organismo econômico, isto é, uma unidade 
organizada dos fatores de produção com o objetivo de oferecer bens e serviços para satisfação do mercado e 
das necessidades da sociedade. Sob este aspecto, a empresa está sujeita a princípios técnicos e leis econômicas. 
A acepção jurídica, por sua vez, significa a atividade exercida pelo empresário, em suas mais diversas 
expressões, às quais a lei confere proteção. Tem-se, aqui, a empresa, primeiramente, como expressão da 
atividade do empresário, que tem sua regularidade legalmente subordinada a determinadas condições e 
pressupostos. 
14. QUAIS OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À CARACTERIZAÇÃO DO EMPRESÁRIO? 
 
Extrai-se do conceito de empresário previsto no art. 966 do Código Civil os elementos indispensáveis à 
sua caracterização, a saber, (a) o profissionalismo; (b) o caráter econômico da atividade; (c) a organização; e (d) 
o seu objeto, a saber, produção ou circulação de bens ou serviços. 
O exercício profissional significa que empresário é aquele que faz do exercício da atividade empresária a 
sua profissão habitual. Afasta-se, assim, do regime jurídico empresarial aqueles que o façam apenas de forma 
esporádica. 
O viés econômico, por sua vez, consiste no intuito lucrativo da atividade e na assunção de seus riscos 
técnicos e econômicos. 
A organização é a articulação dos fatores de produção, a saber, capital, mão de obra, insumos e 
tecnologia, ressaltando-se que tecnologia consiste na forma como o produto/serviço do empresário chega até o 
consumidor. 
Finalmente, o objeto da atividade, consistente na produção ou na circulação de bens ou de serviços, em 
contraposição à antiga teoria dos atos de comércio, não exclui, a priori, nenhuma atividade econômica. 
Evidencia também que a produção ou circulação de bens ou serviços deve destinar-se ao mercado, e não apenas 
ao consumo próprio. 
15. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E A 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA? 
 
As principais diferenças entre o empresário individual e a sociedade empresária residem nos aspectos do 
patrimônio e da responsabilidade. 
Enquanto o empresário individual não goza de separação patrimonial, respondendo com todos os seus 
bens, inclusive os pessoais, pelo risco do empreendimento, a sociedade empresária tem patrimônio próprio, 
distinto do patrimônio dos sócios que a integram, de modo que, em regra, os bens particulares dos sócios não 
podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO EMPRESARIAL 
14 
 
Além disso, a responsabilidade do empresário individual é direta e ilimitada, salvo quanto ao incapaz 
que continua atividade empresarial por incapacidade superveniente ou sucessão mortis causa. Por outro lado, a 
responsabilidade dos sóciosque compõem o quadro da sociedade empresária é subsidiária, podendo, ainda, 
ser limitada. 
No entanto, ressalta-se a existência de jurisprudência e doutrina que aplicam o benefício de ordem 
também ao empresário individual. 
16. QUAIS OS AGENTES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO? 
 
O Código Civil não considera empresários o profissional intelectual (ou liberal), a sociedade simples, o 
exercente de atividade rural que não tenha optado pelo registro e a sociedade cooperativa. 
Os profissionais intelectuais são, na forma do parágrafo único do art. 966 do Código Civil, aqueles que 
exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares 
ou de colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Logo, nem todo profissional liberal está excluído do conceito de empresário, pois, se for dada uma 
forma empresarial ao exercício da atividade intelectual, passará a ser regido pelas normas do direito empresarial. 
Pressupõe-se, para a caracterização do “elemento de empresa”, que a atividade intelectual seja absorvida pela 
organização dos fatores de produção, que prepondera sobre o trabalho individual do profissional. 
Por sua vez, as sociedades simples, antes denominadas sociedades civis, são aquelas que têm por objeto 
social a exploração da atividade intelectual dos seus sócios. 
O critério, portanto, para distinguir a sociedade simples da sociedade empresária é o seu objeto social. 
Apenas excetuam-se dessa regra, por opção legal, a sociedade por ações, que será sempre empresária, e a 
sociedade cooperativa, sempre simples. 
O Código Civil deu um tratamento especial ao exercente de atividade rural, que poderá ou não optar 
pelo registro na Junta Comercial. Caso o faça, será considerado empresário. Logo, para o exercente de atividade 
rural, o registro possui natureza constitutiva. 
 
17. QUAL A RELEVÂNCIA DA CORRETA IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE COMO 
EMPRESÁRIA? 
 
A caracterização da atividade como empresária importa ao seu titular por dois motivos. 
O primeiro é a sua submissão ou não ao regime falimentar e de recuperação de empresas. Aquele que 
não é empresário não possui legitimidade para formular o pedido de falência de terceiro, tampouco para pedir a 
própria recuperação judicial. 
 
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O segundo motivo é a determinação do local em que o contrato da sociedade será registrado. Sendo 
empresária, a sociedade terá seu ato constitutivo registrado na Junta Comercial. Por outro lado, em se tratando 
de sociedade simples, o registro será feito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. A consequência do 
arquivamento em local inadequado, é a caracterização da sociedade como irregular e, por conseguinte, da 
responsabilidade ilimitada de seus sócios. 
 
18. SENDO A COOPERATIVA SOCIEDADE SIMPLES, SEU REGISTRO TAMBÉM É FEITO NO 
RCPJ? 
 
Muito embora a cooperativa seja sempre sociedade simples, independentemente de seu objeto social, o 
registro de seu ato constitutivo e modificações posteriores será feito sempre na Junta Comercial, uma vez que a 
lei das cooperativas, especial em relação ao Código Civil, assim prevê. 
 
19. EXISTEM IMPEDIMENTOS AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL? 
 
Estão impedidos de exercer a atividade empresarial os que não estejam no pleno gozo da capacidade 
civil, excetuada a continuidade da atividade por incapaz, mediante autorização judicial. 
Há, ainda, impedimentos legais. 
O único impedimento expressamente previsto no Código Civil que se pode citar é a vedação imposta ao 
exercício da administração de sociedades empresárias por condenados à pena que vede, ainda que 
temporariamente, o acesso a cargos públicos, por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, 
concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os 
efeitos da condenação. Há autores que entendem que referido impedimento se aplica aos empresários 
individuais. 
Os outros impedimentos existentes situam-se em leis especiais. Tais impedimentos se voltam ao 
exercício da empresa, não sendo vedado, pois, que alguns impedidos sejam sócios de sociedades empresárias. 
É o caso das proibições impostas a magistrados e a membros do Ministério Público, bem como a servidores 
públicos federais e militares da ativa. 
20. PESSOA INCAPAZ PODE EXERCER EMPRESA? 
 
A pessoa incapaz, em regra, não pode exercer empresa individualmente. 
 
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Em nenhuma hipótese poderá ele iniciar o exercício de uma atividade empresarial. No entanto, 
excepcionalmente, poderá ser autorizado a dar a ela continuidade, buscando-se, assim, a preservação da 
empresa. 
A primeira hipótese é aquela em que a própria pessoa já exercia a atividade empresarial, sendo a 
incapacidade, portanto, superveniente. 
A segunda, por sua vez, consiste na hipótese em que o incapaz recebe a titularidade do exercício da 
empresa por sucessão causa mortis. 
Em ambas as situações, exige-se a autorização judicial, no âmbito do qual o magistrado analisará as 
circunstâncias e os riscos da empresa, bem como a conveniência. Em caso positivo, o juiz concederá alvará, 
autorizando o incapaz a exercer a empresa por meio de representante ou assistente, dele também constando a 
relação de todos os bens que o incapaz possuía antes da interdição ou da sucessão, que, assim, não se 
sujeitarão ao resultado da empresa. Surgirá, um patrimônio de afetação, decorrente de especialização 
patrimonial. 
Ressalte-se, no entanto, que o incapaz poderá ser sócio em sociedade empresária, exigindo-se apenas 
que (a) não exerça poderes de administração, que (b) o capital esteja totalmente integralizado e que (c) seja 
assistido ou representado, conforme o grau de sua incapacidade. 
21. O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL CASADO PODE ALIENAR BENS IMÓVEIS QUE INTEGREM 
O PATRIMÔNIO DA EMPRESA? 
 
Por expressa previsão do art. 978 do Código Civil, o empresário individual casado pode tanto alienar 
quanto gravar de ônus real os bens imóveis que integrem o patrimônio da empresa, qualquer que seja o 
regime de bens adotado. 
Considerando a contradição com o art. 1.647, I, também do Código Civil, a doutrina majoritária interpreta 
o dispositivo legal no sentido de que deverá haver previamente uma afetação do imóvel à atividade 
empresarial, por meio de requerimento apresentado perante a Junta Comercial. Nessa ocasião, será 
apresentada a outorga conjugal, a qual será, então, posteriormente dispensada. 
22. QUAIS SÃO AS OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS? 
 
Constituem obrigações gerais dos empresários (a) o arquivamento de seus atos constitutivos na Junta 
Comercial, (b) o dever de escrituração dos livros empresariais obrigatórios e (c) o dever de levantar, 
periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico da empresa. 
O arquivamento dos atos constitutivos é, em regra, obrigatório, mostrando-se como condição de 
regularidade para o exercício da empresa e possuindo, assim, efeitos declaratórios. 
 
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A exceção da obrigatoriedade do registro fica por conta do exercente de atividade rural, para o qual o 
registro é facultativo, possuindo, assim, natureza constitutiva. 
Quanto à escrituração dos livros comerciais, o Livro Diário é o único obrigatório, segundo a legislação 
empresarial, para todos os empresários, sendo facultativos os demais livros comuns, como os livros Caixa, 
Estoque, Razão, Borrador e Conta Corrente. 
A ausência de escrituração obrigatória acarreta a ineficácia probatória dos livros comerciais, 
relativamente ao seu autor, no litígio entre empresários. Ainda, a falta de escrituração constituirá crime 
falimentar caso esse empresáriovenha a ter sua falência decretada, recuperação judicial concedida ou 
recuperação extrajudicial homologada. 
A exceção à obrigatoriedade da escrituração fica por conta do pequeno empresário individual, 
denominado pela legislação específica como microempreendedor individual (MEI), que é o empresário 
individual que tenha auferido, no ano-calendário anterior, receita bruta de até R$ 81.000,00. 
Por fim, deve o empresário levantar, periodicamente, o balanço patrimonial, que apura o ativo e o 
passivo da atividade empresarial, e o balanço de resultado econômico, que apura os lucros e perdas da 
empresa. 
23. OS LIVROS EMPRESARIAIS POSSUEM FORÇA PROBANTE? 
Os livros empresariais possuem sim força probante e a matéria está disciplinada pelo Código de 
Processo Civil. 
Os livros empresariais fazem prova contra o empresário, independentemente de estarem corretamente 
escriturados. Contudo, nada impede que o empresário demonstre, por outros meios de prova, que os 
lançamentos constantes daquela escrituração que lhe é desfavorável são equivocados. 
Em contrapartida, no litígio entre empresários, para que os livros façam prova a favor daquele que o 
produziu é preciso que eles estejam regularmente escriturados. 
24. O JUIZ PODE ORDENAR A EXIBIÇÃO DOS LIVROS EMPRESARIAIS? 
Os livros empresariais são protegidos pelo sigilo, de modo que, ressalvados os casos previstos em lei, 
nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se 
o empresário observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. 
A primeira ressalva feita pelo próprio Código Civil diz respeito às autoridades fazendárias, às quais a 
regra do sigilo não se aplica, quando estejam no exercício da fiscalização tributária. Ressalte-se, contudo, que o 
STF entende que o exame dos livros e documentos constantes da escrituração deve ater-se ao objeto da 
fiscalização. 
 
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Ainda dentre as ressalvas legais, poderá o juiz determinar a exibição integral dos livros empresariais, a 
requerimento da parte (e não de ofício), nas ações que tenham por objeto: comunhão ou sociedade; liquidação 
de sociedade; sucessão por morte do sócio; administração ou gestão à conta de outrem; ou falência. 
Em se tratando de sociedade anônima, a exibição total também poderá ser determinada pelo magistrado 
quando houver requerimento de acionistas que representem pelo menos 5% (cinco por cento) do capital social, 
apontando violação ao estatuto ou à lei, ou fundada suspeita de graves irregularidades, levadas a efeito por 
órgão da companhia. 
Por outro lado, a exibição parcial pode ser determinada pelo juiz em qualquer ação, de ofício ou a 
requerimento da parte, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções 
autenticadas. 
Importante acentuar que as regras de exibição parcial dos livros não compreendem os livros auxiliares, 
uma vez que, por não serem obrigatórios, não possuem sua existência presumida. 
 
PONTO 5 - REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS. 
ESCRITURAC ̧ÃO E DEMONSTRAC ̧ÕES CONTÁBEIS PERIÓDICAS. 
 
25. QUAIS AS FINALIDADES DO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS? 
Na forma do que dispõe a Lei n. 8.934/94, o Registro Público de Empresas Mercantis tem por finalidades 
(a) dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos dos empresários, submetidos 
a registro; (b) cadastrar os empresários nacionais e estrangeiros em funcionamento no País e manter 
atualizadas as respectivas informações; e (c) proceder à matrícula e ao cancelamento dos agentes auxiliares do 
comércio. 
26. QUAL O SISTEMA CRIADO PELA LEI N. 8.934/94 E COMO É SUA COMPOSIÇÃO? 
A Lei n. 8.934/94 criou o Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM), que é 
responsável por regular o registro público dos empresários (empresário individual, sociedade empresária e 
EIRELI) e seus auxiliares. 
O SINREM é composto por dois órgãos. A Lei n. 8.934/94 refere o Departamento Nacional de Registro de 
Comércio (DNRC) e as Juntas Comerciais. No entanto, deve-se fazer uma leitura à luz dos decretos posteriores (o 
primeiro foi o Decreto n. 8.001/2013), que substituíram o DNRC pelo Departamento de Registro Empresarial e 
Integração (DREI), integrante da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que, por sua vez, compõe o Ministério 
da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). 
O DREI é o órgão central do SINREM, tendo função normatizadora e fiscalizadora. 
As Juntas Comerciais, por sua vez, são órgãos estaduais, sendo responsáveis pela execução e 
administração dos atos de registro. 
 
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27. AS JUNTAS COMERCIAIS SE SUBORDIMAM A QUAL ÓRGÃO? QUAL A RELEVÂNCIA DA 
MATÉRIA? 
 
As juntas comerciais possuem uma subordinação hierárquica híbrida. 
No plano técnico, as Juntas se submetem ao DREI (federal), ao passo que, no âmbito administrativo, se 
subordinam à administração estadual. 
Apenas a Junta Comercial do Distrito Federal se submete tanto técnica como administrativamente ao 
DREI. 
A distinção é relevante para a determinação da competência para julgamento das demandas em que as 
Juntas Comerciais sejam parte, conforme construção jurisprudencial do STJ. 
Tratando-se de matéria administrativa, a competência para processar e julgar a ação é da Justiça Comum 
estadual, como é o caso de questões particulares, a exemplo dos conflitos societários. 
Por outro lado, em se tratando de matéria técnica, relativa ao registro de empresa, a competência passa 
a ser da Justiça Federal, em virtude do interesse do DREI na demanda. É o caso, por exemplo, de mandado de 
segurança impetrado por determinada sociedade empresária que tenha tido seu pedido de arquivamento de 
contrato social indeferido pela Junta Comercial, com base em alguma instrução normativa do DREI. 
28. QUAIS OS ATOS DE REGISTRO PRATICADOS PELAS JUNTAS COMERCIAIS? 
 
As Juntas Comerciais praticam os seguintes atos de registro: matrícula, arquivamento e autenticação. 
A matrícula é o ato de registro praticado pela Junta que se refere a alguns profissionais específicos, 
denominados “auxiliares do comércio” ou, em uma releitura conforme ao Código Civil de 2002, auxiliares da 
atividade empresarial. Trata-se, nos termos da disposição legal, dos leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes, 
trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. 
O arquivamento, por seu turno, é o ato de registro, consistindo nos atos constitutivos da sociedade 
empresária, empresário individual ou EIRELI. 
Extrai-se da Lei n. 8.934/94 que deve ser feito o arquivamento (a) dos documentos relativos à 
constituição, alteração, dissolução e extinção das sociedades empresárias, empresários individuais, EIRELIs e 
cooperativas; (b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei n. 6.404/76; (c) dos atos 
concernentes a sociedades estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; (d) das declarações de microempresa; 
e (e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas 
Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar aos empresários. 
Finalmente, a autenticação é ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil do 
empresário e dos agentes auxiliares do comércio. Sua natureza jurídica é de requisito extrínseco de regularidade 
na escrituração. 
 
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29. O EMPRESÁRIO DEVE SEGUIR SISTEMA DE CONTABILIDADE? 
 
O empresário deve seguir sistema de escrituração contábil periódico, além de levantar, todo ano, dois 
balanços financeiros, o patrimonial e o de resultado econômico. 
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais, em forma contábil, por ordem 
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos,rasuras, emendas ou transportes para as margens. É de 
responsabilidade de contabilista legalmente habilitado – isto é, inscrito no órgão regulamentador da profissão –, 
salvo se na localidade não houver nenhum profissional. 
 
PONTO 6 - EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL. NOME EMPRESARIAL. DIREITOS E OBRIGAC ̧ÕES RELATIVAS À PROPRIEDADE 
INDUSTRIAL: LEI NO 9.279, DE 14/5/1996. 
30. CONCEITUE E DÊ A NATUREZA JURÍDICA DA EIRELI. 
A formulação de um conceito de EIRELI passa diretamente pela análise de sua natureza jurídica, em 
relação à qual existem duas correntes. 
A primeira corrente defende tratar-se de sociedade unipessoal, isto é, uma sociedade formada com um 
único sócio, que seria titular de todo o capital social. Ressaltam a existência de outros exemplos de sociedades 
unipessoais no ordenamento jurídico brasileiro, como a subsidiária integral, prevista no art. 251 da Lei das 
Sociedades Anônimas. 
A segunda corrente, por sua vez, entende que a EIRELI é novo ente jurídico personificado, espécie de 
pessoa jurídica de direito privado. O principal fundamento reside no fato de que a EIRELI foi incluída pelo 
legislador no rol do art. 44 do Código Civil, ao lado das sociedades, associações, fundações, partidos políticos e 
organizações religiosas. Portanto, o único titular da EIRELI seria o seu instituidor, sendo, ademais, inadequada a 
qualificação utilizada pelo legislador no tocante ao seu capital, pois, não sendo espécie de sociedade, não se 
poderia falar em “capital social”, mas sim, tão somente, em capital. 
Há importantes nomes na doutrina que defendem a primeira corrente, mas, nas Jornadas de Direito 
Comercial e Civil, bem como no Conselho da Justiça Federal, é a segunda que tem prevalecido. 
31. QUAL LEGISLAÇÃO É APLICÁVEL À EIRELI? 
O art. 980-A do Código Civil traz as disposições concernentes especificamente à EIRELI. Sendo, contudo, 
omissa a norma, aplicam-se lhe, subsidiariamente, e no que couber, as regras concernentes à sociedade limitada, 
conforme expressa disposição do Código Civil. 
32. POR QUE O NOME DADO PELO LEGISLADOR NÃO É TECNICAMENTE CORRETO? 
 
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A expressão “empresa”, no ordenamento jurídico brasileiro, é sinônimo de atividade empresarial. Logo, 
mostra-se inadequada a utilização dessa expressão, seja qual for a corrente acerca da natureza jurídica da 
EIRELI, isto é, nova espécie de pessoa jurídica de direito privado ou sociedade unipessoal. 
33. PESSOA JURÍDICA PODE SER TITULAR DE EIRELI? 
O Código Civil afirma apenas que a EIRELI terá uma única pessoa como titular, mas não especifica se física 
ou jurídica. 
Após a criação do instituto pela Lei n. 12.441/11, prevalecia na doutrina o entendimento de que apenas 
uma pessoa natural poderia ser titular de EIRELI, tendo sido editado enunciado no âmbito das Jornadas de 
Direito Civil nesse sentido. Em 2013, sobreveio também instrução normativa do DREI prevendo, dentre os 
impedimentos para a formação da EIRELI, que a pessoa jurídica não poderia ser titular. 
No entanto, no ano de 2017, foi editada a Instrução Normativa do DREI n. 38, que passou a prever que a 
EIRELI poderá ser constituída tanto por pessoa natural quanto por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, 
sendo este o entendimento atualmente prevalecente. 
Em verdade, a pessoa jurídica, atualmente, não apenas pode ser titular de EIRELI, como pode constitui 
mais de uma EIRELI, ao contrário da pessoa natural, que não poderá figurar em nenhuma outra empresa dessa 
modalidade. Cuida-se de regra recentemente inserida pela IN DREI 47/2018, de 03/08/2018, na IN DREI 38/2017. 
34. COMO SE DÁ A INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DA EIRELI? 
O art. 980-A do Código Civil, que disciplina o regramento específico da EIRELI, não trata das formas de 
integralização do capital da EIRELI. Portanto, o capital da EIRELI poderá ser integralizado com bens, dinheiro ou 
crédito, vedada a contribuição em serviços. A marca pode ser utilizada na integralização do capital da EIRELI, 
porque é bem, ainda que intangível. Por outro lado, a imagem, o nome ou a voz não podem ser utilizados, 
conforme o Enunciado 473 CJF. 
35. O INSTITUTO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SE APLICA À 
EIRELI? 
Como prevalece que a EIRELI é espécie de pessoa jurídica de direito privado, não se confundindo, assim, 
com a pessoa de seu titular instituidor, entende-se que o instituto de desconsideração da personalidade jurídica 
lhe é aplicável, de forma que, uma vez presentes os requisitos legais, seu titular, pessoa física ou jurídica, poderá 
ser responsabilizado por dívidas contraídas o exercício da atividade empresarial. 
36. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A EIRELI, O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E A SUBSIDIÁRIA 
INTEGRAL? 
No tocante à natureza jurídica, a EIRELI, segundo corrente majoritária, seria novo ente personificado, 
espécie de pessoa jurídica de direito privado. O empresário individual, por sua vez, é pessoa física que, em nome 
próprio, exerce a atividade empresarial. Já a subsidiária integral é sociedade anônima unipessoal. 
 
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Relativamente à composição de tais entes, tem-se que a EIRELI, conforme entendimento atualmente 
adotado, pode ser instituída e ter como titular pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira. Por outro lado, a 
subsidiária integral tem como único acionista uma pessoa jurídica, que é necessariamente nacional. Finalmente, 
o empresário individual, como já dito, é a própria pessoa física, que exerce pessoalmente a atividade 
empresarial. 
Em vista do exposto e analisando-se a responsabilidade pelas obrigações contraídas no exercício da 
atividade empresarial, tem-se que o empresário individual, sendo pessoal natural que exerce em nome próprio a 
atividade, é por ela ilimitadamente responsável, isto é, não havendo separação patrimonial, responde pela 
atividade com todo seu patrimônio. Por outro lado, a EIRELI e a subsidiária integral são espécies de pessoa 
jurídica, razão pela qual seu titular e acionista, respectivamente, possuem responsabilidade limitada no tocante 
às obrigações oriundas da atividade empresarial. 
37. COMO SE DÁ A CONSTITUIÇÃO DA EIRELI E ONDE É FEITO SEU REGISTRO? 
No tocante à sua constituição, a EIRELI pode ser tanto originária quanto derivada: poderá ser constituída 
originariamente nesse formato ou decorrer da transformação do empresário individual, bem como da 
concentração de quotas ou ações de uma determinada sociedade. O Código Civil menciona apenas a expressão 
“quotas”. No entanto, a doutrina interpreta extensivamente a expressão, de forma a também admitir a 
transformação da sociedade anônima em EIRELI (Enunciado 483 CJF). 
No tocante ao registro do ato constitutivo e alterações posteriores da EIRELI, há controvérsia doutrinária 
quanto ao exercício de atividade exclusivamente empresarial pela EIRELI. 
Uma primeira corrente sustenta que a EIRELI sempre terá natureza empresarial, até mesmo pela própria 
denominação que lhe foi conferida pelo legislador. Nesta hipótese, sempre exercendo atividade empresarial, seu 
ato constitutivo e alterações posteriores seriam sempre registrados na Junta Comercial. 
Por outro lado, há também corrente doutrinária que entende ser necessário analisar a atividade 
explorada pela EIRELI, que não necessariamente será empresária. Nesse sentido, sendo empresarial, o registro 
será feito na Junta Comercial. Em se tratando, contudo, de atividade intelectual, sem constituir elemento de 
empresa, o registro será promovido no Registro Civil das Pessoas Jurídicas (RCPJ). 
38. CONCEITUE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL E DÊ SUA NATUREZA JURÍDICA. 
O estabelecimento empresarial é um complexo de bens organizado para o exercício da empresa. 
Esse complexo é formado tanto por bens materiais ou corpóreos, como móveis, equipamentos, 
maquinários, imóveis, mercadorias, veículos

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