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Resumo Expandido do artigo: Métodos para apropriação de custos conjuntos: uma aplicação na indústria madeireira. Organizações Rurais & Agroindustriais - Scarpin, J. E., Eidt, J., & Boff, M. L. (2008)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC 
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ – CEAVI 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: ANÁLISE DE CUSTOS (41ANC) 
PROFESSOR: VANDERLEI DOS SANTOS 
4º SEMESTRE 2019/02 
ACADÊMICA: JÚLIA HECK DETERS 
DATA: 16/11/2019 
 
MÉTODOS PARA APROPRIAÇÃO DE CUSTOS CONJUNTOS: UMA 
APLICAÇÃO NA INDÚSTRIA MADEIREIRA 
 
Matérias primas que, depois de industrializadas, resultam em mais de um produto 
diferente, representam a produção conjunta. Identificar os custos dessa produção não é 
fácil, pois a base de custos é a mesma da compra da matéria prima até a industrialização. 
A contabilidade de custos fornece vários meios de alocação de custos e cada usuário 
precisa verificar qual o mais vantajoso na sua situação. Desta forma, define-se o problema 
da presente pesquisa: Entre os métodos de alocação de custos, propostos por Martins 
(2003), qual deles é mais apropriado para a avaliação dos estoques na atividade 
madeireira? Assim, objetivou-se aplicar e comparar em uma empresa madeireira os 
quatro métodos de alocação dos custos conjuntos definidos por Martins (2013), de modo 
que possa identificar qual deles o mais adequado. A produção conjunta, onde diferentes 
produtos são fabricados a partir da mesma matéria-prima, ocorre principalmente em 
empresas de produção contínua, mas também em outras, como, por exemplo, na produção 
por ordem. Os produtos são, então, classificados em três categorias: co-produtos, 
subprodutos e sucatas. Cada um deles tem um grau de importância, de acordo com a 
contribuição no faturamento. Os co-produtos são os mais relevantes, responsáveis por 
grande parte do faturamento. Já os subprodutos são normalmente as sobras na produção 
dos co-produtos e têm menor valor de mercado. Há também a sucata, que representa as 
dobras ou rejeitos com um baixíssimo valor de mercado e sem atribuição de custos na 
contabilidade. Se estas forem vendidas, são registradas em outras receitas operacionais. 
Com a produção conjunta, surgem os custos conjuntos, que representam os custos de um 
único processo que resulta em vários produtos simultaneamente. Estes incorrem na 
matéria-prima antes do processo de separação da produção. O momento em que surgem 
diversos produtos diferentes é representado como o ponto de separação da matéria-prima 
em co-produtos e subprodutos. Nesse ponto, separam-se também os custos que não 
podem ser identificados em cada produtos. A alocação dos custos é de interesse societário, 
fiscal e gerencial. No societário há relação da avaliação dos custos e estoques com o 
resultado empresarial e os interesses dos acionistas ou sócios. No aspecto fiscal, os preços 
e variações são ancorados na formação dos custos. Assim os custos precisam ser 
identificados quando um produto é gerado. Além disso, a legislação do IR determina a 
avaliação dos estoques para a apuração das bases de tributação. Já no ponto de vista 
gerencial, é necessária a avaliação de estoques para a contratação de apólices de seguros, 
pagamento dos prêmios e cobertura de sinistros, se necessário. Para a avaliação dos 
estoques, na produção conjunta, é necessário optar por critérios de alocação de custos. 
São os quatro principais critérios de alocação dos custos conjuntos: a) método de solução 
com alocação dos custos equivalentes aos volumes produzidos; b) método de solução com 
alocação dos custos proporcionais ao valor de mercado (receita total por cada produto); 
c) método de solução com alocação dos custos pela igualdade do lucro bruto e, d) método 
de solução com alocação dos custos pelas ponderações. A presente pesquisa é de natureza 
empírica, é descritiva e o método é quantitativo. O estudo foi realizado com uma indústria 
madeireira, que compra toras e as desdobra, produzindo pranchas, tábuas e barrotes, 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC 
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ – CEAVI 
 
situada em São Miguel do Oeste – SC. A coleta de dados foi em fonte primária de 
documentação, extraídos de balancetes da empresa no ano de 2015. Verificaram-se 
algumas peculiaridades nas atividades industriais para a distribuição dos custos 
conjuntos, devido a: se todos os co-produtos são da mesma bitola e qualidade, as 
ponderações (força fabril) serão iguais; se o volume de produção for diverso, os custos da 
matéria-prima deverão ser proporcionais; e, os custos gerais de fabricação, quando 
conjuntos ao processo fabril, deverão ser proporcionais à dosagem (força fabril) alocada 
para cada linha e volume de produtos, em vista da complexidade (maior ou menor) do 
desdobramento. Conclui-se, depois de aplicar e comparar os quatro métodos, que o 
método pelas ponderações é o mais apropriado no caso da madeireira, onde os custos 
conjuntos devem ser distribuídos pela dosagem (força fabril) consumida pelos produtos. 
Se aplicam os custos proporcionais pois os produtos com menor grau de desdobramento 
consumiram menos força fabril em comparação com os de médio e maior consumo. 
 
REFERÊNCIA 
 
SCARPIN, J. E., EIDT, J., & BOFF, M. L. (2008). Métodos para apropriação de custos 
conjuntos: uma aplicação na indústria madeireira. Organizações Rurais & 
Agroindustriais, 10(1), 111-122.

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