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FUNDAMENTOS DA PESQUISA HISTÓRICA - APOL 02 - GABARITO 03

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Questão 1/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere a seguinte afirmação: 
Considerado como a sétima arte, o cinema conquistou seu espaço no mundo contemporâneo ao longo do século XX. Seu nascimento é um pouco anterior, no final do século XIX, quando os Lumière e o seu cinematógrafo provocaram uma revolução na maneira como a realidade poderia ser apreendida. Talvez tenha sido Méliès quem, de fato, revolucionou as possibilidades de apreensão da realidade, já que ultrapassou os limites do real e focou no ficcional, na fantasia, no imaginário. De qualquer forma, o cinema avançou, ganhando sonorização e cores, ganhando as salas de projeção do mundo inteiro. Não há como pensar o século XX sem uma menção ao cinema. Logo, não há história do século XX que possa dispensar o cinema como fonte histórica. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre o cinema como fonte histórica, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A característica mais distintiva do cinema frente a outras manifestações de arte é a ausência de propósitos propagandísticos.
	
	B
	O cinema pode ser considerado como registro fiel da realidade, pois não permite a manipulação.
	
	C
	O cinema, por ser um divertimento global, impacta as pessoas de maneira muito particular.
Você acertou!
“O cinema, praticamente desde sua criação pelos irmãos Lumière e posterior apropriação por Charles Méliès (o primeiro cineasta na acepção moderna do termo), tem um caráter propagandístico. A manipulação é um caráter intrínseco do cinema, portanto, é de se esperar que palavras, atos e roteiros dirijam o espectador na direção em que o cineasta deseja. Mas a manipulação vai além da mera condição de contar uma história. Como o cinema é o maior entretenimento mundial (levando-se em conta suas transmissões nas mais diversas formas, entre elas a TV, a TV a cabo, a Internet etc.), naturalmente existe uma percepção muita marcante das pessoas a partir daquilo que elas veem nos filmes. Benjamin (1994) já dizia isso quando informava que as gerações nascidas pós-popularização do cinema conheceriam as personagens históricas por meio de atores, e a imagem do mundo seria moldada de acordo com a visão de cineastas específicos e suas empresas, ou seja, uma visão da indústria cultural acerca da história” (livro-base, p. 161).
	
	D
	O cinema é uma manifestação restrita a um seleto grupo de pessoas.
	
	E
	A história contada no cinema é sempre livre de interesses pessoais ou corporativos.
Questão 2/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere o texto a seguir: 
Falar sobre o passado é algo corriqueiro entre as sociedades humanas, afinal, há séculos buscam-se formas de se contar o que passou. Durante muito tempo, a transmissão das informações do passado se deu de forma oral quando uma geração repassava às outras mais novas suas impressões e experiências no tempo e no espaço. Mais recentemente, a tarefa de contar histórias tem sido assumida por diversas pessoas. Mas a quem, realmente, cabe a tarefa de falar sobre o passado? Uma resposta simples e direta é, se a abordagem do passado se pretende científica, é tarefa para os historiadores. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração o texto acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a abrangência da pesquisa histórica, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas.
( ) Os historiadores têm ampliado o campo de pesquisa até limites cronológicos bem próximos da atualidade, como atesta o emprego da expressão “história do tempo presente”.
( ) O trabalho dos historiadores tem se limitado à análise de eventos do passado distante, pois é fundamental que haja uma distância cronológica salutar entre o objeto de estudo e o estudioso.
( ) O trabalho com o passado recente, como, por exemplo, com os eventos ocorridos nas últimas duas décadas, é tarefa que cabe a outros profissionais que não os historiadores.
( ) As pesquisas históricas recentes abrangem diferentes recortes temporais, trabalhando tanto contextos como o Egito Antigo ou a Idade Média como eventos, ocorridos há poucos anos. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – F – V
Você acertou!
“Outra questão importante no que tange à pesquisa histórica é saber qual a sua abrangência. A década de 2000, por exemplo, pertence à história? Ou à sociologia? Ou, ainda, ao jornalismo? Durante muitos anos esse tipo de debate inócuo foi travado nas salas de aula e em reuniões acadêmicas e academicistas. Felizmente, esse tempo parece ter passado, tanto que atualmente existe até a expressão “história do tempo presente” e um grande número de estudantes, professores e pesquisadores que dedicam suas vidas ao estudo das fontes que ainda estão ‘vivas’ ou ‘quentes’. A maior prova disso é a quantidade de trabalhos feitos sobre temas com cerca de vinte, dez ou até mesmo apenas cinco anos de distância da sua escrita. Ao mesmo tempo, é importante não nos restringirmos. Sempre haverá especialistas em Idade Média, ou em egiptologia, mas é importante lembrar que nenhum homem é uma ilha, muito menos uma área do saber. Na grande imagem formada pela história, não há Idade Média ou Egito Antigo. A única história verdadeira é a História Universal” (livro-base, p. 23).
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	F – V – F – F
Questão 3/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia a seguinte citação: 
“Os maiores problemas para os novos historiadores, no entanto, são certamente aqueles das fontes e dos métodos. Já foi sugerido que quando os historiadores começaram a fazer novos tipos de perguntas sobre o passado, para escolher novos objetos de pesquisa, tiveram de buscar novos tipos de fontes, para suplementar os documentos oficiais”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BURKE, Peter. A escrita da história: Novas perspectivas. Trad. de Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. p. 25. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a História e o uso de fontes, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas.
( ) O historiador existe independentemente da existência de fontes, e seu trabalho consiste na criação de vestígios do passado.
( ) O que distingue o historiador dos demais contadores de histórias é o seu olhar diferenciado para as fontes históricas.
(  ) Parte da tarefa dos historiadores consiste nos cuidados com o manuseio e inquirição das fontes.
( ) A fácil tarefa de lidar com fontes históricas possibilita que qualquer pessoa possa conjecturar a respeito do passado, a exemplo dos historiadores. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – V – V – F
Você acertou!
“O historiador não existe sem suas fontes, que não são propriamente suas, mas sim do tempo, da humanidade. A questão é que o profissional da História vai tentar decifrar esses vestígios que o tempo deixou para nós. As fontes são o que os pesquisadores em História têm de mais caro, de mais importante e de mais interessante. Mas trabalhar com este material não é exatamente uma tarefa fácil e, certamente, é preciso treinamento e um olhar diferenciado para esses pretéritos vestígios. Neste capítulo, apresentaremos diversas fontes e – mais do que isso – de diversos tipos de documentos que o historiador atento pode usar para melhor moldar o que foi o passado. Além disso, veremos alguns cuidados que precisamos ter ao manusear essas fontes e, principalmente, os cuidados ao inquiri-las” (livro-base, p. 65).
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	V – V – V– F
Questão 4/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia a citação a seguir: 
“Essa é que é a questão. Na realidade, o documento é sempre de factoum monumento, quer dizer, é algo que forma, não que informa, com o objectivo de ‘impressionar’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LE GOOF, Jacques. Reflexões sobre a História. Trad. de António José Pinto Ribeiro. Lisboa, Edições 70, 2009. p. 31. 
Com base na citação acima e nos conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a História e suas fontes, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O trabalho do historiador é possível mesmo sem a existência de fontes ou vestígios do passado.
	
	B
	As fontes são objeto dispensável ao ofício do historiador, pois as narrativas históricas são fruto da imaginação desse profissional.
	
	C
	As fontes, os vestígios do passado, são a matéria-prima do historiador, sem a qual não há passado a ser analisado e compreendido.
Você acertou!
“O historiador não existe sem suas fontes, que não são propriamente suas, mas sim do tempo, da humanidade. A questão é que o profissional da História vai tentar decifrar esses vestígios que o tempo deixou para nós. As fontes são o que os pesquisadores em História têm de mais caro, de mais importante e de mais interessante. Mas trabalhar com este material não é exatamente uma tarefa fácil e, certamente, é preciso treinamento e um olhar diferenciado para estes pretéritos vestígios [...]. 2.1 O que é uma fonte? A pergunta que abre este capítulo é, talvez, a mais complexa a ser respondida atualmente por um historiador. Isto porque, como é sabido, não existe História sem fonte. Sem um testemunho (ainda que fugaz) do passado, o que existe é mera narração, invencionice ou ficção. O historiador é – de certa forma – um refém das fontes. Sem elas, não há trabalho, como indicou Bloch (2001). O documento é a base para o julgamento dos historiadores. Karnal e Tatsch (2013) vão ainda mais além ao dizer que, se todos os documentos de determinada civilização forem destruídos, se todos os seus vestígios arqueológicos tiverem desaparecido e se nada puder ser encontrado, essa civilização é inexistente, ou seja, nunca existiu para o historiador. A História, como ciência, carece de fontes documentais tanto quanto a literatura precisa de um papel em branco e uma caneta, ou seja, é um ponto de partida, a tabula rasa de onde partimos, e sem a qual não há nada” (livro-base, p. 65,66).
	
	D
	É perfeitamente válido conjecturar a respeito de uma sociedade do passado sem a consulta das fontes.
	
	E
	O trabalho do historiador se faz com ou sem as fontes, já que a essência dele é de base ficcional.
Questão 5/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere a citação a seguir: 
“Os arquivos de natureza religiosa no Brasil são detentores de grandes conjuntos documentais, nem sempre facilmente acessíveis. Os mais notórios são os da Igreja Católica, cujos acervos estão reunidos nas cúrias diocesanas, sob os cuidados de serviços de arquivo em geral bastante precários e desconfortáveis, que costumam improvisar o atendimento quando do surgimento inesperado de um pesquisador”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BACELLAR, Carlos. Fontes documentais: Uso e mau uso dos arquivos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes históricas. p. 23-80. São Paulo: Contexto, 2006. p. 39. 
A partir da citação acima e dos conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre os textos escritos como fonte histórica, enumere, na ordem sequencial, as explicações que se relacionam a cada um dos documentos listados a seguir:
1. Batismo
2. Matrimônio
3. Atestado de óbito
4. Testamento
( ) Registro de sacramento religioso, no qual constam data, nome completo da criança e de seus pais.
( ) Documento formal, lavrado por um oficial reconhecido e na presença de testemunhas, indica as vontades de um indivíduo após a sua morte.
( ) Registro das pessoas que se casam, bem como a data do casamento e a filiação de ambos.
( ) Registro das informações relativas a uma pessoa e seu falecimento, como data, nome e estado civil. 
Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	3 – 2 –1 – 4
	
	B
	4 – 2 – 3 – 1
	
	C
	4 – 3 – 2 – 1
	
	D
	1 – 4 – 2 – 3
Você acertou!
“Metodologicamente falando, é importante destacar que, após o Concílio de Trento, todas as atas de batismo deveriam ser iguais; nelas deveriam estar contidos a data do batismo, o nome completo da criança, o nome de seus pais, se era filho legítimo ou ilegítimo (nesse momento, não batizar uma criança a condenaria ao inferno, portanto, os pais de filhos fora do casamento os batizavam independente de um possível problema familiar posterior), o local de residência dos pais, o nome dos padrinhos e também a assinatura do padre que lavrou o sacramento [...]. O matrimônio, como informa Bassanezi (2013), desde Trento, deveria conter: data do casamento, nome de cada cônjuge, filiação de ambos, residência, naturalidade e assinatura do sacerdote. No caso de nubentes viúvos, a comprovação da viuvez era também anotada no documento, bem como o nome dos cônjuges mortos. Muitas vezes, eram colocados também o local da realização do matrimônio, a idade dos noivos, a sua condição social e os nomes das testemunhas com algumas características, como títulos ou estado civil [...]. O atestado de óbito era mais sucinto, e suas normas, bem menos rigorosas. Normalmente, eram registrados a data do falecimento, o nome do morto e seu estado civil – se casado, o nome do cônjuge; se solteiro, o nome dos pais [...]. O testamento designa a vontade manifesta e testemunhada de um indivíduo dotado de todas as suas faculdades mentais, o qual informa seu desejo acerca das suas posses quando sua vida findar. Esse documento deve ser lavrado por um tabelião ou agente semelhante e sempre na presença de testemunhas. Ele é, portanto, um documento formal e detentor de valor jurídico, que preconiza o direito individual de determinar para onde e de que forma seus bens serão divididos” (livro-base, p. 75-79).
	
	E
	1 – 3 – 2 – 4
Questão 6/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere as seguintes informações: 
A tarefa do historiador sempre envolve a prática de pesquisas. Sem pesquisa, de verdade, não existe o ofício do historiador. Obviamente que a pesquisa histórica demanda uma problemática a ser investigada e, por certo, a existência e a disponibilidade de fontes. Logo, é possível contar histórias sem pesquisa e sem fontes, mas, definitivamente, isso não cabe aos historiadores, para os quais deve haver algum método de pesquisa a ser seguido e respeitado. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração as informações acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre o projeto de pesquisa em História, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O levantamento das fontes normalmente é uma etapa ignorada pelos historiadores, já que, mesmo sem fontes, há história.
	
	B
	O ponto central de um projeto de pesquisa em História deve ser a apresentação das hipóteses.
Você acertou!
“Em seguida, normalmente, vem a justificativa, ou seja, o historiador vai precisar para o leitor os motivos que o levaram a discutir o tema em questão. Nesse momento, é necessário justificar a escolha do tema e demonstrar a relevância acadêmica e social do trabalho que se pretenderá realizar. Mostrar os benefícios que sua pesquisa pode trazer à sociedade e à comunidade científica de historiadores, além de demonstrar qual lacuna historiográfica o projeto pretende sanar e a pertinência da sua pesquisa com relação às pesquisas históricas do mesmo tema [...]. Logo em seguida, deve-se incluir as hipóteses, que são efetivamente o cerne da pesquisa. O que o pesquisador precisa explicitar aqui é uma resposta ou uma possibilidade de resposta. Trata-se da problematização de determinado período ou acontecimento histórico. Atualmente, de nada adianta simplesmente listar – em ordem cronológica – os acontecimentos que sucederam; é importante descobrir o porquê as coisas aconteceram, ou os seus desdobramentos.Sem uma boa pergunta, simplesmente não há pesquisa [...]. A próxima etapa é uma muito valiosa às pesquisas historiográficas: a listagem das fontes. Em outros campos de investigação, as fontes não são tão importantes, mas, na história elas talvez sejam os elementos mais importantes, pois sem elas não existe pesquisa [...]. A próxima etapa é a metodologia. Nessa fase, o pesquisador demonstra quais técnicas utilizará para trabalhar e interrogar as fontes por ele elencadas, além de mostrar quais instrumentos serão utilizados. O pesquisador utilizará estatística? Ou algum tipo de questionário para história oral? Ou se concentrará em pesquisas bibliográficas? Todas essas questões devem estar aqui descritas para que o leitor saiba exatamente como o pesquisador conseguiu extrair os dados mencionados” (livro-base, p. 238-241).
	
	C
	Como a fonte histórica por si só revela o passado, o bom historiador pode dispensar a metodologia de pesquisa.
	
	D
	Um bom projeto de pesquisa deve ser finalizado com a justificativa, que sustenta e conclui o trabalho do historiador.
	
	E
	Atualmente, cabe ao bom historiador simplesmente arrolar as informações disponíveis nas fontes selecionadas.
Questão 7/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o trecho de texto a seguir: 
"[A narrativa histórica] tem uma função simbolizadora, permite a uma sociedade situar-se, dando-lhe na linguagem um passado e abrindo um espaço próprio para o presente: marcar um passado é dar lugar à morte, mas também redistribuir o espaço das possibilidades, determinar negativamente aquilo que está por fazer e, consequentemente, utilizar a narratividade que enterra os mortos como meio de estabelecer um lugar para os vivos". 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DE CERTAU, Michel. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 1982. p. 107. 
A partir do trecho de texto acima e dos conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a narrativa histórica, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	É possível aprender história de diversas maneiras, inclusive sem narrativas históricas.
	
	B
	A narrativa histórica é a mediadora entre o que aconteceu no tempo passado e o tempo presente
Você acertou!
“A história se apresenta ao seu ‘consumidor’, ao seu ‘degustador’ por meio da narração. A consciência histórica se manifesta por meio da narração de uma história. Koselleck (2006) e François Dosse (2003) explicam que a disciplina História pode ser vista como uma sequência de fatos ao mesmo tempo em que pode ser considerada a narrativa desses fatos. A história é o que ocorreu no passado, mas é também a forma como esse acontecimento foi narrado [...]. Quem faz o papel de mediador do tempo pretérito para o tempo atual almejando o tempo futuro é a narrativa. Não há história sem narrativa. Note que normalmente estamos falando da narrativa escrita, uma vez que há certa tradição nessa forma de rememorar nosso passado. No entanto, durante milênios os fatos passados eram narrados apenas por meio da oralidade, e ainda hoje muitas das conexões que fazemos com o passado são feitas da mesma forma, por meio das histórias que nos contam. Além disso, não podemos esquecer as demais formas de narrativa. O cinema é, talvez, a principal delas. Oliveira (2011) nos diz que boa parte da noção de história que as pessoas têm veio por meio do cinema ou da televisão. E também podemos nos lembrar das histórias em quadrinhos, do teatro, da música... Para Paul Ricoeur (1994), a narrativa histórica é uma ficção, não uma interpretação. Para Hayden White (2004), a narrativa tem valor explicativo, e o historiador deve ser capaz de explicar tal narrativa. White, oriundo da linguistic turn norte-americana, tende a acreditar que a história é uma ficção, e que por isso partilha com a literatura as mesmas estratégias, tais como o envolvimento do leitor no enredo, o suspense, o desenvolvimento e o desfecho – muitas vezes arrebatador – da trama. Assim, desconsidera os critérios maiores de cientificidade e a dependência das fontes por parte do historiador. A narrativa é responsável por fazer a ponte entre o espaço de experiência e o horizonte de expectativas, que são duas categorias muito bem descritas por Reinhard Koselleck (2006). Este autor diz que horizonte de expectativas e espaço de experiência são equivalentes ao tempo e espaço, haja vista sua importância e sua cumplicidade. Não há espaço de experiência sem horizonte de expectativas e vice-versa” (livro-base, p. 31-33).
	
	C
	Toda narrativa histórica é fundamentalmente escrita.
	
	D
	As narrativas históricas separam o espaço de experiência do horizonte de perspectivas.
	
	E
	Apesar de haver cinema histórico e documentários, o cinema não é uma narrativa a respeito do passado.
Questão 8/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere a seguinte citação: 
“A estratégia de ouvir atores ou testemunhas de determinados acontecimentos ou conjunturas para melhor compreendê-los não é novidade. Heródoto, Tucídides e Políbio, historiadores da Antiguidade, já utilizaram esse procedimento para escrever sobre acontecimentos de sua época”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALBERTI, Verena. Fontes orais: Histórias dentro da História. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes históricas. p. 155-202. São Paulo: Contexto, 2006. p. 156. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a elaboração de uma pesquisa com história oral em sala de aula, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A metodologia da história oral empregada em sala de aula é preferível por não apresentar limitações, como as demais metodologias de exploração de fontes nas aulas de História.
	
	B
	O aspecto, talvez, mais interessante do uso da história oral nas aulas de História é o fato de que a veracidade do passado é preservada nos relatos, já que os entrevistados foram partícipes dos fatos investigados.
	
	C
	A história oral é, em geral, bem recebida e muito explorada nas aulas de História, principalmente por as pessoas entrevistadas serem do círculo de relacionamento dos estudantes e por não gerar custo a eles ou à escola.
Você acertou!
“Os depoimentos orais são outro tipo de fonte muito valiosa para os alunos, mesmo porque, de acordo com Oliveira (2011), são as mais recorrentemente utilizadas em sala de aula, em todas as séries. Isto porque as entrevistas são geralmente feitas com familiares, vizinhos ou amigos dos alunos, ou seja, não geram nenhum tipo de ônus para eles [...]. Como qualquer metodologia, a história oral também tem suas limitações, e as de ordem mais prática podem ser as primeiras constatadas pelos alunos e também pelo professor. De início, talvez a primeira dificuldade seja encontrar uma pessoa com o perfil adequado para a entrevista. Mas mesmo que o aluno encontre essa pessoa, nada garante que ela esteja disponível ou mesmo aberta para um diálogo. Isso sem falar nos mais idosos, que talvez não tenham mais condições físicas de dar entrevistas. O engano mais comum dos alunos em relação à história oral é imaginar que, pelo fato de estarmos diante de um partícipe do fato, ele esteja falando a verdade, ou melhor, que a verdade esteja no que ele diz. Normalmente a pessoa não está mentindo, apenas tem uma visão peculiar da realidade. E esta visão está nublada por dois motivos: primeiramente, a dificuldade de enxergar o todo, haja vista que ela estava participando ativamente de um pedaço do processo: logo, como um juiz em um campo de futebol, não tem capacidade de enxergar tudo o que está acontecendo ao mesmo tempo; o segundo motivo é que a memória das pessoas é socialmente construída em um processo diário, ou seja, o que eu lembro hoje talvez lembre diferentemente amanhã. A memória nos prega peças e, não raro, aumenta, diminui ou distorce fatos antes lembrados com exatidão. Destaca-se ainda que boa parte dos entrevistados também pode ter uma idade mais avançada, caso em que as metamorfosesda memória ocorreram mais vezes. A fala de qualquer pessoa deve ser submetida aos mesmos procedimentos de heurística, crítica e interpretação presentes em uma fonte histórica qualquer. Ou seja, não é porque a pessoa está dando um depoimento que o que ela fala está isento de crítica e análise. As fontes orais nada mais são do que outras fontes, tão válidas ou tão inválidas quanto os textos, os filmes ou as fotografias. Elas são, em princípio, merecedoras de tanta desconfiança quanto as demais fontes” (livro-base, p. 232,233).
	
	D
	A vantagem de se explorar a história oral nas aulas de História é contarmos com a exatidão nos relatos dos entrevistados, já que a memória é ativada e apresentada nas entrevistas de maneira exata e verossímil.
	
	E
	Os procedimentos de investigação para a história oral são distintos dos empregados nas demais fontes comumente utilizadas em sala de aula, já que não carecem de crítica ou análise por parte dos estudantes.
Questão 9/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o texto a seguir: 
A questão “Para que estudar história?”, comumente apresentada pelos estudantes da Educação Básica aos professores de História, diz muito sobre a própria disciplina, mas também diz muito sobre a história, a historiografia e, obviamente, sobre a pesquisa histórica. O antigo adágio de que um povo sem memória é um povo sem história não pode ser mais verdadeiro quando pensamos acerca das funções da pesquisa histórica em pleno século XXI. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor desta questão. 
Considerando o texto acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre as funções da pesquisa histórica, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas.
( ) O historiador, via de regra, inicia a pesquisa histórica a partir de dúvidas, de questionamentos que o perturbam no presente.
( ) Tendo a dúvida como sua premissa, o historiador parte para a investigação das fontes, buscando nelas as respostas para os questionamentos.
( ) O trabalho do historiador é desprovido de método, podendo ser iniciado pelas respostas às perguntas apresentadas pelas fontes.
( ) Depois de formulados os questionamentos e investigadas as fontes, cabe ao historiador responder às pergunta históricas por meio de uma narrativa. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	V – V – F – V
Você acertou!
“A formulação da pergunta histórica é o momento em que o estudante ou pesquisador se depara com uma lacuna a ser preenchida. Todas as carências de orientação no tempo são enunciados de perguntas históricas. Em seguida, na segunda fase, o pesquisador deve remeter as perguntas às fontes e, por meio de diálogo, tentar obter o máximo de respostas possíveis para seus questionamentos. A terceira e última fase consiste em efetivamente responder, por meio de um texto, às questões que foram recebidas quando da análise das fontes. Nesse momento, deve haver uma resposta às perguntas históricas” (livro-base, p. 46).
Questão 10/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere o texto a seguir: 
A teoria é fundamental para a realização prática, para a concretização das ideias. No entanto, nem sempre a teoria e a prática caminham juntas, ainda mais se pensarmos no universo acadêmico, tradicionalmente marcado por um excesso de teoria em detrimento das ações práticas. Talvez, por isso, muitos estudantes ainda tenham dificuldades para compreender como a teoria se transforma em práticas, principalmente em relação aos projetos de pesquisa e/ou trabalhos de conclusão de curso, os TCC’s. Portanto, um roteiro bem elaborado é o primeiro passo para que a teoria possa, efetivamente, converter-se em prática, ainda mais se é para um projeto de pesquisa em História. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração o texto acima e os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre o projeto de pesquisa em História, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas.
( ) O levantamento das fontes, também uma importante etapa, confere o embasamento ao projeto de pesquisa em História, já que sem fontes não há História.
( ) Um dos pontos principais de um projeto de pesquisa em História é a apresentação das hipóteses, também consideradas como o âmago de todo o trabalho.
( ) Em um bom projeto de pesquisa em História, a metodologia é etapa dispensável, já que a fonte histórica por si só revela o passado.
( ) A justificativa de um projeto de pesquisa em História deve ser o derradeiro esforço de todo historiador, pois conclui todo o trabalho. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – V – F – F
Você acertou!
“Em seguida, normalmente, vem a justificativa, ou seja, o historiador vai precisar para o leitor os motivos que o levaram a discutir o tema em questão. Nesse momento, é necessário justificar a escolha do tema e demonstrar a relevância acadêmica e social do trabalho que se pretenderá realizar. Mostrar os benefícios que sua pesquisa pode trazer à sociedade e à comunidade científica de historiadores, além de demonstrar qual lacuna historiográfica o projeto pretende sanar e a pertinência da sua pesquisa com relação às pesquisas históricas do mesmo tema [...]. Logo em seguida, deve-se incluir as hipóteses, que são efetivamente o cerne da pesquisa. O que o pesquisador precisa explicitar aqui é uma resposta ou uma possibilidade de resposta. Trata-se da problematização de determinado período ou acontecimento histórico. Atualmente, de nada adianta simplesmente listar – em ordem cronológica – os acontecimentos que sucederam; é importante descobrir o porquê as coisas aconteceram, ou os seus desdobramentos. Sem uma boa pergunta, simplesmente não há pesquisa [...]. A próxima etapa é uma muito valiosa às pesquisas historiográficas: a listagem das fontes. Em outros campos de investigação, as fontes não são tão importantes, mas, na história elas talvez sejam os elementos mais importantes, pois sem elas não existe pesquisa [...]. A próxima etapa é a metodologia. Nessa fase, o pesquisador demonstra quais técnicas utilizará para trabalhar e interrogar as fontes por ele elencadas, além de mostrar quais instrumentos serão utilizados. O pesquisador utilizará estatística? Ou algum tipo de questionário para história oral? Ou se concentrará em pesquisas bibliográficas? Todas essas questões devem estar aqui descritas para que o leitor saiba exatamente como o pesquisador conseguiu extrair os dados mencionados” (livro-base, p. 238-241).
	
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