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Contenção quimica dos animais domesticos

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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Contenção química dos animais domésticos 
 
 
 
 
 
 
 
Contenção Química de Cães e Gatos 
 
 
 
 
A contenção de pequenos animais por meio de fármacos faz-se, muitas vezes, necessária a fim de possibilitar o 
exame clínico bem feito e seguro, por parte do médico veterinário. 
Animais agressivos, agitados ou estressados podem ser mais bem examinados quando estão sob o efeito de tran-
quilizantes ou sedativos, permitindo menores alterações paramétricas decorrentes do estresse, evitando agressões ao 
profissional que o examina. 
Conter quimicamente um animal não deve significar, contudo, apenas imobilizá-lo, mas sim, diminuir o estresse da 
manipulação, com conforto e segurança para o paciente e para o médico veterinário. Dessa maneira, animais que de-
monstrem agressividade ou medo excessivo devem ser manipulados somente após a contenção química. Cães de raças 
violentas ou de comportamento nervoso e felinos, de maneira geral, precisam, com frequência, ser contidos farmacolo-
gicamente para permitir exames de boa qualidade. 
Além dos fatores inerentes ao indivíduo, como raça, temperamento e estado físico, não podem ser esquecidos os 
estímulos externos que perturbam a tranquilidade do animal. Assim, mesmo aqueles animais bastante dóceis e obedien-
tes ao proprietário podem exigir tranquilização quando em contato com o novo ambiente que os cercam, o movimento 
de pessoas estranhas e a percepção de odores e ruídos com os quais não estão acostumados. Alguns exames clínicos 
podem, ainda, envolver dor, quando uma região lesada ou inflamada precisa ser manipulada, como nos exames de trau-
matismos osteomusculares, feridas, enfermidades otológicas, dentre outras. 
Outros exames, apesar de não provocarem dor, podem envolver um certo desconforto por parte do animal, como 
nos casos de abordagem da cavidade oral, da região genital ou do aparelho oftálmico. 
Ressalta-se ainda, a necessidade de alguns posicionamentos específicos exigidos por exames diagnósticos utili-
zando radiografias ou ultra-sonografias, conseguidos apenas com a tranquilização ou mesmo com a anestesia geral do 
paciente. Exemplos desses casos são a necessidade de relaxamento muscular potente para a realização de exame radio-
gráfico para o diagnóstico de displasia coxofemoral e da imobilidade completa do paciente para a coleta de liquor cere-
brospinal. 
O médico veterinário, ao realizar o exame de um animal em que um tranquilizante, um sedativo ou até mesmo 
um anestésico geral foram utilizados, deve conhecer os efeitos dos fármacos empregados para saber avaliar se os seus 
achados clínicos são decorrentes do uso desses ou da enfermidade a ser pesquisada. Alterações de temperatura corpo-
ral, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial são algumas das consequências mais comuns após o 
uso desses agentes. 
A espécie e a raça do paciente a ser examinado podem determinar, além do método de contenção física mais 
adequado, a necessidade e o tipo de fármaco a ser utilizado. As características fisiológicas, a diferente distribuição de 
receptores farmacológicos e as peculiaridades comportamentais resultam em diferentes alterações paramétricas em 
cães, gatos e pequenos animais exóticos. O efeito final também varia bastante entre as espécies e a escolha correta do 
fármaco a ser utilizado depende do conhecimento prévio desses efeitos. 
 
 
2 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
O estado físico do paciente pode ser limitante para o uso de alguns fármacos que trariam risco a pacientes 
desnutridos, hipovolêmicos ou desidratados, por exemplo. A existência de outras enfermidades concomitantes como as 
cardiopatias, os processos respiratórios, as hepato e nefropatias, assim como as doenças neurológicas, também podem 
influenciar na escolha do agente a ser utilizado. Caso o exame resulte em dor física, o fármaco ou a associação escolhida 
deve produzir analgesia adequada. 
O jejum, por outro lado, é imprescindível para a segurança de determinados procedimentos nos quais o re-
laxamento do cárdia produzido pelo fármaco facilita o regurgitamento do conteúdo gástrico, podendo ocasionar obstru-
ção das vias aéreas por aspiração, levando à pneumonia ou até à morte. Destaca-se, ainda, a importância do jejum em 
posicionamentos nos quais o estômago repleto possa comprimir o diafragma e comprometer a capacidade respiratória 
do paciente. 
Dentre os fatores externos a serem considerados nas diferentes situações, deve-se conhecer o local no qual 
o animal será examinado e a necessidade de posicionamentos específicos e de imobilidade requeridos pelo exame a ser 
efetuado. 
Por fim, a via de aplicação possível na situação apresentada também influencia na definição da técnica e 
dos medicamentos a serem empregados. 
 
 
 
Fatores a serem considerados para o uso de contenção química 
 
 
 
 
Intrínsecos 
 
Espécie 
Raça 
Estado clínico geral 
Doenças concomitantes 
Presença de dor ou desconforto 
Jejum 
Extrínsecos 
 
Local do exame (no chão, sobre mesa) 
Tipo do exame (envolvendo dor ou desconforto) 
Posicionamento necessário para o exame 
Necessidade de imobilidade para o exame 
Via de administração possível 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS NA CONTENÇÃO QUÍMICA 
 
 
O tipo de medicamento a ser administrado, o temperamento, o porte e a condição física do animal, as caracterís-
ticas do local em que se realizará o procedimento e o tipo de contenção física possível influenciam e determinam a via 
de aplicação selecionada. Na contenção química de pequenos animais, utilizam-se, sobretudo, as vias tópica, oral e pa-
renterais (subcutânea, intramuscular e intravenosa). 
 
 
 
 
 
 
3 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Via Oral (VO) 
 
Para que um medicamento possa ser aplicado por esta via é preferível que seja palatável. Tranquilizantes e sedati-
vos em apresentação líquida ou sob a forma de comprimidos ou drágeas estão disponíveis no mercado. Na forma líquida, 
podem ser utilizados em administração direta, na boca, ou através 
de seringas, na forma pura ou misturados a uma pequena quanti-
dade de água ou outro líquido. Não se indica a adição à água de be-
bida do animal, pois não se consegue precisar a quantidade ingerida. 
Os comprimidos ou drágeas podem ser colocados diretamente no 
fundo da cavidade oral ou inseridos em alimentos sólidos como pe-
daços de pão ou "bolinhos" de carne, impedindo que o animal per-
ceba a presença do medicamento. 
A grande limitação desta via de aplicação é o tempo de latên-
cia longo, entre l e 2 horas, com o efeito bastante variável entre os 
pacientes. Por outro lado, a principal vantagem baseia-se na ma-
neira não-invasiva de tratar o animal, diminuindo, portanto, o es-
tresse da contenção física prévia. 
Esta é uma excelente via de aplicação a ser empregada pelo proprietário, especialmente nos casos de animais 
agressivos ou de difícil transporte. O medicamento pode ser administrado no próprio domicílio, algum tempo antes de 
trans portar o animal ao consultório. Dessa forma, o paciente chega ao ambiente estranho já previa mente tranquilizado 
ou sedado e, caso o efeito seja menor que o necessário, a suplementação por outras vias de aplicação torna-se mais fácil. 
 
 
 
 
Via Tópica 
 
É a deposição do princípio ativo, no caso específico um anestésico local, sobre a pele ou mucosas a fim de absorção 
direta. Os produtos para este fim apresentam-se em gel, pomadas, sprays 
ou colírios. 
O efeito sobre as mucosas é bastante superior ao produzido pela apli-
cação sobre a pele, em que a absorção é menor ou até desprezível. Deve-se 
lembrar que esta via de aplicação deve ser utilizada somente em peles e 
mucosas íntegras, sem ferimentos ou inflamações. 
Em grande parte das situações, pode ser necessária a aplicação de um 
tranquilizante ou sedativo para que o animal permita o exame, pois o anes-
tésico tópico produz unicamente a analgesia, sem alterar seu estado psico-
lógico.Um procedimento bastante comum é o emprego de colírios anestési-
cos para produzir a analgesia da superfície da córnea, o que permite alguns 
exames oftálmicos e até a retirada de um corpo estranho, por exemplo. Os 
sprays ou pomadas podem ser úteis nos exames ginecológicos ou orais e 
facilitam a intubação traqueal. 
 
 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
Vias Parenterais 
 
Nestas vias, a anti-sepsia do local e do material a ser utilizado é importante, pois a possibilidade de contaminação 
é considerável. O anti-séptico mais indicado para isso é a solução de álcool iodado e, especialmente na via intravenosa, a 
tricotomia pode ser utilizada para facilitar a localização do vaso sanguíneo e melhorar o efeito do antisséptico. 
O material utilizado para a injeção do fármaco deve ser descartável, a espessura e o comprimento da agulha e a 
capacidade da seringa devem ser adequados ao local de aplicação e ao volume do medicamento. O bisel da agulha deve 
ser posicionado de maneira a facilitar a perfuração e a escala numérica da seringa sempre voltada para o aplicador, a fim 
de permitir o controle do volume e da velocidade de injeção. Ao se optar por esta via de aplicação, deve-se considerar o 
tipo de veículo utilizado no produto, o pH e a osmolaridade da solução, o tempo de latência esperado e a viabilidade de 
aplicação. 
Existem várias formas de aplicação parenteral e, dentre elas, as mais usadas na contenção química são: a subcutâ-
nea, a intramuscular e a intravenosa. 
 
 
 
Via Subcutânea (SC) 
 
Esta via é escolhida quando se deseja retardar a absorção do 
fármaco ou quando é possível uma espera maior para o efeito ser 
alcançado, pois o período de latência é de 30 a 45 minutos, em mé-
dia. Também pode ser útil no caso de animais muito agressivos e de 
difícil contenção. 
O local anatômico de escolha deve permitir o deslocamento 
da pele para a introdução da agulha no espaço subcutâneo e, dessa 
forma, as regiões dorsal ou lateral do tórax ou do abdome são as 
mais indicadas. 
Grandes volumes podem ser aplicados por esta via, tomando-
se o cuidado de dividir o volume total em vários pontos do corpo do 
animal. 
 
 
 
Via Intramuscular (IM) 
 
A via intramuscular pode ser útil, assim como a anterior, naqueles animais agressivos nos quais a abordagem mais 
segura é a aproximação pela porção posterior do corpo. Dessa ma-
neira, o animal pode ser amordaçado e firmemente contido pela 
coleira pelo próprio proprietário, enquanto a aplicação e realizada 
no membro pélvico. 
O local de eleição para a aplicação intramuscular em cães e 
gatos é a massa muscular das coxas (músculos semitendíneo e se-
mimembranáceo). 
Medicamentos muito viscosos ou de pH extremos podem 
produzir dor à aplicação, resultando em reação e movimentação 
do animal. As complicações decorrentes da aplicação intramuscu-
lar podem ser a formação de abscessos ou lesões do nervo ciático. 
Essas complicações estão frequentemente associadas ao descuido 
do aplicador com a anti-sepsia do local e consequente desenvolvimento de infecções, podendo ser quase completa-
mente abolidas com a observação das técnicas de anti-sepsia correta. O período de latência, nesta via de aplicação pode 
 
 
5 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
ser, em média, de 15 a 30 minutos e a duração de efeito, em regra, e menor que na aplicação subcutânea e maior que 
na intravenosa. 
 
Via Intravenosa (IV) 
 
Nesta via de aplicação, não há necessidade de absorção e o efeito inicia-se quase imediatamente. A velocidade de 
aplicação deve ser criteriosa a fim de não ocorrerem alterações 
paramétricas bruscas. O período de latência é de, no máximo, 
15 minutos, dependendo das características do fármaco em-
pregado. 
A principal vantagem desta via de aplicação é o início rá-
pido de efeito, mas requer imobilidade física do paciente que 
permita a localização e a punção do vaso. As veias mais utiliza-
das nesta via são a radial ou a cefálica e a safena. 
Nos casos de necessidade de aplicação de grandes volu-
mes ou nos quais o acesso às veias citadas seja difícil (aplica-
ções repetidas, flebites, animais hipotensos ou em choque, 
etc.), a veia jugular pode ser uma boa opção. 
 
 
 
 
Aplicação de fármacos e suas características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Via de aplicação Período de latência Duração do efeito Biodisponibilidade Necessidade de imobili-
zação animal 
Oral Variável, tendendo a 
longo 
Mais longo Variável Relativa 
Tópica (colírio, gel 
ou pomadas anes-
tésicas) 
Variável, tendendo a 
intermediário 
Intermediário a 
longo 
Quase completa Completa, porém rápida 
Subcutânea Intermediário Intermediário a 
longo 
Quase completa Relativa 
Intramuscular Intermediário Intermediário a 
longo 
Quase completa Relativa 
Intravenosa Curto Curto Completa Completa e longa 
 
 
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Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
 
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS EM CONTENÇÃO QUÍMICA DE CÃES E GATOS 
 
 
Dentre o arsenal anestésico disponível, os tranquilizantes e sedativos, os agonistas α2, e os analgésicos opioides, 
são os que mais se prestam, seja de forma isolada ou em associação, à contenção química de pequenos animais. Em 
procedimentos que exijam relaxamento muscular maior e abolição completa da sensibilidade dolorosa podem ainda ser 
utilizados os anestésicos dissociativos ou os anestésicos gerais injetáveis. 
 
 
Tranquilizantes e Sedativos 
 
Em Semiologia Veterinária, esses fármacos são os de mais ampla utilização, pois permitem a diminuição do es-
tresse desencadeado pela manipulação do animal. A tranquilização caracteriza-se por diminuição da ansiedade, levando 
o animal a um estado de relaxamento, porém mantendo-o responsivo a estímulos ambientais. A sedação, além de todas 
as características do estado de tranquilização, pode resultar em sonolência e até a um estado de total hipnose, depen-
dendo da dose utilizada. 
Pode-se incluir, no primeiro grupo, os fenotiazínicos e as butiroferonas e, dentre os sedativos, destacam-se os 
benzodiazepínicos. Em pequenos animais, as butiroferonas são raramente utilizadas, tendo sua maior aplicação na espé-
cie suína. 
 
Fenotiazínicos 
 
Os fármacos desse grupo se caracterizam por produzirem boa tranquilização e relaxamento muscular em cães e 
gatos, levando-os a um estado de diminuição da ansiedade que permite sua melhor manipulação. Sua indicação se limita 
a acalmar pacientes muito ansiosos ou agressivos ou prepará-los para a aplicação posterior de anestesia dissociativa ou 
geral. Os animais se apresentam mais calmos, com relaxamento de pescoço e cabeça, ptose palpebral, protrusão da mem-
brana da terceira pálpebra e orelhas pendentes. Procuram se sentar ou deitar, respondendo, porém, a estímulos externos 
que podem provocar uma reação de alerta. 
Nas manipulações que venham a causar dor, os fenotiazínicos, por produzirem 
analgesia desprezível, devem estar associados a outros fármacos com esse efeito. Deve-
se estar atento à contenção física desses animais, pois há manutenção da capacidade de 
reação aos estímulos externos. Devem, ainda, ser evitados em pacientes com histórico 
de convulsão por diminuírem o limiar convulsivo podendo, portanto, desencadeá-la. 
Os fenotiazínicos agem na formação reticular produzindo, portanto, depressão 
generalizada do Sistema Nervoso Central, com interferência no controle da atividade 
elétrica cortical que altera a regulação do sono e da vigília, assim como no controle do 
sistema nervoso autônomo (através de ação sobre sistema límbico e hipotálamo) e neu-
roendócrino, dentre outros. Esse mecanismo de ação explica algumas alterações clínicas 
após o uso de fenotiazínicos, que podem interferir em parâmetros vitais e deve, por-
tanto, ser de conhecimento do veterinário responsável pela avaliação semiológica. 
Dessa forma, sob o efeito desses fármacos, observa-se diminuição da tempera-
tura corporal, por sua ação sobre o centro termorregulador do hipotálamo. Espera-se 
ainda aocorrência de diminuição dos valores da pressão arterial como resultado da depressão do reflexo vasomotor de 
origem central, de efeitos diretos sobre a musculatura dos vasos e sobre o coração e de bloqueio adrenérgico periférico. 
Dentre os fenotiazínicos, a acepromazina é a mais difundida na prática clínica de pequenos animais, seguida da 
clorpromazina e da levomepromazina. A acepromazina pode ser utilizada por via oral, subcutânea, intramuscular ou 
intravenosa. A apresentação por via oral, em gotas, é bastante prática e permite a utilização até por pessoas leigas e fora 
de ambiente hospitalar. Dessa maneira, em animais muito violentos ou intranquilos, o proprietário pode ser orientado a 
utilizá-la previamente ao exame clínico. Em felinos, seu uso é limitado por produzir intensa salivação. Os efeitos da 
 
 
7 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
administração oral da acepromazina iniciam-se em poucos minutos e a intensidade da sedação é relativamente boa, per-
mitindo uma abordagem mais tranquila do animal. 
Pela via parenteral, a acepromazina pode ser utilizada nos animais em que seja possível a contenção mecânica para 
a aplicação do fármaco e, nesses casos, deve ser a via de escolha, por permitir melhor previsão dos períodos de latência 
e de efeito, assim como tranquilização mais potente. 
 
Fármaco Cão Gato Observações 
Acepromazina 0,03 a 0,1 mg/kg (IM, IV ou SC) 
1 a 3 mg/kg, VO 
0,03 a 0,1 mg/kg (IM, IV ou SC) 
1 a 3 mg/kg, VO 
Os fenotiazínicos promovem 
tranquilização, sem analgesia, 
não permitindo manipulações 
Clorpromazina e 
Levomepromazina 
1 a 2 mg/kg (IM, IV ou SC) 1 a 2 mg/kg (IM, IV ou SC) muito invasivas. O animal 
responde a estímulos exter-
nos 
 
 
 
 
 
 
Benzodiazepínicos 
 
 
Os benzodiazepínicos são fármacos que possuem efeito sedativo, miorrelaxante e anticonvulsivante. Em medicina 
veterinária, em especial nos pequenos animais, não deve ser indicado como sedativo único e seu uso se limita a aumen-
tar o miorrelaxamento produzido pelos fenotiazínicos ou anestésicos dissociativos. 
A utilização de benzodiazepínicos como único agente visando a contenção farmacológica é contra-indicada em 
pacientes hígidos nos quais o efeito final pode ser paradoxal, produzindo excitação. Nos animais debilitados e/ou toxê-
micos, o efeito sedativo é mais evidente podendo, nesses casos, ser o agente de escolha, especialmente quando o uso 
dos fenotiazínicos seja contra-indicado. 
A principal indicação de seu uso é em associação aos fenotiazínicos, seja com a finalidade de reduzir sua dose ou 
aumentar o miorrelaxamento, o que pode ser desejado para alguns exames clínicos ou manipulações específicas (avalia-
ção de fraturas e lesões em membros, posicionamento radiográfico, etc.). Também são os fármacos de escolha na con-
tenção química de animais com históricos de convulsão ou doenças neurológicas, situação em que os fenotiazínicos es-
tão contraindicados, e na medicação pré-anestésica para a realização de anestesia dissociativa. Nesse último caso, esses 
fármacos irão evitar a hipertonicidade muscular produzida por aquele tipo de anestesia. 
Caracterizam-se pela sua ação em receptores benzodiazepínicos específicos, aumentando a liberação do ácido y-
aminobutírico (GABA) que, por ser um neurotransmissor depressor do SNC, induz a sonolência e a sedação. 
 
 
8 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Dentre os benzodiazepínicos de uso mais difundido em nosso país destacam-se o Diazepam e o midazolam. O 
diazepam, um dos mais antigos benzodiazepínicos de uso clínico, é o fármaco de escolha nos casos de pacientes epilép-
ticos. Pode ser utilizado por via subcutânea ou intramuscular, mas a via de 
escolha é a intravenosa por ser a menos dolorosa e a de efeito mais rápido. 
Sua utilização por via oral não apresenta eficácia sedativa em animais, sendo 
utilizada somente em felinos, com outra finalidade (estimulantes de ape-
tite). 
Em casos especiais, que necessitam de rapidez de efeito e a via intra-
venosa é de difícil acesso, a via retal pode ser utilizada, com bons resulta-
dos. 
As doses clínicas produzem depressões respiratória e cardíaca míni-
mas. Doses mais elevadas podem provocar leve depressão respiratória, hi-
potensão, aumento da frequência cardíaca e diminuição do débito cardíaco. 
Os efeitos colaterais do diazepam podem ser corrigidos com o uso do fluma-
zenil, um antagonista farmacológico específico, cuja disponibilidade au-
menta a segurança de seu uso. 
O midazolam, utilizado com as mesmas indicações do diazepam, pro-
duz um período de ação menor. Pode ser misturado na mesma seringa com 
outros fármacos como fenotiazínicos ou opióides, sem produzir turvação ou precipitação, o que pode ser uma vanta-
gem, permitindo aplicação única. Produz estimulação do apetite em felinos, assim como o diazepam e, por não ser irri-
tante, pode ser utilizado tanto por via intravenosa quanto por intramuscular, com efeitos muito semelhantes, nas mes-
mas doses. 
 
 
Opióides 
 
 
São analgésicos potentes que agem em receptores opióides específicos, podendo ser classificados em agonistas, 
agonistas-antagonistas (de ação mista) e antagonistas, dependendo de sua atividade intrínseca ao se ligarem aos recep-
tores. Os agonistas e os de ação mista podem ser amplamente utilizados em contenção química, normalmente associa-
dos a tranquilizantes ou sedativos, pelo seu potente efeito analgésico, permitindo a realização de exames físicos que 
causam dor. 
No uso da morfina, o protótipo dos opióides, evidencia-se êmese e, às vezes, defecação, por sua ação sobre o 
centro do vomito e por aumento do peristaltismo intestinal, respectivamente. 
A ação sobre os receptores opióides do tipo µ resulta, além da analgesia, em depressão respiratória, que é um 
dos mais temidos efeitos colaterais desses fármacos. Quando ocorre a depressão respiratória ou a apnéia após o uso de 
opióides, pode-se lançar mão dos antagonistas como o naloxona sabendo-se, contudo, que o efeito analgésico também 
será antagonizado. Tendo-se como padrão de grau de analgesia a morfina, busca-se o opióide mais potente, com menor 
grau de depressão respiratória. A indicação para cada situação baseia-se, principalmente, na farmacocinética que difere 
muito entre os opióides, resultando em duração de efeito bastante variável. Dessa forma, fármacos de excelente potên-
cia, mas de curtíssima duração de ação, como o alfentanil, sufentanil e o remifentanil, têm sua indicação restrita ao uso 
transoperatório, não sendo, portanto, aplicáveis à contenção de animais. 
Têm-se obtido ótimos resultados da associação de tranquilizantes como os fenotiazínicos com opióides como a 
morfina, a meperidina, o fentanil, a buprenorfina e o butorfanol, resultando em boa imobilização do paciente, com po-
tencialização da tranquilização e analgesia adicional possibilitando, inclusive, manipulações desconfortáveis e dolorosas. 
Outra aplicação bastante útil da morfina é a aplicação via peridural, associada a anestésicos locais, em ortopedia, resul-
tando em analgesia de até 24 horas na espécie canina. 
 
 
 
 
 
 
9 
Aline Cristina | Medicina veterinária - UFERSA 
Agonistas α-2 
 
São fármacos que, clinicamente, induzem ao miorrelaxamento ou à inibição de espasticidade muscular, sedação e 
analgesia. Sua ação baseia-se na ativação dos receptores alfa-2 pré-sinápticos do sistema nervoso simpático. O exemplo 
de medicamento desse grupo mais difundido na veterinária é a xilazina. Mais recentemente, tem-se à disposição a deto-
midina, a medetomidina e a dexmedetomidina, sendo as duas últimas as mais promissoras para o uso em pequenos ani-
mais. 
A xilazina em pequenos animais é utilizada em doses que variam de 0,25 a 1 mg/kg, tanto por via intramuscular 
como intravenosa. Os efeitos aparecem dentro de 10 a 15 minutos após a aplicação intramuscular e após 5 minutos da 
aplicação, por via intravenosa. 
Os animais apresentam intenso miorrelaxamento, procurando o decúbito sozi-
nhos, tornando-sebastante desligados dos estímulos do ambiente, podendo parecer 
totalmente alheios e irresponsivos aos estímulos externos, dependendo da dose utili-
zada. O grau de analgesia é dose-dependente, permitindo algumas manipulações do-
lorosas (lavagens otológicas, curativos, etc.) e até a realização de pequenas interven-
ções pouco cruentas (debridamento de feridas, pequenas suturas). 
A xilazina induz à bradicardia e a um breve período de 5 a 10 minutos de hiper-
tensão, sendo a última resultante de sua ação inicial sobre os receptores adrenérgi-
cos pós-sinápticos, causando vasoconstrição. Após esse efeito inicial, há diminuição 
do débito cardíaco e hipotensão. A bradicardia é resultante, ainda, do aumento do 
tônus vagai, sendo in dicado, dessa maneira, o uso prévio de sulfato de atropina, um 
anticolinérgico, visando diminuir o efeito do sistema parassimpático sobre a frequên-
cia cardíaca. 
A ocorrência de êmese após a aplicação intramuscular ou subcutânea da xila-
zina é comum em cães e gatos, decorrente da ativação de receptores adrenérgicos centrais. Além disso, o refluxo gás-
trico também pode ocorrer nessas espécies pelo relaxamento do tônus do esfíncter gastroesofágico. 
Uma das associações mais comumente utilizadas em animais de companhia é a da xilazina com a cetamina, mini-
mizando assim os efeitos depressores cardíacos pela ação simpatomimética da última. Soma -se a isso o efeito de mior-
relaxamento produzido pelo agonista adrenérgico, reduzindo a hipertonia muscular decorrente do efeito da cetamina. 
Nessa associação, deve-se acrescentar, ainda, o sulfato de atropina, minimizando a produção excessiva de secreções e a 
depressão cardíaca e, dessa forma, tem-se a imobilidade do paciente, com intensa prostração e considerável grau de 
analgesia. 
A principal contra-indicação do uso da xilazina é a existência de cardiopatias ou problemas res piratórios graves 
que comprometam a oxigenação do animal. 
A medetomidina, um agonista alfa-2 de efeito sedativo e analgésico em cães e gatos, mais potente que a xilazina, 
possuindo efeitos melhores e menores efeitos colaterais que a xilazina. 
A dexmedetomidina tem seletividade maior pelos receptores quando comparada à xilazina, exercendo menores 
efeitos cardiovasculares. 
 
Anestesia Dissociativa 
 
É uma modalidade anestésica em que há dissociação entre o tálamo e o sistema límbico, resultando em anestesia 
do tipo "cataleptóide", estando o paciente consciente, com os olhos abertos, porém completamente alheio ao meio am-
biente que o cerca. É representada pela cetamina e tiletamina, fármacos facilmente encontrados no mercado nacional e 
comercializados por diversos laboratórios. 
Tem sua principal indicação na contenção química daqueles animais em que a total imobilidade seja necessária, e 
em situações em que outros fármacos como os agonistas α2 ou os barbitúricos sejam contra-indicados. São contra-indi-
cados em pacientes epilépticos, por diminuírem o limiar convulsivo, ou hipertensos, por resultarem em aumento da 
pressão arterial. Devem ser evitados, também, nos casos de exames oftálmicos por aumentarem a pressão intra-ocular, 
impedindo a confiabilidade nos valores obtidos na tonometria. 
 
 
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A ocorrência de aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial após o uso de agentes dissociativos é de-
vida, principalmente, à ação central, liberando catecolaminas e produzindo estes efeitos simpatomiméticos. A tileta-
mina não causa depressão respiratória em doses clínicas, mas doses elevadas podem resultar em hipoventilação e ap-
néia. A frequência respiratória pode até diminuir nos primeiros minutos decorridos da aplicação desses fármacos, mas 
há tendência de retornar a valores basais, rapidamente. 
Por causar aumento da tonicidade muscular, a anestesia dissociativa é sempre realizada com a associação de rela-
xantes musculares. 
 
Anestesia Geral 
 
Em alguns procedimentos semiológicos bastante específicos, a anestesia geral pode ser re querida. Nessa modali-
dade, a anestesia geral intravenosa é a de maior utilização por permitir indução e duração rápidas que favoreçam, em 
grande parte dos casos, a realização do exame, não requerendo, ainda, aparelhagem específica. Podese citar, como 
exemplos característicos de exames diagnósticos que dependem de anestesia geral, os exames radiográficos de coluna 
vertebral (mielografias, epidurografias) e para o diagnóstico de displasia coxofemoral, assim como as coletas de liquor 
cerebrospinal. 
A anestesia geral injetável em pequenos animais pode ser obtida com a utilização de barbitúricos ou propofol, 
aplicados exclusivamente por via intravenosa. Dentre os barbitúricos, aqueles de ultracurta duração, como o tiopental, 
são os mais indicados, permitindo rápida recuperação do animal. 
O plano anestésico requerido nesses casos é, na maioria das vezes, bastante superficial, exigindo doses menores 
que as habitualmente utilizadas na indução anestésica para procedimentos cirúrgicos mais longos. Os barbitúricos não 
devem ser utilizados em pacientes hepatopatas ou com enfermidades cardíacas não compensadas por serem possíveis 
graves complicações. O propofol, por outro lado, não possui essas limitações inerentes aos barbitúricos e pode ser a 
melhor opção nessas situações. 
Em todos os casos de anestesia geral intravenosa, é indicada a medicação pré-anestésica com fenotiazínicos ou 
outro fármaco (quando os fenotiazínicos forem contra-indicados), visando a redução da dose de anestésico geral reque-
rido. O jejum alimentar deve ser sempre observado ao se realizar a anestesia geral, evitando que a regurgitação do con-
teúdo gástrico possa resultar em falsa via, com risco de obstrução de vias aéreas ou de complicações pulmonares pós-
anestésicas. 
 
 
 
Contenção Química de Equinos e Ruminantes 
 
 
Durante a realização de um exame clínico em animais de grande porte, em especial nos equinos, muitas vezes há 
necessidade de se empregar métodos de contenção química que, em associação aos meios de contenção física. 
Alguns procedimentos clínicos especiais, tais como exames oftálmicos, do pavilhão auricular e conduto auditivo 
externo, exames da cavidade oral, palpação retal, endoscopias dos sistemas respiratório e digestório, lavados traqueais e 
exames das extremidades dos membros anteriores e posteriores, muitas vezes só são possíveis com a administração pré-
via de fármacos com efeitos depressores do sistema nervoso central, que produzem efeitos tranquilizantes e ansiolíticos. 
A contenção farmacológica eficaz tornaria os pacientes mais calmos e tranquilos, indiferentes ao meio que os cerca, 
reduzindo suas reações de defesa a estímulos externos como ruídos e toques. Favorece, ainda, manipulação de uma de-
terminada região do corpo ou mesmo a movimentação de um local par a outro. 
O emprego de agentes tranquilizantes, sedativos e analgésicos tem como um dos objetivos principais a redução da 
ansiedade c do estres se experimentados pelo paciente, muitas vezes provocados pela sim ples aproximação de pessoas 
estranhas, até mesmo do próprio médico veterinário, ou pelo ambiente de um hospital veterinário, para onde foi trans-
portado. 
 
 
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Em alguns casos, a origem do estresse é a dor que, invarialvelmente, está presente em diversas afecções clínicas, 
determinando inquietação e agressividade por parte do paciente, tornando difíceis a sua manipulação e o exame clínico, 
além de aumentar o risco de acidentes a si e aos profissionais responsáveis pelo tratamento. Nesses casos, a utilização de 
agentes analgésicos, associados ou não a tranquilizantes, promoverá a redução da dor e do desconforto, acalmando o 
paciente; fornecendo, assim, condições seguras para a melhor condução do caso. 
A contenção química em grandes animais não é isenta de efeitos indesejáveis. Não existe um fármaco "ideal" que 
produza efeitos tranquilizantes ou analgésicos sem que também não causealgum grau de depressão cardiorrespiratória, 
incoordenação motora, ataxia ou mesmo, em alguns casos, o decúbito. Por esse motivo, alguns agentes sedativos e anal-
gésicos têm sido empregados em associação, buscando-se minimizar a ocorrência desses efeitos colaterais. 
O comportamento do animal é um fator de importância fundamental na seleção dos agentes e técnicas de sedação, 
bem como nos efeitos clínicos observados após a sua administração. 
 
CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DAS ESPÉCIES 
 
Alguns fatores relacionados à espécie equina e aos ruminantes influenciam diretamente o comportamento indivi-
dual do paciente. 
Em geral, animais de comportamento mais dócil, tranquilo e menos agressivo apresentam melhores respostas à 
administração de agentes sedativos e tranquilizantes, onde se costumam observar sinais característicos de depressão do 
sistema nervoso central, mesmo quando são empregadas doses baixas desses fármacos. Em contrapartida, pacientes de 
temperamento instável, estressados e muito inquietos costumam ser menos responsivos à contenção química, necessi-
tando, assim, do emprego de substâncias mais potentes e em doses elevadas. 
A seleção do fármaco mais adequado em cada caso dependerá do estado físico do paciente, tipo de procedimento 
clínico a ser executado, da disponibilidade de auxiliares e de recursos materiais, das instalações do local do exame e, 
principalmente, de uma adequada avaliação comporta mental do paciente. 
 
Espécie e raça 
 
Os equinos apresentam um padrão de comportamento bastante variável devido, principalmente, à raça e ao ma-
nejo a que foram submetidos desde o nascimento. Em geral, os animais adul-
tos são muito sujeitos ao estresse, com sentidos de olfato, audição e visão 
bastante desenvolvidos, reagindo de maneira muito rápida e brusca a estí-
mulos externos. 
 
 
Quando se administra um tranquilizante ou sedativo, em doses clíni-
cas, os cavalos costumam se manter em posição quadrupedal, muito embora 
apresentem sinais de instabilidade corporal, com o afastamento lateral dos 
membros anteriores, apoio alternado dos membros posteriores sobre a re-
gião da "pinça" do casco e ataxia. 
 
 
 
As mesmas considerações sobre porte e comportamento aplicam-se à espécie bovina, com o agravante de que 
determinadas raças apresentam um temperamento bastante agressivo e defensivo, tornando as manobras de contenção 
física arriscadas. Ao contrário dos cavalos, os bovinos geralmente adotam a posição de decúbito esternal ou lateral minu-
tos após a administração da maioria dos fármacos depressores do sistema nervoso central, o que muitas vezes pode ser 
uma vantagem em termos de contenção química. Por outro lado, este fato pode dificultar a realização de determinados 
procedimentos semiológicos. 
Os ovinos e caprinos apresentam um comportamento extremamente dócil, o que facilita sobremaneira a sua con-
tenção física, somado ao fato de serem espécies de menor porte. De maneira semelhante, os pequenos ruminantes tam-
bém ficam em decúbito após a administração de agentes tranquilizantes e sedativos. 
 
 
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A raça é um dos fatores que mais influenciam padrão de comportamento dos pacientes. Tanto em equinos quanto 
em bovinos, existem grandes diferenças de temperamento, características de determinadas raças. 
 
Sexo 
 
 
Os garanhões e touros normalmente apresentam temperamento mais agitado quando comparado às fêmeas, em 
ambas as espécies. 
Deve-se sempre evitar a presença outros machos ou fêmeas em estro nas proximidades do local de exame, assim 
como a permanência de muitas pessoas próximas ao paciente. Ruídos e movimentos bruscos próximos à cabeça do animal 
também dificultam o exame clínico. 
As fêmeas, por ocasião do parto e durante o início do período de lactação, costumam modificar o seu comporta-
mento, tornando-se mais inquietas. As éguas, quando acompanhadas de suas crias, adotam atitude de proteção, e qual-
quer procedimento semiológico, seja na fêmea ou no potro neonato, deve ser realizado com muita calma e cuidado. 
 
Idade 
 
A facilidade de contenção física nos animais mais jovens, devido ao seu menor porte, pode dispensar o emprego da 
contenção química para a realização de um exame clínico de rotina. Entretanto, em situações em que é necessária, deve-
se ter cautela na seleção dos fármacos e no cálculo de suas doses, pois animais neonatos e jovens são bastante sensíveis 
aos efeitos de agentes depressores do sistema nervoso central. Além disso, a biotransformação e a eliminação de fárma-
cos serão também mais lentas, devido à imaturidade dos sistemas hepático e renal. 
A presença da mãe junto ao potro neonato, durante o procedimento de contenção física, venopunção e adminis-
tração do medicamento, geralmente reduz o seu estresse c os acalma. Uma vez que os efeitos tranquilizantes tenham se 
manisfestado, a fêmea pode ser retirada do local do exame. 
 
Local do Exame 
 
Em condições ideais, o ambiente onde o exame clínico será realizado deve ser o mais tranquilo e calmo possível, 
sem a ocorrência de ruídos ou a circulação de outros animais, pessoas e veículos. A disponibilidade de tronco de conten-
ção facilita a contenção física e permite a administração de medicamentos com maior segurança. Um ambiente inade-
quado, com barulho e estímulos externos é uma fonte de estresse adicional aos pacientes e prejudica a obtenção de uma 
contenção química de qualidade. Assim, os efeitos de uma tranquilização, algumas vezes, são pouco evidentes, ou mesmo 
não se manifestam em animais muito estressados. 
 
CÁLCULO DO PESO CORPORAL 
 
A determinação do peso corporal do paciente é um procedi-
mento importante e deverá ser sempre realizada antes da adminis-
tração de qualquer fármaco. Entretanto, em muitas situações, isso 
não é possível, seja pela ausência de equipamentos adequados no 
local do exame, ou pelo comportamento agitado do paciente, impe-
dindo a sua contenção física e posicionamento no interior de uma 
balança de grandes animais. 
Alguns recursos para a estimativa de peso em grandes animais 
têm sido empregados com relativo êxito, em substituição às balan-
ças comerciais, como o da fita de pesagem. Trata-se de uma fita gra-
duada que é passada sobre o perímetro torácico do animal, na altura 
da cernelha, sendo as marcações da sua escala estabelecidas em qui-
logramas. 
 
 
 
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O método da fita, embora prático e economicamente acessível, apre-
senta margem de erro que pode variar entre 5 e 10% do peso real do paciente. 
Não é considerado um método confiável para a determinação do peso em po-
tros, póneis, bezerros, animais magros ou obesos, éguas gestantes, asininos e 
muares. 
Outro método de estimativa de peso corporal, mas descrito apenas para 
a espécie equina, constitui-se na aplicação de fórmulas que utilizam como va-
riáveis o comprimento do tronco e o perímetro torácico (cernelha), mensura-
dos com fita métrica comum. Assim, de acordo com Muir (1991), tem-se a se-
guinte fórmula: 
 
Peso (kg) = [perímetro torácico2 (cm) x comprimento tronco (cm)] / 
8.717 
 
 
JEJUM HÍDRICO E ALIMENTAR 
 
A interrupção no fornecimento de alimentos e água nem sempre é possível antes da contenção química para a 
realização de um exame clínico de rotina. Em situações nas quais esse procedimento possa ser realizado, quando existe 
tempo hábil entre o primeiro contato do veterinário com o proprietário e o momento do exame, os jejuns hídrico e ali-
mentar são altamente recomendáveis, especialmente antes de procedimentos em que se realiza, como contenção quí-
mica, o emprego de fármacos depressores do sistema nervoso central. 
Uma das finalidades do jejum é a melhoria da capacidade ventilatória do paciente, pois o esvaziamento gástrico 
reduz a pressão que o estômago exerce sobre o diafragma, aumentando a expansão pulmonar e a capacidade funcional 
residual (CFR). 
Nos ruminantes, a compressão do rúmen sobre o diafragma podese tornar um problema grave, pois esses animais 
geralmente entram em decúbito minutos após a administração de substâncias depressoras do sistema nervoso central. 
Em decúbito lateral, a compressão do diafragma reduz, significativamente, o volume corrente e volume minuto, causando 
hipoxemia severa. 
Outra complicação que pode ocorrer nos ruminantes durante o decúbito é a regurgitação do conteúdo gástrico, 
com a posterior aspiração deste material, podendo levar à obstrução total das vias aéreas e ao óbito, ou ainda ao desen-
volvimento de pneumonia aspirativa. 
O jejum sólido em equinos adultos deve ser entre 12 a 16 horas e o hídrico, de 2 horas, para assim se realizar a 
administração dos agentes tranquilizantes. 
Em bovinos, caprinos e ovinos, o protocolo de jejum recomendado é mais longo, devendo se iniciar 72 horas antes 
da realização do procedimento. No terceiro e segundo dias anteriores, deve-se fornecer apenas a metade da ração diária 
do paciente e, 24 horas antes, jejum sólido completo. O jejum hídrico deve ser de seis horas. 
 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
As vias mais empregadas para administração de fármacos na contenção química de grandes animais são a intrave-
nosa e a intramuscular. 
A administração de um fármaco, em bolo, pela via intravenosa, produz altas concentrações sanguíneas da substân-
cia, em curto período, com o início dos seus efeitos podendo ser observado poucos minutos após, pois o princípio ativo, 
administrado diretamente na corrente circulatória, atinge rapidamente o sistema nervoso central. 
Todos os agentes tranquilizantes e sedativos devem ser aplicados lentamente por esta via (aproximadamente 1ml 
a cada 5s, devido aos seus efeitos depressores cardiorrespiratórios, que podem ser intensificados em administrações 
muito rápidas. 
 
 
 
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A veia jugular externa é a mais utilizada, sendo de fácil localização. Entretanto, deve-se sempre ter alguns cuidados 
durante a venopunção em equinos adultos que apresentam pescoço longo e esguio, ou em potros e pôneis miniatura, 
pois, acidentalmente, a artéria carótida interna pode ser puncionada e o fármaco administrado na circulação arterial, 
atingindo, assim, concentrações elevadas no sistema nervoso central. 
 
Quando esse acidente ocorre, o cavalo assume a posição de decúbito antes do término ou logo após a aplicação, e 
apresenta reações de excitação e convulsões, podendo, em alguns casos, ocorrer o óbito, dependendo da natureza do 
fármaco e da dose administrada. 
Pela via intramuscular, a absorção dos fármacos é mais lenta que a intravenosa. Esse período depende do tipo de 
solução administrada, das propriedades físico-químicas da substância ativa e do fluxo sanguíneo no local de aplicação. 
Essa via é empregada para a administração de volumes pequenos de fármacos em diversos grupos musculares. Os 
locais de aplicação mais empregados no equino são: a região do pescoço, compreendendo uma área triangular acima das 
vértebras cervicais, abaixo do ligamento nucal e, aproximadamente, 20cm à frente da borda cranial da escápula; e nos 
músculos semitendíneo e semimembranoso na face caudal da coxa. 
Em bovinos e pequenos ruminantes, o local de administração intramuscular mais empregado é a face posterior da 
coxa, de maneira semelhante à descrita nos equinos. 
Todos os cuidados com a assepsia e anti-sepsia devem ser tomados no momento da aplicação do fármaco, pois a 
administração pela via intramuscular apresenta riscos de reações inflamatórias locais, infecções e formação de abscessos. 
 
 
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FÁRMACOS PRINCIPAIS 
 
 
Tranquilizantes 
 
A acepromazina é um tranquilizante dos grupos das fenotiazinas, muito empregada na espécie equina como medi-
cação pré-anestésica em procedimentos de anestesias intravenosa ou inalatória e na contenção química para realização 
de exames clínicos. Ela pode ser utilizada como agente isolado ou associada a outros fármacos. 
Essa fenotiazina produz efeito tranquilizante de leve a moderado, no qual o paciente apresenta desinteresse pelo 
ambiente, sonolência e apatia. Entretanto, o animal permanece responsivo a estímulos externos, especialmente se forem 
dolorosos, tornando -se alerta, também, na presença de ruídos, toques e a qualquer movimento brusco próximo à sua 
cabeça. A acepromazina não apresenta efeito analgésico, não sendo indicada em procedimentos que produzam dor. 
O mecanismo de ação da acepromazina, assim como de outras fenotiazinas, consiste no bloqueio de neurotrans-
missores adrenérgicos, principalmente a dopamina, em receptores localizados no tronco cerebral, sistema límbico e gân-
glio basal, causando efeito depressor central e redução na atividade motora. 
Dentre os principais efeitos hemodinâmicos, a acepromazina produz hipotensão arterial devido à depressão do 
hipotálamo, ao bloqueio periférico alfadrenérgico e a um efeito vasodilatador direto sobre o leito vascular periférico. A 
redução na pressão arterial é dose-dependente e pode produzir taquicardia reflexa, mais evidente em equinos que apre-
sentem concentrações elevadas de catecolaminas, como nas situações onde a dor, o medo e o estresse estão presentes. 
Os efeitos respiratórios da acepromazina incluem redução pouco significativa da frequência respiratória e aumento 
no volume corrente respiratório mantendo, assim, o volume minuto estável e os valores hemogasométricos (pHa, PaO7 e 
PaCO7) dentro da faixa de normalidade. 
As doses de acepromazina, em equinos, variam de 0,02 a O, l mg/kg, pelas vias intravenosa ou intramuscular. 
Após a administração, o efeito tranquilizante máximo é obtido, em até dez minutos, pela via intravenosa e, em 
vinte minutos, pela via intramuscular. 
Em animais de temperamento mais calmo, a acepromazina produz sedação de leve a moderada, com o paciente 
mantendo a posição quadrupedal e demonstrando sinais de sonolência, ptoses palpebral e labial, protrusão peniana, 
ataxia e discreto abaixamento da cabeça. Entretanto, ao menor estímulo, o paciente pode despertar e tornar-se alerta, 
novamente. 
Assim, a acepromazina é mais indicada para a contenção química de animais de comportamento dócil, para se 
proceder a exames clínicos simples e não invasivos, como os de cavidade oral, conduto auditivo externo e radiográficos. 
Em bovinos e pequenos ruminantes, a acepromazina é também empregada, mas em uma frequência bem menor 
que em equinos. As doses de acepromazina para bovinos variam de 0,03 a 0,05mg/kg (IV) e para ovinos e caprinos, de 
0,05 a O, l mg/kg (IV). 
 
Agentes Agonistas α2 
 
O cloridrato de xilazina e o cloridrato de romifidina são os principais fármacos desse grupo empregados atualmente 
na contenção química de grandes animais no Brasil. 
Os efeitos desse grupo de fármacos diferem consideravelmente, de acordo com a espécie, pois em bovinos a dose 
de xilazina necessária para se obter sedação é de cerca de um décimo da dose utilizada em equinos. A xilazina e a romifi-
dina causam sedação profunda, analgesia e relaxamento muscular. 
Em equinos, após alguns minutos da administração de xilazina, podem-se observar os sinais clínicos de sedação 
como o abaixamento da cabeça, ptoses palpebral e labial, abertura do quadrilátero de apoio (mais evidente é o afasta-
mento dos membros anteriores), ataxia intensa, exposição peniana e apoio alternado dos membros posteriores na "pinça" 
do casco. Entretanto, o animal permanece em posição quadrupedal tentando evitar a deambulação quando conduzido 
de um local a outro. 
 
 
 
 
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Os ruminantes são muito sensíveis aos efeitos dos agonistas a2, pois doses de cloridrato de xilazina inferiores às 
administradas em equinos levam esses animais ao decúbito em aproximadamente 10 a 15 minutos, após a administração 
por via intramuscular, mantendo-os prostrados durante cerca de 60 minutos. A sialorréia é um outro efeito observado 
em ruminantes, assimcomo a rotação do globo ocular. 
Os efeitos circulatórios da xilazina administrada pela via intravenosa incluem bradicardia e hipertensão de curta 
duração (l a 2 minutos), seguida de hipotensão por um período mais longo (aproximadamente 60 minutos), acompanhada 
de redução no débito cardíaco. 
Os agonistas α2 causam depressão respiratória dose-dependente, com redução da frequência respiratória, do vo-
lume corrente e hipoxemia, com diminuição nos valores da PaO2 A PaCO2 apresenta elevação transitória, com seus valores 
logo retornando à faixa de normalidade nos equinos em posição quadrupedal. 
A xilazina reduz a motilidade propulsiva do sistema gastrointestinal, principalmente no jejuno, no ceco, na flexura 
pélvica e no cólon ventral direito de equinos, os movimentos do rúmen de bovinos e pequenos ruminantes. Esse efeito é 
de importância particular em bovinos, pois, após a administração, eles adotam a posição de decúbito, que impede a eruc-
tação normal. Isso, as sociado à redução da motilidade do rúmen que aumenta o tempo de esvaziamento gástrico, pre-
dispõe o paciente ao acúmulo de gases no interior do rúmen, oriundos da fermentação bacteriana. A conseqiiente dis-
tensão do rúmen (timpanismo) causa compressão grave sobre o diafragma e os pulmões, comprometendo a ventilação 
pulmonar e as trocas gasosas, o que leva muitas vezes o paciente ao óbito. 
Devido ao seu efeito analgésico, a xilazina é utilizada para alívio da dor visceral em equinos portadores de síndrome 
cólica. Nesses casos, é frequente o animal não permitir a realização do exame clínico, apresentando sinais evidentes de 
ansiedade, dor e desconforto. Assim, a administração desse fármaco pode minimizar esses sintomas durante pouco 
tempo. Entretanto, em casos graves de cólica, nos quais o paciente apresenta hipotensão grave, o emprego da xilazina 
deve ser avaliado com muita atenção, devido aos efeitos depressores sobre o sistema circulatório. 
As doses de xilazina em equinos variam de 0,5 a l mg/kg, pelas vias intravenosa ou intramuscular. Em bovinos e 
pequenos ruminantes, a xilazina é bastante empregada. As suas doses variam de 0,1 a 0,25mg/kg (IM) e, para ovinos e 
caprinos, de 0,1 a 0,3mg/kg (IM). 
Os efeitos da romifidina são semelhantes aos da xilazina. 
 
Benzodiazepínicos 
 
Os agentes deste grupo, empregados em grandes animais, incluem o diazepam e o midazolam. Na contenção quí-
mica de equinos e bovinos, o uso isolado desses fármacos é limitado a potros e bezerros, pois, em animais adultos, seus 
efeitos ansiolíticos não são evidentes. A ação relaxante muscular de origem central dos benzodiazepínicos produz ataxia 
 
 
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intensa nos animais adultos, o que muitas vezes pode se tornar um problema durante a realização de um exame ou outro 
procedimento clínico. 
O diazepam e o midazolam são muito eficientes como sedativos em potros jovens, que adotam a posição de decú-
bito logo após a administração intravenosa de ambos os agentes. 
Entre as vantagens dos agentes deste grupo, está a de produzir poucos efeitos depressores sobre os sistemas cir-
culatório e respiratório. 
Os benzodiazepínicos também podem ser associados à acepromazina, produzindo tranqúilização mais intensa, 
acompanhada de ataxia, que pode, em alguns animais, induzir o decúbito. 
Em potros e bezerros, as doses de diazepam e midazolam variam de 0,1 a 0,2mg/kg, por via intravenosa. 
 
Opióides 
 
Dentre os diversos fármacos deste grupo, o butorfanol é o agente mais empregado na contenção química de equi-
nos por suas propriedades analgésicas. Seu emprego isolado mais frequente destina-se aos casos de alívio da dor visceral 
na síndrome cólica em equinos, facilitando o exame clínico, ou na analgesia pós-operatória. 
O butorfanol é também empregado em associação com a acepromazina ou com os agonistas a, para produzir uma 
sedação intensa, acompanhada de analgesia. Esse tipo de contenção química é indicada em equinos com comportamento 
agitado ou até agressivo, ou na realização de procedimentos diagnósticos invasivos. 
As doses de butorfanol em equinos variam de 0,05 a O, l mg/kg, pelas vias intravenosa ou intramuscular. Em bovinos 
as doses variam entre 0,01 a 0,1 mg/kg.

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