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Segurança em Eletricidade

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Série energia – geraÇÃO, TranSMiSSÃO e DiSTriBUiÇÃO
SEGURANÇA EM 
ELETRICIDADE
Série energia – geraÇÃO, TranSMiSSÃO e DiSTriBUiÇÃO
SEGURANÇA EM 
ELETRICIDADE
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série energia – geraÇÃO, TranSMiSSÃO e DiSTriBUiÇÃO
SEGURANÇA EM 
ELETRICIDADE
SENAI 
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede 
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. SENAI – Departamento Nacional
© 2017. SENAI – Departamento Regional da Bahia
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela Equipe de Inovação e Tecnologias Educacionais do 
SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional da Bahia 
Inovação e Tecnologias Educacionais – ITED
FICHA CATALOGRÁFICA
S491s
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
 Segurança em eletricidade / Serviço Nacional de Aprendizagem 
 Industrial, Departamento Nacional, Departamento Regional da Bahia. - 
 Brasília: SENAI/DN, 2017.
 176 p.: il. - (Série Energia - Geração, Transmissão e Distribuição).
 ISBN 978-85-505-0250-2
 1. Engenharia elétrica. 2. Medidas de segurança. 3. Eletricidade. 4. Segurança 
 do trabalho. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. II. Departamento 
 Nacional. III. Departamento Regional da Bahia. IV. Segurança em eletricidade. 
 V. Série Energia - Geração, Transmissão e Distribuição.
 CDU: 621.3
Lista de ilustrações
Figura 1 - Riscos elétricos ..............................................................................................................................................19
Figura 2 - Choque elétrico ............................................................................................................................................20
Figura 3 - Choque elétrico dinâmico .........................................................................................................................25
Figura 4 - Tensão de toque (caso 01) .........................................................................................................................26
Figura 5 - Tensão de toque (caso 02) .........................................................................................................................27
Figura 6 - Tensão de passo ............................................................................................................................................28
Figura 7 - Trajetória da corrente ..................................................................................................................................30
Figura 8 - Descarga atmosférica .................................................................................................................................31
Figura 9 - Descarga de eletricidade estática do caminhão ...............................................................................32
Figura 10 - Campo eletromagnético .........................................................................................................................33
Figura 11 - Influência eletromagnética em redes elétricas ...............................................................................34
Figura 12 - Arco elétrico .................................................................................................................................................35
Figura 13 - Vestimenta de proteção contra arco elétrico ...................................................................................36
Figura 14 - Queda .............................................................................................................................................................36
Figura 15 - Acidentes de origem elétrica .................................................................................................................39
Figura 16 - Situação de perigo ...................................................................................................................................40
Figura 17 - Controle do risco elétrico .......................................................................................................................41
Figura 18 - Trabalho em altura.....................................................................................................................................42
Figura 19 - Ambiente confinado .................................................................................................................................43
Figura 20 - Luminária para área classificada ...........................................................................................................44
Figura 21 - Iluminação de uma refinaria de petróleo ..........................................................................................45
Figura 22 - Descarga atmosférica sobre a rede elétrica .....................................................................................46
Figura 23 - Risco de animais perigosos no ambiente de trabalho ................................................................48
Figura 24 - Rede elétrica dentro da vegetação .....................................................................................................49
Figura 25 - Choque elétrico dinâmico de contato direto ..................................................................................52
Figura 26 - Choque elétrico dinâmico de contato indireto ..............................................................................52
Figura 27 - Medidas de controle de risco elétrico ................................................................................................59
Figura 28 - Desligamento da rede secundária .......................................................................................................61
Figura 29 - Bloqueio com cadeados ..........................................................................................................................62
Figura 30 - Equipotencialização ..................................................................................................................................63
Figura 31 - Equipotencialização em uma edificação ...........................................................................................64
Figura 32 - Fuga de corrente pela carcaça do motor ..........................................................................................65
Figura 33 - Barreira...........................................................................................................................................................67
Figura 34 - Invólucro representado por um painel elétrico ..............................................................................67
Figura 35 - Placa isolante representando um obstáculo ...................................................................................68Figura 36 - Mantas vermelhas representando o anteparo ................................................................................68
Figura 37 - Isolação de uma emenda ........................................................................................................................69
Figura 38 - Símbolo de dupla isolação .....................................................................................................................70
Figura 39 - Condutores fora de alcance ...................................................................................................................71
Figura 40 - Separação elétrica .....................................................................................................................................72
Figura 41 - Atuação do DR ............................................................................................................................................73
Figura 42 - Dispositivo diferencial residual (DR) ...................................................................................................74
Figura 43 - Aterramento temporário .........................................................................................................................76
Figura 44 - Aterramento de proteção .......................................................................................................................76
Figura 45 - Esquema TN-S .............................................................................................................................................77
Figura 46 - Esquema TN-C .............................................................................................................................................78
Figura 47 - Esquema TM - C – S ...................................................................................................................................78
Figura 48 - Esquema TT ..................................................................................................................................................79
Figura 49 - Esquema IT ...................................................................................................................................................80
Figura 50 - Equipamentos de segurança e proteção ..........................................................................................85
Figura 51 - Conjunto para aterramento temporário ...........................................................................................87
Figura 52 - Tapete de borracha isolante ...................................................................................................................88
Figura 53 - Cones e fita de sinalização ......................................................................................................................89
Figura 54 - Placas de sinalização .................................................................................................................................89
Figura 55 - Protetores isolantes...................................................................................................................................90
Figura 56 - Bota de segurança .....................................................................................................................................91
Figura 57 - Luvas isolantes para eletricista .............................................................................................................92
Figura 58 - Inflador para teste de luvas de proteção elétrica ...........................................................................92
Figura 59 - Capacete .......................................................................................................................................................93
Figura 60 - Cinto de segurança para eletricista .....................................................................................................94
Figura 61 - Talabarte ........................................................................................................................................................95
Figura 62 - Trava queda ..................................................................................................................................................95
Figura 63 - Linha da vida com trava queda.............................................................................................................96
Figura 64 - Protetor auricular .......................................................................................................................................96
Figura 65 - Óculos de segurança ................................................................................................................................97
Figura 66 - Uniforme para eletricista .........................................................................................................................98
Figura 67 - Rotinas e procedimentos de trabalho ............................................................................................. 103
Figura 68 - Procedimentos de trabalho ................................................................................................................ 104
Figura 69 - Modelo de ordem de manutenção .................................................................................................. 105
Figura 70 - Procedimento de trabalho .................................................................................................................. 106
Figura 71 - Ordem de serviço.................................................................................................................................... 108
Figura 72 - Permissão de trabalho .......................................................................................................................... 109
Figura 73 - Sinalização ................................................................................................................................................. 113
Figura 74 - Socorristas atendendo vítima de acidente .................................................................................... 122
Figura 75 - Vítima de acidente com eletricidade ............................................................................................... 124
Figura 76 - Hemorragia ............................................................................................................................................... 126
Figura 77 - Tipos de hemorragias ............................................................................................................................ 126
Figura 78 - Respiração artificial ................................................................................................................................ 128
Figura 79 - Massagem cardíaca ................................................................................................................................ 129
Figura 80 - Massagem cardiorrespiratória ........................................................................................................... 130
Figura 81 - Pontos para verificação de pulsação ............................................................................................... 130
Figura 82 - Técnicas de transporte de vítima ...................................................................................................... 131
Figura 83 - Tipos de combustível ............................................................................................................................. 135
Figura 84 - Tetraedro do fogo ................................................................................................................................... 136
Figura 85 - Sistemas de combate a incêndio ...................................................................................................... 140
Figura 86 - Proteção Individual para atividades envolvendo eletricidade............................................... 146
Figura 87 - Reunião da CIPA ...................................................................................................................................... 147
Figura 88 - Utilização dos EPI .................................................................................................................................... 149
Figura 89 - Postura inadequada ............................................................................................................................... 152
Figura 90 - Espaços confinados ................................................................................................................................ 154
Figura 91 - Trabalho em altura.................................................................................................................................. 156
Figura 92 - Segurança nas atividades do eletrotécnico .................................................................................. 159
Figura 93 - Tomada sobrecarregada ....................................................................................................................... 162
Tabela 1 - Percurso da corrente de choque elétrico .............................................................................................30
Tabela 2 - Classe de isolação para luvas de proteção elétrica ...........................................................................93
Quadro 1 - Efeitos da corrente elétrica ......................................................................................................................22
Quadro 2 - Classificação de zonas conforme concentração de gases inflamáveis ....................................42
Quadro 3 - Classe de isolação elétrica de luvas de segurança ..........................................................................73
Quadro 4 - Medidas e equipamentos de proteção coletiva ..............................................................................85
Quadro 5 - Análise preliminar de risco elétrico ................................................................................................... 109
Quadro 6 - Materiais do kit de primeiros socorros ............................................................................................. 118
Quadro 7 - Tipos de extintores .................................................................................................................................. 137
Quadro 8 - Classificação dos agentes de riscos ................................................................................................... 160
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Riscos em instalações elétricas e serviço com eletricidade ............................................................................19
2. 1 Choque elétrico...........................................................................................................................................20
2.1.1 Mecanismo do choque elétrico ...........................................................................................21
2.1.2 Fatores agravantes do choque elétrico .............................................................................23
2. 2 Tipos de choques elétricos ......................................................................................................................25
2.2.1 Choque elétrico dinâmico ....................................................................................................25
2.2.2 Choque elétrico de descarga atmosférica .......................................................................31
2.2.3 Choque elétrico com eletricidade estática ......................................................................32
2.3 Campos eletromagnéticos ......................................................................................................................33
2.4 Arco elétrico ..................................................................................................................................................34
2.4.1 Queimaduras .............................................................................................................................35
2.4.2 Quedas .........................................................................................................................................36
3 Acidentes de origem elétrica .....................................................................................................................................39
3.1 Conceito legal de acidente do trabalho ..............................................................................................40
3.1.1 Perigo e risco .............................................................................................................................40
3.2 Riscos adicionais ..........................................................................................................................................41
3.2.1 Altura .............................................................................................................................................41
3.2.2 Ambiente confinado ................................................................................................................43
3.2.3 Área classificada ........................................................................................................................43
3.2.4 Condições atmosféricas ..........................................................................................................45
3.3 Causas de acidentes relacionadas ao trabalho .................................................................................49
3.3.1 Causas imediatas de acidentes ............................................................................................49
3.3.2 Causas básicas de acidentes ...............................................................................................50
3.4 Causas de acidentes com eletricidade.................................................................................................51
3.4.1 Causas diretas de acidentes com eletricidade ..............................................................51
3.5 Causas indiretas de acidentes com eletricidade .............................................................................53
3.6 Discussão de casos ......................................................................................................................................53
4 Medida de controle de risco elétrico ......................................................................................................................59
4.1 Proteção contra choque elétrico ...........................................................................................................60
4.2 Desenergização ............................................................................................................................................60
4.3 Bloqueio e impedimentos ........................................................................................................................62
4.4 Equipotencialização ..................................................................................................................................63
4.5 Seccionamento automático da instalação .........................................................................................65
4.6 Extra baixa tensão .......................................................................................................................................66
4.7 Barreira e invólucro .....................................................................................................................................67
4.8 Obstáculo e anteparo ................................................................................................................................684.9 Isolamentos das partes vivas ..................................................................................................................69
4.10 Isolação dupla ou reforçada ..................................................................................................................70
4.11 Colocação fora do alcance ....................................................................................................................71
4.12 Separação elétrica ....................................................................................................................................72
4.13 Dispositivo a corrente de fuga .............................................................................................................73
4.14 Aterramento ...............................................................................................................................................75
5 Equipamento de segurança e proteção ................................................................................................................85
5.1 Equipamento de proteção coletiva ......................................................................................................86
5.2 Equipamento de proteção individual ..................................................................................................90
6 Rotinas de trabalho – procedimentos ................................................................................................................. 103
6.1 Procedimentos de trabalho .................................................................................................................. 104
6.2 Liberação para serviço ............................................................................................................................ 107
6.2.1 Ordem de serviço .................................................................................................................. 107
6.2.2 Permissão para execução de trabalho ............................................................................ 109
6.2.3 Técnicas de Análise de Risco (APR) .................................................................................. 110
6.3 Inspeções de área, serviço, ferramental e equipamentos ......................................................... 112
6.4 Sinalização .................................................................................................................................................. 113
6.5 Responsabilidades .................................................................................................................................. 113
7 Primeiros socorros ...................................................................................................................................................... 119
7.1 Definição ..................................................................................................................................................... 121
7.2 Socorrista ..................................................................................................................................................... 122
7.3 Importância dos primeiros socorros ................................................................................................. 123
7.4 Noções sobre lesões ................................................................................................................................ 124
7.5 Priorização do atendimento ................................................................................................................. 125
7.6 Hemorragias ............................................................................................................................................... 126
7.7 Respiração artificial .................................................................................................................................. 127
7.8 Massagem cardíaca ................................................................................................................................. 128
8 Proteção e combate a incêndios ........................................................................................................................... 135
8.1 Noções básicas .......................................................................................................................................... 137
8.2 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 137
8.3 Métodos de extinção .............................................................................................................................. 138
9 Regulamentação do Ministério do Trabalho e Previdência Social ............................................................ 145
9.1 NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).................................................. 147
9.2 NR 06 – Equipamento de Proteção Individual (EPI) ..................................................................... 148 
9.3 NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade ............................................... 151
9.4 NR 17 – Ergonomia .................................................................................................................................. 152
9.5 NR 21 – Trabalho a céu aberto ............................................................................................................. 153
9.6 NR 33 – Espaço confinado ..................................................................................................................... 154
9.7 NR 35 – Trabalho em altura ................................................................................................................... 156
10 Segurança do trabalho ........................................................................................................................................... 159
10.1 Organização do local de trabalho .................................................................................................... 160
10.2 Organização dos dados e informações coletadas ...................................................................... 161
10.3 Procedimentos de segurança ............................................................................................................ 162
Referências ........................................................................................................................................................................ 167
Minicurrículo dos autores ........................................................................................................................................... 169
Índice .................................................................................................................................................................................. 173
Introdução
1
Prezado(a) aluno(a),
É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) apre-
senta o livro didático de Segurança em Eletricidade.
Este livro tem o objetivo de fornecer os conhecimentos necessários de segurança em eletri-
cidade, pretendendo desenvolver em você capacidades técnicas para prevenção de acidentes 
relacionados com serviços de eletricidade, com base na norma regulamentadora NR 10, bem 
como capacidades sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a atuação do técnico 
no mundo do trabalho.
Este material didático foi fundamentado, durante todo processo de elaboração, na norma 
técnica NBR5410, Instalações elétricas em baixa tensão e na Norma Regulamentadora NR10 
- Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. A NR10 sustenta os princípios de se-
gurança no trabalho com eletricidade. Ela tem força de lei e, sem dúvida, é uma das grandes 
conquistas dos trabalhadores do setor elétrico.
Os conhecimentos apresentados neste material poderão ser aplicados na segurança no tra-
balho,na elaboração de projeto, em primeiros socorros e no combate a princípio de incêndio. 
Também deverão ser usados na orientação de pessoas não avisadas sobre os riscos elétricos, 
visto que as estatísticas de acidentes no trabalho com eletricidade e na população ainda são 
alarmantes.
Neste livro, inicialmente estudaremos o choque elétrico, seus efeitos, mecanismos e as con-
sequências nos diversos níveis de tensão. Faremos a distinção entre perigo e risco e avançare-
mos no estudo dos riscos adicionais. 
Estudaremos alguns acidentes reais e que tiveram a eletricidade como principal causador. 
Ao obter informações sobre acidentes de natureza elétrica, e com os conhecimentos adquiri-
dos deste material, estaremos aptos a analisar um acidente, indicando, corretamente, as cau-
sas relacionadas ao trabalho e à eletricidade.
Estudaremos, também, as várias medidas de controle de riscos elétricos, EPI e EPC e do-
cumentos e procedimentos estabelecidos pela norma NR10 para o trabalho seguro com ele-
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE14
tricidade. Conheceremos as técnicas de primeiros socorros, vistas de maneira fundamental na ajuda de 
acidentados com eletricidade e veremos os principais meios de combate a princípio de incêndio. 
Por fim, esta unidade curricular servirá para despertar suas capacidades sociais, organizativas, metodo-
lógicas e técnicas. Queremos que você se preocupe com sua qualidade de vida e com os impactos que a 
eletricidade traz na sua vida profissional e na população de modo geral. 
Os estudos desta unidade curricular lhe permitirão desenvolver: 
CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS
a) Comunicar-se com clareza;
b) Demonstrar atitudes éticas;
c) Ter proatividade;
d) Ter responsabilidade;
e) Trabalhar em equipe;
f) Comunicar-se com clareza;
g) Demonstrar atitudes éticas;
h) Ter proatividade;
i) Ter responsabilidade;
j) Trabalhar em equipe;
k) Cumprir normas e procedimentos;
l) Identificar diferentes alternativas de solução nas situações propostas;
m) Manter-se atualizado tecnicamente;
n) Ter capacidade de análise;
o) Ter senso crítico;
p) Ter senso investigativo;
q) Ter visão sistêmica.
CAPACIDADES TÉCNICAS
a) Elaborar e seguir Análise Preliminar de Risco (APR);
b) Identificar a área a ser sinalizada e isolada;
c) Identificar as condições de segurança para execução do projeto;
d) Identificar as etapas de desenergização, conforme norma;
 1 INTRODUÇÃO 15
e) Identificar as normas técnicas e de segurança;
f) Identificar e aplicar técnicas e métodos de primeiros socorros;
g) Identificar e utilizar EPI e EPC adequados à atividade e à classe de tensão;
h) Identificar lesões causadas por acidentes elétricos;
i) Identificar medidas preventivas de proteção e combate a incêndios;
j) Identificar métodos de princípios de incêndios;
k) Identificar os riscos inerentes ao trabalho com a eletricidade;
l) Identificar prioridade de atendimento; 
m) Interpretar e executar os procedimentos de trabalho;
n) Interpretar e executar serviços de acordo com a Ordem de Serviço (OS);
o) Interpretar índices de acidentes no trabalho;
p) Interpretar informações técnicas;
q) Reconhecer normas técnicas e regulamentadoras vigentes;
r) Reconhecer princípios de saúde, segurança e combate a incêndio do trabalho em eletricidade.
Lembre-se de que você é o principal responsável por sua formação e isso inclui ações proativas, como:
a) Consultar seu professor-tutor sempre que tiver dúvida;
b) Não deixar as dúvidas para depois; 
c) Estabelecer um cronograma de estudo que você cumpra realmente;
d) Reservar um intervalo para quando o estudo se prolongar um pouco mais.
Bons estudos!
Riscos em instalações elétricas e 
serviço com eletricidade
2
A eletricidade quando usada e controlada adequadamente proporciona grandes benefí-
cios às pessoas e, certamente, utilizamos muito bem suas vantagens, pois a eletricidade está 
presente em nossas residências proporcionando bem-estar, na indústria acionando os moto-
res no processo de produção, nos hospitais ajudando a manter a saúde e a vida, enfim, ela é 
importante em nosso dia a dia. Mas, é preciso saber lidar com a eletricidade, esta força útil e 
poderosa que a cada ano provoca milhares de acidentes em todo mundo.
Figura 1 - Riscos elétricos
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Neste capítulo, abordaremos as frequentes situações de riscos em instalações e serviço com 
eletricidade, detalhando os fatores causadores de acidentes, incluindo queimaduras e quedas. 
Estudaremos o choque elétrico como a principal causa de acidentes com eletricidade, visando 
conhecer melhor seus efeitos e consequência, e, com isso, entender claramente o que aconte-
ce com a corrente elétrica dentro do corpo humano em caso de acidentes.
Estamos certos da importância deste capítulo e dos conhecimentos para o entendimento 
sobre os mecanismos e consequências de choque elétrico. Com dedicação, você, com certeza, 
desenvolverá a consciência dos riscos elétricos tanto no trabalho como no convívio doméstico, 
orientando, trabalhando e informando sobre o uso seguro da eletricidade. 
Bom estudo!
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE18
2. 1 CHOQUE ELÉTRICO
O movimento de uma corrente elétrica de intensidade razoável através do corpo humano provoca sen-
sações insuportáveis, que estão entre uma simples sensação de formigamento no corpo até a inconsciên-
cia e morte. 
Veja, na figura apresentada a seguir, que a corrente elétrica entra por uma mão e sai por um pé, estabe-
lecendo um choque elétrico.
Figura 2 - Choque elétrico
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
As sensações e danos da corrente elétrica no corpo humano caracterizam o choque elétrico, que é de-
finido como sendo um distúrbio físico de efeitos diversos que se manifestam no organismo humano ou 
animal quando este é percorrido por uma corrente elétrica.
 SAIBA 
 MAIS
Os dados estatísticos de acidentes no setor elétrico são apresentados a cada ano nos 
relatórios da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade 
(ABRACOPEL). Busque pela internet o site oficial dessa associação para acompanhar e 
entender, através desses relatórios, o que está acontecendo e o que está sendo feito 
sobre segurança em eletricidade no Brasil.
Veja, a seguir, a reação dos principais distúrbios de um choque elétrico no corpo humano. 
a) Contração muscular (tetanização);
b) Parada respiratória;
c) Fibrilação ventricular no coração;
d) Parada cardíaca;
e) Queimaduras.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 19
O agravamento dos distúrbios citados pode levar o corpo a desenvolver outras reações a exemplo de:
a) Necrose: perda de tecidos, músculo, osso, órgãos provocados pelas queimaduras;
b) Asfixia: provocada pela tetanização1 dos músculos da respiração;
c) Morte: parada cardiorrespiratória;
d) Eletrólise no sangue: o movimento da corrente contínua pelo sangue que provoca a junção de 
sais minerais em determinados órgãos, a exemplo do coração, provocando coágulo que pode 
bloquear ou reduzir a circulação de sangue. 
Danos a órgãos: 
a) Insuficiência renal: durante a ocorrência das queimaduras de choque elétrico, pode haver a 
liberação de toxinas, como a mioglobina. Os rins trabalham mais para eliminar estas toxinas e 
limpar o sangue. Nestas condições, os rins podem saturar, deixando de fazer o seu papel de filtrar 
o sangue e, dessa forma, provocar a insuficiência renal;
b) Prolapso: caracteriza-se pelo deslocamento total ou parcial de um órgão, comprometendo seu 
funcionamento. 
CURIOSIDADES
Muitos órgãos no corpo humano, aparentemente sadios, que se envol-
vem em um choque elétrico, podem depois de dias ou meses apresentar 
sintomas anormais devido ao efeito da corrente elétrica. Estes sintomas, 
no futuro, muitas vezes não são associados ao choque elétrico.
Agora que entendemos o choque elétrico e suas reações no corpo humano, vamos continuar analisan-
do a forma como o choque elétrico se estabelece.
2.1.1 MECANISMO DO CHOQUE ELÉTRICO
Para que ocorra o choque elétrico,é necessário que exista uma diferença de potencial elétrico (d.d.p), 
que são potenciais elétricos com diferentes concentrações de cargas elétricas, assim, no potencial negati-
vo existe uma maior contração de elétrons e no potencial positivo uma menor contração. Estes potenciais 
estão sempre prontos para estabelecer o equilíbrio entre eles. Esta tentativa de equilíbrio acontece no 
momento em que uma pessoa entra em contato com estes dois pontos fluindo cargas elétricas pelo corpo 
e formando o choque elétrico.
Tome como exemplo uma criança em pé, que consegue colocar um grampo metálico no furo fase da 
tomada. A d.d.p está entre a mão e os pés da criança. Como isto, a corrente elétrica entra pela mão, atra-
vessa o corpo e sai pelos pés, nestas condições, temos um circuito elétrico fechado e a confirmação de um 
choque elétrico.
1 Tetanização: violenta contração e paralisia muscular causada pela corrente elétrica muito parecida com câimbra. 
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE20
CURIOSIDADES
Os valores de tensão residencial no Brasil, segundo a Agência Nacional 
de Energia Elétrica (ANEEL), estão entre 127 V e 220 V. Portanto, pode-
mos afirmar que quando é usada a tensão de 220 V, a corrente, os efeitos 
e os riscos são maiores com relação ao uso de 127 V.
Em caso de choque elétrico, nos locais de entrada e saída da corrente, que geralmente são as mãos e os 
pés, as resistências elétricas são maiores. Nestes locais, têm-se também um maior consumo de energia por 
efeito Joule2 e, consequentemente, maiores danos físicos (queimaduras, carbonização), principalmente no 
contato com alta-tensão onde a corrente é intensa. No caso do choque elétrico da criança citada, mesmo 
em baixa tensão existe a possibilidade de ocorrer queimaduras nas regiões de contato, mãos e pés, devido 
à sensibilidade da pele nestes pontos. 
Veja, na fórmula a seguir, que a potência elétrica nos locais de contato é o que resulta do quadrado da 
corrente (I) multiplicado pela resistência oferecida (R) nos pontos de entrada e saída da corrente, isto é, as 
mãos e os pés.
P = I2 x R
P – potência no ponto de contado
I – corrente do choque elétrico
R – resistência de contato
Vamos continuar, pois já entendemos que a diferença de potencial elétrico é importante na formação 
do choque elétrico, assim, vamos prosseguir para compreender com a Lei de Ohm. Essa lei envolve três 
grandezas elétricas: tensão, corrente e resistência; e diz, através de uma relação matemática, que a corrente 
elétrica está diretamente proporcional à tensão elétrica e inversamente proporcional à resistência elétrica. 
DINâMICA DO CHOQUE ELÉTRICO
Para simplificar o entendimento da dinâmica do choque elétrico, usaremos uma das fórmulas origina-
das da Lei de Ohm. Veja a seguir. 
I = 
U
R
Observe, a seguir, a explicação detalhada da fórmula apresentada.
2 Efeito Joule: é a transformação de energia elétrica em energia térmica, este efeito é minimizado quando o meio condutor 
 facilita a passagem da corrente elétrica.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 21
a) A tensão elétrica “U”: conforme fórmula matemática anterior, é a força que empurra a corrente 
elétrica através do corpo, desta maneira, a corrente elétrica está diretamente proporcional à ten-
são elétrica, assim quanto maior o valor da tensão, maior será a corrente e os efeitos;
b) A resistência elétrica “R”: tem relação inversa com os efeitos no corpo, isto é, o aumento da re-
sistência diminui a corrente e, consequentemente, os efeitos no corpo humano. Por isso, ela tem 
associação direta com a segurança pessoal no aumento da isolação ou no uso dos equipamentos 
de proteção individual;
c) A corrente elétrica “I”: essa corrente, como sendo o movimento das cargas elétricas, depende 
da tensão e da resistência elétrica e provoca os efeitos danosos no corpo humano. Com isto, po-
demos observar que entre as grandezas elétricas vistas na fórmula da Lei de Ohm, a corrente é 
que realmente provoca todos os danos nos choques elétricos. 
Vamos, a seguir, analisar os fatores que podem aumentar os efeitos prejudiciais de um choque elétrico.
2.1.2 FATORES AgRAvANTES DO CHOQUE ELÉTRICO
Quem nunca se envolveu em um choque elétrico? A maioria das pessoas, com maior ou menor inten-
sidade, já se envolveu em um choque elétrico. Mas é importante que correntes elétricas externas não en-
trem em nosso corpo, pois o coração, órgão autônomo, gera seu próprio pulso elétrico no nodo sinoatrial3, 
para contrair e bombear sangue. Uma corrente externa passando pelo coração, sobreposta aos seus pulsos 
elétricos, pode parar ou colocar o coração fora de ritmo.
Veja, a seguir, os fatores que influenciam na gravidade de um choque elétrico.
a) Tipo da corrente elétrica (alternada ou contínua);
b) Frequência da corrente elétrica;
c) Tempo de duração do choque elétrico;
d) Área de contato do choque elétrico;
e) Pressão do contato;
f) Intensidade da corrente elétrica;
g) Trajeto da corrente elétrica pelo corpo humano;
h) Condições da pele do corpo humano (seca, úmida, molhada);
i) Constituição física do indivíduo;
j) Estado de saúde do indivíduo;
k) Presença no corpo de equipamento eletrônico para manter a vida; 
l) Nível de tensão elétrica.
3 Nodo sinoatrial: é um local do coração autônomo onde são gerados os pulsos elétricos para a própria contração do coração. 
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE22
A seguir, veja o quadro com os possíveis efeitos da corrente elétrica em caso de um choque elétrico com 
baixa tensão. 
• Leve percepção superficial; habitualmente nenhum efeito.
• Nenhum efeito perigoso se houver interrupção em, no máximo, 200ms.
• Ligeira paralisia nos músculos do braço, com início de tetanização; habitualmente 
nenhum efeito perigoso. 
• Trauma cardíaco persistente; nesse caso, o efeito é letal, salvo intervenção imediata de 
pessoa especializada com equipamento adequado.
• Paralisia estendida aos músculos do tórax com sensação de falta de ar e tontura;
• Possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga elétrica se manifestar na fase crítica 
do ciclo cardíaco e por tempo superior a 200ms.
EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO DEPENDENTE DA CORRENTE
0,1 a 0,5mA
0,5mA a 10mA
10mA a 30mA
30mA a 500mA
Acima de 500mA
Quadro 1 - Efeitos da corrente elétrica
Fonte: IEC 61140, 2016.
Leia o Casos e Relatos a seguir e reflita sobre os riscos em instalações elétricas e serviços com eletricida-
de. Perceba, a partir da situação contada, os efeitos que uma corrente elétrica pode ter no corpo humano 
e a necessidade de cuidado ao realizar serviços que envolvam a eletricidade.
CasOs E RELaTOs
 
Acidente com estrutura metálica próxima a rede elétrica.
Em uma cidade do interior, um comerciante resolveu instalar um ponto de alto-falante para divulgar 
seu comércio. Conseguiu vários pedaços de tubos metálicos e levou para um soldador emendar. Fei-
to isto, adaptou o alto-falante em uma das extremidades do tubo e fez um buraco no chão a alguns 
metros da rede elétrica de alta-tensão, para fixar o tubo que foi emendado. 
Estava tudo certo, os tubos emendados estavam na altura desejada, o buraco para fixar os tubos 
estava feito, o alto-falante estava fixado. No entanto, a estrutura de tubos ficou muito pesada e o co-
merciante sozinho não conseguia levantar. Saiu atrás de amigos na vizinhança para ajudar a levantar 
e fixar o tubo. Conseguiu três pessoas. Com o peso da estrutura, as quatro pessoas realizavam muito 
esforço para tentar manter o tubo na posição vertical. 
O tubo balançava muito e a preocupação do comerciante era não deixá-lo tocar na rede elétrica. Em 
um determinado instante, o tubo começa a inclinar para o lado da rede elétrica. O comerciante faz 
um forço intenso para que o tubo não tocasse na rede elétrica, mas ele não consegue evitar o pior, o 
tubo faz contato com a rede elétrica de alta-tensão com as quatro pessoas em contato com o tubo. 
O comerciante fica preso ao tubo e seu corpo começa a queimar, uma das outras três pessoastêm 
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 23
morte imediata e as outras duas caem agonizando. O desfecho desse caso é que duas pessoas mor-
rem e duas ficaram feridas com queimaduras nas mãos e nos pés. 
Este tipo de situação que acabamos de ler é muito comum com estruturas metálicas, tubos ou ante-
nas e geralmente resulta em acidente grave. Havendo necessidade de realizar um serviço próximo a 
uma rede elétrica, é importante solicitar ajuda da concessionária de energia para fazer o desligamen-
to, a fim de que haja segurança no serviço a ser realizado. 
Após analisarmos os mecanismos do choque elétrico e os mecanismos que o agravam, estamos prepa-
rados para analisar os tipos de choques elétricos existentes. 
2. 2 TIPOs dE CHOQUEs ELÉTRICOs
A seguir, veremos os três tipos de choques elétricos, o choque elétrico dinâmico, o choque de descarga 
atmosférica e o choque elétrico com eletricidade estática. O entendimento sobre os tipos de choques exis-
tentes é importante para a proteção dos riscos em instalações e serviços com eletricidade.
2.2.1 CHOQUE ELÉTRICO DINâMICO 
Choque elétrico dinâmico é o contato com partes energizadas de uma instalação elétrica com tensão 
elétrica perigosa, isto é, valores de tensão acima de 50V alternado ou 120V contínua. O choque elétrico 
dinâmico é o tipo de choque elétrico mais perigoso, pois ele permanece constante enquanto a pessoa 
acidentada estiver em contato com a parte energizada.
Figura 3 - Choque elétrico dinâmico
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE24
O choque dinâmico está condicionado a uma tensão de toque ou uma tensão de passo, conforme ve-
remos a seguir;
TENSãO DE TOQUE
Tensão de toque é a tensão da diferença de potencial nos pontos de contato quando a corrente elétrica 
circula pelo corpo. Geralmente, essa tensão envolve os membros superiores e inferiores do corpo. 
Na tensão de toque, podemos ter situações diversas com relação aos pontos de entrada e saída da cor-
rente. Vamos estudar duas condições muito comuns. 
A primeira condição de choque é quando a tensão de toque provoca um choque elétrico em relação à 
terra, isto é, quando a corrente entra por uma mão e sai pelos pés. Os pontos de contato, portanto, seriam 
uma mão e os dois pés, conforme demonstrado na figura a seguir. 
Fase U
Rc1
Rc
Rcp1 Rcp2
Rt
Ut
Ic
Neutro
Terra
Figura 4 - Tensão de toque (caso 01)
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Rc1: resistência de contato da mão.
Rpc1:resistência de contado do pé esquerdo
Rcp2: resistência de contato do pé direito
Rt: resistência de terra
Ic: corrente do choque elétrico
U: tensão da instalação 
Ut: tensão de toque
Re: resistência equivalente
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 25
Observe na imagem sobre a tensão de toque que ao se deslocar pelo corpo a corrente será limitada pela 
resistência de contato da mão (Rc1), resistência interna do corpo (Rc), resistências dos pés (Rcp1 e RCp2) e 
a resistência de terra (Rt). 
A fórmula a seguir explica bem a situação da figura anterior.
Considerando que: Rcp1 = Rcp2 = Re
Ic = 
U
 Rcm + Rc + ( Re ) + Rt
Ut = (Rcm + Rc + ( Re )) x Ic
2
2
A segunda condição de contato é quando uma estrutura metálica aterrada é acidentalmente energiza-
da, configurando um curto-circuito monofásico à terra. A corrente (It), nesta condição, passará pela estru-
tura metálica e, através do aterramento, invadirá o solo em direção à malha de aterramento. A corrente (It) 
e a resistência (Rt1) geram potenciais de tensão no solo. Uma pessoa em contato com a estrutura metálica 
e sobre o solo ficará submetida a um choque elétrico com a tensão de toque, conforme figura seguinte.
Rt1 Rt
lf
lt
Rc
Rcp1
Ut
Estrutura
metálica
Rcm
Ic
Figura 5 - Tensão de toque (caso 02)
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
If: corrente de falta ou corrente no momento do curto-circuito com estrutura
Rcm: resistência de contato da mão
Ic: corrente do choque elétrico
Ut: tensão de toque
Rc: resistência interna do corpo
Rcp1: resistência de contato dos pés
Rt1: resistência de terra 1
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE26
Observe a fórmula seguinte para entender melhor a situação apresentada na figura anterior.
 
Ut = 
Rt1 x (Rcm + Rc + Rcp1)
 Rt1 + Rcm + Rc + Rcp1
Ic =
Ut
Rcm + Rc + Rcp1
x If
 FIQUE 
 ALERTA
No uso da chave teste neon, é necessário colocar o dedo em uma parte metálica da 
chave para a lâmpada neon sinalizar o condutor fase da instalação. Veja que nesta 
operação você é parte importante de um circuito elétrico. Este procedimento é total-
mente inadequado, pois nenhuma parte do seu corpo pode ser usado para comple-
tar um circuito elétrico.
Após analisar as condições de contato da tensão de toque, vamos analisar mais uma condição relacio-
nada ao choque dinâmico, a tensão de passo. 
TENSãO DE pASSO
A tensão de passo é a diferença de potencial encontrada entre os dois pés de uma pessoa no instante 
em que uma intensa corrente elétrica se movimenta no solo.
Esta corrente no solo pode ser originada de um curto-circuito em alta-tensão em relação à terra ou de 
uma descarga atmosférica surgida de um raio.
A tensão de passo tem valor máximo quando está junto ao ponto de origem e o valor reduzido quan-
do muito afastado dele. Se uma pessoa estiver em pé em qualquer ponto dentro da região onde há essa 
distribuição de potencial, entre seus pés haverá uma diferença de potencial chamada de tensão de passo.
A tensão de passo, matematicamente, depende da multiplicação da resistência no solo (Rt2) pela cor-
rente de terra (It), assim, quanto maior a distância entre um pé e outro, maior o valor de RT2 e, consequen-
temente, maior o valor de tensão (Up), conforme representado na figura a seguir. 
Rt1
Rcp1 Rcp2
Rt
Rt
Solo
Up
lf
lc
Estrutura
metálica
Rc
Figura 6 - Tensão de passo
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 27
Veja a fórmula a seguir que explica a tensão de passo apresentada na figura anterior. 
Ut = 
Rt2 x (Rcp1 + Rc + Rcp2)
 Rt2 + Rcp1 + Rc + Rcp2
Ic =
Up
Rc1 + Rcp1 + Rcp2
x If
Ic: corrente elétrica do choque elétrico
If: corrente de falta ou corrente no momento do curto-circuito com estrutura metálica
Up: tensão de passo
Rt1: resistência de terra 1
Rt2: resistência de terra 2 
Rt: resistência de terra
Rcp1: resistência de contato dos pés 1
Rcp2: resistência de contato dos pés 2
Rc: resistência interna do corpo
 FIQUE 
 ALERTA
Se um fio de alta-tensão cai no solo ou no teto de um carro e você notar que tem 
corrente fluindo para o solo, é possível que existam potenciais elétricos de tensão no 
solo, nesta situação se deve andar com os pés bem juntos um do outro até um local 
seguro para evitar choque elétrico de tensão de passo.
Veremos, a seguir, como as correntes se movimentam no corpo quando ocorre o choque elétrico.
ESpRAIAMENTO DA CORRENTE DE CHOQUE ELÉTRICO
O espraiamento é a distribuição da corrente elétrica dentro do corpo humano no instante do choque 
elétrico. Assim, a corrente elétrica quando entra no corpo encontra regiões com resistências elétricas e 
áreas transversais4 diferentes. Isto significa que o total da corrente que entra por uma mão percorre o braço 
e se espalha quando chega no tronco, portanto, uma possível corrente que chega no coração é uma parte 
da corrente total que entrou no corpo pela mão. 
4 Áreas transversais: corte transversal em uma parte do corpo, a exemplo do tronco onde encontraríamos órgãos, pele, ossos 
 e músculos ou no braço onde encontraríamos pele, ossos e músculos, isto faz com que a corrente elétrica circulando dentro 
 do corpo encontre regiões com diferentes resistências elétricas.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE28
O espraiamento da corrente de um choque elétrico pode se apresentar na forma de microchoque ou 
macrochoque. 
a) Macrochoque: é quando uma corrente elétrica externa entra no corpo. Estaé a forma mais co-
mum de um choque elétrico;
b) Microchoque: acontece quando uma corrente elétrica é gerada dentro do corpo, geralmente 
por defeito de equipamento médico–hospitalar.
A tabela a seguir apresenta a trajetória e o valor da corrente de espraiamento no corpo e, com isso, o 
percentual da corrente que passa pelo coração. 
Figura A Da cabeça para o Pé direito 9,7%
Figura B Da mão direita para o pé esquerdo 7,9%
Figura C Da mão direita para a mão esquerda 1,8%
Figura D Da cabeça para a mão esquerda 1,8%
Figura E Tensão de Passo 0%
LOCAL DE ENTRADA TRAJETÓRIA PORCENTAGEM DA CORRENTE
Tabela 1 - Percurso da corrente de choque elétrico
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Com base na tabela apresentada, observe, na figura seguinte, a representação da trajetória da corrente 
no corpo humano. 
A B C D E
Figura 7 - Trajetória da corrente
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Agora, iniciaremos os estudos sobre os choques elétricos relacionado a fenômenos atmosféricos.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 29
2.2.2 CHOQUE ELÉTRICO DE DESCARgA ATMOSFÉRICA
Vamos entender como se forma a diferença de potencial entre a nuvem e o solo, que antecede a des-
carga atmosférica, isto é, raio. A compreensão sobre esse assunto é importante para a proteção nos dias 
de chuva, principalmente quando o profissional eletrotécnico estiver realizando serviços em áreas abertas 
e ao ar livre.
O raio é um arco elétrico que se forma entre a nuvem e o solo. Para isto acontecer, é necessária a for-
mação de uma diferença de potencial entre nuvem e solo, esta d.d.p começa com o atrito de partículas 
de água e gelo agitadas dentro da nuvem. No atrito, estas partículas ganham ou perdem elétrons, ficando 
eletrizadas, e uma delas torna-se positiva e a outra negativa. Dentro da nuvem, estas partículas eletrizadas 
se separam, as positivas se deslocam para a parte superior da nuvem e as negativas acumulam-se na parte 
inferior, próxima ao solo. 
O campo elétrico negativo na região inferior da nuvem influencia as partículas no solo deixando a su-
perfície terrestre na direção da nuvem positiva. Temos um grande capacitor onde a nuvem e solo são as 
placas e o ar o dielétrico. Nestas condições, a d.d.p entre nuvem e solo é estabelecida de forma intensa e 
crescente até acontecer o raio, que provoca a descarga e equilíbrio entre nuvem e solo, conforme figura 
apresentada a seguir. 
O choque elétrico de descarga atmosférica acontece quando uma pessoa diminui o dielétrico ou a dis-
tância entre a nuvem e o solo, antecipando a descida das cargas negativas em direção a terra, que nestas 
condições é um potencial positivo. Neste instante, a pessoa é atingida pela corrente elétrica de um raio no 
processo de equilíbrio de cargas elétricas entre a nuvem e o solo.
_ __ _ _
____
+ +
+
+ + + + + + + + +
+ +
+ +
Figura 8 - Descarga atmosférica
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Com o estudo a seguir, vamos compreender que podemos acumular carga elétrica em nosso corpo 
atritando com o ar ou com materiais isolantes e isto pode ser um risco em instalações e serviço com eletri-
cidade.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE30
2.2.3 CHOQUE ELÉTRICO COM ELETRICIDADE ESTáTICA
A eletricidade estática é gerada a partir do atrito entre dois corpos, deixando os mesmo com cargas 
elétricas opostas. Esta situação pode acontecer no nosso corpo quando andamos sobre um piso de carpete 
com um calçado isolante em ambiente de baixa umidade do ar ou em linhas de transmissões desligadas 
com atrito de fortes ventos. Por isso, nos casos de serviços em linha de transmissão desligada, o aterramen-
to apropriado (no início e no fim da linha) é muito importante.
O choque estático é uma descarga rápida que acontece quando entramos em contato com os poten-
ciais estáticos (positivo e negativo) e, na maioria das vezes, ele causa apenas certo desconforto, leve cho-
que elétrico. 
Em locais onde o ar é muito seco, os valores de tensão estáticas geradas crescem muito, aumentando os 
riscos de acidentes em áreas explosivas, em função de uma centelha5 existente no momento da descarga. 
Uma situação muito comum de acúmulo de eletricidade estática é quando um caminhão tanque trans-
porta líquido inflamável. Durante o seu deslocamento, atritando com o ar, a lataria do caminhão perde 
carga elétrica ficando eletrizada de forma positiva. Esta situação é uma condição insegura e requer muito 
cuidado. Por isso, para descarregar o líquido inflamável, o procedimento correto é aterrar a lataria do ca-
minhão para retirar possíveis cargas acumuladas. Sem esta rotina de previamente aterrar a lataria do ca-
minhão, pode acontecer uma descarga elétrica estática no momento da saída do líquido inflamável, o que 
provocará uma centelha e, consequentemente, uma explosão. 
GASOLINA
Figura 9 - Descarga de eletricidade estática do caminhão
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Para dar continuidade ao assunto sobre os riscos em instalações e serviços com eletricidade, veremos, 
a seguir, os campos eletromagnéticos e sua influência nos trabalhadores, nas redes elétricas e nos equipa-
mentos eletrônicos.
5 Centelha: movimento de carga elétrica pelo ar com consequente emissão de calor e luz.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 31
2.3 CamPOs ELETROmaGnÉTICOs 
Os campos eletromagnéticos estabelecem uma região no espaço com capacidade de modificar a es-
trutura atômica de um corpo, isto é, eles agem diretamente no átomo de um material. Isso acontece por 
interferência de um campo elétrico e de um campo magnético, cada qual efetivamente agindo de forma 
independente.
O campo elétrico interage sobre cargas elétricas criando corpos eletrizados, a exemplo do deslocamen-
to de cargas elétricas através do ar quando um corpo se aproxima de uma linha de alta-tensão. A intensi-
dade do campo elétrico depende muito da distância em relação ao corpo eletrizado. 
O campo magnético produz um fluxo magnético que interfere nos fios condutores agindo diretamente 
sobre os átomos-imãs para criar polos magnéticos. 
Figura 10 - Campo eletromagnético
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
A variação do campo magnético agindo sobre um condutor gera uma tensão elétrica no mesmo, isto é 
normal nos enrolamentos de um transformador. Mas, o campo eletromagnético de um raio, quando atinge 
uma rede elétrica ou de telecomunicação, pode gerar uma tensão mais elevada, de curta duração, que é 
sobreposta à tensão normal criando um distúrbio nesta rede. Esta tensão gerada nesta rede por campo 
eletromagnético é chamada de tensão transitória e pode provocar danos a equipamentos elétricos e ele-
trônicos. 
Outra situação que deve ser bem observada é quando temos redes de alta-tensão muito próximas uma 
da outra. O campo eletromagnético de uma rede energizada pode induzir uma tensão em uma rede que 
esteja próxima. Portanto, em função desta situação, no caso de manutenção em redes elétricas que já 
foram desligadas, é importante seguir os procedimentos de segurança apropriados, como, por exemplo, 
verificar a ausência de tensão na rede e fazer o aterramento apropriado.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE32
Figura 11 - Influência eletromagnética em redes elétricas
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Com relação a seres humanos, um campo eletromagnético provoca a formação de uma carga elétrica 
sobre a superfície da pele, desarrumando a estrutura atômica da célula e provocando um pequeno fluxo 
de corrente. Normalmente, estes efeitos não são prejudiciais aos seres humanos, no entanto, dentro de 
um campo eletromagnético muito intenso, em determinadas pessoas, pode ocorrer um funcionamento 
anormal de implantes eletrônicos como marca-passo e também na circulação de corrente em próteses 
metálicas, a ponto de provocar aquecimento, o que pode acarretar lesões internas.
No setor elétrico, nos serviços e manutenção, os riscos relacionados a um arco elétrico são vistos com 
muita apreensão devido ao grande poder térmico que ele possui. A seguir, você vai poder compreender 
melhor este assunto.
2.4 aRCO ELÉTRICOO arco elétrico é o movimento da corrente elétrica pelo ar ionizado6, liberando grande quantidade de 
energia e gerando calor intenso. 
Os acidentes com arco elétrico são comuns e envolve, na maioria das vezes, profissionais experientes 
da área elétrica. Esses acidentes geralmente acontecem devido a fatores do ambiente de trabalho listados 
seguir. 
a) Curto-circuito entre cabos energizados;
b) Aproximação de dois condutores com tensão elevada;
c) Falhas de equipamentos energizados;
d) Manipulação desatenta de ferramentas ou instrumentos com circuito ligado; 
e) Poeira em suspensão em quadro de barramento ou conexão de dispositivos elétricos;
6 Ar ionizado: é o ar com existência de íons positivo ou negativo de seus elementos. 
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 33
f) Animais em subestações7 ou painéis elétricos. 
Figura 12 - Arco elétrico
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Os acidentes com arco elétrico geram várias formas de energias, como aumento da temperatura, mo-
vimento do ar, luz intensa e ruído elevado. O aumento da temperatura provoca a fusão dos metais e con-
sequentes respingos destes que são projetados em todas as direções causando ferimentos graves, como 
queimaduras, conforme veremos a seguir. 
2.4.1 QUEIMADURAS 
O calor gerado no momento de um o arco elétrico chega a temperaturas de 6000° a 30000° célsius, 
provocando queimaduras graves. O tempo de exposição ao calor de um arco elétrico é um dos fatores que 
agravam as consequências de uma queimadura. Assim, para minimizar esse tipo de acidente, é necessária 
a instalação de dispositivos de seccionamento8 com proteção para abertura sob carga, que tenham sido 
bem dimensionados e tenham sensibilidade de abertura rápida em caso de curto-circuito.
O profissional da área de elétrica que trabalha em instalações com possibilidade de formação de arco 
elétrico, conforme NR10 - Segurança em Instalações e Serviço com Eletricidade, deve estar equipado de 
vestimentas antichamas dimensionadas a partir de um estudo térmico que tenha como base proteger o 
profissional do arco elétrico mais perigoso existente no ambiente de trabalho. 
Em muitos ambientes de trabalho, como subestações, a vestimenta antichama deve incluir máscara 
que proteja o pescoço, cabeça e cabelos do arco elétrico e suas consequências. Veja na figura a seguir.
7 Subestações: é o local composto de equipamentos de controle e proteção, delimitado, podendo ser classificadas em 
elevadora de tensão ou abaixadora.
8 Seccionamento: significa abertura de contatos de dispositivos elétricos ou desligamento. Os dispositivos com esta função são 
 os disjuntores, interruptores, chaves facas e chaves secionadoras.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE34
Figura 13 - Vestimenta de proteção contra arco elétrico
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Outro tipo de acidente que pode ser gerado pelo arco elétrico são as quedas. Aprenda mais sobre isso 
a seguir.
2.4.2 QUEDAS 
O efeito da expansão do ar em volta do local gerador do arco elétrico cria forças intensas capazes de 
deslocar equipamentos e pessoas, provocando queda. As quedas podem resultar em lesões graves se o 
trabalho estiver sendo realizado em condições de risco adicional como a altura. 
Para serviços em altura, principalmente com circuito energizado, deve-se adotar medidas preventivas 
sobre a possibilidade de queda, utilizando os EPI necessários e os conhecimentos da NR35 (Trabalho em 
altura), visto que o treinamento desta norma é obrigatório para serviço em altura conforme o Ministério 
do Trabalho (MT).
Figura 14 - Queda
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
 2 RIsCOs Em InsTaLaçõEs ELÉTRICas E sERvIçO COm ELETRICIdadE 35
Através do estudo mais detalhado sobre o choque elétrico, poderemos contribuir pra redução da triste 
estatística de acidentes no setor elétrico. 
Estamos encerrando este capítulo convicto de que você possui conhecimentos importantes sobre se-
gurança em eletricidade. Conhecimentos esses de abrangência doméstica e profissional, que são suficien-
tes para sua segurança e de pessoas do seu convívio. Esperamos que através do estudo desse capítulo 
você esteja ciente do poder da eletricidade e dos benefícios que ela proporciona, e conscientes dos riscos 
envolvidos na sua utilização. 
 RECaPITULandO
Abordamos o choque elétrico e entendemos o mecanismo de como ele é formado, desta forma, ana-
lisamos que é possível se proteger, tomar medidas de prevenção e evitar acidentes com eletricidade.
A preocupação principal no choque elétrico é o coração, que não deve ser percorrido por correntes 
elétricas externas visto que ele é um órgão que produz seu próprio pulso elétrico para funcionar 
corretamente e manter a vida.
Estudamos os tipos de choques elétricos e vimos que o choque dinâmico é mais perigoso, mais 
comum e mais fácil de ser formado em função dos possíveis acessos a partes energizadas. E os 
choques elétricos estáticos menos perigosos em relação aos efeitos no corpo, mas a eletricidade 
estática é indesejável em ambientes explosivos e em áreas classificadas onde pode existir atmosfera 
explosiva.
Estendemos bem as descargas atmosféricas previsíveis na sua formação e imensuráveis nos danos 
causados em pessoas e patrimônios.
Encerrando, vimos o arco elétrico causador de graves acidentes com queimaduras e quedas, e des-
cobrimos que é muito frequente acidente em profissionais experientes.
Acidentes de origem elétrica
3
O acidente de trabalho acontece quando existe uma situação na qual o trabalhador, no 
exercício das suas atividades, é acometido de dano físico, que o impede de prosseguir com o 
seu serviço de forma permanente ou temporária.
Neste capítulo, teremos a oportunidade de estudar as causas relacionadas ao acidente no 
trabalho e as causas elétricas formadoras dos acidentes com eletricidade, que geralmente 
acontecem por contato com partes energizadas da instalação. Como vimos ao estudar sobre 
os riscos em instalações elétricas e serviços com eletricidade, energizar o corpo pode trazer 
consequências graves.
Todo ano no Brasil ocorrem centenas de mortes devido a acidentes com eletricidade. Além 
disto, esses acidentes têm índices elevados na construção civil e na manutenção e montagem 
de redes de distribuição de energia. Ciente desta situação, este capítulo possibilitará uma aná-
lise geral sobre os acidentes de origem elétrica que ocorrem em ambientes urbanos, indústrias 
e doméstico.
Figura 15 - Acidentes de origem elétrica
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE38
Apresentaremos, também, neste capítulo, casos de acidentes para discussão e análise. Todos os aciden-
tes que serão mostrados foram descritos a partir de uma situação real. 
Faremos um estudo que possibilitará entender bem o conceito de perigo e risco, termos muito comuns 
em situações de apreensão preocupantes que somos acometidos no dia a dia ou no trabalho. Veremos 
também os riscos adicionais, que estão presentes no ambiente do trabalho com eletricidade, mas sempre 
considerando o risco elétrico com o principal.
Aproveitem bem os conhecimentos propostos neste capítulo, pois eles serão muito importantes na sua 
vida profissional e diária.
3.1 ConCeito legAl de ACidente do trAbAlho
Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou perda, ou ainda a redução permanente ou 
temporária da capacidade para o trabalho.
As expressões perigo e risco são muito utilizadas quando se trata do tema acidentes de trabalho. É 
muito importante que o profissional da área de eletricidade saiba definir e interpretar cada uma dessas 
expressões para que ele trabalhe de um modo que minimize os acontecimentos dos perigos e riscos. 
3.1.1 Perigo e risco 
O perigo é uma condição ambiental que pode causar danos à saúde, ferimentos, agressão física ou até 
a morte. 
Figura 16 - Situação de perigo 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Um bom exemplo de perigo é quando cabos oubarramentos expõem os condutores (cobre, alumínio) 
energizados. Nesse cenário, existe uma condição de perigo, pois o contato com essas partes expostas pode 
causar ferimentos e até a morte. 
 3 ACidentes de origem elétriCA 39
CURIOSIDADES O risco depende da existência do perigo. Se o perigo for eliminado, con-sequentemente o risco deixa de existir. 
O risco é a exposição ou aproximação de um perigo. Como sabemos, a eletricidade é perigosa e a apro-
ximação de instalações elétricas oferece risco, no entanto, os riscos podem ser controlados quando os 
condutores energizados são isolados, cobertos ou colocados fora do alcance. É importante saber que esta 
ação não elimina o perigo, mas faz o controle do risco elétrico.
Figura 17 - Controle do risco elétrico 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Agora que sabem quando estamos em condições de risco, vamos ampliar nosso conhecimento estu-
dando sobre os riscos adicionais.
3.2 risCos AdiCionAis
Os riscos adicionais são todos os fatores de risco, além do elétrico, específicos da condição de trabalho, 
que possam contribuir ou causar acidentes.
Estudaremos, a seguir, os principais riscos adicionais envolvidos no trabalho com eletricidade, conside-
rando o risco elétrico como o principal.
3.2.1 AlturA
A altura como risco adicional da eletricidade merece especial atenção em função das graves conse-
-quências originadas das quedas. Vamos entender o motivo da altura ser um risco adicional.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE40
As perdas de controle dos movimentos do corpo no momento do choque elétrico ou o movimento 
brusco do ar em caso de arco elétrico são fatores determinantes para estabelecer o desequilíbrio no traba-
lho em altura, e, consequentemente, provocar quedas. Por este motivo, no trabalho com eletricidade em 
altura, é importante o uso do cinto de segurança.
O trabalho em altura atualmente requer a obrigatoriedade no treinamento da norma regulamentadora 
NR35 - Trabalho em Altura, nela se encontram todas as regras de segurança para o trabalho seguro em 
altura. 
 SAIBA 
 MAIS
Acesse o site oficial do Ministério do Trabalho e tenha acesso a NR35 para obter mais 
conhecimento sobre o trabalho em altura.
Seguem algumas regras que devem ser observadas para trabalho em altura em eletricidade.
a) É obrigatório o cinto de segurança tipo paraquedista com ponto para fixação de trava queda;
b) É obrigatório o uso de capacete com jugular;
c) É obrigatório o uso de trava queda com linha da vida (mencionados no capítulo 5, item 5.3.4 da 
NR35);
d) Todos os equipamentos responsáveis pela elevação do profissional até o ponto de trabalho de-
vem ser rigorosamente inspecionados;
e) Equipamentos e ferramentas devem ser levados para o alto através de uma bolsa específica.
Figura 18 - Trabalho em altura
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Veremos, a seguir, mais um risco adicional, o ambiente confinado.
 3 ACidentes de origem elétriCA 41
3.2.2 Ambiente confinAdo
Ambiente confinado é um local em forma de caixa ou tubo, geralmente com uma pequena entrada e 
pouca ventilação, onde com dificuldade é possível o acesso de pessoas.
 FIQUE 
 ALERTA
Os acidentes em ambientes confinados, geralmente, envolvem uma atmosfera agres-
siva9 e muitos socorristas desavisados acabam respirando o ar deste ambiente fican-
do na mesma situação do acidentado. 
Os ambientes confinados não são projetados para ocupação contínua de pessoas, visto que eles têm 
meios limitados de entrada e saída e a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes 
perigosos. 
Figura 19 - Ambiente confinado
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Trabalhadores que necessitam adentrarem em ambiente confinado necessitam obrigatoriamente de 
treinamento na norma regulamentadora NR33 - Espaço Confinado.
3.2.3 ÁreA clAssificAdA
Áreas classificadas são locais dentro de uma empresa ou estabelecimento com possibilidade de forma-
ção, ou existência, de uma atmosfera explosiva por presença contínua ou eventual de gases inflamáveis. 
Áreas com essas características são consideradas de alto risco para o trabalho com eletricidade. 
As instalações elétricas em áreas classificadas especiais, os equipamentos, tubulações e caixas devem 
ser à prova de explosão, conforme norma, pois a presença de eletricidade nessas áreas pode ser a única 
fonte potencial de calor e centelha, essenciais para ignição10 do processo explosivo. 
9 Atmosfera agressiva: é uma atmosfera com teor de oxigênio não apropriado à respiração (excesso maior de 23% ou menor 
 que 20,9%) e/ou com presença de contaminantes tóxicos como monóxido de carbono e Gás Sulfídrico.
10 Ignição: é o meio pelo qual é iniciado o processo de inflamação de uma substância combustível. Em um ambiente composto 
 por combustível e oxigênio, por exemplo, uma centelha elétrica pode ser o meio de ignição para produzir o fogo ou uma 
 explosão.
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE42
As instalações elétricas e equipamentos contidos em áreas classificadas devem ser projetados para limi-
tar o calor e a supressão de arco elétrico, de maneira que elimine possibilidade de inflamação de possíveis 
gases inflamáveis contidos nessas áreas. Observe, na figura da luminária apresentada a seguir, um exemplo 
desse tipo de equipamento, uma luminária à prova de explosão para ambiente de área classificada. 
Figura 20 - Luminária para área classificada
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Nas áreas classificadas, a concentração ou não de gases em determinadas regiões pode ser avaliada 
com o objetivo de limitar o acesso de pessoas e de realizar ações que previnam acidentes. Os trabalhadores 
da área elétrica, dentro de uma área classificada, estão submetidos a um risco adicional e devem ser instru-
ídos sobre esses riscos, de maneira que exerçam suas atividades com segurança.
No quadro a seguir, veja a classificação em zonas das áreas classificadas por concentração de gases 
inflamáveis segundo a IEC 60079-10: 2016.
Área na qual uma mistura de gás e ar, potencialmente explosiva, pode estar presente 
continuamente ou por grandes períodos de tempo.
Área na qual uma mistura de gás e ar, potencialmente explosiva, pode estar presente 
durante o funcionamento normal do processo.
Área na qual uma mistura de gás e ar, potencialmente explosiva, pode não estar presente. 
Caso esteja, será por curtos períodos.
Zona 0
Zona 1
Zona 3
Quadro 2 - Classificação de zonas conforme concentração de gases inflamáveis
Fonte: IEC 60079-10, 2016.
Veja, a seguir, a imagem de uma instalação elétrica de uma refinaria de petróleo que pode ser conside-
rada uma área classificada. Essa refinaria teve o sistema de iluminação construído com luminárias à prova 
de explosão. 
 3 ACidentes de origem elétriCA 43
Figura 21 - Iluminação de uma refinaria de petróleo
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Agora, veremos que as condições atmosféricas no trabalho com eletricidade é um risco adicional, prin-
cipalmente quando o trabalho é realizado ao ar livre.
3.2.4 fAunA 
No trabalho com eletricidade em locais com possibilidade da presença de animais peçonhentos como 
cobras, escorpiões, insetos e aranhas, devem ser realizadas inspeções minuciosas no ambiente de trabalho, 
principalmente em caixas passagem, armários, quadros elétricos, postes, galerias, etc.
CAsos e relAtos
Ataque de abelhas
Os eletricistas de prontidão, Marcos e Sérgio, trabalhadores de uma concessionária de energia, fo-
ram chamados para resolver um problema de falta de energia elétrica em uma localidade na zona 
rural, a 10 km da cidade. 
Chegando na região, procuraram o endereço escrito no formulário de ocorrência. Achando o ende-
reço, Sérgio sai do veículo e fala:
- Marcos, eu vou fazer a inspeção visual na rede elétrica.
Marcos fica no veículo preparando a documentação e inspecionando equipamento e ferramentas. 
Depois de alguns minutos, Sérgio chega de volta. Marcos fala:
- Sérgio, você detectou algum problema?
SEGURANÇA EM ELETRICIDADE44
- Sim, Marcos, temos porta-fusível aberto em uma chave de um poste na

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