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Não é o crítico que importa, nem aquele que aponta como o homem forte tro- peça, ou onde o realizador das proezas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está de fato na arena, cuja face está man- chada de poeira, suor e sangue; que luta valentemente; que erra, que “quase chega lá” repetidamente, porque não há nenhum esforço sem erros e falhas; que realmente se esforça para fazer as obras; que conhece o grande entusiasmo, grandes devo- ções; que se entrega a uma causa nobre; que, no melhor dos casos, conhece, ao final, o triunfo da grande conquista e que, no pior dos casos, se falhar, ao menos falha ousando com grandeza, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas frias e tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota. Continue sempre ousando com grandeza. Continue sempre acreditando em você mesmo, ignorando as críticas de quem não tem coragem de entrar na arena de batalha. Continue sendo imparável. A vitória virá. Trecho do discurso “Cidadania em uma República” (ou “O Homem na Arena”), proferido na Sorbonne por Theodore Roosevelt, em 23 de abril de 1910. Dicas de Restaurantes Locais próximos para alimentação: Restaurante Açaí – 20 m Restaurante Alvorada – 110 m Praça de Alimentação Shopping Pátio Belém – 700 m Programação | | | | | | | | | | | | | | | | | | • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 08:20 09:05 09:45 10:05 10:45 11:25 11:55 12:35 13:55 14:35 15:15 15:55 16:15 16:35 17:15 18:15 18:45 18:50 07 09 13 16 20 25 32 35 38 42 47 65 08:00 08:20 09:05 09:45 10:05 10:45 11:25 11:55 12:35 13:55 14:35 15:15 15:55 16:15 16:35 17:15 18:15 18:45 • Abertura com Gabriel Granjeiro e Rodrigo Calado Direito Constitucional • Aragonê Fernandes Legislação Específica • Gilcimar Rodrigues Intervalo Direito Civil • Raquel Bueno Direito Processual Civil • Raquel Bueno Direitos da Pessoa com Deficiência • Gustavo Scatolino Direito Administrativo • Gustavo Scatolino Almoço Gramática • Elias Santana Direito Penal • Érico Palazzo Direito Processual Penal • Geilza Diniz Intervalo Técnicas de Estudo • Fernando Mesquita Texto e Redação Discursiva • Tereza Cavalcanti Adm. Pública e do Poder Judiciário • Renato Lacerda Ética no Serviço Público • Rebecca Guimarães Sorteio + Encerramento com Gabriel Granjeiro e Rodrigo Calado BEM-VINDO ao AULÃO GRAN DICAS para Analista Judiciário e Oficial de Justiça, em Belém! “Realizar a justiça por meio da efetiva prestação jurisdicional, com vistas ao fortalecimento do Estado Democrático de Direito.” – Missão do TJ-PA Muito, muito obrigado por ter escolhido o Gran Cursos Online para fazer sua revisão de véspera rumo à conquista do cargo de Analista Judiciário – Especialidade Direito (Cargo 6) e Oficial de Justiça Avaliador (Cargo 11) do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, cuja visão é “ser reconhecido pela sociedade como instituição aces- sível e confiável, voltada à pacificação social”, tendo como valores: acessibilidade, credibilidade, probidade, eficiência, ética, participação, transparência, humanização no atendimento e responsabilidade socioambiental. A proposta do nosso aulão é a de revisar os principais e mais importantes tópicos, conteúdos, do edital do seu certame e assegurar, com isso, o fazimento de uma exce- lente prova. É nosso propósito, também, passar valiosas dicas, detalhes, bizus que pode- rão garantir preciosos pontos e assim fazer a diferença entre a aprovação e a reprovação, com a sonhada classificação no concurso organizado pelo Cebraspe (CESPE/UnB). Escalamos para este evento um time de excelentes professores, a elite do Gran Cursos Online, grandes mestres especialistas nas suas áreas de atuação e de docên- cia. Só feras com a única e exclusiva missão de tentar acertar o que será cobrado na prova, como muito já ocorrera em outros eventos realizados pelo GRAN em várias capitais e grandes cidades do nosso grandioso País. Aconselhamos que, humildemente, ouça tudo, registre tudo, não perca nenhuma dica, nenhuma sugestão dos nossos professores. Aproveite o momento, curta a ener- gia do evento, ganhe força, motivação e confiança para ser merecedor(a) de uma das vagas em disputa. Lembre- -se, por oportuno, de que a aprovação é resultado de preparação adequada, renúncias, disciplina, foco, dedica- ção, tática de saber fazer a prova, paciência e pensamento positivo. “Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão.” Salmos 126:5 GRAN sucesso e conte conosco! INTRODUÇÃO Sobre o autor: Empreendedor apaixonado pelo ensino a distância. Começou a atuar na área de concursos aos 14 anos de idade. Fundador e Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional. Gabriel Granjeiro Presidente “Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.” – Provérbio chinês Algumas das decisões mais importantes da vida são tomadas em momentos difíceis, quando não há muitas opções nem tempo para reflexão e é impossível prever o desfecho do que estamos prestes a fazer. Mas, então, lembramos do Salmista e seguimos andando – com um rio de lágrimas nos olhos e sangue nas veias –, carregando feixes de boas sementes para, mais tarde, em júbilo, colher fardos e fardos de bons frutos. Você não pode ficar pensando para sempre, futuro servidor do TJ-PA. Cedo ou tarde, terá de tomar suas decisões. Eu, jovem empreendedor que sou, tomo as minhas o tempo todo. Algumas delas não são perfeitas e talvez nem sejam as mais apropriadas. Entretanto, penso que é melhor eu fazer logo minha escolha, ainda que imperfeita, do que continuar buscando, procurando, caçando uma decisão perfeita que talvez eu nunca encontre. Em outras palavras, penso que temos mesmo é de agir. E, se você está aqui hoje em nosso Gran Dicas, é porque você decidiu tomar uma decisão. Você quer mudar de vida. Você merece. Conheço muita gente para quem a grama do vizinho parece sempre mais verde. São pessoas que imaginam que os outros não enfrentam problema nenhum; ao contrário, vivem felizes e contentes. Quanta cegueira! Quanta imaginação equivocada! A alegria, caro leitor, é uma conquista; não o reflexo de uma vida isenta de problemas. Aliás, em bom português, uma vida sem problemas não passa de mito. Se alguém não enfrenta dificuldades de vez em quando, é porque não vive. Uma vida feliz é fruto do que foi cultivado em meio às adversidades, ao caos, às turbulências… aos problemas. Uma pessoa feliz é aquela que, tendo aprendido a cultivar em solo rochoso ou arenoso, consegue extrair dali belos frutos. Alegria é, acredite, uma planta que cresce em terreno difícil. Dito de outra forma, a vida é um composto feito ora de momentos de sofrimento e amargor, ora de momentos de puro deleite. Assim como não há vida só de tristezas, também não há vida só de alegrias. Nosso caminho será sempre permeado de pedras e de flores. Sabendo disso, precisamos nos fortalecer na bonança e nos preparar para as situações de tristeza e crise, pois, afinal, é nelas que temos de tomar algumas decisões bem importantes. Se não estivermos preparados, corremos o risco de entrar em desespero e desistir. Pior ainda: podemos simplesmente nos acomodar ao sofrimento, permanecendo infelizes mesmo depois da solução dos problemas. É preciso fazer diferente. O melhor é enfrentar as dificuldades com determinação, crendo na vitória, desafiando os pessimistas que nos rodeiam e esperando a felicidade como recompensa. Sou da opinião de que é preferível sonhar com a felicidade que um dia podemos ter a chorar por aquela que perdemos. O júbilo é uma dádiva que só vem depois do trabalho duro, do acordar cedo, do cultivar a lavoura, do preparar-se adequadamente, de enfrentar dias cansativos de batalha, como a nossa revisão de véspera. No caminho, o agricultor terá de lidar com ervas daninhas, pragas, variações climáticas, terrenosminados, a inveja OS QUE COM LÁGRIMAS SEMEIAM COM ALEGRIA COLHERÃO POR GABRIEL GRANJEIRO ARTIGO MOTIVACIONAL “Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão.” (Salmo 126:5) Uma pessoa feliz é aquela que, tendo aprendido a cultivar em solo rochoso ou arenoso, consegue extrair dali belos frutos. Sou da opinião de que é preferível sonhar com a felicidade que um dia podemos ter a chorar por aquela que perdemos. https://www.bibliaonline.com.br/nvi/sl/126/5+ do concorrente; ou seja, com todo tipo de ameaça e peste. Para piorar, é muito comum que, nessas horas, ele esteja só. Nesses momentos, o filho chora, e a mãe não vê. Mas também é nesses momentos que o menino vai se transformando em homem. Andar e semear com lágrimas é possivelmente passar fome hoje para ter o que comer amanhã. É levantar-se de madrugada, contra a própria vontade e ignorando as queixas do corpo cansado, para estudar, trabalhar ou simplesmente preparar a marmita do dia. É ter consciência de que a vida é feita de sombra e luz, de vales e montanhas, de tempestades e bonança, de lágrimas e sorrisos, de medo e paz, de insônia e relaxamento, de derrotas e vitórias, de frustrações e realizações, de aprovações e reprovações. Ninguém consegue chegar ao destino se não fizer a viagem, meu amigo, minha amiga. E qualquer viagem impõe alguma dificuldade ou algum esforço. Nem eu nem você conquistaremos vitórias significativas enquanto não tivermos aprendido a lidar com essa dura realidade. É por isso que sempre repetimos, neste espaço, que nenhum concurseiro passará em um bom concurso público enquanto não aprender a dizer não, a recusar alguns convites, a renunciar a alguns prazeres. Sem plantar, o agricultor não colhe. Sem escalar, o alpinista não chega ao topo da montanha. Tudo envolve suor e ação. Tudo envolve vontade para superar o cansaço e determinação para seguir após os inevitáveis tropeços. Semear com vontade de chorar ou já banhado em lágrimas é fazê-lo com a certeza de que não há missão impossível, mas missão dada. E missão dada é missão cumprida. Lágrimas são o soro da alma e a linguagem do coração. Claro, não devemos fazer tudo chorando. Seria melancólico demais. Tampouco devemos fazer tudo sorrindo. Seria monótono. O ideal é o equilíbrio entre lágrimas e sorrisos. O equilíbrio mostra à alma como é o mundo de verdade. Se a semeadura é imprescindível para a colheita, tente selecionar as melhores sementes e escolher o melhor lugar para plantá-las, mas não ignore o fato de que tempestades e pragas são inevitáveis. Pense que, ao menos, elas são previsíveis. O que você fará com a informação de que elas estão prestes a ocorrer será o seu grande diferencial. Fica o alerta, futuro servidor: não importa quanto tempo leve para sua lavoura dar frutos; importa que ela os dará. É com faca nos dentes, sangue nos olhos e paz de espírito que se conquista um cargo público ou qualquer outro objetivo. Concurseiro, entenda que haverá momentos, em sua trajetória rumo ao serviço público, em que o valor do conhecimento será infinitamente menor que o da perseverança. Perseverar é continuar mesmo cansado e com dor em todos os ossos do corpo; é seguir, ainda que chorando. Você pode, sim, chorar, mas continue caminhando. Saiba que o choro poderá durar a noite toda, mas a alegria o acalentará pela manhã. A dureza da preparação é temporária, mas o cargo é permanente. Dê o seu melhor amanhã, por mais que você tenha vivenciado momentos de tristeza e dificuldade recentemente. A colheita – cheia de alegria – virá. Se você concorda com o teor desta mensagem, registre nos comentários: “Semearei com alegria!”. “A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.” Padre Fábio de Melo É ter consciência de que a vida é feita de sombra e luz, de vales e montanhas, de tempestades e bonança, de lágrimas e sorrisos, de medo e paz, de insônia e relaxamento, de derrotas e vitórias, de frustrações e realizações, de aprovações e reprovações. Fica o alerta, futuro servidor: não importa quanto tempo leve para sua lavoura dar frutos; importa que ela os dará. É com a faca nos dentes, sangue nos olhos e paz de espírito que se conquista um cargo público ou qualquer outro objetivo. www.grancursosonline.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Aragonê Fernandes 7 Aragonê Fernandes Juiz de Direito do TJDFT; ex-Promotor de Justiça do MPDF; ex-Assessor de Ministros do STJ; ex-Analista do STF; aprovado em vários concursos públicos. Professor de Direito Constitucional do Gran Cursos Online. 1 Aplicabilidade das normas constitucionais. 1.1 Normas de eficácia plena, contida e limitada. 1.2 Normas programáticas. 2 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 2.1 Princípios fundamen- tais. 2.2 Direitos e garantias fundamentais. 2.3 Organi- zação político-administrativa do Estado. 2.3.1 Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. 2.4 Poder Executivo. 2.4.1 Atri- buições e responsabilidades do presidente da Repú- blica. 2.5 Poder Legislativo. 2.5.1 Estrutura. 2.5.2 Fun- cionamento e atribuições. 2.5.3 Processo legislativo. 2.5.4 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 2.5.5 Comissões parlamentares de inquérito. 2.6 Poder Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do poder Judiciário. 2.6.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça. 2.7 Funções essenciais à justiça. 1. (CGE-CE/2019) A respeito das garantias e dos di- reitos constitucionalmente previstos, assinale a opção correta. a. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi- dentes no Brasil há mais de quinze anos ininter- ruptos e sem condenação penal equiparam-se aos brasileiros naturalizados, ainda que não requeiram a nacionalidade brasileira. b. A criação de associações e de cooperativas de- pende de autorização na forma da lei. c. A manifestação de pensamento é livre, porém é vedado o anonimato, resguardando-se o sigilo da fonte quando se tratar de matéria jornalística. d. A defesa do consumidor, patrocinada pelo Estado, é disposta em lei complementar. e. O rol dos direitos e das garantias fundamentais se esgota nos direitos e deveres individuais, na na- cionalidade e nos direitos políticos. 2. (SEFAZ-RS/2019) Acerca das ações constitucio- nais, assinale a opção correta. a. Mandado de injunção destina-se a regulamentar normas constitucionais de eficácia contida e de eficácia limitada. b. Ação popular pode ser ajuizada por pessoa físi- ca ou jurídica, podendo figurar como réus a admi- nistração pública e pessoa física ou jurídica que tenha causado danos ao meio ambiente e(ou) ao patrimônio público, histórico e cultural. c. Nas ações de habeas corpus, o juiz está adstrito à causa de pedir e aos pedidos formulados. d. Mandado de segurança coletivo pode ser impetra- do por partido político legalmente constituído e em funcionamento há pelo menos um ano. e. Habeas data pode ser impetrado tanto por pessoa física, brasileira ou estrangeira, quanto por pessoa jurídica, sendo uma ação isenta de custas. 3. (SEFAZ-RS/2019) Felipe é brasileiro naturalizado e foi morar no Japão, onde se casou com Júlia, uma mexicana. Quando Júlia estava a serviço de seu país, na Alemanha, nasceu Alberto, filho do casal, que não foi registrado no consulado brasileiro nem no mexica- no. Aos vinte anos de idade, Alberto veio para o Brasil, onde instaurou residência e, ato contínuo, optou pela nacionalidade brasileira. Nessa situação hipotética, no que diz respeito à nacio- nalidade, a CF estabelece que Alberto a. é alemão e brasileiro, tendo obrigatoriamente du- pla nacionalidade. b. é brasileiro naturalizado. c. é brasileiro nato. d. não pode optar pela nacionalidade brasileira por não estar residindo, sem condenação penal, há mais de quinze anos ininterruptos no Brasil. e. é alemão, brasileiro e mexicano, tendo obrigatoria- mentecidadania múltipla. 8 www.grancursosonline.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL Aragonê Fernandes 4. (TCE-RO/2019) A fim de sanar problemas sociais relacionados à violência no campo, o presidente da Re- pública apresentou proposta de emenda constitucional para modificar as regras sobre desapropriação para fins de reforma agrária. Após a aprovação da proposta na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em dois turnos e por um terço dos votos dos respectivos membros em ambas as casas, o projeto seguiu para sanção do presidente. Depois de analisar a proposta, o presidente vetou-a parcialmente por razões de inte- resse público, enviando-a, em seguida, para a devida publicação. Considerando-se essa situação hipotética e as dispo- sições da CF, é correto afirmar que tal emenda consti- tucional é a. inconstitucional, pois o presidente da República não pode apresentar proposta de emenda cons- titucional. b. constitucional, pois o devido processo legislativo foi observado pelo Congresso Nacional e pelo pre- sidente da República. c. inconstitucional, pois os limites formais aplicáveis ao processo de reforma constitucional não foram observados. d. constitucional, pois ao referido processo de refor- ma constitucional são aplicáveis limites circuns- tanciais, que foram observados. e. inconstitucional, pois a desapropriação para fins de reforma agrária caracteriza-se como cláu- sula pétrea. 5. (PGM-JOÃO PESSOA/2019) Conforme o entendi- mento do STF e a legislação pertinente, a função consti- tucional atribuída ao Conselho Nacional de Justiça inclui a. o controle interno da atuação administrativa, finan- ceira e disciplinar do Poder Judiciário. b. o controle de legalidade de atos normativos pra- ticados por membros ou órgãos do Poder Judici- ário, o que não implica a possibilidade de afastar, por inconstitucionalidade, a aplicação de lei. c. o recebimento e conhecimento de reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, assim como o zelo pelo cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados, incluídos os do STF. d. a revisão dos atos jurisdicionais dos magistrados e dos tribunais, exceto os do STF. e. a revisão, de ofício ou mediante provocação, a qualquer tempo, dos processos disciplinares con- tra serviços auxiliares do Poder Judiciário, serven- tias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro. 6. (TCE-RO/2019) Considerando as disposições da CF e o entendimento do STF acerca dos tribunais de contas, julgue os itens a seguir. I – É possível a extinção de tribunal de contas dos municípios mediante promulgação de emenda à Constituição estadual. II – É vedado aos tribunais de contas sustar dire- tamente procedimento licitatório realizado pelo Poder Executivo. III – É possível a criação de tribunal de contas mu- nicipal, desde que seja observado o princípio da simetria. IV – É vedado aos tribunais de contas requisitar documentos relativos a operações que envol- vam recursos públicos, uma vez que esse tipo de documento é protegido pelo sigilo bancário. Assinale a opção correta. a. Apenas o item I está certo. b. Apenas o item II está certo. c. Apenas os itens I, III e IV estão certos. d. Apenas os itens II, III e IV estão certos. e. Todos os itens estão certos. 7. (PGM-JOÃO PESSOA/2018) Com base na CF, as- sinale a opção correta, acerca das funções essenciais à justiça. a. Os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público gozam de vitaliciedade após dois anos de exercício da função, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. b. A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais do Ministé- rio Público, da Defensoria Pública e da Advoca- cia Pública. c. O advogado-geral da União, chefe da Advocacia Geral da União, é selecionado entre integran- tes da carreira maiores de trinta e cinco anos de idade e livremente nomeado pelo presidente da República. d. Às defensorias públicas é assegurada a iniciativa de leis que tratem da criação e da extinção de car- gos, da remuneração de servidores e da fixação do subsídio dos defensores públicos. e. Aos membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública é vedado o exercí- cio de atividade político-partidária. www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA Gilcimar Rodrigues 9 Gilcimar Rodrigues Servidor público do Ministério Público da União, lotado no Conselho Nacional do Ministério Público; professor em vários cursos preparatórios em Brasília na matéria Legislação Aplicada ao MPU, autor do Livro “Legislação Aplicada ao MPU Questões Comentadas”, professor com conhecimento das principais bancas examinadoras de concurso; orientador de métodos, técnicas e procedimentos de estudos. 1. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incor- reta. a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem- bargadores. b. Mediante iniciativa do Tribunal Pleno, poderá ser aumentado o número de Desembargadores. c. As promoções para o cargo de Desembargador serão feitas pelos critérios de merecimento e de antiguidade, alternadamente. d. As vagas para Desembargadores reservadas para membros do Ministério Público devem respeitar também os critérios de merecimento e antiguidade. e. O Juiz mais antigo somente pode ser recusado para promoção por voto fundamentado de dois terços (2/3) de seus membros. Comentário Art. 5º, caput. O cargo de Desembargador será pro- vido mediante acesso de Juízes de Direito de últi- ma entrância, pelos critérios de merecimento e de antiguidade, alternadamente, ressalvado o 1/5 (um quinto) dos lugares reservados a advogados e membros do Ministério Público, na forma previs- ta nas Constituições Federal e Estadual e nor- mas vigentes. 2. Sobre provimento e promoção de vagas no âmbito do Tribunal de Justiça, analise as afirmativas e assina- le a alternativa correta. a. 1/5 das vagas de Desembargadores será destina- da aos membros do Ministério Público, e 1/5 desti- nada a Advogados. b. Se houver empate na promoção por antiguidade relativa à última entrância, terá preferência o juiz mais idoso. c. No caso de vaga destinada ao Ministério Público, esse deverá elaborar lista sêxtupla, a qual será re- duzida em lista tríplice, em escrutínio secreto por maioria absoluta de votos. d. O prazo para a posse é de 30 dias, contados da data da publicação do ato de nomeação no Diário da Justiça, podendo ser prorrogado, por igual pe- ríodo, pelo Tribunal Pleno. e. Se a nomeação para o cargo de Desembargador ocorrer durante as férias, o prazo de 30 dias para posse começará a ser contado do seu retorno ao serviço. Comentário a. 1/5 das vagas destinadas para MP e Advogados. b. Art. 6º, § 2º. Se houver empate na antiguidade re- lativa à última entrância, terá preferência o juiz mais antigo na carreira. c. Art. 7, caput. O escrutínio será aberto, e não se- creto. d. Art. 8, caput. O prazo pode ser prorrogado pelo Presidente do Tribunal. 3. São órgãos que compõem a estrutura do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, exceto: a. Seção de Direito Público. b. Seção de Direito Penal. c. Turmas de Direito Público. d. Seção de Direito Civil. e. Tribunal Pleno. Comentário Art. 3º. Não há Seção de Direito Civil. 4. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de Jus- tiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incorreta. a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem- bargadores. b. O Tribunal Pleno é composto de todos os Desem- bargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e Juízes convocados, enquanto perdurar a convocação. c. Para que se iniciem os trabalhos do Tribunal Ple- no, deve estar presente, no mínimo, a maioria re- lativa de seus membros, sendo exigida, no entan- to, para julgamento, a maioria absoluta. d. Para a composição de quorum, poderá ser feita a convocação de Desembargadores, ainda que afastados em virtude de licenças, férias e a servi- ço da JustiçaEleitoral. 10 www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA Gilcimar Rodrigues e. Os Juízes convocados funcionarão nas sessões do Tribunal Pleno apenas nos processos sobre matéria judiciária, na qualidade de relator ou de revisor, quando houver. Comentário: Art. 18, § 1º. O Tribunal Pleno funcionará com a maioria absoluta de seus membros. 5. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incor- reta. a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem- bargadores e demais órgãos de julgamento. b. O Tribunal Pleno reunir-se-á às quartas-feiras, apreciando apenas as questões judiciais, devendo as questões administrativas serem objetos de ses- sões previamente marcadas em horário diverso. c. a Seção Penal, a Primeira Turma de Direito Públi- co, a Segunda Turma de Direito Público e a Pri- meira Turma de Direito Privado terão sessões às segundas-feiras. d. A Seção de Direito Privado e a Terceira Turma de Direito Penal terão sessões às quintas-feiras. e. A Seção de Direito Público, a primeira e a segun- da Turma de Direito Penal e a segunda Turma de Direito Privado terão sessões às terças-feiras. Comentário: Art. 19, caput. O Tribunal Pleno reunir-se-á às quar- tas-feiras, apreciando tanto as questões administra- tivas quanto as judiciais. 6. Compete ao Presidente do Tribunal, exceto: a. presidir as sessões do Tribunal Pleno e do Conse- lho de Magistratura; b. conceder prorrogação de prazo para os Juízes as- sumirem seus cargos em casos de remoção, no- meação ou promoção. c. impor multas disciplinares. d. apreciar os relatórios dos Juízes de Direito. e. convocar as sessões extraordinárias do Tribunal Pleno e do Conselho de Magistratura. Comentário: Art. 40, V. Competência do Corregedor de Justiça. 7. Compete ao Vice-Presidente do Tribunal, exceto: a. tomar aparte no julgamento das causas em cujos autos, antes de empossado no cargo de Vice- -Presidente, houver aposto seu visto como relator ou revisor. b. decidir, por delegação do Presidente, a admissibi- lidade dos recursos dirigidos ao Superior Tribunal de Justiça. c. delegar, quando conveniente, atribuições aos ser- vidores do Tribunal. d. mediante delegação do Presidente, presidir a Co- missão de Concurso de Juiz Substituto. e. levar ao Tribunal Pleno, por delegação do Presi- dente, as impugnações sobre os provimentos e demais atos previstos na legislação processual. Comentário: Art. 36, XXII. Competência do Presidente. 8. Compete ao Presidente do Tribunal, exceto: a. convocar as sessões extraordinárias do Tribunal Pleno e do Conselho de Magistratura. b. organizar anualmente a lista de antiguidade dos magistrados por ordem decrescente na entrância e na carreira, apresentando-a ao Tribunal Pleno para homologação. c. conceder férias e licenças aos Desembargadores e Juízes de Direito. d. autorizar a transferência de Desembargadores entre Seções ou Turmas, ad referendum do Tri- bunal Pleno. e. superintender a distribuição dos feitos de com- petência dos órgãos de julgamento do Tribunal de Justiça. Comentário Art. 37, II. Competência do Vice-Presidente. 9. No tocante às Corregedorias, julgue os itens que se seguem e assinale a alternativa correta. I – A Corregedoria-Geral de Justiça tem funções administrativas, de orientação, fiscalização e disciplinares. II – Os Juízes Corregedores são escolhidos entre os Juízes de Direito de última entrância. III – A designação dos Juízes Corregedores será por tempo indeterminado. IV – Os Juízes Corregedores, uma vez designados, ficam desvinculados do exercício de suas varas. 11www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA Gilcimar Rodrigues a. Todas as sentenças estão corretas. b. Apenas I e II estão corretas. c. Apenas II e III estão corretas. d. Apenas I, II e IV estão corretas. e. Todas as sentenças estão incorretas. Comentário I – Correta. II – Correta. III – Incorreta: Art. 39, § 2º. A designação dos Juízes Corregedores terá tempo determinado. IV – Correta. 10. Compete aos Corregedores de Justiça, exceto: a. a correição permanente dos serviços judiciários de 1ª instância. b. elaborar o Regimento Interno da Corregedoria respectiva e modificá-lo em ambos os casos, com aprovação do Conselho de Magistratura. c. apreciar os relatórios dos Juízes de Direito. d. autorizar a transferência de Desembargadores entre Seções ou Turmas, ad referendum do Tri- bunal Pleno. e. expedir normas referentes aos estágios probató- rios dos Juízes de Direito. Comentário: Art. 36, VII. Competência do Presidente. 11. Tendo em vista as atribuições do Presidente, Vice- -Presidente e Corregedores de Justiça, assinale “1” para competência do Presidente, “2” para competência do Vi- ce-Presidente e “3” para competência dos Corregedores de Justiça, marcando a sequência correta ao final. I – ( ) Autorizar os Juízes, em razão de serviço, a requisitarem passagens em aeronave e outros meios de transporte. II – ( ) Julgar os recursos das decisões dos Juízes referentes a reclamações sobre cobrança de custas e emolumentos. III – ( ) Apreciar os pedidos de aposentadoria e exoneração dos Juízes. IV – ( ) Substituir o Presidente nas suas faltas e im- pedimentos eventuais. V – ( ) Justificar as faltas dos Juízes de Direito. a. 2-1-2-3-1 b. 3-3-1-2-1 c. 1-2-1-3-2 d. 3-2-2-1-1 e. 3-1-2-1-2 Comentário I – art. 40, IX. II – art. 40, XIII. III – art. 36, XXXI. IV – art. 37, I. V – art. 36, XXVII. 12. No tocante à ordem dos processos no Tribunal, as- sinale a alternativa incorreta. a. O Relator deverá negar provimento ao recurso contrário a entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assun- ção de competência. b. Poderá a instrução prosseguir sem a presença de uma das partes, quando essa se portar inconve- nientemente durante os atos instrutórios. c. Todas as audiências serão públicas. d. O relator ordenará a soltura do réu preso, quando verificar que, pendente recurso por ele interposto, já sofreu prisão por tempo igual ao da pena a que foi condenado, sem prejuízo do julgamento. e. Compete ao Relator dirigir ao Presidente do Tribu- nal pedido de instauração de Incidente de Resolu- ção de Demandas Repetitivas. Comentário: Art. 127, Parágrafo único. As audiências serão públi- cas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da justiça determinar o contrário. 13. Cabe ao Relator do processo, exceto: a. resolver as questões incidentes, cuja decisão não competir ao Tribunal por algum dos seus órgãos. b. presidir a todos os atos do processo, exceto os que se realizam em sessão. c. determinar as diligências necessárias à instrução do pedido de Revisão Criminal, quando entender que o defeito na instrução não se deve ao próprio requerente. d. negar provimento ao recurso contrário ao acórdão proferido pelo STF ou STJ no julgamento de recur- sos repetitivos. e. decidir sobre a admissibilidade dos recursos extra- ordinários, bem como levar ao Tribunal Pleno os incidentes que suscitarem. Comentário Art. 37, XXV. Competência do Presidente. 12 www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA Gilcimar Rodrigues 14. No tocante às Comissões Permanentes do Tribu- nal, assinale a alternativa incorreta. a. A Comissão de Concurso para provimento de car- gos de Juiz Substituto será presidida pelo Presi- dente, como membro nato. b. Na falta ou impedimento de Desembargador para compor a Comissão de Concurso, poderá ser con- vocado, para substituição, Juiz de 3ª Entrância. c. As decisões da Comissão de Concurso serão to- madas por maioria de votos, cabendo ao seu Pre- sidente também o voto de desempate. d. À Comissão de Organização Judiciária, Regimen- to, Assuntos Administrativos e Legislativos cabe o controle e o acompanhamento de projetos enca- minhados à Assembleia Legislativa. e. A Comissão de Organização Judiciária, Regimen- to, Assuntos Administrativos e Legislativos reunir- -se-á mensalmente. Comentário Art. 51, § 1º, reuniãoquinzenal. 15. Julgue os itens a seguir e assinale a alternativa incorreta. a. Nos processos de competência originária do Tri- bunal, as audiências serão presididas pelo respec- tivo relator. b. A Comissão de Súmula, Jurisprudência, Bibliote- ca e Revista será constituída de 3 (três) Desem- bargadores. c. Via de regra, todas as audiências serão públicas. d. A Comissão Permanente de Segurança Institucio- nal/CPSI é vinculada diretamente à Corregedoria do Tribunal de Justiça. e. A Comissão Permanente de Segurança Institucio- nal/CPSI será presidida por um Desembargador indicado pela Presidência. Comentário Art. 54, caput. A Comissão Permanente de Segu- rança Institucional/CPSI é vinculada diretamente à Presidência do Tribunal de Justiça. www.grancursosonline.com.br DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL Raquel Bueno 13 Raquel Bueno Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes-RJ, mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e do IESB, da pós-graduação em Direito Civil da UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada. 1. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO) Por necessidade de salvar pessoa de sua família de grave dano iminente, Celso assumiu obriga- ção excessivamente onerosa com determinada socie- dade empresária. Posteriormente, ajuizou ação judicial requerendo a anulação do negócio jurídico por vício de consentimento. Considerando essa situação hipotéti- ca, julgue os itens seguintes. A anulação do referido negócio jurídico depende da demonstração de que a sociedade empresária tinha conhecimento da situação de grave risco vi- venciada pelo familiar de Celso. 2. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – DIREITO) No que concerne à Lei de Introdução às Nor- mas do Direito Brasileiro, à pessoa natural, aos direi- tos da personalidade e à desconsideração de pessoa jurídica, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Renata, casada com Carlos, ajuizou ação de divórcio litigioso com partilha de bens. Na instrução do proces- so, ela demonstrou que bens pessoais de seu cônjuge haviam sido indevidamente ocultados no patrimônio de pessoa jurídica da qual Carlos era sócio-administrador. Assertiva: Nesse caso, o ordenamento jurídico brasi- leiro permite que seja utilizado o instituto da desconsi- deração inversa da personalidade jurídica para atingir os bens ocultados. 3. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) É nulo negócio ju- rídico celebrado a. sem revestir a forma prescrita em lei. b. com vício resultante de dolo, quando este for a sua causa. c. com erro substancial. d. por agente relativamente incapaz. e. mediante fraude contra credores. NEGÓCIO JURÍDICO NULO – NULIDADE ABSOLUTA NEGÓCIO JURÍDICO ANULÁVEL – ANULABILIDADE CC/2002, Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma prescrita em lei; V – for preterida alguma solenidade que a lei consi- dere essencial para a sua validade; VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. CC/2002, Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I – por incapacidade relativa do agente; II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. (...) Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I – no caso de coação, do dia em que ela cessar; II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negó- cio jurídico; III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. 14 www.grancursosonline.com.br DIREITO CIVIL Raquel Bueno 4. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca do instituto da prescrição, julgue os itens a seguir. I – A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. II – Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. III – É de dez anos o prazo prescricional a ser con- siderado no caso de reparação civil com base em inadimplemento contratual. Assinale a opção correta. a. Apenas o item I está certo. b. Apenas o item II está certo. c. Apenas os itens I e III estão certos. d. Apenas os itens II e III estão certos. e. Todos os itens estão certos. 5. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com o STF, é assegurado às pessoas transexuais o direito à alteração de prenome e gênero em seus registros civis, a. desde que o juiz competente constitua a identida- de de gênero do(a) requerente. b. caso tenha sido realizada a respectiva cirurgia de transgenitalização, mesmo que o juiz não tenha constituído a identidade de gênero do(a) requerente. c. desde que a identidade com o gênero autoperce- bido pelo(a) requerente seja atestada por certifica- ção médica ou psicológica. d. desde que fique anotado nos documentos do(a) requerente que ocorreram as alterações requeri- das, para garantia da segurança jurídica. e. ainda que o(a) requerente não faça prova da sua identidade de gênero, que é autopercebida. ADI 4815 Ação direta julgada procedente para dar interpre- tação conforme a Constituição aos arts. 20 e 21 do Código Civil, sem redução de texto, para, em con- sonância com os direitos fundamentais à liberdade de pensamento e de sua expressão, de criação artística, produção científica, declarar inexigível autorização de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo também desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes (ou de seus familia- res, em caso de pessoas falecidas ou ausentes). ADI 4275 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL E REGISTRAL. PESSOA TRANSGÊNERO. ALTERAÇÃO DO PRENOME E DO SEXO NO REGISTRO CIVIL. POSSIBILIDADE. DIREITO AO NOME, AO RECO- NHECIMENTO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, À LIBERDADE PESSOAL, À HONRA E À DIG- NIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO OU DA REALIZAÇÃO DE TRATAMENTOS HORMONAIS OU PATOLO- GIZANTES. 1. O direito à igualdade sem discriminações abrange a identidade ou expressão de gênero. 2. A identidade de gênero é manifestação da pró- pria personalidade da pessoa humana e, como tal, cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, nunca de constituí-la. 3. A pessoa transgênero que comprove sua iden- tidade de gênero dissonante daquela que lhe foi designada ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita desta sua vontade dispõe do direito fundamental subjetivo à alteração do pre- nome e da classificação de gênero no registro civil pela via administrativa ou judicial, independente- mente de procedimento cirúrgico e laudos de tercei- ros, por se tratar de tema relativo ao direito funda- mental ao livre desenvolvimento da personalidade. 4. Ação direta julgada procedente. 6. (CESPE/2019/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO – ÁREA DE CORREIÇÃO) À luz dos direitos da personalidade, é correto afirmar que a disposição do próprio corpo é a. permitida, sem exigência médica, mesmo que o ato implique redução permanente da integri- dade física. b. vedada para depois da morte, mesmo que seja para fins científicos. c. permitida com fins altruísticos, vedada a possibili- dade de revogação do ato de disposição. d. permitida para depois da morte, para fins científi- cos, vedada a possibilidadede revogação do ato de disposição. e. vedada caso implique redução permanente da in- tegridade física, salvo por exigência médica. 7. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca da des- consideração da personalidade jurídica, julgue os itens seguintes. 15www.grancursosonline.com.br DIREITO CIVIL Raquel Bueno I – A constatação da insolvência e a inexistên- cia de bens do devedor são suficientes para a desconsideração da personalidade jurídica. II – O abuso da personalidade jurídica, caracteri- zado pelo desvio de finalidade ou pela confu- são patrimonial, enseja a desconsideração da personalidade jurídica. III – Na teoria da desconsideração inversa da per- sonalidade jurídica, pessoa jurídica pode res- ponder por obrigação de sócio que lhe tenha transferido seu patrimônio com o intuito de fraudar credores. Assinale a opção correta. a. Apenas o item I está certo. b. Apenas o item II está certo. c. Apenas os itens I e III estão certos. d. Apenas os itens II e III estão certos. e. Todos os itens estão certos. 8. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – PROVIMENTO) A propósito do abuso do direito, segundo o Código Civil e o entendimento doutrinário sobre o tema, assinale a opção correta. a. O abuso do direito é um ato lícito, porém indenizável. b. Para a caracterização do abuso do direito, basta o critério objetivo finalístico. c. O abuso do direito prescinde da discussão sobre a boa-fé objetiva. d. Para a configuração do abuso do direito, é suficien- te o reconhecimento da culpa em sentido estrito. e. Para a caracterização do abuso do direito, há a necessidade da demonstração da existência de dolo por parte do agente. 9. Acerca da pessoa jurídica, assinale a alternati- va correta. a. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, uma vez que possui os mesmos direitos da personalidade reconhecidos à pessoa natural. b. São pessoas jurídicas de direito privado as fun- dações, os partidos políticos, as sociedades, as organizações religiosas, as empresas individuais de responsabilidade limitada e as associações pú- blicas e privadas. c. Prescreve em três anos o direito de anular a cons- tituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato constitutivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. d. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz de ofício des- considerá-la para que os efeitos de certas e deter- minadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados diretamente pelo abuso. e. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 10. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca da vigência das leis e da vacatio legis, assinale a opção correta. a. Vacatio legis consiste no intervalo de tempo exis- tente entre o momento da aprovação de lei pelo Poder Legislativo e o início de sua vigência. b. O legislador poderá determinar prazo específico de vacatio legis. c. O legislador poderá determinar a vigência imedia- ta de norma jurídica a partir de sua aprovação pelo Congresso Nacional. d. Na ausência de manifestação do legislador, o prazo de vacatio legis será de 90 dias no territó- rio nacional. e. O prazo de vacatio legis da lei brasileira, quando esta for admitida, será de 30 dias nos Estados es- trangeiros. 11. (CESPE/2019/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos, julgue o item subsequente. Na hipótese de defeito oculto de coisa recebida em decorrência de contrato comutativo, caso o alienante não tenha conhecimento do referido ví- cio, ele deverá restituir o valor recebido do contra- to, acrescido de indenização por perdas e danos. 12. (CESPE/2018/EBSERH/ADVOGADO) Conside- rando o que dispõe o Código Civil acerca de negócios jurídicos e contratos, julgue o item a seguir. Nos contratos onerosos, a responsabilidade do alienante pela evicção pode ser excluída por con- venção das partes em cláusula expressa. www.grancursosonline.com.br DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Raquel Bueno 16 Raquel Bueno Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes-RJ, Mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e IESB, da pós graduação em Direito Civil da UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada. 1. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Em determinado caso, após a interposição de recurso especial e apre- sentação das contrarrazões, os autos foram conclusos ao presidente do tribunal recorrido, que negou segui- mento ao recurso sob o fundamento de ele ter sido in- terposto contra acórdão que estava em conformidade com entendimento do STJ exarado no regime de recur- sos repetitivos. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta o único recurso cabí- vel contra essa decisão. a. agravo de instrumento. b. agravo interno. c. agravo em recurso especial. d. recurso extraordinário. e. recurso ordinário. 2. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) No cumprimento definitivo de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa, o executado foi intimado a pagar o débito. Nessa situação hipotética, findo o prazo para pagamento, o executado poderá apresentar impugnação, na qual é lícito alegar a. excesso de execução, sendo desnecessária a indicação do valor que o executado entenda ser o correto. b. prescrição do direito invocado, desde que existen- te à época da fase de conhecimento. c. inexigibilidade da obrigação reconhecida no títu- lo executivo judicial, se esta estiver fundada em lei considerada inconstitucional pelo STF, pro- ferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. d. imperiosidade de atribuição de efeito suspensivo aos atos executórios, independentemente de ga- rantia do juízo. e. incompetência absoluta do juízo da fase de co- nhecimento. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA EXECUÇÃO AUTÔNOMA - OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA Título executivo judicial – 515 do CPC Título executivo extrajudicial – 784 do CPC Requerimento Simples do exeqüente ao juízo Petição Inicial Juízo de Admissibilidade + Honorários Advocatícios de 10% Intimação do executado para: Citação do Executado para: a) cumprimento voluntá- rio em 15 dias (sob pena de multa de 10%, hono- rários advocatícios de 10% e possibilidade de protesto do título – 517 do CPC) b) 15 dias para IMPUG- NAÇÃO (525 do CPC) a) pagamento em 03 dias (redução da verba honorária pela metade = sanção premial) b) Parcelamento 30% + 6x (916 do CPC) c) EMBARGOS À EXE- CUÇÃO (914, 915, 917- 920 do CPC) Execução forçada (penhora, avaliação e depósito) Execução forçada (penhora, avaliação e depósito) Fase Expropriatória – 825 do CPC Fase Expropriatória – 825 do CPC 3. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Davi ajuizou ação em desfavor do Estado, pleiteando o recebimento de medicamento de alto custo. Ao apreciar o pedido, o magistrado o julgou liminarmente improcedente, com fundamento em contrariedade a acórdão proferido pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos. Consideran- do essa situação hipotética, assinale a opção correta. a. Se Davi não recorrer dessa decisão, a ação transi- tará em julgado, sem intimação do réu. b. Interposta apelação, é garantido o juízo de retratação.17www.grancursosonline.com.br DIREITO PROCESSUAL CIVIL Raquel Bueno c. Davi poderá requerer ao tribunal a concessão de tutela antecipada recursal, desde que posterior- mente à distribuição da apelação. d. Interposta apelação, o prazo para apresentação de contrarrazões terá início após a intimação do réu. e. A distribuição do pedido de tutela provisória re- cursal não torna o seu relator prevento para julga- mento de apelação interposta. RECURSO CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS APELAÇÃO (combate sentenças e deci- sões interlocutórias não agraváveis) • Sentença de Indeferimento da Petição Inicial – 330 e 331 do CPC (admite retratação do juízo a quo em 05 dias). • Sentença de Improcedência Liminar do Pedido – 332 (admite retratação do juízo a quo em 05 dias). 15 dias – tem preparo. Interposição no juízo a quo. Juízo de admissibilidade e de mérito feito no juízo ad quem. Regra geral: efeito devolutivo e suspensivo. Admite a modalidade adesiva. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Combate os vícios de omissão, contra- dição, obscuridade e erro material. 05 dias – efeito interruptivo do prazo. Não tem preparo. Só haverá abertura de prazo para contrarrazões diante da possibi- lidade de efeitos infringentes. AGRAVO DE INSTRUMENTO – Artigo 1.015 DO CPC – Hipóteses de Cabimento – TAXATIVIDADE MITIGADA (STJ) 15 dias – tem preparo. Interposição direta no juízo ad quem. Com- bate decisão interlocutória de primeira instância. Não tem efeito suspensivo ope legis. AGRAVO INTERNO 15 dias – não tem preparo – objeto: decisão monocrática do relator ou unipessoal do presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido que nega seguimento ao RESP/RE com base em tese jurídica firmada no julgamento de recursos repetitivos ou em sede de repercussão geral. ROC – RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 15 dias. ROC – STF – decisão denegatória de MS, MI, HD, oriunda de tri- bunais superiores (decisão em única instância). ROC – STJ: A. Decisão denegatória de MS, oriunda de TJs/TRFs (decisão em única instância); B. Causas internacionais. RECURSO ESPECIAL 15 dias – esgotamento das instâncias ordinárias – prequestiona- mento – matéria infraconstitucional STJ (aqui há ainda duplo juízo de admissibilidade) Admite a modalidade adesiva. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 15 dias – esgotamento das instâncias ordinárias – prequestiona- mento + repercussão geral – matéria constitucional – STF (aqui há ainda duplo juízo de admissibilidade). Admite a modalidade adesiva. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL/ RECURSO EXTRAORDINÁRIO 15 dias – não tem preparo. Objeto: decisão unipessoal do Presi- dente ou Vice-Presidente do Tribunal recorrido que nega segui- mento ao RESP/RE. RECURSO INOMINADO Juizado especial – 10 dias – necessita de advogado, tem preparo, efeito somente devolutivo, julgamento pela turma recursal, consti- tuída por juízes togados que atuam na primeira instância dos JECs. 18 www.grancursosonline.com.br DIREITO PROCESSUAL CIVIL Raquel Bueno 4. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Roberto ajuizou ação de indenização em desfavor de Lucas por danos materiais decorrentes de acidente de trânsito no qual os veículos de ambos haviam colidido. O réu, por sua vez, tinha contrato de seguro com determinada empre- sa, com garantia de ser por ela ressarcido em caso de colisão, dano ou avaria no automóvel ou ainda furto ou roubo do veículo. Caso Lucas queira que a empresa integre a lide, isso poderá ser feito sob a modalidade de intervenção de terceiros denominada a. amicus curiae. b. denunciação da lide. c. assistência simples. d. chamamento ao processo. e. assistência litisconsorcial. 5. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO) Júlio, fia- dor de Vicente no contrato de aluguel de um imóvel, em certo dia recebeu citação por estar sendo demandado em processo referente ao bem resguardado pela fian- ça. Ao perceber que Vicente, como devedor principal não compunha o polo passivo da ação, Júlio procurou um advogado para incluir Vicente na demanda. Nesse caso, o procurador de Júlio deverá fazer um pedido de a. denunciação da lide. b. assistência simples. c. assistência litisconsorcial. d. chamamento ao processo. e. amicus curiae. 6. Acerca do tempo dos atos processuais e prazos, assinale a opção correta: a. o ato processual praticado antes do começo do termo inicial é considerado intempestivo. b. Interrompe-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. c. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 48hs (quarenta e oito horas) dias o pra- zo para a prática de ato processual a cargo da parte. d. Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. e. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, de maneira expres- sa ou tácita. Obs.: � CPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo con- forme as disposições deste Código, incum- bindo-lhe: (...) � VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, ade- quando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; � Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. 7. (CESPE/2018/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL – ÁREA PROCESSUAL) Acerca de normas processuais, atos processuais, tutela provisória e atuação do Ministé- rio Público no processo civil, julgue o item subsequente. A concessão de tutela provisória, em qualquer de suas modalidades previstas no Código de Pro- cesso Civil, depende da demonstração da proba- bilidade do direito e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo judicial. TUTELAS PROVISÓRIAS → De urgência A – CAUTELAR/B – ANTECIPADA (Ambas admitem modalidade antecedente ou incidental.) ↓ De evidência (sempre incidental e satisfativa) – artigo 311 do CPC • Responsabilidade Processual Civil Objetiva do Requerente ► POSTURAS DO JULGADOR – Negar a liminar Conceder a TP inaudita altera pars Conceder a TP após audiência de justificação prévia Conceder a TP mediante caução ►Requisitos para a tutela provisória de urgência: probabilidade do direito invocado e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso de TPU-A – exige-se também o requisito negativo, ou seja, ausên- cia de risco de irreversibilidade do provimento jurisdicional antecipado. 19www.grancursosonline.com.br DIREITO PROCESSUAL CIVIL Raquel Bueno 8. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PRO- CURADOR MUNICIPAL) Em ação de natureza civil, o autor requereu que determinado estado da Federação fosse condenado ao fornecimento de medicamento de alto custo. O demandante, de forma incidental, fez pe- dido de tutela provisória antecipada, alegando que o seu direito é certo e que corre risco de morte caso não receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos alegados pela parte autora foram exaustivamente com- provados por documentos idôneos, razão pela qual o juízo concedeu a referida tutela antecipada e determi- nou a intimação do requerido para que cumprisse a de- cisão. Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, concernentes à tutela provisória. Caso o estado da Federação não interponha recurso contra a concessão da tutela antecipada, essa decisão se tornará estável, não podendo ser modificada ou revogada pelo Poder Judiciário. 9. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE – MS/ PROCURADOR MUNICIPAL) Jorge foi devidamente citado em ação movida por Márcio e pretende alegar incompetência territorial, impugnar o valor da causa e apresentar reconvenção. Considerando essa situa- ção hipotética, julgue o item subsequente, a respeito do valor da causa, jurisdição e improcedência liminar do pedido. Tanto a incompetência territorial quanto o valor da causa deverão ser alegados como preliminares da contestação. 10. (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA) A empresa Soluções Indústria de EletrônicosLtda. vei- culou propaganda considerada enganosa relativa a determinado produto: as especificações eram distin- tas das indicadas no material publicitário. Em razão do anúncio, cerca de duzentos mil consumidores compra- ram o produto. Diante desse fato, uma associação de defesa do consumidor constituída havia dois anos ajui- zou ação civil pública com vistas a obter indenização para todos os lesados. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. A associação autora é parte legítima para propor a ação civil pública e não terá que adiantar custas ou honorários periciais; no entanto, a associação será condenada em honorários advocatícios caso seja comprovada a sua má-fé. www.grancursosonline.com.br DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13.146/2015 DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13.146/2015 Gustavo Scatolino 20 Gustavo Scatolino Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo. 1. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS) Considera-se pessoa com deficiência aquela que possui impedimento de na- tureza física, mental, intelectual ou sensorial de médio ou longo prazo que dificulte seu acesso a bens socio- culturais e sua interação social em igualdade de condi- ções com outras pessoas. PCD – IMPEDIMENTO DE LONGO PRAZO; – natureza física, mental, intelectual ou sensorial; – interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participa- ção plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. PMR Dificuldade de movi- mentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibili- dade, da coordenação motora ou da percep- ção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; DUPLA VULNERABILIDADE Criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. 2. (CESPE/2019/DPE-DF/Defensor Público) A pessoa com deficiência tem plena capacidade civil para exercer o direito de guarda, curatela e adoção, em igualdade de oportunidades com pessoas sem deficiência. DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO Art. 6º A deficiên- cia não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I – casar-se e constituir união estável; II – exercer direitos sexuais e reprodutivos; III – exercer o direito de deci- dir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV – conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V – exercer o direito à família e à convivência familiar e comu- nitária; e VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunida- des com as demais pessoas. 3. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS) Tecnologia assistiva consiste em produtos, equipamentos, dispositivos, re- cursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade relacionada à participação da pessoa com deficiência ou com mo- bilidade reduzida na sociedade. Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, con- sideram-se: I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi- pamentos urbanos, edificações, transportes, 21www.grancursosonline.com.br DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 Gustavo Scatolino informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; II – desenho universal: concepção de pro- dutos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto es- pecífico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva; III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recur- sos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funciona- lidade, relacionada à atividade e à participa- ção da pessoa com deficiência ou com mo- bilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou im- peça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de mo- vimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à cir- culação com segurança, entre outros, classi- ficadas em: a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados aber- tos ao público ou de uso coletivo; b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes; d) barreiras nas comunicações e na infor- mação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossi- bilite a expressão ou o recebimento de men- sagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação; e) barreiras atitudinais: atitudes ou compor- tamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiên- cia em igualdade de condições e oportunida- des com as demais pessoas; f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com defici- ência às tecnologias; V – comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comu- nicação tátil, os caracteres ampliados, os dis- positivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; VI – adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e ade- quados que não acarretem ônus despro- porcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liber- dades fundamentais; VII – elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, sanea- mento, encanamento para esgotos, distribui- ção de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abasteci- mento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do plane- jamento urbanístico; VIII – mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; IX – pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, difi- culdade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mo- 22 www.grancursosonline.com.br DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 Gustavo Scatolino bilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; X – residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do SistemaÚnico de Assistência Social (Suas) localiza- das em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, que possam con- tar com apoio psicossocial para o atendimen- to das necessidades da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiên- cia, em situação de dependência, que não dispõem de condições de autossustentabili- dade e com vínculos familiares fragilizados ou rompidos; XI – moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com es- truturas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e ampliem o grau de autono- mia de jovens e adultos com deficiência; XII – atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remune- ração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exer- cício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; XIII – profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higie- ne e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições pú- blicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; XIV – acompanhante: aquele que acompa- nha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. 4. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO - ANALISTA DE SISTEMAS) Barreiras arquitetônicas é a designação dada às barreiras existentes em vias e espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo. 5. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS) São consideradas espe- cialmente vulneráveis as pessoas com deficiência que sejam crianças, adolescentes, mulheres e idosos. 6. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS) Para atuarem no âmbito de graduação e pós-graduação, intérpretes e tradutores da LIBRAS devem possuir nível superior com habilitação, prioritariamente, em tradução e interpretação em LIBRAS. TRADUTORES E INTÉRPRETES I – os tradutores e intér- pretes da Libras atu- antes na educação BÁSICA devem, no mínimo, possuir – ensino médio com- pleto e certificado de proficiência na Libras; II – tradutores e intérpre- tes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-gra- duação devem possuir – nível superior, com habilitação, prioritaria- mente, em Tradução e Interpretação em Libras. 7. (CESPE/2018/MPUTÉCNICO DO MPU – ADMI- NISTRAÇÃO) As políticas públicas, desde sua concep- ção, deverão adotar o desenho universal, que, por sua natureza inclusiva, não comporta adaptações. 8. (CESPE/2019/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO – PROGRAMADOR) Se uma pessoa com deficiência tiver de se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, o consentimento dela será imprescindível para a reali- zação dos procedimentos e, por isso, não poderá ser suprido, ainda que ela esteja em situação de curatela. 9. (CESPE/2019/TJ-AMANALISTA JUDICIÁRIO – ANALISTA DE SISTEMAS) Nos programas habitacio- nais públicos, pessoas com deficiência têm prioridade de aquisição de imóvel para moradia própria, com re- serva de percentual mínimo legal de unidades para elas 23www.grancursosonline.com.br DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 Gustavo Scatolino RESERVAS DE VAGAS MORADIA Reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habi- tacionais para pessoa com deficiência. Hotéis, pousadas e simi- lares Devem ser construídos observando-se os princípios do desenho universal. Já existentes. - Pelo menos 10% - Mínimo 1 unidade. Estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado de uso cole- tivo e em vias públicas – 2% (dois por cento) do total; – Mínimo 1 vaga; – Vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres. Frotas de de táxi – 10% (dez por cento) de seus veículos. Locadoras de veículos – 1 veículo adaptado a cada 20 veículos da frota; – No mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elé- tricos e comandos manuais de freio e de embreagem. Telecentros e as lan houses – No mínimo, 10% (dez por cento) de seus computadores; – Pelo menos 1 (um) equipamento, quando o resultado percen- tual for inferior a 1 (um). SALAS DE CINEMA – As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência. Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espe- táculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o disposto em regulamento. § 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das saídas, em conformidade com as normas de acessibilidade. § 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem situar-se em locais que garan- tam a acomodação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário. São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e segurança nos procedimentos de embarque e de desembarque nos veículos de transporte coletivo, de acordo com as normas técnicas. 24 www.grancursosonline.com.br DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 Gustavo Scatolino Art. 9º ATENDIMENTO PRIORITÁRIO I – Proteção e socorro em quaisquer circunstân- cias; II – atendimento em todas as instituições e servi- ços de atendimento ao público; III – disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pes- soas; IV – disponibilização de pontos de parada, esta- ções e terminais acessíveis de transporte cole- tivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque; V – acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; Acompanhante/ Atendente pessoal SIM VI – recebimento de restituição de imposto de renda; Obs.: PCD não tem isenção! PCD tem priori- dade em receber!!! VII – tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. Acompanhante/ Atendente pessoal NÃO Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condi- cionada aos protocolos de atendimento médico. www.grancursosonline.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Gustavo Scatolino 25 Gustavo Scatolino Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo. Na centralização, a pessoa política desempenha suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos. A criação de órgãos decorre da desconcentração, que é uma distribuição interna de competências, dentro da mesma pessoa jurídica. Na desconcentração, tem-se o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia permanecem subordinados aos órgãos que lhes são superiores. Características dos órgãos Os órgãos, integrantes de uma estrutura interna, não possuem: • personalidade jurídica; • patrimônio próprio; • capacidade processual. Obs.: � Os órgãos não possuem, como regra, capaci- dade processual, ou seja, não podem estar em nenhum dos polos de uma relação processu- al, seja como autor ou réu. Essa será a sua primeira resposta para a prova: órgão não possui capacidade processual. Entretanto, casouma questão afirme que “nenhum órgão tem capacidade processual”, estará errada. A concentração ocorre quando um único órgão (ou poucos) desempenha(m) todas as funções administra- tivas do ente político, sem divisão em outros órgãos menores. Imagine que a União tenha um único órgão desempenhando todas as suas atividades. Na descentralização, por sua vez, a atividade é pres- tada por pessoa diversa. Ocorre a distribuição de com- petências de uma para outra pessoa. Assim, pressu- põem-se duas pessoas: o ente político e a entidade descentralizada. Formas de Descentralização: Denominação Forma Resultado Outorga/ técnica/ serviços/ funcional Lei (art. 37, XIX, da CF). Criação das entidades da Administração indireta (autar- quias, funda- ções públicas, EPs e SEM). Colaboração/ Delegação Ato administra- tivo: autoriza- ção de serviço público; contrato admi- nistrativo: concessão e permissão de serviços públi- cos. Particulares como con- cessionários, permissionários ou autorizatá- rios de serviço público. No entanto, entre a Administração direta e a indireta (descentralizada), não há relação de hierarquia, mas de vinculação. Mas isso não significa que as entida- des da Administração indireta estejam totalmente sem controle. Nesse caso, ocorre controle finalístico. Criação das Entidades da Administração indireta Art. 37, XIX, da CF: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, reservando-se à lei complementar, nesse último caso, definir as áreas de atuação. • Autarquia: pessoa jurídica de direito público – exe- cuta atividade típica de Estado • Fundação: pode ser de Direito público ou de Direito privado – atividades sociais (ensino, saúde, pesquisa, cultura etc.) • EP e SEM: pessoas jurídicas de Direito Privado – atividades: serviço público ou atividade econômica. 26 www.grancursosonline.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO Gustavo Scatolino EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Prestadora de SERVIÇO PÚBLICO EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Explora ATIVIDADE ECONÔMICA Personalidade jurídica de direito privado. Regime misto ou híbrido. Personalidade jurídica de direito privado. Regime misto ou híbrido. Mais próxima do regime de direito público. Mais próxima do regime de direito privado. Empregados públicos – regime CLT. Empregados públicos – regime CLT. Aplica-se teto remuneratório se recebe recursos do Ente Federativo que a criou. Aplica-se teto remuneratório se recebe recursos do Ente Federativo que a criou. Empregados não têm estabilidade. Pode haver demis- são sem justa causa, desde que haja motivação. Empregados não têm estabilidade. Pode haver demis- são sem justa causa, desde que haja motivação. Possui imunidade tributária. Não possui imunidade tributária. Bens privados. Bens vinculados à prestação do ser- viço são impenhoráveis. Bens privados. Podem ser objeto de penhora. Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016. Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016. Não pode falir. Não pode falir. Responsabilidade objetiva por danos causados a ter- ceiros. Responsabilidade subjetiva por danos causados a terceiros. Diferenças entre as Empresas Estatais: Empresa pública Sociedade de economia mista Forma de organização Qualquer forma. S.A. (Sociedade Anônima). Composição do capital Público (podendo ser de mais de um ente federativo ou de pessoa da Administra- ção Indireta). Público e privado. Maioria das ações com direito (maioria do capi- tal social) a voto precisam ser do Poder Público ou de pessoa da Administração indireta. Foro processual EP federal – Justiça Federal, se autoras, rés, assistentes ou opoentes, nos termos do art. 109 da CF. EP estadual, DF ou Municipal – Justiça estadual. Justiça estadual. 27www.grancursosonline.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO Gustavo Scatolino LICITAÇÃO Contratação direta Dispensa Inexigibilidade Dispensada (art. 17) Dispensável Inviabilidade de competiçãoAtuação vinculada Atuação discricionária Casos taxativos Casos exemplificativos Art. 25. É inexigível a licitação quando hou- ver inviabilidade de competição, em especial: I – para aquisição de materiais, equipamen- tos, ou gêneros que só possam ser forneci- dos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclu- sividade ser feita através de atestado forne- cido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilida- de para serviços de publicidade e divulgação; III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Art. 37, § 6º, da CF: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão União, Estados, DF, Municí- pios, concessionários, per- missionários. Obs.: empresa pública e sociedade de economia mista que exploram ativi- dade econômica = respon- sabilidade subjetiva. pelos danos que seus agentes, agindo nessa qualidade, Agentes – qualquer um que exerça função pública, basta que seja nessa qua- lidade. causarem a terceiros Na omissão, a responsabili- dade será subjetiva. Na ação, responsabilidade objetiva. assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Estado responde na forma objetiva. Agente responde em ação regressiva. Depende de demonstração de dolo ou culpa (subjetiva). (RESPONSABILIDADE OBJETIVA – TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO) Cuidado! Omissão: entende-se que é subjetiva. Requisitos: A conduta praticada pelo agente poderá ser LÍCITA ou ILÍCITA. Pode ser dano MORAL e MATERIAL. 28 www.grancursosonline.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO Gustavo Scatolino Excludentes da Responsabilidade Objetiva - caso fortuito ou força maior - culpa exclusiva da vítima. - Vítima tem 5 anos para ingressar com ação a partir do evento. - STF: Fazenda Pública está sujeita a prazo fixado em lei para ingressar com ação de regresso contra o agente. PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS ABUSO DE PODER O abuso de poder pode ser praticado por omissão. EXCESSO DE PODER – o agente vai além de suas atri- buições. DESVIO DE PODER – o agente pratica ato para interesse pessoal ou sem atender ao seu fim legal. PODER HIERÁRQUICO Poder de estabelecer hierarquia entre os órgãos e agentes públicos. Não há hierarquia: • Administração direta – indireta • Entre as pessoas políticas • Entre os três Poderes • Nas funções típicas do PL e PE PODER DISCIPLINAR É o poder que a Administração tem de punir internamente as infrações funcionais dos seus servidores e demais pes- soas sujeitas à relação especial com o Estado. PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO É o poder de expedir atos normativos/decretos para a complementação das leis. �Obs.: Decreto não pode inovar na ordem jurídica; não pode contrariar a lei. PODER DISCRICIONÁRIO É a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público. PODER VINCULADO OU REGRADO Confere à Administração o poder para a prática de atos de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Não há liberdade para os agentes públicos. PODER DE POLÍCIA É o poder do Estado de impor limitações ao exercício do Direito à liberdade e à propriedade. Características: 1. Discricionariedade 2. Autoexecutoriedade
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