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Não é o crítico que importa, nem aquele que aponta como o homem forte tro-
peça, ou onde o realizador das proezas poderia ter feito melhor.
O crédito pertence ao homem que está de fato na arena, cuja face está man-
chada de poeira, suor e sangue; que luta valentemente; que erra, que “quase chega 
lá” repetidamente, porque não há nenhum esforço sem erros e falhas; que realmente 
se esforça para fazer as obras; que conhece o grande entusiasmo, grandes devo-
ções; que se entrega a uma causa nobre; que, no melhor dos casos, conhece, ao 
final, o triunfo da grande conquista e que, no pior dos casos, se falhar, ao menos 
falha ousando com grandeza, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas 
frias e tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota.
Continue sempre ousando com grandeza. 
Continue sempre acreditando em você mesmo, ignorando as críticas de quem não 
tem coragem de entrar na arena de batalha.
Continue sendo imparável.
A vitória virá.
Trecho do discurso “Cidadania em uma República” (ou “O Homem 
na Arena”), proferido na Sorbonne por Theodore Roosevelt, em 
23 de abril de 1910.
Dicas de Restaurantes
Locais próximos para alimentação:
Restaurante Açaí – 20 m
Restaurante Alvorada – 110 m
Praça de Alimentação
Shopping Pátio Belém – 700 m
Programação
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 • Abertura com Gabriel Granjeiro e Rodrigo Calado 
Direito Constitucional • Aragonê Fernandes
Legislação Específica • Gilcimar Rodrigues
 Intervalo
Direito Civil • Raquel Bueno
Direito Processual Civil • Raquel Bueno
Direitos da Pessoa com Deficiência • Gustavo Scatolino
Direito Administrativo • Gustavo Scatolino 
 Almoço
Gramática • Elias Santana
Direito Penal • Érico Palazzo
Direito Processual Penal • Geilza Diniz
 Intervalo
Técnicas de Estudo • Fernando Mesquita
Texto e Redação Discursiva • Tereza Cavalcanti
Adm. Pública e do Poder Judiciário • Renato Lacerda
Ética no Serviço Público • Rebecca Guimarães
Sorteio + Encerramento com Gabriel Granjeiro e Rodrigo Calado
BEM-VINDO ao AULÃO GRAN DICAS para Analista Judiciário 
e Oficial de Justiça, em Belém!
“Realizar a justiça por meio da efetiva prestação jurisdicional, com vistas 
ao fortalecimento do Estado Democrático de Direito.” 
– Missão do TJ-PA
Muito, muito obrigado por ter escolhido o Gran Cursos Online para fazer sua 
revisão de véspera rumo à conquista do cargo de Analista Judiciário – Especialidade 
Direito (Cargo 6) e Oficial de Justiça Avaliador (Cargo 11) do Tribunal de Justiça do 
Estado do Pará, cuja visão é “ser reconhecido pela sociedade como instituição aces-
sível e confiável, voltada à pacificação social”, tendo como valores: acessibilidade, 
credibilidade, probidade, eficiência, ética, participação, transparência, humanização 
no atendimento e responsabilidade socioambiental.
A proposta do nosso aulão é a de revisar os principais e mais importantes tópicos, 
conteúdos, do edital do seu certame e assegurar, com isso, o fazimento de uma exce-
lente prova. É nosso propósito, também, passar valiosas dicas, detalhes, bizus que pode-
rão garantir preciosos pontos e assim fazer a diferença entre a aprovação e a reprovação, 
com a sonhada classificação no concurso organizado pelo Cebraspe (CESPE/UnB).
Escalamos para este evento um time de excelentes professores, a elite do Gran 
Cursos Online, grandes mestres especialistas nas suas áreas de atuação e de docên-
cia. Só feras com a única e exclusiva missão de tentar acertar o que será cobrado na 
prova, como muito já ocorrera em outros eventos realizados pelo GRAN em várias 
capitais e grandes cidades do nosso grandioso País.
Aconselhamos que, humildemente, ouça tudo, registre tudo, não perca nenhuma 
dica, nenhuma sugestão dos nossos professores. Aproveite o momento, curta a ener-
gia do evento, ganhe força, motivação e confiança para ser merecedor(a) de uma das vagas em disputa. Lembre-
-se, por oportuno, de que a aprovação é resultado de preparação adequada, renúncias, disciplina, foco, dedica-
ção, tática de saber fazer a prova, paciência e pensamento positivo.
“Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão.”
Salmos 126:5
GRAN sucesso e conte conosco!
INTRODUÇÃO
Sobre o autor: 
Empreendedor apaixonado 
pelo ensino a distância.
Começou a atuar na área 
de concursos aos 14 anos 
de idade.
Fundador e 
Diretor-Presidente do 
Gran Cursos Online e da 
GG Educacional.
Gabriel Granjeiro
Presidente
“Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.” 
– Provérbio chinês
Algumas das decisões mais importantes da vida são tomadas 
em momentos difíceis, quando não há muitas opções nem tempo para 
reflexão e é impossível prever o desfecho do que estamos prestes a fazer. 
Mas, então, lembramos do Salmista e seguimos andando – com um rio 
de lágrimas nos olhos e sangue nas veias –, carregando feixes de boas 
sementes para, mais tarde, em júbilo, colher fardos e fardos de bons frutos. 
Você não pode ficar pensando para sempre, futuro servidor 
do TJ-PA. Cedo ou tarde, terá de tomar suas decisões. Eu, jovem 
empreendedor que sou, tomo as minhas o tempo todo. Algumas 
delas não são perfeitas e talvez nem sejam as mais apropriadas. 
Entretanto, penso que é melhor eu fazer logo minha escolha, ainda 
que imperfeita, do que continuar buscando, procurando, caçando uma 
decisão perfeita que talvez eu nunca encontre. Em outras palavras, penso que temos mesmo é de agir. E, se você está 
aqui hoje em nosso Gran Dicas, é porque você decidiu tomar uma decisão. Você quer mudar de vida. Você merece.
Conheço muita gente para quem a grama do vizinho parece 
sempre mais verde. São pessoas que imaginam que os outros não 
enfrentam problema nenhum; ao contrário, vivem felizes e contentes. 
Quanta cegueira! Quanta imaginação equivocada! A alegria, caro leitor, 
é uma conquista; não o reflexo de uma vida isenta de problemas. Aliás, 
em bom português, uma vida sem problemas não passa de mito. Se alguém não enfrenta dificuldades de vez 
em quando, é porque não vive. Uma vida feliz é fruto do que foi cultivado em meio às adversidades, ao caos, às 
turbulências… aos problemas.
Uma pessoa feliz é aquela que, tendo aprendido a cultivar em solo rochoso ou arenoso, consegue extrair dali 
belos frutos. Alegria é, acredite, uma planta que cresce em terreno difícil. Dito de outra forma, a vida é um composto 
feito ora de momentos de sofrimento e amargor, ora de momentos de puro deleite. Assim como não há vida só de 
tristezas, também não há vida só de alegrias. Nosso caminho será sempre permeado de pedras e de flores.
Sabendo disso, precisamos nos fortalecer na bonança e nos 
preparar para as situações de tristeza e crise, pois, afinal, é nelas 
que temos de tomar algumas decisões bem importantes. Se não 
estivermos preparados, corremos o risco de entrar em desespero 
e desistir. Pior ainda: podemos simplesmente nos acomodar ao 
sofrimento, permanecendo infelizes mesmo depois da solução dos problemas. É preciso fazer diferente. O melhor 
é enfrentar as dificuldades com determinação, crendo na vitória, desafiando os pessimistas que nos rodeiam e 
esperando a felicidade como recompensa. Sou da opinião de que é preferível sonhar com a felicidade que um 
dia podemos ter a chorar por aquela que perdemos.
O júbilo é uma dádiva que só vem depois do trabalho duro, do acordar cedo, do cultivar a lavoura, do 
preparar-se adequadamente, de enfrentar dias cansativos de batalha, como a nossa revisão de véspera. No 
caminho, o agricultor terá de lidar com ervas daninhas, pragas, variações climáticas, terrenosminados, a inveja 
OS QUE COM LÁGRIMAS SEMEIAM
COM ALEGRIA COLHERÃO
POR GABRIEL GRANJEIRO
ARTIGO 
MOTIVACIONAL
“Aqueles que semeiam com 
lágrimas, com cantos de alegria 
colherão.” (Salmo 126:5)
Uma pessoa feliz é aquela que, 
tendo aprendido a cultivar em solo 
rochoso ou arenoso, consegue 
extrair dali belos frutos.
Sou da opinião de que é preferível 
sonhar com a felicidade que um dia 
podemos ter a chorar por aquela 
que perdemos.
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/sl/126/5+
do concorrente; ou seja, com todo tipo de ameaça e peste. Para piorar, é muito comum que, nessas horas, ele 
esteja só. Nesses momentos, o filho chora, e a mãe não vê. Mas também é nesses momentos que o menino vai 
se transformando em homem.
Andar e semear com lágrimas é possivelmente passar fome 
hoje para ter o que comer amanhã. É levantar-se de madrugada, 
contra a própria vontade e ignorando as queixas do corpo cansado, 
para estudar, trabalhar ou simplesmente preparar a marmita do dia. 
É ter consciência de que a vida é feita de sombra e luz, de vales 
e montanhas, de tempestades e bonança, de lágrimas e sorrisos, 
de medo e paz, de insônia e relaxamento, de derrotas e vitórias, de 
frustrações e realizações, de aprovações e reprovações.
Ninguém consegue chegar ao destino se não fizer a viagem, 
meu amigo, minha amiga. E qualquer viagem impõe alguma dificuldade ou algum esforço. Nem eu nem você 
conquistaremos vitórias significativas enquanto não tivermos aprendido a lidar com essa dura realidade. É por 
isso que sempre repetimos, neste espaço, que nenhum concurseiro passará em um bom concurso público 
enquanto não aprender a dizer não, a recusar alguns convites, a renunciar a alguns prazeres. Sem plantar, o 
agricultor não colhe. Sem escalar, o alpinista não chega ao topo da montanha. Tudo envolve suor e ação. Tudo 
envolve vontade para superar o cansaço e determinação para seguir após os inevitáveis tropeços.
Semear com vontade de chorar ou já banhado em lágrimas 
é fazê-lo com a certeza de que não há missão impossível, mas 
missão dada. E missão dada é missão cumprida. Lágrimas são o 
soro da alma e a linguagem do coração. Claro, não devemos fazer 
tudo chorando. Seria melancólico demais. Tampouco devemos fazer 
tudo sorrindo. Seria monótono. O ideal é o equilíbrio entre lágrimas 
e sorrisos. O equilíbrio mostra à alma como é o mundo de verdade.
Se a semeadura é imprescindível para a colheita, tente selecionar as melhores sementes e escolher o 
melhor lugar para plantá-las, mas não ignore o fato de que tempestades e pragas são inevitáveis. Pense que, 
ao menos, elas são previsíveis. O que você fará com a informação de que elas estão prestes a ocorrer será o 
seu grande diferencial. Fica o alerta, futuro servidor: não importa quanto tempo leve para sua lavoura dar frutos; 
importa que ela os dará. É com faca nos dentes, sangue nos olhos e paz de espírito que se conquista um cargo 
público ou qualquer outro objetivo.
Concurseiro, entenda que haverá momentos, em sua trajetória rumo ao serviço público, em que o valor 
do conhecimento será infinitamente menor que o da perseverança. Perseverar é continuar mesmo cansado 
e com dor em todos os ossos do corpo; é seguir, ainda que chorando. Você pode, sim, chorar, mas continue 
caminhando. Saiba que o choro poderá durar a noite toda, mas a alegria o acalentará pela manhã. A dureza da 
preparação é temporária, mas o cargo é permanente.
Dê o seu melhor amanhã, por mais que você tenha vivenciado momentos de tristeza e dificuldade 
recentemente. 
A colheita – cheia de alegria – virá.
Se você concorda com o teor desta mensagem, registre nos comentários: “Semearei com alegria!”.
“A vida é fruto da decisão de cada momento. 
Talvez seja por isso que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.” 
Padre Fábio de Melo
É ter consciência de que a vida 
é feita de sombra e luz, de vales 
e montanhas, de tempestades e 
bonança, de lágrimas e sorrisos, 
de medo e paz, de insônia e 
relaxamento, de derrotas e vitórias, 
de frustrações e realizações, de 
aprovações e reprovações.
Fica o alerta, futuro servidor: não 
importa quanto tempo leve para 
sua lavoura dar frutos; importa 
que ela os dará. É com a faca nos 
dentes, sangue nos olhos e paz de 
espírito que se conquista um cargo 
público ou qualquer outro objetivo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Aragonê Fernandes
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Aragonê Fernandes
Juiz de Direito do TJDFT; ex-Promotor de Justiça do MPDF; ex-Assessor de Ministros do STJ; ex-Analista 
do STF; aprovado em vários concursos públicos. Professor de Direito Constitucional do Gran Cursos Online.
1 Aplicabilidade das normas constitucionais. 1.1 
Normas de eficácia plena, contida e limitada. 1.2 
Normas programáticas. 2 Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. 2.1 Princípios fundamen-
tais. 2.2 Direitos e garantias fundamentais. 2.3 Organi-
zação político-administrativa do Estado. 2.3.1 Estado 
federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, 
municípios e territórios. 2.4 Poder Executivo. 2.4.1 Atri-
buições e responsabilidades do presidente da Repú-
blica. 2.5 Poder Legislativo. 2.5.1 Estrutura. 2.5.2 Fun-
cionamento e atribuições. 2.5.3 Processo legislativo. 
2.5.4 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 
2.5.5 Comissões parlamentares de inquérito. 2.6 Poder 
Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do 
poder Judiciário. 2.6.2.1 Organização e competências, 
Conselho Nacional de Justiça. 2.7 Funções essenciais 
à justiça.
1. (CGE-CE/2019) A respeito das garantias e dos di-
reitos constitucionalmente previstos, assinale a opção 
correta.
a. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi-
dentes no Brasil há mais de quinze anos ininter-
ruptos e sem condenação penal equiparam-se aos 
brasileiros naturalizados, ainda que não requeiram 
a nacionalidade brasileira.
b. A criação de associações e de cooperativas de-
pende de autorização na forma da lei. 
c. A manifestação de pensamento é livre, porém é 
vedado o anonimato, resguardando-se o sigilo da 
fonte quando se tratar de matéria jornalística.
d. A defesa do consumidor, patrocinada pelo Estado, 
é disposta em lei complementar.
e. O rol dos direitos e das garantias fundamentais se 
esgota nos direitos e deveres individuais, na na-
cionalidade e nos direitos políticos.
2. (SEFAZ-RS/2019) Acerca das ações constitucio-
nais, assinale a opção correta.
a. Mandado de injunção destina-se a regulamentar 
normas constitucionais de eficácia contida e de 
eficácia limitada.
b. Ação popular pode ser ajuizada por pessoa físi-
ca ou jurídica, podendo figurar como réus a admi-
nistração pública e pessoa física ou jurídica que 
tenha causado danos ao meio ambiente e(ou) ao 
patrimônio público, histórico e cultural.
c. Nas ações de habeas corpus, o juiz está adstrito à 
causa de pedir e aos pedidos formulados.
d. Mandado de segurança coletivo pode ser impetra-
do por partido político legalmente constituído e em 
funcionamento há pelo menos um ano.
e. Habeas data pode ser impetrado tanto por pessoa 
física, brasileira ou estrangeira, quanto por pessoa 
jurídica, sendo uma ação isenta de custas.
3. (SEFAZ-RS/2019) Felipe é brasileiro naturalizado 
e foi morar no Japão, onde se casou com Júlia, uma 
mexicana. Quando Júlia estava a serviço de seu país, 
na Alemanha, nasceu Alberto, filho do casal, que não 
foi registrado no consulado brasileiro nem no mexica-
no. Aos vinte anos de idade, Alberto veio para o Brasil, 
onde instaurou residência e, ato contínuo, optou pela 
nacionalidade brasileira.
Nessa situação hipotética, no que diz respeito à nacio-
nalidade, a CF estabelece que Alberto
a. é alemão e brasileiro, tendo obrigatoriamente du-
pla nacionalidade.
b. é brasileiro naturalizado.
c. é brasileiro nato.
d. não pode optar pela nacionalidade brasileira por 
não estar residindo, sem condenação penal, há 
mais de quinze anos ininterruptos no Brasil.
e. é alemão, brasileiro e mexicano, tendo obrigatoria-
mentecidadania múltipla.
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Aragonê Fernandes
4. (TCE-RO/2019) A fim de sanar problemas sociais 
relacionados à violência no campo, o presidente da Re-
pública apresentou proposta de emenda constitucional 
para modificar as regras sobre desapropriação para 
fins de reforma agrária. Após a aprovação da proposta 
na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em 
dois turnos e por um terço dos votos dos respectivos 
membros em ambas as casas, o projeto seguiu para 
sanção do presidente. Depois de analisar a proposta, 
o presidente vetou-a parcialmente por razões de inte-
resse público, enviando-a, em seguida, para a devida 
publicação.
Considerando-se essa situação hipotética e as dispo-
sições da CF, é correto afirmar que tal emenda consti-
tucional é
a. inconstitucional, pois o presidente da República 
não pode apresentar proposta de emenda cons-
titucional.
b. constitucional, pois o devido processo legislativo 
foi observado pelo Congresso Nacional e pelo pre-
sidente da República.
c. inconstitucional, pois os limites formais aplicáveis 
ao processo de reforma constitucional não foram 
observados.
d. constitucional, pois ao referido processo de refor-
ma constitucional são aplicáveis limites circuns-
tanciais, que foram observados.
e. inconstitucional, pois a desapropriação para fins 
de reforma agrária caracteriza-se como cláu-
sula pétrea.
5. (PGM-JOÃO PESSOA/2019) Conforme o entendi-
mento do STF e a legislação pertinente, a função consti-
tucional atribuída ao Conselho Nacional de Justiça inclui
a. o controle interno da atuação administrativa, finan-
ceira e disciplinar do Poder Judiciário.
b. o controle de legalidade de atos normativos pra-
ticados por membros ou órgãos do Poder Judici-
ário, o que não implica a possibilidade de afastar, 
por inconstitucionalidade, a aplicação de lei.
c. o recebimento e conhecimento de reclamações 
contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, 
assim como o zelo pelo cumprimento dos deveres 
funcionais dos magistrados, incluídos os do STF.
d. a revisão dos atos jurisdicionais dos magistrados e 
dos tribunais, exceto os do STF.
e. a revisão, de ofício ou mediante provocação, a 
qualquer tempo, dos processos disciplinares con-
tra serviços auxiliares do Poder Judiciário, serven-
tias e órgãos prestadores de serviços notariais e 
de registro.
6. (TCE-RO/2019) Considerando as disposições da 
CF e o entendimento do STF acerca dos tribunais de 
contas, julgue os itens a seguir.
I – É possível a extinção de tribunal de contas dos 
municípios mediante promulgação de emenda 
à Constituição estadual.
II – É vedado aos tribunais de contas sustar dire-
tamente procedimento licitatório realizado pelo 
Poder Executivo.
III – É possível a criação de tribunal de contas mu-
nicipal, desde que seja observado o princípio 
da simetria.
IV – É vedado aos tribunais de contas requisitar 
documentos relativos a operações que envol-
vam recursos públicos, uma vez que esse tipo 
de documento é protegido pelo sigilo bancário.
Assinale a opção correta.
a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I, III e IV estão certos.
d. Apenas os itens II, III e IV estão certos. 
e. Todos os itens estão certos.
7. (PGM-JOÃO PESSOA/2018) Com base na CF, as-
sinale a opção correta, acerca das funções essenciais 
à justiça.
a. Os membros da Defensoria Pública e do Ministério 
Público gozam de vitaliciedade após dois anos de 
exercício da função, não podendo perder o cargo 
senão por sentença judicial transitada em julgado.
b. A unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional são princípios institucionais do Ministé-
rio Público, da Defensoria Pública e da Advoca-
cia Pública.
c. O advogado-geral da União, chefe da Advocacia 
Geral da União, é selecionado entre integran-
tes da carreira maiores de trinta e cinco anos de 
idade e livremente nomeado pelo presidente da 
República.
d. Às defensorias públicas é assegurada a iniciativa 
de leis que tratem da criação e da extinção de car-
gos, da remuneração de servidores e da fixação 
do subsídio dos defensores públicos.
e. Aos membros do Ministério Público, da Defensoria 
Pública e da Advocacia Pública é vedado o exercí-
cio de atividade político-partidária.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
Gilcimar Rodrigues
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Gilcimar Rodrigues
Servidor público do Ministério Público da União, lotado no Conselho Nacional do Ministério Público; professor 
em vários cursos preparatórios em Brasília na matéria Legislação Aplicada ao MPU, autor do Livro “Legislação 
Aplicada ao MPU Questões Comentadas”, professor com conhecimento das principais bancas examinadoras 
de concurso; orientador de métodos, técnicas e procedimentos de estudos.
1. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de 
Justiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incor-
reta.
a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem-
bargadores.
b. Mediante iniciativa do Tribunal Pleno, poderá ser 
aumentado o número de Desembargadores.
c. As promoções para o cargo de Desembargador 
serão feitas pelos critérios de merecimento e de 
antiguidade, alternadamente.
d. As vagas para Desembargadores reservadas para 
membros do Ministério Público devem respeitar 
também os critérios de merecimento e antiguidade.
e. O Juiz mais antigo somente pode ser recusado 
para promoção por voto fundamentado de dois 
terços (2/3) de seus membros. 
Comentário
Art. 5º, caput. O cargo de Desembargador será pro-
vido mediante acesso de Juízes de Direito de últi-
ma entrância, pelos critérios de merecimento e de 
antiguidade, alternadamente, ressalvado o 1/5 (um 
quinto) dos lugares reservados a advogados e 
membros do Ministério Público, na forma previs-
ta nas Constituições Federal e Estadual e nor-
mas vigentes.
2. Sobre provimento e promoção de vagas no âmbito 
do Tribunal de Justiça, analise as afirmativas e assina-
le a alternativa correta.
a. 1/5 das vagas de Desembargadores será destina-
da aos membros do Ministério Público, e 1/5 desti-
nada a Advogados.
b. Se houver empate na promoção por antiguidade 
relativa à última entrância, terá preferência o juiz 
mais idoso. 
c. No caso de vaga destinada ao Ministério Público, 
esse deverá elaborar lista sêxtupla, a qual será re-
duzida em lista tríplice, em escrutínio secreto por 
maioria absoluta de votos.
d. O prazo para a posse é de 30 dias, contados da 
data da publicação do ato de nomeação no Diário 
da Justiça, podendo ser prorrogado, por igual pe-
ríodo, pelo Tribunal Pleno. 
e. Se a nomeação para o cargo de Desembargador 
ocorrer durante as férias, o prazo de 30 dias para 
posse começará a ser contado do seu retorno 
ao serviço.
Comentário 
a. 1/5 das vagas destinadas para MP e Advogados.
b. Art. 6º, § 2º. Se houver empate na antiguidade re-
lativa à última entrância, terá preferência o juiz mais 
antigo na carreira. 
c. Art. 7, caput. O escrutínio será aberto, e não se-
creto.
d. Art. 8, caput. O prazo pode ser prorrogado pelo 
Presidente do Tribunal.
3. São órgãos que compõem a estrutura do Tribunal 
de Justiça do Estado do Pará, exceto:
a. Seção de Direito Público.
b. Seção de Direito Penal.
c. Turmas de Direito Público.
d. Seção de Direito Civil.
e. Tribunal Pleno.
Comentário 
Art. 3º. Não há Seção de Direito Civil.
4. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de Jus-
tiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incorreta.
a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem-
bargadores.
b. O Tribunal Pleno é composto de todos os Desem-
bargadores do Tribunal de Justiça do Estado do 
Pará e Juízes convocados, enquanto perdurar a 
convocação.
c. Para que se iniciem os trabalhos do Tribunal Ple-
no, deve estar presente, no mínimo, a maioria re-
lativa de seus membros, sendo exigida, no entan-
to, para julgamento, a maioria absoluta.
d. Para a composição de quorum, poderá ser feita 
a convocação de Desembargadores, ainda que 
afastados em virtude de licenças, férias e a servi-
ço da JustiçaEleitoral.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
Gilcimar Rodrigues
e. Os Juízes convocados funcionarão nas sessões 
do Tribunal Pleno apenas nos processos sobre 
matéria judiciária, na qualidade de relator ou de 
revisor, quando houver. 
Comentário: 
Art. 18, § 1º. O Tribunal Pleno funcionará com a 
maioria absoluta de seus membros.
5. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de 
Justiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incor-
reta.
a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem-
bargadores e demais órgãos de julgamento.
b. O Tribunal Pleno reunir-se-á às quartas-feiras, 
apreciando apenas as questões judiciais, devendo 
as questões administrativas serem objetos de ses-
sões previamente marcadas em horário diverso.
c. a Seção Penal, a Primeira Turma de Direito Públi-
co, a Segunda Turma de Direito Público e a Pri-
meira Turma de Direito Privado terão sessões às 
segundas-feiras.
d. A Seção de Direito Privado e a Terceira Turma de 
Direito Penal terão sessões às quintas-feiras.
e. A Seção de Direito Público, a primeira e a segun-
da Turma de Direito Penal e a segunda Turma de 
Direito Privado terão sessões às terças-feiras.
Comentário: 
Art. 19, caput. O Tribunal Pleno reunir-se-á às quar-
tas-feiras, apreciando tanto as questões administra-
tivas quanto as judiciais. 
6. Compete ao Presidente do Tribunal, exceto:
a. presidir as sessões do Tribunal Pleno e do Conse-
lho de Magistratura;
b. conceder prorrogação de prazo para os Juízes as-
sumirem seus cargos em casos de remoção, no-
meação ou promoção.
c. impor multas disciplinares.
d. apreciar os relatórios dos Juízes de Direito.
e. convocar as sessões extraordinárias do Tribunal 
Pleno e do Conselho de Magistratura.
Comentário: 
Art. 40, V. Competência do Corregedor de Justiça.
7. Compete ao Vice-Presidente do Tribunal, exceto:
a. tomar aparte no julgamento das causas em cujos 
autos, antes de empossado no cargo de Vice-
-Presidente, houver aposto seu visto como relator 
ou revisor.
b. decidir, por delegação do Presidente, a admissibi-
lidade dos recursos dirigidos ao Superior Tribunal 
de Justiça.
c. delegar, quando conveniente, atribuições aos ser-
vidores do Tribunal.
d. mediante delegação do Presidente, presidir a Co-
missão de Concurso de Juiz Substituto. 
e. levar ao Tribunal Pleno, por delegação do Presi-
dente, as impugnações sobre os provimentos e 
demais atos previstos na legislação processual.
Comentário:
Art. 36, XXII. Competência do Presidente.
8. Compete ao Presidente do Tribunal, exceto:
a. convocar as sessões extraordinárias do Tribunal 
Pleno e do Conselho de Magistratura.
b. organizar anualmente a lista de antiguidade dos 
magistrados por ordem decrescente na entrância 
e na carreira, apresentando-a ao Tribunal Pleno 
para homologação.
c. conceder férias e licenças aos Desembargadores 
e Juízes de Direito.
d. autorizar a transferência de Desembargadores 
entre Seções ou Turmas, ad referendum do Tri-
bunal Pleno.
e. superintender a distribuição dos feitos de com-
petência dos órgãos de julgamento do Tribunal 
de Justiça.
Comentário 
Art. 37, II. Competência do Vice-Presidente.
9. No tocante às Corregedorias, julgue os itens que 
se seguem e assinale a alternativa correta.
I – A Corregedoria-Geral de Justiça tem funções 
administrativas, de orientação, fiscalização e 
disciplinares.
II – Os Juízes Corregedores são escolhidos entre 
os Juízes de Direito de última entrância.
III – A designação dos Juízes Corregedores será 
por tempo indeterminado.
IV – Os Juízes Corregedores, uma vez designados, 
ficam desvinculados do exercício de suas varas. 
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
Gilcimar Rodrigues
a. Todas as sentenças estão corretas.
b. Apenas I e II estão corretas.
c. Apenas II e III estão corretas.
d. Apenas I, II e IV estão corretas.
e. Todas as sentenças estão incorretas.
Comentário
I – Correta.
II – Correta.
III – Incorreta: Art. 39, § 2º. A designação dos Juízes 
Corregedores terá tempo determinado.
IV – Correta.
10. Compete aos Corregedores de Justiça, exceto:
a. a correição permanente dos serviços judiciários de 
1ª instância.
b. elaborar o Regimento Interno da Corregedoria 
respectiva e modificá-lo em ambos os casos, com 
aprovação do Conselho de Magistratura.
c. apreciar os relatórios dos Juízes de Direito.
d. autorizar a transferência de Desembargadores 
entre Seções ou Turmas, ad referendum do Tri-
bunal Pleno.
e. expedir normas referentes aos estágios probató-
rios dos Juízes de Direito.
Comentário: 
Art. 36, VII. Competência do Presidente.
11. Tendo em vista as atribuições do Presidente, Vice-
-Presidente e Corregedores de Justiça, assinale “1” para 
competência do Presidente, “2” para competência do Vi-
ce-Presidente e “3” para competência dos Corregedores 
de Justiça, marcando a sequência correta ao final.
I – ( ) Autorizar os Juízes, em razão de serviço, a 
requisitarem passagens em aeronave e outros 
meios de transporte.
II – ( ) Julgar os recursos das decisões dos Juízes 
referentes a reclamações sobre cobrança de 
custas e emolumentos.
III – ( ) Apreciar os pedidos de aposentadoria e 
exoneração dos Juízes.
IV – ( ) Substituir o Presidente nas suas faltas e im-
pedimentos eventuais.
V – ( ) Justificar as faltas dos Juízes de Direito. 
a. 2-1-2-3-1
b. 3-3-1-2-1
c. 1-2-1-3-2
d. 3-2-2-1-1
e. 3-1-2-1-2
Comentário
I – art. 40, IX.
II – art. 40, XIII.
III – art. 36, XXXI.
IV – art. 37, I.
V – art. 36, XXVII.
12. No tocante à ordem dos processos no Tribunal, as-
sinale a alternativa incorreta.
a. O Relator deverá negar provimento ao recurso 
contrário a entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência.
b. Poderá a instrução prosseguir sem a presença de 
uma das partes, quando essa se portar inconve-
nientemente durante os atos instrutórios.
c. Todas as audiências serão públicas.
d. O relator ordenará a soltura do réu preso, quando 
verificar que, pendente recurso por ele interposto, 
já sofreu prisão por tempo igual ao da pena a que 
foi condenado, sem prejuízo do julgamento.
e. Compete ao Relator dirigir ao Presidente do Tribu-
nal pedido de instauração de Incidente de Resolu-
ção de Demandas Repetitivas.
Comentário: 
Art. 127, Parágrafo único. As audiências serão públi-
cas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o 
interesse da justiça determinar o contrário. 
13. Cabe ao Relator do processo, exceto:
a. resolver as questões incidentes, cuja decisão não 
competir ao Tribunal por algum dos seus órgãos.
b. presidir a todos os atos do processo, exceto os 
que se realizam em sessão.
c. determinar as diligências necessárias à instrução 
do pedido de Revisão Criminal, quando entender 
que o defeito na instrução não se deve ao próprio 
requerente.
d. negar provimento ao recurso contrário ao acórdão 
proferido pelo STF ou STJ no julgamento de recur-
sos repetitivos.
e. decidir sobre a admissibilidade dos recursos extra-
ordinários, bem como levar ao Tribunal Pleno os 
incidentes que suscitarem. 
Comentário
Art. 37, XXV. Competência do Presidente.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
Gilcimar Rodrigues
14. No tocante às Comissões Permanentes do Tribu-
nal, assinale a alternativa incorreta.
a. A Comissão de Concurso para provimento de car-
gos de Juiz Substituto será presidida pelo Presi-
dente, como membro nato.
b. Na falta ou impedimento de Desembargador para 
compor a Comissão de Concurso, poderá ser con-
vocado, para substituição, Juiz de 3ª Entrância. 
c. As decisões da Comissão de Concurso serão to-
madas por maioria de votos, cabendo ao seu Pre-
sidente também o voto de desempate.
d. À Comissão de Organização Judiciária, Regimen-
to, Assuntos Administrativos e Legislativos cabe o 
controle e o acompanhamento de projetos enca-
minhados à Assembleia Legislativa.
e. A Comissão de Organização Judiciária, Regimen-
to, Assuntos Administrativos e Legislativos reunir-
-se-á mensalmente.
Comentário
Art. 51, § 1º, reuniãoquinzenal.
15. Julgue os itens a seguir e assinale a alternativa 
incorreta.
a. Nos processos de competência originária do Tri-
bunal, as audiências serão presididas pelo respec-
tivo relator.
b. A Comissão de Súmula, Jurisprudência, Bibliote-
ca e Revista será constituída de 3 (três) Desem-
bargadores.
c. Via de regra, todas as audiências serão públicas.
d. A Comissão Permanente de Segurança Institucio-
nal/CPSI é vinculada diretamente à Corregedoria 
do Tribunal de Justiça.
e. A Comissão Permanente de Segurança Institucio-
nal/CPSI será presidida por um Desembargador 
indicado pela Presidência.
Comentário 
Art. 54, caput. A Comissão Permanente de Segu-
rança Institucional/CPSI é vinculada diretamente à 
Presidência do Tribunal de Justiça.
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DIREITO CIVIL 
Raquel Bueno
13
Raquel Bueno
Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, especialista em Direito Civil e Processo Civil pela 
Universidade Cândido Mendes-RJ, mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de 
Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e do IESB, da pós-graduação em Direito Civil da 
UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada.
1. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – 
DIREITO) Por necessidade de salvar pessoa de sua 
família de grave dano iminente, Celso assumiu obriga-
ção excessivamente onerosa com determinada socie-
dade empresária. Posteriormente, ajuizou ação judicial 
requerendo a anulação do negócio jurídico por vício de 
consentimento. Considerando essa situação hipotéti-
ca, julgue os itens seguintes. 
A anulação do referido negócio jurídico depende 
da demonstração de que a sociedade empresária 
tinha conhecimento da situação de grave risco vi-
venciada pelo familiar de Celso.
2. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – 
DIREITO) No que concerne à Lei de Introdução às Nor-
mas do Direito Brasileiro, à pessoa natural, aos direi-
tos da personalidade e à desconsideração de pessoa 
jurídica, julgue o item a seguir. Situação hipotética: 
Renata, casada com Carlos, ajuizou ação de divórcio 
litigioso com partilha de bens. Na instrução do proces-
so, ela demonstrou que bens pessoais de seu cônjuge 
haviam sido indevidamente ocultados no patrimônio de 
pessoa jurídica da qual Carlos era sócio-administrador. 
Assertiva: Nesse caso, o ordenamento jurídico brasi-
leiro permite que seja utilizado o instituto da desconsi-
deração inversa da personalidade jurídica para atingir 
os bens ocultados.
3. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) É nulo negócio ju-
rídico celebrado
a. sem revestir a forma prescrita em lei.
b. com vício resultante de dolo, quando este for a 
sua causa.
c. com erro substancial.
d. por agente relativamente incapaz.
e. mediante fraude contra credores.
NEGÓCIO JURÍDICO NULO – NULIDADE ABSOLUTA NEGÓCIO JURÍDICO ANULÁVEL – ANULABILIDADE
CC/2002, Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu 
objeto;
III – o motivo determinante, comum a ambas as 
partes, for ilícito;
IV – não revestir a forma prescrita em lei;
V – for preterida alguma solenidade que a lei consi-
dere essencial para a sua validade;
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe 
a prática, sem cominar sanção.
CC/2002, Art. 171. Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I – por incapacidade relativa do agente;
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado 
de perigo, lesão ou fraude contra credores. (...)
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para 
pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I – no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado 
de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negó-
cio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a 
incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato 
é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a 
anulação, será este de dois anos, a contar da data da 
conclusão do ato.
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4. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca do instituto 
da prescrição, julgue os itens a seguir.
I – A prescrição pode ser alegada em qualquer 
grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
II – Os prazos de prescrição podem ser alterados 
por acordo das partes.
III – É de dez anos o prazo prescricional a ser con-
siderado no caso de reparação civil com base 
em inadimplemento contratual.
Assinale a opção correta.
a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.
5. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA 
SUBSTITUTO) De acordo com o STF, é assegurado às 
pessoas transexuais o direito à alteração de prenome e 
gênero em seus registros civis,
a. desde que o juiz competente constitua a identida-
de de gênero do(a) requerente.
b. caso tenha sido realizada a respectiva cirurgia de 
transgenitalização, mesmo que o juiz não tenha 
constituído a identidade de gênero do(a) requerente.
c. desde que a identidade com o gênero autoperce-
bido pelo(a) requerente seja atestada por certifica-
ção médica ou psicológica.
d. desde que fique anotado nos documentos do(a) 
requerente que ocorreram as alterações requeri-
das, para garantia da segurança jurídica.
e. ainda que o(a) requerente não faça prova da sua 
identidade de gênero, que é autopercebida.
ADI 4815
Ação direta julgada procedente para dar interpre-
tação conforme a Constituição aos arts. 20 e 21 do 
Código Civil, sem redução de texto, para, em con-
sonância com os direitos fundamentais à liberdade 
de pensamento e de sua expressão, de criação 
artística, produção científica, declarar inexigível 
autorização de pessoa biografada relativamente a 
obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo 
também desnecessária autorização de pessoas 
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familia-
res, em caso de pessoas falecidas ou ausentes).
ADI 4275
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
DIREITO CONSTITUCIONAL E REGISTRAL. 
PESSOA TRANSGÊNERO. ALTERAÇÃO DO 
PRENOME E DO SEXO NO REGISTRO CIVIL. 
POSSIBILIDADE. DIREITO AO NOME, AO RECO-
NHECIMENTO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, 
À LIBERDADE PESSOAL, À HONRA E À DIG-
NIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CIRURGIA DE 
TRANSGENITALIZAÇÃO OU DA REALIZAÇÃO 
DE TRATAMENTOS HORMONAIS OU PATOLO-
GIZANTES.
1. O direito à igualdade sem discriminações 
abrange a identidade ou expressão de gênero. 
2. A identidade de gênero é manifestação da pró-
pria personalidade da pessoa humana e, como tal, 
cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, 
nunca de constituí-la. 
3. A pessoa transgênero que comprove sua iden-
tidade de gênero dissonante daquela que lhe foi 
designada ao nascer por autoidentificação firmada 
em declaração escrita desta sua vontade dispõe do 
direito fundamental subjetivo à alteração do pre-
nome e da classificação de gênero no registro civil 
pela via administrativa ou judicial, independente-
mente de procedimento cirúrgico e laudos de tercei-
ros, por se tratar de tema relativo ao direito funda-
mental ao livre desenvolvimento da personalidade. 
4. Ação direta julgada procedente.
6. (CESPE/2019/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE 
INTERNO – ÁREA DE CORREIÇÃO) À luz dos direitos 
da personalidade, é correto afirmar que a disposição 
do próprio corpo é
a. permitida, sem exigência médica, mesmo que 
o ato implique redução permanente da integri-
dade física.
b. vedada para depois da morte, mesmo que seja 
para fins científicos.
c. permitida com fins altruísticos, vedada a possibili-
dade de revogação do ato de disposição.
d. permitida para depois da morte, para fins científi-
cos, vedada a possibilidadede revogação do ato 
de disposição.
e. vedada caso implique redução permanente da in-
tegridade física, salvo por exigência médica.
7. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca da des-
consideração da personalidade jurídica, julgue os itens 
seguintes.
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DIREITO CIVIL 
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I – A constatação da insolvência e a inexistên-
cia de bens do devedor são suficientes para 
a desconsideração da personalidade jurídica.
II – O abuso da personalidade jurídica, caracteri-
zado pelo desvio de finalidade ou pela confu-
são patrimonial, enseja a desconsideração da 
personalidade jurídica.
III – Na teoria da desconsideração inversa da per-
sonalidade jurídica, pessoa jurídica pode res-
ponder por obrigação de sócio que lhe tenha 
transferido seu patrimônio com o intuito de 
fraudar credores.
Assinale a opção correta.
a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.
8. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS 
DE NOTAS E DE REGISTROS – PROVIMENTO) A 
propósito do abuso do direito, segundo o Código Civil 
e o entendimento doutrinário sobre o tema, assinale a 
opção correta.
a. O abuso do direito é um ato lícito, porém 
indenizável.
b. Para a caracterização do abuso do direito, basta o 
critério objetivo finalístico.
c. O abuso do direito prescinde da discussão sobre a 
boa-fé objetiva.
d. Para a configuração do abuso do direito, é suficien-
te o reconhecimento da culpa em sentido estrito.
e. Para a caracterização do abuso do direito, há a 
necessidade da demonstração da existência de 
dolo por parte do agente.
9. Acerca da pessoa jurídica, assinale a alternati-
va correta.
a. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, uma vez 
que possui os mesmos direitos da personalidade 
reconhecidos à pessoa natural.
b. São pessoas jurídicas de direito privado as fun-
dações, os partidos políticos, as sociedades, as 
organizações religiosas, as empresas individuais 
de responsabilidade limitada e as associações pú-
blicas e privadas.
c. Prescreve em três anos o direito de anular a cons-
tituição das pessoas jurídicas de direito privado, 
por defeito do ato constitutivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro.
d. Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz de ofício des-
considerá-la para que os efeitos de certas e deter-
minadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de 
sócios da pessoa jurídica, desde que beneficiados 
diretamente pelo abuso.
e. As pessoas jurídicas de direito público interno 
são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a 
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, 
culpa ou dolo.
10. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca da vigência 
das leis e da vacatio legis, assinale a opção correta.
a. Vacatio legis consiste no intervalo de tempo exis-
tente entre o momento da aprovação de lei pelo 
Poder Legislativo e o início de sua vigência.
b. O legislador poderá determinar prazo específico 
de vacatio legis.
c. O legislador poderá determinar a vigência imedia-
ta de norma jurídica a partir de sua aprovação pelo 
Congresso Nacional.
d. Na ausência de manifestação do legislador, o 
prazo de vacatio legis será de 90 dias no territó-
rio nacional.
e. O prazo de vacatio legis da lei brasileira, quando 
esta for admitida, será de 30 dias nos Estados es-
trangeiros.
11. (CESPE/2019/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO 
DE PROCURADORIA) Com base nas disposições 
do Código Civil acerca de contratos, julgue o item 
subsequente. 
Na hipótese de defeito oculto de coisa recebida 
em decorrência de contrato comutativo, caso o 
alienante não tenha conhecimento do referido ví-
cio, ele deverá restituir o valor recebido do contra-
to, acrescido de indenização por perdas e danos.
12. (CESPE/2018/EBSERH/ADVOGADO) Conside-
rando o que dispõe o Código Civil acerca de negócios 
jurídicos e contratos, julgue o item a seguir. 
Nos contratos onerosos, a responsabilidade do 
alienante pela evicção pode ser excluída por con-
venção das partes em cláusula expressa.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Raquel Bueno
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Raquel Bueno
Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela 
Universidade Cândido Mendes-RJ, Mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de 
Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e IESB, da pós graduação em Direito Civil da 
UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada.
1. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Em determinado 
caso, após a interposição de recurso especial e apre-
sentação das contrarrazões, os autos foram conclusos 
ao presidente do tribunal recorrido, que negou segui-
mento ao recurso sob o fundamento de ele ter sido in-
terposto contra acórdão que estava em conformidade 
com entendimento do STJ exarado no regime de recur-
sos repetitivos. Considerando essa situação hipotética, 
assinale a opção que apresenta o único recurso cabí-
vel contra essa decisão.
a. agravo de instrumento.
b. agravo interno.
c. agravo em recurso especial.
d. recurso extraordinário.
e. recurso ordinário.
2. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) No cumprimento 
definitivo de sentença que reconhece a exigibilidade 
de obrigação de pagar quantia certa, o executado foi 
intimado a pagar o débito. Nessa situação hipotética, 
findo o prazo para pagamento, o executado poderá 
apresentar impugnação, na qual é lícito alegar
a. excesso de execução, sendo desnecessária a 
indicação do valor que o executado entenda ser 
o correto.
b. prescrição do direito invocado, desde que existen-
te à época da fase de conhecimento.
c. inexigibilidade da obrigação reconhecida no títu-
lo executivo judicial, se esta estiver fundada em 
lei considerada inconstitucional pelo STF, pro-
ferida antes do trânsito em julgado da decisão 
exequenda.
d. imperiosidade de atribuição de efeito suspensivo 
aos atos executórios, independentemente de ga-
rantia do juízo.
e. incompetência absoluta do juízo da fase de co-
nhecimento.
CUMPRIMENTO 
DE SENTENÇA - 
OBRIGAÇÃO DE PAGAR 
QUANTIA
EXECUÇÃO AUTÔNOMA 
- OBRIGAÇÃO DE PAGAR 
QUANTIA
Título executivo judicial 
– 515 do CPC
Título executivo 
extrajudicial – 784 do 
CPC
Requerimento Simples 
do exeqüente ao juízo
Petição Inicial
Juízo de Admissibilidade 
+ Honorários 
Advocatícios de 10%
Intimação do executado 
para:
Citação do Executado 
para:
a) cumprimento voluntá-
rio em 15 dias (sob pena 
de multa de 10%, hono-
rários advocatícios de 
10% e possibilidade de 
protesto do título – 517 
do CPC)
b) 15 dias para IMPUG-
NAÇÃO (525 do CPC)
a) pagamento em 03 
dias (redução da verba 
honorária pela metade = 
sanção premial)
b) Parcelamento 30% + 
6x (916 do CPC)
c) EMBARGOS À EXE-
CUÇÃO (914, 915, 917-
920 do CPC)
Execução forçada 
(penhora, avaliação e 
depósito)
Execução forçada 
(penhora, avaliação e 
depósito)
Fase Expropriatória – 825 
do CPC
Fase Expropriatória – 825 
do CPC
3. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Davi ajuizou ação 
em desfavor do Estado, pleiteando o recebimento de 
medicamento de alto custo. Ao apreciar o pedido, o 
magistrado o julgou liminarmente improcedente, com 
fundamento em contrariedade a acórdão proferido pelo 
STJ em julgamento de recursos repetitivos. Consideran-
do essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a. Se Davi não recorrer dessa decisão, a ação transi-
tará em julgado, sem intimação do réu.
b. Interposta apelação, é garantido o juízo de 
retratação.17www.grancursosonline.com.br
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
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c. Davi poderá requerer ao tribunal a concessão de 
tutela antecipada recursal, desde que posterior-
mente à distribuição da apelação.
d. Interposta apelação, o prazo para apresentação de 
contrarrazões terá início após a intimação do réu.
e. A distribuição do pedido de tutela provisória re-
cursal não torna o seu relator prevento para julga-
mento de apelação interposta.
RECURSO CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS
APELAÇÃO (combate sentenças e deci-
sões interlocutórias não agraváveis)
• Sentença de Indeferimento da Petição 
Inicial – 330 e 331 do CPC (admite 
retratação do juízo a quo em 05 dias).
• Sentença de Improcedência Liminar 
do Pedido – 332 (admite retratação 
do juízo a quo em 05 dias).
15 dias – tem preparo. Interposição no juízo a quo. 
Juízo de admissibilidade e de mérito feito no juízo ad quem.
Regra geral: efeito devolutivo e suspensivo.
Admite a modalidade adesiva.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Combate os vícios de omissão, contra-
dição, obscuridade e erro material.
05 dias – efeito interruptivo do prazo. Não tem preparo.
Só haverá abertura de prazo para contrarrazões diante da possibi-
lidade de efeitos infringentes.
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Artigo 
1.015 DO CPC – Hipóteses de Cabimento 
– TAXATIVIDADE MITIGADA (STJ) 
15 dias – tem preparo. Interposição direta no juízo ad quem. Com-
bate decisão interlocutória de primeira instância. Não tem efeito 
suspensivo ope legis.
AGRAVO INTERNO
15 dias – não tem preparo – objeto: decisão monocrática do 
relator ou unipessoal do presidente ou vice-presidente do tribunal 
recorrido que nega seguimento ao RESP/RE com base em tese 
jurídica firmada no julgamento de recursos repetitivos ou em sede 
de repercussão geral.
ROC – RECURSO ORDINÁRIO 
CONSTITUCIONAL 
15 dias.
ROC – STF – decisão denegatória de MS, MI, HD, oriunda de tri-
bunais superiores (decisão em única instância).
ROC – STJ:
A. Decisão denegatória de MS, oriunda de TJs/TRFs (decisão em 
única instância);
B. Causas internacionais.
RECURSO ESPECIAL 
15 dias – esgotamento das instâncias ordinárias – prequestiona-
mento – matéria infraconstitucional STJ (aqui há ainda duplo juízo 
de admissibilidade)
Admite a modalidade adesiva.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
15 dias – esgotamento das instâncias ordinárias – prequestiona-
mento + repercussão geral – matéria constitucional – STF (aqui 
há ainda duplo juízo de admissibilidade).
Admite a modalidade adesiva.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL/
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
15 dias – não tem preparo. Objeto: decisão unipessoal do Presi-
dente ou Vice-Presidente do Tribunal recorrido que nega segui-
mento ao RESP/RE.
RECURSO INOMINADO
Juizado especial – 10 dias – necessita de advogado, tem preparo, 
efeito somente devolutivo, julgamento pela turma recursal, consti-
tuída por juízes togados que atuam na primeira instância dos JECs.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
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4. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Roberto ajuizou 
ação de indenização em desfavor de Lucas por danos 
materiais decorrentes de acidente de trânsito no qual 
os veículos de ambos haviam colidido. O réu, por sua 
vez, tinha contrato de seguro com determinada empre-
sa, com garantia de ser por ela ressarcido em caso de 
colisão, dano ou avaria no automóvel ou ainda furto ou 
roubo do veículo. Caso Lucas queira que a empresa 
integre a lide, isso poderá ser feito sob a modalidade 
de intervenção de terceiros denominada
a. amicus curiae. 
b. denunciação da lide.
c. assistência simples.
d. chamamento ao processo.
e. assistência litisconsorcial.
5. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS 
DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO) Júlio, fia-
dor de Vicente no contrato de aluguel de um imóvel, em 
certo dia recebeu citação por estar sendo demandado 
em processo referente ao bem resguardado pela fian-
ça. Ao perceber que Vicente, como devedor principal 
não compunha o polo passivo da ação, Júlio procurou 
um advogado para incluir Vicente na demanda. Nesse 
caso, o procurador de Júlio deverá fazer um pedido de
a. denunciação da lide.
b. assistência simples.
c. assistência litisconsorcial.
d. chamamento ao processo.
e. amicus curiae. 
6. Acerca do tempo dos atos processuais e prazos, 
assinale a opção correta:
a. o ato processual praticado antes do começo do 
termo inicial é considerado intempestivo.
b. Interrompe-se o curso do prazo processual nos 
dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 
de janeiro, inclusive.
c. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo 
juiz, será de 48hs (quarenta e oito horas) dias o pra-
zo para a prática de ato processual a cargo da parte.
d. Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem 
anuência das partes.
e. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido 
exclusivamente em seu favor, de maneira expres-
sa ou tácita.
Obs.: � CPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo con-
forme as disposições deste Código, incum-
bindo-lhe: (...)
 � VI – dilatar os prazos processuais e alterar a 
ordem de produção dos meios de prova, ade-
quando-os às necessidades do conflito de modo 
a conferir maior efetividade à tutela do direito;
 � Parágrafo único. A dilação de prazos prevista 
no inciso VI somente pode ser determinada 
antes de encerrado o prazo regular.
7. (CESPE/2018/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL – 
ÁREA PROCESSUAL) Acerca de normas processuais, 
atos processuais, tutela provisória e atuação do Ministé-
rio Público no processo civil, julgue o item subsequente.
A concessão de tutela provisória, em qualquer de 
suas modalidades previstas no Código de Pro-
cesso Civil, depende da demonstração da proba-
bilidade do direito e do perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo judicial.
TUTELAS PROVISÓRIAS → De urgência A – CAUTELAR/B – ANTECIPADA
(Ambas admitem modalidade antecedente ou incidental.) 
↓
De evidência (sempre incidental e satisfativa) – artigo 311 do CPC
• Responsabilidade Processual Civil Objetiva do Requerente
► POSTURAS DO JULGADOR – Negar a liminar
Conceder a TP inaudita altera pars
Conceder a TP após audiência de justificação prévia
Conceder a TP mediante caução
 ►Requisitos para a tutela provisória de urgência: probabilidade do direito invocado e perigo de dano ou 
risco ao resultado útil do processo. No caso de TPU-A – exige-se também o requisito negativo, ou seja, ausên-
cia de risco de irreversibilidade do provimento jurisdicional antecipado.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Raquel Bueno
8. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PRO-
CURADOR MUNICIPAL) Em ação de natureza civil, o 
autor requereu que determinado estado da Federação 
fosse condenado ao fornecimento de medicamento de 
alto custo. O demandante, de forma incidental, fez pe-
dido de tutela provisória antecipada, alegando que o 
seu direito é certo e que corre risco de morte caso não 
receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos 
alegados pela parte autora foram exaustivamente com-
provados por documentos idôneos, razão pela qual o 
juízo concedeu a referida tutela antecipada e determi-
nou a intimação do requerido para que cumprisse a de-
cisão. Considerando essa situação hipotética, julgue o 
item que se segue, concernentes à tutela provisória.
Caso o estado da Federação não interponha 
recurso contra a concessão da tutela antecipada, 
essa decisão se tornará estável, não podendo ser 
modificada ou revogada pelo Poder Judiciário. 
9. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE – MS/
PROCURADOR MUNICIPAL) Jorge foi devidamente 
citado em ação movida por Márcio e pretende alegar 
incompetência territorial, impugnar o valor da causa 
e apresentar reconvenção. Considerando essa situa-
ção hipotética, julgue o item subsequente, a respeito 
do valor da causa, jurisdição e improcedência liminar 
do pedido. 
Tanto a incompetência territorial quanto o valor da 
causa deverão ser alegados como preliminares 
da contestação.
10. (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA) A 
empresa Soluções Indústria de EletrônicosLtda. vei-
culou propaganda considerada enganosa relativa a 
determinado produto: as especificações eram distin-
tas das indicadas no material publicitário. Em razão do 
anúncio, cerca de duzentos mil consumidores compra-
ram o produto. Diante desse fato, uma associação de 
defesa do consumidor constituída havia dois anos ajui-
zou ação civil pública com vistas a obter indenização 
para todos os lesados. Com referência a essa situação 
hipotética, julgue o item seguinte.
A associação autora é parte legítima para propor 
a ação civil pública e não terá que adiantar custas 
ou honorários periciais; no entanto, a associação 
será condenada em honorários advocatícios caso 
seja comprovada a sua má-fé.
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13.146/2015
DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13.146/2015
Gustavo Scatolino
20
Gustavo Scatolino
Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e 
Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, 
Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo.
1. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE 
DE LINGUAGEM DE SINAIS) Considera-se pessoa 
com deficiência aquela que possui impedimento de na-
tureza física, mental, intelectual ou sensorial de médio 
ou longo prazo que dificulte seu acesso a bens socio-
culturais e sua interação social em igualdade de condi-
ções com outras pessoas.
PCD
– IMPEDIMENTO DE 
LONGO PRAZO;
– natureza física, 
mental, intelectual ou 
sensorial;
– interação com uma 
ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participa-
ção plena e efetiva na 
sociedade em igualdade 
de condições com as 
demais pessoas.
PMR
Dificuldade de movi-
mentação, permanente 
ou temporária, gerando 
redução efetiva da 
mobilidade, da flexibili-
dade, da coordenação 
motora ou da percep-
ção, incluindo idoso, 
gestante, lactante, 
pessoa com criança 
de colo e obeso;
DUPLA 
VULNERABILIDADE
Criança, o adolescente, 
a mulher e o idoso, com 
deficiência.
2. (CESPE/2019/DPE-DF/Defensor Público) A pessoa 
com deficiência tem plena capacidade civil para exercer 
o direito de guarda, curatela e adoção, em igualdade de 
oportunidades com pessoas sem deficiência.
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
Art. 6º A deficiên-
cia não afeta a 
plena capacidade 
civil da pessoa, 
inclusive para:
I – casar-se e constituir união 
estável;
II – exercer direitos sexuais e 
reprodutivos;
III – exercer o direito de deci-
dir sobre o número de filhos e 
de ter acesso a informações 
adequadas sobre reprodução 
e planejamento familiar;
IV – conservar sua fertilidade, 
sendo vedada a esterilização 
compulsória;
V – exercer o direito à família e 
à convivência familiar e comu-
nitária; e
VI – exercer o direito à guarda, 
à tutela, à curatela e à adoção, 
como adotante ou adotando, 
em igualdade de oportunida-
des com as demais pessoas.
3. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE 
DE LINGUAGEM DE SINAIS) Tecnologia assistiva 
consiste em produtos, equipamentos, dispositivos, re-
cursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços 
que objetivam promover a funcionalidade relacionada 
à participação da pessoa com deficiência ou com mo-
bilidade reduzida na sociedade.
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, con-
sideram-se:
I – acessibilidade: possibilidade e condição 
de alcance para utilização, com segurança 
e autonomia, de espaços, mobiliários, equi-
pamentos urbanos, edificações, transportes, 
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 
Gustavo Scatolino
informação e comunicação, inclusive seus 
sistemas e tecnologias, bem como de outros 
serviços e instalações abertos ao público, de 
uso público ou privados de uso coletivo, tanto 
na zona urbana como na rural, por pessoa 
com deficiência ou com mobilidade reduzida;
II – desenho universal: concepção de pro-
dutos, ambientes, programas e serviços a 
serem usados por todas as pessoas, sem 
necessidade de adaptação ou de projeto es-
pecífico, incluindo os recursos de tecnologia 
assistiva;
III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: 
produtos, equipamentos, dispositivos, recur-
sos, metodologias, estratégias, práticas e 
serviços que objetivem promover a funciona-
lidade, relacionada à atividade e à participa-
ção da pessoa com deficiência ou com mo-
bilidade reduzida, visando à sua autonomia, 
independência, qualidade de vida e inclusão 
social;
IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, 
atitude ou comportamento que limite ou im-
peça a participação social da pessoa, bem 
como o gozo, a fruição e o exercício de seus 
direitos à acessibilidade, à liberdade de mo-
vimento e de expressão, à comunicação, ao 
acesso à informação, à compreensão, à cir-
culação com segurança, entre outros, classi-
ficadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas 
vias e nos espaços públicos e privados aber-
tos ao público ou de uso coletivo;
b) barreiras arquitetônicas: as existentes 
nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes 
nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na infor-
mação: qualquer entrave, obstáculo, atitude 
ou comportamento que dificulte ou impossi-
bilite a expressão ou o recebimento de men-
sagens e de informações por intermédio de 
sistemas de comunicação e de tecnologia da 
informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou compor-
tamentos que impeçam ou prejudiquem a 
participação social da pessoa com deficiên-
cia em igualdade de condições e oportunida-
des com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam 
ou impedem o acesso da pessoa com defici-
ência às tecnologias;
V – comunicação: forma de interação dos 
cidadãos que abrange, entre outras opções, 
as línguas, inclusive a Língua Brasileira de 
Sinais (Libras), a visualização de textos, o 
Braille, o sistema de sinalização ou de comu-
nicação tátil, os caracteres ampliados, os dis-
positivos multimídia, assim como a linguagem 
simples, escrita e oral, os sistemas auditivos 
e os meios de voz digitalizados e os modos, 
meios e formatos aumentativos e alternativos 
de comunicação, incluindo as tecnologias da 
informação e das comunicações;
VI – adaptações razoáveis: adaptações, 
modificações e ajustes necessários e ade-
quados que não acarretem ônus despro-
porcional e indevido, quando requeridos em 
cada caso, a fim de assegurar que a pessoa 
com deficiência possa gozar ou exercer, em 
igualdade de condições e oportunidades com 
as demais pessoas, todos os direitos e liber-
dades fundamentais;
VII – elemento de urbanização: quaisquer 
componentes de obras de urbanização, tais 
como os referentes a pavimentação, sanea-
mento, encanamento para esgotos, distribui-
ção de energia elétrica e de gás, iluminação 
pública, serviços de comunicação, abasteci-
mento e distribuição de água, paisagismo e 
os que materializam as indicações do plane-
jamento urbanístico;
VIII – mobiliário urbano: conjunto de objetos 
existentes nas vias e nos espaços públicos, 
superpostos ou adicionados aos elementos 
de urbanização ou de edificação, de forma 
que sua modificação ou seu traslado não 
provoque alterações substanciais nesses 
elementos, tais como semáforos, postes de 
sinalização e similares, terminais e pontos de 
acesso coletivo às telecomunicações, fontes 
de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, 
quiosques e quaisquer outros de natureza 
análoga;
IX – pessoa com mobilidade reduzida: 
aquela que tenha, por qualquer motivo, difi-
culdade de movimentação, permanente ou 
temporária, gerando redução efetiva da mo-
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
Gustavo Scatolino
bilidade, da flexibilidade, da coordenação 
motora ou da percepção, incluindo idoso, 
gestante, lactante, pessoa com criança de 
colo e obeso;
X – residências inclusivas: unidades de 
oferta do Serviço de Acolhimento do SistemaÚnico de Assistência Social (Suas) localiza-
das em áreas residenciais da comunidade, 
com estruturas adequadas, que possam con-
tar com apoio psicossocial para o atendimen-
to das necessidades da pessoa acolhida, 
destinadas a jovens e adultos com deficiên-
cia, em situação de dependência, que não 
dispõem de condições de autossustentabili-
dade e com vínculos familiares fragilizados 
ou rompidos;
XI – moradia para a vida independente da 
pessoa com deficiência: moradia com es-
truturas adequadas capazes de proporcionar 
serviços de apoio coletivos e individualizados 
que respeitem e ampliem o grau de autono-
mia de jovens e adultos com deficiência;
XII – atendente pessoal: pessoa, membro 
ou não da família, que, com ou sem remune-
ração, assiste ou presta cuidados básicos e 
essenciais à pessoa com deficiência no exer-
cício de suas atividades diárias, excluídas as 
técnicas ou os procedimentos identificados 
com profissões legalmente estabelecidas;
XIII – profissional de apoio escolar: pessoa 
que exerce atividades de alimentação, higie-
ne e locomoção do estudante com deficiência 
e atua em todas as atividades escolares nas 
quais se fizer necessária, em todos os níveis 
e modalidades de ensino, em instituições pú-
blicas e privadas, excluídas as técnicas ou os 
procedimentos identificados com profissões 
legalmente estabelecidas;
XIV – acompanhante: aquele que acompa-
nha a pessoa com deficiência, podendo ou 
não desempenhar as funções de atendente 
pessoal.
4. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ANALISTA DE SISTEMAS) Barreiras arquitetônicas é 
a designação dada às barreiras existentes em vias e 
espaços públicos e privados abertos ao público ou de 
uso coletivo.
5. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE 
DE LINGUAGEM DE SINAIS) São consideradas espe-
cialmente vulneráveis as pessoas com deficiência que 
sejam crianças, adolescentes, mulheres e idosos.
6. (CESPE/2018/FUB/TRADUTOR E INTÉRPRETE 
DE LINGUAGEM DE SINAIS) Para atuarem no âmbito 
de graduação e pós-graduação, intérpretes e tradutores 
da LIBRAS devem possuir nível superior com habilitação, 
prioritariamente, em tradução e interpretação em LIBRAS.
TRADUTORES E INTÉRPRETES
I – os tradutores e intér-
pretes da Libras atu-
antes na educação 
BÁSICA devem, no 
mínimo, possuir
– ensino médio com-
pleto e certificado de 
proficiência na Libras;
II – tradutores e intérpre-
tes da Libras, quando 
direcionados à tarefa de 
interpretar nas salas 
de aula dos cursos de 
graduação e pós-gra-
duação devem possuir
– nível superior, com 
habilitação, prioritaria-
mente, em Tradução e 
Interpretação em Libras.
7. (CESPE/2018/MPUTÉCNICO DO MPU – ADMI-
NISTRAÇÃO) As políticas públicas, desde sua concep-
ção, deverão adotar o desenho universal, que, por sua 
natureza inclusiva, não comporta adaptações.
8. (CESPE/2019/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO 
– PROGRAMADOR) Se uma pessoa com deficiência 
tiver de se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, 
o consentimento dela será imprescindível para a reali-
zação dos procedimentos e, por isso, não poderá ser 
suprido, ainda que ela esteja em situação de curatela.
9. (CESPE/2019/TJ-AMANALISTA JUDICIÁRIO – 
ANALISTA DE SISTEMAS) Nos programas habitacio-
nais públicos, pessoas com deficiência têm prioridade 
de aquisição de imóvel para moradia própria, com re-
serva de percentual mínimo legal de unidades para elas
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015 
Gustavo Scatolino
RESERVAS DE VAGAS
MORADIA
Reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habi-
tacionais para pessoa com deficiência.
Hotéis, pousadas e simi-
lares
Devem ser construídos observando-se 
os princípios do desenho universal.
Já existentes.
- Pelo menos 10%
- Mínimo 1 unidade.
Estacionamento aberto 
ao público, de uso público 
ou privado de uso cole-
tivo e em vias públicas
– 2% (dois por cento) do total;
– Mínimo 1 vaga;
– Vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres.
Frotas de de táxi – 10% (dez por cento) de seus veículos.
Locadoras de veículos
– 1 veículo adaptado a cada 20 veículos da frota;
– No mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elé-
tricos e comandos manuais de freio e de embreagem.
Telecentros e as lan 
houses
– No mínimo, 10% (dez por cento) de seus computadores;
– Pelo menos 1 (um) equipamento, quando o resultado percen-
tual for inferior a 1 (um).
SALAS DE CINEMA – As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, 
recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência.
Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espe-
táculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a 
pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o 
disposto em regulamento.
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem ser distribuídos pelo recinto 
em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores, 
devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das saídas, 
em conformidade com as normas de acessibilidade.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem situar-se em locais que garan-
tam a acomodação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com deficiência ou 
com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a grupo 
familiar e comunitário.
São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e segurança nos procedimentos de 
embarque e de desembarque nos veículos de transporte coletivo, de acordo com as normas 
técnicas.
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
Gustavo Scatolino
Art. 9º
ATENDIMENTO 
PRIORITÁRIO
I – Proteção e socorro em quaisquer circunstân-
cias;
II – atendimento em todas as instituições e servi-
ços de atendimento ao público;
III – disponibilização de recursos, tanto humanos 
quanto tecnológicos, que garantam atendimento 
em igualdade de condições com as demais pes-
soas;
IV – disponibilização de pontos de parada, esta-
ções e terminais acessíveis de transporte cole-
tivo de passageiros e garantia de segurança no 
embarque e no desembarque;
V – acesso a informações e disponibilização de 
recursos de comunicação acessíveis;
Acompanhante/
Atendente pessoal
SIM
VI – recebimento de restituição de imposto de 
renda;
Obs.: PCD não tem isenção! PCD tem priori-
dade em receber!!!
VII – tramitação processual e procedimentos 
judiciais e administrativos em que for parte ou 
interessada, em todos os atos e diligências.
Acompanhante/
Atendente pessoal
NÃO
Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condi-
cionada aos protocolos de atendimento médico.
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Gustavo Scatolino
25
Gustavo Scatolino
Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e 
Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, 
Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo.
Na centralização, a pessoa política desempenha suas 
tarefas diretamente por meio de seus órgãos.
A criação de órgãos decorre da desconcentração, que 
é uma distribuição interna de competências, dentro da 
mesma pessoa jurídica.
Na desconcentração, tem-se o controle hierárquico, 
pois os órgãos de menor hierarquia permanecem 
subordinados aos órgãos que lhes são superiores.
Características dos órgãos
Os órgãos, integrantes de uma estrutura interna, não 
possuem:
• personalidade jurídica;
• patrimônio próprio;
• capacidade processual.
Obs.: � Os órgãos não possuem, como regra, capaci-
dade processual, ou seja, não podem estar em 
nenhum dos polos de uma relação processu-
al, seja como autor ou réu. Essa será a sua 
primeira resposta para a prova: órgão não 
possui capacidade processual. Entretanto, 
casouma questão afirme que “nenhum órgão 
tem capacidade processual”, estará errada.
A concentração ocorre quando um único órgão (ou 
poucos) desempenha(m) todas as funções administra-
tivas do ente político, sem divisão em outros órgãos 
menores. Imagine que a União tenha um único órgão 
desempenhando todas as suas atividades.
Na descentralização, por sua vez, a atividade é pres-
tada por pessoa diversa. Ocorre a distribuição de com-
petências de uma para outra pessoa. Assim, pressu-
põem-se duas pessoas: o ente político e a entidade 
descentralizada.
Formas de Descentralização:
Denominação Forma Resultado
Outorga/
técnica/ 
serviços/
funcional
Lei (art. 37, 
XIX, da CF).
Criação das 
entidades da 
Administração 
indireta (autar-
quias, funda-
ções públicas, 
EPs e SEM).
Colaboração/
Delegação
Ato administra-
tivo: autoriza-
ção de serviço 
público;
contrato admi-
nistrativo: 
concessão e 
permissão de 
serviços públi-
cos.
Particulares 
como con-
cessionários, 
permissionários 
ou autorizatá-
rios de serviço 
público.
No entanto, entre a Administração direta e a indireta 
(descentralizada), não há relação de hierarquia, mas 
de vinculação. Mas isso não significa que as entida-
des da Administração indireta estejam totalmente sem 
controle. Nesse caso, ocorre controle finalístico.
Criação das Entidades da Administração indireta
Art. 37, XIX, da CF: somente por lei específica poderá 
ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista 
e de fundação, reservando-se à lei complementar, 
nesse último caso, definir as áreas de atuação.
• Autarquia: pessoa jurídica de direito público – exe-
cuta atividade típica de Estado
• Fundação: pode ser de Direito público ou de 
Direito privado – atividades sociais (ensino, saúde, 
pesquisa, cultura etc.)
• EP e SEM: pessoas jurídicas de Direito Privado – 
atividades: serviço público ou atividade econômica.
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Gustavo Scatolino
EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA 
Prestadora de SERVIÇO PÚBLICO
EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA
Explora ATIVIDADE ECONÔMICA
Personalidade jurídica de direito privado. Regime 
misto ou híbrido.
Personalidade jurídica de direito privado. 
Regime misto ou híbrido.
Mais próxima do regime de direito público. Mais próxima do regime de direito privado.
Empregados públicos – regime CLT. Empregados públicos – regime CLT.
Aplica-se teto remuneratório se recebe recursos do 
Ente Federativo que a criou.
Aplica-se teto remuneratório se recebe recursos do 
Ente Federativo que a criou.
Empregados não têm estabilidade. Pode haver demis-
são sem justa causa, desde que haja motivação.
Empregados não têm estabilidade. Pode haver demis-
são sem justa causa, desde que haja motivação.
Possui imunidade tributária. Não possui imunidade tributária.
Bens privados. Bens vinculados à prestação do ser-
viço são impenhoráveis. Bens privados. Podem ser objeto de penhora.
Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016. Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016.
Não pode falir. Não pode falir.
Responsabilidade objetiva por danos causados a ter-
ceiros.
Responsabilidade subjetiva por danos causados a 
terceiros.
Diferenças entre as Empresas Estatais:
Empresa pública Sociedade de economia mista
Forma de 
organização
Qualquer forma. S.A. (Sociedade Anônima).
Composição do 
capital
Público (podendo ser de mais de um ente 
federativo ou de pessoa da Administra-
ção Indireta).
Público e privado.
Maioria das ações com direito (maioria do capi-
tal social) a voto precisam ser do Poder Público 
ou de pessoa da Administração indireta.
Foro 
processual
EP federal – Justiça Federal, se autoras, 
rés, assistentes ou opoentes, nos termos 
do art. 109 da CF. EP estadual, DF ou 
Municipal – 
Justiça estadual.
Justiça estadual.
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Gustavo Scatolino
LICITAÇÃO
Contratação direta
Dispensa Inexigibilidade
Dispensada 
(art. 17) Dispensável Inviabilidade de 
competiçãoAtuação 
vinculada
Atuação 
discricionária
Casos 
taxativos
Casos
exemplificativos
Art. 25. É inexigível a licitação quando hou-
ver inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamen-
tos, ou gêneros que só possam ser forneci-
dos por produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferência 
de marca, devendo a comprovação de exclu-
sividade ser feita através de atestado forne-
cido pelo órgão de registro do comércio do 
local em que se realizaria a licitação ou a 
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação 
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 
entidades equivalentes;
II – para a contratação de serviços técnicos 
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza 
singular, com profissionais ou empresas de 
notória especialização, vedada a inexigibilida-
de para serviços de publicidade e divulgação;
III – para contratação de profissional de 
qualquer setor artístico, diretamente ou 
através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela 
opinião pública.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Art. 37, § 6º, da CF:
As pessoas 
jurídicas de direito 
público e as de 
direito privado 
prestadoras de 
serviços públicos 
responderão 
União, Estados, DF, Municí-
pios, concessionários, per-
missionários.
Obs.: empresa pública e 
sociedade de economia 
mista que exploram ativi-
dade econômica = respon-
sabilidade subjetiva.
pelos danos que 
seus agentes, 
agindo nessa 
qualidade,
Agentes – qualquer um 
que exerça função pública, 
basta que seja nessa qua-
lidade.
causarem a 
terceiros
Na omissão, a responsabili-
dade será subjetiva. Na ação, 
responsabilidade objetiva.
assegurado o 
direito de regresso 
contra o 
responsável nos 
casos de dolo ou 
culpa.
Estado responde na forma 
objetiva.
Agente responde em ação 
regressiva. Depende de 
demonstração de dolo ou 
culpa (subjetiva).
(RESPONSABILIDADE OBJETIVA – TEORIA DO 
RISCO ADMINISTRATIVO)
Cuidado! Omissão: entende-se que é subjetiva.
Requisitos:
A conduta praticada pelo agente poderá ser LÍCITA 
ou ILÍCITA.
Pode ser dano MORAL e MATERIAL.
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Gustavo Scatolino
Excludentes da Responsabilidade Objetiva
- caso fortuito ou força maior
- culpa exclusiva da vítima.
- Vítima tem 5 anos para ingressar com ação a partir do evento.
- STF: Fazenda Pública está sujeita a prazo fixado em lei para ingressar com ação de regresso contra o agente.
PODERES ADMINISTRATIVOS
PODERES ADMINISTRATIVOS
ABUSO DE PODER
O abuso de poder pode ser praticado por 
omissão.
EXCESSO DE PODER – o agente vai além de suas atri-
buições.
DESVIO DE PODER – o agente pratica ato para interesse 
pessoal ou sem atender ao seu fim legal.
PODER HIERÁRQUICO
Poder de estabelecer hierarquia entre os órgãos e agentes 
públicos.
Não há hierarquia:
• Administração direta – indireta
• Entre as pessoas políticas
• Entre os três Poderes
• Nas funções típicas do PL e PE
PODER DISCIPLINAR
É o poder que a Administração tem de punir internamente 
as infrações funcionais dos seus servidores e demais pes-
soas sujeitas à relação especial com o Estado.
PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO
É o poder de expedir atos normativos/decretos para a 
complementação das leis.
�Obs.: Decreto não pode inovar na ordem jurídica; não 
pode contrariar a lei.
PODER DISCRICIONÁRIO
É a prerrogativa concedida aos agentes administrativos 
de elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que 
traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse 
público.
PODER VINCULADO OU REGRADO
Confere à Administração o poder para a prática de atos de 
sua competência, determinando os elementos e requisitos 
necessários à sua formalização. Não há liberdade para os 
agentes públicos. 
PODER DE POLÍCIA
É o poder do Estado de impor limitações ao exercício do 
Direito à liberdade e à propriedade.
Características:
1. Discricionariedade
2. Autoexecutoriedade

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