Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Primeira Semana de gestação Na primeira semana, o blastocisto fica por cerca de dois dias flutuando no útero, enquanto ocorre a degeneração total da zona pelúcida, e enquanto isto, se nutre das secreções das glândulas uterinas. Aproximadamente após 6 dias da fecundação, o blastocisto inicia a implantação no epitélio endometrial, evento este conhecido também por nidação. A nidação se inicia pelo pólo embrionário, região onde fica o embrioblasto (massa celular interna), e o trofoblasto logo se diferencia em duas cama o Citotrofoblasto: camada interna de células. o Sincíciotrofobasto: massa celular multinucleada em rápida expansão, na qual nenhum limite celular pode ser observado. O sincíciotrofoblasto produz enzimas que corroem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto se implantar dentro do endométrio, sendo altamente invasivo e se expandindo rapidamente. Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sincíciotrofoblasto se estendem para o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo. O epitélio superficial da mucosa uterina “aprisiona” o blastocisto em um meio extracelular que contém receptores para colágeno, laminina, fibronectina, ácido hialurônico e heparan sulfato. As células do trofoblasto possuem integrinas que se unirão ao colágeno do útero, fibronectina, laminina e proteoglicanos de heparan sulfato. Uma vez aderido, o trofoblasto produz outras proteínas, como colagenase, estromelisina e ativador de plasminogênio. Suas enzimas digerem a matriz extracelular do endométrio, permitindo que o blastocisto penetre nele. Além da ação enzimática do embrião, é importante o comportamento do próprio endométrio. A diminuição do pH parece produzir perda de adesividade entre as células endometriais, o que facilita a nidação. Também é importante a liberação de histamina, com consequentes vasodilatação e edema. O sincicitrofoblasto é o responsável pela produção do hormônio HCG, que mantém a atividade hormonal do corpo lúteo e é o principal hormônio dos testes de gravidez. No fim da primeira semana, o blastocisto encontra-se parcialmente implantado e obtém sua nutrição a partir dos tecidos maternos erodidos. Em torno de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto (endoderma primitivo), surge na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística. A clivagem é o processo natural que ocorre cerca de 30 horas após a fecundação quando o zigoto atravessa a tuba uterina em direção ao útero. São repetidas divisões mitóticas do zigoto, que ocorrem com autoduplicação de DNA entre uma e outra, resultando em um rápido aumento no número de células. A localização dos centríolos em cada célula determinaria a posição do fuso mitótico, e com ele a progressão dos microtúbulos encarregados de marcar a orientação dos planos de clivagem no espaço. A zona cortical do zigoto possui um citoesqueleto com microfilamentos abundantes de actina, formando complexos com a miosina. A capacidade contrátil que estas estruturas conferem ao córtex vincula-se ao início da citocinese, para obter a formação do primeiro sulco de segmentação e, provavelmente, também, para as sucessivas clivagens. Existem evidências experimentais que nos fazem supor que as membranas plasmáticas divisórias formadas entre os blastômeros surgem por diferentes mecanismos, tais como isolamento de irregularidades na superfície do ovócito, fusão de vesículas citoplasmáticas com a membrana plasmática e neogênese de membranas que responde a outros mecanismos. As células embrionárias resultantes dessa divisão são chamadas de blastômeros, que tornam-se menores a cada divisão, pois não há efetivamente síntese de componentes citoplasmáticos entre uma divisão e outra, de maneira que a massa citoplasmática original se divida proporcionalmente entre as novas células-filhas. Os blastômeros são, a princípio, totipotentes. Depois, quando é fixado o destino de uma célula, diz-se que a mesma está determinada. Ao contrário, a diferenciação refere-se ao processo de especialização fenotípica de uma célula. As células embrionárias do mesmo tipo aderem-se entre si, segundo bases moleculares de agregação celular, regidas por moléculas de adesão (CAMs) presentes em sua superfície, que podem ou não ser dependentes de cálcio. Durante toda a clivagem, o zigoto se encontra envolto pela zona pelúcida, permitindo o aumento no número de células, sem aumentar o tamanho total do zigoto. Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma massa compacta de células em um fenômeno chamado de compactação, que provavelmente é mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular. A compactação inclui também o desenvolvimento de especializações de membranas, que contribuem para a coesão e comunicação entre as células. Entre os blastômeros periféricos existem zonas de oclusão e desmossomas, enquanto mais profundamente aparecem nexos de comunicação intercelular (junções comunicantes ou do tipo “gap”). As junções de oclusão (tight junctions) separam o meio externo, que circunda o embrião, do meio interno, cujas características dependem unicamente das células embrionárias. Evita-se assim a difusão livre de substâncias no nível do compartimento intercelular. Isto é fundamental para que se desenvolvam diferenças na potencialidade evolutiva dos blastômeros. Essa compactação possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré- requisito para a segregação das células internas que formam a massa celular interna ou embrioblasto no estágio de blastocisto. Quando o zigoto alcança 12 a 32 blastômeros, passa a ser denominado de Mórula (aspecto de amora), quando, então, alcança o útero. Assim que a mórula alcança a cavidade uterina, a zona pelúcida entra em degeneração, fato este que permitirá a passagem de líquido da cavidade uterina, formando um espaço cheio de fluido entre os blastômeros. Este espaço será denominado de cavidade blastocística ou blastocele. A degeneração da zona pelúcida também permite ao blastocisto aumentar rapidamente de tamanho. Conforme a cavidade blastocística aumenta, os blastômeros se separam em duas partes: o Trofobasto: camada delgada de células externas que irá compor a parte embrionária da placenta. http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=29 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=171 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=209 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=29 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=441 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=206 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=439 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=95 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=160 o Embrioblasto: grupo de blastômeros localizados centralmente, também chamado de massa celular interna, que dará origem ao embrião. Nesse estágio do desenvolvimento conhecido como blastogênese, o concepto é conhecido como blastocisto, e é este blastocisto que vai aderir ao epitélio endometrial por ações de enzimas proteolíticas (metaloproteinases). Segunda semana de gestação As modificações morfológicas observadas na segunda semana do desenvolvimento ocorrem durante a implantação do embrião no endométrio, pela rápida expansão do sincíciotrofoblasto, estando completamente implantado no final desta semana. Contudo, os embriões resultantes de fertilizações ocorridas na mesma época não mostram necessariamente a mesma velocidade de desenvolvimento. De fato, diferenças consideráveis na velocidade de crescimento têm sido encontradas mesmo nos estágios iniciais do desenvolvimento. Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no interior do embrioblasto, que dará origem à cavidade amniótica revestida pelo âmnio (originado dos amnioblastos).Concomitantemente, o embrioblasto sofre alterações morfológicas até se tornar um disco embrionário bilaminar, que origina as camadas germinativas responsáveis pela formação dos órgãos e tecidos do embrião, formado por: o epiblasto: camada mais espessa, constituído por células cilíndricas altas, forma o assoalho da cavidade amniótica e está em continuidade com o âmnio. o hipoblasto: constituído por células pequenas cuboides, forma o teto da cavidade exocelômica e está em continuidade com a membrana exocelômica. Enquanto isso, células achatadas, provavelmente provenientes do hipoblasto, se diferenciam e migram para a superfície interna do citotrofoblasto dando origem à membrana exocelômica, resultando na formação da cavidade exocelômica, que sofrerá uma rápida modificação em vesícula umbilical primitiva (saco vitelino primitivo). O disco embrionário agora se encontra entre a cavidade amniótica e a vesícula umbilical primitiva. Após a formação do âmnio, do disco embrionário e da vesícula umbilical primitiva, surgem as lacunas, cavidades isoladas no sincíciotrofoblasto, que ao se comunicarem com capilares endometriais rompidos estabelecem a circulação uteroplacentária primitiva. Nesse meio tempo, uma nova população de células aparece entre a superfície interna do citotrofoblasto e a superfície externa da cavidade exocelômica. Essas células, derivadas das células da vesícula umbilical, formam um tecido conjuntivo frouxo e delgado, o mesoderma extraembrionário, que circunda o âmnio e a vesícula umbilical. À medida que o trofoblasto e o endométrio sofrem mudanças, o mesoderma extraembrionário cresce e nele surgem espaços isolados que se fundem e formam uma grande cavidade denominada celoma extraembrionário. É uma cavidade preenchida por fluido e envolve o âmnio e a vesícula umbilical, com exceção da área aderida ao citotrofoblasto pelo pedículo de conexão (pedículo do embrião em edições anteriores de livros). Este pedículo de conexão participará da formação do cordão umbilical. Com a formação do mesoderma extraembrionário, a vesícula umbilical primitiva diminui de tamanho com o deslocamento de parte de sua parede, diferenciando-se em vesícula umbilical secundária (saco vitelino definitivo). O termo vesícula umbilical é preferível porque o vitelo não está presente na vesícula humana, sendo denominada de vesícula umbilical. Entretanto, ela exerce importantes funções, tendo provavelmente papel importante na transferência seletiva de nutrientes para o embrião. Com a formação do celoma extraembrionário, o mesoderma extraembrionário é dividido em duas camadas: o mesoderma somático extraembrionário: reveste o trofoblasto, cobre o âmnio e ao associar-se com as duas camadas de trofoblasto forma o córion. o mesoderma esplâncnico extraembrionário: envolve a vesícula umbilical. O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas de trofoblasto, o citotrofoblasto e o sincíciotrofoblasto, formam o córion. O córion forma a parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião, a cavidade amniótica e a vesícula umbilical estão suspensos pelo pedículo de conexão. O celoma extraembrionário é agora chamado de cavidade coriônica. O crescimento do disco embrionário bilaminar é relativamente lento comparado ao do citotrofoblasto; consequentemente, o disco permanece muito pequeno. Enquanto isso, as células do endométrio tornam-se poliédricas e carregadas de glicogênio e lipídeos; os espaços intracelulares ficam repletos de material extravasado, e o tecido torna-se edematoso. Essas mudanças são conhecidas como reação decidual, que se restringem a principio à área que envolve imediatamente o local de implantação, mas dentro em pouco ocorrem em todo o endométrio. Durante a reação decidual, os leucócitos que infiltraram o seu estroma produzem interleucina-2, que evita o desconhecimento do embrião por parte do organismo materno, que pode chegar a considera-lo um corpo estranho. Os mecanismos imunológicos mediante os quais a mãe aceita o embrião não são, todavia, bem conhecidos. Os abortos espontâneos são, de todas as maneiras, de uma grande frequência (50%); a maioria dos quais ocorre dentro das 3 primeiras semanas de gravidez. Geralmente correspondem a grandes anomalias do embrião. No fim da segunda semana, surgem as vilosidades coriônicas primárias que são extensões de células do citotrofoblasto que proliferam e crescem para dentro do sincíciotrofoblasto, sendo o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. É possível que o mesoderma somático extraembrionário leve ao crescimento dessas extensões. No 14º dia, o embrião ainda possui a forma de disco embrionário bilaminar, porém em uma área específica, algumas células hipoblásticas se tornam colunares formando uma área circular espessada – a placa precordal, indicando o futuro local da boca e um importante centro organizador da região da cabeça. Terceira semana de gestação Gastrulação A gastrulação define o início da morfogênese, que é o período no qual o corpo começa a se desenvolver. Durante este processo ocorre a transformação do disco embrionário bilaminar, formado por epiblasto e hipoblasto, em um disco embrionário trilaminar, composto pelo ectoderma, mesoderma intra-embrionário e endoderma, podendo o embrião ser chamado de gástrula. Cada uma destas três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos: ECTODERMA EMBRIONÁRIO: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico, olhos, orelhas internas, células das cristas neurais e muitos tecidos conjuntivos da cabeça. MESODERMA INTRA-EMBRIONÁRIO: Origina as camadas musculares lisas viscerais e todos os músculos esqueléticos; é fonte de células do sangue, da medula óssea e ao revestimento dos vasos sanguíneos; dá origem aos revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo; ductos e órgãos dos sistemas reprodutor e excretor e a maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, é fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem, os ossos, os tendões, os ligamentos, a derme e o estroma dos órgãos internos. ENDODERMA EMBRIONÁRIO: Origina os revestimentos epiteliais dos tratos respiratórias e gastrointestinal, incluindo as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e às células glandulares dos órgãos associados, tais como o fígado e pâncreas. Durante esse processo, algumas células do sulco primitivo da linha primitiva no epiblasto invaginam e deslocam o hipoblasto, criando o endoderma embrionário. Outras, irão ficar entre o epiblasto e o endoderma recém-criado dando origem inicialmente ao mesoblasto, para posteriormente se diferenciar e formar o mesoderma intra-embrionário, e as células remanescentes do epiblasto formarão, então, o ectoderma. Desta forma, podemos observar que o epiblasto durante a gastrulação é a fonte de todas as camadas germinativas, e as células destas camadas darão origem a todos os tecidos e órgãos do embrião. A linha primitiva forma ativamente o mesoderma intra- embrionário até o início da quarta semana. Depois disso, há uma desaceleração na produção do mesoderma, e a linha primitiva sofre mudanças degenerativas, diminuindo assim de tamanho, tornando-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião. Normalmente, a linha primitiva desaparece no final da quarta semana do desenvolvimento. NOTOCORDA – Formação do processo notocordal A notocorda é formada por sinais indutores, vindos da região da linha primitiva, que induzem as células precursoras notocordais a formá-la. A notocorda tem como funções definir o eixo do embrião, serve de base para a formação do esqueleto axial, e é o futuro local dos corpos das vértebras. O desenvolvimento da notocorda tem início com a formação do processo notocordal, que tem origem na invaginação e migração de células diferenciadas do nó primitivo, formando um bastão celular que aumenta de tamanhoem direção à placa pré-cordal (células endodérmicas aderidas a ectodérmicas que irão formar a membrana bucofaríngea, futura boca). Este bastão celular apresenta um canal central denominado canal notocordal. A notocorda desaparece com a formação dos corpos vertebrais, porém persiste como núcleo pulposo de cada disco intervertebral. Durante seu desenvolvimento, a notocorda induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se, formando a placa neural, primórdio do sistema nervoso central. Alantoide Surge por volta do 16º dia como uma pequena evaginação da parede caudal da vesícula umbilical (saco vitelino) que se estende para o pedículo de conexão (pedículo do embrião. Em humanos, o alantoide permanece pequeno, mas o o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e formará as artérias umbilicais que servirão à placenta. Neurulação: formação do tubo neural A neurulação é induzida pela formação da notocorda, ocorre no ectoderma, e resulta na formação do tubo neural e de pares de cristas neurais, dando início a formação do sistema nervoso central. A notocorda induz um espessamento nas células do ectoderma sobrejacente a ela, formando, desta forma, a placa neural, alongada de células epiteliais espessadas. As células da placa formam o neuroectoderma que origina o sistema nervoso central e algumas outras estruturas, como a retina. A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central formando uma depressão chamada de sulco neural, e consequentemente ao lado desta depressão, serão formadas elevações denominadas de pregas neurais. Gradualmente, a placa neural se dobra, aproximando as pregas neurais que irão se fundir, formando o tubo neural. O tubo neural logo se separa do ectoderma de superfície à medida que as pregas neurais se encontram. Até a fusão do tubo neural estar completada, as extremidades cefálica e caudal do tubo neural comunicam-se com a cavidade amniótica por meio dos neuroporos anterior (cranial) e posterior (caudal), respectivamente. O fechamento do neuroporo anterior ocorre em aproximadamente 25 dias do desenvolvimento, enquanto o neuroporo posterior se fecha com 28 dias. A neurulação então é completada e o sistema nervoso central é representado pelo fechamento da estrutura tubular em formação com uma região cefálica muito larga, caracterizada por várias dilatações, as vesículas encefálicas, e uma estreita porção caudal, a medula espinhal. Concomitantemente ao fechamento do tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega neural formam um grupo celular diferenciado chamado de crista neural. Essas células perdem a sua afinidade epitelial e se ligam às células vizinhas. Conforme o tubo neural se destaca do ectoderma de superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada entre o tubo neural e o ectoderma sobrejacente, dando origem a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, que se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural, onde se subdividirão em pares de cristas neurais. Neste local, elas darão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos Diferenciação do Mesoderma intra- embrionário Inicialmente, as células da camada germinativa mesodérmica se arranjam formando uma fina camada de tecido frouxo de cada lado da notocorda. Próximo ao 17º dia do desenvolvimento embrionário, as células mais próximas à notocorda proliferam e formam uma placa espessada denominada como mesoderma paraxial. Esta placa de mesoderma paraxial é contínua lateralmente ao mesoderma intermediário, que gradualmente se estreita em uma camada de mesoderma lateral. O mesoderma lateral é contínuo com o mesoderma extraembrionário somático, que reveste o âmnio, e com o mesoderma extraembrionário esplâncnico que reveste a vesícula umbilical Desenvolvimento dos somitos Próximo ao fim da terceira semana do desenvolvimento, o mesoderma intra-embrionário paraxial se diferencia, condensa-se e começa a se dividir em corpos cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência cefalocaudal, estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento, e darão origem à maior parte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como a derme da pele adjacente. O primeiro par de somitos tem origem na região occipital do embrião. Daí, novos somitos aparecem em uma velocidade de aproximadamente três pares por dia, até que, no final da quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes. Existem quatro pares occipitais, oito cervicais, doze torácicos, cinco lombares e oito a 10 coccígeos. O primeiro par occipital e os últimos cinco a sete pares de somitos desaparecem mais tarde, enquanto os remanescentes formam o esqueleto axial. Cada somito se diferencia em duas partes: o A parte ventromedial é denominada de esclerótomo – suas células formam as vértebras e as costelas. o A parte dorsolateral é denominada de dermomiótomos – as células provenientes do miótomo formam mioblastos (células musculares primordiais), enquanto aquelas provenientes do dermátomo formam a derme (fibroblastos). Desenvolvimento do celoma intraembrionário Seu primórdio surge na forma de espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico. Esses espaços se unem formando o celoma intraembrionário, que divide o mesoderma lateral nas camadas visceral (ou esplâncnica, que cobre o saco vitelino) e parietal (ou somática, que cobre o âmnio). A união do mesoderma somático com o ectoderma sobrejacente forma a somatopleura (parede do corpo do embrião), enquanto a união do mesoderma esplâncnico com o endoderma subjacente forma a esplancnopleura (intestino do embrião). Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário é dividido em três cavidades do corpo: cavidade pericárdica, cavidades pleurais e cavidade peritoneal. Quarta semana à oitava semana É o período no qual as principais estruturas internas e externas se estabelecem. Ao fim dele, os principais sistemas de órgãos já iniciaram seu desenvolvimento com funcionamento mínimo (excetuando-se o sistema cardiovascular). A formação dos tecidos e órgãos leva à mudança na forma do embrião. No final da oitava semana, o embrião encontra-se com aspecto humano. O desenvolvimento embrionário é dividido em três fases: o Crescimento: envolve divisão celular e elaboração de produtos celulares. o Morfogênese: desenvolvimento da forma, do tamanho e outras características de um órgão ou parte do corpo. Envolve alterações complexas e o movimento das células possibilita a interação entre as mesmas durante a formação de tecidos e órgãos. É um processo molecular complexo controlado pela expressão e regulação de genes específicos em uma sequência ordenada. o Diferenciação: maturação dos processos fisiológicos. Seu término resulta na organização de células em um padrão preciso de tecidos e órgãos que são capazes de executar funções especializadas. O dobramento do disco embrionário trilaminar plano permite o estabelecimento da forma do corpo do embrião e é um importante acontecimento durante este período embrionário. Esse dobramento acontece, simultaneamente, no plano mediano (céfalo-caudal) e no plano horizontal (transversal), decorrente do rápido crescimento do embrião, onde a velocidade de crescimento nas laterais do disco embrionário não acompanha o ritmo de crescimento do eixo maior. Concomitantemente a esse crescimento, a vesícula umbilical (saco vitelino) sofre uma constrição relativa. O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, levando essas regiões a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião alonga-se cefálica e caudalmente. Note o rápido desenvolvimento do tubo neural que dará origem ao sistema nervoso central. o Prega cefálica: ao início da quarta semana, as pregas neurais da região cefálica formam o primórdio do encéfalo ao se espessarem.O encéfalo em desenvolvimento projeta-se dorsalmente na cavidade amniótica. O encéfalo anterior em desenvolvimento, então, cresce na direção cefálica além da membrana bucofaríngea (orofaríngea), colocando-se sobre o coração em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea movem-se na superfície ventral do embrião. No período do dobramento longitudinal, o intestino anterior, que se situa entre o encéfalo e o coração, é formado a partir da incorporação de parte do endoderma do saco vitelino. A membrana bucofaríngea (orofaríngea) separa o intestino anterior do estomodeu. Posteriormente, esta membrana se rompe, estabelecendo uma conexão livre entre a cavidade oral e o intestino primitivo. Depois do dobramento, o celoma pericárdico está localizado ventralmente em relação ao coração, e cefálico ao septo transverso. Nesse momento, os celomas intra e extraembrionário comunicam-se livremente por ambos os lados. o rega caudal: o crescimento da parte distal do tubo neural – primórdio da medula espinhal, leva ao dobramento da extremidade caudal, levando à projeção da eminência caudal (uma região da cauda) sobre a membrana cloacal (futura região do ânus). Durante o dobramento, parte da camada endodérmica é incorporada formando o intestino posterior (primórdio do colo descendente e reto). Sua porção distal se dilata e forma a cloaca delimitada pela membrana cloacal, que se rompe na 7ª semana criando uma abertura para o ânus. A linha primitiva, que antes do dobramento encontrava-se cranialmente à membrana cloacal, fica agora caudal. O pedículo de conexão ou do embrião (primórdio do cordão umbilical) fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a alantoide (divertículo da vesícula umbilical) é parcialmente incorporada ao embrião. Dobramento do embrião no plano horizontal Resulta do rápido crescimento dos somitos e da medula espinhal levando à formação das pregas laterais direita e esquerda. O embrião torna-se cilíndrico a partir do dobramento da parede ventrolateral em direção ao plano mediano, deslocando as bordas do disco embrionário ventralmente. Com a formação das paredes abdominais, parte da camada germinativa endodérmica é incorporada dando origem ao intestino médio (primórdio do intestino delgado). Com a transformação do pedículo de conexão (pedículo do embrião) no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas laterais reduz a região da comunicação entre as cavidades celômicas intra e extraembrionárias a uma comunicação estreita. À medida que a cavidade amniótica se expande e oblitera a maior parte do celoma extraembrionário, o âmnio passa a formar o revestimento epitelial que recobre o cordão umbilical. Terceiro mês de gestação Nona semana As pálpebras ainda estão fundidas, as orelhas com implantação baixa, hipertelorismo ocular (afastamento entre as órbitas) e membros curtos. Genitália externa semelhante do sexo masculino e feminino. Antígeno y: sexo masculino. Décima à décima primeira semana Nas mãos, forma-se o campo ungueal (porção proximal que dará origem à unha) e a simpressões digitais. Na face, o perfil torna-se humano e o queixo cresce. Nessa face regride a onfalocele fisiológica, caso não regrida, caracteriza a onfalocele patológica (o intestino, o fígado e, ocasionalmente, outros órgãos, ficam fora do abdômen, numa bolsa de peritônio , devido a um defeito no desenvolvimento dos músculos da parede abdominal. Décima segunda semana A ossificação primária é iniciada, junto com a diferenciação da genitália externa. Eritropoiese do fígado para o baço. O baço assume a função de hematopoese. Primeira formação de urina (líquido amniótico e deglutição; excreção via membrana placentária). Maior centro de ossificação nos ossos longos dos membros superiores do que inferiores. Quarto mês de gestação Décima quarta semana Os membros são visíveis na ultrassonografia e já há movimentos do feto (a mãe não sente). A cabeça vai ficando mais ereta, o hipertelorismo ocular diminui e os olhos adquirem certa capacidade de movimento (varredura). Formação dos folículos primordiais com ovogônias, nos ovários. Reconhecimento da genitália externa. Décima sexta semana As orelhas se destacam e devido ao ínicio da ossificação os membros inferiores se tornam maiores e cabeça se torna menor. Quinto mês de gestação Décima oitava semana Se forma o vérnix caseoso (manter a impermeabilidade da pele, protegendo contra microorganismo do líquido amniótico e no ambiente externo) : formado por secreções das glândulas sebáceas, lagunos (pequenos pêlos pelo corpo que vão aparece na vigéssima semana) e um pouco de descamação da pele. Fase do primeiro pontapé. Vigésima semana O laguno forma-se junto com as sombrancelhas e um pouco de cabelo. Acúmulo de gordura perto nas regiões retroesternal, cervical e perirrenal para produção de calor. No feto masculino, os testículos começam a descer, e no feminino, o útero e a vagina entram em formação. Essa é a semana de transição que pode ocorrer o aborto ou parto prematuro. Sexto mês de gestação Vigisima segunda semana Com o desenvolvimento da pele, ela fica enrrugada, translúcida e vermelha. O feto ganha mais peso. Vigisima quarta semana Graças a produção de sufactante iniciada nessa fase, pelos pneumócitos II no pulmão, o feto tem condições de sobrevivência, pois diminui a tensão que existe entre as paredes alveolares e vai permitir que, ao inspirar o alvéolo permaneça inabalável, e ao expirar, o alvéolo se conecte e permita sua reabertura na próxima inspiração. A pele ainda é fina, gelatinosa avermelhada e sem tecido adiposo subcutânea. As unhas já aparecem nas mãos. Sétimo mês de gestação Vigésima sexta semana É a semana que os olhos se abrem e há formação dos cílios. Devido ao retardo de desenvolvimento caudal, as unhas dos pés se tornam visíveis. O sistema nervoso central dá ritmicidade respiratória e temperatura. Vigésima oitava semana O feto toma um aspecto emagrecido, já que ainda não tem tecido celular subcutâneo. O cabelo já está desenvolvido e a hematopoese agora é desempenhada pela medula óssea. Oitavo e nono mês de gestação Trigésima à trigésima quarta semana O feto tem reflexo pulular à luz (rápido. As unhas alcançam as pontas dos dedos das mãos, desenvolve-se o tecido celular subcutâneo, conferindo ao bebÊ um aspecto gordo e saudável. A pele se torna menos fina, mais rosada e lisa. Crescimento mais lento próximo ao nascimento. Trigésima sexta semana No sexo masculino, é a semana que o testículo termina de descer, pela formação da bolsa escrotal. No sexo feminino, se formam os grandes lábios. Corpo é relativamente roliço, uma vez que o abdôme e a cabeça têm circunferências similares. As mãos já tem certa firmeza para agarrar. O pavilhão articular apresenta consistência cartilaginosa, junto com a pele que se torna mais rosada. Nos pés, a pele forma os sulcos e as unhas chegam às pontas dos dedos. O tecido mamário é palpável, o cordão umbilical assume posição mais central no abdôme, e o vérnix caseoso é escasso. Quadrigésima semana (Pós-datismo) Como o período habitual de nascimento já está avançado, as unhas ultrapassam as pontas dos dedos, a pele descama, o líquido amniótico assume coloração esverdeada pela liberaçõ de mecôneo (coletada do intestino do feto e constitui as primeira evacuações), a placenta inicia uma calcificação e o bebê emagrece. Histologia – Eixo Hipotálamo-Hipófie-Gonadal Sistema Reprodutor Masculino Regulação Hormonal O hipotálamo atua na hipófise, que é dividida em duas parte: adenohipófise e neurohipófise. A neurohipófise vai liberar ocitocina e antidiurético, e a adenohipófise vai liberar prlactina, gonadotrofinas, tireotrófico, adrenocorticotrófico e somatotrófico. Pormeio de estímulos internos ou ambientais no SNC, as gonadotrofinas (GnRH), no hipotálamo, vão atuar na adenohipófise, liberando a produção de LH e FSH. O LH, pelas células endócrinas, irá produzir hormônios esteroides (testosterona) e a produção de gametas. O FSH vai atuar diretamente na produção de gameta. A retroalimentação de alça longa/curta que pode ser positiva ou negativa, açã longa é entre os hormônios e a hipófise ou hipotálamo; e a de açã curta é entre hipófise e hipotálamo. Conclui-se então que o hipotálamo coordena a hipófise a liberar o GnRH, estimulando a adenohipófise a estimular o FSH e LH. Testículos Os testículos estão envolvidos em três túnicas: Túnica vaginal, que é uma camada dupla de mesotélio derivado do peritônio. Entre os folhetos há fluido secretado que permite o movimento sem atrito dos testículos no saco escrotal (importante para a termorregulação). Túnica Albugínea, um tecido conjuntivo denso não modelado, que forma o mediastino testicular, de onde partem septos fibrosos para o interior do órgão, levando nervos e dividindo-os em lóbulos, onde estão alojados os túbulos seminíferos; cada lóbulo contém quatro túbulo seminífero. Túnica Vascular: situada internamente à única albugínea, é tecido conjuntivo frouxo, ricamente vasculrizado. O testículo com um epitélio germinativo (ou seminífero), com as células germinativas e as células de Sertoli. As células Germinativas dispõem-se no túbulo seminífero em direções centrípeta, ao longo da espermatogênese. As células mioides são responsáveis pela estrutura do túbulo, fibroblastos ricos em filamentos de actina. Entre os túbulos há o tecido intersticial (tecido frouxo) com as células de Leydig (produzem testosterona), nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. A túnica própria vai ser responsável pela delimitação dos túbulos. * os espermatozoides maturam de fora para dentro. Parte de luz contem os espermatozoides. Espermatogônias Estão na camada basal dos túbulos seminíferos; os espermatócitos, na camada logo acima; as espermátides redondas ou jovens e as espermátides alongadas nas camadas superiores, e os espermatozoides na luz. Células de Sertoli Apoiam-se na camada basal do túbulo seminífero. São colunares, com reentrâncias onde se inserem as células germinativas. O nucléolo é proeminente com heterocromatina (é quando a cromatina está condensada, ou seja, com seus genes inativados). Possui a influência do FSH, que faz com que as células de Sertoli atuem na maturação das espermatogônias e na produção de secreção de fluidos para que os espermatozoides saiam da região testicular. Células Mioides São fibroblastos ricos em filamentos de actina e em moléculas de miosina e comprimem os túbulos seminíferos, contribuindo para o transporte dos espermatozoides e do fluido testicular secretado pelas células de Sertoli. Células de Leydig Também chamadas de células intersticiais, são poliédricas, produtoras de hormônios esteróides , possuem reticulo endoplasmático liso e mitocôndrias em abundância. É ativada pelo LH, e atua na produção de hormônios de testosterona. Espermiogênese É a difereciação morfológica de espermátide em espermatozoide, tornando a célula apta para a fecundação. O Complexo de Golgi origina uma vesícula contendo enzimas que permitirão a passagem do espermatozoide pelos envoltórios do oócito, formando o acrosomo, que corresponde a 2/3 da cabeça do espermatozoide. Há condensação do material genético pela substituiçao de histonas por protaminas (condensam mais o material) e o alongamento do núcleo pela manchete. A cauda form-ase pela polimeração de tubulinas no centríolo distal, estruturando o anoxema. Na porção intermediária, há bainha mitocondrial em volta do axonema com nove fibras densas; na peça principal, há bainha fibrosa com sete fibras densas; e na peça terminal há somente o axonema. Finalizando a espermiogênese, há perda do excesso de citoplasma, o corpo residual, tornando a célula alongadaa, somente uma pequena quantidade de citoplasma permanece na região do pescoço do espermatozoide. O espermatozoide é dividido em cabeça, onde há o núcleo e o acrossomo, e em cauda (flagelo). A cauda é dividida em pescoço, peça intermediária, peça principal e peça terminal. A cabeça tem 2/3 de acrossomo, e a outra parte é de corantes básicos. Túbulos Seminíferos Terminam nos túbulos retos que são constituidos por células de Sertoli e epitélio simples pavimentoso ou cúbico. As células de Sertoli evitam o refluxo do fluido testicular. Os túbulos retos abrem-se na rede testicular e é revestido por epitélio simples pavimentoso ou cúbico. Os canais da rede testicular fazem comunicação com 12 a 20 dúctulos eferentes, e são de epitélio pseudoestratificado colunar. As células colunares possuem cílios, mas células cúbicas com estereocílios, que absorvem a maior parte do fluido testicular. Os cilios e as constrações da musculatura lisa permitem o transporte dos espermatozoides para os epididimos. Epidídimo É o local onde os espermatozoides passam de 12 a 21 dias. É dividido em cabeça, corpo e causa. A cabeça é a porção onde os dúctulos eferentes fundem-se no ducto epididimário, e a cauda comporta a região mais distal do ducto. O ducto epididimário, bastante longo, é enovelado. É pseudoestratificado colunar com estereocílios, o que aumenta a superfície absorvida: ocorre a absorção do resto do fluido testicular, da gota citoplasmática e de espermatozoides degenerados. O golgi é proeminente e produz glicoproteínas. Essas modificações compõem a maturação dos espermatozoides e torna-os móveis e preparados para a fertilização. O epitélio é mais alto nas regiões da cabeça e do corpo do que na cauda. A luz da ducto é preenchida de espermatozoides na cauda, onde são armazenados até a ejaculação. Canais Deferentes São revestidos por epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios. Há uma lâmina própria com fibras elásticas. A espessa camada de músculo liso (responsável pela contratação), promove o transportes de espermatozoides na ejaculação. Externamente, o tecido conjuntivo frouxo é compartilhado com outras estruturas do cordão espermático. Próstata Tem a forma e o tamanho de uma castanha, possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, com células musculares lisas. Contém 30 a 50 glândulas tubuloalveolres ramificadas compostas, que desembocam na uretra. As glândulas possuem células epiteliais colunares, com núcleo basal e a região supranuclear ocupada pelo Golgi, sintetizam enzimas, como fosfatase ácida prostática, fibrinolisina e uma serina protease, denomeada antígeno específico prostático. A fibrinolisina e a PSA liquefazem o sêmen. A PSA serve de marcador em exames de sangue para avaliar a normalidade da próstata, e ainda produzem espermidina e espermina, que produzem o odor almiscarado do sêmen. Vesículas Seminais São um par originados como um divertículo da porção distal dos ductos deferentes. A mucosa é pregueada, e o epitélio secretor tem uma camada de células colunares ou cúbicas. A lâmina própria é de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. A camada interna circular e a camada externa longitudina de músculo liso faz contração que impele a serceção para os ductos ejaculatórios. A secreção das vesículas seminais é viscosa devido a riqueza de açúcares, como a frutose, que é a principal fonte de energia (mitocôndrias) para os espermatozoides. A prostaglandinas estimulam a contratilidade uterina, contribuindo para o rápido movimento dos espermatozoides para o sítio de fertilização. O ph do sêmen é entre 7,2 e 8,0. Histologia – Sistema Reprodutor Feminino Ovários Da ruptura do folículo maduro na ovulação, forma-se ocorpo lúteo, uma glândula endócrina cordonal, que, sob a influência do LH, secreta progesterona e um pouco de estrógeno. Se ocorrer a fertilização, o corpo lúteo será mantido pela gonadotrofina coriônica humana (hCG) e atinge 5cm de diâmetro (predominar a mesma proporção de hormônio para manter o endométrio durante a gestação). A regressão do corpo lúteo resulta no corpus albicans, uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. Ele persiste por vários meses e é substituído pelo estroma. O ovário é revestido por epitélio simples pavimentoso ou cúbico, contínuo ao mesotélio do peritônio visceral (membrana de revestimento). Subjacente, há uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado, a túnica albugínea. 1- Folículo Ovariano Primordial ou Imaturo - Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentos Simples. 2- Folículo Ovariano em Crescimento ou em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples. 3- Folículo Ovariano em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Estratificado. 4- Folículo Ovariano em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Estratificado. O ovário é dividido nas zonas cortical e medular. A zona cortical tem um estroma de tecido conjuntivo frouxo, com abundância de fibroblastos. Nessa região, situam-se os folículos ovarianos, formados pelas células germinativas e pelas células foliculares. Há também o(s) corpo(s) lúteo(s). A zona medular é contínua ao hilo e é de tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado. Os folículos ovarianos podem ser classificados em: primordiais, em crescimento (unilaminares, multilaminares e antrais), maduros e atrésicos. O folículo primordial é constituído pelo ovócito primário e por uma camada de células foliculares pavimentosas, unidas por desmossomas. O folículo em crescimento unilaminar apresenta um ovócito primário aumentado; a zona pelúcida, camada de glicoproteínas secretadas pelo ovócito, e uma camada de células foliculares cúbicas. O aumento no volume do ovócito e das células foliculares está relacionado com o incremento de organelas para a atividade sintética. O folículo em crescimento multilaminar exibe o ovócito primário com maior tamanho; a zona pelúcida; a camada granulosa, composta de várias camadas de células foliculares, e a teca folicular, que corresponde aos fibroblastos circunvizinhos. Hormônios A continuidade da maturação folicular depende da aquisição de receptores para FSH pelas células foliculares e da influência desse hormônio, ocorrendo após a puberdade. O LH também atua sobre o folículo: estimula as células da teca interna a secretarem andrógenos. Folículos Ovarianos Eles se difundem para a camada granulosa, onde são convertidos em estrógenos pela aromatase. A síntese dessa enzima é promovida pelo FSH. No folículo em crescimento antral, o ovócito atingiu o seu tamanho máximo, e há o antro folicular, uma cavidade com o líquido folicular. As células foliculares secretam glicosaminoglicanos, que atraem íons de Na+ e, junto com eles, água do plasma sanguíneo. O líquido folicular contém proteínas similares ao do soro, proteoglicanas, enzimas e hormônios (manter a nutrição e posteriormente a facilidade para que ocorra a entrada do espermatozoide). Induzidos pelo FSH e pelos estrógenos, são formados, nas células foliculares do folículo antral, receptores para LH. Esse hormônio é responsável pela secreção de progesterona pelas células foliculares. O estrógeno e a progesterona entram na corrente sanguínea e atuam sobre o organismo, promovendo as características sexuais secundárias e preparando outros órgãos do aparelho reprodutor para a fertilização e para a implantação do embrião. FSH PRODUÇÃO DE RECEPTORES RECEBEM LH INDUZEM A PORDUÇÃO DE PROGESTERONA PELAS CÉLULAS FOLICULARES. Ovulação Os estrógenos realizam feedback positivo sobre a liberação do LH. Aproximadamente 24h após o nível de estrógeno atingir o seu máximo no sangue, a hipófise libera pulsos intensos de LH, que promovem a retomada da meiose do ovócito e a ovulação. O ovócito primário conclui a primeira meiose, originando o ovócito secundário. Este sofre a segunda meiose, interrompendo-a na metáfase 3h antes da ovulação. O acúmulo do fluido e o consequente aumento do antro dividem a camada granulosa. Essa denominação se mantém para as camadas de células foliculares adjacentes à teca, enquanto as células que se projetam no antro como um pedúnculo são o cumulus oophorus, e aquelas que circundam o ovócito, a corona radiata. Esse é o folículo maduro ou de De Graaf. A cada ciclo menstrual, 15 a 20 folículos são recrutados para prosseguirem no desenvolvimento, mas somente um atinge o estágio de folículo maduro. Os demais degeneram: sofrem atresia folicular e são denominados folículos atrésicos. O ciclo menstrual inicia com a menstruação (fase menstrual). Foi estabelecido o primeiro dia do ciclo como aquele em que o sangramento surge. Esse sangramento consiste na descamação da camada funcional do endométrio. A camada basal permanece. Há também a perda de 35 a 50mL de sangue, devido ao rompimento dos vasos aí presentes. Essa fase dura quatro a seis dias. Útero em fase menstrual Pela ação do FSH hipofisário, há o crescimento dos folículos, os quais secretam estrógeno. Esse hormônio estimula a proliferação das células da base das glândulas e do estroma da camada basal, refazendo o endométrio. O aumento brusco do estrógeno provoca a secreção de um pico de LH, que desencadeia a ovulação. Essa fase pode ser denominada folicular, estrogênica ou proliferativa. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo formado do folículo rompido produz principalmente progesterona e um pouco de estrógeno. A progesterona mantém o endométrio, pois inibe a contratilidade do miométrio, e estimula a secreção das glândulas uterinas. Secretam substâncias, como glicogênio e glicoproteínas, que se acumulam no endométrio e serão consumidas pelo embrião nos seus primeiros dias de desenvolvimento. Esse período é a fase lútea, progestacional ou secretora. Dura cerca de 14 dias (duração do corpo lúteo). Tubas uterinas As tubas uterinas são divididas em: infundíbulo, ampola, istmo e intramural. Na época da ovulação, em consequência da elevação do estrógeno, as projeções da mucosa do infundíbulo, as fímbrias, “varrem” constantemente o ovário, captando o ovócito à medida que ele surge na superfície. A fertilização geralmente ocorre na ampola. As tubas possuem um epitélio simples colunar ciliado, que inclui células endócrinas e células secretoras. As células secretoras produzem um fluido aquoso, que fornece nutrientes para os gametas e o embrião inicial. O tecido conjuntivo subjacente ao epitélio é frouxo e bastante vascularizado. Abaixo da mucosa, há a camada muscular, constituída por subcamadas interna circular e externa longitudinal. Delimitando as tubas, contínua ao peritônio, há uma serosa. A atividade dos cílios e da musculatura lisa é estimulada pelo estrógeno, favorecendo o transporte do ovócito e do embrião. QUESTÕES DO FÓRUM 1. que é clivagem? Clivagem são sucessivas divisões mitóticas, sem a fase do crescimento do ciclo celular. As células geradas são os blastômeros. A célula-mãe tem seu citoplasma repartido paraa as células-filhas, para estabelecer o volume correto do núcleo nas células somáticas. A clivagem dos mamíferos é o ovo oligolécito, em que o fuso mitótico está localizado no centro, e é holoblástica igual. 2. Por que as denominações mórula e blástula? Mórula é a massa sólida de uma série de clivagens de um zigoto. Vista sob ampliação, está massa compacta de célulaslembra o fruto da amoreira, ou seja, a mórula aparenta à uma amora. Blastocisto é uma camada interna de células que originam o embrião. Blasto vem do grego BLASTÓS, que significa “broto”, e cisto vem de KYSTIS, que significa “bolsa”. 3. Quando e como ocorre a implantação do embrião? A implantação do embrião ocorre, normalmente após 6 dias da fecundação, ou seja, na primeira semana de gestação, quando os blastômeros, após várias clivagens, se torna a mórula, que alcança a cavidade uterina, ocorre a degeneração total da zona pelúcida, e forma um espaço cheio de fluido, denominado blastocele, formando o blastocisto, que aderir ao epitélio endometrial, a nidação. 4. Como se dá a formação da placenta? Quais são os seus constituintes? Quais as suas funções? A placenta inicia seu desenvolvimento uma semana após a fecundação. Uma das camadas do blastocisto, a camada externa, formada a face fetal da placenta. Essa camada inicia a formação das vilosidades coriônicas, que ligam os vasos sanguíneos da placenta à parede do útero, que é o canal de trocas entre a mãe e o bebê. Por volta do primeiro trimestre de gestação, a placenta está completamente formada e ligada à parede uterina. Nos próximos seis meses, vai alimentar, fornecer oxigênio, produzir e segregar hormônios que ajudarão no desenvolvimento do bebê, manutenção da gravidez, e preparação do corpo materno. A placenta é constituída por uma porção fetal, os córions, e por uma porção materna, a decídua basal. 5. Explique a formação do sistema nervoso e dos órgãos sensoriais. A formação do sistema nervoso começa na neurulação, pela formação da notocorda, que ocorre no ectoderma, e resulta na formação do tubo neural e de pares de cristas neurais, dando início a formação do SNC. A notocorda induz um espessamento nas células do ectoderma, formando a placa neural. As células da placa forma o neuroectoderma, que origina o SNC. A placa se invagina e forma o sulco neural, que se transformarão em pregas neurais, que irão se fundir e formar o tubo neural. O SNC é representado pelo fechamento da estrutura tubular em formação, a medula espinhal. Com o fechamento do tubo neural, há um grupo celular chamado crista neural, que se separa em duas partes que se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural, onde ocorrerá divisão e darão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos. 6. Comente sobre anencefalia e a espinha bífida (profilaxia). Anencefalia é uma má formação do cérebro durante a formação embrionária, que acontece entre o 16º e o 26º dia de gestação, caracterizada pela ausência total do encéfalo e da caixa craniana do feto. Em metade dos casos, acontece porque a mãe sofre uma deficiência de ácido fólico, sendo recomendado a suplementação com ácido fólico durante os primeiros três meses. A espinha Bífida é um defeito congênito que ocorre quando os ossos da coluna não se formam completamente, resultando em um abertura na coluna das costas, geralmente na região sacral. Há vários tipos: a mielomeningocele, que é aberta e forma uma bolsa exposta e expõe a medula espinhal do bebê com o líquido amniótico da mãe, sendo prejudicial; a meningocele, que é quando a medula espinhal e o tecido nervoso não se projetam para dentro do saco, sendo recobertos pela pele; a lipomielomeningocele, quando a medula espinhal no saco é coberta por gordura e pele. As causas ainda são desconhecidas, entretanto é possível reduzir a incidência de espinha bífida com o uso do ácido fólico. 7. Como se dá a formação da face e por que ocorrem as fendas labial e palatina. Ainda na terceira semana de gestação, as células da crista neural formadas a partir do ectoderma, migram para a estrutura em desenvolvimento da cabeça e do pescoço, onde dão origem aos processos frontonasal, mandibular e maxilar. Embora elas não produzam as células musculares, oriundas do mesoderma, elas determinam a forma da face. As anormalidades dos músculos faciais normalmente devem-se à interferência na migração ou diferenciação das células da crista neural. O ectoderma além do SN, dá origem ao epitélio da pele facial, cavidade nasal e palato. Na quarta semana de gestação, os arcos branquiais, originários do mesoderma, dão à cabeça e ao pescoço a sua aparência típica. Na quinta semana, há o crescimento da cabeça e saliências faciais dos nariz, olhos e orelhas. Na sexta semana, a boca começa a se formar e, na semana seguinte, o lábio superior está formado e o nariz mais proeminente, porém o palato não está completamente desenvolvido. A partir de doze semanas, crescem os olhos e as orelhas. as fendas palatinas podem resultar de falhas das cristas palatinas de se contatarem por causa de uma falha de crescimento ou de um distúrbio no mecanismo de elevação das cristas; falha das cristas em se fundirem após o contato ter sido estabelecido devido ao fato de o epitélio de revestimento não se romper ou não ser reabsorvido; ruptura após ter ocorrido a fusão das cristas; fusão e consolidação defeituosa do mesênquima das cristas palatinas. 8. O que a ingestão de álcool pode provocar durante a gravidez? Os riscos são: O álcool passa pela placenta e atinge o fígado do feto, que demora duas vezes mais lentamente para metabolizar o álcool. Risco de aborto espontâneo; Trabalho de parto prematuro; Prejuízos no feto: falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental, problemas de comportamento; peso menor. Síndrome do álcool (SAF): retardo do crescimento intrauterino, retardo no desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, irritabilidade e hiperatividade durante a infância, microcefalia, malformações da face com nariz curto, lábio superior fino e mandíbula pequena, pés tortos, malformações cardíacas, maior sensibilidade a infecções e maior taxa de mortalidade neonatal. 9. quais são as causas do sopro cardíaco? Período neonatal: problemas estruturais do coração (cardiopatia congênita). Criança: normalmente, as causas são infecções, anemia, febre, mas também podem ser causas inocentes, decorrente das características próprias da faixa etária pediatria, como frequência cardíaca mais alta, parede do tórax mais fina, maior angulação das artérias quando saem do coração, colaborando para que o fluxo sanguíneo seja mais turbulento, menor viscosidade sanguínea, o que contribui para o sangue circular em maior velocidade. 10. Em qual período da gestação (em semanas) acontece a organogênese. Faça uma síntese do desenvolvimento dos sistemas cardiovascular, respiratório, digestório, urinário e reprodutor. A organogênese ocorre entre a quarta e a oitava semana. Sistema Cardiovascular: esse sistema é o segundo a iniciar a sua formação (o primeiro é o sistema nervoso). O coração é gerado a partir de dois tubos endocárdios, originados como vasos, no mesoderma lateral esplâncnico da região cranial. Esses tubos se fundem com a aproximação das extremidades dos folhetos embrionários no dobramento do embrião no plano transversal. O dobramento no plano longitudinal leva a área cardiogênica para uma posição ventral ao intestino anterior. O tubo cardíaco sofre quatro cavidades: bulbo cardíaco (futuro ventrículo direito), ventrículo primitivo (futuro ventrículo esquerdo), átrio primitivo (futuro átrio direito e esquerdo), e seio venoso (futuro seio coronário). Esse coração primitivo começa a bater por volta do 22º dia. Sistema Respiratório: surge a partir de uma invaginação da extremidade caudal da faringe, o tubo laringotraqueal, que ramifica-se e origina a traqueia, os brônquios e os bronquíolos. O endoderma diferencia-se no epitélio, e o mesoderma lateral esplâncnico, no tecido conjuntivo, e no músculo liso do trato respiratório. O pulmão inicia-se pelo surgimento do divertículo respiratório até os seguimentos broncopulmonares, depois há o crescimento dessesseguimentos, agora chamado de ductos, formação dos bronquíolos respiratórios até a organização dos sacos alveolares nas extremidades dos brônquios respiratórios. Sistema Digestório: inicia-se pela formação do intestino primitivo, quando as extremidades do endoderma aproximam-se e incorporam a parte dorsal da vesícula vitelina. A ectorderma vai ser responsável pelo epitélio da cavidade oral, das glândulas salivares parótidas e do terço inferior do canal anal. A língua desenvolve-se a partir do endoderma e do mesênquima dos arcos branquiais. Intestino anterior originará faringe, esôfago, estômago, duodeno, pâncreas, fígado e a vesícula biliar. Intestino médio originará o resto do intestino delgado (jejuno e íleo) e parte do intestino grosso. Intestino posterior formará o resto do intestino grosso e a porção superior do cana anal. Endoderma originará o epitélio de revestimento do tudo digestório e dos seus anexos (glândulas sublinguais e submandibulares, fígado, vesícula biliar e pâncreas). O mesoderma lateral esplâncnico deriva o tecido conjuntivo, o músculo liso e o revestimento epitelial do peritônio visceral. O mesoderma lateral somático é responsável pelo peritônio parietal e pela derme do abdômen. Sistema Urinário: O primeiro rim a se desenvolver é o pronefro. ureter, a pelve renal, os cálices e os tubos coletores surgem da ramificação do broto uretérico (ou divertículo metanéfrico). Os néfrons diferenciam- se em uma condensação do mesoderma associado aos brotos uretéricos, o blastema metanéfrico. Os túbulos do néfron e os tubos coletores tornam-se contínuos, de modo que a urina formada no néfron é eliminada para as vias urinárias. O metanefro produz urina hipertônica. Sistema Reprodutor: Na quinta semana de desenvolvimento, as cristas gonadais são reconhecidas como dois espessamentos longitudinais do mesoderma intermediário, entre o mesonefro e o mesentério dorsal. Elas são constituídas pelo epitélio celomático, derivado do mesoderma em contato com o celoma, e pela crista mesonéfrica, que corresponde ao restante do mesoderma. O epitélio celomático originará os cordões sexuais, os quais crescem para o mesênquima subjacente da crista mesonéfrica. A gônada indiferenciada, nesse momento, consiste em um córtex e em uma medula. No sexo masculino, em um grupo de células somáticas da gônada em desenvolvimento, há a expressão do fator determinante testicular pelo gene SRY, localizado no braço curto do cromossomo Y. Esse fator promove a diferenciação das células dos cordões sexuais primários em células de Sertoli. No sexo feminino (sem SRY), os cordões sexuais primários, situados na medula, degeneram, e uma nova migração de células do epitélio celomático para o mesênquima do córtex origina os cordões sexuais secundários. Os gonócitos são incorporados neles e diferenciam-se em oogônias. 11. A partir de que idade gestacional se usa o termo feto? Que mudanças ocorrem nele? O embrião passa a ser chamado de fato a partir da nona semana, com o fim do período embrionário da oitava semana, que é quando ele começa a adquirir um aspecto humano. 12. Como se formam os membros? Enfatize as seguintes anomalias: amelia, meromelia, polidactilia e sindactilia. O primeiro indício dos membros começa na quarta semana de desenvolvimento e são chamados de brotos, que são formados sobre uma faixa de ectoderma. Na ponta de cada broto forma uma crista ectodérmica apical, que interage com o mesênquima, fazendo com que esses brotos cresçam para fora. Amelia: ausência de um ou mais membros. Meromelia: desenvolvimento parcial dos membros. Polidactilia: formação de raios digitais extras. Sindactilia: fusão dos dedos pela não morte das células da membrana interdigital. 9. O QUE É CÉLULA-TRONCO, QUAIS OS TIPOS E SUAS POTENCIALIDADES? As células-tronco surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico. Essas células têm três características distintas: Conseguem se autorreproduzir, duplicando- se, gerando duas células com iguais características. Conseguem diferenciar-se, dando origem a diversas outras células de seus respectivos tecidos e órgãos. Conseguem diferenciar-se, transformando-se em diversas células de outros tecidos da mesma origem evolutiva. Tipos de células tronco: Pluripotentes: As células pluripotentes, ou embrionárias, são assim chamadas por possuir a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. Elas são encontradas no embrião, apenas quando este se encontra no estágio de blastocisto (4 a 5 dias após a fecundação). Multipotentes: Na fase adulta, as células- tronco encontram-se, principalmente, na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células- tronco para poder renovar as células ao longo da nossa vida. Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada, e são menos versáteis que as embrionárias. A terapia celular é a troca de células doentes por células novas e saudáveis, e este é um dos possíveis usos para as células-tronco no combate a doenças. Em teoria, qualquer doença em que houver degeneração de tecidos do nosso corpo poderia ser tratada através da terapia celular. Porém, mesmo com os resultados de testes sendo positivos ou, pelo menos, promissores, as pesquisas de células-tronco e suas aplicações para tratar doenças ainda estão em estágio inicial. É preciso utilizar métodos rigorosos de pesquisa e testes para garantir segurança e eficácia a longo prazo. 1. Compare a espermatogênese e a oogênese, segundo os órgãos onde ocorrem, o nome das células envolvidas e a sua sequência de origem, com o número de conjuntos cromossômicos (n) e a quantidade de DNA que possuem, o tipo de divisão celular que sofrem e as fases da vida que surgem? Espermatogênese: ocorre nos testículos. Fases: espermatogônia (2n2C) -> mitose -> espermatogônia (2n2C) -> interfase -> espermatócito primário (2n4C) - > meiose I -> espermatócito secundário (1n2C) -> meiose II -> espermátide (1n1C) -> espermiogênese (ou diferenciação) -> espermatozoide (1n1C). Oogênese: ocorre nos ovários. Fases: oogônia (2n2C) - > mitose -> oogônia (2n2C) -> interfase -> ovócito primário (2n4C) -> meiose I -> ovócito secundário e 1º corpúsculo polar (1n2C) -> meiose II -> óvulo e 2º corpúsculo polar (1n1C). 2. Explique o mecanismo responsável pela interrupção do ovócito primário na prófase I por um período tão longo e como é a retomada a meiose. É interrompido no diplóteno da prófase, por causa da alta concentração de monofosfato de adenosina cíclica (AMPc), resultando da produção pelo próprio ovócito e pelas células vizinhas, as células foliculares. A passagem do AMPc das células foliculares para o ovócito ocorre através de junções comunicantes. A alta concentração de AMPc inativa o fator promotor de maturação (MPF) responsável pela continuação da meiose. Depois da puberdade, em cada ciclo menstrual um ovócito primário retoma a meiose, pois, sob influência do LH, as junções gap entre as células foliculares e o ovócito fecham-se reduzindo a quantidade de AMPc, assim com uma concentração menor dessa substância ativa-se o MPF e a prófase prossegue. 3. O ovócito secundário é liberado do ovário em qual fase da divisão meiótica? Qual é o estímulo para a conclusão da meiose? Na separação dos cromossomos homólogos da meiose é formado o ovócito secundário. O ovócito secundário começou segunda meiose, mas ela foi interrompida na metáfase, então, com a entrada do espermatozoide, os níveis citoplasmáticos de Ca2+ aumentam, ativando a proteína quinase dependente de CAM-quinase II. Essa enzima degradaa ciclina do MPF, dando continuidade a divisão meiótica. Assim, o ovócito secundário termina a meiose II, e por citocinese assimétrica, com a separação das cromátides irmãs, gera o óvulo e o segundo corpúsculo polar. 4. Classifique os folículos ovarianos, especificando os seus constituintes. Na zona cortical do ovário existe um estroma de tecido conjuntivo frouxo, com abundância de fibroblastos, e nessa região ficam os folículos ovarianos que são formados pelas células germinativas e pelas células foliculares. E são classificados em: - Folículos primordiais são constituídos pelo ovócito primário e por uma camada de células foliculares pavimentosas, unidas por desmossomos. - Folículos em crescimento tem uma subdivisão: - Unilaminar apresentam somente uma camada de células foliculares, já com a zona pelúcida e matriz extracelular com glicoproteínas. - Multilaminar resultante da proliferação das células foliculares em várias camadas celulares, esse conjunto de camadas é chamado de camada granulosa. - Antral, o fluído que se acumula entre as células foliculares coalesce em uma cavidade, o antro folicular. O líquido folicular contém um complemento de proteínas similar ao do soro, proteoglicanas, enzimas e hormônios (FSH, LH, estrógeno e progesterona). - Maduro ou De Graaf, com o acumulo do fluido e o consequente aumento do antro dividem a camada granulosa. Esse folículo tem camada de células foliculares adjacentes à teca, e algumas células (cumulus oophurus) se projetam no antro como um pedúnculo, e algumas que circundam o ovócito (corona radiata). - Atrésicos, como a cada ciclo menstrual até 50 folículos são liberados, mas apenas um atinge o estágio de folículo maduro, os demais se degeneram, sofrem a chamada atrésia folicular. 5. Quais são os hormônios que atuam sobre as células da teca e as células foliculares? E quais são os hormônios (ou substâncias) que essas células produzem? O FSH estimula a proliferação e diferenciação das células da granulosa e induz a formação do antro. Já o LH tem como principal função, em folículos não ovulatórios, estimular a atividade da enzima esteroidogênica, a aromatase, nas células da teca, além de promover a ovulação e estimular a luteinização das células da granulosa e células da teca em folículos pré- ovulatórios. Ou seja, o LH e FSH induzem o ovário a produzir seu próprio hormônio, o estrogênio 6. Se vários folículos são recrutados para crescimento em cada ciclo menstrual, por que há geralmente a liberação de um só ovócito? Porque um deles cresce mais do que os outros, se sobressaindo, torna-se dominante e os demais entram em atrésia. 7. O que é corpo lúteo? É mantido por qual hormônio? O que secretam? Corpo lúteo é uma estrutura endócrina temporária que se forma em todos os ciclos menstruais, é estimulado pelo LH e FSH, produz progesterona, e também pequenas quantidades de estradiol. Caso ocorra a gravidez, é fundamental para a manutenção do endométrio, de 8 a 12 semanas. Caso não ocorra fecundação, ele é substituído por um tecido cicatricial branco, chamado de corpo albicans. 8. Descreva o ciclo menstrual, mencionando as suas fases, os hormônios envolvidos, o que ocorre no ovário e no endométrio. Foliculogênese (1º ao 4º dia): transformação do folículo primordial em um folículo ovulatórios, com o aumento do FSH. O folículo primordial, após a maturação, passa a ser chamado de folículo primário que também progride e passa a ser chamado de pré- antral (secundário). Cria-se então a zona pelúcida, e as células da granulosa sofrem proliferação e são capazes de sintetizar esteroides e possuem receptores para FSH. Depois, o folículo passa a ser chamado de antral, pois aumenta o líquido folicular com estrógeno. Seleção do folículo dominante (5º ao 7º dia): um folículo começa a crescer acima dos demais, fazendo com que os outros entrem em atrésia. As células granulosas crescem e o folículo entra no estágio pré- ovulatório. Então, produz mais estrogênio, alcançando o pico 3 dias antes da ovulação. Ovulação: ocorre no 14º dias, liberando o líquido folicular. Óvulo cercado pela coroa radiata. Fase lútea (14 dias): o corpo lúteo se degrada ou mantém-se ativo, indicando possível gravidez. A progesterona promove um maior revestimento do endométrio, preparando o útero para receber o óvulo fecundado e fixar o zigoto. Se de fato ocorrer a nidação, inicia-se a produção de hCG, mantendo o corpo lúteo ativo. Caso não ocorra fecundação, o corpo lúteo se degenera e inicia-se um novo ciclo com a vinda da menstruação, nesse caso, há uma consequente diminuição da estimulação das células do endométrio, e uma involução do endométrio, para uma espessura, aproximadamente, 65% menos que a anterior. Além disso irá ocorrer uma vasoconstricção dos vasos sanguíneos, que juntamente com a perda de estimulação hormonal, levarão à uma necrose do endométrio. 9. Como a pílula promove a supressão da ovulação? Os contraceptivos hormonais, em sua maioria compostos por estrogênio e progesterona sintéticos, agem sobrepujando os hormônios que desencadeiam a ovulação. Estes anticoncepcionais têm a função de manter os níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através do feedback (retroalimentação), mantendo os óvulos “adormecidos” e impedindo a ovulação. 10. Qual o mecanismo de ação da “pílula do dia seguinte”? 1. Os comprimidos liberam hormônios sintéticos na corrente sanguínea. Eles diminuem no organismo o nível do hormônio folículo estimulante, o FSH. Ele é responsável, entre outras coisas, pelos movimentos da trompa que liberam o óvulo e o empurram em direção ao útero. Sem FSH, a trompa sossega, o óvulo estaciona e não encontra o espermatozóide 2. Para garantir o serviço, a pílula age também no endométrio. Os hormônios provocam uma descamação nessa mucosa, o que impede que o óvulo fecundado “grude” nas paredes do útero. 1. Quais as modificações que a espermátide sofre para se transformar em espermatozoide? Qual é o nome desse processo? A espermátide sofre o processo de espermiogênese, tornando-se espermatozóide e adaptado para a fecundação. Do golgi origina-se uma vesicula contendo enzimas que permitirão a passagem do espermatozoide pelo envoltório do oócito, formando o acrossoma. Em seguida, há condensação do material genético, e a formação da cauda, estruturando o anoxema. Na maior parte do flagelo, há a bainha fibrosa e sete fibras densas externas circundando o axonema, e na peça terminal, só o axonema. No final da espermiogênese, há perda do excesso de citoplasma, tornando a célula alongada, somente apresentando citoplasma na região do pescoço do espermatozoide. Por fim, há a completa formação do espermatozoide, dividido em cabeça (núcle e acrossomo), e cauda. 2. Quais são os hormônios que atuam sobre as células de Sertoli e as células de Leydig e quais são as suas funções? O FSH (folículo estimulante), vai atuar nas células de Sertoli, ativando-as. As células de sertoli vão realizar a maturação da espermatogônia, e realizar a secreção de fluidos para que os espermatozoides saiam da região testicular. O LH (hormônio luteinizante) vai atuar nas células de Leudig, ativando-as. As células de Leydig fazem a produção de hormônios esteroides, no caso, a testosterona. 3. Quais é a localização das células mioides peritubulares e o que fazem? As células mioides são as responsáveis pela estrutura do túbulo, além de servirem de proteção e fonte de nutrição para as células germinativas. Constituem o principal elemento da chamada barreira Hemato-testicular, pois qualquer substância para chegar até as células germinativas passa primeiro pelas células de Sertoli. Todo o material que é eliminado pelas células da linhagem germinativa durante o processo daespermatogênese é absorvido e digerido pelas células de Sertoli. Dessa forma este material não atingirá a circulação sanguínea e não constituirá fonte contínua de antígenos. Sintomas da gestação Enjoos ; Mamas maiores e sensíveis; Maior frequência urinária; Prisão de ventre; Aumento abdominal; Instabilidade emocional; Aumento da libido; Sonolência; Desejos estranhos. Hormônios envolvidos na gestação * HCG: secretado desde o início da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após a nidação dos blastocistos. Sua função é manter o corpo lúteo, a não diminuição do progesterona e estrogênio, mautenção da gravidez e ausência de nova ovulação. * Progesterona: diminui a contração uterina, aumenta o endométrio, equilíbrio hidro-eletrônico, estimular o centro respiratório no cérebro. * Estrogênio: proliferação da musculatura uterina, sistema vascular do útero, amento dos órgãos sexuais externos e da abertura vaginal, aumento das mamas. * Ocitocina: estimula o fluxo de leite durante a amamentação, induzir o trabalho de parto. * Prolactina: dá início à pordução de leite, ingurgitamento do leite, estado eufórico após parto. *LH: estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo, que passa a secretar a progesterona, um segundo hormônio ovariano que provoca o desenvolvimento das mamas e prepara e mantém a mucosa do útero para a gestação. * FSH: responsável pelo crescimento e maturação dos folículos ovarianos durante a ovogênese, além de induzir a ovulação. *Testosterona: A testosterona é um andrógeno (hormônio masculino) produzido preferencialmente nos testículos e responsável pela diferenciação sexual (características próprias ao sexo). Anexos embrionários Âmnion: proteção contra choques mêcanicos e desidratação. Cório: envolve todos os anexos embrionários e o próprio embrião; participa da respiração. Alantóide: armazena excretas e permite a respiração. Cordão umbilical: nutrição do feto e trocas gasosas. Placenta: realizar a passagem de substâncias (nutrientes, gases e secreções), entre a circulação materna e a circulação do feto, atuando temporariamente como: pulmão, intestino, rim, fígado e adrenal.
Compartilhar