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HISTOLOGIA UCII

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Primeira Semana de gestação 
Na primeira semana, o blastocisto fica por cerca de dois dias 
flutuando no útero, enquanto ocorre a degeneração total da 
zona pelúcida, e enquanto isto, se nutre das secreções das 
glândulas uterinas. 
Aproximadamente após 6 dias da fecundação, o blastocisto 
inicia a implantação no epitélio endometrial, evento este 
conhecido também por nidação. A nidação se inicia pelo pólo 
embrionário, região onde fica o embrioblasto (massa celular 
interna), e o trofoblasto logo se diferencia em duas cama 
o Citotrofoblasto: camada interna de células. 
o Sincíciotrofobasto: massa celular multinucleada em 
rápida expansão, na qual nenhum limite celular pode 
ser observado. 
O sincíciotrofoblasto produz enzimas que corroem os tecidos 
maternos, possibilitando ao blastocisto se implantar dentro do 
endométrio, sendo altamente invasivo e se expandindo 
rapidamente. Em torno de 6 dias, os prolongamentos 
digitiformes do sincíciotrofoblasto se estendem para o epitélio 
endometrial e invadem o tecido conjuntivo. O epitélio 
superficial da mucosa uterina “aprisiona” o blastocisto em um 
meio extracelular que contém receptores para colágeno, 
laminina, fibronectina, ácido hialurônico e heparan sulfato. As 
células do trofoblasto possuem integrinas que se unirão ao 
colágeno do útero, fibronectina, laminina e proteoglicanos de 
heparan sulfato. Uma vez aderido, o trofoblasto produz outras 
proteínas, como colagenase, estromelisina e ativador de 
plasminogênio. Suas enzimas digerem a matriz extracelular do 
endométrio, permitindo que o blastocisto penetre nele. Além 
da ação enzimática do embrião, é importante o 
comportamento do próprio endométrio. A diminuição do pH 
parece produzir perda de adesividade entre as células 
endometriais, o que facilita a nidação. Também é importante a 
liberação de histamina, com consequentes vasodilatação e 
edema. O sincicitrofoblasto é o responsável pela produção do 
hormônio HCG, que mantém a atividade hormonal do corpo 
lúteo e é o principal hormônio dos testes de gravidez. 
No fim da primeira semana, o blastocisto encontra-se 
parcialmente implantado e obtém sua nutrição a partir dos 
tecidos maternos erodidos. Em torno de 7 dias, uma camada 
de células, o hipoblasto (endoderma primitivo), surge na 
superfície do embrioblasto voltada para a cavidade 
blastocística. 
 
A clivagem é o processo natural que ocorre cerca de 30 horas 
após a fecundação quando o zigoto atravessa a tuba uterina 
em direção ao útero. São repetidas divisões mitóticas 
do zigoto, que ocorrem com autoduplicação de DNA entre 
uma e outra, resultando em um rápido aumento no número de 
células. A localização dos centríolos em cada célula 
determinaria a posição do fuso mitótico, e com ele a 
progressão dos microtúbulos encarregados de marcar a 
orientação dos planos de clivagem no espaço. A zona cortical 
do zigoto possui um citoesqueleto com microfilamentos 
abundantes de actina, formando complexos com a miosina. A 
capacidade contrátil que estas estruturas conferem ao córtex 
vincula-se ao início da citocinese, para obter a formação do 
primeiro sulco de segmentação e, provavelmente, também, 
para as sucessivas clivagens. Existem evidências experimentais 
que nos fazem supor que as membranas plasmáticas divisórias 
formadas entre os blastômeros surgem por diferentes 
mecanismos, tais como isolamento de irregularidades na 
superfície do ovócito, fusão de vesículas citoplasmáticas com a 
membrana plasmática e neogênese de membranas que 
responde a outros mecanismos. As células embrionárias 
resultantes dessa divisão são chamadas de blastômeros, que 
tornam-se menores a cada divisão, pois não há efetivamente 
síntese de componentes citoplasmáticos entre uma divisão e 
outra, de maneira que a massa citoplasmática original se 
divida proporcionalmente entre as novas células-filhas. Os 
blastômeros são, a princípio, totipotentes. Depois, quando é 
fixado o destino de uma célula, diz-se que a mesma está 
determinada. Ao contrário, a diferenciação refere-se ao 
processo de especialização fenotípica de uma célula. As células 
embrionárias do mesmo tipo aderem-se entre si, segundo 
bases moleculares de agregação celular, regidas por moléculas 
de adesão (CAMs) presentes em sua superfície, que podem ou 
não ser dependentes de cálcio. Durante toda a clivagem, 
o zigoto se encontra envolto pela zona pelúcida, permitindo o 
aumento no número de células, sem aumentar o tamanho 
total do zigoto. 
Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua 
forma e se agrupam firmemente uns com os outros para 
formar uma massa compacta de células em um fenômeno 
chamado de compactação, que provavelmente é mediado por 
glicoproteínas de adesão de superfície celular. A compactação 
inclui também o desenvolvimento de especializações de 
membranas, que contribuem para a coesão e comunicação 
entre as células. Entre os blastômeros periféricos existem zonas 
de oclusão e desmossomas, enquanto mais profundamente 
aparecem nexos de comunicação intercelular (junções 
comunicantes ou do tipo “gap”). As junções de oclusão (tight 
junctions) separam o meio externo, que circunda o embrião, do 
meio interno, cujas características dependem unicamente das 
células embrionárias. Evita-se assim a difusão livre de 
substâncias no nível do compartimento intercelular. Isto é 
fundamental para que se desenvolvam diferenças na 
potencialidade evolutiva dos blastômeros. Essa compactação 
possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-
requisito para a segregação das células internas que formam a 
massa celular interna ou embrioblasto no estágio de 
blastocisto. Quando o zigoto alcança 12 a 32 blastômeros, 
passa a ser denominado de Mórula (aspecto de amora), 
quando, então, alcança o útero. 
Assim que a mórula alcança a cavidade uterina, a zona pelúcida 
entra em degeneração, fato este que permitirá a passagem de 
líquido da cavidade uterina, formando um espaço cheio de 
fluido entre os blastômeros. Este espaço será denominado de 
cavidade blastocística ou blastocele. A degeneração da zona 
pelúcida também permite ao blastocisto aumentar 
rapidamente de tamanho. Conforme a cavidade blastocística 
aumenta, os blastômeros se separam em duas partes: 
o Trofobasto: camada delgada de células externas que 
irá compor a parte embrionária da placenta. 
http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=29
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o Embrioblasto: grupo de blastômeros localizados 
centralmente, também chamado de massa celular 
interna, que dará origem ao embrião. 
Nesse estágio do desenvolvimento conhecido como 
blastogênese, o concepto é conhecido como blastocisto, e é 
este blastocisto que vai aderir ao epitélio endometrial por 
ações de enzimas proteolíticas (metaloproteinases). 
 
Segunda semana de gestação 
As modificações morfológicas observadas na segunda semana 
do desenvolvimento ocorrem durante a implantação do 
embrião no endométrio, pela rápida expansão do 
sincíciotrofoblasto, estando completamente implantado no 
final desta semana. Contudo, os embriões resultantes de 
fertilizações ocorridas na mesma época não mostram 
necessariamente a mesma velocidade de desenvolvimento. De 
fato, diferenças consideráveis na velocidade de crescimento 
têm sido encontradas mesmo nos estágios iniciais do 
desenvolvimento. 
Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um 
pequeno espaço no interior do embrioblasto, que dará origem 
à cavidade amniótica revestida pelo âmnio (originado dos 
amnioblastos).Concomitantemente, o embrioblasto sofre alterações 
morfológicas até se tornar um disco embrionário bilaminar, 
que origina as camadas germinativas responsáveis pela 
formação dos órgãos e tecidos do embrião, formado por: 
o epiblasto: camada mais espessa, constituído por 
células cilíndricas altas, forma o assoalho da cavidade 
amniótica e está em continuidade com o âmnio. 
o hipoblasto: constituído por células pequenas 
cuboides, forma o teto da cavidade exocelômica e 
está em continuidade com a membrana exocelômica. 
 
Enquanto isso, células achatadas, provavelmente provenientes 
do hipoblasto, se diferenciam e migram para a superfície 
interna do citotrofoblasto dando origem à membrana 
exocelômica, resultando na formação da cavidade 
exocelômica, que sofrerá uma rápida modificação em vesícula 
umbilical primitiva (saco vitelino primitivo). 
O disco embrionário agora se encontra entre a cavidade 
amniótica e a vesícula umbilical primitiva. Após a formação do 
âmnio, do disco embrionário e da vesícula umbilical primitiva, 
surgem as lacunas, cavidades isoladas no sincíciotrofoblasto, 
que ao se comunicarem com capilares endometriais rompidos 
estabelecem a circulação uteroplacentária primitiva. 
Nesse meio tempo, uma nova população de células aparece 
entre a superfície interna do citotrofoblasto e a superfície 
externa da cavidade exocelômica. Essas células, derivadas das 
células da vesícula umbilical, formam um tecido conjuntivo 
frouxo e delgado, o mesoderma extraembrionário, que 
circunda o âmnio e a vesícula umbilical. 
À medida que o trofoblasto e o endométrio sofrem mudanças, 
o mesoderma extraembrionário cresce e nele surgem espaços 
isolados que se fundem e formam uma grande cavidade 
denominada celoma extraembrionário. É uma cavidade 
preenchida por fluido e envolve o âmnio e a vesícula umbilical, 
com exceção da área aderida ao citotrofoblasto pelo pedículo 
de conexão (pedículo do embrião em edições anteriores de 
livros). Este pedículo de conexão participará da formação do 
cordão umbilical. Com a formação do mesoderma 
extraembrionário, a vesícula umbilical primitiva diminui de 
tamanho com o deslocamento de parte de sua parede, 
diferenciando-se em vesícula umbilical secundária (saco 
vitelino definitivo). 
O termo vesícula umbilical é preferível porque o vitelo não 
está presente na vesícula humana, sendo denominada de 
vesícula umbilical. Entretanto, ela exerce importantes funções, 
tendo provavelmente papel importante na transferência 
seletiva de nutrientes para o embrião. 
Com a formação do celoma extraembrionário, o mesoderma 
extraembrionário é dividido em duas camadas: 
o mesoderma somático extraembrionário: reveste o 
trofoblasto, cobre o âmnio e ao associar-se com as 
duas camadas de trofoblasto forma o córion. 
o mesoderma esplâncnico extraembrionário: envolve a 
vesícula umbilical. 
 
O mesoderma somático extraembrionário e as duas 
camadas de trofoblasto, o citotrofoblasto e o 
sincíciotrofoblasto, formam o córion. O córion forma a 
parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião, a 
cavidade amniótica e a vesícula umbilical estão suspensos 
pelo pedículo de conexão. O celoma extraembrionário é 
agora chamado de cavidade coriônica. 
O crescimento do disco embrionário bilaminar é 
relativamente lento comparado ao do citotrofoblasto; 
consequentemente, o disco permanece muito pequeno. 
Enquanto isso, as células do endométrio tornam-se 
poliédricas e carregadas de glicogênio e lipídeos; os 
espaços intracelulares ficam repletos de material 
extravasado, e o tecido torna-se edematoso. Essas 
mudanças são conhecidas como reação decidual, que se 
restringem a principio à área que envolve imediatamente 
o local de implantação, mas dentro em pouco ocorrem em 
todo o endométrio. Durante a reação decidual, os 
leucócitos que infiltraram o seu estroma produzem 
interleucina-2, que evita o desconhecimento do embrião 
por parte do organismo materno, que pode chegar a 
considera-lo um corpo estranho. Os mecanismos 
imunológicos mediante os quais a mãe aceita o embrião 
não são, todavia, bem conhecidos. Os abortos 
espontâneos são, de todas as maneiras, de uma grande 
frequência (50%); a maioria dos quais ocorre dentro das 3 
primeiras semanas de gravidez. Geralmente 
correspondem a grandes anomalias do embrião. 
No fim da segunda semana, surgem as vilosidades 
coriônicas primárias que são extensões de células do 
citotrofoblasto que proliferam e crescem para dentro do 
sincíciotrofoblasto, sendo o primeiro estágio no 
desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. É 
possível que o mesoderma somático extraembrionário 
leve ao crescimento dessas extensões. 
No 14º dia, o embrião ainda possui a forma de disco 
embrionário bilaminar, porém em uma área específica, 
algumas células hipoblásticas se tornam colunares 
formando uma área circular espessada – a placa 
precordal, indicando o futuro local da boca e um 
importante centro organizador da região da cabeça. 
 
Terceira semana de gestação 
Gastrulação 
A gastrulação define o início da morfogênese, que é o período 
no qual o corpo começa a se desenvolver. Durante este 
processo ocorre a transformação do disco embrionário 
bilaminar, formado por epiblasto e hipoblasto, em um disco 
embrionário trilaminar, composto pelo ectoderma, 
mesoderma intra-embrionário e endoderma, podendo o 
embrião ser chamado de gástrula. Cada uma destas três 
camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos 
específicos: 
ECTODERMA EMBRIONÁRIO: Origina a epiderme, sistema 
nervoso central e periférico, olhos, orelhas internas, células 
das cristas neurais e muitos tecidos conjuntivos da cabeça. 
MESODERMA INTRA-EMBRIONÁRIO: Origina as camadas 
musculares lisas viscerais e todos os músculos esqueléticos; é 
fonte de células do sangue, da medula óssea e ao 
revestimento dos vasos sanguíneos; dá origem aos 
revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo; ductos 
e órgãos dos sistemas reprodutor e excretor e a maior parte 
do sistema cardiovascular. No tronco, é fonte de todos os 
tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem, os ossos, os 
tendões, os ligamentos, a derme e o estroma dos órgãos 
internos. 
ENDODERMA EMBRIONÁRIO: Origina os revestimentos 
epiteliais dos tratos respiratórias e gastrointestinal, incluindo 
as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e às células 
glandulares dos órgãos associados, tais como o fígado e 
pâncreas. 
 
Durante esse processo, algumas células do sulco primitivo da 
linha primitiva no epiblasto invaginam e deslocam o 
hipoblasto, criando o endoderma embrionário. Outras, irão 
ficar entre o epiblasto e o endoderma recém-criado dando 
origem inicialmente ao mesoblasto, para posteriormente se 
diferenciar e formar o mesoderma intra-embrionário, e as 
células remanescentes do epiblasto formarão, então, o 
ectoderma. Desta forma, podemos observar que o epiblasto 
durante a gastrulação é a fonte de todas as camadas 
germinativas, e as células destas camadas darão origem a 
todos os tecidos e órgãos do embrião. 
A linha primitiva forma ativamente o mesoderma intra-
embrionário até o início da quarta semana. Depois disso, há 
uma desaceleração na produção do mesoderma, e a linha 
primitiva sofre mudanças degenerativas, diminuindo assim de 
tamanho, tornando-se uma estrutura insignificante na região 
sacrococcígea do embrião. Normalmente, a linha primitiva 
desaparece no final da quarta semana do desenvolvimento. 
 
 
 
NOTOCORDA – Formação do processo 
notocordal 
A notocorda é formada por sinais indutores, vindos da região 
da linha primitiva, que induzem as células precursoras 
notocordais a formá-la. A notocorda tem como funções definir 
o eixo do embrião, serve de base para a formação do 
esqueleto axial, e é o futuro local dos corpos das vértebras. O 
desenvolvimento da notocorda tem início com a formação do 
processo notocordal, que tem origem na invaginação e 
migração de células diferenciadas do nó primitivo, formando 
um bastão celular que aumenta de tamanhoem direção à 
placa pré-cordal (células endodérmicas aderidas a 
ectodérmicas que irão formar a membrana bucofaríngea, 
futura boca). Este bastão celular apresenta um canal central 
denominado canal notocordal. 
A notocorda desaparece com a formação dos corpos 
vertebrais, porém persiste como núcleo pulposo de cada disco 
intervertebral. Durante seu desenvolvimento, a notocorda 
induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se, formando a 
placa neural, primórdio do sistema nervoso central. 
 
Alantoide 
Surge por volta do 16º dia como uma pequena evaginação da 
parede caudal da vesícula umbilical (saco vitelino) que se 
estende para o pedículo de conexão (pedículo do embrião. Em 
humanos, o alantoide permanece pequeno, mas o o 
mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e 
formará as artérias umbilicais que servirão à placenta. 
Neurulação: formação do tubo neural 
A neurulação é induzida pela formação da notocorda, ocorre 
no ectoderma, e resulta na formação do tubo neural e de 
pares de cristas neurais, dando início a formação do sistema 
nervoso central. 
A notocorda induz um espessamento nas células do ectoderma 
sobrejacente a ela, formando, desta forma, a placa neural, 
alongada de células epiteliais espessadas. As células da placa 
formam o neuroectoderma que origina o sistema nervoso 
central e algumas outras estruturas, como a retina. A placa 
neural se invagina ao longo do seu eixo central formando uma 
depressão chamada de sulco neural, e consequentemente ao 
lado desta depressão, serão formadas elevações denominadas 
de pregas neurais. 
Gradualmente, a placa neural se dobra, aproximando as pregas 
neurais que irão se fundir, formando o tubo neural. O tubo 
neural logo se separa do ectoderma de superfície à medida 
que as pregas neurais se encontram. 
Até a fusão do tubo neural estar completada, as extremidades 
cefálica e caudal do tubo neural comunicam-se com a cavidade 
amniótica por meio dos neuroporos anterior (cranial) e 
posterior (caudal), respectivamente. O fechamento do 
neuroporo anterior ocorre em aproximadamente 25 dias do 
desenvolvimento, enquanto o neuroporo posterior se fecha 
com 28 dias. A neurulação então é completada e o sistema 
nervoso central é representado pelo fechamento da estrutura 
tubular em formação com uma região cefálica muito larga, 
caracterizada por várias dilatações, as vesículas encefálicas, e 
uma estreita porção caudal, a medula espinhal. 
Concomitantemente ao fechamento do tubo neural, algumas 
células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem 
interna de cada prega neural formam um grupo celular 
diferenciado chamado de crista neural. Essas células perdem a 
sua afinidade epitelial e se ligam às células vizinhas. Conforme 
o tubo neural se destaca do ectoderma de superfície, as 
células da crista neural formam uma massa achatada entre o 
tubo neural e o ectoderma sobrejacente, dando origem a 
crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e 
esquerda, que se deslocam para os aspectos dorsolaterais do 
tubo neural, onde se subdividirão em pares de cristas neurais. 
Neste local, elas darão origem aos gânglios sensoriais dos 
nervos espinhais e cranianos 
Diferenciação do Mesoderma intra-
embrionário 
Inicialmente, as células da camada germinativa mesodérmica 
se arranjam formando uma fina camada de tecido frouxo de 
cada lado da notocorda. Próximo ao 17º dia do 
desenvolvimento embrionário, as células mais próximas à 
notocorda proliferam e formam uma placa espessada 
denominada como mesoderma paraxial. Esta placa de 
mesoderma paraxial é contínua lateralmente ao mesoderma 
intermediário, que gradualmente se estreita em uma camada 
de mesoderma lateral. O mesoderma lateral é contínuo com o 
mesoderma extraembrionário somático, que reveste o âmnio, 
e com o mesoderma extraembrionário esplâncnico que 
reveste a vesícula umbilical 
Desenvolvimento dos somitos 
 
Próximo ao fim da terceira semana do desenvolvimento, o 
mesoderma intra-embrionário paraxial se diferencia, 
condensa-se e começa a se dividir em corpos cuboides 
pareados, os somitos, que se formam em uma sequência 
cefalocaudal, estão localizados em cada lado do tubo neural 
em desenvolvimento, e darão origem à maior parte do 
esqueleto axial e à musculatura associada, assim como a 
derme da pele adjacente. 
O primeiro par de somitos tem origem na região occipital do 
embrião. Daí, novos somitos aparecem em uma velocidade de 
aproximadamente três pares por dia, até que, no final da 
quinta semana, 42 a 44 pares de somitos estão presentes. 
Existem quatro pares occipitais, oito cervicais, doze torácicos, 
cinco lombares e oito a 10 coccígeos. O primeiro par occipital e 
os últimos cinco a sete pares de somitos desaparecem mais 
tarde, enquanto os remanescentes formam o esqueleto axial. 
Cada somito se diferencia em duas partes: 
o A parte ventromedial é denominada de esclerótomo 
– suas células formam as vértebras e as costelas. 
o A parte dorsolateral é denominada de 
dermomiótomos – as células provenientes do 
miótomo formam mioblastos (células musculares 
primordiais), enquanto aquelas provenientes do 
dermátomo formam a derme (fibroblastos). 
Desenvolvimento do celoma intraembrionário 
Seu primórdio surge na forma de espaços celômicos isolados 
no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico. Esses 
espaços se unem formando o celoma intraembrionário, que 
divide o mesoderma lateral nas camadas visceral (ou 
esplâncnica, que cobre o saco vitelino) e parietal (ou somática, 
que cobre o âmnio). 
A união do mesoderma somático com o ectoderma 
sobrejacente forma a somatopleura (parede do corpo do 
embrião), enquanto a união do mesoderma esplâncnico com o 
endoderma subjacente forma a esplancnopleura (intestino do 
embrião). Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário 
é dividido em três cavidades do corpo: cavidade pericárdica, 
cavidades pleurais e cavidade peritoneal. 
Quarta semana à oitava 
semana 
É o período no qual as principais estruturas internas e externas 
se estabelecem. Ao fim dele, os principais sistemas de órgãos 
já iniciaram seu desenvolvimento com funcionamento mínimo 
(excetuando-se o sistema cardiovascular). A formação dos 
tecidos e órgãos leva à mudança na forma do embrião. No final 
da oitava semana, o embrião encontra-se com aspecto 
humano. 
O desenvolvimento embrionário é dividido em três fases: 
o Crescimento: envolve divisão celular e elaboração de 
produtos celulares. 
o Morfogênese: desenvolvimento da forma, do 
tamanho e outras características de um órgão ou 
parte do corpo. Envolve alterações complexas e o 
movimento das células possibilita a interação entre 
as mesmas durante a formação de tecidos e órgãos. É 
um processo molecular complexo controlado pela 
expressão e regulação de genes específicos em uma 
sequência ordenada. 
o Diferenciação: maturação dos processos fisiológicos. 
Seu término resulta na organização de células em um 
padrão preciso de tecidos e órgãos que são capazes 
de executar funções especializadas. 
O dobramento do disco embrionário trilaminar plano permite 
o estabelecimento da forma do corpo do embrião e é um 
importante acontecimento durante este período embrionário. 
Esse dobramento acontece, simultaneamente, no plano 
mediano (céfalo-caudal) e no plano horizontal (transversal), 
decorrente do rápido crescimento do embrião, onde a 
velocidade de crescimento nas laterais do disco embrionário 
não acompanha o ritmo de crescimento do eixo maior. 
Concomitantemente a esse crescimento, a vesícula umbilical 
(saco vitelino) sofre uma constrição relativa. 
O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as 
pregas cefálica e caudal, levando essas regiões a se deslocarem 
ventralmente, enquanto o embrião alonga-se cefálica e 
caudalmente. Note o rápido desenvolvimento do tubo neural 
que dará origem ao sistema nervoso central. 
 
o Prega cefálica: ao início da quarta semana, as pregas 
neurais da região cefálica formam o primórdio do 
encéfalo ao se espessarem.O encéfalo em 
desenvolvimento projeta-se dorsalmente na cavidade 
amniótica. O encéfalo anterior em desenvolvimento, 
então, cresce na direção cefálica além da membrana 
bucofaríngea (orofaríngea), colocando-se sobre o 
coração em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o 
septo transverso, o coração primitivo, o celoma 
pericárdico e a membrana bucofaríngea movem-se 
na superfície ventral do embrião. No período do 
dobramento longitudinal, o intestino anterior, que se 
situa entre o encéfalo e o coração, é formado a partir 
da incorporação de parte do endoderma do saco 
vitelino. A membrana bucofaríngea (orofaríngea) 
separa o intestino anterior do estomodeu. 
Posteriormente, esta membrana se rompe, 
estabelecendo uma conexão livre entre a cavidade 
oral e o intestino primitivo. Depois do dobramento, o 
celoma pericárdico está localizado ventralmente em 
relação ao coração, e cefálico ao septo transverso. 
Nesse momento, os celomas intra e extraembrionário 
comunicam-se livremente por ambos os lados. 
o rega caudal: o crescimento da parte distal do tubo 
neural – primórdio da medula espinhal, leva ao 
dobramento da extremidade caudal, levando à 
projeção da eminência caudal (uma região da cauda) 
sobre a membrana cloacal (futura região do ânus). 
Durante o dobramento, parte da camada 
endodérmica é incorporada formando o intestino 
posterior (primórdio do colo descendente e reto). 
Sua porção distal se dilata e forma a cloaca 
delimitada pela membrana cloacal, que se rompe na 
7ª semana criando uma abertura para o ânus. A linha 
primitiva, que antes do dobramento encontrava-se 
cranialmente à membrana cloacal, fica agora caudal. 
O pedículo de conexão ou do embrião (primórdio do 
cordão umbilical) fica preso à superfície ventral do 
embrião, enquanto a alantoide (divertículo da 
vesícula umbilical) é parcialmente incorporada ao 
embrião. 
 
Dobramento do embrião no plano horizontal 
Resulta do rápido crescimento dos somitos e da medula 
espinhal levando à formação das pregas laterais direita e 
esquerda. O embrião torna-se cilíndrico a partir do 
dobramento da parede ventrolateral em direção ao plano 
mediano, deslocando as bordas do disco embrionário 
ventralmente. Com a formação das paredes abdominais, parte 
da camada germinativa endodérmica é incorporada dando 
origem ao intestino médio (primórdio do intestino delgado). 
Com a transformação do pedículo de conexão (pedículo do 
embrião) no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas 
laterais reduz a região da comunicação entre as cavidades 
celômicas intra e extraembrionárias a uma comunicação 
estreita. À medida que a cavidade amniótica se expande e 
oblitera a maior parte do celoma extraembrionário, o âmnio 
passa a formar o revestimento epitelial que recobre o cordão 
umbilical. 
Terceiro mês de gestação 
Nona semana 
As pálpebras ainda estão fundidas, as orelhas com implantação 
baixa, hipertelorismo ocular (afastamento entre as órbitas) e 
membros curtos. Genitália externa semelhante do sexo 
masculino e feminino. Antígeno y: sexo masculino. 
Décima à décima primeira semana 
Nas mãos, forma-se o campo ungueal (porção proximal que 
dará origem à unha) e a simpressões digitais. Na face, o perfil 
torna-se humano e o queixo cresce. Nessa face regride a 
onfalocele fisiológica, caso não regrida, caracteriza a 
onfalocele patológica (o intestino, o fígado e, ocasionalmente, 
outros órgãos, ficam fora do abdômen, numa bolsa de 
peritônio , devido a um defeito no desenvolvimento dos 
músculos da parede abdominal. 
Décima segunda semana 
A ossificação primária é iniciada, junto com a diferenciação da 
genitália externa. Eritropoiese do fígado para o baço. O baço 
assume a função de hematopoese. Primeira formação de urina 
(líquido amniótico e deglutição; excreção via membrana 
placentária). Maior centro de ossificação nos ossos longos dos 
membros superiores do que inferiores. 
 
Quarto mês de gestação 
Décima quarta semana 
Os membros são visíveis na ultrassonografia e já há 
movimentos do feto (a mãe não sente). A cabeça vai ficando 
mais ereta, o hipertelorismo ocular diminui e os olhos 
adquirem certa capacidade de movimento (varredura). 
Formação dos folículos primordiais com ovogônias, nos 
ovários. Reconhecimento da genitália externa. 
Décima sexta semana 
As orelhas se destacam e devido ao ínicio da ossificação os 
membros inferiores se tornam maiores e cabeça se torna 
menor. 
 
 
 
 
 
Quinto mês de gestação 
Décima oitava semana 
Se forma o vérnix caseoso (manter a impermeabilidade da 
pele, protegendo contra microorganismo do líquido amniótico 
e no ambiente externo) : formado por secreções das glândulas 
sebáceas, lagunos (pequenos pêlos pelo corpo que vão 
aparece na vigéssima semana) e um pouco de descamação da 
pele. Fase do primeiro pontapé. 
Vigésima semana 
O laguno forma-se junto com as sombrancelhas e um pouco de 
cabelo. Acúmulo de gordura perto nas regiões retroesternal, 
cervical e perirrenal para produção de calor. No feto 
masculino, os testículos começam a descer, e no feminino, o 
útero e a vagina entram em formação. Essa é a semana de 
transição que pode ocorrer o aborto ou parto prematuro. 
 
Sexto mês de gestação 
Vigisima segunda semana 
Com o desenvolvimento da pele, ela fica enrrugada, 
translúcida e vermelha. O feto ganha mais peso. 
Vigisima quarta semana 
Graças a produção de sufactante iniciada nessa fase, pelos 
pneumócitos II no pulmão, o feto tem condições de 
sobrevivência, pois diminui a tensão que existe entre as 
paredes alveolares e vai permitir que, ao inspirar o alvéolo 
permaneça inabalável, e ao expirar, o alvéolo se conecte e 
permita sua reabertura na próxima inspiração. A pele ainda é 
fina, gelatinosa avermelhada e sem tecido adiposo 
subcutânea. As unhas já aparecem nas mãos. 
 
 
Sétimo mês de gestação 
Vigésima sexta semana 
É a semana que os olhos se abrem e há formação dos cílios. 
Devido ao retardo de desenvolvimento caudal, as unhas dos 
pés se tornam visíveis. O sistema nervoso central dá 
ritmicidade respiratória e temperatura. 
Vigésima oitava semana 
O feto toma um aspecto emagrecido, já que ainda não tem 
tecido celular subcutâneo. O cabelo já está desenvolvido e a 
hematopoese agora é desempenhada pela medula óssea. 
Oitavo e nono mês de 
gestação 
Trigésima à trigésima quarta semana 
O feto tem reflexo pulular à luz (rápido. As unhas alcançam as 
pontas dos dedos das mãos, desenvolve-se o tecido celular 
subcutâneo, conferindo ao bebÊ um aspecto gordo e saudável. 
A pele se torna menos fina, mais rosada e lisa. Crescimento 
mais lento próximo ao nascimento. 
Trigésima sexta semana 
No sexo masculino, é a semana que o testículo termina de 
descer, pela formação da bolsa escrotal. No sexo feminino, se 
formam os grandes lábios. Corpo é relativamente roliço, uma 
vez que o abdôme e a cabeça têm circunferências similares. As 
mãos já tem certa firmeza para agarrar. O pavilhão articular 
apresenta consistência cartilaginosa, junto com a pele que se 
torna mais rosada. Nos pés, a pele forma os sulcos e as unhas 
chegam às pontas dos dedos. O tecido mamário é palpável, o 
cordão umbilical assume posição mais central no abdôme, e o 
vérnix caseoso é escasso. 
Quadrigésima semana (Pós-datismo) 
Como o período habitual de nascimento já está avançado, as 
unhas ultrapassam as pontas dos dedos, a pele descama, o 
líquido amniótico assume coloração esverdeada pela liberaçõ 
de mecôneo (coletada do intestino do feto e constitui as 
primeira evacuações), a placenta inicia uma calcificação e o 
bebê emagrece. 
 
 
 
 
 
Histologia – Eixo Hipotálamo-Hipófie-Gonadal 
Sistema Reprodutor Masculino 
Regulação Hormonal 
O hipotálamo atua na hipófise, que é dividida em duas parte: 
adenohipófise e neurohipófise. A neurohipófise vai liberar 
ocitocina e antidiurético, e a adenohipófise vai liberar 
prlactina, gonadotrofinas, tireotrófico, adrenocorticotrófico e 
somatotrófico. 
 
Pormeio de estímulos internos ou ambientais no SNC, as 
gonadotrofinas (GnRH), no hipotálamo, vão atuar na 
adenohipófise, liberando a produção de LH e FSH. O LH, 
pelas células endócrinas, irá produzir hormônios esteroides 
(testosterona) e a produção de gametas. O FSH vai atuar 
diretamente na produção de gameta. A retroalimentação de 
alça longa/curta que pode ser positiva ou negativa, açã 
longa é entre os hormônios e a hipófise ou hipotálamo; e a 
de açã curta é entre hipófise e hipotálamo. Conclui-se então 
que o hipotálamo coordena a hipófise a liberar o GnRH, 
estimulando a adenohipófise a estimular o FSH e LH. 
Testículos 
Os testículos estão envolvidos em três túnicas: 
 Túnica vaginal, que é uma camada dupla de 
mesotélio derivado do peritônio. Entre os folhetos 
há fluido secretado que permite o movimento sem 
atrito dos testículos no saco escrotal (importante 
para a termorregulação). 
 Túnica Albugínea, um tecido conjuntivo denso não 
modelado, que forma o mediastino testicular, de 
onde partem septos fibrosos para o interior do 
órgão, levando nervos e dividindo-os em lóbulos, 
onde estão alojados os túbulos seminíferos; cada 
lóbulo contém quatro túbulo seminífero. 
 Túnica Vascular: situada internamente à única 
albugínea, é tecido conjuntivo frouxo, ricamente 
vasculrizado. 
 
O testículo com um epitélio germinativo (ou 
seminífero), com as células germinativas e as 
células de Sertoli. As células Germinativas 
dispõem-se no túbulo seminífero em direções 
centrípeta, ao longo da espermatogênese. As 
células mioides são responsáveis pela estrutura do 
túbulo, fibroblastos ricos em filamentos de actina. 
Entre os túbulos há o tecido intersticial (tecido 
frouxo) com as células de Leydig (produzem 
testosterona), nervos, vasos sanguíneos e 
linfáticos. A túnica própria vai ser responsável pela 
delimitação dos túbulos. 
 
* os espermatozoides maturam de fora para 
dentro. Parte de luz contem os 
espermatozoides. 
Espermatogônias 
Estão na camada basal dos túbulos seminíferos; os 
espermatócitos, na camada logo acima; as 
espermátides redondas ou jovens e as 
espermátides alongadas nas camadas superiores, 
e os espermatozoides na luz. 
 
Células de Sertoli 
Apoiam-se na camada basal do túbulo seminífero. São 
colunares, com reentrâncias onde se inserem as células 
germinativas. O nucléolo é proeminente com 
heterocromatina (é quando a cromatina está condensada, 
ou seja, com seus genes inativados). Possui a influência do 
FSH, que faz com que as células de Sertoli atuem na 
maturação das espermatogônias e na produção de secreção 
de fluidos para que os espermatozoides saiam da região 
testicular. 
Células Mioides 
São fibroblastos ricos em filamentos de actina e em 
moléculas de miosina e comprimem os túbulos seminíferos, 
contribuindo para o transporte dos espermatozoides e do 
fluido testicular secretado pelas células de Sertoli. 
Células de Leydig 
Também chamadas de células intersticiais, são poliédricas, 
produtoras de hormônios esteróides , possuem reticulo 
endoplasmático liso e mitocôndrias em abundância. É 
ativada pelo LH, e atua na produção de hormônios de 
testosterona. 
 
Espermiogênese 
É a difereciação morfológica de espermátide em 
espermatozoide, tornando a célula apta para a fecundação. 
O Complexo de Golgi origina uma vesícula contendo 
enzimas que permitirão a passagem do espermatozoide 
pelos envoltórios do oócito, formando o acrosomo, que 
corresponde a 2/3 da cabeça do espermatozoide. Há 
condensação do material genético pela substituiçao de 
histonas por protaminas (condensam mais o material) e o 
alongamento do núcleo pela manchete. A cauda form-ase 
pela polimeração de tubulinas no centríolo distal, 
estruturando o anoxema. Na porção intermediária, há bainha 
mitocondrial em volta do axonema com nove fibras densas; 
na peça principal, há bainha fibrosa com sete fibras densas; 
e na peça terminal há somente o axonema. 
 
Finalizando a espermiogênese, há perda do excesso de 
citoplasma, o corpo residual, tornando a célula alongadaa, 
somente uma pequena quantidade de citoplasma 
permanece na região do pescoço do espermatozoide. O 
espermatozoide é dividido em cabeça, onde há o núcleo e o 
acrossomo, e em cauda (flagelo). A cauda é dividida em 
pescoço, peça intermediária, peça principal e peça terminal. 
A cabeça tem 2/3 de acrossomo, e a outra parte é de 
corantes básicos. 
 
 
Túbulos Seminíferos 
Terminam nos túbulos retos que são constituidos por células 
de Sertoli e epitélio simples pavimentoso ou cúbico. As 
células de Sertoli evitam o refluxo do fluido testicular. Os 
túbulos retos abrem-se na rede testicular e é revestido por 
epitélio simples pavimentoso ou cúbico. Os canais da rede 
testicular fazem comunicação com 12 a 20 dúctulos 
eferentes, e são de epitélio pseudoestratificado colunar. As 
células colunares possuem cílios, mas células cúbicas com 
estereocílios, que absorvem a maior parte do fluido 
testicular. Os cilios e as constrações da musculatura lisa 
permitem o transporte dos espermatozoides para os 
epididimos. 
Epidídimo 
É o local onde os espermatozoides passam de 12 a 21 dias. 
É dividido em cabeça, corpo e causa. A cabeça é a porção 
onde os dúctulos eferentes fundem-se no ducto 
epididimário, e a cauda comporta a região mais distal do 
ducto. O ducto epididimário, bastante longo, é enovelado. É 
pseudoestratificado colunar com estereocílios, o que 
aumenta a superfície absorvida: ocorre a absorção do resto 
do fluido testicular, da gota citoplasmática e de 
espermatozoides degenerados. O golgi é proeminente e 
produz glicoproteínas. Essas modificações compõem a 
maturação dos espermatozoides e torna-os móveis e 
preparados para a fertilização. O epitélio é mais alto nas 
regiões da cabeça e do corpo do que na cauda. A luz da 
ducto é preenchida de espermatozoides na cauda, onde são 
armazenados até a ejaculação. 
 
Canais Deferentes 
São revestidos por epitélio pseudoestratificado 
colunar com estereocílios. Há uma lâmina própria com 
fibras elásticas. A espessa camada de músculo liso 
(responsável pela contratação), promove o 
transportes de espermatozoides na ejaculação. 
Externamente, o tecido conjuntivo frouxo é 
compartilhado com outras estruturas do cordão 
espermático. 
 
Próstata 
Tem a forma e o tamanho de uma castanha, possui 
uma cápsula de tecido conjuntivo denso não 
modelado, com células musculares lisas. Contém 30 a 
50 glândulas tubuloalveolres ramificadas compostas, 
que desembocam na uretra. As glândulas possuem 
células epiteliais colunares, com núcleo basal e a 
região supranuclear ocupada pelo Golgi, sintetizam 
enzimas, como fosfatase ácida prostática, fibrinolisina 
e uma serina protease, denomeada antígeno 
específico prostático. A fibrinolisina e a PSA 
liquefazem o sêmen. A PSA serve de marcador em 
exames de sangue para avaliar a normalidade da 
próstata, e ainda produzem espermidina e espermina, 
que produzem o odor almiscarado do sêmen. 
 
Vesículas Seminais 
São um par originados como um divertículo da porção 
distal dos ductos deferentes. A mucosa é pregueada, e 
o epitélio secretor tem uma camada de células 
colunares ou cúbicas. A lâmina própria é de tecido 
conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. A camada 
interna circular e a camada externa longitudina de 
músculo liso faz contração que impele a serceção para 
os ductos ejaculatórios. A secreção das vesículas 
seminais é viscosa devido a riqueza de açúcares, como 
a frutose, que é a principal fonte de energia 
(mitocôndrias) para os espermatozoides. A 
prostaglandinas estimulam a contratilidade uterina, 
contribuindo para o rápido movimento dos 
espermatozoides para o sítio de fertilização. O ph do 
sêmen é entre 7,2 e 8,0. 
 
 
 
 
Histologia – Sistema Reprodutor Feminino 
 
Ovários 
Da ruptura do folículo maduro na ovulação, forma-se ocorpo 
lúteo, uma glândula endócrina cordonal, que, sob a 
influência do LH, secreta progesterona e um pouco de 
estrógeno. Se ocorrer a fertilização, o corpo lúteo será 
mantido pela gonadotrofina coriônica humana (hCG) e 
atinge 5cm de diâmetro (predominar a mesma proporção de 
hormônio para manter o endométrio durante a gestação). A 
regressão do corpo lúteo resulta no corpus albicans, uma 
cicatriz de tecido conjuntivo denso. Ele persiste por vários 
meses e é substituído pelo estroma. 
O ovário é revestido por epitélio simples pavimentoso ou 
cúbico, contínuo ao mesotélio do peritônio visceral 
(membrana de revestimento). Subjacente, há uma camada 
de tecido conjuntivo denso não modelado, a túnica 
albugínea. 
 
1- Folículo Ovariano Primordial ou Imaturo - Tecido Epitelial de Revestimento 
Pavimentos Simples. 
2- Folículo Ovariano em Crescimento ou em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de 
Revestimento Cúbico Simples. 
3- Folículo Ovariano em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de Revestimento 
Cúbico Estratificado. 
4- Folículo Ovariano em Desenvolvimento - Tecido Epitelial de Revestimento 
Cúbico Estratificado. 
 
O ovário é dividido nas zonas cortical e medular. A zona 
cortical tem um estroma de tecido conjuntivo frouxo, com 
abundância de fibroblastos. Nessa região, situam-se os 
folículos ovarianos, formados pelas células germinativas e 
pelas células foliculares. Há também o(s) corpo(s) lúteo(s). 
A zona medular é contínua ao hilo e é de tecido conjuntivo 
frouxo ricamente vascularizado. Os folículos ovarianos 
podem ser classificados em: primordiais, em crescimento 
(unilaminares, multilaminares e antrais), maduros e 
atrésicos. 
O folículo primordial é constituído pelo ovócito primário e por 
uma camada de células foliculares pavimentosas, unidas por 
desmossomas. 
O folículo em crescimento unilaminar apresenta um ovócito 
primário aumentado; a zona pelúcida, camada de 
glicoproteínas secretadas pelo ovócito, e uma camada de 
células foliculares cúbicas. O aumento no volume do ovócito 
e das células foliculares está relacionado com o incremento 
de organelas para a atividade sintética. 
O folículo em crescimento multilaminar exibe o ovócito 
primário com maior tamanho; a zona pelúcida; a camada 
granulosa, composta de várias camadas de células 
foliculares, e a teca folicular, que corresponde aos 
fibroblastos circunvizinhos. 
Hormônios 
A continuidade da maturação folicular depende da aquisição 
de receptores para FSH pelas células foliculares e da 
influência desse hormônio, ocorrendo após a puberdade. O 
LH também atua sobre o folículo: estimula as células da teca 
interna a secretarem andrógenos. 
Folículos Ovarianos 
Eles se difundem para a camada granulosa, onde são 
convertidos em estrógenos pela aromatase. A síntese dessa 
enzima é promovida pelo FSH. 
No folículo em crescimento antral, o ovócito atingiu o seu 
tamanho máximo, e há o antro folicular, uma cavidade com 
o líquido folicular. As células foliculares secretam 
glicosaminoglicanos, que atraem íons de Na+ e, junto com 
eles, água do plasma sanguíneo. O líquido folicular contém 
proteínas similares ao do soro, proteoglicanas, enzimas e 
hormônios (manter a nutrição e posteriormente a facilidade 
para que ocorra a entrada do espermatozoide). 
Induzidos pelo FSH e pelos estrógenos, são formados, nas 
células foliculares do folículo antral, receptores para LH. 
Esse hormônio é responsável pela secreção de 
progesterona pelas células foliculares. O estrógeno e a 
progesterona entram na corrente sanguínea e atuam sobre 
o organismo, promovendo as características sexuais 
secundárias e preparando outros órgãos do aparelho 
reprodutor para a fertilização e para a implantação do 
embrião. 
FSH  PRODUÇÃO DE RECEPTORES  RECEBEM LH 
 INDUZEM A PORDUÇÃO DE PROGESTERONA PELAS 
CÉLULAS FOLICULARES. 
 
Ovulação 
Os estrógenos realizam feedback positivo sobre a liberação 
do LH. Aproximadamente 24h após o nível de estrógeno 
atingir o seu máximo no sangue, a hipófise libera pulsos 
intensos de LH, que promovem a retomada da meiose do 
ovócito e a ovulação. O ovócito primário conclui a primeira 
meiose, originando o ovócito secundário. Este sofre a 
segunda meiose, interrompendo-a na metáfase 3h antes da 
ovulação. 
O acúmulo do fluido e o consequente aumento do antro 
dividem a camada granulosa. Essa denominação se 
mantém para as camadas de células foliculares adjacentes 
à teca, enquanto as células que se projetam no antro como 
um pedúnculo são o cumulus oophorus, e aquelas que 
circundam o ovócito, a corona radiata. Esse é o folículo 
maduro ou de De Graaf. 
A cada ciclo menstrual, 15 a 20 folículos são recrutados 
para prosseguirem no desenvolvimento, mas somente um 
atinge o estágio de folículo maduro. Os demais degeneram: 
sofrem atresia folicular e são denominados folículos 
atrésicos. 
O ciclo menstrual inicia com a menstruação (fase 
menstrual). Foi estabelecido o primeiro dia do ciclo como 
aquele em que o sangramento surge. Esse sangramento 
consiste na descamação da camada funcional do 
endométrio. A camada basal permanece. Há também a 
perda de 35 a 50mL de sangue, devido ao rompimento dos 
vasos aí presentes. Essa fase dura quatro a seis dias. 
 
Útero em fase menstrual 
Pela ação do FSH hipofisário, há o crescimento dos 
folículos, os quais secretam estrógeno. Esse hormônio 
estimula a proliferação das células da base das glândulas e 
do estroma da camada basal, refazendo o endométrio. O 
aumento brusco do estrógeno provoca a secreção de um 
pico de LH, que desencadeia a ovulação. Essa fase pode 
ser denominada folicular, estrogênica ou proliferativa. 
 
Estimulado pelo LH, o corpo lúteo formado do folículo 
rompido produz principalmente progesterona e um pouco de 
estrógeno. A progesterona mantém o endométrio, pois inibe 
a contratilidade do miométrio, e estimula a secreção das 
glândulas uterinas. Secretam substâncias, como glicogênio 
e glicoproteínas, que se acumulam no endométrio e serão 
consumidas pelo embrião nos seus primeiros dias de 
desenvolvimento. Esse período é a fase lútea, 
progestacional ou secretora. Dura cerca de 14 dias (duração 
do corpo lúteo). 
 
Tubas uterinas 
As tubas uterinas são divididas em: infundíbulo, ampola, 
istmo e intramural. Na época da ovulação, em consequência 
da elevação do estrógeno, as projeções da mucosa do 
infundíbulo, as fímbrias, “varrem” constantemente o ovário, 
captando o ovócito à medida que ele surge na superfície. A 
fertilização geralmente ocorre na ampola. 
As tubas possuem um epitélio simples colunar ciliado, que 
inclui células endócrinas e células secretoras. As células 
secretoras produzem um fluido aquoso, que fornece 
nutrientes para os gametas e o embrião inicial. O tecido 
conjuntivo subjacente ao epitélio é frouxo e bastante 
vascularizado. Abaixo da mucosa, há a camada muscular, 
constituída por subcamadas interna circular e externa 
longitudinal. Delimitando as tubas, contínua ao peritônio, há 
uma serosa. A atividade dos cílios e da musculatura lisa é 
estimulada pelo estrógeno, favorecendo o transporte do 
ovócito e do embrião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES DO FÓRUM 
1. que é clivagem? 
Clivagem são sucessivas divisões mitóticas, sem a fase 
do crescimento do ciclo celular. As células geradas são 
os blastômeros. A célula-mãe tem seu citoplasma 
repartido paraa as células-filhas, para estabelecer o 
volume correto do núcleo nas células somáticas. A 
clivagem dos mamíferos é o ovo oligolécito, em que o 
fuso mitótico está localizado no centro, e é 
holoblástica igual. 
 
2. Por que as denominações mórula e blástula? 
Mórula é a massa sólida de uma série de clivagens de 
um zigoto. Vista sob ampliação, está massa compacta 
de célulaslembra o fruto da amoreira, ou seja, a 
mórula aparenta à uma amora. Blastocisto é uma 
camada interna de células que originam o embrião. 
Blasto vem do grego BLASTÓS, que significa “broto”, e 
cisto vem de KYSTIS, que significa “bolsa”. 
 
3. Quando e como ocorre a implantação do embrião? 
A implantação do embrião ocorre, normalmente após 
6 dias da fecundação, ou seja, na primeira semana de 
gestação, quando os blastômeros, após várias 
clivagens, se torna a mórula, que alcança 
a cavidade uterina, ocorre a degeneração total da 
zona pelúcida, e forma um espaço cheio de fluido, 
denominado blastocele, formando o blastocisto, que 
aderir ao epitélio endometrial, a nidação. 
 
4. Como se dá a formação da placenta? Quais são os 
seus constituintes? Quais as suas funções? 
A placenta inicia seu desenvolvimento uma semana 
após a fecundação. Uma das camadas do blastocisto, 
a camada externa, formada a face fetal da placenta. 
Essa camada inicia a formação das vilosidades 
coriônicas, que ligam os vasos sanguíneos da placenta 
à parede do útero, que é o canal de trocas entre a 
mãe e o bebê. Por volta do primeiro trimestre de 
gestação, a placenta está completamente formada e 
ligada à parede uterina. Nos próximos seis meses, vai 
alimentar, fornecer oxigênio, produzir e segregar 
hormônios que ajudarão no desenvolvimento do 
bebê, manutenção da gravidez, e preparação do 
corpo materno. A placenta é constituída por uma 
porção fetal, os córions, e por uma porção materna, a 
decídua basal. 
 
5. Explique a formação do sistema nervoso e dos 
órgãos sensoriais. 
A formação do sistema nervoso começa 
na neurulação, pela formação da notocorda, que 
ocorre no ectoderma, e resulta na formação do tubo 
neural e de pares de cristas neurais, dando início a 
formação do SNC. A notocorda induz um 
espessamento nas células do ectoderma, formando a 
placa neural. As células da placa forma 
o neuroectoderma, que origina o SNC. A placa se 
invagina e forma o sulco neural, que se transformarão 
em pregas neurais, que irão se fundir e formar o tubo 
neural. O SNC é representado pelo fechamento da 
estrutura tubular em formação, a medula espinhal. 
Com o fechamento do tubo neural, há um grupo 
celular chamado crista neural, que se separa em duas 
partes que se deslocam para os aspectos dorsolaterais 
do tubo neural, onde ocorrerá divisão e darão origem 
aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e 
cranianos. 
 
6. Comente sobre anencefalia e a espinha bífida 
(profilaxia). 
Anencefalia é uma má formação do cérebro durante a 
formação embrionária, que acontece entre o 16º e o 
26º dia de gestação, caracterizada pela ausência total 
do encéfalo e da caixa craniana do feto. Em metade 
dos casos, acontece porque a mãe sofre uma 
deficiência de ácido fólico, sendo recomendado a 
suplementação com ácido fólico durante os primeiros 
três meses. A espinha Bífida é um defeito congênito 
que ocorre quando os ossos da coluna não se formam 
completamente, resultando em um abertura na 
coluna das costas, geralmente na região sacral. Há 
vários tipos: a mielomeningocele, que é aberta e 
forma uma bolsa exposta e expõe a medula espinhal 
do bebê com o líquido amniótico da mãe, sendo 
prejudicial; a meningocele, que é quando a 
medula espinhal e o tecido nervoso não se projetam 
para dentro do saco, sendo recobertos pela pele; 
a lipomielomeningocele, quando a medula espinhal 
no saco é coberta por gordura e pele. As causas ainda 
são desconhecidas, entretanto é possível reduzir a 
incidência de espinha bífida com o uso do ácido 
fólico. 
 
7. Como se dá a formação da face e por que ocorrem 
as fendas labial e palatina. 
Ainda na terceira semana de gestação, as células da 
crista neural formadas a partir do ectoderma, migram 
para a estrutura em desenvolvimento da cabeça e do 
pescoço, onde dão origem aos processos frontonasal, 
mandibular e maxilar. Embora elas não produzam as 
células musculares, oriundas do mesoderma, elas 
determinam a forma da face. As anormalidades dos 
músculos faciais normalmente devem-se à 
interferência na migração ou diferenciação das células 
da crista neural. O ectoderma além do SN, dá origem 
ao epitélio da pele facial, cavidade nasal e palato. Na 
quarta semana de gestação, os arcos branquiais, 
originários do mesoderma, dão à cabeça e ao pescoço 
a sua aparência típica. Na quinta semana, há o 
crescimento da cabeça e saliências faciais dos nariz, 
olhos e orelhas. Na sexta semana, a boca começa a se 
formar e, na semana seguinte, o lábio superior está 
formado e o nariz mais proeminente, porém o palato 
não está completamente desenvolvido. A partir de 
doze semanas, crescem os olhos e as orelhas. as 
fendas palatinas podem resultar 
de falhas das cristas palatinas de se contatarem por 
causa de uma falha de crescimento ou de um 
distúrbio no mecanismo de elevação das cristas; falha 
das cristas em se fundirem após o contato ter sido 
estabelecido devido ao fato de o epitélio de 
revestimento não se romper ou não ser reabsorvido; 
ruptura após ter ocorrido a fusão das cristas; fusão e 
consolidação defeituosa do mesênquima das cristas 
palatinas. 
 
8. O que a ingestão de álcool pode provocar durante 
a gravidez? 
Os riscos são: 
 O álcool passa pela placenta e atinge o fígado 
do feto, que demora duas vezes mais lentamente 
para metabolizar o álcool. 
 Risco de aborto espontâneo; 
 Trabalho de parto prematuro; 
 Prejuízos no feto: falta de crescimento, 
rosto desfigurado e retardo mental, problemas de 
comportamento; peso menor. 
 Síndrome do álcool (SAF): retardo do 
crescimento intrauterino, retardo no 
desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, 
irritabilidade e hiperatividade durante a infância, 
microcefalia, malformações da face com nariz 
curto, lábio superior fino e mandíbula pequena, 
pés tortos, malformações cardíacas, maior 
sensibilidade a infecções e maior taxa de 
mortalidade neonatal. 
 
9. quais são as causas do sopro cardíaco? 
 
 Período neonatal: problemas estruturais do 
coração (cardiopatia congênita). 
 Criança: normalmente, as causas são 
infecções, anemia, febre, mas também podem ser 
causas inocentes, decorrente das características 
próprias da faixa etária pediatria, como 
frequência cardíaca mais alta, parede do tórax 
mais fina, maior angulação das artérias quando 
saem do coração, colaborando para que o fluxo 
sanguíneo seja mais turbulento, menor 
viscosidade sanguínea, o que contribui para o 
sangue circular em maior velocidade. 
10. Em qual período da gestação (em semanas) 
acontece a organogênese. Faça uma síntese do 
desenvolvimento dos sistemas cardiovascular, 
respiratório, digestório, urinário e reprodutor. 
A organogênese ocorre entre a quarta e a oitava 
semana. 
Sistema Cardiovascular: esse sistema é o segundo a 
iniciar a sua formação (o primeiro é o sistema 
nervoso). O coração é gerado a partir de dois tubos 
endocárdios, originados como vasos, no mesoderma 
lateral esplâncnico da região cranial. Esses tubos se 
fundem com a aproximação das extremidades dos 
folhetos embrionários no dobramento do embrião no 
plano transversal. O dobramento no plano 
longitudinal leva a área cardiogênica para uma 
posição ventral ao intestino anterior. O tubo cardíaco 
sofre quatro cavidades: bulbo cardíaco (futuro 
ventrículo direito), ventrículo primitivo (futuro 
ventrículo esquerdo), átrio primitivo (futuro átrio 
direito e esquerdo), e seio venoso (futuro seio 
coronário). Esse coração primitivo começa a bater por 
volta do 22º dia. 
Sistema Respiratório: surge a partir de uma 
invaginação da extremidade caudal da faringe, o 
tubo laringotraqueal, que ramifica-se e origina a 
traqueia, os brônquios e os bronquíolos. O 
endoderma diferencia-se no epitélio, e o mesoderma 
lateral esplâncnico, no tecido conjuntivo, e no 
músculo liso do trato respiratório. O pulmão inicia-se 
pelo surgimento do divertículo respiratório até os 
seguimentos broncopulmonares, depois há o 
crescimento dessesseguimentos, agora chamado de 
ductos, formação dos bronquíolos respiratórios até a 
organização dos sacos alveolares nas extremidades 
dos brônquios respiratórios. 
Sistema Digestório: inicia-se pela formação do 
intestino primitivo, quando as extremidades do 
endoderma aproximam-se e incorporam a parte 
dorsal da vesícula vitelina. A ectorderma vai ser 
responsável pelo epitélio da cavidade oral, das 
glândulas salivares parótidas e do terço inferior do 
canal anal. A língua desenvolve-se a partir do 
endoderma e do mesênquima dos arcos branquiais. 
 Intestino anterior originará faringe, esôfago, 
estômago, duodeno, pâncreas, fígado e a vesícula 
biliar. 
 Intestino médio originará o resto do intestino 
delgado (jejuno e íleo) e parte do intestino 
grosso. 
 Intestino posterior formará o resto do 
intestino grosso e a porção superior do cana 
anal. 
 Endoderma originará o epitélio de 
revestimento do tudo digestório e dos seus 
anexos (glândulas sublinguais e submandibulares, 
fígado, vesícula biliar e pâncreas). 
 O mesoderma lateral esplâncnico deriva o 
tecido conjuntivo, o músculo liso e o revestimento 
epitelial do peritônio visceral. 
 O mesoderma lateral somático é responsável 
pelo peritônio parietal e pela derme do 
abdômen. 
Sistema Urinário: O primeiro rim a se desenvolver é 
o pronefro. ureter, a pelve renal, os cálices e os tubos 
coletores surgem da ramificação do broto uretérico 
(ou divertículo metanéfrico). Os néfrons diferenciam-
se em uma condensação do mesoderma associado 
aos brotos uretéricos, o blastema metanéfrico. Os 
túbulos do néfron e os tubos coletores tornam-se 
contínuos, de modo que a urina formada no néfron é 
eliminada para as vias urinárias. O metanefro produz 
urina hipertônica. 
Sistema Reprodutor: Na quinta semana de 
desenvolvimento, as cristas gonadais são 
reconhecidas como dois espessamentos longitudinais 
do mesoderma intermediário, entre o mesonefro e o 
mesentério dorsal. Elas são constituídas pelo epitélio 
celomático, derivado do mesoderma em contato com 
o celoma, e pela crista mesonéfrica, que corresponde 
ao restante do mesoderma. O epitélio celomático 
originará os cordões sexuais, os quais crescem para o 
mesênquima subjacente da crista mesonéfrica. A 
gônada indiferenciada, nesse momento, consiste em 
um córtex e em uma medula. No sexo masculino, em 
um grupo de células somáticas da gônada em 
desenvolvimento, há a expressão do fator 
determinante testicular pelo gene SRY, localizado no 
braço curto do cromossomo Y. Esse fator promove a 
diferenciação das células dos cordões sexuais 
primários em células de Sertoli. No sexo feminino 
(sem SRY), os cordões sexuais primários, situados na 
medula, degeneram, e uma nova migração de células 
do epitélio celomático para o mesênquima do córtex 
origina os cordões sexuais secundários. 
Os gonócitos são incorporados neles e diferenciam-se 
em oogônias. 
11. A partir de que idade gestacional se usa o termo 
feto? Que mudanças ocorrem nele? 
 
O embrião passa a ser chamado de fato a partir da 
nona semana, com o fim do período embrionário da 
oitava semana, que é quando ele começa a adquirir 
um aspecto humano. 
12. Como se formam os membros? Enfatize as 
seguintes anomalias: amelia, meromelia, polidactilia e 
sindactilia. 
 
O primeiro indício dos membros começa na quarta 
semana de desenvolvimento e são chamados de 
brotos, que são formados sobre uma faixa de 
ectoderma. Na ponta de cada broto forma uma crista 
ectodérmica apical, que interage com o mesênquima, 
fazendo com que esses brotos cresçam para fora. 
Amelia: ausência de um ou mais membros. 
Meromelia: desenvolvimento parcial dos membros. 
Polidactilia: formação de raios digitais extras. 
Sindactilia: fusão dos dedos pela não morte das 
células da membrana interdigital. 
9. O QUE É CÉLULA-TRONCO, QUAIS OS TIPOS E 
SUAS POTENCIALIDADES? 
As células-tronco surgem no ser humano, ainda na 
fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o 
nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si 
uma pequena porção de células-tronco, que são 
responsáveis pela renovação constante desse órgão 
específico. 
Essas células têm três características distintas: 
 Conseguem se autorreproduzir, duplicando-
se, gerando duas células com iguais 
características. 
 Conseguem diferenciar-se, dando origem a 
diversas outras células de seus respectivos tecidos 
e órgãos. 
 Conseguem diferenciar-se, transformando-se 
em diversas células de outros tecidos da mesma 
origem evolutiva. 
Tipos de células tronco: 
 Pluripotentes: As células pluripotentes, ou 
embrionárias, são assim chamadas por possuir a 
capacidade de se transformar em qualquer tipo 
de célula adulta. Elas são encontradas no 
embrião, apenas quando este se encontra no 
estágio de blastocisto (4 a 5 dias após a 
fecundação). 
 Multipotentes: Na fase adulta, as células-
tronco encontram-se, principalmente, na medula 
óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada 
órgão do nosso corpo possui um pouco de células-
tronco para poder renovar as células ao longo da 
nossa vida. Elas podem se dividir para gerar uma 
célula nova ou outra diferenciada, e são menos 
versáteis que as embrionárias. 
A terapia celular é a troca de células doentes por 
células novas e saudáveis, e este é um dos possíveis 
usos para as células-tronco no combate a doenças. Em 
teoria, qualquer doença em que houver degeneração 
de tecidos do nosso corpo poderia ser tratada através 
da terapia celular. Porém, mesmo com os resultados 
de testes sendo positivos ou, pelo menos, 
promissores, as pesquisas de células-tronco e suas 
aplicações para tratar doenças ainda estão em estágio 
inicial. É preciso utilizar métodos rigorosos de 
pesquisa e testes para garantir segurança e eficácia a 
longo prazo. 
1. Compare a espermatogênese e a oogênese, 
segundo os órgãos onde ocorrem, o nome das células 
envolvidas e a sua sequência de origem, com o 
número de conjuntos cromossômicos (n) e a 
quantidade de DNA que possuem, o tipo de divisão 
celular que sofrem e as fases da vida que surgem? 
Espermatogênese: ocorre nos testículos. Fases: 
espermatogônia (2n2C) -> mitose -> espermatogônia 
(2n2C) -> interfase -> espermatócito primário (2n4C) -
> meiose I -> espermatócito secundário (1n2C) -> 
meiose II -> espermátide (1n1C) -> espermiogênese 
(ou diferenciação) -> espermatozoide (1n1C). 
Oogênese: ocorre nos ovários. Fases: oogônia (2n2C) -
> mitose -> oogônia (2n2C) -> interfase -> ovócito 
primário (2n4C) -> meiose I -> ovócito secundário e 1º 
corpúsculo polar (1n2C) -> meiose II -> óvulo e 2º 
corpúsculo polar (1n1C). 
2. Explique o mecanismo responsável pela interrupção 
do ovócito primário na prófase I por um período tão 
longo e como é a retomada a meiose. 
É interrompido no diplóteno da prófase, por causa da 
alta concentração de monofosfato de adenosina cíclica 
(AMPc), resultando da produção pelo próprio ovócito e 
pelas células vizinhas, as células foliculares. A 
passagem do AMPc das células foliculares para o 
ovócito ocorre através de junções comunicantes. A alta 
concentração de AMPc inativa o fator promotor de 
maturação (MPF) responsável pela continuação da 
meiose. Depois da puberdade, em cada ciclo menstrual 
um ovócito primário retoma a meiose, pois, sob 
influência do LH, as junções gap entre as células 
foliculares e o ovócito fecham-se reduzindo a 
quantidade de AMPc, assim com uma concentração 
menor dessa substância ativa-se o MPF e a prófase 
prossegue. 
3. O ovócito secundário é liberado do ovário em qual 
fase da divisão meiótica? Qual é o estímulo para a 
conclusão da meiose? 
Na separação dos cromossomos homólogos da meiose 
é formado o ovócito secundário. O ovócito secundário 
começou segunda meiose, mas ela foi interrompida na 
metáfase, então, com a entrada do espermatozoide, os 
níveis citoplasmáticos de Ca2+ aumentam, ativando a 
proteína quinase dependente de CAM-quinase II. Essa 
enzima degradaa ciclina do MPF, dando continuidade 
a divisão meiótica. Assim, o ovócito secundário termina 
a meiose II, e por citocinese assimétrica, com a 
separação das cromátides irmãs, gera o óvulo e o 
segundo corpúsculo polar. 
4. Classifique os folículos ovarianos, especificando os 
seus constituintes. 
Na zona cortical do ovário existe um estroma de tecido 
conjuntivo frouxo, com abundância de fibroblastos, e 
nessa região ficam os folículos ovarianos que são 
formados pelas células germinativas e pelas células 
foliculares. E são classificados em: 
- Folículos primordiais são constituídos pelo ovócito 
primário e por uma camada de células foliculares 
pavimentosas, unidas por desmossomos. 
- Folículos em crescimento tem uma subdivisão: 
- Unilaminar apresentam somente uma camada de 
células foliculares, já com a zona pelúcida e matriz 
extracelular com glicoproteínas. 
- Multilaminar resultante da proliferação das células 
foliculares em várias camadas celulares, esse conjunto 
de camadas é chamado de camada granulosa. 
- Antral, o fluído que se acumula entre as células 
foliculares coalesce em uma cavidade, o antro folicular. 
O líquido folicular contém um complemento de 
proteínas similar ao do soro, proteoglicanas, enzimas e 
hormônios (FSH, LH, estrógeno e progesterona). 
- Maduro ou De Graaf, com o acumulo do fluido e o 
consequente aumento do antro dividem a camada 
granulosa. Esse folículo tem camada de células 
foliculares adjacentes à teca, e algumas células 
(cumulus oophurus) se projetam no antro como um 
pedúnculo, e algumas que circundam o ovócito 
(corona radiata). 
- Atrésicos, como a cada ciclo menstrual até 50 
folículos são liberados, mas apenas um atinge o 
estágio de folículo maduro, os demais se degeneram, 
sofrem a chamada atrésia folicular. 
5. Quais são os hormônios que atuam sobre as células 
da teca e as células foliculares? E quais são os 
hormônios (ou substâncias) que essas células 
produzem? 
O FSH estimula a proliferação e diferenciação das 
células da granulosa e induz a formação do antro. Já o 
LH tem como principal função, em folículos não 
ovulatórios, estimular a atividade da enzima 
esteroidogênica, a aromatase, nas células da teca, além 
de promover a ovulação e estimular a luteinização das 
células da granulosa e células da teca em folículos pré-
ovulatórios. Ou seja, o LH e FSH induzem o ovário a 
produzir seu próprio hormônio, o estrogênio 
6. Se vários folículos são recrutados para crescimento 
em cada ciclo menstrual, por que há geralmente a 
liberação de um só ovócito? 
Porque um deles cresce mais do que os outros, se 
sobressaindo, torna-se dominante e os demais entram 
em atrésia. 
7. O que é corpo lúteo? É mantido por qual hormônio? 
O que secretam? 
Corpo lúteo é uma estrutura endócrina temporária que 
se forma em todos os ciclos menstruais, é estimulado 
pelo LH e FSH, produz progesterona, e também 
pequenas quantidades de estradiol. Caso ocorra a 
gravidez, é fundamental para a manutenção do 
endométrio, de 8 a 12 semanas. Caso não ocorra 
fecundação, ele é substituído por um tecido cicatricial 
branco, chamado de corpo albicans. 
8. Descreva o ciclo menstrual, mencionando as suas 
fases, os hormônios envolvidos, o que ocorre no ovário 
e no endométrio. 
Foliculogênese (1º ao 4º dia): transformação do 
folículo primordial em um folículo ovulatórios, com o 
aumento do FSH. O folículo primordial, após a 
maturação, passa a ser chamado de folículo primário 
que também progride e passa a ser chamado de pré-
antral (secundário). Cria-se então a zona pelúcida, e as 
células da granulosa sofrem proliferação e são capazes 
de sintetizar esteroides e possuem receptores para 
FSH. Depois, o folículo passa a ser chamado de antral, 
pois aumenta o líquido folicular com estrógeno. 
Seleção do folículo dominante (5º ao 7º dia): um 
folículo começa a crescer acima dos demais, fazendo 
com que os outros entrem em atrésia. As células 
granulosas crescem e o folículo entra no estágio pré-
ovulatório. Então, produz mais estrogênio, alcançando 
o pico 3 dias antes da ovulação. 
Ovulação: ocorre no 14º dias, liberando o líquido 
folicular. Óvulo cercado pela coroa radiata. 
Fase lútea (14 dias): o corpo lúteo se degrada ou 
mantém-se ativo, indicando possível gravidez. A 
progesterona promove um maior revestimento do 
endométrio, preparando o útero para receber o óvulo 
fecundado e fixar o zigoto. Se de fato ocorrer a 
nidação, inicia-se a produção de hCG, mantendo o 
corpo lúteo ativo. Caso não ocorra fecundação, o 
corpo lúteo se degenera e inicia-se um novo ciclo com 
a vinda da menstruação, nesse caso, há uma 
consequente diminuição da estimulação das células do 
endométrio, e uma involução do endométrio, para 
uma espessura, aproximadamente, 65% menos que a 
anterior. Além disso irá ocorrer uma vasoconstricção 
dos vasos sanguíneos, que juntamente com a perda de 
estimulação hormonal, levarão à uma necrose do 
endométrio. 
9. Como a pílula promove a supressão da ovulação? 
Os contraceptivos hormonais, em sua maioria 
compostos por estrogênio e progesterona sintéticos, 
agem sobrepujando os hormônios que desencadeiam 
a ovulação. Estes anticoncepcionais têm a função de 
manter os níveis constantes de progesterona e 
estrogênio, que inibem a secreção hipofisária de LH e 
FSH através do feedback (retroalimentação), mantendo 
os óvulos “adormecidos” e impedindo a ovulação. 
10. Qual o mecanismo de ação da “pílula do dia 
seguinte”? 
1. Os comprimidos liberam hormônios sintéticos na 
corrente sanguínea. Eles diminuem no organismo o 
nível do hormônio folículo estimulante, o FSH. Ele é 
responsável, entre outras coisas, pelos movimentos da 
trompa que liberam o óvulo e o empurram em direção 
ao útero. Sem FSH, a trompa sossega, o óvulo 
estaciona e não encontra o espermatozóide 
2. Para garantir o serviço, a pílula age também no 
endométrio. Os hormônios provocam uma 
descamação nessa mucosa, o que impede que o óvulo 
fecundado “grude” nas paredes do útero. 
1. Quais as modificações que a espermátide 
sofre para se transformar em espermatozoide? 
Qual é o nome desse processo? 
A espermátide sofre o processo de espermiogênese, 
tornando-se espermatozóide e adaptado para a 
fecundação. Do golgi origina-se uma vesicula 
contendo enzimas que permitirão a passagem do 
espermatozoide pelo envoltório do oócito, formando 
o acrossoma. Em seguida, há condensação do material 
genético, e a formação da cauda, estruturando o 
anoxema. Na maior parte do flagelo, há a bainha 
fibrosa e sete fibras densas externas circundando o 
axonema, e na peça terminal, só o axonema. No final 
da espermiogênese, há perda do excesso de 
citoplasma, tornando a célula alongada, somente 
apresentando citoplasma na região do pescoço do 
espermatozoide. Por fim, há a completa formação do 
espermatozoide, dividido em cabeça (núcle e 
acrossomo), e cauda. 
2. Quais são os hormônios que atuam sobre 
as células de Sertoli e as células de Leydig e 
quais são as suas funções? 
O FSH (folículo estimulante), vai atuar nas células de 
Sertoli, ativando-as. As células de sertoli vão realizar a 
maturação da espermatogônia, e realizar a secreção 
de fluidos para que os espermatozoides saiam da 
região testicular. 
O LH (hormônio luteinizante) vai atuar nas células de 
Leudig, ativando-as. As células de Leydig fazem a 
produção de hormônios esteroides, no caso, a 
testosterona. 
3. Quais é a localização das células mioides 
peritubulares e o que fazem? 
As células mioides são as responsáveis pela estrutura 
do túbulo, além de servirem de proteção e fonte de 
nutrição para as células germinativas. 
Constituem o principal elemento da chamada barreira 
Hemato-testicular, pois qualquer substância para 
chegar até as células germinativas passa primeiro 
pelas células de Sertoli. Todo o material que é 
eliminado pelas células da linhagem germinativa 
durante o processo daespermatogênese é absorvido 
e digerido pelas células de Sertoli. Dessa forma este 
material não atingirá a circulação sanguínea e não 
constituirá fonte contínua de antígenos. 
Sintomas da gestação 
 Enjoos ; 
 Mamas maiores e sensíveis; 
 Maior frequência urinária; 
 Prisão de ventre; 
 Aumento abdominal; 
 Instabilidade emocional; 
 Aumento da libido; 
 Sonolência; 
 Desejos estranhos. 
Hormônios envolvidos na gestação 
* HCG: secretado desde o início da formação da 
placenta pelas células trofoblásticas, após a nidação 
dos blastocistos. Sua função é manter o corpo lúteo, a 
não diminuição do progesterona e estrogênio, 
mautenção da gravidez e ausência de nova ovulação. 
* Progesterona: diminui a contração uterina, aumenta 
o endométrio, equilíbrio hidro-eletrônico, estimular o 
centro respiratório no cérebro. 
* Estrogênio: proliferação da musculatura uterina, 
sistema vascular do útero, amento dos órgãos sexuais 
externos e da abertura vaginal, aumento das mamas. 
* Ocitocina: estimula o fluxo de leite durante a 
amamentação, induzir o trabalho de parto. 
* Prolactina: dá início à pordução de leite, 
ingurgitamento do leite, estado eufórico após parto. 
*LH: estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo, 
que passa a secretar a progesterona, um segundo 
hormônio ovariano que provoca o desenvolvimento 
das mamas e prepara e mantém a mucosa do útero 
para a gestação. 
* FSH: responsável pelo crescimento e maturação dos 
folículos ovarianos durante a ovogênese, além de 
induzir a ovulação. 
*Testosterona: A testosterona é um andrógeno (hormônio 
masculino) produzido preferencialmente nos testículos e 
responsável pela diferenciação sexual (características 
próprias ao sexo). 
Anexos embrionários 
Âmnion: proteção contra choques mêcanicos e 
desidratação. 
Cório: envolve todos os anexos embrionários e o 
próprio embrião; participa da respiração. 
Alantóide: armazena excretas e permite a respiração. 
Cordão umbilical: nutrição do feto e trocas gasosas. 
Placenta: realizar a passagem de substâncias 
(nutrientes, gases e secreções), entre a circulação 
materna e a circulação do feto, atuando 
temporariamente como: pulmão, intestino, rim, 
fígado e adrenal.

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