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bx_21_CURSO_NV17_SEMI 04_BIO_A

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1
Citoplasma, Citoesqueleto, Ribossomos, 
Retículo Endoplasmático, Complexo 
Golgiense, Lisossomos, Peroxissomos, 
Glioxissomos e Centríolos
Aula 
07 4A
Biologia
 Citoplasma 
Introdução
Citoplasma é o espaço interno da célula que fica 
entre a membrana plasmática e o núcleo.
É dividido em duas partes:
 • indiferenciada – homogênea, formada pelo hialo-
plasma (parte aquosa);
 • diferenciada – heterogênea, formada pelos orga-
noides, tais como ribossomos, mitocôndrias, entre 
outros, e pelas inclusões, como os fagossomos.
Citosol,hialoplasma, matriz 
citoplasmática ou citoplasma 
fundamental
É a parte homogênea e líquida que preenche todo o 
espaço citoplasmático.
Possui uma parte periférica próxima à membrana 
plasmática, denominada ectoplasma, e uma parte que 
fica ao redor do núcleo: o endoplasma.
É um complexo sistema formado por soluções e 
coloides, sendo a água o solvente. Nas soluções, os 
solutos são os íons e as pequenas moléculas orgânicas 
(glicose, aminoácidos, etc.). Nos coloides, os solutos 
são macromoléculas orgânicas chamadas micelas 
coloidais (proteínas, polissacarídeos, etc.).
Ectoplasma (gel)
Endoplasma (sol) 
Hialoplasma
Núcleo
 Regiões do hialoplasma
O movimento contínuo observado no hialoplasma 
é denominado ciclose, sendo promovido por proteínas 
actina e miosina e outras moléculas.
O hialoplasma é o meio em que ocorrem numerosas 
reações do metabolismo celular e serve também de 
suporte para os demais componentes citoplasmáticos, 
como ribossomos, complexo golgiense, retículo endo-
plasmático, mitocôndrias, etc.
Observação:
Chama-se de protoplasma a todo material 
que se encontra no interior de uma célula 
eucariótica.
Protoplasma = parte viva da célula
 Citoesqueleto
É uma estrutura citoplasmática em forma de rede 
que percorre o interior da célula eucariótica, sendo 
constituída por microfilamentos de miosina, actina e 
microtúbulos de proteína tubulina.
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.Membrana plasmática
Ribossomos
Retículo endoplasmático rugoso
Microtúbulo
(tubulina)
Filamentos
intermediários
(proteicos)Membrana
plasmática
Mitocôndria
Microfilamentos
(actina)
l Cit l
2 Semiextensivo
Possibilitam às células
 • manutenção da forma e sustentação interna;
 • realização de movimento a vários tipos de células 
(ciclose e emissão de pseudópodos), fagocitose, 
invaginações e movimentos flagelares;
 • formam parte da estrutura interna de: microvilosida-
des, cílios e flagelos, centríolos e desmossomos;
 • distribuição de pigmentos dentro da célula para 
imitar a cor do ambiente onde se encontram;
 • formam o SARCÔMERO, unidade básica de contra-
ção nos músculos.
Ribossomos (RNAr +
proteínas)
São orgânulos citoplasmáticos formados pelo ácido 
nucleico RNAribossômico (RNAr) associado a proteínas, 
portanto são ribonucleoproteínas. Só podem ser vistos ao 
microscópio eletrônico e estão presentes em procariontes 
e eucariontes. Os vírus não apresentam ribossomos porque 
não são células. Um ribossomo é formado por duas partes 
ou subunidades, de tamanhos diferentes, que se acoplam. 
As duas subunidades do ribossomo são produzidas no 
núcleo da célula e ficam separadas uma da outra, em se-
guida saem do núcleo e se unem no citoplasma, portanto 
ribossomos só existem no citoplasma. Os ribossomos de 
procariontes são menores que os das células eucariotas e 
apresentam pequenas diferenças moleculares, mas ambos 
realizam a síntese proteica. Por exibirem diferenças mole-
culares, certos antibióticos só atuam sobre os ribossomos 
de procariontes, não atacando os ribossomos de eucarion-
tes. Os antibióticos estreptomicina e tetraciclina bloqueiam 
a ação de ribossomos bacterianos, mas não interferem na 
ação dos ribossomos humanos e por isso são usados no 
combate a infecções bacterianas. Por serem formados por 
ácidos nucleicos, apresentam caráter ácido e se coram com 
corantes básicos, ou seja, apresentam basofilia, afinidade 
por corantes básicos. Nos eucariontes os ribossomos são 
construídos a partir do RNAr armazenado no nucléolo 
presente no interior do núcleo celular.
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Subunidade menor
RNAm
Subunidade maior
RNAr
+
Proteínas
RNAr
+
Proteínas
 Ribossomo realizando tradução de um RNAm
O ribossomo se associa a um RNAmensageiro, que 
carrega códons que identificam aminoácidos. A seguir, 
desloca-se sobre o RNA mensageiro, traduzindo um 
códon por vez. Assim, os aminoácidos são ligados para 
formar uma nova proteína. Vários ribossomos podem 
se associar a um mesmo RNAmensageiro, formando 
um polirribossomo ou polissomo. Pelo fato de todos 
os ribossomos estarem lendo o mesmo RNAmensa-
geiro, irão produzir várias moléculas de uma mesma 
proteína. Os ribossomos podem ser encontrados 
dispersos no hialoplasma, aderidos à face externa da 
cariomembrana, aderidos ao retículo endoplasmático 
granuloso (rugoso) e no interior de mitocôndrias e 
cloroplastos, sempre realizando a síntese proteica.
RNAm
Ribossomo
Proteína
 Polirribossomos ligados a uma fita de RNAm para a síntese pro-
teica
As proteínas produzidas pelos polirribossomos, no 
hialoplasma (citosol), serão utilizadas nos seguintes 
locais:
a) enzimas contidas no interior de peroxissomos;
b) enzimas da fotossíntese contidas no interior dos 
cloroplastos;
c) enzimas da respiração celular contidas no interior 
de mitocôndrias;
d) no núcleo, associando-se ao DNA, formando os 
cromossomos (histonas);
e) na formação do citoesqueleto, no citoplasma;
f) enzimas presentes no hialoplasma.
Retículo endoplasmático
É uma rede de canais membranosos lipoproteicos 
que percorrem o interior da célula e estão presentes, 
somente, nos eucariontes. Formam uma tubulação que 
percorre o interior da célula, tendo como uma das suas 
funções o transporte e a distribuição do material dentro 
da célula. O retículo endoplasmático pode ser encontra-
do sob duas formas:
a) Retículo endoplasmático granuloso (rugoso ou er-
gastoplasma) que se apresenta cheio de ribossomos 
aderidos a sua superfície, tornando-se, assim, um 
local de grande síntese proteica. A tubulação deste 
tipo de retículo se apresenta um pouco achatada. As 
Aula 07
3Biologia 4A
proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático 
rugoso têm o seguinte destino: são enviadas ao 
complexo golgiense, onde serão usadas na produ-
ção de lisossomos, de vesículas secretoras ou serão 
enviadas para a superfície celular. As células que 
apresentam grande desenvolvimento do retículo 
endoplasmático granuloso são dotadas de grande 
síntese proteica.
b) Retículo endoplasmático não granuloso (agranu-
lar ou liso), que se apresenta mais tubular e menos 
achatado, não apresenta ribossomos, mas que 
possui enzimas para a síntese de lipídios esteroides 
como testosterona, progesterona e estrógeno. 
Possui enzimas que atuam na quebra de moléculas 
tóxicas, no fígado, realizando assim desintoxicação 
celular. É no retículo endoplasmático liso que pesti-
cidas, remédios, álcool e drogas são metabolizados 
e destruídos. O uso excessivo de remédios e drogas 
provoca a proliferação e grande desenvolvimento do 
retículo liso e suas enzimas. Uma maior quantidade 
de enzimas provoca uma quebra mais rápida da 
droga ou remédio, tornando-se necessária uma dose 
cada vez maior para que a droga faça o mesmo efei-
to, aumentando, assim, a tolerância do organismo à 
droga. As enzimas do retículo liso estão associadas à 
quebra do glicogênio e à liberação de glicose na cor-
rente sanguínea. Nas células musculares, o retículo 
liso é responsável pelo transporte e pela distribuição 
do íon cálcio (Ca++) para a contração muscular.
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RE rugoso 
(granular) 
RE liso 
(agranular) 
Os ribossomos 
de retículo 
endoplasmá-
tico rugoso 
são locais de 
síntese de 
proteínas e 
conferem essa 
aparência 
rugosa.
O retículo 
endoplásmatico 
liso é um local 
de síntese de 
lipídios e de 
modificação 
química de 
proteínas.Retículo endoplasmático
 Complexo golgiense 
(sistema golgiense)
Foi visualizado, pela primeira vez, em 1898, pelo 
citologista italiano Camillo Golgi, mas o seu estudo, 
mais detalhado, só foi possível com o advento da mi-
croscopia eletrônica. Em homenagem ao descobridor, 
essa estrutura foi chamada de complexo golgiense. Essa 
estrutura é caracterizada por ser um conjunto de bolsas 
membranosas lipoproteicas, achatadas e empilhadas 
de forma organizada. Cada pilha de bolsas achatadas 
recebe o nome de dictiossomo ou golgiossomo e 
a reunião de vários dictiossomos forma o complexo 
golgiense. Normalmente, encontramos o complexo 
golgiense próximo ao núcleo e ao retículo endoplasmá-
tico granuloso. O complexo golgiense é responsável por 
receber, armazenar, modificar e secretar moléculas 
provenientes do retículo endoplasmático e de outras 
regiões da célula. As células secretoras se caracterizam 
por apresentar o complexo golgiense bem desenvolvido 
e abundante, grande número de vesículas de secreção, 
retículo endoplasmático bem desenvolvido e grande 
número de mitocôndrias para fornecer energia. O com-
plexo golgiense só ocorre em eucariontes.
A análise ao microscópio eletrônico mostrou que o 
complexo golgiense apresenta duas faces:
a) Face CIS ou formativa: próxima e voltada para o re-
tículo endoplasmático, sendo o local onde vesículas 
provenientes do retículo endoplasmático, carre-
gando lipídios e proteínas, se fundem ao complexo 
golgiense.
b) Face TRANS ou de maturação, que se posiciona 
voltada para a superfície celular em direção à mem-
brana plasmática. Esse local se constitui na região 
de onde brotam vesículas contendo moléculas que 
foram processadas e empacotadas.
As vesículas que brotam do complexo golgiense 
podem ser: 
a) Lisossomos cheios de enzimas digestivas que serão 
usados na digestão intra e extracelular.
b) Vesículas contendo secreções que serão lançadas 
para fora da célula como enzimas digestivas ou 
hormônios.
c) Acrossomos, vesículas cheias de enzimas, presentes 
na cabeça do espermatozoide e que perfuram os 
revestimentos do óvulo durante a fecundação.
d) Vesículas contendo hemicelulose, pectatos e 
celulose, que serão usados para construir a parede 
celular vegetal.
e) Glicoproteínas que irão formar o glicocálix.
4 Semiextensivo
Vesículas
de transferência Proteínas para serem utilizadas 
dentro da célula
Direção do transporte
Secreção de 
proteínas
Membrana 
plasmática
Vesículas repletas 
de proteínas são 
enviadas ao 
C. golgiense
As vesículas se fundem à 
área CIS do C. golgiense
Depois de processadas, as 
proteínas são secretadas 
pela área trans
Retículo endoplas-
mático rugoso
cis trans
Complexo golgiense
Proteínas para serem 
utilizadas fora da 
célula
Cisternas
Acrossomo
Núcleo
Cauda
 Espermatozoide humano e o 
acrossomo
Vesícula de 
secreção
É o no interior do complexo golgiense que irá ocorrer 
a síntese de oligossacarídeos e polissacarídeos. As pro-
teínas provenientes do R.E. Rugoso sofrerão glicosilação 
no interior do c. golgiense e se transformarão em glico-
proteínas como é o caso do colágeno.
Outra importante função do complexo golgiense é 
secretar mucina nas células caliciformes do intestino e 
da traqueia: no epitélio intestinal e na traqueia, existem 
células secretoras (com o formato de cálice) que produ-
zem uma substância lubrificante chamada mucina. A 
mucina é formada pela união de glicídios com proteínas 
(glicoproteína). A síntese e secreção dessa substância é 
feita da seguinte maneira:
a) síntese das proteínas no RER e simultâneo armaze-
namento de glicídios no interior do CG;
b) migração de vesículas do RER, contendo as proteínas, 
até o CG;
c) união das proteínas com os glicídios no CG, forman-
do a mucina (uma glicoproteína);
d) desprendimento de vesículas do CG, formando os 
grãos de mucina, que migram para o ápice da célula;
e) eliminação da mucina na superfície do epitélio intes-
tinal e da traqueia – secreção celular.
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Cavidade intestinal
Porção apical
Porção basal
Vesículas 
contendo 
mucina
Complexo 
golgiense
Mitocôndria
Núcleo
Retículo 
endoplasmático 
rugoso
 Célula caliciforme secretora de mucina
Uma célula secretora pode ser reconhecida pelas seguintes 
características:
– grande número de vesículas de secreção;
– c. golgiense bem desenvolvido;
– r. endoplasmático bem desenvolvido e
– grande número de mitocôndrias, porque gasta muito energia.
Aula 07
5Biologia 4A
 Lisossomos (lise = quebra, 
dissolução; soma = corpo)
São organelas membranosas, citoplasmáticas, 
formadas por membrana lipoproteica única, arredon-
dadas, em forma de vesículas e que carregam em seu 
interior mais de oitenta enzimas hidrolisantes dife-
rentes. As enzimas lisossômicas são sintetizadas pelos 
ribossomos no retículo endoplasmático granuloso (ru-
goso) e armazenadas no complexo golgiense, onde são 
modificadas e ficam prontas para realizar a digestão 
de macromoléculas provenientes do meio externo, 
ou, ainda, de macromoléculas da própria célula. As 
enzimas lisossomais realizam a digestão intracelular 
de macromoléculas variadas:
ENZIMAS 
LISOSSOMAIS
MOLÉCULAS QUE 
SERÃO DIGERIDAS
Nucleases DNA e RNA
Proteases Proteínas
Lipases Lipídios
Fosfatases Fosfolipídios e Nucleotídios
O interior do lisossomo apresenta pH ácido, 
em torno de 4,8, necessário para o funcionamento 
das enzimas lisossomais. O pH das soluções intra e 
extracelulares apresenta valores em torno de 7,0. 
Quando ocorre rompimento da membrana lisossomal 
e derramamento das enzimas no citosol (hialoplasma), 
as enzimas apresentam dificuldades para reagirem e 
autodestruírem a célula. Quando muitos lisossomos 
se rompem, ao mesmo tempo, e lançam suas enzimas 
numa mesma região celular podem causar a destruição 
da célula num fenômeno que é denominado autólise 
(destruição de si mesmo). A regressão da cauda dos 
girinos se faz pela digestão de células inteiras pelas en-
zimas lisossômicas. O material resultante da digestão 
das células da cauda é todo absorvido, entrando na 
circulação sanguínea e sendo distribuído ao resto do 
corpo, onde será reaproveitado no metabolismo.
Funções dos lisossomos
Os lisossomos realizam a digestão e reciclagem de 
macromoléculas que possuem diferentes origens:
a) Heterofagia: é o englobamento e digestão de par-
tículas estranhas à célula, portanto provenientes 
do meio externo, como bactérias, restos de tecidos, 
protozoários e fungos, entre outros.
b) Autofagia: é o englobamento e digestão de estru-
turas pertencentes à própria célula. Este fenômeno 
é muito comum e se destina a vários propósitos, 
como: obtenção de energia quando a célula está 
privada de nutrição; eliminação de partes des-
gastadas e pouco operantes de células, ou, ainda 
reciclagem completa dos componentes de uma 
célula. Neurônios e hepatócitos (células do fígado) 
reciclam todos os seus componentes (menos o 
material genético) todos os meses e, assim, deixam 
suas estruturas citoplasmáticas sempre jovens.
Quando uma partícula estranha se aproxima da 
membrana plasmática, receptores químicos sinalizam 
para que ocorra uma deformação, por emissão de 
pseudópodos ou invaginações, promovendo o 
englobamento da partícula. Este processo de entrada 
de partículas nas células recebe o nome de endoci-
tose (dentro) e envolve gasto de energia. Quando 
a endocitose for um englobamento de uma macro-
molécula sólida, recebe o nome de fagocitose (do 
grego phagein = comer e kytos = célula). A membrana 
plasmática emite pseudópodos (falsos pés) que englo-
bam e formam uma vesícula que penetra no interior 
citoplasmático, o fagossomo. Através da fagocitose as 
células podem realizar o englobamento e destruição 
de partículas estranhas como bactérias, portanto 
realizam defesa. Outra função da fagocitose é o englo-
bamento de partículas para obtenção de alimentos, 
como ocorre em protozoários. A remoção de célulasmortas, no corpo humano, se faz por fagocitose, 
evitando assim a proliferação de bactérias e realizando 
a limpeza de tecidos. Quando o englobamento é de 
partículas líquidas, a membrana plasmática realiza 
pequenas invaginações que envolvem as gotículas e 
internalizam pequenas vesículas contendo o líquido 
englobado. O englobamento de líquidos recebe o 
nome de pinocitose, (do grego pinein = beber) e as 
vesículas que englobam os líquidos são denominadas 
pinossomos. Através da pinocitose, a célula pode ab-
sorver lipídios e determinados tipos de hormônio para 
o metabolismo celular. Os fagossomos e pinossomos 
se fundem aos lisossomos primários (bolsas repletas de 
enzimas digestivas hidrolisantes) e formam uma nova 
estrutura, o lisossomo secundário, local onde ocorre a 
digestão das macromoléculas englobadas e absorção 
do material utilizável. Por ser o local de digestão de 
macromoléculas, o lisossomo secundário também é 
denominado de vacúolo digestivo. 
Após a realização da digestão das moléculas en-
globadas, micromoléculas serão liberadas e utilizadas 
pela célula no metabolismo. Algumas moléculas não 
6 Semiextensivo
serão aproveitadas por não terem sido digeridas ou porque são produtos tóxicos. Essas moléculas estão contidas no 
que sobrou do vacúolo digestivo, que agora passa a ser chamado de vacúolo residual, e que, ao ser arrastado pelo 
hialoplasma, toca e se funde à membrana plasmática, formando uma estrutura de eliminação de restos da digestão. 
O processo de eliminação de resíduos não aproveitáveis da digestão intracelular recebe o nome de clasmatose ou 
clasmocitose. Ao processo da célula promover a saída de uma molécula, através da membrana plasmática, dá-se o nome 
de exocitose (ex = fora), portanto a clasmocitose é um exemplo de exocitose.
 Heterofagia e autofagia
Lisossomo
Complexo 
golgiense
Vacúolo 
autofágico
Vacúolo 
digestivo
Lisossomo
Fagossomo
Vacúolo 
digestivo
Núcleo
Retículo 
endoplasmático 
granuloso
Membrana 
nuclear 
Corpo 
residual
Restos do metabolismo
(Endocitose = entrada)
Fagocitose
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Mitocôndria
(Exocitose = saída)
Clasmocitose
Membrana 
Plasmática
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Os lisossomos também podem participar de processos de digestão extracelular. Nesse processo, os lisossomos se 
rompem e liberam suas enzimas para fora da célula, por exocitose. Um exemplo deste fenômeno ocorre na digestão e 
reabsorção dos fragmentos de ossos após uma fratura. Portanto, lisossomos são imprescindíveis para a regeneração óssea.
Lisossomos estão envolvidos em 
doenças humanas
Silicose e asbestose
Operários que trabalham em minas, fábrica de cimen-
to e locais onde existem muitas partículas em suspensão 
no ar, quando não usam máscaras respiratórias, inalam 
grandes quantidades de pó de sílica. A sílica se acumula 
nos pulmões e promove o rompimento das membranas 
dos lisossomos, ocorrendo, assim, a liberação de enzimas 
digestivas que causam a destruição dos alvéolos pulmo-
nares, locais onde ocorrem as trocas gasosas. O doente 
não consegue oxigenar o sangue e, consequentemente, 
não consegue realizar esforço físico. Já a asbestose é 
provocada por longos períodos de inalação de fibras de 
amianto. Por muito tempo, o amianto foi usado para a 
construção de telhas, caixas-d’água, pastilhas de freios 
automotivos e outros objetos. O ar contaminado com 
essas fibras se acumula nos pulmões, promovendo o rom-
pimento das membranas lisossomais e o extravasamento 
das enzimas que atacam as células dos alvéolos pulmo-
nares. Os pulmões apresentam diminuição da capacidade 
de realizar as trocas gasosas e oxigenação do sangue.
Doença de Tay-Sachs
É uma doença hereditária proveniente do mau 
funcionamento das enzimas lisossomais dos neurônios, 
no cérebro. O cérebro passa a apresentar lesões graves 
e irreversíveis, o que pode provocar retardo mental e a 
morte da criança antes dos três anos de idade.
Apoptose e necrose
Todos os dias o corpo humano perde bilhões de 
células através do processo de morte celular. O processo 
de morte celular pode-se apresentar de duas formas 
distintas:
Aula 07
7Biologia 4A
a) Necrose: ocorre quando uma célula está danificada 
por toxinas ou por ausência de nutrição adequada. 
A célula incha, rompe organelas e estoura, causando 
inflamação. Os restos celulares são removidos por 
células de defesa, os fagócitos.
b) Apoptose: é um tipo de morte celular programado 
geneticamente, que requer gasto de energia (ATP), 
onde há fragmentação da célula em pedaços meno-
res sem causar inflamação. Os restos celulares são 
ingeridos por células vizinhas.
 Peroxissomos (microcorpos)
São vesículas citoplasmáticas, presentes em animais 
e vegetais, formados por membrana única e lipoprotei-
ca, de contorno arredondado e que apresentam mais de 
quarenta enzimas oxidantes diferentes. As enzimas são 
peroxidases que atuam na oxidação de ácidos-graxos, 
proteínas, álcool, e participam de forma direta na produ-
ção de sais biliares pelo fígado. Acredita-se que 25% do 
álcool ingerido pelo ser humano é metabolizado pelos 
peroxissomos. Os outros 75% restantes são quebrados 
pelo retículo endoplasmático agranular (liso). O metabo-
lismo de proteínas, lipídios e álcoois produz peróxido de 
hidrogênio (H2O2), molécula extremamente tóxica para 
os seres vivos e mutagênica. Logo após a formação do 
peróxido de hidrogênio, uma enzima oxidante, a cata-
lase, reage com o peróxido de hidrogênio, promovendo 
sua quebra e desintoxicação celular. As membranas 
dos peroxissomos são provenientes do retículo endo-
plasmático e as enzimas oxidantes são produzidas pelos 
ribossomos, que estão livres e soltos no hialoplasma.
H2O2 H2O + O2 (g)
PROTEÍNAS
LIPÍDIOS
ÁLCOOL
PEROXISSOMOS 
CATALASE
 Ação dos peroxissomos
A água oxigenada contém H2O2 e, quando colocada 
em ferimentos, reage com a catalase das células pro-
duzindo H2O e gás (O2). A presença de oxigênio pode 
provocar a morte de bactérias anaeróbias estritas, como 
aquela causadora do tétano, a Clostridium tetani. A libe-
ração de gás oxigênio faz aparecer uma espuma branca 
em cima do ferimento.
 Glioxissomos 
As células dos vegetais apresentam um tipo especial 
de peroxissomo denominado glioxissomo, que apresen-
ta enzimas variadas. Essas enzimas, nas sementes dos ve-
getais, promovem a conversão de triglicerídeos (lipídios) 
em glicídeos (carboidratos). Esse processo ocorre para a 
obtenção de energia durante a germinação das sementes.
TRIGLICERÍDEOS
(ÓLEOS E 
GORDURAS)
GLICÍDEOS
(AÇÚCARES QUE 
FORNECEM ENERGIA)
GLIOXISSOMOS
ENZIMAS
 Ação dos glioxissomos
 Centríolos
São estruturas citoplasmáticas, formadas por trincas 
de microtúbulos de uma proteína chamada tubulina. 
Estão presentes nas células dos seres eucariontes, 
exceto fungos e os vegetais superiores: gimnospermas 
e angiospermas. Apresentam a capacidade de sofrer a 
autoduplicação, ou seja, um centríolo é capaz de agregar 
moléculas de tubulina e dar origem a um novo centríolo. 
A autoduplicação dos centríolos ocorre na interfase, 
período que antecede uma mitose ou a meiose. São 
organelas visíveis somente ao microscópio eletrônico e 
participam da formação de cílios e flagelos. As fibras do 
fuso, presentes na mitose e na meiose, são organizadas 
a partir dos centríolos localizados em regiões especiais 
denominadas centrossomos. As células animais, geral-
mente, apresentam dois centríolos, que se apresentam 
dispostos perpendicularmente entre si e próximos ao 
núcleo celular. O número de centríolos por célula oscila, 
sendo que, nas células dotadas de milhares de cílios, 
existe uma grande abundância de centríolos.
Ilu
st
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g
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a 
G
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04
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.
9 trincas de 
microtúbulos 
de tubulina
 Estrutura de um centríolo e suas trincas de microtúbulos
Centríolos
Cromossomo
Fuso
 Centríolo com seus microtúbulos e os microtúbulos dos cromos-
somos (fuso)
8 Semiextensivo
A estrutura interna de cílios, flagelos e centríolos apresenta microtúbulos de tubulina. Nos centríolos, os micro-
túbulos se apresentam em nove trincas, já nos cílios e flagelos, os microtúbulos se apresentam sob a disposição de 
nove pares periféricos e mais um par de microtúbulos na região central. Outra diferença que não podemos esquecer 
é que cílios e flagelos são revestidos por membranas lipoproteicas, já os centríolos não são estruturas membranosas.
 Estrutura interna de um centríolo Estrutura interna de cílios de flagelos
Grupo de três
microtúbulos
Microtúbulos
periféricos
Microtúbulos 
centrais
Membrana plasmática
07.04. (PUCMG) – A seguir estão enunciadas três funções 
exercidas por uma certa estrutura comum às células animais.
− Manter a forma e sustentação celular.
− Permitir movimentos de vários tipos de células.
− Proporcionar movimentos de material dentro da célula.
Assinale a opção que nomeia CORRETAMENTE a estrutura 
que desempenha as funções dadas.
a) Citoesqueleto.
b) Centríolos.
c) Lisossoma.
d) Vacúolo.
07.05. (UESPI) – A figura abaixo, ilustra-se o fenômeno da 
regressão da cauda do girino durante a sua metamorfose. 
Esse caso está relacionado com a atuação dos:
a) ribossomos.
b) peroxissomos. 
c) lisossomos.
d) centríolos.
e) microtúbulos do citoesqueleto.
Testes
Assimilação
07.01. (UDESC) – Assinale a alternativa correta, em relação 
aos componentes químicos da célula.
a) os glicídios, a água, os sais minerais, os lipídios e as pro-
teínas são componentes orgânicos.
b) as proteínas, os ácidos nucléicos, os lipídios e os glicídios 
são componentes orgânicos.
c) os glicídios, os sais minerais, os lipídios e as proteínas são 
componentes orgânicos.
d) a água, os sais minerais e os glicídios são componentes 
inorgânicos.
e) a água, os sais minerais, os lipídios e as proteínas são 
componentes inorgânicos.
07.02. (UFPR) – A fagocitose de agentes invasores é um 
processo fundamental nas respostas de defesa dos orga-
nismos multicelulares. Escolha a alternativa que apresenta 
a ordem de eventos, desde o encontro entre um macró-
fago e o patógeno até a apresentação deste ao sistema 
imunológico.
 1. Digestão e degradação do patógeno.
 2. Formação dos fagossomas.
 3. Fusão dos lisossomas ao fagossoma.
 4. Adesão e internalização.
 5. Exocitose dos produtos.
a) 5, 3, 2, 1, 4. 
d) 4, 2, 5, 3, 1. 
b) 1, 4, 2, 3, 5. 
e) 4, 2, 3, 1, 5.
c) 5, 2, 3, 4, 1.
07.03. (UFPI) – A digestão intracelular é uma função atribuída 
a que organela citoplasmática?
a) À mitocôndria.
b) Ao complexo golgiense.
c) Aos lisossomos.
d) Ao retículo endoplasmático.
e) Aos ribossomos. 
A
n
g
el
a 
G
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20
04
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al
.
Aula 07
9Biologia 4A
07.06. (UEPB) – Quando uma célula, por motivos diver-
sos, deixa de receber nutrientes por um período longo, 
é comum observar lisossomos englobando organoides 
dessa própria célula, formando vesículas. Essa atividade é 
denominada:
a) autólise.
b) autofagia.
c) clasmocitose.
d) pinocitose.
e) hidrólise.
07.07. (FCM – MG) – O esquema abaixo mostra um RNAm, 
traduzido simultaneamente por vários ribossomos (polisso-
mos ou polirribossomos) livres no citosol.
A proteína sintetizada, resultante desta tradução, pode ter o 
seguinte destino, EXCETO:
a) composição do conjunto de enzimas respiratórias.
b) participação na estrutura do citoesqueleto.
c) constituição cromossômica.
d) formação de lisossomos. 
Aperfeiçoamento
07.08. (UFMS) – Entre as organelas citoplasmáticas que rea-
lizam mecanismo de síntese, armazenamento e transporte 
de macromoléculas, pode-se citar o peroxissomo, que é uma 
estrutura vesiculosa delimitada por membrana lipoproteica, 
cuja(s) principal(ais) função(ões) é(são):
01) realizar o controle osmótico dos organismos em que 
estão presentes.
02) realizar o mecanismo de digestão intracelular através de 
suas enzimas hidrolisantes.
04) constituir formas de reservas celulares como gordura e 
glicogênio.
08) desintoxicar os organismos do efeito do álcool, pela 
quebra do etanol.
16) sintetizar proteínas em associação com o RNAm.
32) decompor água oxigenada (H2O2) pela atividade da 
enzima catalase.
07.09. (FCM – MG) – 
NÃO está representado no desenho acima
a) eliminação de vesículas secretoras por exocitose.
b) eliminação residual por clasmocitose.
c) digestão intracelular heterofágica.
d) digestão intracelular autofágica. 
07.10. (UFCG – PB) – Os microtúbulos são elementos cons-
tituintes do citoplasma das células.
Assinale a alternativa abaixo que descreve corretamente as 
funções desses microtúbulos.
a) contração muscular e constituição do citoesqueleto.
b) contração muscular e orientação da divisão celular.
c) manutenção da forma da célula e formação do fuso 
mitótico.
d) formação do fuso mitótico e movimentos ameboides.
e) deslocamento dos cromossomos e movimentos ame-
boides.
07.11. (UFMS) – Verifique quais são as relações apropriadas 
entre as organelas celulares e suas funções e assinale a(s) 
alternativa(s) correta(s).
01) Os lisossomos fazem a respiração celular.
02) Complexo golgiense armazena as proteínas a serem 
exportadas pelas células.
04) O retículo endoplasmático liso é responsável pelo trans-
porte intracelular de substâncias.
08) Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas. 
16) A mitocôndria realiza a digestão de materiais orgânicos 
absorvidos pelas células. 
32) Os ribossomos são também responsáveis pela respiração 
celular.
10 Semiextensivo
07.12. (UPE) – Peroxissomos são organelas citoplasmáticas, membranosas, presentes nas células animais e de muitos vegetais.
Sobre estas organelas e suas funções, analise as afirmativas.
( ) Apresentam muitas enzimas do tipo oxidases, que utilizam o oxigênio para oxidar substâncias orgânicas e formar, como 
subproduto, peróxido de hidrogênio.
( ) São mais abundantes nas células do fígado e dos rins, onde desempenham importante papel na oxidação de várias 
substâncias absorvidas pelo sangue, como, por exemplo, o álcool.
( ) Os novos peroxissomos são formados a partir das cisternas do complexo golgiense, sendo liberados diretamente, no 
citoplasma.
( ) Em determinadas plantas, principalmente no grupo das oleaginosas, as células dos cotilédones apresentam um tipo 
especial de peroxissomos, denominado de glioxissomos, cuja função é converter os lipídeos, armazenados na semente, 
em açúcares que serão utilizados no processo de germinação.
( ) Embora o peróxido de hidrogênio seja uma substância tóxica produzida pelos peroxissomos, estes são capazes de 
degradá-lo, transformando-o em água e gás carbônico através da enzima catalase.
07.13. (UFPR) – Três linhagens celulares distintas, estabelecidas em cultura (linhagens 1, 2 e 3), tiveram o conteúdo de suas 
mem branas biológicas analisadas em laboratório. Foram registrados apenas os dados referentes às membranas existentes 
em maior quantidade nas respectivas linhagens. Os resultados experimentais obtidos foram os seguintes:
Linhagem 
celular
Membranas 
do retículo 
endoplasmático 
rugoso
(%)
Membranas 
do complexo 
golgiense
(%)
Membranas 
do retículo 
endoplasmático
 liso
(%)
Membranas 
do envoltório 
nuclear
(%)
Membranas 
de mitocôndrias
(%)
1 32 14 1 7 3
2 8 7 53 6 8
3 60 1 1 6 7
Com base nesses dados, é correto afirmar:
01) As células da linhagem 1 caracterizam-se por elevada taxa de respiração celular.
02) As características das células da linhagem 2 são compatíveis com a produção de lipídios.
04) A linhagem 3 representa células especializadas em secreção.
08) As linhagens celulares 1, 2 e 3 representam células com alta atividade fagocitária. 
16) As linhagens celulares 1, 2 e 3 são destituídas de citoesqueleto.
Aprofundamento
07.14. (UEPG– PR) – Estudos preliminares em mineiros da 
região carbonífera de Criciúma–SC têm apresentado resul-
tados preocupantes com relação à pneumoconiose, que é 
uma afecção pulmonar, provocada pela inalação da poeira 
do carvão e de outros minérios. Essa é uma doença ligada à 
lesão da membrana lisossômica. Com relação aos lisossomos, 
assinale o que for correto.
01) São ricos em enzimas do tipo hidrolases.
02) São estruturas nucleares que se originam a partir do 
complexo golgiense. 
04) Em células vegetais, auxiliam o processo fotossintético.
08) São os responsáveis pela digestão intracelular.
16) Ao unirem-se aos fagossomos, formam os vacúolos 
digestivos.
07.15. (UPE – PE) – Sobre os organoides citoplasmáticos, 
analise as afirmativas.
( ) Os ribossomos, presentes apenas em células eucarió-
ticas, formados por RNA e proteínas, são responsáveis 
pela síntese proteica.
( ) Os centríolos, encontrados no citoplasma de células 
animais e vegetais, são formados por dois cilindros em 
ângulo reto entre si, localizando-se próximo ao núcleo 
na região denominada centro celular ou cinetócoro.
( ) Nos lisossomos, a enzima catalase está envolvida no 
processo de decomposição de H2O2 em água e gás 
oxigênio.
( ) O conjunto de mitocôndrias de uma célula é deno-
minado de condrioma, cujo número é constante em 
todos os tipos celulares.
( ) Os glioxissomos, presentes nos protistas, nos fungos, 
nas plantas e nos animais, são organelas que atuam 
sobre os lipídios, convertendo-os em açúcares.
Aula 07
11Biologia 4A
07.16. (MACK – SP) – A silicose é uma doença que ocorre 
quando cristais de sílica são inalados e atingem os pulmões. 
As células dos alvéolos fagocitam essas partículas, mas 
não conseguem digeri-las. Os vacúolos digestivos acabam 
sendo perfurados e a célula morre. A morte dessas células 
deve-se:
a) ao derramamento de enzimas digestivas, provocando 
destruição da célula.
b) à interrupção da síntese proteica causada pelo acúmulo 
de sílica no citoplasma.
c) à diminuição da taxa de respiração celular.
d) à ação excessiva dos anticorpos produzidos pelas células 
do pulmão.
e) ao depósito de toxinas provenientes do metabolismo 
da sílica.
07.17. (UDESC) – Os são estru-
turas existentes nas células 
dos protistas, dos animais e de alguns vegetais 
, sendo ausentes nas células dos 
vegetais .
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas 
acima 
a) vacúolos; nucleares; inferiores; superiores;
b) centríolos; citoplasmáticas; inferiores; superiores;
c) plastos; corpusculares; superiores; inferiores;
d) nucléolos; nucleares; clorofilados; aclorofilados;
e) lisossomos; complexas; aclorofiladas; clorofiladas.
07.18. (UFAL) – A célula é a unidade morfológica e funcional 
dos seres vivos. Todos os materiais necessários para as rea-
ções biológicas intracelulares devem entrar e sair da célula, 
passando através da membrana plasmática e muitas reações 
importantes ocorrem associadas às membranas internas que 
delimitam organelas.
( ) Dissolvidos no interior de toda célula viva há sais, açúca-
res e outras substâncias que dão ao fluido celular uma 
certa pressão osmótica. Se a célula for colocada em um 
fluido com pressão osmótica maior que a sua, haverá 
movimento de água do meio para a célula.
( ) A ciclose ou movimentação de organelas no citoplasma 
ocorre devido à presença de certos microfilamentos. Es-
tes são polímeros lineares, não ramificados, formados por 
várias unidades de actina.
( ) O complexo golgiense, presente nas células dos orga-
nismos eucarióticos, é um conjunto de sáculos acha-
tados e interligados, cuja função está relacionada à 
concentração, modificação e eliminação de secreções 
celulares.
( ) Os lisossomos são organelas arredondadas contendo 
enzimas importantes para os mecanismos de diges-
tão intracelular e para alguns tipos especiais de di-
gestão extracelular (nenhum deles relacionado com a 
digestão de alimentos no sistema digestório).
( ) O glicocálix, espécie de malha formada por molécu-
las de glicídios, reveste internamente as células dos 
animais.
07.19. (UFPE) – As células dos ácinos pancreáticos produzem 
as enzimas necessárias para a digestão dos alimentos que che-
gam ao duodeno; para isso, devemos encontrar nessas células: 
( ) Um retículo endoplasmático liso bem desenvolvido, 
uma vez que este retículo é essencial para a síntese de 
lipídios.
( ) Um sistema de canalículos que permite a estocagem 
das enzimas na forma ativa sem destruir a célula.
( ) Um retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvi-
do, responsável pela síntese de proteínas.
( ) Abundantes grânulos de secreção, resultantes do em-
pacotamento das proteínas no aparelho golgiense.
( ) Ausência de grânulos secretores, pois as enzimas são 
sintetizadas e liberadas imediatamente.
07.20. (UEM – PR) – Sobre a estrutura e as funções celulares, 
assinale o que for correto.
01) Na célula, há movimentação de proteínas, de car-
boidratos e de lipídios de uma organela para outra. 
Essa transferência de moléculas ocorre pelo interior 
dos microtúbulos, que formam um sistema de canais 
interligados.
02) O complexo golgiense é o principal local da célula onde 
ocorre a digestão, ou seja, a degradação de macromolé-
culas.
04) A membrana plasmática e todas as membranas encon-
tradas no interior da célula são lipoproteicas.
08) Um aminoácido radioativo foi adicionado ao meio de 
cultura de células vegetais. As células cultivadas prolife-
raram e, após várias gerações celulares, todas as proteínas 
sintetizadas nas células descendentes são radioativas. 
Mas, como a síntese de proteínas ocorre no citoplasma, 
as células dessa cultura não apresentarão radioatividade 
no núcleo.
16) O glicocálix é uma membrana que envolve as células 
animais.
32) Nas células animais, a síntese de RNA ocorre no núcleo 
e nas mitocôndrias.
64) Nenhum tipo de bactéria possui mitocôndrias. Portanto 
nenhuma bactéria utiliza o oxigênio para a respiração.
12 Semiextensivo
Discursivos
07.21. (FUVEST – SP) – O esquema a seguir representa um corte de célula acinosa do pâncreas, observado ao microscópio 
eletrônico de transmissão.
a) Identifique as estruturas apontadas pelas setas A, B, e C, e indique suas 
respectivas funções no metabolismo celular.
b) Por meio da ordenação das letras indicadoras das estruturas celulares, mostre 
o caminho percorrido pelas enzimas componentes do suco pancreático 
desde seu local de síntese até sua secreção pela célula acinosa.
07.22. UFV – MG) – Observe o esquema abaixo, que representa o ciclo lisossômico, em uma célula.
Meio externo
I
II
III
IV
V
VII
VI
VIII
Após observação, cite:
a) os números que representam o lisossomo primário e o corpo residual, respectivamente:
 Lisossomo primário: 
 Corpo residual: 
b) o nome geral dado às enzimas presentes na organela VII e o nome do processo indicado em I.
 Nome das enzimas: 
 Nome do processo: 
c) o nome da organela representada por IV: 
 Luz do Ácino
Aula 07
13Biologia 4A
07.23. (UFPR) – Lisossomos são organelas importantes nos processos de digestão intracelular. Possuem enzimas que catalisam 
a hidrólise de praticamente todos os tipos de macromoléculas. Essas enzimas funcionam em pH ácido (em torno de 5), que 
é o pH encontrado no interior dessas vesículas. Sobre os lisossomos, responda:
a) Qual o nome geral dado às enzimas digestivas que ficam em seu interior?
b) Qual a importância, para a “saúde” da célula, de que essas enzimas funcionem bem apenas em pH ácido?
07.24. (UFSM – RS) – Uma criança de aproximadamente 1 ano, com acentuado atraso psicomotor, é encaminhada pelo 
pediatra a um geneticista clínico. Este, após alguns exames, constata que a criança possui ausência de enzimas oxidases em 
uma das organelas celulares. Esse problema pode ser evidenciado no dia a dia, ao se colocar H2O2 em ferimentos. No caso 
dessa criança, a H2O2 “não ferve”.
O geneticista clínico explica aos pais que a criança tem umadoença de origem genética, é monogênica com herança au-
tossômica recessiva. Diz também que a doença é muito grave, pois a criança não possui, em um tipo de organela de suas 
células, as enzimas que deveriam proteger contra a ação dos radicais livres.
a) A organela que apresenta deficiência de enzimas nessa criança é denominada:
b) A principal enzima contida no interior desta organela denomina-se:
Gabarito
07.01. b
07.02. e
07.03. c
07.04. a
07.05. c
07.06. b
07.07. d
07.08. 40 (08, 32)
07.09. a
07.10. c
07.11. 14 (02, 04, 08)
07.12. V – V – F – V – F
07.13. 02
07.14. 25 (01, 08, 16)
07.15. F – F – F – F – F
07.16. a
07.17. b
07.18. F – V – V – V – F
07.19. F – F – V – V – F
07.20. 36 (04, 32)
07.21. a) A → R. E. Rugoso (granuloso) realiza 
síntese proteica.
 B → Mitocôndrias → respiração ae-
róbia (fornecimento de energia).
 C → C. Golgi → armazena, modifica 
e secreta moléculas (enzimas, hor-
mônios, etc).
b) O caminho percorrido pelas enzinas 
é: A → C → D → luz do ácino.
07.22. a) Lisossomo primário: VII
Corpo residual: III
b) Nome das enzimas: hidrolisantes.
Nome do processo: clasmocitose
(exocitose).
c) Fagossomo.
07.23. a) Hidrolases (enzimas hidrolíticas ácidas).
b) O interior da célula apresenta o hia-
loplasma com um pH 7.0, o que 
inibe a ação das enzimas lisoss ômicas 
evitando a destruição das organelas 
citoplasmáticas. O lisossomo irá se 
romper quando o pH for apropriado, 
ou seja, em torno de pH = 5,0. Um 
outro fator deve ser mencionado: as 
membranas que revestem o lisosso-
mo apresentam proteínas estabili-
zadoras que não permitem o rompi-
mento sem um estímulo apropriado.
07.24. a) peroxissomos.
b) catalase.
14 Semiextensivo
Plastos ou Plastídios, Mitocôndrias, Respiração 
Aeróbia, Respiração Anaeróbia, Fermentação
4AAula 08
Biologia
 Introdução
Plastos, também chamados de plastídios, são 
organelas membranosas citoplasmáticas encontra-
das nas algas eucariontes e nos vegetais, estando 
relacionados a duas funções principais: fotossíntese 
e armazenamento de substâncias de reserva. As 
cianobactérias (algas azuis) são procariontes e não 
produzem qualquer tipo de plasto, mas apresentam 
clorofila e outros pigmentos fotossintéticos associados 
a membranas e, por isso, realizam fotossíntese. Os fun-
gos, os protozoários e os animais não possuem qual-
quer tipo de plasto. Os plastos estão entre as maiores 
organelas citoplasmáticas e são visíveis ao microscópio 
óptico em células vivas.
 Classificação e funções
Leucoplastos (leuco = branco): são plastos esbran-
quiçados, não possuindo pigmentos fotossintetizantes. 
Realizam o armazenamento de substâncias de reserva:
 • Amiloplastos: armazenam amido (antigamente, 
o amido era chamado amilo).
 • Proteoplastos: armazenam proteínas.
 • Lipoplastos ou oleoplastos (elaioplastos): 
armazenam lipídios.
Amiloplasto
 Leucoplastos
Cromoplastos (cromo = cor): são plastos coloridos, 
dotados de pigmentos fotossintéticos responsáveis 
pela fotossíntese e pela coloração exuberante en-
contrada nas partes coloridas dos vegetais e algas. Eis 
alguns tipos:
Cloroplastos (cloro = verde): são ricos em um pigmento 
proteico verde, a clorofila. É o principal plasto fotossintético.
Xantoplastos (xantos = amarelo, alaranjado): são 
plastos amarelados quando apresentam xantofila, um 
pigmento carotenoide (lipídio), ou são alaranjados quan-
do apresentam um pigmento lipídico chamado caroteno.
Eritroplastos (eritro = vermelho): nos vegetais su-
periores, apresentam um pigmento lipídico, vermelho, 
chamado licopeno, colorindo flores e frutos, como o 
tomate maduro. Nas algas vermelhas, as rodofíceas, os 
eritroplastos carregam um pigmento vermelho, carote-
noide, a rodoxantina.
Feoplastos: são plastos de coloração pardo-escura 
pela presença de um pigmento carotenoide, a feofeína. 
É típico nas algas feofíceas (algas pardas).
A
n
g
el
a 
G
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el
i, 
20
07
. D
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it
al
.
cloroplasto 
estrelado
núcleo
cloroplasto 
em espiral
núcleo
hialoplasma
cloroplasto 
ferradura
núcleo
vacúolo
hialoplasma
flagelos
Alga Clamydomona
Alga Zygnema Alga Spirogyra
 Tipos de cloroplasto
Cloroplastos
São os plastos mais importantes e abundantes 
da natureza, pois são responsáveis pela realização da 
fotossíntese, um processo biológico que produz glicose e 
oxigênio. Ao produzir glicose, os cloroplastos produzem 
matéria orgânica que alimentará os consumidores. O clo-
roplasto, ao realizar a fotossíntese, irá alimentar o mundo.
O número de cloroplastos por célula varia bastante. 
Algumas algas apresentam um só ou poucos cloroplas-
tos. Nos vegetais, o número de cloroplastos por célula 
A
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g
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G
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.
Aula 08
15Biologia 4A
é muito grande. A forma de cada tipo de cloroplasto é 
bastante variada. Existem cloroplastos ovoides, espira-
lados, estrelados, em forma de ferradura, entre outras. 
Encontram-se espalhados pelo hialoplasma, e podem 
ser arrastados pelas correntes citoplasmáticas, a ciclose. 
Podem se agrupar próximo ao núcleo da célula à da 
membrana plasmática, posicionando-se numa região 
celular que melhor permita a absorção da luz solar. 
Podem apresentar movimento próprio, semelhante ao 
movimento ameboide.
Estrutura interna do cloroplasto
É uma organela citoplasmática constituída por:
 • dupla membrana lipoproteica, sendo uma interna 
e outra externa; a membrana externa possui compo-
sição química diferente da membrana interna, suge-
rindo que possa ser proveniente de uma membrana 
de englobamento de uma outra célula, hipótese da 
endossimbiogênese.
 • a membrana interna sofre invaginações, formando 
dobras chamadas de lamelas. 
 • Nas lamelas, encontramos clorofila associada às 
membranas. As lamelas dividem o interior do clo-
roplasto e também aumentam a superfície interna.
Nas lamelas, estão presas pequenas bolsas mem-
branosas chamadas tilacoides. Os tilacoides carregam a 
clorofila em grandes quantidades, portanto, nas lamelas 
e nos tilacoides, ocorre a absorção de luz para a ocorrên-
cia da etapa clara (fotoquímica) da fotossíntese;
 • os tilacoides estão dispostos formando pilha 
sobrepostas. Cada pilha de tilacoide chama-se 
granum. No interior de cada cloroplasto, encontra-
mos vários grana (plural de granum);
 • entre as lamelas e tilacoides, encontraremos, preen-
chendo os espaços, um gel rico em água, sais, proteí-
nas, enzimas, vitaminas, glicídios e ácidos nucleicos. 
Esse gel recebe o nome de estroma e, por apresentar 
enzimas específicas, é o local onde ocorrerá a etapa 
escura (química) da fotossíntese;
 • possuem DNA, RNA e ribossomos próprios. O DNA 
se apresenta em forma de pequenos anéis lembran-
do os plasmídios das bactérias. O DNA do cloroplasto 
carrega poucos genes. Esses genes serão responsá-
veis pela produção de proteínas e enzimas que irão 
formar novos cloroplastos. O DNA do cloroplasto não 
será usado para formar os cromossomos da célula, 
pois não pertence ao núcleo celular, e sim a uma 
organela, portanto o DNA do cloroplasto não segue 
as leis de Mendel. Pelo fato de possuírem DNA, RNA 
e ribossomos próprios, são capazes de produzir suas 
próprias proteínas e enzimas e realizar a autodupli-
cação. Um cloroplasto produz outro cloroplasto por 
autoduplicação, um processo muito parecido com 
aquele que ocorre nas bactérias;
 • os ribossomos dos cloroplastos são menores que 
aqueles encontrados no citoplasma das células 
eucariotas, assemelhando-se muito aos ribossomos 
encontrados nas bactérias. As semelhanças de es-
truturas do cloroplasto com estruturas de bactérias 
descritas anteriormente permitem aos cientistas 
levantar a hipótese de que os cloroplastos, no pas-
sado, tenham sido seres semelhantes às bactérias 
(procariontes);
 • no interior dos cloroplastos de algas, podemos 
encontrar um pequeno corpúsculo denominado 
pirenoide, responsável pela produção de amido, a 
partir da glicose produzida na fotossíntese;
 • a quantidade mínima de moléculas de clorofila 
(aproximadamente200 moléculas) para que ocorra a 
fotossíntese chama-se quantassoma e a quantidade 
mínima de luz para que ocorra a fotossíntese chama-
se quantum. 
Célula vegetal
retículo 
endoplasmático 
agranular
retículo 
endoplasmático 
granuloso
mitocôndria
complexo golgiense
vacúolo de suco 
celular
hialoplasma
parede celular
cloroplastos
tilacoide
membrana 
externa
membrana 
interna
tilacoide
membrana 
do tilacoide
clorofila
granum 
em corte
estroma (gel)
 Estrutura interna do cloroplasto
Origem dos plastos
Os plastos são provenientes de pequenas vesículas 
membranosas citoplasmáticas denominadas proplas-
tos ou proplastídios. Os proplastos carregam enzimas 
necessárias à sua multiplicação. Na presença de luz, os 
A
n
g
el
a 
G
is
el
i, 
20
09
. D
ig
it
al
.
16 Semiextensivo
proplastos se transformam em plastos coloridos e, na 
ausência de luz, originam os leucoplastos. O gameta 
feminino é o responsável pela transmissão de proplastos 
de geração em geração.
Presença 
de luz
Ausência de 
luz
proplasto 
(proplastídio)
plasto em 
diferenciação
síntese de 
clorofila
organização 
dos tilacoides
cloroplasto leucoplasto
ausência de luz
presença de luz
 Origem dos plastos
Vacúolos
São bolsas de membrana lipoproteica, de tamanhos 
variados, provenientes do retículo endoplasmático ou 
do complexo golgiense.
Vários são os tipos de vacúolos. Entre os mais impor-
tantes, encontramos:
a) Digestivos: apresentam enzimas digestivas realizan-
do a digestão de macromoléculas e a reciclagem de 
organelas e partículas estranhas.
b) Contrátil (pulsátil): eliminam o excesso de água em 
células de protozoários de água doce.
c) Armazenamento: armazenam substâncias de reserva, 
como lipídios, glicídios e proteínas. Podem ainda 
armazenar restos do metabolismo, substâncias 
indesejáveis.
d) De suco celular (ou vacúolos vegetais): São exclusivos 
de células vegetais. São volumosos e provenientes da 
fusão de vários vacúolos menores, podem conter en-
zimas hidrolíticas que atuam na digestão e reciclagem 
de organelas citoplasmáticas, assemelhando assim as 
funções do lisossomo. Nas células dos meristemas e 
células vegetais jovens, os vacúolos são pequenos e 
numerosos. À medida que a célula cresce, os vacúolos 
pequenos se fundem, formando um vacúolo cada vez 
maior. Nas células adultas, o vacúolo de suco celular 
pode ocupar mais de 90% do volume celular. A mem-
brana que reveste o vacúolo de suco celular recebe o 
nome de tonoplasto. O conteúdo do vacúolo de suco 
celular é bastante variado, apresentando: água, sais 
minerais, aminoácidos, glicídios, pigmentos que não 
realizam a fotossíntese, como a antocianina. Os pig-
mentos não fotossintéticos do vacúolo de suco celular 
podem ter coloração violeta, azul, vermelha ou púr-
pura, ajudando a colorir folhas e flores. Os vacúolos de 
suco celular atuam auxiliando na atração de agentes 
polinizadores e dispersores de frutos e sementes. Por 
conterem solutos variados, os vacúolos de suco celular 
participam ativamente, regulando o fluxo de entrada 
e saída de água da célula vegetal, influenciando dire-
tamente a osmose e o volume celular.
 Mitocôndrias
São organelas citoplasmáticas arredondadas ou em 
forma de bastonete, presentes nas células dos eucarion-
tes. Entre os eucariontes, encontramos células despro-
vidas de mitocôndrias, portanto são exceções, como é 
o caso de hemácias adultas e a giárdia. As mitocôndrias 
participam ativamente do metabolismo energético da 
célula eucariota, pois são responsáveis pela realização 
de algumas partes da respiração celular aeróbia. 
A energia produzida e armazenada pelas células será 
utilizada para manter as reações do metabolismo em 
funcionamento. No interior das mitocôndrias, encontram-
-se enzimas que quebram moléculas orgânicas e liberam 
energia para construção de ATP (trifosfato de adenosina) 
em reações de fosforilação (envolvem fósforo). O ATP 
é uma molécula orgânica que armazena energia. Os 
processos celulares que consomem energia utilizarão o 
ATP como fornecedor de energia. Estima-se que 90% da 
energia consumida pela célula eucariota seja proveniente 
das atividades da mitocôndria.
A
n
g
el
a 
G
is
el
i, 
20
09
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ig
it
al
.
Aula 08
17Biologia 4A
Porção 
basalNúcleo
Retículo 
endoplasmático 
rugoso
Mitocôndria
Complexo 
golgiense
Vesículas 
contendo 
mucina
Porção 
apical
 Célula caliciforme secretora de mucina
A
n
g
el
a 
G
is
el
i, 
20
08
. D
ig
it
al
.
C
6
H
12
O
6
 + 6O
2
 6CO
2
 + 6H
2
O + energia
ADP + P
(inorgânico)
 ATP
en
glicose
reação de fosforilação
produção
de calor
reações de
biossíntese
transporte
ativo
consumo
contração
muscular
bioluminescênciacondução do
impulso nervoso
Equação da respiração celular aeróbia
Visualização
São visíveis ao microscópio óptico, inclusive nas células vivas, usando-se um corante especial chamado verde janus.
Número 
É bastante variável e depende do tipo de célula. Quanto maior o número de reações químicas que uma célula 
realiza, maior será a quantidade de energia que a célula irá utilizar e, por isso, maior será o número de mitocôndrias 
de que ela irá necessitar. Células musculares estriadas consomem muita energia durante as contrações musculares, 
portanto necessitam de um grande número de mitocôndrias. Em média, as células do fígado humano possuem mais 
de mil mitocôndrias. Por outro lado, existem protistas unicelulares que carregam, somente, uma mitocôndria gigante. 
Ao conjunto de mitocôndria de uma célula é dado o nome de condrioma. 
Localização
Podem ser encontradas em qualquer região do citoplasma, não tendo, assim, uma posição definida. Em algumas 
células, as mitocôndrias estão agrupadas próximo aos locais onde ocorre grande consumo de energia. Nos epitélios 
ciliados, estão próximas aos cílios, nos espermatozoides se acumulam na parte intermediária, onde fornecerão energia 
para o movimento do flagelo. Nos rins, as mitocôndrias se encontram em grande quantidade nas células que realizam 
transporte ativo de íons e moléculas orgânicas.
Estrutura
A análise da mitocôndria, ao microscópio eletrônico, mostrou a presença das seguintes estruturas:
 • Duas membranas lipoproteicas, sendo uma externa e lisa e outra interna e cheia de dobras (franjas). As dobras 
encontradas na membrana interna são denominadas cristas mitocondriais. As cristas mitocondriais aumentam a 
superfície interna da mitocôndria, possibilitando assim um maior número de reações químicas.
 • O interior da mitocôndria é preenchido por um gel (coloide) que recebe o nome de matriz mitocondrial. A matriz 
mitocondrial é composta por água, sais minerais (íons), vitaminas, pigmentos respiratórios, glicídios, proteínas, 
lipídios e um número grande de enzimas diferentes que realizam partes importantes da respiração celular. Na 
matriz mitocondrial, ocorre um grupo de reações denominado Ciclo de Krebs.
 • Partículas ou corpos elementares – são estruturas que estão coladas à membrana interna e principalmente nas 
cristas mitocondriais. São feitas de pigmentos respiratórios, entre eles o citocromo, uma proteína que irá participar 
da etapa que mais produz ATPs, a cadeia respiratória.
 • No interior da mitocôndria, espalhados na matriz mitocondrial, encontra-se DNA, RNA e pequenos ribossomos 
que se assemelham aos ribossomos dos procariontes. O DNA mitocondrial se apresenta em uma ou mais cadeias 
de dupla-hélice, na forma de anel (lembram plasmídios bacterianos), possuindo poucos genes que codificam 
18 Semiextensivo
enzimas e proteínas para a mitocôndria. Os estudos mostram que o DNA mitocondrial não segue as leis de 
Mendel, pois não participa da formação dos cromossomos presentes no núcleo celular. Existem outras proteínas e 
enzimas utilizadas na mitocôndria que são produzidas no citoplasma celular, portanto fora da mitocôndria. O RNA 
se apresenta sob as formas de RNAmensageiro, RNAtransportador e RNAribossômico.Pelo fato de a mitocôndria 
possuir RNAribossômico, este irá construir ribossomos pequenos, denominados mitorribossomos, que são muito 
parecidos aos das bactérias (procariontes). 
Ja
ck
 A
rt
. 2
00
8.
 D
ig
it
al
.
Membrana externa 
(lipoproteica)
DNA mitocondrial (circular) 
Uma ou mais cadeias duplas RNA
Crista mitocondrial 
Dobras da membrana 
interna que aumentam 
sua superfície
Ribossomos 
Contêm RNAribossômico. 
Participam da síntese proteica
Matriz mitocondrial (gel) 
Contém enzimas que metabolizam piruvato e 
ácido graxo produzindo acetilcoenzima A. Contém 
enzimas do ciclo do ácido cítrico, RNAT e RNAR
Membrana interna 
(lipoproteica)
RNAm
Corpos elementares 
(citocromos)
Origem das mitocôndrias 
A presença de DNA, RNA e ribossomos permite às mitocôndrias fabricarem enzimas que realizam a autodupli-
cação. Uma mitocôndria é proveniente de outra mitocôndria por autoduplicação. Quando uma célula eucariota se 
divide em duas células-filhas, cada célula gerada recebe aproximadamente metade das mitocôndrias presentes na 
célula-mãe. Nas células-filhas, em crescimento, ocorre a autoduplicação das mitocôndrias, até atingirem o número 
original. A autoduplicação das mitocôndrias recebe o nome de condriocinese. Pelo fato de possuírem DNA e ribos-
somos parecidos com os da bactéria e realizarem a autoduplicação, muitos pesquisadores admitem a hipótese de 
que, no passado, as mitocôndrias poderiam ter sido bactérias. As mitocôndrias teriam se associado a outras células, 
por simbiose, permitindo, assim, uma endossimbiose. Este conjunto de ideias é conhecido pelo nome de Hipótese 
endossimbiôntica ou endossimbiogênese. 
A
n
g
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a 
G
is
el
i, 
20
08
. D
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.
 A condriocinese (autoduplicação)
As mitocôndrias são de origem materna
No citoplasma dos óvulos, encontramos organelas em grande quantidade, mas a única parte do espermatozoide 
que sobrevive para participar do processo de fecundação é o núcleo. No núcleo das células, não existem mitocôndrias, 
portanto no zigoto que será formado, encontraremos, somente, mitocôndrias provenientes da mãe.
Aula 08
19Biologia 4A
 Respiração celular 
aeróbia
É um conjunto de reações de oxidação que ocorrem 
para quebrar moléculas orgânicas e liberar energia 
usada na síntese de ATP (trifosfato de adenosina). Na 
respiração aeróbia, a oxidação de moléculas orgânicas 
ocorre na presença de um agente oxidante, o oxigênio. O 
ATP é sintetizado a partir de uma molécula precursora, o 
ADP, mas que possui somente dois fosfatos. A adição de 
mais um fosfato ao ADP ocorre na presença de energia 
proveniente da respiração celular, formando assim o ATP 
em reações de fosforilação. Quando se quebra a ligação 
química desse terceiro fosfato, libera-se energia para as 
atividades celulares. As moléculas geralmente utilizadas 
na respiração celular são glicídios, principalmente a 
glicose. Na ausência de glicose, as células podem oxidar 
moléculas de ácidos-graxos e aminoácidos. A degra-
dação e oxidação de moléculas orgânicas na respiração 
celular ocorre em várias etapas e a liberação de energia 
ocorre aos poucos, pois, se a liberação da energia fosse 
de uma só vez, a quantidade de energia liberada seria 
muito grande e poderia acarretar danos às células. Nem 
toda a energia liberada na oxidação da glicose é absor-
vida na produção de ATP, parte é perdida na forma de 
calor. Os fosfatos consumidos na produção de ATP são 
provenientes da alimentação.
 Molécula de ATP
Adenina
Ribose
P P P
Fosfato
ligação de 
alta energia
Adenosina
Monofosfato de adenosina (AMP)
Difosfato de adenosina (ADP)
Trifosfato de adenosina (ATP)
 Síntese e hidrólise do ATP
ATP ADP + P(i) + energia
síntese
onde P(i) significa fósforo inorgânico
hidrólise
Etapas da respiração celular 
aeróbia
A respiração celular aeróbia envolve um número 
muito grande de reações químicas e, por isso, requer 
muitas enzimas diferentes para que ocorra o processo. 
Para facilitar o estudo da respiração celular aeróbia, estas 
reações podem ser desdobradas em três etapas: glicólise, 
ciclo de Krebs e cadeia respiratória (cadeia transporta-
dora de elétrons).
1o.) Glicólise: não consome oxigênio. Ocorre no hialo-
plasma, portanto fora da mitocôndria. A molécula 
de glicose é quebrada em uma série de produtos 
intermediários até formar duas moléculas de ácido 
pirúvico (piruvato). Nesse processo, ocorre liberação 
de íons H+ que promovem a acidificação da célula. 
Para que não ocorra a morte da célula por acidose, 
existem moléculas aceptoras desses hidrogênios, 
chamadas de NAD que se ligam a dois desses hidro-
gênios para neutralizá-los, formando NADH2.
N
A
D
ICOTINAMIDA
DENINA
INUCLEOTÍDEO
Para que a glicólise ocorra, ao longo das reações são 
consumidos 2 ATP(s) e ao final das reações são produ-
zidos 4 ATP(s), gerando assim um saldo de 2 ATP(s).
 Portanto:
Glicose + NAD 2 Ácidos pirúvicos + NADH2
2o.) Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico ou ciclo 
dos ácidos tricarboxílicos): ocorre na matriz mito-
condrial, portanto dentro da mitocôndria. Os dois 
ácidos pirúvicos produzidos na etapa anterior so-
frem descarboxilação (perda de carbonos), liberan-
do CO2, e formando ácido acético. O ácido acético 
reage com uma molécula chamada coenzima-A, 
formando, assim, outra molécula: acetil-coenzima-
-A. O acetil-coenzima-A entra num ciclo fechado de 
reações químicas, ciclo dos ácidos tricarboxílicos. 
Nesse ciclo, são liberados CO2 e mais H
+, que serão 
recolhidos pelos NAD e por uma outra molécula 
transportadora de hidrogênios: o FAD.
F
A
D
LAVINA
DENINA
INUCLEOTÍDEO
Ao se combinarem com os íons H+, os NAD e FAD se 
transformam em NADH2 e FADH2, respectivamente. Ao 
longo do ciclo de Krebs, ocorre quebra de ligações quí-
micas que geram energia para a produção de 2 ATP(s). 
Nesta etapa, não ocorre consumo de ATP(s) e nem de 
oxigênio.
Observe:
Ácidos pirúvicos + NAD CO2 + NADH2 + FADH2
20 Semiextensivo
3o.) Cadeia respiratória (fosforilação oxidativa): ocorre nas partículas elementares das cristas mitocondriais, portanto 
dentro da mitocôndria. Os H+ que haviam sido liberados nas etapas anteriores e capturados pelos NAD e FAD 
perdem seus elétrons para pigmentos respiratórios proteicos chamados citocromos. Com isso, novamente são 
gerados H+, que irão acidificar o meio interno e provocar a morte da célula por acidose. Os íons H+ se combinam 
com elétrons provenientes dos citocromos e com átomos provenientes do gás oxigênio, produzindo moléculas de 
água. Durante o trajeto dos elétrons pelos citocromos, ocorre liberação de energia, que é utilizada para a produção 
de mais 34 ATP(s), processo denominado de fosforilação oxidativa. O oxigênio entra somente nesta terceira 
fase, etapa verdadeiramente aeróbia e a que possui maior rendimento energético. Perceba que NAD e FAD são 
transportadores intermediários de elétrons e de H+, porque no final das reações quem fica com os H+ é o oxigênio. 
O oxigênio é o aceptor final de H+ e evita a morte da célula por acidose.
NADH2 + FADH2 + CITOCROMOS NAD + FAD + CITOCROMOS H2
CITOCROMOS H2 + ½O2 CITOCROMOS + H2O
Ao longo da respiração celular aeróbia, a glicose é oxidada, liberando CO2, água e energia para formação de 
ATP. O total de ATP(s) produzidos: na glicólise são produzidos 4 ATP(s) e consumidos 2 ATP(s); no ciclo de Krebs são 
produzidos 2 ATP(S) e na cadeia respiratória são produzidos 34 ATP(s). Perceba que são produzidos 40 ATP(s) e 
consumidos 2 ATP(s), deixando assim um saldo de 38 ATP(s). Em algumas células eucarióticas, a cadeia respiratória 
não produz 34 ATP(s), mas 32 ATP(s), alterando assim o saldo de 38 para 36 ATP(s).
Nos procariontes, não existem mitocôndrias, o que faz com que o processo de respiração celular ocorra no hia-
loplasma e na face interna da membrana plasmática (mesossomos). Nos procariontes, a respiração celular aeróbia 
produz um rendimento energético de 38 moléculas de ATP(s) por molécula de glicose oxidada.
GLICÓLISE
(HIALOPLASMA)NADH
2
NADH
2
FADH
2
Glicose
–2 ATP
+4 ATP
Esquema simplificado da respiração celular aeróbia
CICLO DE KREBS
(MATRIZ MITOCONDRIAL)
CADEIA RESPIRATÓRIA
(CRISTAS)
+2 ATP +2 ATP CO
2
O
2
H
2
O
+34 ATP
Venenos que inibem a cadeia respiratória:
A cadeia respiratória pode ser inibida através de:
a) Inibidores de coenzimas como barbitúricos, alguns antibióticos (piericidina A) e inseticidas (rotenona).
b) Inibidores de citocromos como: sulfeto de hidrogênio (H2S), monóxido de carbono e os cianetos como o HCN.
c) Alguns venenos de serpentes são bloqueadores de reações de fosforilação oxidativa.
O monóxido de carbono possui maior afinidade com o Fe++ da hemoglobina, impedindo, assim, sua ligação com 
o oxigênio, diminuindo o aporte deste gás aos tecidos. A citocromo C oxidase possui ferro que ao se combinar ao 
monóxido de carbono paralisa a cadeia respiratória.
Aula 08
21Biologia 4A
 Fermentação
A fermentação consiste na quebra incompleta da glicose, sem o consumo de oxigênio, liberando energia e um 
resíduo energético que pode ser um ácido (ácido lático), ou, ainda, o etanol (álcool etílico). Ao longo das reações 
novamente ocorrerá a glicólise no hialoplasma (citosol), portanto as reações ocorrem fora da mitocôndria. Cada 
etapa é catalisada por uma enzima específica. Para iniciar a quebra da glicose será necessária a energia proveniente 
de 2 ATP. A seguir, as reações dão origem a produtos intermediários até formarem duas moléculas de ácido pirúvico 
(piruvato). Nas reações que originam o ácido pirúvico serão liberados íons H+ que serão capturados e transportados 
pelos NAD que então se transformarão em NADH. Ao final das reações de glicólise e produção de ácido pirúvico serão 
produzidos 4 ATP. A glicólise produz 4 ATP e consome 2 ATP, gerando, assim, um saldo positivo de 2 ATP. 
Depois da glicólise, o ácido pirúvico sofre o ataque de enzimas que darão origem a moléculas orgânicas que rece-
berão os hidrogênios transportados pelo NADH: o etanol ou ácido lático. Perceba que na fermentação não existe FAD 
e nem o oxigênio com aceptor final de hidrogênios. O aceptor final de H+ é uma molécula orgânica (ácido ou álcool).
Existem vários tipos de fermentação e abaixo serão descritos dois deles: a lática e a alcoólica.
Fermentação lática
Ocorre em algumas bactérias, fungos e tecido muscular esquelético humano. Quando a musculatura estriada 
esquelética é muito exigida em esforço físico pode ficar sem um suprimento adequado de oxigênio para realizar a 
produção de energia. Nesse caso, as células musculares passam a degradar glicose, na ausência de oxigênio, pro-
duzindo ácido lático (lactato). O acúmulo de ácido lático na musculatura esquelética contribui para o aparecimento 
da fadiga muscular. O excesso de ácido lático produzido na musculatura é transportado para o fígado, onde vai ser 
metabolizado e reconvertido em ácido pirúvico e, em seguida, em glicose ou quebrado nas mitocôndrias hepáticas.
A fermentação lática ocorre em certas bactérias (lactobacilos) e em alguns fungos. Este tipo de fermentação é 
usado pela indústria alimentícia para a produção de iogurtes, queijos e coalhadas. A produção de ácido lático faz 
baixar o pH, provocando a coagulação das proteínas do leite e a formação de uma coalhada sólida, que pode ser usada 
na fabricação de iogurtes e queijos. Uma observação importante deve ser feita: neste tipo de fermentação não ocorre 
liberação de CO2. As células nervosas não realizam a fermentação porque não possuem as enzimas necessárias para a 
conversão de ácido pirúvico em ácido lático. Por essa razão, o tecido nervoso e seus neurônios não sobrevivem muito 
tempo sem uma oxigenação adequada. O cérebro e outras partes do sistema nervoso são as primeiras partes do corpo 
a morrerem quando a oxigenação não é adequada.
 Glicólise e fermentação lática.
GLICOSE
C – C – C – C – C – C
2 MOLÉCULAS DE
ÁCIDO PIRÚVICO
C – C – C
2 MOLÉCULAS DE
ÁCIDO LÁTICO (LACTATO)
C – C – C
2 ATP
GLICÓLISE FERMENTAÇÃO LÁTICA
4 ATP (en)
2 ADP
2 NADH
2 NAD–
2 H+
2 NAD–
2 H+
Fermentação alcoólica
Ocorre em algumas bactérias e em certos fungos (leveduras). A levedura Saccharomyces cerevisiae converte a 
glicose em ácido pirúvico (piruvato) e, em seguida, em acetaldeído que na presença de enzimas específicas e de hidro-
gênios provenientes do NADH é convertido em etanol. Durante o processo de fermentação do caldo de cana (garapa), 
a glicose será degradada para a formação de etanol. A fermentação do suco de uva produz o vinho. A fermentação da 
cevada leva à produção da cerveja. Na fermentação alcoólica ocorre consumo de NADH, produzido durante a glicólise, 
e liberação de CO2.
22 Semiextensivo
Para se produzir o pão, adiciona-se açúcar à massa. O açúcar e outros glicídios presentes na massa serão for-
necedores de energia para a ocorrência da fermentação alcoólica no interior da massa. Na superfície da massa os 
fungos realizarão respiração aeróbia, pois estão na presença de oxigênio e possuem mitocôndrias. A fermentação 
irá produzir CO2 que deixará a massa aerada e macia, portanto a maciez do pão depende da produção de CO2. O 
álcool produzido no interior da massa irá evaporar durante o processo de assar o pão. O fungo morrerá devido à 
alta temperatura. Na presença de oxigênio, o fungo Saccharomyces realiza a respiração aeróbia e obtém um maior 
rendimento energético.
 Glicólise e fermentação alcoólica.
GLICOSE
C – C – C – C – C – C
2 MOLÉCULAS DE
ÁCIDO PIRÚVICO
C – C – C
2 MOLÉCULAS DE
ÁLCOOL ETÍLICO (ETANOL)
C – C
2 ATP
GLICÓLISE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
4 ATP 2 CO
2
 
2 ADP
2 NADH
2 NAD–
2 H+
2 NAD–
2 H+
Existe uma outra via de fermentação onde a glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico e em seguida 
bactérias do gênero acetobacter promovem a conversão deste em ácido acético. O ácido acético é a base para a 
produção de vinagre.
 Glicólise e fermentação acética.
GLICOSE
C – C – C – C – C – C
2 ÁCIDO PIRÚVICO
C – C – C
2 ÁCIDO ACÉTICO + 2 CO
2
 + en (ATP)
 C – C
 Respiração anaeróbia
Ocorre em algumas bactérias como aquelas que pertencem ao ciclo do nitrogênio e participam da desnitrificação 
de produtos nitrogenados. Na respiração anaeróbia, as bactérias não utilizam O2 para oxidar a matéria orgânica, e sim 
nitritos e nitratos. Outras bactérias podem usar sulfatos ou, ainda, carbonatos para oxidar a matéria orgânica. A 
bactéria desnitrificante Pseudomonas denitrificans participa do ciclo de nitrogênio devolvendo à atmosfera o N2. Esse 
processo só ocorre na ausência de oxigênio e em solos de baixa oxigenação como regiões pantanosas.
 Respiração anaeróbia em bactéria desnitrificante.
C
6
H
12
O
6
 + 4 NO–
3
 6 CO
2
 + 6H
2
O + 2 N
2
 + ENERGIA (ATP)
(glicose) (nitrato)
Aceptor
Uma observação importante deve ser feita: a fermentação não é um tipo de respiração anaeróbia. Usa-se o ter-
mo respiração em todo o processo de síntese ATP que envolve a cadeia respiratória. Existem dois tipos de respiração: 
a aeróbia, em que o aceptor final de H+ é o oxigênio na cadeia respiratória, e a anaeróbia, em que o aceptor final de 
H+ na cadeia respiratória não é o oxigênio e sim um sulfato, nitrato ou carbonato.
A fermentação também é um processo anaeróbio, porém não possui a cadeia respiratória e o aceptor final de H+ 
é um composto orgânico: ácido lático ou etanol.
Os seres vivos anaeróbios podem ser divididos em dois grupos: os facultativos e os estritos. Facultativos são aqueles 
que realizam respiração aeróbia na presença de oxigênio e fermentação na ausência de oxigênio. Estritos são aqueles 
que só realizam processos anaeróbios, ou seja, ou só realizam a fermentação ou só realizam a respiração anaeróbia.
Aula 08
23Biologia 4A
Assimilação
08.01. (UFRGS) – As dores que acompanham a fadiga 
muscular têm como causa
a) a utilização de lipídeos como fonte de energia. 
b) o acúmulo de oxigênio produzido pela respiração. 
c) a perda da capacidadede relaxamento do músculo. 
d) o acúmulo de ácido lático resultante da anaerobiose.
e) a utilização do gás carbônico resultante da fermentação.
08.02. (UEPB) – Na produção industrial de vinagre a partir 
do álcool, utilizam-se bactérias que participam do processo
a) através da respiração aeróbica.
b) convertendo o ácido pirúvico em ácido lático.
c) produzindo ácido acético na ausência de oxigênio.
d) através da fermentação láctica.
e) através da respiração anaeróbica do tipo alcoólico.
08.03. (UFAM) – Qual das alternativas abaixo está incorreta:
a) a anatomia – estuda a forma e a organização de órgãos 
e de sistemas.
Testes
b) a evolução – estuda as transformações ocorridas nos seres 
vivos ao longo das gerações.
c) as mitocôndrias – são os locais onde a maioria da energia 
utilizada pelas células é gerada.
d) a taxonomia – estuda a formação e o desenvolvimento 
dos embriões.
e) a ecologia – estuda as relações dos seres vivos entre si e 
com o ambiente em que vivem.
08.04. (UFPI) – As células vegetais jovens (meristemáticas) 
possuem inúmeras e pequenas bolsas membranosas que se 
fundem com o amadurecimento celular e em cujo interior 
encontra-se uma solução aquosa de proteínas, açúcares, íons 
inorgânicos, pigmentos hidrossolúveis e enzimas hidrolíticas. 
Essas estruturas são:
a) os vacúolos.
b) os cloroplastos. 
c) o complexo golgiense. 
d) os lisossomos. 
e) os leucoplastos. 
Quadro comparativo entre respiração aeróbia e fermentação
RESPIRAÇÃO AERÓBIA FERMENTAÇÃO
1. Quebra completa da glicose. 1. Quebra incompleta da glicose.
2. Exige a presença de O2 para retirar os H
+ liberados 
durante as oxidações, impedindo a acidose da 
célula.
2. Não utiliza O2. Outras substâncias agem como 
aceptores dos H+.
3. Há formação de água como produto final. 3. Não há formação de água.
4. Produto oxidado totalmente decomposto em CO2 e 
H2O, liberando muita energia.
4. Produto oxidado parcialmente decomposto, não 
liberando toda a energia disponível, sobram 
resíduos energéticos.
5. Formação de grande número de moléculas de ATP 
que armazenam essa energia.
5. Formação de pequeno número de moléculas de 
ATP.
6. Glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória.
6. Glicólise apenas (ácido pirúvico se decompõe em áci-
do láctico ou em álcool etílico, ou em ácido acético).
7. Ocorre com a maioria dos seres vivos.
7. Ocorre com algumas bactérias, leveduras, vermes 
intestinais e células musculares.
Existem outros tipos de fermentações, como: 
a) Propiônica, realizada por bactérias do gênero Proprionibacterium, fermentam açúcares do leite produzindo 
ácido propiônico, ATP e CO2 que forma bolhas no interior da massa do queijo suíço.
b) Butírica, realizada por bactérias anaeróbias estritas do gênero Clostridium, produzindo ácido butírico que 
geram o odor e sabor rançoso da manteiga estragada.
24 Semiextensivo
08.05. (MACK – SP) – A batata-inglesa (batatinha) é muito 
rica em amido. O órgão vegetal que armazena essa subs-
tância corresponde , e o amido é encontrado 
nos , localizados no das células.
Os espaços devem ser preenchidos, correta e respectiva-
mente, por:
a) à raiz; leucoplastos; vacúolo.
b) à raiz; cloroplastos; citoplasma.
c) à raiz; cloroplastos; vacúolo.
d) ao caule; leucoplastos; vacúolo.
e) ao caule; leucoplastos; citoplasma.
08.06. (UFPE) – O cloroplasto, organela citoplasmática na 
qual ocorre a fotossíntese, apresenta duas membranas que 
o envolvem e inúmeras bolsas membranosas. A respeito do 
cloroplasto representado na figura, analise as afirmativas a 
seguir.
D
B
C
A
1. é envolto por duas membranas de constituição lipopro-
teica (A) e possui internamente um elaborado sistema de 
bolsas membranosas, interligadas, cada uma chamada 
tilacoide (B). 
2. apresenta estruturas que lembram pilhas de moedas, 
sendo cada pilha denominada “granum” (C). 
3. contém moléculas de clorofila organizadas nos tilacoides 
(B) e, no espaço interno do cloroplasto, fica o estroma (D). 
Está(ão) correta(s):
a) 1 apenas
c) 1, 2 e 3
e) 3 apenas
b) 1 e 2 apenas
d) 2 e 3 apenas
Aperfeiçoamento
08.07. (UDESC) – Analise as proposições abaixo, em relação 
às plantas:
I. São seres autótrofos e produzem seus alimentos.
II. As plantas fazem fotossíntese através dos leucoplastos, 
como os amiloplastos que armazenam amido.
III. A clorofila é responsável pela absorção de energia lumi-
nosa indispensável à fotossíntese.
IV. Na fotossíntese ocorre a transformação do gás carbônico 
e da água em açúcar.
V. A fotossíntese consome oxigênio e produz gás carbônico.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
08.08. (UFMS) – Verifique quais são as relações apropriadas 
entre as organelas celulares e suas funções e assinale a(s) 
alternativa(s) correta(s).
01) Os lisossomos fazem a respiração celular. 
02) O complexo golgiense armazena as proteínas a serem 
exportadas pelas células.
04) O retículo endoplasmático liso é responsável pelo 
transporte intracelular de substâncias. 
08) Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas.
16) A mitocôndria realiza a digestão de materiais orgânicos 
absorvidos pelas células.
32) Os ribossomos são também responsáveis pela respira-
ção celular.
08.09. (FCM – MG) – 
No desenho acima, 1, 2 e 3 referem-se a
a) parênquima clorofiliano, citoplasma e cloroplastos. 
b) parênquima paliçádico, cloroplastos e tilacoides.
c) cloroplastos, clorofila e receptores de elétrons.
d) epiderme foliar, vacúolos e grãos de amido.
08.10. (UNICAP – PE) – 
1 – DNA; 2 – NÚCLEO; 3 – MEMBRANA PLASMÁTICA; 
4 – PAREDE CELULAR; 5 – CITOPLASMA; 6 – MITOCÔNDRIA; 
7 – CLOROPLASTO; 8 – RIBOSSOMO; 9 – GRANDE VACÚOLO 
CENTRAL.
00) Da lista de estruturas, uma célula vegetal completa 
deve conter todas as estruturas citadas.
01) Da lista de estruturas, uma bactéria não deve conter 1, 
2, 5 e 8.
Aula 08
25Biologia 4A
02) A estrutura 3 é seletiva e impermeável.
03) Protozoários e algas apresentam os mesmos compo-
nentes citoplasmáticos.
04) A eliminação da estrutura 4 em uma célula afetaria di-
retamente a permeabilidade seletiva da mesma.
08.11. (UDESC) – Analise as proposições quanto às caracte-
rísticas dos cloroplastos presentes na célula vegetal, e assinale 
(V) para verdadeira e (F) para falsa. 
( ) Os cloroplastos são organelas constituídas por duas 
membranas e possuem DNA próprio.
( ) Os cloroplastos não possuem um DNA próprio, mas 
apresentam RNAs e ribossomos para a síntese proteica.
( ) O estroma é a matriz do cloroplasto, onde são encon-
tradas várias enzimas que participam da fotossíntese.
( ) Os tilacoides são vesículas achatadas que contêm os 
pigmentos que absorvem energia luminosa.
( ) O granum está presente nos vacúolos do estroma e 
participa da fase escura da fotossíntese. 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de 
cima para baixo.
a) V – V – F – F – F
b) F – V – F – F – V
c) F – F – V – F – V
d) V – F – V – V – F
e) F – F – V – V – F
08.12. (UNISA – SP) – As figuras representam a teoria da 
endossimbiose. Essa teoria explica a origem de determinados 
tipos celulares a partir de células mais simples, bem como o 
surgimento de mitocôndrias e cloroplastos.
(Bruce Alberts et al. Biologia Molecular da Célula, 2004.)
Segundo a teoria da endossimbiose e os processos repre-
sentados, é correto afirmar que 
a) a célula resultante do processo A é ancestral da célula 
resultante do processo B e, portanto, é ancestral das 
plantas atuais.
b) a presença de parede celular envolvendo mitocôndrias 
e cloroplastos confirma a teoria. 
c) o processo B representa a origem das células de algas 
e fungos. 
d) a relação estabelecida

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