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¹ Acadêmica da 10ª fase do Curso de Engenharia de Alimentos do Centro Universitário 
UNIFACVEST. E-mail: thais.o.1@hotmai.com 
 
NOVAS TENDÊNCIAS PARA EMBALAGENS 
 
Thais do Nascimento Oliveira1 
 
RESUMO 
 
A conservação dos alimentos é uma das grandes preocupações da humanidade. 
Desde o modo em que são colhidos, durante seu processamento ou estocagem 
até a hora do consumo, os alimentos estão sujeitos a diversos tipos de 
deteriorações, causadas principalmente por microrganismos, enzimas e reações 
com o oxigênio do ar. Desta forma, a embalagem reflete a cultura e estagio de 
desenvolvimento de uma nação e seu aprimoramento, criada com a finalidade 
de proteger, conter e viabilizar o transporte dos produtos. Atualmente tem outras 
funções como: conservar, expor e vender os produtos, é uma importante 
ferramenta do marketing, tornando-se parte fundamental do produto, pois além 
de proteger, vem sendo cada vez mais aprimorada com tecnologias, 
fortalecendo assim a sua imagem e podendo influenciar o consumidor, 
interferindo na sua decisão de compra. Esta pesquisa bibliográfica tem por 
objetivo conhecer e analisar diversas embalagens inovadoras quanto a 
conservação dos alimentos no aspecto químico, físico e biológico. 
 
Palavra-chave: Embalagem. Conservação. Tecnologia. Marketing. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A utilização da embalagem está direta mente ligada ao nosso estilo de 
vida, tendo uma função tão fundamental que passa a ser confundida com o 
próprio produto em si. A embalagem não melhora a qualidade do produto, no 
entanto, quanto maior for a sua vida de prateleira associada à segurança, melhor 
será a aceitação pelo consumidor (KOTLER, 1996). 
A embalagem é vista como o vendedor silencioso, que tem como função 
repassar informações sobre o produto ao consumidor, por isso, a cor tem 
importante papel na venda, uma vez que atinge os sentidos do consumidor e é 
gravada com facilidade (KOTLER, 1996). 
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São funções das embalagens, melhorar a apresentação de um produto, 
através das características expostas nas mesmas, facilitar o transporte e o 
acesso ao produto, trazer informações ao consumidor, além de aumentar o valor 
agregado ao produto (KOTLER, 1996). 
Alimentos, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, medicamentos, 
bebidas e bens de consumo em geral, só sobrevivem no mundo atual porque 
conta com uma embalagem adequada que lhes garante proteção durante as 
etapas de transporte, estocagem, manuseio até chegarem ao consumidor. 
Essencialmente, sabe-se que a principal finalidade das embalagens é 
proteger os alimentos contra qualquer tipo de ação de deterioração, sejam elas 
de natureza química, física ou microbiológica, desde o acondicionamento até o 
consumo final, assegurando a manutenção de suas próprias características, por 
um período de tempo mais longo, após seu processamento (MOURA, 1997). 
 O tipo de embalagem no qual o produto é acondicionado também pode 
influenciar na sua vida útil. Deste modo as embalagens devem evitar alterações 
das características sensoriais como: sabor, textura, doçura, aceitação global, 
aroma como também deterioração física, química e microbiológica do produto, 
além de satisfazer as necessidades de marketing tanto da empresa como 
também do consumidor, custo, disponibilidade entre outros. Diante do exposto, 
o presente trabalho objetivou conhecer e analisar a novas tendências de 
embalagens alimentícias que dispomos no mercado e sua influência quanto à 
conservação dos alimentos nos aspectos físico, químico e microbiológico 
(MOURA, 1997). 
 
2 A EVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS 
 
A embalagem está presente na vida das pessoas em toda parte do 
planeta. Vivemos em um mundo de produtos embalados, sejam eles de forma 
industrial ou artesanal. Dessa forma a embalagem se diferencia pelo conjunto de 
atividades, projetos e produção do recipiente ou envoltório de um produto 
(KOTLER, 1996). As embalagens apresentam uma grande variedade de formas, 
modelos e materiais, e fazem parte da vida diária das pessoas de diversas 
maneiras, proporcionando benefícios que explicam sua existência (MAIA, 
SOUSA e LIMA, 2007). 
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Gobe (2004) explica que quase todos os bens vendidos devem ser 
embalados e que por isso a embalagem é um elemento essencial da estratégia 
de produto na maioria das empresas, adicionando valor, influenciando a 
qualidade percebida pelos consumidores e posicionando a marca. 
A necessidade da embalagem começou a aparecer à medida que a vida 
do homem tornou-se gradativamente mais corrida, quando os alimentos 
passaram a ser preciso armazenar, quando aumentou a distância entre sua casa 
ao supermercado e suas fontes de abastecimento, quando surgiram as primeiras 
divisões de trabalho, dentro do próprio núcleo familiar, à medida que o homem 
foi se especializando e tornando se caçador, pastor, plantador de sementes, 
pescador, guerreiro (MOURA, 1997). Não existe uma data exata para o 
surgimento da embalagem, mas provavelmente foram criadas pelos primeiros 
habitantes da terra para facilitar o transporte e o armazenamento dos alimentos, 
fundamentais para a sua sobrevivência. No início, a maneira encontrada para 
transportar a água foi à utilização das mãos em forma de concha, mas ela não 
poderia ser estocada, então o homem utilizou-se de crânios de animais, chifres 
ocos, grandes conchas, passando a construir cestos e finalmente produziu vasos 
de argilas para a contenção e o transporte dos seus alimentos. Com a Revolução 
Industrial no século XVIII, o surgimento da produção em série e 
consequentemente a produção em larga escala, as embalagens tiveram um 
grande crescimento na sua produção e no seu consumo até os dias atuais, 
utilizando como matéria prima diversos tipos de materiais tais como: a lata, o 
papel, o vidro, o alumínio dentre outros (MOURA, 1997). 
Com a implantação e o surgimento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), 
no início dos anos 40, houve uma condição especial para atender ao 
fornecimento de embalagens para as indústrias de produtos químicos, tintas, 
cervejas, refrigerantes e alimentos com embalagens metálicas confeccionadas 
com folha-de-flandres. Já na década de 60, houve o crescimento de produção 
de embalagens plásticas. A partir da década de 70, até os dias atuais, o mercado 
de embalagens é atendido suficientemente pelas indústrias nacionais que 
acompanham as intenções do mercado mundial, adequando suas produções a 
tipos de embalagens com características específicas, tais como o uso em fornos 
micro-ondas, tampas removíveis manualmente, proteção contra luz e calor e 
evidência de violação (ABRE, 2005). 
4 
 
Segundo Abreu, (2005) durante a evolução, a embalagem assimilou os 
grandes avanços tecnológicos e seguiu as tendências da sociedade de consumo 
como um todo. As embalagens vão se adequando com uma linguagem visual 
própria e característica para cada produto e com o desenvolvimento da 
tecnologia e de suas atividades econômicas, a embalagem foi incorporando 
novas funções e passou a conservar, expor, vender os produtos e por fim 
conquistar o consumidor por meio de seu visual atraente e comunicativo. 
 
3 NOVAS TENDENCIAS DE EMBALAGENS 
 
A criação de novas tecnologias dentre os diversos setores das indústrias 
alimentícias, visam o aperfeiçoamento de toda a cadeia partindo da matéria 
prima até o produto final, uma vez que se faz necessário o perfeito controle dos 
pontos críticos, além de fortalecer a busca por alternativas que mantenham 
as qualidades dos produtos, em termos da segurança e do aumento da vida de 
prateleira. Com este desenvolvimento as embalagens têm se aperfeiçoado, 
superando a função básica de proteger o alimento contra danos mecânicos e 
contaminações químicas e microbiológicas, investindo em novas tecnologias 
com o objetivo de prolongar as características dos alimentos, oferecer maior 
proteção mecânica no embarque, transporte e desembarque, conferirmelhor 
aparência, facilitar o uso pelo consumidor, e que utilizem materiais de fácil 
reciclagem ou decomposição no ambiente. Para satisfazer essas perspectivas 
das indústrias de alimentos e dos consumidores, surgem as tecnologias 
referentes as embalagens ativas e embalagens inteligentes, um exemplo disso 
são as 4 novas tendências no setor de embalagem para esse ano (ABRE, 2005). 
 
• Saudabilidade e bem-estar: As tendências de saudabilidade e bem-
estar valorizam a qualidade de vida que um alimento pode trazer para os 
consumidores. É possível analisar a preferência do público na hora de 
escolher entre uma refeição barata e que pode prejudicar a saúde ou algo 
mais caro, porém, saudável (ABREU, 2005). 
• Conveniência e praticidade: A conveniência e praticidade é uma 
tendência que visa providenciar mais comodidade e conforto, 
https://www.scuadra.com.br/blog/saiba-como-atuar-no-mercado-de-alimentacao-saudavel/
https://www.scuadra.com.br/blog/embalagens-para-delivery-mais-conveniencia-melhor-experiencia/
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principalmente para as pessoas com uma rotina mais acelerada. 
Acontece que muitas pessoas não têm tempo para cozinhar, por isso, 
levar esse aspecto em consideração na hora de providenciar um alimento 
pode ser crucial para conquistar a fidelidade desse grupo (ABREU, 2005). 
• Confiabilidade e qualidade: A confiabilidade e qualidade é uma 
tendência que ajuda a orientar ou determinar as escolhas e a fidelização 
do público. Para reforçar a importância desse grupo, é válido ressaltar que 
as pessoas costumam pagar mais por produtos e serviços nos quais eles 
detectam maior qualidade ou nas marcas em que eles têm mais confiança 
(ABREU, 2005). 
• Sustentabilidade e ética: As tendências do grupo de sustentabilidade e 
ética valorizam as indústrias que têm preocupações ambientais e que 
deixa essa característica clara para o seu público-alvo. Os consumidores 
terão sempre preferência a alimentos industrializados quando eles sabem 
que o fabricante protege o meio ambiente ou tem projetos sociais 
(ABREU, 2005). 
As diversas tendências do setor de alimentos que são essenciais para 
qualquer tipo de negócio da área. Entender as novidades que estão surgindo no 
mercado é uma maneira de estar um passo à frente da concorrência, 
trazendo novas experiências para os seus consumidores. Outra jogada das 
industrias é a utilização da tecnologia a seu favor, agregando a tecnologia ou a 
nanotecnologia em através das suas embalagens, um exemplo disso são as 
embalagens conectadas, um dos maiores desenvolvimentos em embalagens de 
varejo é a adição de chips, códigos e elementos interativos que permitem que a 
marca se conecte diretamente com o consumidor, criando novas oportunidades 
de marketing para impulsionar o engajamento e as vendas. Isso oferece a 
oportunidade de conectar o consumidor ao espaço on-line, bem como uma 
oportunidade de coleta de dados para melhorar o conhecimento do cliente e 
avaliar o desempenho da campanha. Enquanto isso, para o consumidor, a 
embalagem conectada agrega valor à experiência de compra e fornece uma 
plataforma online para receber ofertas promocionais e descontos (ABREU, 
2005). 
 
https://www.scuadra.com.br/blog/como-fidelizar-clientes-em-seu-restaurante/
https://www.scuadra.com.br/blog/como-fidelizar-clientes-em-seu-restaurante/
https://www.scuadra.com.br/blog/embalagem-eco-friendly-ser-sustentavel-sem-sacrificar-o-estilo/
https://www.scuadra.com.br/blog/autoatendimento-em-restaurantes-melhore-a-experiencia-do-cliente/
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3.1 INFLUENCIA DAS MUDANÇAS EM EMBALAGES 
 
A vontade dos consumidores é o que guia de mudanças nas indústrias, e 
na de alimentação não seria diferente. De acordo com a Pesquisa de 
Consumidores Innova de 2019, mais de dois terços 71% dos consumidores 
brasileiros acreditam que as empresas devem usar apenas embalagens 
sustentáveis. Porém, quando o assunto é embalagem de alimentos e bebidas, 
há outros fatores relevantes. Governos vêm agindo para reduzir os impactos 
ambientais, estabelecendo acordos com marcas para que ouso de matérias-
primas, como o plástico, sejam reduzidas ou trocadas (PEDELHES, 2005). 
No Reino Unido, por exemplo, o governo vai introduzir um imposto sobre 
embalagens plásticas a partir de 2022. Por outro lado, sanções financeiras serão 
estabelecidas para incentivar a incorporação do plástico reciclado na cadeia 
produtiva dessas empresas, criando um precedente interessante para sua 
adesão (PEDELHES, 2005). 
Por outro lado, marcas relevantes no mercado tomam a frente em ações 
para promover a sustentabilidade, enxergando-se como parte da equação. Para 
o futuro, seja em uma escala próxima, pensando ainda em 2020, ou mesmo para 
daqui a 10 anos, uma coisa é certa: os consumidores estão cada vez mais 
exigentes. A urgência de temas relacionados ao meio ambiente ganhou 
relevância para as pessoas, que agora exigem o mesmo tipo de conscientização 
das marcas (PEDELHES, 2005). 
Os consumidores recompensarão as empresas que oferecem produtos 
em embalagens inteligentes que podem se integrar perfeitamente ao seu 
ambiente doméstico e inteligente. As embalagens simplificarão as tarefas 
domésticas, desde fornos que perguntam à embalagem em que temperatura 
cozinhar e por quanto tempo (PRIA, 2012). 
Daqui para frente, o consumo consciente será o ponto de encontro das 
transformações na indústria global de alimentos. Implementar políticas e 
filosofias sustentáveis em sua linha de fabricação, do produto em si, passando 
pela embalagem e chegando à logística, será uma exigência para sobreviver em 
um mercado moderno e preocupado com o planeta.(PRIA, 2012). 
 
7 
 
4 CONCLUSÃO 
Observou-se durante a referida pesquisa a importância das embalagens, 
refletindo diretamente na qualidade do produto, seja com relação à proteção, na 
conservação do produto, contribuindo desta maneira para a segurança do 
produto final. As embalagens também desempenham outro papel de 
fundamental importância, sendo consideradas como o maior veículo de venda e 
de construção da marca e da identidade de um produto. A embalagem propicia 
a venda do produto, também vende a imagem da empresa que comercializa o 
produto nela acondicionado, ou seja, a embalagem representa a imagem do 
produto, devido a tais fatores as industrias estão sempre em busca de 
tecnologias que possam aprimorar e inovar embalagens. 
 
REFERÊNCIAS 
 
A EMBALAGEM deixou de ser parte para ser produto. Administrador 
Profissional, São Paulo, v. 28, n. 230, p. 6, ago. 2005. 
GOBE, Antônio C.; et all. Gerência de Produtos. Coordenação: Júlio César 
Tavares Moreira. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004 
KOTLER, Phillipe. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: ABDR, 
2003. 
MAIA, G. A; SOUSA, P. H. M.; LIM A, A. S. Processamento de frutas 
tropicais. Fortaleza: Editora UFC 2007. 
MOURA, Reinaldo A.; BANZATO, José Maurício. Embalagem, Unitização & 
Conteinerização. São Paulo: 1997. 
NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de Embalagem do Marketing à 
Produção. São Paulo: Novatec Editora, 2008 
PEDELHES, G. J. Funções e valores na logística. GELOG UFCS. 2005. 
PRIA, M. L. 200 0. As tendências da indústria de embalagens. Brasil 
Alimentos, 2012.

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