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MANUAL DO ESTAGIÁRIO VOLUME 2 W W W . P L A N T A O E N G E N H A R I A . C O M AUTOR : KAIQUE MEIRA MACEDO Atenção Este material é protegido pela lei de direitos autorais (Lei 9.610 de 19/02/1998). Nenhuma parte desse eBook poderá ser reproduzida ou transmitida sem autorização prévia do autor, seja por meio digital, eletrônico, impresso, fotográfico ou quaisquer outros. Quando este tipo de ação é identificada, todas as medidas judiciais (indenização) e criminais (prisão) serão tomadas. Pirataria é crime previsto no código civil e penal. 1 Formas 2 Armaduras 3 Concreto SUMÁRIO www.Plantaoengenharia.com Formas Formas são elementos pertencentes á estrutura, na fase de sua execução, destinados a dar formato definitivo ao concreto, após a sua cura, quando ele está ainda na sua condição de plasticidade. Devem obedecer a certos critérios de execução, pois podem interferir de maneira significativa no acabamento , bem como na estabilidade estrutural do elemento a ser concretado. Na montagem de um sistema de escoramento e formas, além de prever a sua estabilidade dimensional , sobrecarga de movimentação das montagens, armação e concretagem, é também necessário prever de forma criteriosa seus reaproveitamentos na mesma obra e não esquecer que essas peças são desmontadas após a cura do elemento estrutural concretado. Na fase de projeto de uma forma e seus sistemas de cimbramentos e apoios, é necessário que seja planejada a sua desmontagem, pois conforme a estrutura é montada, há dificuldades nos trabalhos de desforma. Materiais para execução de formas São muitos os materiais destinados á execução de formas para concreto e dos mais comum podemos destacar : Madeira : Material mais comum e de larga utilização por ser de fácil aquisição e trabalhabilidade. A madeira para execução das formas deve ter as seguintes qualidades : • Elevado módulo de elasticidade e resistência razoável • Não ser execessivamente dura , de modo a facilitar a serragem , bem como a penetração e a extração de pregos. • Baixo custo • Pequeno peso específico Desse grupo de materiais destacamos: • Madeira bruta : Destinada á concretagem de peças de fundação e de estruturas que não requerem acabamento perfeito ou que devam receber revestimento. • Compensado resinado : Destinado á concretagem de elementos estruturais que não requerem muito acabamento. Dependendo do fabricante e do modo de uso e armazenamento , tais peças podem ser reutilizadas até 5 vezes. • Compensado plastificado: Largamente utilizado para a concretagem de elementos que requerem acabamento especialmente para aquele concreto que chamamos de “ concreto á vista “. Dependendo da qualidade, do uso e do armazenamento, tais peças podem ser reutilizadas até 50 vezes. • Metálica : Material cada vez mais utilizado, principalmente em construções onde há predominância de elementos estruturais com dimensões pouco variadas. Há no mercado inúmeras empresas fornecedoras de formas metálicas, inclusive com possibilidade de desenvolvimento de formas personalizadas. Na indústria de pré-moldados é o tipo de forma mais utilizado, com reutilização praticamente ilimitada, bem como sua relação custo x benefício bastante interessante. • Mista : Formas em que a madeira é estruturada em conjunto com elementos metálicos , propiciando facilidade de manuseio e estabilidade estrutural , e em elementos especiais. Também utilizada em obras onde a variação dimensional dos elemento estruturais é pequena. Dica 1 : Atenção especial ao posicionamento dos pregos necessários á montagem das forma , pois conforme o posicionamento das peças que a compõe, pode haver dificuldade na desforma. Veja o exemplo da viga a seguir . Numa forma de viga, são desformadas em primeiro lugar as laterais e por último a base. Outros materiais : • Laminados • Papelão • Fibras • Poliestireno expandido ( Isopor ) Tipos de Formas : • Removíveis : Podem ser retiradas após a cura do elemento concretado , podendo ou não ser reaproveitadas. Utilizadas em lajes , painéis , vigas , pilares , entre outros. • Perdidas : Ficam embutidas nos elementos estruturais , não podendo ser retiradas. Utilizadas em lajes nervuradas como “ forma perdida “. Os materiais utilizados para a confecção dessas formas são as de menor peso específico possível. Destacamos papelão e poliestireno expandido. A concretagem desse tipo de forma consiste em duas etapas : a primeira é a base inferior da laje. Após o posicionamento das formas e a complementação das armaduras é então executada a segunda etapa da concretagem. • Contrabarranco : Quando o solo é bem consistente , estável e livre de água , costuma-se utilizá-lo como forma para as estruturas de blocos de fundação e baldrames. Escava-se o solo, recortando-o pelo menos 1 cm a mais nas larguras , e aplica-se um chapisco de cimento e areia traço 1 : 3 nas laterais. Esse chapisco evita a fuga de água do concreto para o solo e desbarrancamentos . A vantagem desse procedimento é que se evitam desforma e refazer aterros. Uma desvantagem é fragilidade nas beiradas por causa da movimentação dos operários este problema pode ser amenizado colocando um colarinho de madeira á sua volta . Nomenclaturas usuais para formas de madeira • Painéis : Superfícies ( faces ) que vão dar forma ao elemento construtivo. Os painéis formam os pisos das lajes , as faces das vigas , pilares , paredes e fundações. São normalmente interligados por sarrafos de 2,5 x 10 cm ( 1 “ x 4 “ ) • Travessas : Peças de ligação dos painéis. São feitas de sarrafos de 2,5 x 10 cm ou de pontaletes ( caibros ) de 7,5 x 7,5 cm ( 3” x 3”). Como medida de economia , são geral utilizadas como elementos constitutivos das gravatas. A distância entre as travessas é geralmente constante no mesmo painel , de modo que a sua fixação pode ser feita com facilidade e rapidez , por meio de mesas previamente bitoladas. • Travessões : Peças de suporte empregadas somente nos escoramentos dos painéis das lajes. São em geral feitos de pontaletes de 7,5 x 7,5 cm e trabalham como vigas contínuas apoiadas nas guias. • Guias : Peças de sustentação dos travessões. São feitas , em geral, de caibros de 7,5 x 7,5 cm ou sarrafos de 2,5 x 10 cm, trabalhando de cutelo, isto é , na direção da maior resistência. Em alguns casos, como, por exemplo, na execução de apoios para lajes pré-moldadas, os travessões podem ser suprimidos. As guias são apoiadas nos pontaletes ou pés- direito. • Travessas de apoio : Peças fixadas sobre travessas verticais das faces da viga, destinadas a servir de apoio para as extremidades dos painéis das lajes e das respectivas peças de suporte. • Cantoneiras ( chanfrados ou meios-fios ) : Pequenas peças de seção triangular pregadas nos ângulos internos das formas , destinadas a evitar as quinas vivas dos pilares, vigas etc. • Gravatas : Ligam dos painéis das formas dos pilares, colunas e vigas para reforça-las a fim de que resistam aos esforços que nelas atuam na ocasião do lançamento do concreto. A distância entre as gravatas geralmente varia de 40 a 60 cm para peças de pouca solicitação e depende, ainda , dos reforços executados nos painéis. As peças utilizadas normalmente são os sarrafos, ou os pontaletes ( caibros ) , ou ainda a combinação entre caibros e sarrafos. • Montantes : Destinam-se a reforçar as gravatas dos pilares. Feitos em geral de caibros de 7,5 x 7,5 cm e reforçam ao mesmo tempo várias gravatas. Os montantes colocados em faces opostas pilares , paredes e fundações são ligados entre si por ferros redondos ou tirantes. • Pés- Direitos : Suportes das formas das lajes , cujas cargas recebem por intermédio das guias , ou seja, fazem o escoramento das estruturas das formas. Feitos usualmente de caibros de primeira qualidade , de 7,5 x 7,5 cm.São apoiados normalmente em pequenas tábuas ( calços) colocadas sobre a superfície. • Pontaletes : Suportes das formas das vigas , que se apoiam nelas por meio de caibros curtos d seção normalmente idêntica á do pontalete e independentes das travessas da forma. Num mesmo pavimento o comprimento dos pontaletes varia , naturalmente , com a altura das vigas. Feitos usualmente de caibros de primeira qualidade , de 7,5 x 7,5 cm. • Escoras ( mãos- francesas) : Peças inclinadas que trabalham a compressão , empregadas frequentemente para impedir o deslocamento dos painéis laterais das formas de vigas , escadas, blocos de fundação etc. Podem ser executadas com sarrafos ou pontaletes ( caibros ) e o seu distanciamento varia principalmente em função da altura da peça a ser concretada. • Chapuzes : Pequenas peças feitas de sarrafos de 2,5 x 10 cm, de cerca de 15 a 20 cm de comprimento, geralmente empregadas como suporte e reforço de pregação das peças de escoramento, ou como apoio dos extremos das escoras. • Talas : Idênticas aos chapuzes , destinadas á ligação e á emenda das peças de escoramento. São , em geral , empregadas nas emendas de pés-direitos e pontaletes e na ligação dessas peças com as guias. • Cunhas ( palmetas ) : Peças prismáticas , geralmente usadas aos pares, com a dupla finalidade de forçar o contato íntimo entre os escoramentos e as formas, para que não haja deslocamento durante o lançamento do concreto e facilitar , posteriormente , a retirada desses elementos. Devem ser feitas , de preferência, de madeiras duras, para que não se deformem ou inutilizem facilmente. • Calços : Peças de madeira nas quais se apoiam os pontaletes e pés- direitos, por intermédio das cunhas. São geralmente feitas de pedaços de tábuas de aproximadamente 30 cm de lado. Mediante a superposição de calços e variação do encaixe das cunhas , podem er eliminadas as pequenas diferenças de comprimento dos pés-direitos e pontaletes de um mesmo escoramento, ou essas peças podem ser adaptadas ao escoramento de vigas e lajes de alturas ou espessuras várias. • Espaçadores : Pequenas peças feitas de concreto, empregadas nas formas de paredes e fundações, para manter a distância interna entre os painéis quando a necessidade de utilização de tirantes. • Espaçadores : Pequenas peças feitas de concreto, empregadas nas formas de paredes e fundações, para manter a distância interna entre os painéis quando a necessidade de utilização de tirantes. • Tirantes : Peças metálicas compostas de uma barra de ferro com rosca e porca em ambas das extremidades ou em apenas uma extremidade, posicionada entre as faces das vigas ou paredes destinadas a reforçar a ação das gravatas. Esses tirantes são transpassados normalmente num tubo plástico especialmente destinado a esse fim. • Janelas ( bocas ) : Aberturas localizadas na base das formas dos pilares e paredes, ou no fundo das vigas de grande altura, destinadas a facilitar a limpeza deles imediatamente antes do lançamento do concreto • Travamento : Ligação transversal das peças de escoramento que trabalham á flambagem (carga de topo ). Destinado a subdividir-lhes o comprimento e aumentar-lhes a resistência. • Contraventamento : Ligação destinada a evitar qualquer deslocamento das formas, assegurando a indeformabilidade do conjunto. Consiste na ligação das formas entre si , por meio de sarrafos e caibros , formando triângulos. Nas construções comuns o contraventamento, em geral , é feito somente em planos verticais , destinando-se a impedir o desaprumo das formas do pilares e colunas , sendo desnecessário no plano horizontal, visto que as formas das lajes geralmente já impedem a deformação do conjunto nesse plano. • Desmoldante : Composto líquido aplicado aos painéis internos das formas para evitar a aderência concreto X forma, facilitando assim a desforma , e devem ser aplicados antes da colocação da armadura. Considerações gerais sobre as formas As formas para concreto devem satisfazer os seguintes requisitos: • Serem executadas rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto e terem a resistência necessária para não se deformarem sensivelmente sob a ação dos esforços que vão suportar, isto é , sob a ação conjunta do preso próprio e das pressões do concreto, das armaduras e cargas acidentais. Nas peças de grande vão , devem ter a sobre- elevação necessária ( contraflecha) para compensar a deformação inevitável sob a ação das cargas. • Atenção especial para a estabilidade da formas, quando o concreto for sofrer adensamento por vibração por meio de vibradores de alta frequência ( de agulha). • Serem praticamente estanques, condição de grande importância para que não haja perda de cimento arrastado pela água. Para esse fim , é preciso que as tábuas sejam bem alinhadas, para que se justaponham o melhor possível, e as fendas que apareçam sejam tampadas cuidadosamente com papel ou pano. • Merece cuidado particular a ligação das tábuas que formem ângulos ( arestas de vigas e de pilares , juntas de vigas com lajes etc ) .. • Serem construídas de forma que permitam a retirada dos seus diversos elementos com relativa facilidade e , principalmente, sem choques. Para esse fim o seu escoramento deve-se apoiar-se em cunhas , caixas de areia ou outros dispositivos apropriados. • Serem projetadas e executadas para permitir o maior número de utilizações das mesmas peças. • Serem feitas com madeira aparelhada ou chapas de compensado plastificado , nos casos em que o concreto deva constituir superfície aparente definitiva. • Antes do lançamento do concreto , as formas devem ser limpas internamente para esse fim , devem ser deixadas aberturas, denominadas “ janelas “ , próximas ao fundo , nas formas de pilares , paredes e vigas estreitas e profundas. Antes do lançamento do concreto, as formas devem ser molhadas até a saturação , para que não absorvam água necessária á pega do cimento. O escoamento da água em excesso , empregado para esse fim , far-se-á por furos convenientemente localizados. • A retirada das formas deve obedecer sempre á ordem e aos prazos mínimos indicados na tabela seguinte, de acordo com o estipulado nas normas brasileiras. 1-Chapa de madeirite 2-Aprumador metálico 3-Pontalete ou gravata de madeira 4- Agulha e borboleta 5-Sarrafos de madeira Gravata de madeira Elementos para cálculo de formas de madeira : Estruturas em geral Quantidade para 1 m² de forma Material e mão de obra para fabricação, montagem, escoramento,desforma Estimativa de forma para cada m³ de concreto Considera-se , em média, 12 m² de forma para cada m³ de concreto. Dimensões comerciais das madeiras Chapas de compensado Largura por comprimento(cm): 110 x 220 , 122 x 244 Espessuras ( mm) : 6,8,10,12,15,20 Peças de madeira bruta • Tábuas – espessura por largura (cm) : 2,5 x 30 ; 2,5 x 2,5 • Sarrafos – espessuras por largura ( cm ) : 2,5 x 10 • Ripas ou ripão – espessura por largura (cm) : 2,5 x 5 • Pontaletes – espessura por largura ( cm) : 5 x 5; 7,5 x 7,5 Conheça alguns tipos de pregos Como construir escadas para acessos provisórios em canteiro de obras Muitos acidentes acontecem por causa de improvisos na construção de escadas no canteiro. Geralmente, são problemas com o dimensionamento dos degraus, inclinação inadequada, falta de sinalização e de guarda- corpo. Também é comum ocorrer o rompimento de degraus ocasionado pelo uso de material de baixa resistência.Segundo a NR-18, escadas ou rampas devem ser construídas onde houver necessidade de transposição de pisos com altura superior a 0,40 m. O material a ser usado pode ser madeira ou metal, ambos de boa qualidade. Evite pintar as escadas, pois a tinta pode cobrir imperfeições, como trincas, rachaduras e apodrecimento. O uso de escadas de mão é restrito a acessos provisóriose serviços de pequeno porte. Se o uso for prolongado, opte por escadas de uso coletivo, dimensionadas conforme o fluxo de trabalhadores, respeitando sempre a largura mínima de 0,80 m.Para escadas de madeira, jamais use restos de madeira que sobram da construção. O risco de acidente faz essa economia não valer a pena. 1. A madeira deve ser de boa qualidade, sem nós ou rachaduras que comprometam sua resistência. Deve também estar seca e sem pintura que encubra imperfeições 2. Escadas com quatro ou mais degraus devem ser protegidas com guarda-corpo de 1,20 m de altura e rodapés de 20 cm de altura 3. Para até 45 trabalhadores a largura mínima é de 0,80 m; de 46 a 90 trabalhadores, a largura deve ser de 1,20 m; de 91 a 135 operários, recomenda-se largura mínima de 1,50 m; acima de 135 a largura mínima deve ser igual ou superior a 2 m 4. A inclinação da escada é determinada pela profundidade dos degraus e altura dos espelhos. Nesse tipo de escada, a profundidade de cada degrau deve se situar entre 25 cm e 30 cm, e a altura do espelho entre 15 cm e 18 cm. Essas dimensões criam ângulo de inclinação entre cerca de 27° e 35° 5. A cada 2,90 m de altura, é preciso ter um patamar intermediário quadrado. Ou seja, largura e comprimento precisam ser, no mínimo, iguais à largura da escada 6. Para que a passagem das pessoas não seja prejudicada, o espaço livre vertical não deve ser menor do que 2,25 m 7. Os guarda-corpos devem ser lisos, sem pregos, farpas, lascas ou rachaduras. Nunca deixe materiais nos degraus 8. Escadas cujas laterais sejam fechadas com paredes ou muros devem ser dotadas de corrimão, de preferência do lado de quem desce. Se tiverem largura igual ou maior que 2 m, instale corrimão intermediário 1. A escada de mão tem uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte. Use apenas para transpor desníveis 2. Deve possuir dois montantes laterais e degraus rígidos e antiderrapantes, devidamente fixados; não se admite o uso de escadas com montante único 3. O ângulo formado pela escada deve ficar entre 65° e 80°. Se for maior que 80°, a escada fica muito próxima da parede e pode haver queda; se for menor que 65°, a escada pode envergar 4. Embora não seja aconselhável, esse tipo de escada pode ter até 7 m de extensão. Escadas com esse comprimento oferecem risco de acidentes fatais em caso de queda. O ideal é usar escadas menores 5. Os degraus devem ser fixados nos montantes por meio de dois pregos de bitola 18 x 27 de cada lado. Para montantes ou degraus grandes podem ser usados mais pregos, mas cuidado para o risco de rachar a madeira 6. Não suba nem desça dando as costas para os degraus e evite levar objetos nas mãos 7. Deve ultrapassar em 1 m o piso superior e ser fixada nos pisos inferior e superior ou contar com dispositivo que impeça o escorregamento. Deve ser apoiada em piso resistente 8. O uso é proibido junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos; perto de portas ou áreas de circulação; onde houver risco de queda de objetos ou materiais; e nas proximidades de aberturas e vãos Madeira para fôrmas Aprenda a calcular o consumo de chapas, pontaletes e sarrafos para fazer fôrmas de madeira A fôrma é o elemento que molda a geometria das peças estruturais - vigas, lajes, pilares e outras. Essa etapa tem muita influência nos custos da obra. Pode ocorrer muito desperdício de madeira e também, se a estrutura não ficar aprumada e nivelada, vai ser preciso mais argamassa para "consertar" a estrutura torta ou muito irregular. Como há diversos tipos e formatos de pilares e vigas de concreto, com alturas diferentes, não há uma regra básica para calcular a quantidade de madeira. As fôrmas precisam ser projetadas e construídas para suportar o peso do concreto até ele endurecer. Nas grandes obras, as fôrmas são projetadas por um consultor especializado, que vai ajudar a reduzir desperdício com cortes errados e vai calcular quantas vezes a fôrma pode ser usada, entre outras coisas. Nós vamos ver a seguir a quantidade de madeira necessária para fazer um pilar, uma viga e uma RECOMENDAÇÕES » Veja se as chapas e outras madeiras não apresentam defeitos nem estão podres » Verifique se a carpintaria tem todas as ferramentas para executar o trabalho » Confira os projetos de instalações de água, esgoto, elétrica, telefone etc. » Estude o projeto de fôrmas » Confira se existem frestas nas fôrmas que podem deixar o concreto vazar » Verifique o peso próprio dos operários e equipamentos » Tenha cuidado para não danificar as fôrmas ao vibrar o concreto para preencher as fôrmas Tapumes de madeira Veja como prever custos com material e mão de obra para construção de cercas provisórias que protegem a obra de invasões e roubos Em geral, obras que não contam com fechamento pré-existente, como muros ou cercas, são protegidas com tapumes, que são construídos na fase inicial da obra e permanecem até o final - ou até serem substituídos pelo fechamento definitivo como muros, grades e alambrados. Como somente pessoas autorizadas podem entrar no canteiro, o tapume garante a segurança da obra. Além disso, o canteiro de obras é um local de trabalho, que abriga materiais com valor financeiro, o que pode atrair a atenção de ladrões. "Dentro da obra existem materiais, ferramentas e equipamentos que precisam ser protegidos", complementa ele. Os tapumes de madeira que envolvem a obra fazem parte dos custos que devem ser previstos e desembolsados já na fase de instalação de canteiro. Segundo a Norma Regulamentadora 18, do Ministério do Trabalho, todas as construções devem ser protegidas por tapumes com altura mínima de 2,20 m em relação ao nível do terreno, fixados de forma resistente e isolando todo o canteiro. Além disso, servem tanto para proteger os operários como quem circula nos arredores do terreno. Tapumes são ainda ótimos veículos de comunicação, que permitem promover a imagem da construtora e divulgar o empreendimento. Nesses casos, no entanto, é preciso verificar as restrições de cada município. Custos Os valores dependem do tipo de madeira a ser usada, dimensões e declividade do terreno. De modo geral, para tapumes em compensado de 6 mm de espessura, com 2,20 m de altura e terreno nivelado, o custo estimado é de R$ 32,40/m². O cálculo é feito por metro quadrado de tapume executado ou, se preferir, por metro de perímetro de terreno a ser fechado. Os custos a serem considerados, ensina ele, são os dos materiais - chapa de madeira compensada, pontalete, pregos, etc. - e mão de obra - carpinteiro e servente -, com todos os encargos e leis sociais. Se optar por pintar o tapume, devem-se incluir tinta e pintor na conta. Primeiro, é preciso contar com projeto para implantação do canteiro, que deve contemplar as quantidades e as medidas de tapume. Esse projeto deve ser desenvolvido pelo engenheiro responsável pela construção, com participação do mestre e do encarregado da obra. Em geral, para fins de orçamento, é utilizado consumo unitário de carpinteiro e servente por metro quadrado de tapume, conforme indicado nas Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO), da Editora PINI, sendo: » Carpinteiro: 0,8 h/m² » Servente: 0,8 h/m² Esses índices podem variar de acordo com o terreno e empresa . A lista de material a seguir representa o gasto por metro linear de tapume: » Chapa de madeira (espessura: 6 mm; comprimento: 2,20 m; largura: 1,1 m): 0,90 unidades de chapa » Pontalete de cedro (seção transversal 3 x 3") = 4,30 m » Pregos 18 x 27 = 0,135 kg » Kit de ferragem para portão Assim, um canteiro com medidas de 12 m x 30 m precisaria de 184,8 m² de tapume para fechar toda sua volta. Esse valor é a soma dos seus lados (84 mlineares) multiplicada pela altura da chapa (2,20 m). Embora seja preciso prever a existência de um portão, a quantidade de material e de mão de obra - exceto pela ferragem para portão - necessária para a construção desse elemento é semelhante à demandada para o resto do muro. Primeiro, vamos calcular a quantidade de mão de obra necessária. Como os índices de produtividade para carpinteiros e serventes são iguais, a conta é a mesma para ambos os operários. Ou seja: » 0,8 x 184,8 = 148 horas de trabalho de cada um dos profissionais. Isso resulta em 18,5 dias, se apenas um carpinteiro e um servente estiverem trabalhando. Agora, vamos calcular o consumo de material: » Chapa de madeira (espessura: 6 mm; comprimento: 2,20 m; largura: 1,1 m) » 84 metros lineares / 1,1 m = 76,3 = 77 chapas de compensado O pontalete é colocado na junção de cada chapa. Ou seja, é necessário um por chapa. São, portanto, 77 pontaletes com 2,70 m de comprimento. Isso por que, além da altura total da chapa, é preciso prever 0,50 m adicionais para que o pontalete seja enterrado no chão. Além disso, é preciso considerar outros 2,04 m de pontalete por chapa, necessários para fazer o travamento transversal do tapume - uma barra superior e outra inferior. Esse valor é obtido descontando a largura da chapa (1,10 m) da largura do pontalete (3" ou 8 cm). Assim, (77 x 2,70 m) + (77 x 2,04 m) = 364,98 m de pontalete Pregos 18 x 27 = 0,135 kg x 84 m = 11,34 kg Kit de ferragem para portão de tapume. O planejamento da obra deve prever a manutenção do tapume, cuja periodicidade depende do material usado, da existência de pintura e da quantidade de chuvas do período. De acordo com Santos, para tapumes em chapa compensada de 6 mm de espessura, resinadas e sem pintura, após cerca de seis meses é, em geral, necessário trocar algumas chapas. Se houver pintura, no entanto, as chapas podem durar até dois anos. No final, serão necessários: - 13 chapas de compensado 18 mm - 1,22 m x 2,44 m - 55 m de sarrafos 2,2 cm x 7,0 cm (vigas) - 162 m de sarrafos 2,2 cm x 7,0 cm (pilares) - 28 m de sarrafos 2,2 cm x 3,5 cm (fundo de vigas) - 54 m de pontaletes 7,0 cm x 7,0 cm (pilares) Armaduras Armaduras são elementos destinados a dar resistência á estrutura de concreto na fase de sua execução, principalmente quanto aos esforços de tração e flexão. Elas devem obedecer a certos critérios de execução, pois podem interferir de maneira significativa na estabilidade estrutural do elemento a ser considerado. Categorias e Classes • CA-25: de grande maleabilidade, utilizado principalmente como tirante em formas para concreto armado. • CA-50 : Utilizado como elemento constituinte de concreto armado, principalmente nas barras longitudinais. • CA-60 : também utilizado no concreto armado, porém preferencialmente usado na confecção de estribos. Na tabela a seguir, os números após a sigla CA, que corresponde a Concreto Armado, significam o valor da tensão de escoamento de cada tipo de aço. As barras de aços da construção civil são também classificadas com os tipos de A e B , sendo A aquelas barras obtidas no final da laminação quente e do tipo de B as barras que sofrem processo de encruamento a frio. Cobrimento da Armadura Toda peça de concreto está sujeita a microfissuras que variam d 1 a 20 mm de profundidade ,por onde a umidade ou agentes agressivos podem penetrar, atingindo a armadura e provocando corrosão interna na estrutura, o que compromete a estabilidade do elemento estrutural. Para proteção da armadura é necessário que haja uma camada de concreto cobrindo toda armadura externa, ou seja, uma camada entre o ferro e a face da peça de concreto. A NBR 6118 ( 2008 ) estipula os recobrimentos mínimos das armaduras em função de agressividade ambiental. A seguir apresentamos tabelas com essas correspondências. Cobrimento de armadura de acordo com a NBR 6118/2014 Interpretação das nomenclaturas em projeto Os projetos de estrutura possuem, além das dimensões do elemento estrutural ( largura , altura e comprimento), a distribuição da armadura de aço no interior da peça. Cada componente da armadura recebe uma identificação composta de um desenho específico que mostra as dimensões a serem formatadas na dobra, uma numeração que identifica a posição do elemento na armadura, a quantidade dos elementos, o diâmetro ( ou bitola) do aço e ainda o comprimento total de cada elemento que é utilizado par o corte. Tipos de superfície O concreto armado, quando solicitado, faz com que o aço tenha uma condição de desprender-se ou '' escorregar" por dentro do concreto. Para que essa ação tenha menor efeito, ou seja , para que o aço possua maior aderência e maior atrito com o concreto, as barras de aço são providas de saliências ( ou mossas ) Área de aço comercializada Arames para armação Aspecto importante no projeto estrutural do concreto armado é posicionamento adequado das barras de aço dentro do elemento estrutural.As barras são posicionadas segundo os esforços solicitantes e de acordo com a região do elemento estrutural. São fabricados " estribos" com a finalidade de posicionamento das barras de aço, além de receber influência de alguns esforços solicitantes. Para a amarração das barras de aço normalmente são utilizados fios de arames recozidos. O arame recozido é produzido com aço de baixo teor de carbono, por trefilação, e posteriormente recebe um tratamento térmico controlado ( recozimento), adquirindo resistência á tração e maleabilidade. É empregado, principalmente, nas amarrações de armadura para concreto armado e pode ser fornecido em rolos de 60 kg , 35 kg e 1 kg. Dica 2 : Em obras é comum a denominação dos ferros superiores como " ferragem negativa" e os ferros inferiores como " ferragem positiva", porém é referente á posição dos ferros na estrutura segundo o gráfico de momentos fletores obtido no cálculo dos esforços solicitantes. Cálculo da quantidade de bancadas e aço usado em uma obra Ao se orçar uma obra, especial atenção deve ser dada ao dimensionamento do canteiro de obras. Quando o volume de concreto armado é considerável, é comum que se instale no canteiro uma central de armação, que se compõe de baias de armazenamento de aço, bancadas de corte e bancadas de dobra, além de um pátio onde colocar as barras beneficiadas. O projeto do engenheiro calculista traz o quadro de ferragem, de onde o orçamentista pode extrair a quantidade de aço a ser instalada na obra. É preciso ter em mente que uma barra de 12 metros entregue na obra pode te três destinos: De posse do quantitativo total de armação, o orçamentista calcula o peso de cada uma das três categorias acima. Passarão pela máquina de corte de ferro todas as barras enquadradas na 1ª e 2ª categorias (corte e dobra; somente corte), e passarão pela bancada de dobra apenas as da 1ª categoria (corte e dobra). O passo seguinte é calcular a produção mensal requerida, que é dada pelo peso de aço dividido pelo prazo de execução do serviço de armação. A central a ser mobilizada no canteiro tem que ser tal que atenda a essa necessidade. Por fim, conhecendo a especificação e a produtividade mensal esperada das máquinas de corte e dobra, calcula-se a quantidade de cada uma delas. Ilustremos o método com um exemplo. Vamos supor que não conhecemos em profundidade o projeto estrutural e dispomos apenas da área total construída do edifício, de 30.000 m². Utilizamos o parâmetro espessura média de concreto (0,20 m por m² de área) para inferir o volume total de concreto da estrutura e, aplicando a taxa de aço de 100 kg por m³ de concreto, chegamos ao peso de aço aproximado. Vamos agora separar essas 600 toneladas nos três destinos que as barras podem tomar: Do planejamento e da experiência deobras similares, estimamos que a estrutura terá um prazo de execução de oito meses. A partir das categorias acima, calculamos a quantidade total mensal a ser cortada [(420.000 + 150.000) / 8 = 71.250 kg] e dobrada (420.000/8 = 52.500 kg). Supondo que o fabricante indique que a máquina de corte tem produtividade nominal de 200 kg/h e a bancada de dobra, 100kg/h, calculamos a produtividade mensal de cada uma multiplicando pela quantidade de horas no mês (8 h/dia x 25 dias/mês = 200 h/mês), chegando a 40.000 kg/mês e 20.000 kg/mês, respectivamente. Como essa produtividade é nominal, deve-se aplicar o fator de eficiência para refletir o fato de que a central não trabalha sem parar — há pausas para colocação das barras, interrupções dos armadores (para beber água, ir ao banheiro, receber instruções), falta de material (não deveria ocorrer, mas ocorre...), etc. Adotemos 60% de eficiência. A quantidade de máquinas de corte será dada pelo quociente entre o total requerido no mês pela produtividade efetiva do equipamento: 71.250 kg / (40.000 x 0,60) = 2,97 ou três unidades. Analogamente, chega-se a um total de 5 bancadas de dobra. Planejamento de corte No projeto de estrutura, considera-se normalmente uma perda de 10% da quantidade de aço especificada para os elementos estruturais.Dificilmente um projeto estrutural contempla peças com elementos de aço com tamanhos iguais, pois as barras de aço podem ser cortadas em diversos tamanhos para as diferentes peças estruturais. Assim , é importante um planejamento de corte para que haja racionalização no consumo do aço, evitando desperdícios. Veja o seguinte caso : Se numa obra o consumo de aço chega a 500 toneladas, e considerando no projeto uma "perda de 10% ", significa perda de 50 toneladas de aço,ou seja, 50000 kg. Considerando o custo do aço nos dias atuais, a aproximadamente R$ 3,50/kg chegamos a uma perda de R$ 175.000,00. Dica 3 : Faz-se necessário, portanto, um planejamento adequado para que as sobras sejam minimizadas e o que puder ter aproveitamento, vendido como sucata. Dica 4 : Sugira a empresa fazer um orçamento da compra do aço já dobrado e cortado de fábrica. Montagem da bancada A bancada deve ser montada numa área isolada, longe do trânsito de trabalhadores e que, de preferência, possa ser trancada após seu uso. As normas de segurança também determinam que ela seja montada em local coberto. Se a obra ainda estiver no início, ela pode ser construída sob uma estrutura provisória. Outro cuidado importante é que a bancada tenha entre 75 cm e 80 cm de altura, para facilitar ergonomicamente o trabalho do operador da serra. Equipamentos de segurança Para garantir a integridade física de quem opera a serra, é preciso utilizar os seguintes equipamentos: óculos de segurança, avental de raspa, luva de raspa, máscara de poeira, protetor facial com abafador de ruído e bota de segurança. Medição Com a bancada montada e as condições de segurança garantidas, meça onde deve ser feito o corte no vergalhão e ajuste-o à bancada. Em seguida, trave a peça para que não saia do lugar durante o trabalho e faça o corte. Corte do aço O disco deve ser aplicado lenta e gradualmente, para não ser danificado nem travar o aparelho. Para a segurança do trabalho, também é importante só ligar a serra quando o material estiver posicionado e a bancada preparada. Durante o processo de corte, não devem ser feitas outras atividades enquanto a máquina estiver ligada. Qualquer desatenção pode causar ferimentos graves. Acréscimos na medida Os cortes devem ser feitos de acordo com as medidas do projeto, mas para dobrar o aço é preciso considerar um pequeno acréscimo. Como a curva não conseguirá ter exatamente 90°, acrescente de 2 cm a 4 cm, de acordo com a bitola da barra, quando for fazer as medições. Esses centímetros a mais serão descontados pela curvatura do vergalhão. Apoio firme O apoio para dobrar as barras pode ser montado com três pinos soldados a uma chapa de ferro, que deve estar parafusada à bancada de madeira, para oferecer firmeza durante a execução do trabalho. Dobra do aço Com a ajuda de uma alavanca, puxe o aço na altura calculada para fazer a dobra. Após finalizar o trabalho, fique atento para não armazenar as peças em contato com terra, umidade ou outras impurezas. Concreto Elemento composto de uma mistura de vários materiais aos quais é adicionado água, destinados e confeccionar, após a sua secagem (cura), uma peça com propriedades e características estruturais, compor elementos de uma construção, tais como vigas, lajes pilares e pavimentos, entre muitos outros. Tipos de concreto A tecnologia do concreto pode conferir ao projetista e ao construtor concretos para as mais diversas aplicações e finalidades. Assim destacamos: • Concreto bombeável: de uso corrente nas obras de construção dotado de características de fluidez para poder, por meio de tubulações, atingir grandes distâncias tanto na horizontal como na vertical. Normalmente empregado em lugares de difícil acesso. • Concreto leve: com baixo peso especifico, na ordem de 0,40 a 2,00 t/m3 e resistência de 10 e 20 Mpa. Possui como agregados materiais como o poliestireno expandido (Isopor®) e a vermiculita. Utilizado como elemento de vedação, com rebaixos de lajes, nivelamento dos pisos pouco solicitados e inclusive como elemento termo acústico. • Concreto fluido: autoadensável, que dispensa vibração. Indicado para concretagem de pecas delgadas e pecas com alta concentração de armadura com difícil adensamento. O aditivo utilizado para esse tipo de concreto é o “superplastificante”. • Concreto de alta resistência: com resistência elevada, ou seja, acima de 50 Mpa e obtido com a adição de elementos como microssílica e aditivos plastificantes. Utilizado em obras marítimas, recuperação de estruturas, pisos de alta resistência, pistas de aeroportos e estruturas de grande solicitação. • Alta resistência inicial: utiliza cimento com elevada resistência inicial e destina-se à confecção de pecas protendidas, na indústria de pré- contração, e em pecas estruturas onde há a necessidades de um período menor para a desforma. • Concreto com fibras de aço, plástico ou polipropileno: apresenta maior resistência à tração, ao impacto, ao desgaste superficial e ao surgimento de fissuras. • Concreto aditivado: na sua composição recebe produtos químicos chamados de aditivo que possuem propriedades de melhorar alguma de suas características, tais como plasticidade, impermeabilidade, resistência, durabilidade e outras. • Concreto rolado: com baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade, ou seja, com pouca água. Permite por meio de rolos compressores com a finalidade de promover pavimentação, ou de sub- base. O concreto rolado tem sua aplicação em pavimentação, substituindo o asfalto comumente utilizado. • Microconcreto ou Grout: agregado de pequenos diâmetros com no máximo 4,8 mm com adição de aditivos especiais que permitem fluidez e são autoadensável. Utilizado no procedimento e vazios e juntas de blocos de alvenaria estrutural, bases de máquinas e de estruturas. • Concreto projetado: possui baixa trabalhabilidade, dosado com cimento, areia, pedrisco e aditivos. Tem característica de aderência que possibilitam reforço de lajes revestimentos de túneis, galerias, paredes e pilares. Pelo fato de sua alta aderência, não há necessidade da utilização de formas. • Concreto colorido: utilizado para causar um melhor efeito arquitetônico a partir da adição de pigmentos à mistura. • Concreto pesado: aquele que utiliza agregados de elevado peso especifica, tais como hematita, barita, magnetita, entre outros. Possui elevada resistência mecânica, durabilidade e capacidade de reter radiações. Utilizado também como contrapesoe lastro de equipamentos. • Concreto com microssílica: usado quando há necessidade de elevadas resistências físicas e ataques químicos, resultando em maior durabilidade. A microssílica é um aglomerante altamen5e reativo que incorpora características especiais como resistências de 50 Mpa a 200 Mpa. • Resfriado/refrigerado: executado a baixa temperatura com a finalidade de controle de fissuração em pecas de grande massa. • Convencional: de uso corrente na construção civil, com resistências de até 30 Mpa. • Impermeável: com consumo mínimo de 350 kg/m3com uso de agregados miúdos e aditivos impermeabilizantes. A cura é importante para que se evite o fissuramento por retração. • Concreto aparente: utilizado quando se deseja execução de pecas que não vão receber revestimento adicional. Assim, o uso de formas de madeira plastificadas ou metálicas é imprescindível e o uso de aditivos plastificantes é altamente recomendado. • Concreto celular: trata-se de concreto também considerado leve e sem função estrutural, que consiste no uso de aditivos incorporadores de ar que criam minúsculas bolhas de ar na massa de concreto. É indicado para o isolamento térmico de lajes de cobertura e terraços, enchimentos de pisos e rebaixamento de lajes, fabricação de pré-moldados etc. O concreto celular possui massa especifica variando de 500 kg/m3 a 1800 kg/m3. A concretagem de peças de grande volume (maiores que 50 m3 e com dimensões maiores que 1 m) exige procedimentos técnicos complexos para combater a geração de calor em decorrência da reação da água com o cimento. Do contrário, podem ocorrer fissuras nos blocos devido a possíveis tensões de tração. O problema acontece com mais frequência em peças que utilizam concretos de alta resistência e que estejam mais susceptíveis a variações térmicas, como sapatas, radiers, lajes de subpressão, vigas de transição nos subsolos, viadutos e pontes. Veja a seguir um esquema da concretagem de um bloco de fundação de um elevado. 1. Logística do canteiro A concretagem de grandes peças é, na maioria das vezes, contínua e não deve ser interrompida. Por isso, o canteiro deve estar equipado com quantidade suficiente de bombas de lançamento de concreto, de vibradores por imersão e de bombas de sucção para aspirar poças de água da chuva ou de infiltrações. Também é imprescindível planejar os acessos aos caminhões de gelo (usados para resfriamento do concreto) e às betoneiras. É prudente dispor de lonas plásticas para cobrir o bloco em casos de chuva, evitando perda de resistência do concreto. 2. Horário e clima O trecho de maior complexidade de concretagem de uma peça é aquele em contato com o solo, que deve estar em temperatura mais baixa possível. Por isso, a concretagem se inicia pela manhã ou durante a madrugada – quando os agregados estão mais frios, exigindo menor volume de gelo para resfriar a mistura. De qualquer modo, a definição do horário depende do clima da região e das restrições à emissão de ruídos. 3. Colocação do gelo na betoneira Entre as soluções mais comuns para resfriar o concreto está o uso de gelo na mistura. A alternativa depende da distância e do tempo de percurso entre a concreteira e a obra. Em geral, o gelo é inserido nos caminhões-betoneira já na central e, durante o caminho até o canteiro, é misturado ao concreto. A quantidade de gelo a ser empregada é avaliada a partir de simulações virtuais de lançamento, sendo limitada à água total permissível para a mistura, que consta da carta-traço. 4. Medição de temperatura A temperatura do concreto deve ser medida duas vezes: ainda na concreteira e na chegada do caminhão-betoneira à obra. A medição é feita, preferivelmente, com termômetros especiais de platina, podendo ser empregados também termômetros digitais, embora tenham menor precisão. Na avaliação em canteiro, se o abatimento do concreto e sua temperatura estiverem irregulares, a correção pode ser feita por meio da inserção de mais gelo ou ainda pela adição de aditivos superplastificantes, capazes de reduzir o consumo de cimento da dosagem. Como o processo é contínuo, é fundamental garantir equipamentos e equipes suficientes para realização simultânea dos trabalhos. 5. Concretagem Durante o lançamento do concreto (com uma, duas ou mais bombas), devem ser feitas pequenas paradas para medição. Depois de lançado cerca de 1/3 do caminhão, é retirada uma amostragem do concreto para ensaios. São preenchidos moldes para corpos de prova de resistência à compressão. Em alguns casos, é necessário medir ainda o teor de ar incorporado, a massa específica e o módulo de elasticidade. 6. Monitoramento do calor No processo de concretagem, termômetros ou termopares são embutidos em vários pontos do bloco para acompanhamento posterior da evolução da temperatura do concreto. Em geral, esses equipamentos ficam próximos à fundação, no meio do bloco, na parte superior e perto de uma das laterais. A medição é feita por meio de cabos que ligam o sensor até o local da leitura. Nos dois primeiros dias após o término, ela acontece a cada duas horas; no terceiro e quarto dias, a cada seis horas e, depois, a cada 12 horas. Essa medição pode durar, em média, de duas semanas a um mês. 7. Cura É necessário proteger o bloco para evitar a evaporação da água durante a cura. A pega, que é mais lenta em peças cujo concreto é refrigerado, pode começar entre seis e oito horas depois do término da concretagem. A proteção, que permanece por cerca de 14 dias, é feita por meio de uma piscina d’água em temperatura natural ao redor de todo o perímetro superior da área concretada. Em climas muito quentes, aconselha-se a utilização de um aspersor, responsável pela nebulização sobre a peça, evitando a evaporação até que a piscina fique pronta. Outra forma de proteger o bloco é colocar sobre ele mantas geotêxteis, que devem ser permanentemente molhadas. Como Calcular a quantidade de caminhões betoneiras em uma concretagem ? Com um bom planejamento no momento de pedir o concreto industrializado, a obra diminui seus resíduos e economiza na compra e no descarte dos materiais. Além do fator econômico, uma empresa que está alerta a esses detalhes também colabora com o meio ambiente. A quantidade de concreto que será utilizado em determinado serviço pode ser calculada a partir do volume das fôrmas, uma vez que elas serão totalmente preenchidas. Veja abaixo como calcular o volume de concreto necessário para executar um radier de 15 cm de espessura e 300 m² de área sobre o qual será construído um edifício de três pavimentos. Dica 5 : Sabendo a capacidade de concretagem de sua equipe, planeje também o intervalo de chegada dos caminhões-betoneira, assim eles não ficarão parados por muito tempo até a entrega do concreto e não há risco de atrasos e do vencimento do material, que deve ser aplicado nas fôrmas em no máximo 150 minutos após ter recebido sua primeira adição de água na Central. Aditivos Para que sejam melhoradas algumas características do concreto, como trabalhabilidade, impermeabilidade, alteração no inicio de pega, entre outros, usam-se produtos químicos chamados de aditivos que, adicionados ao concreto, antes ou durante a mistura, modificam algumas dessas prioridades. Em se tratando de elementos que modificam as características do concreto, o seu uso deve ser muito criterioso, pois em alguns casos podem trazer prejuízos incalculáveis. Destacamos a seguir alguns desses aditivos: I. Plastificantes • Apresentação: líquida • Consumo: 0,2 a 0,5% do peso do cimento, ou seja, na pratica corresponde a um litro para cada metro cúbico de concreto. • Características/usos: - Tornam o concreto mais plástico, pois reduzem o atrito dinâmico. - Reduzem a quantidade de água. - Permitem a economia de até 15% no cimento. -Reduzem a tensão superficial na água. - Aumentam a trabalhabilidade do concreto. - Facilitam o adensamento. - Reduzem as fissuras. Dica 6: Há também no mercado plastifIcantes chamados de polifuncionais e os superplastificantes, que agregam características especiais ao concreto e devem ser utilizados apenas por profissionais qualificados. II. Retardadores de pega • Apresentação: líquida • Consumo: 0,2 a 0,5% do peso do cimento, ou seja, na pratica corresponde a um litro para cada metro cúbico de concreto. • Características/usos: - Retardam o inicio de pega do cimento, podendo ser atingido, em situações controladas, em quatro horas. - Agem como plastificantes. - Reduzem a exudação. - Reduzem a permeabilidade. - Aumentam a trabalhabilidade do concreto. - Facilitam o adensamento. - Reduzem as fissuras. - Aumentam a resistência à tração e à compressão. Dica 7: Produto fundamental pata as empresas fornecedoras de concreto usinado, pois os retardadores permitem transporte de concreto à longa distância. III. Incorporadores de ar • Apresentação: líquida • Consumo: em função dos agregados. • Características/usos: - Aumentam o abatimento (slump-test). - Produzem misturas mais coesivas. - Reduzem segregação. - Reduzem a exudação. - Permitem o uso de agregados mal graduados. - Aumentam a trabalhabilidade do concreto. - São usados em estruturas sujeitas a congelamento e degelo. - Reduzem as fissuras. - Facilitam o adensamento. - Reduzem o peso do concreto. IV. Aceleradores de pega • Apresentação: líquida • Consumo: ate 2% em peso do cimento. • Características/usos: - Aumentam a velocidade de hidratação do cimento, diminuindo assim o tempo do inicio de pega. - Elevam a resistência inicial do concreto. - Produzem misturas mais coesivas. - Reduzem segregação. - Reduzem a exudação. - Permitem o uso de agregados mal graduados. - Aumentam a trabalhabilidade do concreto. Dica 8: É vedado o uso de aditivos aceleradores de pega, à base de cloreto de cálcio, em concretos armados e pretendidos, pois provocam corrosão na armadura e aumentam a possibilidade de retração do concreto. Em concreto simples não há restrições. V. Impermeabilizantes • Apresentação: líquida • Consumo: em função do peso do cimento. • Características/usos: - Aumentam a trabalhabilidade de argamassas e concretos. - Reduzem a absorção capilar. - Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 l/kg. Dica 9: É demasiadamente importante uma cura bem feita e um concreto bem adensado. VI. Expansores • Apresentação: líquida • Consumo: 0,5% a 1,5% em relação ao peso do cimento. • Características/usos: - Fazem expansão da pasta de cimento como compensação de retração. - Aumento da aderência nos enchimentos de bainhas dos cabos de concreto protendido para proteção das cordoalhas. - São utilizados no encunhamento de argamassas e na recuperação em estruturas de concreto. - Reduzem a absorção capilar. - Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 l/kg. Dica 10: Após a mistura do aditivo, a argamassa ou concreto deve ser aplicado imediatamente. VII. Armazenamento Para que os aditivos conservem suas características químicas e físicas de forma adequada para o uso, é importante observar o seu armazenamento. Veja algumas dicas para tal procedimento: • Como todo composto químico os aditivos devem ser mantidos na embalagem original. • O deposito deve ser em local abrigado das intempéries e fechado. • Deve ser perfeitamente homogeneizado antes da aplicação. • Respeitar os prazos de validade previstos pelo fabricante e os produtos fora de validade devem ser imediatamente descartados conforme as normas de segurança. Consumo de aditivo A quantidade de aditivo depende da quantidade de cimento. É preciso observar as recomendações do fabricante. Por exemplo, vamos supor que o indicado seja aplicar 1 l de aditivo a cada 20 l de cimento. Conforme vimos acima, cada saco de cimento de 50 kg é o equivalente a 40 l em volume. Transferindo os valores, precisaremos de 2 l de aditivo para cada saco de cimento. Uma vez que o consumo de cimento previsto é de 14 sacos, basta multiplicarmos 2 l de aditivo x 14 sacos de cimento = 28 l de aditivo. Sabendo que o aditivo da nossa simulação é vendido em latas de 18 l e galões de 3,6 l, sabemos que o ideal é comprar uma lata de 18 l e três galões de 3,6 l, resultando em 28,8 l de aditivo. Lembramos que esse é um cálculo meramente ilustrativo. Em uma situação de obra, é possível que o peça a ser concretada apresente imperfeições em suas dimensões. Por isso, o recomendável é considerar uma margem de segurança de 15% a 20% a mais - a depender do treinamento da mão de obra - ao fazer o cálculo do consumo de material. Mistura Manual Embora os equipamentos para mistura, transporte e lançamento de concreto sejam cada vez mais comuns nos canteiros de obra, ainda há situações que exigem o enchimento manual de lajes ou outros elementos de concreto. É o caso, por exemplo, de locais muito confinados ou cujo volume de concreto a ser utilizado não justifique a contratação de tantos equipamentos. A concretagem manual é um trabalho pesado, que geralmente demanda o trabalho de muitos operários. É sempre necessário consultar o engenheiro projetista de estruturas para saber qual é o traço do concreto, com a respectiva resistência a ser obtida. "A água nunca deve ser medida a olho, diretamente com a mangueira", alerta José Miguel Evangelista, professor do curso de alvenaria e revestimentos da escola Orlando Laviero Ferraiuolo, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Segundo ele, o peso máximo de água a ser adicionado na mistura não pode ultrapassar 60% do peso de cimento. O professor explica que a concretagem deve ser feita de uma só vez, não sendo recomendável fazer em duas ou mais etapas. Além disso, é preciso seguir as orientações para a cura, com procedimentos para evitar a rápida evaporação da água. Confira agora quais são as melhores práticas para o enchimento de uma laje com concreto sem o uso de equipamentos. Para o serviço, é preciso ter desempenadeira de PVC corrugado ou de madeira, enxada, colher de pedreiro, régua de alumínio, masseira, carrinho de mão e baldes ou latas. Para proteção, use sempre capacete, luva de borracha e, sempre que a laje estiver acima de 2 m do chão, cintos de segurança. Passo 1 - Em uma masseira - e nunca diretamente no chão -, adicione a quantidade de areia na proporção indicada pelo projeto. Passo 2 - Com uma enxada, espalhe a areia dentro da masseira. Passo 3 - A quantidade de cimento é medida de acordo com o traço, sempre seguindo as orientações do projeto. Passo 4 - Quando o volume de cimento a misturar for grande, ou a proporção permitir, pode-se usar o próprio saco como medida para a mistura Passo 5 - Depois de adicionar o cimento, espalhe superficialmente o material sobre a areia. Na sequência, faça o primeiro monte de areia misturada ao cimento em um dos cantos da masseira. Coloque a pedra sobre essa mistura, promova nova mistura e depois forme um monte com um buraco no meio como se fosse uma cratera Adicione a água juntamente com a mistura , evitando que escorra e proceda a uma nova mistura de dentro para fora Dica 11 : Um modo prático de saber se a quantidade de água está correta é alisar a superfície do concreto com uma colher de pedreiro e verificar se não há escorrimento de água, o que sugere que a quantidade utilizada está correta. Cuidado na tentativa de "acertar" o traço do concreto de misturado, pois pode haver mudanças prejudiciais na proporção dos elementos. O uso de padiolas corretamente dimensionadas é importantes para garantia da dosagem dos componentes do concreto Concreto Usinado Tal concreto é fornecido em caminhões betoneira, oriundas de usinas apropriadaspara o fornecimento. Esse concreto chega pronto na obra, para aplicação imediata, com uma grande vantagem que é um controle de qualidade muito superior ao concreto convencional misturado na obra, que não possui controle adequado do consumo de seus insumos, que inclui controle de umidade dos agregados e a quantidade exata de cimento e de água. Normalmente, é economicamente viável a compra desse tipo de concreto quando o volume chega a ser maior que 3m3 e principalmente quando há espaço reduzido no canteiro de obras destinado a estoque de areia, pedra e cimento. Aplicação do concreto O concreto é a mistura de vários componentes, como já sabemos. Durante o transporte, que pode ser por carrinho de mão, “giricas”, caçambas, caminhão, betoneiras, calhas, gruas, etc., há riscos de segregação dos componentes do concreto com prejuízo de sua qualidade. Para que o concreto saia do seu local de preparo e chegue com qualidade ao local de aplicação, a peça a ser concretada também, já deve estar preparada para receber o concreto com todos os equipamentos em perfeitas condições de uso. Preparo Não menos importante do que um concreto bem misturado e dosado é todo o aparato de preparativos para a concretagem. Todos os elementos e equipamentos envolvidos devem estar preparados e, em certos casos, prever ate pessoal reserva, peças e maquinas sobressalentes para que, num imprevisto, a reposição seja rápida e a concretagem, não sofra interrupção. Listamos alguns itens considerados importantes pata que a concretagem transcorra com tranquilidade e a qualidade esperada seja alcançada • Verificação das formas: - Conferir se o nível do concreto acabado está visivelmente demarcado. - Verificar a perfeita fixação das mestras nos casos de concretagem de lajes e de pisos. - As formas devem ser limpas e lavadas antes da concretagem. - Quaisquer buracos ou fendas que possam deixar o concreto vazar precisa, ser fechados. • Verificação dos acessos: - Procurar o menor percurso possível para o concreto. - Verificar se as rampas de cesso não possuem inclinação excessiva, se o trajeto está desobstruído e livre de entulhos. - Verificar se os acessos dos caminhões betoneiras, quando forem utilizados, estão em boas condições de tráfego e livre de atoleiros, - A circulação dos caminhões deve ser facilitada, de modo que o caminhão seguinte não impeça a saída do caminhão vazio. • Verificação do local de descarregamento e lançamento (aplicação): - Conferir se o local de descarregamento ou lançamento está desimpedido e plano. - Avaliar se há tabuas sobre as armações, principalmente em casos de lajes, para a movimentação de equipamentos e pessoal. Cuidados na aplicação Não adianta uma boa mistura do concreto e uma excelente condição de transporte se uma aplicação adequada não for executada. Acompanhe alguns procedimentos importantes a serem observados: • Assegurar que o procedimento das formas seja uniforme, evitando o lançamento em pontos concentrados que possam causar sobrecarga na estrutura. • Não lançar o concreto de altura superior a três metros nem jogá-lo a grade distancia com pá para evitar a separação da brita. Quando a altura for muito elevada, devem-se utilizar anteparos ou funil. • A aplicação do concreto deve ocorrer no menor prazo possível. • Lançar o concreto diretamente sobre a peca a ser concretada. • Adensamento do concreto deve ser com o auxilio de vibrador de agulha, ou régua vibratória no caso de concretagem de lajes. • A concretagem deve ser feita no máximo (dependendo das condições de tempo – temperatura e umidade) duas horas após a mistura ficar pronta. • Evitar paradas de concretagem para que não cause a chamada junta fria. • O concreto deve ser adensado em camadas e compatível com o equipamento de adensamento – vibradores. • Utilizar um funil como auxilio para o lançamento de concreto em pilares quando a altura de lançamento for superior a 2,50 m. • Verificar se foram previstas ancoragens para os gastalhos de pé de pilar se for concretada uma laje. • Realizar ensaios de abatimento (slump-test) no recebimento do concreto e providenciar coleta para o ensaio e controle da resistência à compressão (fck). • Antes do início da concretagem de pilares, verificar se os elementos de apoio estão devidamente limpos e com a superfície apicoada. • Antes da concretagem, é comum despeja no pé do pilar uma argamassa de cimento e areia no traço de 1:3. • Verificar se toda a camada de concreto está sendo vibrada, bem como se estão sendo respeitados o tempo de vibrações e as camadas de concretagem. • Confirmar se os procedimentos para cura da superfície exposta estão sendo observados. • Retirar por sarrafeamento ou com auxílio de desempenadeira ou colher e pedreiro o material exsudado do concreto. Concentração da Armadura Na montagem das armaduras dos elementos estruturais deve-se verificar a concentração de armaduras principalmente nos encontros de pilares com vigas e em seções que contenham muita emenda por transpasse. Nestes casos , o espaçamento entre barras de aço pode ser menor que o agregado de maior diâmetro, comprometendo o envolvimento da armadura pelo concreto. A solução seria então um reposicionamento dos transpasses e das armaduras ( de acordo com as orientações do responsável técnico pela estrutura ) ou ainda uma diminuição dos diâmetros dos agregados. Essa prática evita os chamados ninhos ou brocas É importante observar que as falhas de concretagem nem sempre são causa das altas concentrações de armadura. Podem ocorrer ainda em função da qualidade do adensamento, pela falta de plasticidade do concreto , o que é obtido com o teor adequado de água/cimento e ainda pelo tamanho inadequado do agregado graúdo em função da distância entre as barras da armadura. Adensamento do concreto O adensamento do concreto tem por finalidade proporcionar uma perfeita acomodação em toda forma, além de fazer com que todos os vazios do concreto sejam preenchidos pela expulsão do ar de seus componentes , deixando a massa de concreto bem coesa, e a melhor maneira é o uso de vibradores especialmente destinados a este fim. É um procedimento de grande responsabilidade e dever ser acompanhado de perto pelo responsável pela concretagem, que em geral é o mestre de obras , e o equipamento deve ser manuseado por pessoal habilitado e treinado. O excesso de vibração pode provocar a segregação do concreto , comprometendo assim a sua qualidade e eficiência. Acompanhe algumas observações quanto ao procedimento de vibração: • O adensamento deve ser feito contínua e energicamente • A vibração da armadura como auxílio no adensamento só é prejudicial á estrutura. Criam-se bolhas de ar entre a armadura e o concreto com prejuízo da aderência • No uso de vibradores de imersão, eles devem ser introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada. • Deve-se evitar uma duração longa demais, pois provoca desagregação do concreto • É necessário que a espessura da camada a ser vibrada seja aproximadamente igual a três quartos do comprimento da agulha do vibrador , que deve atingir a camada anterior , sem penetrá-la. • Nas colunas e paredes é melhor usar também um vibrador externo ( ou de parede ). • A batida com o martelo nas formas , bem como o uso de barras de ferro , não é suficiente para socar o concreto dentro das formas. • Não se deve deitar o vibrador sobre a armadura em caso de concreto de lajes. • Nas lajes e pisos com pouca espessura, o vibrador de imersão tem pouca eficiência. Utilizar réguas vibratórias especialmente para este fim. Motor vibrador e mangotes Elétrico Mangote de imersão Régua Vibratória Alisadora de superfície Serra para piso EQUIPAMENTOS Cura do concreto Sabemos que durante o processo de cura do concretohá liberação de calor de hidratação do cimento e esse processo se não for controlado, o risco de haver fissuras de retração é muito grande, podendo comprometer, além de criar condições da umidade penetrar no concreto, provocando ao longo do tempo um processo de corrosão nas armaduras. Por isso, prematura de água do concreto deve ser evitada. • Após a concretagem e o endurecimento da superfície do concreto, deve se promover abundante irrigação da peça concretada, inclusive nas formas, durante os sete primeiros dias ( nas primeiras 48 horas é fundamental) • Em casos de laje recomenda-se utilizar métodos eficientes, tais como espalhar sacos de cimento molhado , deixar sempre uma lâmina de água ou até mesmo usando bicos de irrigação. • Cuidado, pois o vento é fator importante a ser observado. Ele provoca ressecamento rápido da peça que foi molhada. Bibliografia Livro Técnicas e Práticas construtivas para Eificação( Julio Salgado ) Revista Equipe de obras Como preparar orçamento de obras ( Aldo Dórea Mattos)
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