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HAMILTON, MADISON E JAY 0o*Ç*o do — — c«ii«Moív90?‘ õJÍSSao? ?"“*=• J>’) 240-7363 ??*'"• • OF Lo<« 03 pr°lb/d#) amaf'C*na.orfl br j O FEDERALISTA Belo Horizonte - 2003 Hamilton, Alexander, 1757-1804 H217f O federalista / Hamilton, Madison e Jay. - Belo Horizonte : Ed. Líder, 2003. p. 512 Título original: The federalist ISBN: 85-88466-32-5 1. Direito constitucional - Estados Unidos 2 . Estados Unidos - Constituição I. Madison, James, 1751- 1836 II. Jay, John, 1745-1829 III. Título CDU: 342.4(73) 342.24(73) Ficha elaborada por M* Luiza U. Buccini CRB-6 / 1195 C O O R D EN AÇÃO Dilson Machado de Lima TRAD U ÇÃO Hiltomar Martins Oliveria REVISÃO SAITEC Editoração - Tucha CAPA E D IAGRAMAÇÃO SAITEC Editoração - Eduardo Costa de Queiroz EDITORA Livraria Líder e Editora Ltda. Rua Paracatu, 277, Lj. 58 KAUF CENTER - Barro Preto Belo Horizonte - MG - CEP 30.180.090 Tel./FAX: Editora (031) 3295-3690 / Livraria (031) 3337-5811 Copyright © Dilson Machado de Lima Júnior - 2003 Licença editorial para Livraria Líder e Editora Ltda. Todos os direitos reservados. IIMPRESSÃO SOGRAFE Nenhuma parte desta edição pode ser reproduzida, sejam quais forem os meios ou formas, sem a expressa autorização da Editora. Impresso no Brasil Printed in Brazil Apresentação Sabem os estudiosos das instituições americanas que, apenas convocada a célebre Assembléia de Filadélfia, presidida por Washington em 1787 para rever e ampliar os “artigos de Confedera ção” e que decretou a Constituição dos Estados Unidos, Alexandre Hamilton, secundado por James Madison e John Jay, publicou no Daily Advertiser de Nova Iorque uma série famosa de artigos destinados a esclarecer o espírito público nos Estados recém-libertos do jugo britâ nico preparando-o para receber favoravelmente as instituições republi canas delineadas na projetada Constituição, empenho patriótico que obteve êxito pleno e brilhante. Esses artigos, esparsos naquele jornal, passaram depois a for mar volume especial sob o título O Federalista, livro que teve numero sas edições nos Estados Unidos e na Europa, a maior parte em língua inglesa. No Brasil fez-se também, no Rio do Janeiro, uma edição em língua portuguesa em 1840, em breve esgotada, sendo hoje raríssimos os respectivos exemplares. Essa circunstância torna dificílimo para o maior número o co nhecimento daquela interessante e instrutiva publicação, o que é parti cularmente sensível no Brasil, cujas instituições políticas, consagradas no pacto de 24 de fevereiro de 1891, foram modeladas pela Organiza ção Americana, a qual, por sua vez, consagrou em geral os princípios e idéias de Hamilton, Madison e Jay - pois foram efetivamente os dois primeiros os principais redatores da Constituição decretada para os Estados Unidos, na Filadélfia, em 17 de setembro de 1787, havendo todos três ocupado em sua pátria os mais altos cargos com grande proveito para ela e honra para os seus nomes. O Federalista, cujas páginas contêm lições de admirável senso prático, estudos de questões que ainda hoje se debatem entre nós e sulcos luminosos de espíritos pensadores e de alto descortino político. Agora, reunindo em livros esta publicação, proporcionamos àque les que a têm apreciado meio cômodo de conservá-la, facilitando-lhes, assim, nova leitura, e bem a merece o instrutivo e interessante trabalho dos ilustres publicistas norte-americanos concernentes a instituições políticas que foram nos seus pontos fundamentais o modelo e norma das que ora temos no Brasil, DA INAMOVIBILIDADE DO PODER JUDICIÁRIO Examinaremos agora a organização do Poder Judiciário, segundo o plano proposto. Quando expusemos os defeitos da Confederação existente, mos tramos claramente a utilidade e mesmo a necessidade de umajudicatu- ra federal. Como essa necessidade não é disputada por ninguém, inútil é insistir mais tempo sobre este ponto; basta examinar a organização desse poder, segundo o plano que se discute, que é o único objeto contra o qual se tem feito objeções. A organização do Poder Judiciário abraça muitos objetos: Io) o modo de nomear os juizes; 2°) a maneira por que devem ter os seus empregos; 3o) a distribuição do Poder Judiciário entre os diferentes tribunais e as suas recíprocas relações. I - A nomeação dos juizes tem lugar pela mesma maneira que a de todos os outros empregados da União em geral; e esse ponto já foi tão completamente discutido nos dois capítulos antecedentes que tudo quanto agora pudesse acrescentar-se não seriam senão inúteis repetições. II - A maneira por que os juizes devem ter os seus empregos, quer dizer por que tempo os devem conservar, quais são os emolumentos que lhes competem, que meios se tomarão para segurar a sua respon sabilidade. Segundo o plano da Convenção, todos os juizes nomeados pelos Estados Unidos devem ser inamovíveis e não podem perder os seus empregos senão por sentença que os declare indignos deles - disposi ção que se acha em perfeita harmonia com as das Constituições parti culares mais estimadas e, sobretudo, com a de Nova Iorque. Tê-la combatido não é pequena prova de fúria de censurar ou de desordem Capítulo 78 457 HAMILTON, MADISON E JAY de imaginação e juízo nos adversários da nova Constituição. A lei que faz depender do comportamento dos juizes a duração do seu exercício é certamente um dos mais apreciáveis melhoramentos modernos em matéria de governos: em uma monarquia é um obstáculo salutar ao despotismo do príncipe; em uma República, um freio às usurpações e à tirania do corpo legislativo. Em qualquer governo que seja, é o melhor meio de segurar a prontidão, a firmeza e a imparcialidade da adminis tração da justiça. Quem considerar com atenção os diferentes poderes deve reco nhecer que, nos governos em que eles estão bem separados, o Poder Judiciário, pela mesma natureza das suas funções, é o menos temível para a Constituição, porque é o que menos meios tem de atacá-la. O Poder Executivo é o dispensador das dignidades e o depositário da força pública; o Legislativo dispõe da bolsa de todos e decide dos direi tos e dos deveres dos cidadãos: mas o Judiciário não dispõe da bolsa nem da espada e não pode tomar nenhuma resolução ativa. Sem força e sem vontade, apenas lhe compete juízo; e esse só deve a sua eficácia ao socorro do Poder Executivo. Já essa simples observação nos habilita a estabelecer os princí pios seguintes: 1°) que o Poder Judiciário é sem questão alguma o mais fraco dos três; 2o) que, por isso mesmo, não pode atacar nenhum dos dois outros com boa esperança do resultado; 3o) que é preciso dar-lhe todos os meios possíveis para poder defender-se dos outros dois. Se- gue-se mais: que ainda que os tribunais de justiça possam, algumas vezes, excitar algum ato de opressão individual, nunca podem pôr em perigo a liberdade geral, ao menos enquanto o Poder Judiciário estiver convenientemente separado dos outros dois; porque é preciso concor dar com Montesquieu, que não pode haver liberdade onde o poder de julgar não estiver bem separado do de fazer as leis e do de as executar. Segue-se, finalmente, que, como a liberdade nada tem que temer do partido Judiciário sozinho e tudo que recear da sua união com qualquer dos dois outros - como a dependência em que ele se achasse de um deles produziria todos os efeitos de uma verdadeira união, apesar de uma separação, que em breve se tornaria ilusória e nominal - como, pela sua fraqueza natural, o Poder Judiciário está sempre em perigo de ser intimidado, subjugado ou seduzido pela influência dos poderes ri vais - e como, finalmente, nada pode contribuir tanto para firmar a sua 458 O FEDERALISTA independência como a inamovibilidade dos juizes, deve essa instituição ser considerada como um elemento indispensável da organização do Poder Judiciário e como a cidadela da justiça e segurança pública. A independência rigorosa dos tribunais de justiça é particularmen te essencial em umaConstituição limitada; quero dizer, em uma Consti tuição que limita a alguns respeitos a autoridade legislativa, proibindo-lhe, por exemplo, fazer passar bilis ofattainder e decretos de prescrição, leis retroativas ou coisas semelhantes. Restrições desta ordem não podem ser mantidas na prática, senão por meio dos tribunais de justiça, cujo dever é declarar nulos todos os atos manifestamente contrários aos ter mos da Constituição. Sem isso, ficariam absolutamente sem efeito quais quer reservas de direitos e privilégios particulares. Algumas dúvidas se têm suscitado sobre o direito atribuído aos tribunais de justiça de declarar nulos, como contrários à Constituição, atos do corpo legislativo; porque se pensa que de semelhante doutrina resultaria a superioridade do Poder Judiciário sobre a legislatura, visto que uma autoridade não pode declarar nulos os atos de outra sem que lhe seja necessariamente superior. Como essa doutrina é de grande importância em todas as Constituições da América, não será fora de propósito discutir os princípios em que se funda. Todo ato de uma autoridade delegada contrário aos termos da comissão é nulo. Esse princípio é indubitável; e, portanto, todo o ato do corpo legislativo, contrário à Constituição, não pode ter validade. Negar isso seria o mesmo que dizer que o delegado é superior ao cons tituinte, o criado ao amo, os representantes do povo ao povo que repre sentam; ou que aqueles que obram em virtude de poderes delegados, tanta autoridade têm para o que esses poderes autorizam, como para o que eles proíbem. Se me disserem que o corpo legislativo é constitucionalmente juiz dos seus poderes e que a maneira por que ele os interpretar, fica tendo força de lei para os outros funcionários públicos, respondo que não é essa a presunção natural, quando a Constituição expressamente o não determina; porque não é possível que a Constituição tenha querido dar aos representantes do povo o direito de substituir a sua própria vontade à dos seus constituintes. Muito mais razoável é a suposição de que a Constituição quis colocar os tribunais judiciários entre o povo e a 459 HAMILTON, MADISON E JAY legislatura, principalmente para conter essa última nos limites das suas atribuições. A Constituição é e deve ser considerada pelos juizes como lei fundamental; e como a interpretação das leis é a função especial dos tribunais judiciários, a eles pertence determinar o sentido da Constitui ção, assim como de todos os outros atos do corpo legislativo. Se entre estas leis se encontrarem algumas contraditórias, deve preferir aquela, cuja observância é um dever mais sagrado; que é o mesmo que dizer que a Constituição deve ser preterida a um simples estatuto; ou a inten ção do povo à dos seus agentes. Mas não se segue daqui que o Poder Judiciário seja superior ao Legislativo; segue-se, sim, que o poder do povo é superior a ambos e que, quando a vontade do corpo legislativo, declarada nos seus estatu tos, está em oposição com a do povo, declarada na Constituição, é a essa última que os juizes devem obedecer: por outras palavras, que as suas decisões devem conformar-se antes com as leis fundamentais do que com aquelas que não o são. O caso do Poder Judiciário decidir entre duas leis contraditórias não é difícil de ser exemplificado com um fato que a cada momento se verifica. Acontece, não poucas vezes, que dois estatutos, existentes ao mesmo tempo em vigor, se contradizem em todo ou em parte, sem que em nenhum dos dois se contenha alguma cláusula ou expressão derrogatória. Em tal caso, compete evidentemente aos juizes determi- nar-lhes o sentido e o efeito. Se é possível conciliar um com outro, a razão e a lei concordam em que se faça: se isso não é possível, é força que se dê efeito a um e que se invalide o outro. A regra, geralmente admitida em tal caso, é preferir o último em data ao primeiro; mas é uma simples regra de interpretação, fundada na natureza das coisas e na razão e não em alguma lei positiva - adotada na interpretação das leis, como conforme à verdade e ao bom senso, mas que não é prescri ta por disposição alguma legal. Supôs-se que, de dois atos contraditó rios da mesma autoridade, devia obter a preferência aquele que contin ha a expressão da sua última vontade. Muito diferente é o caso, quando se trata dos atos contraditórios de uma autoridade superior e de outra autoridade subordinada - de um poder primitivo e de outro poder delegado. O que, nesse caso, a razão manda é que o ato antecedente da autoridade suprema seja preferido ao subseqüente da autoridade subalterna; e que, por conseqüência, os juizes obedeçam à Constituição e desprezem qualquer estatuto que seja con trário ao que ela diz. 460 O FEDERALISTA Pouco valeria objetar que os tribunais de judicatura, com o pre texto de contradição, poderão substituir a sua vontade às instituições constitucionais da legislatura: o mesmo poderia acontecer com a deci são entre dois estatutos contraditórios ou mesmo na aplicação de um só estatuto. Que os tribunais devem declarar o sentido da lei, é coisa indubitável: ora, se eles estivessem dispostos a exercitar vontade em lugar de juízo, em qualquer ocasião poderiam substituir as suas inten ções às do corpo legislativo. Já se vê que essa observação não prova nada; ou, se provasse alguma coisa, seria que não deve haver juizes separados do corpo legislativo. Portanto, se os tribunais de justiça devem ser considerados como os baluartes de uma Constituição limitada contra as usurpações do cor po legislativo. É preciso admitir, em todo o caso, a inamovibilidade dos respectivos empregos como único meio eficaz de dar aos juizes a inde pendência necessária no exercício de uma função tão difícil. A independência dos juizes é igualmente necessária para defen der a Constituição e os direitos individuais do efeito daquelas disposi ções maléficas, que as intrigas dos homens mal intencionados ou a influência de alguma circunstância particular espalham algumas vezes pelo povo e que, ainda que bem depressa destruídas por mais maduras reflexões e mais justas idéias, tendem, contudo, a introduzir no gover no inovações perigosas e a fazer oprimir o partido mais fraco. Espero que os partidistas da Constituição proposta não hão de jamais unir se com os seus inimigos para pôr em dúvida aquele princípio fundamental de todo o governo republicano, que reconhece no povo o direito de mudar e abolir a Constituição existente, quando ela lhe parecer contrá ria à sua felicidade; mas não deve concluir-se deste princípio que os representantes do povo estejam autorizados para violar a Constituição, todas as vezes que a maioria do seus constituintes se mostrar momen taneamente inclinada a violá-la; ou que os tribunais tenham maior obri gação de aquiescer a infrações dessa natureza do que se elas dependes sem de cabalas do corpo legislativo. Até que o povo, por um ato legal e solene, tenha anulado a forma estabelecida, não há pretexto que não o desligue de obedecer-lhe, quer individual, quer coletivamente; e nem presunção, nem conhecimento dos seus sentimentos pode autorizar os seus representantes a desviar-se dela antes desse ato. Mas, de quanta coragem necessitam os juizes para defender a Constituição tão fiel mente como lhes cumpre, quando o corpo legislativo é excitado nos seus ataques pela maioria da nação. 461 HAMILTON, MADISON E JAY E não é somente em relação às infrações da Constituição que a independência dos juizes pode ser um remédio necessário contra esses caprichos momentâneos que podem nascer nas sociedades, quando estes acessos de mau humor não tendem senão a ofender uma classe particular de cidadão: por leis injustas e parciais, é preciso que a firme za dos juizes mitigue a severidade de semelhantes leis e lhes restrinja o efeito; o que não só diminuirá os inconvenientes das que já tiverem passado, mas desviará o corpo legislativo de fazer outras da mesma ordem, forçando-o a sermais circunspeto nas suas tentativas de injus tiça, quando vir que os escrúpulos dos juizes lhes hão de sempre dar cabo. Essa circunstância deve influir sobre o espírito do nosso gover no mais do que se pensa; já em mais de um dos nossos Estados se experimentaram as vantagens da integridade e moderação dos juizes e, apesar do descontentamento que ela causou àqueles que haviam con cebido projetos sinistros, nem por isso deixou de encontrar estima e aprovação em todos os homens desinteressados e virtuosos. Nem é preciso mais do que dar ouvidos às regras da prudência ordinária para prezar altamente tudo o que pode fortificar essa disposição dos juizes; porque ninguém pode ter a certeza de que não há de ser vítima, ama nhã, da injustiça de que hoje se aproveita; e todo o mundo deve sentir que o efeito de semelhante espírito não pode ser outro do que o de destruir os fundamentos de toda a confiança pública e particular, subs tituindo-lhe a desconfiança e a miséria geral. Esse apego constante e invencível à Constituição e aos direitos individuais, indispensável nos tribunais de justiça, não pode certamente achar-se em juizes de comissão temporária: de qualquer modo e por quem quer que as nomeações periódicas fossem feitas,em todo o caso, não poderia deixar de ser nocivo o seu efeito à independência indispen sável aos juizes. Se o direito de elegê-los fosse confiado ao Poder Exe cutivo ou ao Legislativo, ou a ambos juntos, haveria notável perigo de condescendência ou de colisão com o corpo que o possuísse, em to das as suas pretensões injustas: se deixasse ao povo ou a pessoas espe cialmente escolhidas para esse fim, o desejo de adquirir popularidade não podia deixar de influir desvantajosamente sobre a adesão, que deve ser inalterável, à Constituição e às leis. Outro motivo, igualmente poderoso para admitir a permanência dos empregos judiciais resulta das qualidades que eles exigem. Já mui tas vezes e com muita razão se disse que um código volumoso é um 4 6 2 OFEDERALISTA dos grandes inconvenientes de todo o governo livre. Para evitar toda a arbitrariedade nos julgamentos, é necessário que os juizes tenham re gras e arestos que lhes indiquem os seus deveres em todos os casos possíveis; e bem se vê que a imensidade de questões, que pode fazer nascer a loucura e a maldade dos homens, deve dar extensão proporciona da aos registros, onde devem achar-se consignados esses arestos, e exigir longo e laborioso estudo para adquirir o conhecimento deles. Segue-se, daqui, que os juizes suficientemente instruídos para desem penhar dignamente as suas funções devem ser poucos; e menos ainda os que a conhecimentos suficientes puderem reunir a integridade, ain da mais necessária. De onde se vê quão poucos devem ser os homens que o governo pode encontrar, dignos da sua escolha: e, se à dificulda de de encontrá-los se reunir a duração temporária do emprego, que lhes fará preferir a profissão lucrativa da advocacia à honra transitória de julgar, a administração da justiça cairá em mãos indignas ou incapa zes de desempenhar as suas augustas funções. Nas circunstâncias em que o pais atualmente se acha e ainda por longo tempo deve achar-se, esses inconvenientes são ainda maiores do que à primeira vista parece; e, contudo, ainda não são tão grandes, como os que se apresentam, quando se considera o objeto por outro ponto de vista. Concluamos de tudo o que fica dito que com muita prudência obrou a Convenção, tomando por modelo nessa parte, as Constituições em que a duração das funções do juiz depende do seu bom procedi mento; e que, bem longe de ser censurável a esse respeito , indesculpavelmente vicioso teria sido o seu plano sem essa instituição, essencial a todo o bom governo. O exemplo da Inglaterra é muito boa prova do quanto ela tem de excelente. 463
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