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Aprofundamento Todas as carreiras Pode ver aqui rapidinho? Semana 3 1 Filosofia Filosofia Pré-Socrática Resumo Pré-socráticos: Os primeiros filósofos Tradicionalmente, o período inaugural da filosofia grega é conhecido por pré-socrático. Iniciando em tales de Mileto em VII a.C. até V a.C. alguns filósofos denominados pré-socráticos foram contemporâneos de Sócrates. Eles foram classificados como pré-socráticos por manter a tradição de investigação da natureza desse período, não aderindo a virada antropológica promovida por Sócrates. Como dissemos antes, a filosofia pré-socrática estava voltada à investigação do mundo e de seu funcionamento, motivo pelo qual esses pensadores também são denominados filósofos da natureza. Deve- se a eles a construção de uma cosmologia, uma abordagem racional para os problemas que os cercavam relativos ao funcionamento do mundo e, por extensão, do universo. A virada aqui é o reconhecimento da insuficiência das explicações vigentes, a cosmogonia, que explica a origem do universo a partir de mitos. Deuses e heróis não mais satisfaziam a curiosidade e o fascínio do ser humano por fenômenos naturais e, por isso, iniciou-se uma investida racional na percepção do mundo. Essa investida tenta aplicar ordem ao caos e propõe um princípio fundamental para tudo que existe, a arché. A arché seria a substância que compõe tudo, que deu origem a tudo e que serve de matéria-prima para a existência. Mileto A Grécia Antiga nunca foi um Estado unificado, tal qual conhecemos na modernidade. Em vez disso, havia um conjunto de cidades-estados (pólis) independentes que formavam grupos de aliados e rivais. Dentre essas cidades estava Mileto, origem de Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Os três eram monistas, ou seja, acreditavam que a arché era composta por apenas um elemento. Tales atribuiu a origem de tudo à água dada suas observações da necessidade do elemento para a geração e manutenção da vida. Anaximandro, seu discípulo, não concordava com seu mestre. Para ele não seria possível observar o elemento primordial. Ele era infinito e indeterminado. Por isso, recebeu o nome de apeíron (indeterminado em grego), um elemento que é não só a origem, mas o fim de tudo. Já Anaxímenes, discípulo de Anaximandro, atribuía ao ar o caráter de arché, apesar de concordar com seu mestre de que a origem de tudo era indeterminada. Assim, esse pensador diferenciou a origem e a matéria-prima, porque não admitia que o que existe e é perceptível sensorialmente seja comporto pelo indeterminado. Samos Tendo contribuído para a história da filosofia com pelo menos um grande nome, Samos é uma cidade próxima a Éfeso e Mileto. De lá conhecemos Pitágoras, com uma proposta bastante distinta para a definição da arché. Para ele todas as coisas são números. Estudando a harmonia dos acordes musicais, Pitágoras percebeu que havia uma proporção aritmética nessa relação. A partir daí, tentou encontrar na natureza relações parecidas. Profundo conhecedor de astronomia, percebeu a ordem matemática no movimento dos astros. A realidade então passou a ser percebida pela estrutura numérica. Os corpos são compostos por pontos e a quantidade de pontos de um corpo define suas propriedades. Essa proposta é mais formal, define uma ordem e medida para a existência sensível. 2 Filosofia Éfeso Também já Jônia, Éfeso é a cidade de um filósofo de grande prestígio. Heráclito também percebeu na natureza grande dinamismo, assim como os pensadores de Mileto, e que há constante transformação. Seu diferencial foi assumir como objeto de investigação a mudança, e não aquilo que permanece. Concluiu que tudo flui, tudo muda. Nada permanece em si. O ser agora é o vir a ser, o devir, uma constante mudança. Observando, como seus predecessores, a ação dos opostos na natureza, Heráclito não apenas reconheceu esse conflito, como o assumiu como parte essencial de seu pensamento. É esse conflito entre bem e mal, frio e quente, seco e úmido que produz a eterna mudança, base do pensamento heraclitiano. Por isso, o fogo aqui recebe o estatuto de arché: em constante movimento, acendendo e apagando, consumindo e transformando. É mobilista, porque dá grande importância ao movimento, e um dos primeiros pensadores a contribuir com o pensamento dialético. Eleia Na escola eleática o que despertou a atenção dos pensadores foi a grande divergência de opiniões entre os filósofos anteriores. Por que a diferença entre as linhas de pensamento mobilistas? Parmênides conclui que os sentidos, na verdade, são enganosos e, por isso, não deveriam receber tanta atenção. Buscar a essência do mundo naquilo que não é essencial parecia um contrassenso para o pensador, que buscou resolver a contradição de procurar a permanência naquilo que não permanece. Parmênides privilegiou a razão, ignorando a mudança que percebia pelos sentidos. Afirmou que o ser é, ou seja, não pode deixar de ser ou existir numa não permanência. Aquilo que constitui o ser deve ser concebido como uma substância permanente e imutável. Para Parmênides, o ser é a arché. Temos então uma afirmação de cunho ontológico, a própria existência compõe a arché. O que é, é permanente. O que não é, não é permanente. A mudança agora é nada, o não ser, não existe. Parmênides dá os primeiros caminhos então para o surgimento de duas áreas da filosofia, a lógica e a ontologia, já que seu pensamento está profundamente baseado no princípio da identidade (todo “A” é igual a ele mesmo) e o princípio da não contradição (se “A” é “A”, então ele não pode, ao mesmo tempo ser “A” e “não A”), assumindo esses princípios lógicos para afirmar as condições de existência. Parmênides afirma então que, na filosofia, tem-se trilhado dois caminhos, o da razão (o seu) e o da opinião (o de Heráclito). Perceba que esse conflito teórico baseará o pensamento de Platão futuramente. Eleia também foi a cidade de Zenão, discípulo de Parmênides. Adepto da ideia de permanência, Zenão elaborou diversos argumentos que radicalizou o pensamento de seu mestre. A própria ideia de movimento era contraditória para o pensador. Ele iniciou o questionamento sobre a compreensão de conceitos como movimento, espaço, tempo e infinito, entre tantos outros, através da formulação de paradoxos, sendo o mais conhecido o da corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Aeragas Empédocles tentou conciliar o pensamento de Heráclito e de Parmênides. Acreditando na permanência, buscar uma forma de racionalizar nossa percepção sensorial. Defendeu o fogo, a terra, a água e o ar como os quatro elementos primordiais, que reagiam dinamicamente a dois princípios universais. O amor, responsável pela união e harmonização; e o ódio, responsável pela repulsão e dissolução. Tudo que existe está submetido a ação desses princípios. 3 Filosofia Abdera A cidade de Abdera é origem de Demócrito, talvez o filósofo com a proposta mais interessante para a arché. A resposta concebida por ele, que era contemporâneo de Sócrates, foi, na verdade um trabalho em conjunto com seu mestre, Leucipo. Sua proposta ficou conhecida como atomismo, já que propunha que a arché é o átomo. Demócrito concordava com a noção de permanência, mas não aceitava o não ser como uma ilusão. O movimento, por exemplo, era uma prova da existência de um não ser. Muito próxima da concepção físico- química e moderna da realidade, Demócrito afirma que tudo é composto por partículas minúsculas invisíveis e indivisíveis. Essa composição atendia as características de existência de Parmênides. Para ele os átomos eram eternos, imutáveis e plenos. Apesar disso, Demócrito expande a realidade afirmando que sua composição também inclui o vazio. Esse vazio é o que torna possível o movimento do ser. Sem espação vazio, nada poderia se mover. O vazio em si não poderia compor a arché, pois era um não ser,restando para a existência ser composta pelos átomos. A dinâmica de movimento entre os átomos gerava os diversos corpos com os quais podemos interagir. Os átomos se movimentavam e se chocavam ao acaso, formando aglomerações e repulsões. Importante então perceber a relevância que Demócrito dá ao acaso, à uma não ordenação racional do universo. 4 Filosofia Exercícios 1. “Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, água ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa.” DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo, Cultrix, 1967. O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem a) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza. b) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras de democracia. c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. d) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis. e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade. 2. “O primeiro filósofo de que temos notícias é Tales, da colônia grega de Mileto, na Ásia Menor. Tales foi um homem que viajou muito. Entre outras coisas, dizem que, certa vez, no Egito, ele calculou a altura de uma pirâmide medindo a sombra da mesma no exato momento em que sua própria sombra tinha a mesma medida de sua altura. Dizem ainda que, em 585 a.C., ele previu um eclipse solar.” (GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995). Aos primeiros filósofos que se debruçaram sobre os problemas do cosmo, podemos chamá-los, além de pré-socráticos, de a) naturalistas ou fisicistas. b) existencialistas. c) empiristas. d) espiritualistas. 5 Filosofia 3. Leia a letra da canção a seguir. Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa Tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o tempo todo No mundo [...] Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que denominavam a realidade de physis. A característica dessa realidade representada, também, na música de Lulu Santos é o(a) a) fluxo. b) estática. c) infinitude. d) desordem. e) Multiplicidade 4. O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Leucipo e Demócrito a physis é composta a) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. b) pela água. c) pelo fogo. d) pelo ilimitado. e) pelos átomos. 6 Filosofia 5. “Existe uma só sabedoria: reconhecer a inteligência que governa todas as coisas por meio de todas as coisas.” Heráclito, Diels-Kranz, Frag. 41. “Por isso é necessário seguir o que é igual para todos, ou seja, o que é comum. De fato, o que é igual para todos coincide com o que é comum. Mas ainda que o logos seja igual para todos, a maior parte dos homens vive como se possuísse dele um conhecimento próprio.” Heráclito, Diels-Kranz, Frag. 2. Com base nos textos acima e em seus conhecimentos sobre a filosofia heraclitiana, responda: a) O que é o logos ao qual o filósofo se refere? b) Explicite a relação existente entre o logos e a inteligência, tal como encontrados nos fragmentos supracitados. 6. “Vou explicar-me, e não será argumento sem valor, a saber: que nenhuma coisa é una em si mesma e que não há o que possas denominar com acerto ou dizer como é constituída. Se a qualificares como grande, ela parecerá também pequena; se pesada, leve, e assim em tudo o mais, de forma que nada é uno, ou algo determinado ou como quer que seja. Da translação das coisas, do movimento e da mistura de umas com as outras é que se forma tudo o que dizemos existir, sem usarmos a expressão correta, pois em rigor nada é ou existe, tudo devém. Sobre isso, com exceção de Parmênides, todos os sábios (…) estão de acordo: Protágoras, Heráclito e Empédocles (…)”. Platão. Teeteto. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001, p. 50. Tendo em vista o trecho de Platão citado acima, explique, a partir da distinção entre o uno de Parmênides e o devir de Heráclito, por que no mobilismo nada é e por que para Parmênides apenas o Ser é. 7 Filosofia Gabarito 1. A A filosofia pré-socrática pode ser caracterizada como cosmológica, na medida em que a busca pela arché é a busca por um elemento fundamental e capaz de explicar racionalmente a ordem do mundo. 2. A Os filósofos pré-socráticos também são chamados de naturalistas ou fisicistas pois seu principal objetivo era encontrar arché, o princípio fundador da natureza (“physis” em grego) 3. A Para os pré-socráticos, a realidade é um constante fluxo de mudanças, tal como as ondas do mar. O que eles procuravam é justamente o princípio que permaneceria estável em meio a todas essas mudanças, a todo esse devir. 4. E Para Demócrito, tal como para seu mestre Leucipo, a arché, princípio-fundamento da realidade, são os átomos, pequenas partículas, indivisíveis e invisíveis a olho nu, das quais todas as coisas seriam constituídas. 5. a) O logos, no pensamento de Heráclito, é o princípio, ou seja, é o mundo como devir eterno, é a guerra entre os contrários que possuem em si mesmos a existência própria e do oposto, é a unidade da multiplicidade na qual “tudo é um”, é o fogo, é o conhecimento verdadeiro. O logos é a exposição de um único mundo comum a todos. b) O logos possui no seu sentido comum um caráter contingente, quer dizer, qualquer homem é capaz de construir uma narrativa, um discurso sobre o mundo. E Heráclito diz que o mais o corriqueiro é exatamente a construção arbitrária e parcial disto que antes de tudo deveria ser comum. Ele, então, alerta sobre a necessidade de que o logos não seja exposto sem que antes haja o reconhecimento da inteligência que torna isto aparentemente diverso em algo unido sob um único governo, a saber, o logos 6. O mobilismo de Heráclito é baseado na ideia de o mundo como um eterno devir e no equilíbrio de contrários. Nesse sentido, o mundo é visto como estando em constante mudança entre aquilo que ée o seu contrário, ou seja, aquilo que não é. Em contraposição, Parmênides considera que o ser é uno, imutável e eterno. Isso porque se o ser fosse algo diferente daquilo que é, ele seria um não ser. Esse “não ser” é impossível na acepção de Parmênides, dado que o ser será sempre uno. 1 Biologia Análise de gráficos em relações ecológicas e estratégias predador- presa Resumo As diferentes relações ecológicas podem ser representadas em gráficos para melhor compreensão dessas interações. O gráfico mais comum é o que relaciona predadores e presas. Gráfico relacionando a densidade de presas e predadores. Disponível em: http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html Neste gráfico, a densidade de predadores tenderá sempre a acompanhar a densidade das presas existentes. A protocooperação também pode ser representada graficamente, quando duas espécies ficam separadas e quando ficam juntas. Note que quando cultivadas juntas, as duas populações acabam aumentando a sua densidade populacional. Gráfico mostrando duas espécies cultivadas separadas e duas juntas. Disponível em: https://djalmasantos.wordpress.com/2011/05/20/testes-de-associacoes-biologicas-34/ http://beforetests.blogspot.com/2015/08/dinamica-de-populacoes.html 2 Biologia Outro gráfico muito comum também mostra a relação de competição entre duas espécies quando cultivadas juntas, sempre havendo declínio da espécie menos adaptada. Gráfico mostrando a relação ecológica de competição quando duas espécies são cultivadas juntas. Disponível em: https://nossomeioporinteiro.wordpress.com/category/ecologiaorigem-da-vidaevolucao/comunidades/ O comensalismo ou inquilinismo também podem ser visualizadas graficamente quando duas espécies são cultivadas juntas. Gráfico mostrando a reelação de comensalismo ou inquilinismo entre duas espécies quando cultivadas juntas. Como se trata de uma relação em que somente uma espécie possui benefícios na relação, a outra não sofre oscilações na densidade. A relação ecológica de amensalismo, por ser indiferente para uma espécie e prejudicial para a outra, o gráfico pode ser observado da seguinte forma. Gráfico mostrando duas espécies cultivadas primeiramente juntas e depois separadas. Disponível em: https://www.indagacao.com.br/2018/07/45-questoes-relacoes-ecologicas-com-gabarito-e-resolucao.html Note que no amensalismo, uma espécie não sofre alterações na sua densidade (espécie C) e a outra sofre declínio (espécie D). 3 Biologia Da mesma maneira como os predadores têm suas estratégias e adaptações para a caça, as presas também possuem suas adaptações para fugir da predação. Dependendo da relação entre predador e presa, esta pode tentar se esconder, escapar ou lutar. • Plantas: defesa com espinhos e substâncias químicas espinhos para a proteção contra a predação • Camuflagem: quando o animal combina sua cor ou forma com a do ambiente onde vive, ficando por muitas vezes imperceptível aos olhos do predador. Podem ser classificados como homocromia ou homotipia. Lagarto se camuflando com o ambiente a sua volta. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Camale%C3%A3o_Brasieiro.jpg 4 Biologia • Homocromia: os organismos apresentam padrões de coloração que são geneticamente fixados: possuem cor semelhante a areia, folhas, galhos ou outras estruturas, tornando-os parecidos com o meio. cor do urso polar se assemelhando com o gelo do ambiente • Homotipia: é a camuflagem pelo chamado “comportamento de decoração”. O organismo é semelhante a alguma estrutura do ambiente em que vive. Formato do animal se assemelhando a um graveto • Mimetismo: quando animais imitam a coloração de outros animais geralmente venenosos ou impalatáveis. • Mimetismo mulleriano: Duas ou mais espécies impalatáveis (não comestíveis) se imitam, formando um grupo de espécies parecidas que reforçam para os predadores que aquele padrão de cor e forma está associado a um gosto ruim. Duas espécies de borboletas monarcas impalatáveis 5 Biologia • Mimetismo batesiano: Os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto ruim ou são venenosos. Do lado esquerdo a cobra coral falsa que não é venenosa e do lado direeito a cobra coral verdadeira que é venenosa • Aposematismo ou coloração de advertência: animais não-palatáveis, tóxicos ou venenosos anunciam que possuem gosto ruim através de coloração de alerta, conhecida como coloração aposemática. Rã com uma cor chamativa para avisar aos predadores que é venenosa ou impalatável • Comportamento deimático: comportamento de intimidação que certos animais adotam, parecendo estar maior ou mais forte, como defesa contra seu predador. Gato tentando parecer maior para intimidar um predador 6 Biologia • Tanatose: quando um animal se finge de morto para evitar ser predado. Perereca se fingindo de morta para evitar a predação • Autotomia: quando um animal perde parte do corpo para tentar sobreviver ao ataque de algum predador. Animal perde a cauda propositadamente para evitar a predação • Retroorientação: quando um animal tem uma parte do corpo mais chamativa para ação do predador, evitando que o predador ataque partes vitais da presa. Borboleta com a parte traseira da asa simulando um animal menor para atrair a atenção do predador 7 Biologia Exercícios 1. Muitos predadores e presas se utilizam de suas cores como uma estratégia de sobrevivência e, desta forma, executam com sucesso suas atividades, como nos exemplos a seguir: I. O bicho-pau, um inseto encontrado nas regiões tropicais e subtropicais do mundo inteiro, é totalmente inofensivo e possui movimentos lentos. Por apresentar forma e cor semelhantes a galhos de árvores, pode passar horas paralisado, sem que seja notado. II. Uma espécie de aranha (Myrmarachne plataleoides) imita o tamanho, cor, formato e, até mesmo, o comportamento de uma formiga agressiva e de gosto ruim, para se proteger e minimizar as chances de ser devorada por predadores. III. Membros de uma família de anfíbio (Dendrobatidae) apresentam colorido intenso e produzem toxinas potentes que se encontram na pele. Algumas tribos indígenas da América do Sul utilizam estas toxinas na ponta das flechas para capturar pequenos animais. Os três exemplos tratam, respectivamente, das seguintes estratégias de defesa: a) Mimetismo, mimetismo, camuflagem. b) Camuflagem, mimetismo, coloração de advertência. c) Camuflagem, camuflagem, mimetismo. d) Mimetismo, camuflagem, coloração de advertência. 2. A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é uma ave migratória que se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chuvas, encontrando-se ameaçada de extinção, em decorrência da caça indiscriminada. A relação do homem com esta ave é: a) harmônica, intra-específica e de predação b) desarmônica, intra-específica e de comensalismo c) harmônica, inter-específica e de parasitismo d) desarmônica, inter-específica e de predação 3. O mimetismo a uma característica adaptativa que pode influenciar positivamente nas chances de sobrevivência. Nessa condição, uma espécie apresenta uma característica de outra espécie que a não comestível e/ou não palatável. Como exemplo de seres que se utilizam dessa estratégia de sobrevivência, há a) inseto cuja forma e coloração assemelham-se a folhas de arvores em estado de decomposição. b) a raposa-do-artico, que apresenta pelagens diferentes para a estação do inverno e estação do verso. c) o cavalo-marinho, que apresenta projeções no corpo que lembram as algas entreas quais eles vivem. d) a falsa-coral, que apresenta a coloração similar a da coral-verdadeira apesar de ser pouco peçonhenta. e) o camaleão, que muda a sua coloração assumindo as cores predominantes do local onde se encontra. 8 Biologia 4. Na Califórnia surgiram minúsculos insetos, originários do Oriente Médio, que se tornaram uma praga; eles estão destruindo centenas de plantas, causando problemas ambientais que os cientistas americanos não conseguem controlar. O que pode explicar a adaptabilidade dos insetos é: a) os insetos adquiriram resistência aos inseticidas devido ao uso diário desses produtos. b) o ambiente californiano não tem predadores ou parasitas desses insetos e estes são resistentes aos inseticidas. c) a capacidade reprodutiva dos insetos é baixa, mas eles estão camuflados, o que anula a ação dos inseticidas. d) os insetos são predadores de outros insetos, o que os torna mais resistentes aos inseticidas. e) os insetos ingeriram o inseticida e adquiriram resistência a eles, e por competição, eliminaram os outros insetos que buscavam o mesmo alimento. 5. No intervalo da aula de Biologia, um aluno contou a seguinte piada: Dois cervos conversavam e passeavam pela mata quando um deles gritou: - Uma onça!!! Vamos correr!!! Ao que o outro respondeu: - Não adianta correr, ela é mais veloz que qualquer um de nós. - Eu sei. Mas a mim basta ser mais veloz que você. O diálogo entre os cervos exemplifica um caso de a) competição interespecífica. b) competição intraespecífica. c) seleção natural. d) irradiação adaptativa. e) mimetismo. 6. Mimetismo é um termo utilizado em biologia, a partir da metade do século XIX, para designar um tipo de adaptação em que uma espécie possui características que evoluíram para se assemelhar com as de outra espécie. As observações do naturalista Henry Walter Bates, estudando borboletas na Amazônia, levaram ao desenvolvimento do conceito de mimetismo batesiano. É correto afirmar que o mimetismo batesiano é uma adaptação em que a) a fêmea de algumas espécies de inseto é imitada por flores que se beneficiam da tentativa de cópula do macho para sua polinização. b) uma espécie apresenta características que a assemelham ao ambiente, dificultando sua localização por outras espécies com as quais interage. c) um modelo inofensivo é imitado por um predador para se aproximar o suficiente de sua presa a ponto de capturá-la. d) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies igualmente tóxicas ou perigosas. e) um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies palatáveis ou inofensivas. 9 Biologia 7. O bicho-pau, inseto do grupo dos gafanhotos, tem forma semelhante a um graveto. Outros insetos são parecidos com folhas devido à sua forma e coloração. Esse fenômeno em que animais apresentam grande semelhança com o ambiente onde vivem, o que facilita esconderem-se de predadores ou presas, é chamado de a) mutualismo. b) camuflagem. c) protocooperação. d) mimetismo. e) inquilinismo. 8. A adaptação que ocorre com determinados tipos de borboletas, cujas espécies palatáveis apresentam um padrão de coloração que a disfarça como impalatável, enquanto em outros casos diversas espécies impalatáveis convergem na aparência, cada uma ganhando proteção derivada de sua similaridade com as outras espécies é denominada de a) camuflagem. b) mimetismo. c) seleção estabilizadora. d) seleção artificial. 9. A distribuição de uma espécie em uma determinada área pode ser limitada por diferentes fatores bióticos e abióticos. Para testar a influência de interações bióticas na distribuição de uma espécie de alga, um pesquisador observou a área ocupada por ela na presença e na ausência de mexilhões e/ou ouriços-do-mar. Os resultados do experimento estão representados no gráfico abaixo: a) Que tipo de interação biótica ocorreu no experimento? Que conclusão pode ser extraída do gráfico quando se analisam as curvas B e C? b) Cite outros dois fatores bióticos que podem ser considerados como limitadores para a distribuição de espécies. 10 Biologia 10. A foto abaixo mostra o “sapo de chifre” em meio a folhas no chão da Mata Atlântica. a) Que nome se dá a esse tipo de adaptação ao substrato de repouso? Cite uma vantagem dessa adaptação. b) Diferentemente do “sapo de chifre”, alguns anfíbios venenosos apresentam coloração chamativa e contrastante com o ambiente. O aspecto chamativo da coloração pode beneficiar um predador de anfíbios? Explique. 11 Biologia Gabarito 1. B As características descritas em cada idem estão de acordo com a letra ‘b’. 2. D É uma relação desarmônica, uma vez que o homem provocou a caça e ameaça a extinção, interespecífica pois os dois organismos são de espécies diferentes e predação: o homem é o predador (caça). 3. D A falsa coral é a única que podemos perceber o mimetismo. Os demais animais usam a camuflagem para se protegerem. 4. B A resposta mais plausível para esse acontecimento é baseada nesses insetos não possuírem predadores ou pragas que os afetem e controle sua população e, os abusos de inseticida fez com que, através da seleção natural, os indivíduos mais resistentes sobrevivessem e passagem seus genes às gerações. 5. C O diálogo dos cervos exemplifica um caso de seleção natural, em que os mais adaptados, ou seja, que possuem alguma vantagem sobre o outro, no caso dos cervos, é que terá maior chance de sobreviver ao ataque de um predador. 6. E Esse modelo de mimetismo é caracterizado quando uma espécie imita a outra espécie que é tóxica ou intimidadora, para se proteger. 7. B A semelhança que um animal possui com o ambiente onde vive é chamada de camuflagem. 8. B As características descritas no enunciado dão as características do mimetismo. 9. a) Ouriços-do-mar se alimentam de algas, caracterizando um caso de predação (predatismo). A curva B, quando comparada com a curva A, mostra que as algas competiram com os mexilhões pela ocupação do local e/ou obtenção de nutrientes do meio. A curva C mostra que as algas foram prejudicadas pela presença dos ouriços. b) Amensalismo e parasitismo 10. a) Camuflagem. Imitar o ambiente em que vive permite ao anfíbio passar despercebido por seus predadores. A camuflagem é uma vantagem adaptativa que garante ao animal mais chances de sobrevivência e reprodução. b) A coloração de aviso que aparece em anfíbios venenosos beneficia seus predadores. Ao evitarem esses animais, os predadores não correm o risco de perder a vida pelo efeito do veneno presente na pele desses animais. 1 Física Exercícios de gráfico de M.U. Exercícios 1. O gráfico a seguir modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa em certo período de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como essa pessoa se desloca. Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e unidade de tempo, quando são percorridos 10 km? a) carroça - semana b) carro - dia c) caminhada - hora d) bicicleta - minuto e) avião - segundo 2. Ana (A), Beatriz (B) e Carla (C) combinam um encontro em uma praça próxima às suas casas. O gráfico, a seguir, representa a posição (x) em função do tempo (t), para cada uma, no intervalo de 0 a 200 s. Considere que a contagem do tempo se inicia no momento em que elas saem de casa. Referindo-se às informações, é correto afirmar que, durante o percurso a) a distância percorrida por Beatriz é maior do que a percorrida por Ana. b) o módulo da velocidade de Beatriz é cinco vezes menor do que o de Ana. c) o módulo da velocidade de Carla é duas vezes maior do que ode Beatriz. d) a distância percorrida por Carla é maior do que a percorrida por suas amigas. 2 Física 3. O gráfico da função horária S = v . t, do movimento uniforme de um móvel, é dado ao a seguir. Pode- se afirmar que o móvel tem velocidade constante, em m/s, igual a: a) 4 b) 2 c) 0,10 d) 0,75 e) 0,25 4. Duas partículas A e B movem-se numa mesma trajetória, e o gráfico a seguir indica suas posições (s) em função do tempo (t). Pelo gráfico podemos afirmar que as partículas: a) movem-se no mesmo sentido; b) movem-se em sentidos opostos; c) no instante t = 0, encontram-se a 40 m uma da outra; d) movem-se com a mesma velocidade; e) não se encontram. 3 Física 5. Um trem de passageiros executa viagens entre algumas estações. Durante uma dessas viagens, um passageiro anotou a posição do trem e o instante de tempo correspondente e colocou os dados obtidos no gráfico a seguir: Com base no gráfico, considere as seguintes afirmativas: I. Nessa viagem, o trem para em quatro estações diferentes. II. O trem retorna à primeira estação após oito horas de viagem. III. O trem executa movimento uniforme entre as estações. IV. O módulo da velocidade do trem, durante a primeira hora de viagem, é menor do que em qualquer outro trecho. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 4 Física 6. Duas carretas, A e B, cada uma com 25 m de comprimento, transitam em uma rodovia, no mesmo sentido e com velocidades constantes. Estando a carreta A atrás de B, porém movendo-se com velocidade maior que a de B, A inicia uma ultrapassagem sobre B. O gráfico mostra o deslocamento de ambas as carretas em função do tempo. Considere que a ultrapassagem começa em t = 0, quando a frente da carreta A esteja alinhada com a traseira de B, e termina quando a traseira da carreta A esteja alinhada com a frente de B. O instante em que A completa a ultrapassagem sobre B é a) 2,0 s. b) 4,0 s. c) 6,0 s. d) 8,0 s. e) 10,0 s. 7. O gráfico a seguir apresenta o movimento de um carro. Em relação ao tipo de movimento nos trechos I, II e III, assinale a alternativa correta. a) I – acelerado; II – repouso; III – MRUv. b) I – retardado; II – repouso; III – retrógrado. c) I – acelerado; II – MRU; III – retrógrado. d) I – acelerado; II – repouso; III – progressivo. e) I – acelerado; II – repouso; III – retrógrado. 5 Física 8. O gráfico a seguir representa a posição em função do tempo de uma partícula em movimento retilíneo uniforme sobre o eixo x. É CORRETO afirmar que: a) em t = 1,0 s, x = 5,0 m b) em t = 2,0 s, x = 6,0 m c) em t = 3,0 s, x = 5,0 m d) em t = 4,0 s, x = 6,0 m e) em t = 5,0 s, x = 7,0 m 9. De um helicóptero parado bem em cima de um campo de futebol, fotografou-se o movimento rasteiro de uma bola com uma câmera que expõe a foto 25 vezes a cada segundo. A figura 1 mostra 5 exposições consecutivas desta câmera. a) Copie a tabela (figura 2) e complete as colunas utilizando as informações contidas na figura. Para efeito de cálculo considere o diâmetro da bola como sendo de 0,5 cm e a distância entre os centros de duas bolas consecutivas igual a 2,5 cm. b) Faça um gráfico, com unidades e descrição dos eixos, da distância da bola (em relação à bola da 1a exposição) versus tempo. Seja o mais preciso possível. c) Qual a velocidade da bola em m/s? 6 Física 10. Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um lanche, de acordo com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas deste movimento é a) 10 km h. b) 12 km h. c) 15 km h. d) 30 km h. e) 60 km h. 7 Física Gabarito 1. C Uma carroça pode se locomover como uma pessoa andando, 3 km/h ou 4 km/h. Neste caso 10 km são percorridos em menos de 4 horas e não em uma semana. Um carro pode se locomover a 60 km/h ou mais. A 60 km/h a distância de 10 km é realizada em 10 minutos e não em um dia. Uma caminhada a 4 km/h precisa de 2 horas e meia para 10 km. E desta forma o diagrama é compatível com esta situação. Para uma bicicleta realizar 10 km em 2,5 minutos sua velocidade deveria ser de 4 km/min = 240 km/h. Fórmula 1 tudo bem, bicicleta não. 10 km em 2,5 segundos corresponde a 4 km/s = 14400 km/h. Um avião comercial viaja próximo de 1000 km/h. 2. B O modulo da velocidade de Beatriz é 5x menor do que o de Ana por que, para o mesmo intervalo de tempo, Beatriz desloca um espaço 5x menor. 3. E Podemos encontrar a velocidade retirando as informações do mesmo. Com isso, temos 𝑽 = 𝟎 − 𝟐 𝟎 − 𝟖 = 𝟎, 𝟐𝟓 𝒎/𝒔 4. B Já que um dos gráficos é crescente e o outro é decrescente, podemos afirmar que as partículas estão em sentidos opostos 5. A II esta certa já que o gráfico termina no valor t = 8 h e III esta certa já que, como o movimento é representado por uma equação linear em um gráfico Sxt, temos um MU. 6. D A S 100 V 25m / s t 4 = = = B S 75 V 18,75m / s t 4 = = = A velocidade relativa é a diferença entre as velocidades: relV 25 18,75 6,25m / s= − = rel S 50 V 6,25 t 8,0s t t = = = 7. E No trecho I, a declividade da curva espaço-tempo está aumentando, portanto o módulo da velocidade está aumentando, logo o movimento é acelerado. 8 Física No trecho II, o espaço é constante, portanto o móvel está em repouso. No trecho III, o espaço diminui linearmente com o tempo, tratando-se de um movimento uniforme retrógrado. 8. D Podemos encontrar a velocidade retirando as informações do mesmo. Com isso, temos 𝑽 = 𝟖 − 𝟒 𝟖 − 𝟎 = 𝟎, 𝟓 𝒎/𝒔 Com isso, podemos utilizar a mesma equação da velocidade media para testar as alternativas e assim, concluindo, que a alternativa certa é a [D] 9. Observe a tabela peenchida(item a) e o gráfico pedido no item b) na figura adiante: c) Vm = ∆S/∆t = 0,100/0,16 = 0,625 m/s 10. B A velocidade média ( )mv é dada pela razão entre a distância percorrida ( )sΔ e o tempo total gasto em percorrê-la ( )t .Δ Cálculo da distância percorrida: A distância percorrida equivale à área sob a curva da velocidade pelo tempo. = =1 1 km A 20 2 h A 40 km h 9 Física = =2 2 km A 10 2 h A 20 km h = + = + =1 2s A A s 40 km 20 km s 60 kmΔ Δ Δ Logo a velocidade média será: m m m s 60 km v v v 12 km h t 5 h Δ Δ = = = 1 Matemática Exercícios: trigonometria no triângulo retângulo Exercícios 1. A figura representa a vista superior do tampo plano e horizontal de uma mesa de bilhar retangular ABCD com caçapas em A, B, C e D. O ponto P, localizado em AB representa a posição de uma bola de bilhar, sendo PB = 1,5 e PA = 1,2 m. Após uma tacada na bola, ela se desloca em linha reta colidindo com BC no ponto T, sendo a medida do ângulo PT B igual 60º. Após essa colisão, a bola segue, em trajetória reta, diretamente até a caçapa D. Nas condições descritas e adotando √3 ≅ 1,73, a largura do tampo da mesa, em metros, é próxima de a) 2,42. b) 2,08. c) 2,28. d) 2,00. e) 2,56. 2. Caminhando em linha reta ao longo de uma praia, um banhista vai de um ponto A a um ponto B, cobrindo a distância AB = 1200 m. Quando em A, ele avista um navio parado em N de tal maneira que o ângulo NÂB é de 60º; quandoem B, verifica que o ângulo NBA é de 45º. a) Faça uma figura ilustrativa da situação descrita. b) Calcule a que distância da praia se encontra o navio. 3. Duas rodovias A e B se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de gasolina se encontra na rodovia A, a 4 km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C, perpendicular à rodovia B. Qual a distância do posto de gasolina à rodovia B, indo através de C, em quilômetros? 2 Matemática 4. Para medir a largura AC de um rio um homem usou o seguinte procedimento: localizou um ponto B de onde podia ver na margem oposta o coqueiro C, de forma que o ângulo ABC fosse 60°; determinou o ponto D no prolongamento de CA de forma que o ângulo CBD fosse de 90°. Medindo AD = 40 metros, achou a largura do rio. Determine essa largura e explique o raciocínio. 5. Um prédio hospitalar está sendo construído em um terreno declivoso. Para otimizar a construção, o arquiteto responsável idealizou o estacionamento no subsolo do prédio, com entrada pela rua dos fundos do terreno. A recepção do hospital está 5 metros acima do nível do estacionamento, sendo necessária a construção de uma rampa retilínea de acesso para os pacientes com dificuldades de locomoção. A figura representa esquematicamente esta rampa (r), ligando o ponto A, no piso da recepção, ao ponto B, no piso do estacionamento, a qual deve ter uma inclinação 𝛼 mínima de 30° e máxima de 45°. Nestas condições e considerando √2 ≅ 1,4 quais deverão ser os valores máximo e mínimo, em metros, do comprimento desta rampa de acesso? 6. A figura abaixo exibe um círculo de raio 𝑟 que tangencia internamente um setor circular de raio 𝑅 e ângulo central 𝜃. a) Para 60 = , determine a razão entre as áreas do círculo e do setor circular. b) Determine o valor de cos no caso em que 4R r= . 3 Matemática 7. Na figura, tem-se AE paralelo a CD , BC , paralelo a DE , 2AE = , 45º = , 75º = . Nessas condições, a distância do ponto E ao segmento AB é igual a a) 3 b) 2 c) 3 2 d) 2 2 e) 2 4 8. Laura decidiu usar sua bicicleta nova para subir uma rampa. A figura a seguir ilustra a rampa que terá que ser vencida. Suponha que a rampa que Laura deve subir tenha ângulo de inclinação , tal que cos 0,99 = . Suponha, também, que cada pedalada faça a bicicleta percorrer 3,15m. Calcule a altura h (medida com relação ao ponto de partida) que será atingida por Laura após dar 100 pedaladas. 4 Matemática 9. Em um experimento sobre orientação e navegação de pombos, considerou-se o pombal como a origem O de um sistema de coordenadas cartesianas e os eixos orientados Sul-Norte (SN) e Oeste- Leste (WL). Algumas aves foram liberadas num ponto P que fica 52 km ao leste do eixo SN e a 30 km ao sul do eixo WL. O ângulo azimutal de P é o ângulo, em graus, medido no sentido horário a partir da semirreta ON até a semirreta OP. No experimento descrito, a distância do pombal até o ponto de liberação das aves, em km, e o ângulo azimutal, em graus, desse ponto são, respectivamente: Dado: 3604 60 a) 42,5 e 30. b) 42,5 e 120. c) 60 e 30. d) 60 e 120. e) 60 e 150. 10. Ao decolar, um avião deixa o solo com um ângulo constante de 15°. A 3,8 km da cabeceira da pista existe um morro íngreme. A figura abaixo ilustra a decolagem, fora de escala. Podemos concluir que o avião ultrapassa o morro a uma altura, a partir da sua base, de a) 3,8 tan (15°) km. b) 3,8 sen (15°) km. c) 3,8 cos (15°) km. d) 3,8 sec (15°) km. 5 Matemática Gabarito 1. A Vamos supor que PTB DTC. Assim, do triângulo BPT, vem Por outro lado, do triângulo CDT, encontramos Em consequência, segue que o resultado pedido é 2. a) Desenho b) Pela figura temos: 6 Matemática 3. Sabemos que: 4. Como A e B são pontos na mesma margem do rio, ,portanto é a altura relativa à hipotenusa. 5. Portanto, o valor mínimo do comprimento da rampa de acesso será 7 m e o valor máximo será 10 m. 7 Matemática 6. a) Considere a figura b) Se 4R r= , então, do triângulo ABO, obtemos, 8 Matemática 7. A 8. 100 pedaladas = 100.3,15 = 315 m Na figura temos: 9 Matemática 9. D 10. A 1 Português Adjunto adnominal x Complemento nominal Resumo Adjunto Adnominal O adjunto adnominal possui valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo independente da função dele. Esse termo pode vir expresso por: a) adjetivo: O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. b) locução adjetiva: Ele tinha a memória de prodígio. c) artigo (definido ou indefinido): O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida. (C.Lispector) d) pronome adjetivo: Vários expositores venderam suas mercadorias. e) numeral: Ela casou há duas semanas. f) oração adjetiva: Venho cumprir uma missão do sacerdócio que abracei. (M. de Assis) Complemento Nominal O complemento nominal é o termo da oração que vem ligado por preposição e completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio que, sozinhos, possuem significado incompleto. Esse complemento pode ser representado por: a) substantivo: Só ela parecia alheia a toda essa criatividade. b) pronome: Ninguém teve notícia dele. c) numeral: A presença dele era necessária a ambas. d) palavra ou expressão substantivada: Os adversários estavam em uma luta do sim e do não. e) oração completiva nominal: Estou com vontade de comer chocolate. Entretanto, deve-se ter atenção na diferenciação entre adjunto adnominal e complemento nominal. O adjunto adnominal ocorre quando: 1- o termo antecedente for substantivo substantivo concreto, o seguinte é adjunto adnominal. Exemplo: Casa de José . 2- representar o agente, a expressão preposicionada é adjunto adnominal. Exemplo: A invenção de Santos Dumont mudou o mundo. O complemento nominal ocorre quando: 1- o termo antecedente for adjetivo ou advérbio, o seguinte é complemento nominal. Exemplo: Obediente às ordens. 2- quando a expressão preposicionada representa o termo paciente, será complemento nominal. Exemplo: A invenção do avião mudou o mundo. Observe os exemplos de adjunto adnominal e complemento nominal expressos no item 2. É possível perceber que no primeiro, o termo “de Santos Dumont” é o adjunto adnominal, pois é o ser ativo que fez a invenção. Já no segundo caso, o termo “do avião” é a ação praticada por alguém, ou seja, ele é o paciente da invenção e por isso é um complemento nominal. 2 Português Exercícios 1. Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas; Eu não tinha este coração Que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: - em que espelho ficou perdida a minha face? MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958. Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta. a) Os termos “calmo”, “triste” e “magro” (v.2) acrescentam circunstâncias de modo ao verbo “ter” (do primeiro verso), exercendo, pois, a função de adjuntos adverbiais de modo. b) A oração “que nem se mostra” (v.8) está sintaticamente ligada ao substantivo coração, caracterizando-o; portanto, essa oração exerce a função sintática de adjunto adnominal. c) O verbo “dar” (v.9) significa notar, perceber e classifica-se como verbo transitivo direto, embora esteja ligado a seu complemento por meio de preposição. d) O pronomepessoal “se” (v.8) é recíproco e funciona como complemento do verbo mostrar, já o pronome “que” (v.11) é relativo e funciona como adjunto adverbial de lugar. 2. Leia: I. Lembrou-se da pátria com saudades e desejou sentir novamente os aromas de sua terra e de sua gente. II. A defesa da pátria é o princípio da existência do militarismo. Assinale a alternativa que apresenta correta afirmação sobre os termos destacados nas frases I e II. a) As frases I e II apresentam em destaque adjuntos adnominais. b) As frases I e II apresentam em destaque complementos nominais. c) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um complemento nominal. d) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um adjunto adnominal. 3 Português 3. FAVELÁRIO NACIONAL Quem sou eu para te cantar, favela, Que cantas em mim e para ninguém a noite inteira de sexta-feira e a noite inteira de sábado E nos desconheces, como igualmente não te conhecemos? Sei apenas do teu mau cheiro: Baixou em mim na viração, direto, rápido, telegrama nasal anunciando morte... melhor, tua vida. ... Aqui só vive gente, bicho nenhum tem essa coragem. ... Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer, Medo só de te sentir, encravada Favela, erisipela, mal-do-monte Na coxa flava do Rio de Janeiro. Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver nem de tua manha nem de teu olhar. Medo de que sintas como sou culpado e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade. Custa ser irmão, custa abandonar nossos privilégios e traçar a planta da justa igualdade. Somos desiguais e queremos ser sempre desiguais. E queremos ser bonzinhos benévolos comedidamente sociologicamente mui bem comportados. Mas, favela, ciao, que este nosso papo está ficando tão desagradável. vês que perdi o tom e a empáfia do começo? ... ANDRADE, Carlos Drummond de, Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984. 4 Português Assinale a alternativa em que a função sintática exercida pela oração em destaque está corretamente indicada. a) “Medo de que sintas como sou culpado” - adjunto adverbial. b) “Custa ser seu irmão” - objeto direto. c) “...telegrama nasal anunciando morte…” - adjunto adnominal. d) “Medo só de te sentir, encravada” - objeto indireto. 4. Ele se encontrava sobre a estreita marquise do 18o andar. Tinha pulado ali a fim de limpar pelo lado externo as vidraças das salas vazias do conjunto 1801/5, a serem ocupadas em breve por uma firma de engenharia. Ele era um empregado recém-contratado da Panamericana — Serviços Gerais. O fato de haver se sentado à beira da marquise, com as pernas balançando no espaço, se devera simplesmente a uma pausa para fumar a metade de cigarro que trouxera no bolso. Ele não queria dispensar este prazer, misturando-o com o trabalho. Quando viu o ajuntamento de pessoas lá embaixo, apontando mais ou menos em sua direção, não lhe passou pela cabeça que pudesse ser ele o centro das atenções. Não estava habituado a ser este centro e olhou para baixo e para cima e até para trás, a janela às suas costas. In: MORICONI, Ítalo (org.). Os cem melhores contos brasileiros do século. R. Janeiro: Objetiva, 2000 Em “… não lhe passou pela cabeça que pudesse ser ele o centro das atenções”, os pronomes pessoais destacados exercem, respectivamente, a função sintática de a) objeto indireto, sujeito. b) complemento nominal, objeto direto. c) adjunto adnominal, sujeito. d) objeto indireto, predicativo do objeto. e) adjunto adnominal, predicativo do sujeito. 5. Muitos se preocuparam COM A DIFÍCIL SITUAÇÃO, embora ninguém se mostrasse DISPOSTO a NOVO EMPREENDIMENTO. Os termos destacados no período anterior, exercem, respectivamente, a função de: a) complemento nominal, predicativo do sujeito, objeto indireto. b) objeto indireto, objeto direto, complemento nominal. c) complemento nominal, predicativo do objeto, objeto indireto. d) objeto indireto, adjunto adverbial de modo, complemento nominal. e) objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal. 5 Português 6. Analise atentamente as orações que seguem, tendo em vista os termos em destaque e em seguida atenha-se ao que se pede: O professor irritado deu uma advertência ao aluno. Irritado, o professor deu uma advertência ao aluno. O professor, irritado, deu uma advertência ao aluno. Em todos os enunciados, o termo “irritado” apresenta idêntica classificação morfológica? E sintática? Justifique-se. 7. Marque a alternativa correta quanto à função sintática do termo grifado na frase abaixo. “Em Mariana, a igreja, cujo sino é de ouro, foi levada pelas águas”. a) adjunto adnominal b) objeto direto c) complemento nominal d) objeto indireto e) vocativo 8. O consumidor não é o cidadão. Nem o consumidor de bens materiais, ilusões tornadas realidades como símbolos: a casa própria, o automóvel, os objetos, as coisas que dão status. Nem o consumidor de bens imateriais ou culturais, regalias de um consumo elitizado, como o turismo e as viagens, os clubes e as diversões pagas; ou de bens conquistados para participar ainda mais do consumo, como a educação profissional, pseudoeducação que não conduz ao entendimento do mundo. O eleitor também não é forçosamente o cidadão, pois o eleitor pode existir sem que o indivíduo realize inteiramente suas potencialidades como participante ativo e dinâmico de uma comunidade. O papel desse eleitor não cidadão se esgota no momento do voto [...]. O cidadão é multidimensional. Cada dimensão se articula com as demais na procura de um sentido para a vida. Isso é o que dele faz o indivíduo em busca do futuro, a partir de uma concepção de mundo, aquela individualidade verdadeira. [...] O consumidor ( e mesmo o eleitor não cidadão) alimenta-se de parcialidades, contenta-se com respostas setoriais, alcança satisfações limitadas, não tem direito ao debate sobre os objetivos de suas ações públicas ou privadas. SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1996. p.41-42. Sobre aspectos de morfossintaxe presentes no texto, é correto afirmar: a) Em “O consumidor não é o cidadão.” e “o eleitor não cidadão” as palavras em negrito são da classe dos advérbios. b) Em “ilusões tornadas realidades como símbolos: a casa própria, o automóvel, os objetos, as coisas”, os dois pontos introduzem uma síntese. c) Em “pseudoeducação que não conduz ao entendimento do mundo”, o conectivo do introduz um complemento nominal. d) Em “O eleitor também não é forçosamente o cidadão, pois o eleitor pode existir”, o conectivo pois é conjunção conclusiva. e) Em “o eleitor pode existir sem que o indivíduo realize inteiramente suas potencialidades”, a forma verbal em negrito está no modo indicativo. 6 Português 9. Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em uma antiga fábrica − uma antiga usina de energia nazista −, todo tipo de figura da noite se encontra, em uma festa fantástica alucinada que deseja não terminar jamais. A música do tempo infinito, 2012. Adaptado. "Há em Berlim uma casa que nunca fecha.” (1o parágrafo) No período em que está inserida, a oração destacada tem valor e função, respectivamente, de a) advérbio e adjunto adverbial. b) substantivo e sujeito. c) adjetivo e adjunto adnominal. d) substantivo e objeto direto. e) adjetivo e predicativo. 10. Há um complemento nominal na propaganda? Se sim, destaque-o e expliqueo efeito de humor presente no texto. 7 Português Gabarito 1. B O termo destacado está caracterizando o substantivo “coração”, desse modo, delimitando o sentido da palavra, trata-se de um adjunto adnominal. 2. C A oração I, o termo “da pátria” trata-se de um complemento verbal, sendo objeto indireto do verbo “lembrar”. Na segunda oração, o termo faz referência ao complemento nominal, uma vez que o substantivo “defesa” exige um complemento para seu entendimento completo. 3. C Os termos “anunciando morte” caracterizam o “telegrama”, assim, trata-se de um adjunto adnominal, por atribuir uma característica ao substantivo indicado. 4. C Por traduzir a ideia de posse, ou seja, “pela cabeça dele”, o termo “lhe”, sintaticamente, tem a função de adjunto adnominal. Assim, o termo “ele” exerce a função de sujeito, quando alternadas as orações na sentença estabelecida. 5. E O primeiro termo destacado é um objeto indireto, pelo fato do verbo “preocupar” ser transitivo indireto. Assim, o segundo termo destacado refere-se a um predicativo, uma vez que “disposto” é uma característica ligada ao sujeito, de modo direto. Por fim, “novo empreendimento” refere-se a um complemento ao predicativo “disposto”, que se faz necessário para o total entendimento da oração. 6. Quanto à classificação morfológica, a mesma apresenta-se idêntica, mas diverge-se quanto à sintaxe. Na 1ª oração o termo é classificado como adjunto adnominal, na segunda como predicativo do sujeito e na terceira como aposto. 7. A Ao indicar um valor de posse, presente na demonstração da frase, o termo “cujo” tem seu valor sintático de adjunto adnominal. 8. C O conectivo “do” precede a complementação do substantivo “entendimento”. Sendo assim, trata-se de um complemento nominal. 9. C Como apresentado no material de apoio, o adjunto adnominal pode ter valor adjetivo. Desse modo, na função sintática o adjetivo tem o valor característico, sendo “que nunca fecha” uma delimitação ao termo “casa”. 10. O complemento nominal é “do namorado”, que completa o termo “raiva”. O efeito de humor se dá pelo trocadilho entre a consequência do sentimento de raiva, no qual morder faz parte das agressões e o fato de o “aqui”, no texto’ referir-se a um bombom, que foi feito para comer. 1 Química Atomística: aprofundamentos Exercícios 1. As luzes de neônio são utilizadas em anúncios comerciais pelo seu poder de chamar a atenção e facilitar a comunicação. Essa luz se aproveitam da fluorescência do gás neônio, mediante a passagem de uma corrente elétrica. Sobre o isótopo de número de massa 21 desse elemento químico, considere as afirmações a seguir. I. Possui 10 prótons, 10 elétrons e 10 nêutrons; II. É isoeletrônico do íon 2O ;− III. Sua camada mais externa encontra-se com o número máximo de elétrons. É correto o que se afirma apenas em a) II; b) I e II; c) I e III; d) II e III. 2. O chumbo é um metal tóxico, pesado, macio, maleável e mau condutor de eletricidade. É usado na construção civil, em baterias de ácido, em munição, em proteção contra raios-X e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção, metais de tipografia, etc. No chumbo presente na natureza são encontrados átomos que têm em seu núcleo 82 prótons e 122 nêutrons (Pb 204),− átomos com 82 prótons e 124 nêutrons (Pb 206),− átomos com 82 prótons e 125 nêutrons (Pb 207)− e átomos com 82 prótons e 126 nêutrons (Pb 208).− Quanto às características, os átomos de chumbo descritos são: a) alótropos. b) isômeros. c) isótonos. d) isótopos. e) isóbaros. 2 Química 3. Considere as informações sobre os isótopos do Ferro contidas na tabela abaixo. ISÓTOPO ABUNDÂNCIA (%) 54Fe 5,845 56Fe 91,754 57Fe 2,119 58Fe 0,282 Com relação às informações acima, analise as afirmativas abaixo. I. A massa atômica do ferro a ser representada na tabela periódica deve se aproximar de 58. II. Nesses isótopos o número de prótons é constante. III. Esses isótopos são caracterizados por diferentes números de camadas eletrônicas nos átomos, no estado fundamental. Assinale a opção correta. a) Apenas a alternativa I é verdadeira. b) Apenas a alternativa II é verdadeira. c) Apenas a alternativa III é verdadeira. d) Apenas as alternativas II e III são verdadeiras. e) As alternativas I, II e III são verdadeiras. 4. As medalhas de ouro das Olimpíadas do Rio de Janeiro foram feitas a partir da mistura de ouro e prata, sendo esta majoritária. Considerando as partículas constituintes desses metais, foram feitas as afirmações seguintes. I. A prata possui 47 elétrons. II. A massa atômica da prata é igual a 155 u. III. O número de prótons e elétrons do ouro é idêntico. IV. A diferença entre o número de nêutrons do ouro e da prata é igual a 32. O número de afirmação(ões) correta(s) é a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. 79 47 Au (Ouro) Ag (Prata) 197 109 3 Química 5. Um caminho para a sustentabilidade é intensificar a reciclagem de materiais como o plástico. Os plásticos, sejam sobras de processos industriais ou mesmo recuperados do lixo, passam por uma triagem, que separa os diferentes tipos para, em seguida, serem lavados e transformados em pequenos grãos. Esses grãos podem, então, ser usados na confecção de novos materiais. Em sua fase final de reciclagem, os grãos sofrem muita agitação e podem ser eletrizados com carga positiva. Nessas condições, é correto afirmar que eles passaram por um processo de a) adição de prótons. b) adição de nêutrons. c) remoção de prótons. d) remoção de elétrons. e) remoção de nêutrons. Texto para a próxima questão: Mendeleev (1834-1907), sob a influência da sua segunda esposa, voltou-se para o mundo das artes, tornando-se colecionador e critico. Essa nova paixão não deve ter sido considerada nenhuma surpresa, afinal, Mendeleev fez arte com a química, desenhando e manejando cartas que representavam os elementos, para ajudar na construção da Tabela Periódica. Sua visão da ciência já era um indício de que existia uma veia artística dentro dele. Certa vez, disse: “Conceber, compreender e aprender a simetria total do edifício, incluindo suas porções inacabadas, é equivalente a experimentar aquele prazer só transmitido pelas formas mais elevadas de beleza e verdade”. Na Química, as ideias ousadas e o gênio audacioso de Mendeleev renderam-lhe um merecido reconhecimento. Mas ele não se dedicou exclusivamente à Tabela Periódica. Já havia estudado a temperatura crítica dos gases e prosseguiu sua vida acadêmica pesquisando a expansão de líquidos e a origem do petróleo. Em 1955, o elemento de número atômico 101(Z 101)= da Tabela Periódica recebeu o nome Mendelévio em sua homenagem. Disponível em: http://tinyurl.com/oadx3qe Acesso em: 31.07.2014. Adaptado. 4 Química 6. O elemento químico de numero atômico 101 apresenta 15 radioisótopos identificados, entre eles os mais estáveis são: 258Md e 260Md. A diferença entre os radioisótopos mencionados é de a) 2 prótons. b) 2 elétrons. c) 2 nкutrons. d) 157 nêutrons. e) 159 nêutrons. 7. Baseado nos conceitos sobre distribuição eletrônica, analise os itens a seguir. I. 2 4 24Cr [Ar] 4s 3d= II. 2 9 29Cu [Ar] 4s 3d= III. 2 2 4 26Fe [Ar] 4s 3d + = Assinale a alternativa correta. a) Todos os itens estão incorretos. b) Todos os itens estão corretos. c) Apenas I e II estão corretos. d) Apenas III está correto. 8. Um determinado elemento químico tem para seu átomo no estado fundamental, a seguinte distribuiçãoeletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p4 Podemos propor, para este elemento: I. O número de prótons no núcleo atômico é 34. II. É um elemento pertencente ao grupo IVA da Tabela Periódica. III. O último elétron distribuído na camada de valência possui o número quântico magnético igual a zero. IV. A subcamada de menor energia, pertencente à camada de valência é a 4s. Analise as proposições e marque a opção correta: a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Apenas II e IV. e) Apenas I e IV. 5 Química 9. A distribuição eletrônica do átomo de ferro (Fe), no estado fundamental, segundo o diagrama de Linus Pauling, em ordem energética, é 2 2 6 2 6 2 61s 2s 2p 3s 3p 4s 3d . Sobre esse átomo, considere as seguintes afirmações: I. O número atômico do ferro (Fe) é 26. II. O nível/subnível 63d contém os elétrons mais energéticos do átomo de ferro (Fe), no estado fundamental. III. O átomo de ferro (Fe), no nível/subnível 63d , possui 3 elétrons desemparelhados, no estado fundamental. IV. O átomo de ferro (Fe) possui 2 elétrons de valência no nível 4 ( 24s ), no estado fundamental. Das afirmações feitas, está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II e III. c) apenas III e IV. d) apenas I, II e IV. e) todas. 10. Cardiologistas costumam recomendar a redução no consumo de “sal de cozinha” para pessoas hipertensas porque ele é a principal fonte de íons sódio da alimentação. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a população brasileira consome duas vezes mais sódio do que o valor recomendado. Esse íon precisa estar em equilíbrio com o íon potássio, caso contrário pode desencadear uma série de doenças cardiovasculares. Além disso, o consumo excessivo do sal de cozinha pode levar a uma menor absorção de íons cálcio, podendo gerar problemas como osteoporose e raquitismo. Tendo como referência o texto acima, assinale a alternativa correta. a) A configuração eletrônica de um átomo de sódio no estado fundamental é igual à de um átomo de potássio, uma vez que ambos possuem o mesmo número de elétrons no terceiro nível de energia. b) Átomos eletricamente neutros de sódio e potássio, ao perderem um elétron de suas respectivas camadas de valência, originam respectivamente íons Na+ e K+ que são isoeletrônicos. c) A configuração eletrônica de um átomo de cálcio no estado fundamental pode ser representada de maneira simplificada por 2[Kr]4s . d) O elétron mais afastado do núcleo de um átomo de potássio no estado fundamental apresenta número quântico principal igual a quatro e número quântico secundário igual a zero. e) Átomos eletricamente neutros de cálcio são menores do que os respectivos íons 2Ca ,+ uma vez que o número de prótons nessas espécies difere de duas unidades. 6 Química Gabarito 1. D I. Incorreta. 21 10Ne 10 prótons 10 elétrons A n p n 21 10 11 nêutrons = + = − = II. Correta. Serão isoeletrônicos, ou seja, apresentam o mesmo número de elétrons. 21 2 10 8Ne O 10 prótons 8 prótons 10 elétrons 10 elétrons − III. Correta. O neônio por apresentar 10 elétrons, apresenta a camada de valência completa. 2 2 6 10Ne 1s 2s 2p= 2. D Trata-se do mesmo elemento, pois possuem o mesmo número de prótons no núcleo, e por isso são chamados de isótopos. 204 206 207 82 82 82 mesmo número de prótons Pb Pb Pb 3. B I. Incorreta. A massa atômica que será representada na Tabela Periódica será uma média ponderada da massa de cada isótopo do ferro e sua respectiva abundancia: (5,845 54) (91,754 56) (2,119 57) (0,282 58) 55,90 u 100 + + + = II. Correta. Pois o átomo é o mesmo, portanto, mesmo número de prótons. III. Incorreta. Os átomos neutros de ferro possuem o mesmo número de prótons e elétrons, portanto, possuem o mesmo número de camadas eletrônicas dos átomos no estado fundamental. 4. B I. Verdadeira. A prata apresenta número atômico 47, e seu átomo neutro irá apresentar igual número de elétrons. II. Falsa. A massa atômica da prata é de 109 u. III. Verdadeira. Como se trata de um átomo neutro o número de prótons é igual ao número de elétrons. IV. Falsa. A diferença é de 56. 197 79 109 47 Au n 197 79 118 Ag n 109 47 62 118 62 56 = − = = − = − = 7 Química 5. D A eletrização de partículas com carga positiva ocorre devido à perda de elétrons. 6. C A diferença entre os radioisótopos mencionados é de dois nêutrons. 258 260 z zMd Md n 258 z n' 260 z n' n 260 z (258 z) n' n 260 258 2 Diferença 2 nêutrons = − = − − = − − − − = − = = 7. A I. Incorreta. 1 5 2 2 6 2 6 2 4 24 4s 3d 2 2 6 2 6 1 5 24 Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d (configuração mais estável) II. Incorreta. 1 10 2 2 6 2 6 2 9 29 4s 3d 2 2 6 2 6 1 10 24 Cu : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d (configuração mais estável) III. Incorreta. 2 2 6 2 6 2 6 26 camada de valência 2 2 6 2 6 2 26 camada de valência Fe : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d Fe : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 6 2 2 2 6 2 6 6 26 [Ar] 2 6 26 3d Fe : 1s 2s 2p 3s 3p 3d Fe : [Ar] 3d + + 8. E Teremos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p4 Número de elétrons: 2 + 2 + 6 + 2 + 6 + 2 + 10 + 4 = 34 Número de prótons = Número de elétrons = 34 Camada de valência: 4s2 4p4 (6 elétrons de valência); pertence à família 6A. 8 Química O último elétron distribuído na camada de valência possui o número quântico magnético igual a + 1. +1 0 -1 A subcamada de menor energia, pertencente à camada de valência (4s2 4p4) é a 4s. 9. D Análise das afirmações: 2 2 6 2 6 2 61s 2s 2p 3s 3p 4s (valência) 3d ( ) I. Correta: o número atômico do ferro (Fe) é 26; II. Correta: o nível/subnível 63d (final da distribuição) contém os elétrons mais energéticos do átomo de ferro (Fe), no estado fundamental; III. Incorreta: o átomo de ferro (Fe), no nível/subnível 63d ( ) , possui 4 elétrons desemparelhados no estado fundamental; IV. Correta: o átomo de ferro (Fe) possui 2 elétrons de valência no nível 4 ( 24s ), no estado fundamental. 10. D O elétron mais afastado do núcleo de um átomo de potássio no estado fundamental apresenta número quântico principal igual a quatro e número quântico secundário igual a zero: 2 2 6 2 6 1 19 camada de valência 1 K : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 4s n 4 (número quântico principal) 0 (número quântico secundário ou azimutal) = = 1 Química Distribuição eletrônica: aprofundamento Resumo Os fenômenos físicos e químicos conhecidos mostram geralmente que, quanto menor a energia de um sistema, maior a sua estabilidade. Um átomo no estado fundamental possui todos os seus elétrons num estado de mínima energia possível (mais estável), e a energia total de cada elétron está relacionada a suas energias potencial e cinética. • A energia potencial de um elétron na eletrosfera de um átomo é dada tomando-se o núcleo como referencial e é fornecida por um número inteiro n que varia de 1 a infinito e indica o nível de energia ocupado pelo elétron (modelo atômico de Bohr). O número n indica o nível de energia (potencial) do elétron. Para os elementos conhecidos (de número atômico até 112) no estado fundamental, n varia de 1 até 7. • A energia cinética de um elétron está relacionada ao seu movimento na eletrosfera e é fornecida por um número inteiro L que varia, para cada valor de n, de 0 até (n – 1), (modelo atômico de Sommerfeld). O número máximo de elétrons de um átomo que podem ter a mesma energia potencial (mesmo n) é calculado pela equação de Rydberg. Número máximo de elétrons com mesmo n é igual a 2 ∙ n2 Pela lógica, onúmero máximo de elétrons que pode apresentar a mesma energia cinética (mesmo valor de L) é mostrado abaixo: 2 Química Com base em um estudo mais detalhado da energia dos elétrons de um átomo, o cientista alemão Madelung (diagrama de Linus Pauling) desenvolveu empiricamente um diagrama de energia (que pode ser deduzido pela Mecânica quântica) apoiado nos seguintes critérios: • Possui maior energia o elétron que apresentar a maior soma n + l. 3d: n + l = 3 + 2 → n + L = 5 4s: n + l = 4 + 0 → n + L = 4 Conclui-se que o elétron em 3d (n + L = 5) encontra-se num estado de maior energia que o elétron em 4s (n + L = 4). • Entre dois elétrons que possuem igual soma (n + L), terá maior energia o elétron que apresentar maior valor de n. 5p: n + L = 5 + 1 → n + L = 6 6s: n + L = 6 + 0 → n + L = 6 Logo, o elétron em 6s encontra-se num estado de maior energia que o elétron em 5p, pois está mais afastado do núcleo. O aumento de energia é indicado no diagrama pelas setas paralelas a partir da primeira diagonal. Para os elétrons dos elementos químicos conhecidos, o diagrama de energia terá o seguinte aspecto: Elétrons mais energéticos e de valência A distribuição de elétrons no átomo deve ser feita necessariamente em ordem de energia, que é indicada pelas setas no diagrama. A distribuição eletrônica em ordem energética termina com os elétrons mais energéticos do átomo no estado fundamental, aqueles que possuem a maior energia potencial e cinética (que não são necessariamente os mais externos do átomo). Uma vez distribuídos, porém, esses elétrons ficam dispostos uns em relação aos outros em determinada ordem geométrica, que é indicada apenas pela ordem de energia potencial, ou seja, pelo valor de n, e termina com os elétrons mais externos do átomo. 3 Química O nível de energia mais externo de um átomo no estado fundamental é denominado camada de valência. A camada de valência é ocupada pelos elétrons de valência. • Distribuição eletrônica do átomo de ferro (Z = 26) no diagrama de energia: 2656Fe: Z = 26, logo é = 26. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 4s2 Escrevendo a distribuição eletrônica por extenso em ordem crescente de energia (ordem das diagonais), temos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Os elétrons mais energéticos do átomo de ferro no estado fundamental são os que possuem o estado de energia: 3d6. Escrevendo a distribuição por extenso em ordem geométrica (ordem crescente de n, como vemos a seguir), temos: 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d6 / 4s2 A camada de valência (a última camada), observada após o preenchimento dos elétrons em ordem geométrica, contém os elétrons mais externos, que são os elétrons de valência: 4s2. Logo, o átomo de ferro possui 2 elétrons de valência no nível 4, no estado fundamental. Distribuição eletrônica de íons Quando for necessário fazer a distribuição eletrônica para um íon no estado fundamental, devemos sempre partir do átomo neutro para depois retirar ou acrescentar os elétrons que foram perdidos ou ganhos. • Distribuição eletrônica de um cátion (íon positivo que perdeu elétrons). • Para obter a distribuição eletrônica de um cátion, devem-se retirar os elétrons que foram perdidos a partir do nível e do subnível mais externos do átomo no estado fundamental. • Por exemplo, para fazer a distribuição eletrônica dos cátions ferro II, 2656Fe2+ ,e o ferro III, 2656Fe3+, parte-se de 2656Fe. 𝐹𝑒56 26 : 𝐹𝑒2+ 56 26 4 Química 𝐹𝑒3+ 56 26 • Para obter a distribuição eletrônica de um ânion, devem-se adicionar os elétrons que foram ganhos no nível e no subnível mais externos, que estiverem incompletos, do átomo no estado fundamental. • Por exemplo, para fazer a distribuição eletrônica do ânion brometo, 3580Br1-, parte-se do átomo de bromo: 3580Br 𝐵𝑟 80 35 𝐵𝑟1− 80 35 5 Química Exercícios 1. No final da década de 1930, Otto Hahn e Fritz Strassman observaram que átomos do isótopo 235U, ao serem bombardeados por nêutrons, passam por um processo de fissão nuclear, originando átomos mais leves. A primeira fissão identificada pode ser descrita pela equação nuclear 235 1 141 92 1 10U n Ba Kr 3 n E 2 10 kJ / mol.Δ+ → + + = − Posteriormente, foi observado que a fissão nuclear do 235U pode gerar diversos produtos distintos. Além de dois isótopos radioativos, são liberados de 2 a 5 nêutrons capazes de atingir outros núcleos de urânio, o que resulta em uma reação em cadeia extremamente exotérmica. Essa característica permitiu o desenvolvimento de artefatos militares como as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki pelos EUA, durante a 2ª Guerra Mundial. Outra aplicação da fissão nuclear é a geração de eletricidade, que ocorre nas usinas atômicas (termonucleares). Apesar da produção de grande quantidade de energia a partir do emprego de uma pequena massa de U, a fissão nuclear apresenta o inconveniente de produzir isótopos radioativos, resultando no lixo atômico. Os resíduos formados em um reator nuclear sofrem desintegração radioativa e emitem radiação ionizante, bastante nociva para os seres vivos. Esses resíduos devem ser armazenados em recipientes com paredes de concreto ou chumbo, evitando o vazamento da radiação para o ambiente. Em 2011, houve um grande vazamento radioativo na usina japonesa de Fukushima, resultante de terremoto e tsunami que assolaram o país. Em consequência disso, 57 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas por causa da radiação emanada da usina. Um dos principais radioisótopos citados pela mídia como responsável pela contaminação da água e do solo ao redor da usina é o 137Cs. O vazamento do 137Cs para as águas litorâneas do Japão também causou preocupação em virtude da contaminação do ecossistema aquático. A contaminação por esse isótopo radioativo foi constatada recentemente em diversos organismos marinhos, inclusive naqueles usualmente consumidos por humanos. Utilizando os seus conhecimentos de química e biologia e consultando a tabela periódica, responda: Determine o número de prótons e de nêutrons que constituem o núcleo do 137Cs e faça a distribuição eletrônica em camadas desse átomo. 2. O dia 5 de novembro de 2015 foi marcado pela maior tragédia ambiental da história do Brasil, devido ao rompimento das barragens de rejeitos, provenientes da extração de minério de ferro na cidade de Mariana/MG. Laudos técnicos preliminares indicam uma possível presença de metais como cromo, manganês, alumínio e ferro no rejeito. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/phocadownload/noticias_ambientais/laudo_tecnico_preliminar.pdf. Acesso em: 26/out/2016. a) Qual o símbolo químico de cada um dos metais descritos acima? b) Analise a distribuição eletrônica mostrada abaixo. A qual elemento químico presente no rejeito ela pertence? 2 2 6 2 6 2 51s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 6 Química 3. O nitinol é uma liga metálica incomum, formada pelos metais Ni e Ti, sua principal característica é ser uma liga com memória. Essa liga pode ser suficientemente modificada por ação de alguma força externa e retornar a sua estrutura original em uma determinada faixa de temperatura, conforme esquema a seguir. Escreva o nome e a distribuição eletrônica dos metais presentes no nitinol. Texto para a próxima questão: 4. Considerando a figura acima, que ilustra o mecanismo de funcionamento de um coração, julgue os itens a seguir. Presente na hemoglobina, o íon divalente do ferro tem seu raio iônico maior que o raio do átomo do ferro metálico e apresenta distribuição eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d8. 7 Química 5. Para que as pessoas hipertensas (pressão alta) possam levar uma vida normal, além da medicação, os médicos costumam prescrever dietas com baixo
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