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material eca - atualizado direito da criança e do adolescente 2

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PREVENÇÃO GERAL E ESPECIAL
GERAL
· É ferramenta da doutrina da proteção integral da criança e do adolescente que o ECA traz. 
· Tem por objetivo impedir que a criança e o adolescente fiquem submetidos a ameaças e a violações de direito.
· Proteção a dignidade da infância e da adolescência.
· É o dever do Estado e de toda a sociedade assegurar as necessidades básicas para o seu pleno desenvolvimento, bem como prevenir a ocorrência de ameaça ou violação a esses direitos.
· A prevenção geral se dá através da promoção de direitos fundamentais (integridade física, cultura, lazer)
ESPECIAL
· Proibição de atos nocivos ao desenvolvimento dos mesmos. – art. 81.
· Vedação do acesso a diversões, espetáculos, programas de tv que não sejam adequados ao seu desenvolvimento. Não é qualquer conteúdo que pode ser acessado.
· Vedação da venda de produtos que não sejam adequados. 
· Proibição de hospedagem em hotéis motéis e pensões, salvo autorização de pais ou responsável, ou acompanhado por eles – art.82.
· Autorização para viajar 
· dentro do país:
· Art.83 – menor de 16 não poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. 
· §1º - exceção – comarca contigua ou quando o menor estiver acompanhado de ascendente ou colateral maior, até 3º grau ou de pessoa maior expressamente autorizada pelos pais ou responsáveis.
· Exterior
· É dispensável a autorização caso: - art.84
· Esteja acompanhado de ambos os pais
· Caso esteja acompanhada de um dos pais e autorizado expressamente pelo outo, com firma reconhecida.
Proteção ao trabalho
INFANTIL.
· Trabalho infantil atividade econômica com ou sem finalidade de lucro, remunerada ou não, realizada por menores de 16 anos, ressalvada a condição de menor aprendiz a partir dos 14 anos, independentemente de sua condição é sempre ilegal.
· O que existe é o trabalho excepcional do menor 
· ECA art.60 a 67.
· CF art.7, XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14. 
· Art.227 §3º CF a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos. Ler. 
· CLT art.403, §ú – o trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais a sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência a escola.
· Vedado o trabalho noturno em locais e atividades insalubres e perigosas e em locais “imorais”. – 404 e 405.
· Art.428 clt contrato de aprendizagem 14 anos a 24 anos inscrito em programa de aprendizagem., deve obrigatoriamente estar matriculado em curso. 
· O trabalho artístico do menor convenção 138 OIT possibilidade excepcional do trabalho artístico – art.8
· Necessidade de a autorização judicial verificar, quanto a participação da criança no trabalho artístico. Concessão de alvará individualizado. 
· Art.149 ECA.
A POLITICA DE ATENDIMENTO
ANTES DE 88:
· Doutrina da situação irregular: atendimento centralizado, vertical e assistencialista. 
· Centralidade do juízo de menores (união)
· Ao juízo de menores incumbia:
· 
· Organizar a rede de assistência 
· Fiscalizar as instituições
· Aplicar medidas de caráter protetivo e repressivo
· 
APÓS A CF DE 88
· A política de atendimento na CF
· 
· Art.227, §7º - no atendimento dos direitos levar-se-á em consideração o disposto no art.204
· Descentralização político-administrativa: distribuição das atribuições entre todos os entes federativos, que devem atuar de modo harmônico e complementar. 
· Participação popular: chamamento da sociedade para colaborar no processo de formulação das políticas públicas, bem como para controlar a atuação governamental. Marca da doutrina da proteção integral no atendimento. 
· Política de atendimento conjunto de instituições, regras, objetivos e metas que dirigem a elaboração de planos destinados a tutela dos direitos da população infanto-juvenil.
· Art.86: far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, Estados, DF e Municípios. 
· Esse artigo abre a politica de atendimento ao terceiro setor ao falar em ações não governamentais. (ex: igreja)
· Linha de ação da política de atendimento – o que o estado deve garantir ações imprescindíveis, execução obrigatória pelos entes. 
· Art.87: políticas sociais básicas (voltadas para o mínimo existencial), programas de proteção social e prevenção e redução de violações a seus direitos, serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial as vitimas de negligencia, maus-tratos, abuso, crueldade, exploração e opressão, serviço de identificação e localização de pais responsável crianças desaparecidas.
· As diretrizes da política de atendimento Art.88
I. municipalização do atendimento – não afasta o atendimento pelos Estados e pela União;
· União – coordenação global da política de atendimento e definição de normas gerais
· Estados – coordenação de politica de modo complementar e execução de políticas que extrapolem a capacidade dos municípios 
· Municípios – coordenação em nível local e execução direta das politicas
II. criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e adolescente
· Órgãos responsáveis pela deliberação e controle das ações em todo os níveis de federação. (esses conselhos recebem fundos e definem quais as politicas serão atendidas pelo fundo).
· Natureza jurídica: órgãos públicos do poder executivo, sem personalidade jurídica própria, mas com autonomia em relação ao chefe do poder executivo. Criado através de lei de iniciativa do PE.
· Materializam o comando constitucional de participação popular. Instrumento de democracia participativa.
· Participação popular paritária. Mesmo em numero de representantes do governo e da sociedade civil. Eleição dos membros da sociedade civil. (metade dos conselheiros são indicados pelo governo e a outra metade é eleita pelo povo)
· Conselheiros exercem função de interesse publico e não são remunerados.
IV. Manutenção de fundos nacional, estadual e municipal vinculados aos respectivos conselhos dos direitos 
· Fundo especial – parcela de recursos financeiros recebidos são destacados para a realização de certos objetivos – não podem ser direcionados a outros fins. 
· Valores do fundo são distribuídos mediante deliberação dos Conselhos. Gestão do fundo é exclusiva. 
· Fundo é formado também pelas multas aplicadas – art.214, doações art.260 e resultado de aplicações.
· Controle dos recursos do fundo: poder judiciário, tribunais de contas e MP – art.95 e 96.
· As entidades de atendimento – art.90 qualquer estabelecimento do governo ou não que executa politica de atendimento a criança e adolescente
· Destinam-se a orientação e apoio socio-familiar, colocação familiar, acolhimento institucional, prestação de serviços a comunidade, liberdade assistida, internação.
· As entidades que executam política de atendimento devem se inscrever no Conselho Municipal, que comunicará o Conselho Tutelar e o Poder Judiciário. 
· Programas são reavaliados a cada dois anos pelo conselho municipal.
· Entidades não governamentais – requisitos para atuação – art.91.
Conselho Tutelar 
· Art.131 - é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos pela lei. É SEMPRE MUNICIPAL.
· Não se confunde com os Conselhos de Direitos, não tem caráter deliberativo, está é a principal diferença.
· É formado exclusivamente por membros da sociedade civil, mediante eleições. 
· É criado através de lei de iniciativa do Poder Executivo Municipal
· Composto por 5 membros, que tem 5 anos de mandato – art.132
· Membros são remunerados.
· Requisitos mínimos para ser conselheiro tutelar:
· Idoneidade moral
· Idade superior a 21 anos
· Residir no município 
· Art.140 – são impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e desentendes, sogro e genro e nora, irmãos, cunhados, tio e sobrinha.(parentes e cônjuges) 
· O processo de escolha dos membros:
· é estabelecido na lei, realizado pelo conselho municipal dos direitos e fiscalizada pelo MP.
· Eleição ocorre em data unificada em todo o pais, a cada 4 anos, 1 domingo de outubro do ano posterior as eleições presidenciais. 
· Posse dos conselheiros – 10 de janeiro
· Conselheiros podem ser reconduzidos ao cargo sucessivas vezes – art.132.
· As atribuições do conselho tutelar – art.136
· Aplicar medidas especificas de proteção 
· Atender e aconselhar pais e responsáveis
· Encaminhar ao MP notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra direitos 
· Encaminhar a autoridade judiciaria os casos de sua competência 
As decisões do conselho podem ser revistas pelo poder judiciário, a pedido de quem tenha legitimo interesse – art.137
A Efetividade do ECA – o papel do Poder Judiciário
O Juizado Especializado 
· Art.145 - poderão criar varas especializadas e exclusivas da infância, cabendo ao poder judiciário estabelecer sua proporcionalidade por numero de habitantes, dotá-las de infraestrutura e dispor sobre o atendimento
· Justiça da infância e da juventude pertence a justiça estadual
· Função jurisdicional + determinadas funções atípicas.
· Art.148 – função jurisdicional - competência – a justiça da infância e juventude é competente para:
I. Conhecer de representações promovidas pelo MP, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis
II. Conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção de processo
III. Conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes
IV. Conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos 
V. Conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento 
§ú – ainda: conhecer de pedido de guarda e tutela, ações referentes ao poder familiar, perda ou modificação, suprir a capacidade ou consentimento para casamento, discordância paterna e materna em relação ao poder familiar, emancipação, casos de alimentos. 
· Art. 149 – função atípica - através de portaria ou alvará:
I entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: [...]
II participação de criança e adolescente em: [...]
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.
A equipe multidisciplinar - Órgão auxiliar do juízo da infância e da juventude 
· Art. 151. Compete a estes fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção aos pais.
Características gerais do MP
· Ampliação das atribuições com a CF/88. Funções vão além da persecução penal, dirigindo-se à solução de problemas sociais fiscais
· Instituição permanente e autônoma (Art. 127 CF). 
· Instituição responsável por zelar pelo cumprimento efetivo das normas de proteção à criança e ao adolescente.  
· Art. 201 – competência para defender direitos difusos coletivos e individuais, este rol é exemplificativo. 
· 
· Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I. Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II. Por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III. Em razão de sua conduta.
· 
· Princípios que regem a aplicação de medidas de proteção (Art. 100)
· 
· Condição da criança como sujeito de direito; 
· Proteção integral e prioritária, 
· Responsabilidade primária e solidária do poder público; 
· Interesse superior da criança e do adolescente; 
· Privacidade; 
· Intervenção precoce, intervenção mínima, proporcionalidade e atualidade; 
· Responsabilidade parental; 
· Prevalência da família; 
· Obrigatoriedade da informação e oitiva da criança.
· Possíveis medidas a serem aplicadas: 
· 
· O encaminhamento aos pais ou responsáveis; 
· Orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
· Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
· Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
· Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
· Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
· Decisão judicial
· Acolhimento institucional
· Inclusão em programa de acolhimento familiar;
· Colocação em família substituta.
· Medidas aplicáveis aos pais (art. 129)
· Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
· Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
· Obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar;
· Perda da guarda; 
· Suspensão ou destituição do poder familiar. 
CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS PRATICADOS CONTRA A CRIANÇA OU O ADOLESCENTE
· Nesses casos, a criança é o sujeito passivo da conduta.
· Principais diferenças entre crimes e infrações administrativa (com caráter pedagógico)
	DIFERENÇAS
	CRIMES
	INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
	PREVISÃO NO ECA
	Art. 228 ao 244-B
	Art. 245 ao 258-C
	PROCEDIMENTO
	Denúncia oferecida pelo MP
	Representação do MP/ Conselho Tutelar; auto de infração
	NORMAS APLICÁVEIS
	CP (parte geral) e CPP
	Direito Administrativo
	PRESCRIÇÃO
	Art. 109 do CP
	Multa prescreve em 5 anos
	PENA
	Reclusão, detenção ou multa.
	Multa, apenas. 
	COMPETÊNCIA
	Justiça Comum Estadual
 Justiça Comum Federal
	Juízo da Infância e da Juventude (Art. 148, VI)
DOS CRIMES 
· Ação penal para os crimes cometidos contra a criança ou adolescente é pública incondicionada. (Art. 227 ECA)
· Desnecessidade de denúncia dos pais ou responsáveis pela criança/adolescente. 
· Ação ficará a cargo do MP. 
· Prescrição aplicação das regras do Código Penal. (Art. 109 e seguintes)
· Crimes relacionados à dignidade sexual de uma criança ou adolescente: a prescrição terá seu início a partir do momento em que ela completar 18 anos de idade, salvo nos casos em que o processo já tenha sido iniciado.
· Competência É da Justiça Estadual e da Justiça Federal.
· Vara da Criança e Adolescente - competente para julgar adolescente que praticou determinado ato infracional. 
· Porém, a Vara da Infância e Juventude do local onde o crime aconteceu pode realizar seu julgamento, desde que haja previsão na Lei de Organização Judiciária da localidade. 
· Competência da Justiça Estadual é a regra. 
· Competência da Justiça Federal requer transnacionalidade do delito. Exemplos:
· Informativo 805 do STF: define que, se ocorreu um crime contra a criança ou adolescente com cena de sexo explícito ou de conteúdo pornográfico pela internet, a competência de julgamento pertence à Justiça Federal.(Art. 241-A)
· Envio de criança para o exterior sem observação das formalidades legais – Justiça Federal.
· Crimes de menor potencial ofensivo
· São assim considerados quando a pena máxima cominada não pode ultrapassar período de 02 anos.
· Lei 9.099/95 - a autoridade policial lavre o termo circunstanciado, encaminhando-o, imediatamente, ao Juizado Especial.
· Também deve ser analisada a possibilidade de suspensão condicional do processo – sursis processual (pena mínima igual ou inferior a um ano). 
DAS INFRAÇÕES
· Procedimento procede de representação do Ministério Público ou Conselho Tutelar, ou, ainda, de auto de infração lavrado por servidor público (agente de proteção). 
· Punição sempre através de multa. 
· Prescrição A multa aplicada nos casos de infrações do ECA tem caráter administrativo, e prescreve após um período de 5 anos. (STJ, 2ª T. REsp 891985/RN REsp 2006/0220188-8, rel. Min. Castro Meira, j. em 6/9/2007)
· Procedimento de apuração Artigos 194 a 197.
ATOS INFRACIONAIS E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
· Crianças e adolescentes são inimputáveis (Art. 27 CP e Art. 104 ECA). 
· Crianças e adolescentes estão sujeitos a regime diferenciadoe, por isso, submetem-se à aplicação de medida protetiva (criança/adolescente) ou de medida socioeducativa (adolescente) quando cometem ato infracional.  
· Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
· Diferenças entre medida de proteção e medida socioeducativa
· Medidas protetivas: têm caráter educativo. Previstas no art. 101. Aplicam-se às crianças e aos adolescentes. Podem ser aplicadas, em regra, pelo Conselho Tutelar São três medidas que não podem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar   Inclusão em programa de acolhimento institucional, em programa de acolhimento familiar, e colocação em família substituta. 
· Medidas socioeducativas: ​têm caráter repressivo. Somente podem ser aplicadas pelo magistrado (juízo especializado). Aplicam-se apenas aos adolescentes. 
· Direitos do adolescente que responde por ato infracional
· Somente pode ser apreendido em situação de flagrante ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade competente. 
· Direito à identificação dos responsáveis pela apreensão. 
· Comunicação da apreensão à autoridade judicial competente, que examinará a possibilidade de liberação imediata, e à família do "menor". 
· A internação do adolescentes, antes da sentença, poderá ser determinada no prazo máximo de 45 dias. 
· A internação deve ser decretada em decisão fundamentada, com a demonstração da necessidade da medida. 
· Devido processo legal; assistência judiciária gratuita; direito de ser ouvido pessoalmente; direito de solicitar a presença dos pais ou responsáveis em qualquer fase do procedimento. 
As medidas socioeducativas
· Considera-se, para a aplicação da MSE, a idade da pessoa à data do fato. As medidas podem ser aplicadas até a pessoa completar 21 anos. Após isso, haverá a liberação compulsória.  
· Súmula nº 605/STJ: “A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.”
· Objetivos das medidas socioeducativas: i) responsabilização do adolescente; ii) integração social do adolescente; iii) desaprovação da conduta infracional. (Art. 1º, § 2º, Lei n. 12.594/2012). 
Modalidades de medidas socioeducativas (Art. 112)
· Advertência: admoestação verbal. 
· Reparação de danos: restituição da coisa ou ressarcimento do dano.  
· Prestação de serviços à comunidade: realização gratuita de trabalhos a entidades assistenciais, hospitais, escolas... 
· Liberdade assistida: Tem por objetivo orientar e acompanhar o adolescente (normalmente reincidente em infração leve). É nomeado um orientador, que acompanhará o adolescente. 
· Semiliberdade: nela, o adolescente tem direito de realizar atividades externas, sem necessidade de autorização. É obrigatória a escolarização e a profissionalização. 
· Internação: medida privativa de liberdade. Princípios: brevidade, excepcionalidade e respeito à condição do adolescente como sujeito em desenvolvimento. Prazo máximo: 3 anos. Reavaliação a cada 6 meses. 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PREVISTOS NO ECA
Procedimento de suspensão e destituição do poder familiar
· Previsão: Artigos 155 a 163 do ECA.  
· Competência: Vara da Infância e da Juventude. 
· Início do procedimento: provocação do MP ou de quem tenha legítimo interesse (?).
· Decretação da suspensão do poder familiar liminarmente: Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade. 
· Despacho de citação: Determinará a realização de estudo social ou perícia por equipe interprofissional para comprovar a presença de uma das causas de suspensão ou destituição do poder familiar.
· Citação do réu: Para apresentar resposta em dez dias e indicar provas. Em regra a citação será pessoal (Art. 158, §1º). Relativização da citação pessoal (§3º e 4º) – críticas. 
· Audiência: Oitiva de testemunhas, apresentação de parecer técnico, manifestação do requerente, do requerido e do MP (tempo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10). 
· Decisão: É concedida, em regra, na audiência. Excepcionalmente pode o juiz designar data para sua leitura no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Averbação da sentença no registro de nascimento.   
Procedimento de colocação em família substituta
· Requisitos para a concessão de pedidos de colocação em família substituta: Art. 165.
I - qualificação completa do requerente e de seu eventual cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste;
II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente, especificando se tem ou não parente vivo;
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de seus pais, se conhecidos;
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão;
V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou rendimentos relativos à criança ou ao adolescente.
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão também os requisitos específicos.
Fase postulatória: Art. 166
· Hipótese de pais falecidos, destituídos ou suspensos do poder familiar ou de acordo com a colocação do filho(a) em família substituta: pedido formulado no cartório, sem presença de advogado. 
· Quando concordam os pais, estes devem ser ouvidos pelo PJ e pelo MP. Haverá a extinção do poder familiar. 
· Hipótese de adoção: esclarecimento quanto à irrevogabilidade da medida. Arrependimento é possível até dias após a prolação da sentença de extinção do poder familiar. 
A guarda provisória:
· O juiz determinará a realização de estudo social, decidindo sobre a concessão de guarda provisória ou sobre o estágio de convivência (no caso de adoção). 
· Deferida a concessão da guarda provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o adolescente será entregue ao interessado, mediante termo de responsabilidade. 
Decisão sobre o pedido de colocação em família substituta
· Apresentado em juízo o laudo social ou pericial e ouvindo-se o adotando, sempre que possível, abrir-se-á vista dos autos ao Ministério Público para que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente parecer. A autoridade judiciária deverá decidir em igual prazo.
· Se a colocação em família substituta depender da destituição da tutela ou da perda/suspensão do poder familiar, deverá ser observado o contraditório. 
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