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Case 1 
Doces Casa Grande 
Dona Mônica é uma renomada senhora da alta sociedade paulistana, esposa de 
um bem-sucedido cirurgião plástico e que aos 64 anos não se abala com a aposentadoria 
nem com a velhice, pelo contrário, resolve iniciar um novo projeto empreendendo numa 
pequena empresa no interior do estado de São Paulo. 
Sua ideia de empreendimento nasce a partir da casa de veraneio que possui em 
uma antiga cidade no interior do estado de São Paulo, onde a população local é um 
pouco mais de 15 mil habitantes. Apenas duas horas e meia da capital, o destino é bem 
movimentado aos finais de semana e durante as férias para descansar. Essa vivência lhe 
permitiu conhecer muito bem os habitantes, criar vínculos de amizade participando do 
dia a dia e consequentemente, conhecendo as dificuldades do povo, resultado direto do 
pouco desenvolvimento econômico. 
Por outro lado, Mônica não se conformava com a aposentadoria, não admitindo 
envelhecer somente cuidando de seus netos, quando estes chegarem. Ela sempre 
trouxe consigo o sonho de transformar seu talento pessoal para fazer doces caseiros, a 
partir de uma tradicional receita de família, em uma empresa. Elogios nunca lhe faltaram 
tanto por parte dos familiares quanto por amigos próximos ou de qualquer um que 
degustasse a iguaria feita por ela. Já havia feito muitas receitas para serem vendidas em 
ações beneficentes e em alguns casos toda a produção era vendida antes mesmo do 
início da feira ou promoção social. 
Com um forte desejo em contribuir para o desenvolvimento local, além de 
realizar o sonho de empreendedorismo, resolveu montar uma pequena fábrica de doces 
caseiros em compotas na cidade onde estava sua casa de veraneio. 
A partir de agora, Mônica precisava definir algumas coisas em seu projeto, e 
tendo alguns valores ou critérios pessoais defendidos como norteadores de seu 
empreendimento, define que sua estrutura produtiva não seria automatizada, mas sim 
toda artesanal com grandes fogões a lenha, onde os doces seriam produzidos diferentes 
de tudo o que se encontra no mercado, com um inigualável sabor caseiro. Toda a 
concepção da empresa parte deste norteador, seguindo critérios artesanais em fogões 
a lenha e tachos de cobre. Outro ponto inegociável era o ponto de cada receita, dado 
pessoalmente por Dona Mônica, a detentora da receita de sucesso e da tradição 
familiar. 
Para atender o objetivo social de sua ideia de negócio, Mônica resolve contratar 
somente senhoras já aposentadas ou donas de casa que precisavam complementar a 
renda familiar. 
Como o preço de venda praticado era superior aos da concorrência, nossa 
empresária foca sua atuação em hotéis de luxo, restaurantes finos gourmet, e 
lojas especializadas em produtos de alto valor agregado na região dos bairros nobres de 
São Paulo capital. Para conseguir este objetivo contratou uma representante comercial 
conhecedora deste mercado. 
Com os recursos necessários para o início de seu negócio, Dona Mônica construiu o 
prédio para sua fábrica e comprou os equipamentos necessários, fazendo um 
investimento inicial de R$ 170.000,00. 
 Todo o negócio foi estabelecido a partir do conceito de um doce com elevado 
padrão qualidade, embalado em compotas bem decoradas com a temática dos casarões 
das fazendas de café e em obediência a sua receita centenária passada de mãe para filha 
através de gerações. 
 Passado um ano da abertura da empresa, seus doces estão em dois hotéis de 
luxo, várias lojas de alimentos gourmet e em uma loja de uma grande rede de 
supermercados, porém nossa empreendedora está enfrentando dificuldades 
financeiras, operando com pouco lucro e até mesmo prejuízo, apesar de praticar uma 
margem de lucro elástica fazendo com que seus doces sejam vendidos por um preço 
elevado, ela não tem dificuldade em escoar toda a sua produção mensal, na verdade são 
vários os pedidos negados por não ter como produzir. 
 Ao final do segundo ano de empresa, Mônica encerra suas atividades antes que 
os prejuízos acumulados comecem a delapidar o patrimônio pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Case 2 
Milk Shake 
Estudo de caso. 
Milk Shake. 
 
 Adriano Alberto não conseguia mais recolocar-se no mercado de trabalho e com 
o passar dos meses pensou que sua única alternativa seria criar coragem para abrir seu 
próprio negócio. Após alguns dias tomou a decisão de realizar também um projeto 
antigo e esquecido, ser empreendedor. Conversou rapidamente com sua esposa, 
praticamente comunicando a decisão tomada e partiu para realização. Em seu 
pensamento estava a ideia de lançar-se ao risco de abrir uma empresa. 
Sem muita experiência no assunto ouviu em algum lugar sobre franquias serem 
negócios com baixo risco, inclusive para aqueles sem muita experiência e conhecimento, 
isso porque o novo empreendedor poderia apoiar-se no suporte do franqueador e assim 
ter sucesso. 
Nova decisão então, abrir um negócio a partir da compra de uma franquia, mas 
ainda faltava escolher alguma coisa que coubesse em seu orçamento oriundo da 
rescisão do contrato de trabalho. Viu-se diante de um enorme número de franquias, 
algumas famosas, outras somente conhecidas, além de um grande número de marcas 
desconhecidas. O que escolher então? 
Lembrou-se de outra frase muito repetida em reuniões familiares ou com 
amigos: -“Se um dia for abrir uma empresa, venda comida. Porque comer todo mundo 
precisa” 
Decidiu então que seu negócio seria vender comida, mesmo não sabendo sequer 
cozinhar para si mesmo, acreditava em sua força de vontade para aprender rápido e no 
suporte de seu futuro franqueador. 
Após algumas conversas com algumas franquias, convenceu-se a abrir uma loja 
de Milk Shakes e sorvetes, afinal nesse país faz um calorão e todos gostam de um doce 
gelado. Experimentou os sabores de algumas franqueadoras e ficou encantado com os 
de uma marca pouco conhecida. Seu gosto pessoal e sua exigência por qualidade, como 
filosofia de vida, influenciaram sua escolha. 
Dois meses depois sua loja estava aberta, sua equipe composta por irmã, 
cunhado e mãe (todos sem experiência prévia), pronta e treinada pela franqueadora. O 
ponto escolhido foi um cruzamento movimentado, onde um grande número de pessoas 
passava a pé ou de carro todos os dias. Seria bem visível e todos se lembrariam dele 
quando desejassem um saboroso sorvete. 
Quatros meses se foram e o movimento permanecia sofrível e as contas já 
apertavam. Adriano lembrou-se então de seu amigo consultor do SEBRAE-SP e resolveu 
ligar para ele contando sua estratégia para aumentar o movimento. Fazer uns vinte mil 
panfletos e distribuir para divulgar o negócio. 
O consultor ficou surpreso com a notícia da abertura da empresa e pelo fato de 
Adriano nunca ter procurado qualquer tipo de orientação com especialistas para avaliar 
sua ideia, contudo negócio estava aberto e Adriano prestes a tomar outra decisão de 
risco. Então aconselhou o empresário a investir os recursos direcionados para os 
panfletos em outra alternativa de marketing. 
O diagnóstico do problema era simples, os potenciais clientes não comprariam 
ainda os sorvetes, por não conhecerem a marca e como consequência têm dúvida se o 
sabor é bom ou não. O panfleto não vai diminuir esta dúvida. Aconselhou Adriano a 
investir os recursos de sua ideia na compra de pequenos copos descartáveis de café e 
durante uma quinta e uma sexta oferecer degustações de dois sabores de shake 
(chocolate e morango) para quem por ali passasse. 
O resultado foi imediato. No sábado e domingo seguinte o movimento estourou, 
mantendo-se ainda alto por mais duas semanas, porém Adriano foi incapaz de manter 
a clientela. Apesar de toda sua exigência por qualidade, sua equipe nunca esteve 
preparada para oferece-la no atendimento e na recepção desejada pelos seus clientes e 
daqueles que se encantaram com o sabor, o impacto foi tão grande que a loja nunca 
maisrecuperou-se. 
Adriano não conseguia entender como sua equipe não conseguia realizar uma 
tarefa tão simples como atender os clientes, tirar os pedidos, fazer os shakes e entregar 
o pedido a pessoa certa. Todos os equipamentos eram bons, o produto igualmente bom 
e a equipe fora treinada. Ele realizava sua tarefa de ficar no caixa e na gestão dos 
números sem dificuldades. Nunca quis envolver-se muito com as outras tarefas por não 
gostar muito e também não saber lidar com alimentos. 
Infelizmente após 13 meses Adriano já não conseguia mais equilibrar as contas 
da empresa e em meio a uma briga familiar fechou sua empresa.

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